Introdução • Como as palavras dos anjos mensageiros devem ter ressoado aos ouvidos dos discípulos enquanto caminhavam com dificuldade de volta para Jerusalém vindo do Monte das Oliveiras!; • A esperança do iminente retorno de Cristo era tão real para a Igreja cristã primitiva que Edward Gibbon, a identificou como um dos principais fatores do sucesso do cristianismo. Interesse na Profecia • Nos séculos subsequentes, eruditos isolados, tais como Joachim de Fiare (em seguida a 1180), viram nas profecias bíblicas de Daniel e Apocalipse evidência da aproximação do segundo advento; • Todavia, foi somente a partir da Reforma Protestante que a crença na iminência desse evento se desenvolveu em uma ampla escala; • Os protestantes em geral acolheram com entusiasmo a ideia de uma “segunda vinda” espiritual. Interesse na Profecia • A Revolução Francesa também reacendeu a especulação milenial e o interesse em profecias de tempo como os 1.260 dias (Dn 7:25) e os 2.300 dias (Dn 8:14); • Por volta de 1800, muitos expositores protestantes estavam convencidos de que o período de 1.260 anos de supremacia papal havia terminado durante a década de 1790; • A atenção começou a ser transferida para os 2.300 dias, a profecia específica de tempo mais longa da Bíblia. Despertamento na Alemanha • A solução para a datação dos 2.300 dias foi provida em 1768 por Johann Petri, pastor calvinista; • Evidentemente, Petri foi o primeiro a constatar a relação íntima entre a profecia messiânica das 70 semanas de Daniel 9 e os 2.300 dias de Daniel 8; • Ele iniciava ambos os períodos de tempo em 453 a.c., concluindo, assim, que os 2.300 dias/anos terminariam em 1847. Despertamento na Alemanha • Conclusões semelhantes foram tiradas acerca do mesmo tempo por Hans Wood, piedoso leigo irlandês. Wood, porém, iniciava ambos os períodos em 420 a.c. e terminava os 2.300 anos em 1880; • Aproximadamente 50 anos antes de Petri, Johann Bengel, outro clérigo alemão, tinha exercido um grande impacto sobre o protestantismo evangélico; • Todos os períodos de tempo proféticos apontam ao futuro, para a culminação do plano de Deus: a segunda vinda de Cristo em glória. Manuel De Lacunza • Durante séculos, a Igreja Católica Romana ou tinha praticamente ignorado a volta de Cristo ou a havia projetado para um futuro muito distante; • Então, na década de 1790, um manuscrito intitulado The Coming of the Messiah in Glory and Majesty, escrito por um exilado sacerdote jesuíta, começou a circular na Espanha e na América Espanhola; • Manuel de Lacunza tinha sido forçado a deixar seu país, Chile, em 1767, quando Carlos III expulsou todos os jesuítas de seu reino. Manuel De Lacunza Manuel De Lacunza Manuel De Lacunza Manuel De Lacunza • Crendo que os dois adventos de Cristo eram os pontos principais de toda a história, apelava para um exame completo da Bíblia em busca de luz sobre o breve regresso de Jesus; • Esse sacerdote jesuíta aceitava o ponto de vista da Igreja Cristã primitiva de que deveria haver duas ressurreições dos mortos, separadas por um milênio. Sir Isaac Newton Expositores Ingleses • O livro A Vinda do Messias em Glória e Majestade tornou-se um importante estímulo para o despertamento adventista que floresceu brilhantemente durante a década de 1820 na Grã-Bretanha; • No início da era napoleônica, cresceu o interesse na interpretação profética entre os clérigos ingleses; • Dentre os principais expositores ingleses destacam-se José Wolff e Edward Irving, ambos intensamente interessados pelo iminente Retorno de Cristo. Expositores Ingleses • José Wolff Expositores Ingleses • José Wolff Expositores Continentais • Nenhum outro país europeu tinha tão brilhante aglomerado de arautos da esperança do advento do que a Inglaterra; • Em Genebra, François S. R. L. Gaussen, tornou-se professor da Escola de Teologia da Sociedade Evangélica. Como "zeloso defensor" do segundo advento, ele prestava especial atenção às profecias; • Na Alemanha, a esperança do advento foi promovida por homens como Johann Richter, pelo diretor de escola da Bavária, Leonard Kelber, e por um desconhecido pároco católico romano, Johann Lutz. Escandinávia • Uma disposição geral para o reavivamento na Escandinávia, incluindo visões, sonhos e declarações proféticas, concentrava a atenção de milhares na mensagem do advento; • Particularmente, durante os anos de 1842 e 1843, muitas crianças e jovens, meninas e meninos, discursavam sobre a segunda vinda e convidavam o povo ao arrependimento; • Algumas pareciam pregar enquanto se achavam como em transe; o tom e a maneira de suas vozes mudavam completamente quando eram “subjugadas” pelo Espírito. Austrália • Do outro lado do mundo, em Adelaide, Austrália, Thomas Playford pregava poderosos sermões sobre o segundo advento; • Na Índia, Daniel Wilson, bispo episcopal de Calcutá e um dos participantes das conferências de Albury