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A História dos Avivamentos

- Pb Julio Ribeiro

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Tópicos:

1. O Pietismo (Alemanha)

2. O Avivamento na Inglaterra

3. The Great Awakening - EUA

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O Pietismo (Alemanha)

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Uma introdução

Após a era dos reformadores, a igreja entrou num estágio de mornidão e


frieza espiritual. Ela tinha a verdade nas mãos, porém estava apática e em
declínio. Esse era o cenário na virada do séc. XVII para o séc. XVIII. É possível
chamar esse período de “ortodoxia morta” , pois ainda que os crentes não fossem
hereges (eles tinham a doutrina verdadeira à sua disposição), faltava uma reação
vívida à altura de todas as conquistas da Reforma.

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O Pietismo

“Depois da Guerra dos 30 anos (1618-1648) e de um endurecimento da


ortodoxia, o pietismo surgiu para restaurar a vitalidade da igreja. O pietismo veio
como uma reação ao formalismo, à ortodoxia sem vida, enfatizando aspectos
práticos da vida cristã, mais do que as estruturas lógicas e a ordem eclesiástica”

- Panorama da História Cristã, página 71

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O Pietismo - 1ª fase

- Philipp Jakob Spener: pai do Pietismo e pastor luterano (1635-1705)


- Pequenos grupos de estudos bíblicos e oração;
- Se tornou professor na Universidade de Halle em Berlim;
- Grande ideal: conduzir o povo alemão à uma vida piedosa (prática);
- O resultado mais expressivo do Pietismo não veio nos dias de Spener, mas
nos dias de Zinzendorf, já no séc. XVIII

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O Pietismo - 2ª fase ( Zinzendorf e os Morávios)

- Conde de Zinzendorf (1700-1760);


- Em 1722, ele recebeu um grupo de 300 morávios perseguidos,
desamparados, e recebeu-os em suas propriedades;
- Em 1727 aconteceu o chamado “verão de ouro”. Todas elas foram avivadas
por Deus e tornaram-se uma força singular para o reino de Deus. Ficaram
conhecidos como “os irmãos morávios”, e durante 100 anos, 24 horas por dia,
conduziram uma reunião de oração que não parava;
- Comunidade dos morávios: assistência, comunhão e Missões

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O Pietismo - 2ª fase ( Zinzendorf e os Morávios)

“Em 25 anos eles enviaram mais missionários ao mundo do que toda a igreja
havia feito até então. Cada grupo de 25 morávios sustentava um missionário fora
da Alemanha. Alguns deles, sendo pobres e não podendo enviar dinheiro para a
expansão da obra missionária, vendiam-se como escravos para comprar a
passagem de ida para os povos mais longínquos, para ali passar o resto de seus
dias, levando a esses povos a esperança do evangelho. Foi esse trabalho de
despertamento dos morávios que iniciou o “clube santo” em Oxford, onde George
Whitefield, John Wesley e Charles Wesley receberam o impacto do poder do
Espírito Santo” - Panorama da História Cristã, página 74
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O Avivamento na Inglaterra

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O Avivamento na Inglaterra
- John Wesley (1703-1791);
- Foi ordenado pastor da igreja anglicana junto com seu irmão, Charles, e os
dois foram enviados à Geórgia (EUA). Durante a viagem tiveram contato com
a fé dos morávios quando o navio estava passando por águas turbulentas;
- O clube santo: um grupo de estudantes da Universidade de Oxford, sob a
liderança dos irmãos e professores John e Charles Wesley, passaram a se
reunir para o cultivo da piedade cristã, através da leitura da Bíblia, da prática
da oração, do jejum, da visita aos presos e aos enfermos.
- Apesar de já ser “cristão”, sua real conversão apenas em 1738;

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O Avivamento na Inglaterra
“Foi somente no dia 24 de maio de 1738, numa pequena reunião [morávia],
ouvindo a leitura de um antigo comentário escrito pelo reformador Martinho Lutero
sobre a Carta aos Romanos [Gálatas], que João Wesley sentiu seu coração
aquecer-se de modo sublime, por haver compreendido perfeitamente a essência
do Evangelho de Cristo, renunciando toda confiança em suas próprias obras e
passando a confiar inteiramente no Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo.”
Retirado do site https://www.metodista.org.br/john-wesley-e-a-experiencia-do-coracao-aquecido

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O Avivamento na Inglaterra
- Grande trabalho missionário pregando o evangelho;
- Na maioria das vezes, ao ar livre;
- A teologia de John Wesley era arminiana, diferente de seu companheiro
George Whitefield, calvinista. Nem por isso eles tinham problemas de
trabalharem juntos e se respeitarem;
- Fundou o que conhecemos como “metodismo”. Esse nome foi decorrente do
rigor com que desenvolviam suas práticas de vida e de cristianismo, com
muita disciplina e método;

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O Avivamento na Inglaterra
“Os efeitos desse reavivamento sobre a história da humanidade e sobre o
desenvolvimento dos povos são evidentes. Os historiadores afirmam que foi esse
reavivamento que salvou a Inglaterra dos desastrosos efeitos da Revolução
Francesa. [...] que foi uma nova maneira de pensar criada pelos enciclopedistas e
jacobinos, jamais conhecida antes de 1789. Representou o surgimento de uma
nova religião que nada mais era do que a própria irreligiosidade, o ateísmo e o
ódio consumado contra o cristianismo. Pois bem, o reavivamento inglês varreu
essa perniciosa influência que marchava também contra a Inglaterra.

- Panorama da História Cristão, página 80-81


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The Great Awakening - EUA

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The Great Awakening - EUA
“George Whitefield foi um fenômeno. Começou o ministério aos 20 anos de
idade e já no primeiro sermão, na igreja em que cresceu, o auditório ficou
profundamente abalado. Algumas pessoas, espantadas com os resultados de sua
prédica, pediram seu despojamento sumário do ministério. Mas os líderes
sabiamente responderam que, se havia tantos anos os pregadores não obtinham
resultado na pregação e esse jovem ministro em seu primeiro sermão já causara
tão grande impacto no auditório, ele deveria continuar pregando”

- Panorama da História Cristão, página 80.

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The Great Awakening - EUA
“Um poder estranhamente fascinante é exercido por aqueles que são
totalmente sinceros. Esses crentes atraem os incrédulos, como no caso de David
Hume, o filósofo deísta britânico do século XVIII que rejeitou o cristianismo
histórico. Certa vez, um amigo o encontrou correndo por uma rua de Londres e
perguntou-lhe para onde estava indo. Hume respondeu que iria ouvir a pregação
de George Whitefield. 'Mas com certeza', seu amigo perguntou surpreso, 'você não
acredita no que Whitefield prega, não é?' 'Não, não acredito', respondeu Hume,
'mas ele acredita.'
Retirado do site https://www.thegospelcoalition.org/blogs/ray-ortlund/sincerity-in-preaching/

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The Great Awakening - EUA
- George Whitefield (1714-1770)
- Foi chamado de “Príncipe dos Pregadores ao Ar Livre”
- Pregou sem parar durante 35 anos, de três a cinco vezes por dia, para um
auditório de 2mil a 20mil pessoas;
- Atravessou o Atlântico 13 vezes para cooperar com a obra de reavivamento
nos EUA
- Somados os dias que ele permaneceu no navio, foram dois anos.

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The Great Awakening - EUA
- Jonathan Edwards (1703-1758);
- Considerado o maior filósofo e teólogo de toda a história dos EUA;
- Problemas com o conceito de HALFWAY COVENANT: um entendimento
comum nas igrejas da região da New England (nordeste dos EUA) em que
pessoas moralmente corretas podiam batizar seus filhos e participar da Ceia
do Senhor. Simplificando, aqueles que eram “quase cristãos” já podiam
participar dos sacramentos. Infelizmente, eles confundiam o evangelho com
moralidade, e Edwards se posicionou contra o halfway covenant.

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The Great Awakening - EUA
- Um dos marcos do ministério de Jonathan Edwards foi se célebre sermão
“Pecadores nas mãos de um Deus irado;
- Auditório tomado por uma profunda convicção do pecado;
- As pessoas se agarravam nas pilastras do tempo, com medo do chão se abrir
e tragá-las para baixo;
- Quando ele terminou de pregar, o auditório estava prostrado aos pés do
Salvador;
- Naquele culto, cerca de 500 pessoas foram convertidas a Cristo;

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Alguns pontos comuns entre os avivamentos do séc. XVIII

- Participação de jovens;
- A presença do ambiente universitário;
- Cooperação, e não competição;
- Teologia ortodoxa e prática andando juntas;
- Deus como grande produtor do avivamento;

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