Park, publicou em 1836 um livro sobre as profecias de Daniel; • Entretanto, apesar de todo o interesse na segunda vinda, o Velho Mundo deixou de produzir um movimento unificado que se dedicasse a promover o preparo para esse evento culminante. Estados Unidos • Embora nos Estados Unidos não houvesse nenhum grande interesse em um iminente segundo advento, houve muita especulação sobre o período de 2.300 anos; • Já em 1811, o pastor presbiteriano William C. Davis, da Carolina do Sul, calculou que o final das profecias dos 2.300 e 1.260 anos ocorreria em 1847; • Restava a um fazendeiro de Nova Iorque desenvolver uma convincente interpretação pré-milenial do segundo advento vinculada aos 2.300 dia. Guilherme Miller • Sendo o mais velho de 16 filhos, Guilherme Miller logo se deu conta de que não havia dinheiro para prover a educação superior que desejava; • Lendo à luz de nós de pinheiro, muito tempo depois de o restante da família se deitar, Miller desenvolveu um conhecimento básico da Bíblia e da história; • Aos 21 anos, Miller casou com uma jovem de Poultney, Vermont, do outro lado do limite estatal do lar de sua família em Low Hampton, Nova Iorque. Guilherme Miller Guilherme Miller • Seu interesse pelo saber o pôs em contato com os intelectuais do povoado local, muitos dos quais eram deístas; • Em pouco tempo, ele concluiu que uma filosofia deísta era mais razoável do que a aceitação da Bíblia, que lhe parecia cheia de enfadonhas incoerências; • As experiências de Miller em tempo de batalha abalaram sua fé no deísmo. Guilherme Miller • Ao terminar a guerra, Miller voltou para Low Hampton a fim de cuidar melhor de sua mãe recentemente enviuvad; • Talvez para agradá-Ia, ele começou a frequentar a igreja batista local, onde seu tio Eliseu pregava regularmente; • Um domingo, enquanto lia o sermão, ele foi vencido pela emoção e teve de assentar-se. Subitamente, havia começado a ver a beleza de Cristo como um Salvador pessoal. Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller Guilherme Miller • Imediatamente, tornou-se objeto de ridicularização entre seus amigos deístas, que agora fomentavam os velhos argumentos que Miller tinha usado anteriormente contra a Bíblia; • Para responder a esses desafios e construir um firme fundamento para sua fé, Miller iniciou um programa de estudo bíblico sistemático; • Ao estudar Daniel 8:14, ele se convenceu de que o santuário a ser purificado no final dos 2.300 anos era a igreja, que seria purificada no retorno de seu Senhor. Guilherme Miller • Num sábado de manhã, Miller prometeu a Deus: "Se eu tiver um convite para falar em público em qualquer lugar, eu irei e lhes contarei o que descobri na Bíblia acerca da vinda do Senhor”; • Dentro de uma hora, Miller teve seu convite. Veio de um membro de sua família que morava perto de Dresden, Nova Iorque; • Tendo iniciado seu assunto, Miller perdeu a timidez e apresentou suas opiniões tão vigorosamente que foi convidado a ficar por uma semana e realizar cerimônias de reavivamento. Guilherme Miller • Daquela hora em diante, Miller estava em constante demanda como orador nas igrejas metodistas, batistas e congregacionais na região e do outro lado da fronteira, no leste do Canadá; • Seu maior desejo era ver homens e mulheres, principalmente incrédulos e agnósticos, aceitando a Jesus Cristo como Salvador e aguardando com alegria seu breve regresso; • Em 1836, Miller publicou uma versão mais abrangente de 16 palestras reunidas em forma de livro. Guilherme Miller • Pouco a pouco, o conhecimento de suas opiniões se espalhou; • Por volta desse mesmo tempo, um amigo pediu ao Dr. Josias Litch, um dos mais talentosos pregadores metodistas-episcopais da Nova Inglaterra, que lesse o livro Conferências de Miller; • Quando terminou, estava convencido não somente de que Miller tinha razão, mas também de que ele devia ensinar "o iminente advento”. Guilherme Miller • Joias Litch Guilherme Miller • Embora a mensagem de Miller estivesse alcançando muitos por meio de suas pregações, ele não havia ainda alcançado notoriedade em uma grande metrópole; • Tudo isso mudou como resultado de uma reunião em novembro de 1837 em Exeter, New Hampshire; • Miller estava na cidade para apresentar uma série de conferências quando um grupo de ministros da Conexão Cristã decidiu visitá-lo em conjunto para aprender acerca de seus ensinos. Guilherme Miller • Eles ficaram surpresos e impressionados com a maneira fácil com que ele respondia às suas perguntas, sobretudo Josué V. Himes; • De fato, várias semanas antes ele havia escrito convidando o nova- iorquino a vir e apresentar uma série de conferências em sua Chardon Street Chapel, em Boston; • Assim, iniciou-se uma associação que transformaria o milerismo de uma curiosidade local em uma causa que receberia atenção nacional. Guilherme Miller • Josué V. Himes Guilherme Miller • Josué V. Himes