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INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

Departamento de Engenharia Eletrotécnica de Energia e Automação

Unidade Curricular de Eletrónica de Potência

TP5 – Conversor AC/AC Monofásico

Nº 45928 Nuno Marques


Nº 47158 João Pereira
Nº 46458 Lina Lima

Relatório do Trabalho Prático


25 de Novembro de 2022

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1. Circuito e Descrição

Os conversores AC/AC operam na rede alternada essencialmente para regular a tensão e


frequência de saída.
A utilização de dois tirístores permite que haja duas direções na corrente.
O tirístor começa a conduzir quando um impulso de corrente é injetado na gate, sendo que
necessita de este se encontrar diretamente polarizado.
O tirístor é acionado em 𝛼, ficando diretamente polarizado até 𝜔𝑡 = 𝛽. Durante este intervalo,
existe corrente na carga.
Quando 𝜔𝑡 = 𝛽, a corrente da carga fica nula e o tirístor fica ao corte devido à comutação de
alternância, ficando o tirístor oposto à condução em 𝜔𝑡 = 𝜋 + 𝛼.
Na alternância positiva, o tirístor T1 é acionado quando um pulso de corrente é injetado na gate,
ficando, a partir desse momento, diretamente polarizado, havendo, durante esse segmento,
corrente a circular na carga até haver mudança de alternância.
Durante a alternância negativa, o tirístor T1 passa ao corte e o tirístor T2, em 𝜔𝑡 = 𝜋 + 𝛼, fica
diretamente polarizado até ocorrer comutação de polarização. Entre 𝛼 < 𝜔𝑡 < 𝛽 existe circulação
de corrente na carga, por sua vez, existe tensão na carga.

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2. Dimensionamento

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3. Formas de Onda Obtidas: Resultados de Simulação, Resultados Experimentais e
Comentários

Carga R:

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𝛼 = 60°

Tensão e corrente na Fonte:

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Tensão e corrente na carga:

6
Tensão e corrente no Tirístor:

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Carga RL:

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𝛼 = 0°

Tensão e corrente na Fonte:

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Tensão e corrente na carga:

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Tensão e corrente no Tirístor:

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𝛼 = 90°

Tensão e corrente na Fonte:

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Tensão e corrente na carga:

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Tensão e corrente no Tirístor:

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𝛼 = 120°

Tensão e corrente na Fonte:

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Tensão e corrente na carga:

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Tensão e corrente no Tirístor:

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Análise das formas de Onda:

Carga R
• Fonte

Análise de 𝑼𝒔(𝒕):
A tensão encontra-se em fase com a corrente uma vez que a carga é puramente resistiva.

Análise de 𝑰𝒔 (𝒕):
No intervalo 0 < ωt < α, a corrente é nula uma vez que o tirístor que tem condições para
conduzir (T1) ainda n foi disparado.

𝑰𝒔 (𝒕) = 𝑰𝒐 (𝒕)

• Carga

Análise de 𝑼𝒐 (𝒕):
A tensão encontra-se em fase com a corrente uma vez que a carga é puramente resistiva.
Análise de 𝑰𝒐 (𝒕):
No intervalo 0 < ωt < α, a corrente é nula uma vez que o tirístor que tem condições para
conduzir (T1) ainda n foi disparado.
Como este circuito constituído apenas por uma malha tem-se:

𝑰𝒔 (𝒕) = 𝑰𝒐 (𝒕)

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• Tirístor

0 α π α+ π 2π

Análise de 𝑼𝑻𝟏(𝒕):
Quando ambos os tirístores se encontram ao corte, a tensão aos terminais dos tirístores
é a tensão da fonte, isto é, para 0 < ωt < α tem-se que:

𝑼𝑻𝟏 (𝒕) = 𝑼𝒔 (𝒕)

Análise de 𝑰𝑻𝟏 (𝒕):


Quando o tirístor se encontra a condução, a corrente de no tirístor é igual a corrente da
malha, isto é:

𝑰𝑻𝟏 (𝒕) = 𝑰𝒔 (𝒕) = 𝑰𝒐 (𝒕)

Carga RL
• Fonte

Análise de 𝑼𝒔(𝒕):

Depende apenas da fonte.

Análise de 𝑰𝒔 (𝒕):

O circuito é constituído por apenas uma malha e por isso, apenas uma corrente, isto é:

𝑰𝒔 (𝒕) = 𝑰𝒐 (𝒕)

• Carga

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Análise de 𝑼𝒐 (𝒕):
No intervalo α < ωt < π:
Depois de se disparar o tirístor T1 a carga passa a estar alimentada com a tensão da fonte.
𝑼𝒐 (𝒕) = 𝑼𝒔 (𝒕)
No intervalo π < ωt < 𝜷, a tensão da fonte encontra-se na alternância negativa, o tirístor T1 deixa
de ter condições para conduzir, no entanto, é forçado a conduzir por ainda circular corrente no
circuito (devido á presença de uma carga indutiva). Permitido assim que o tirístor T1 entregue á
carga uma tensão negativa nesse intervalo.
𝑼𝒐 (𝒕) = 𝑼𝒔 (𝒕)
Em analogia com o trabalho anterior, seria neste momento que a malha de roda livre ocorreria.
Por não haver essa possibilidade aqui, o tirístor mantém-se á condução até que a corrente se
extinga (em ωt = 𝜷).
No intervalo 𝜷 < ωt < α+π, isto é, depois da corrente se extinguir na bobina, como a tensão da
fonte se encontra na alternância oposta (negativa) passa a ser o tirístor T2 que tem condições
para conduzir, no entanto, não conduz visto que ainda não ocorreu o seu disparo (que só ocorre
em α+π), ou seja, neste instante tem-se T1 e T2 ➔ OFF e por isso a carga encontra-se em aberto,
logo:
𝑼𝒐 (𝒕) = 𝟎
Análise de 𝑰𝒐 (𝒕):

Só existe corrente a circular quando T1 ∪ T2 ➔ ON.


No intervalo de α < ωt < π é o tirístor T1 que que se encontra nas condições para conduzir.
Como existe uma carga indutiva, a corrente nunca sofre descontinuidades forçando por isso a
condução do tirístor T1 no intervalo π < ωt < 𝜷.
O mesmo se verifica para a alternância negativa, mas com T2 tendo o mesmo comportamento
que T1 nos intervalos de tempo equivalentes.

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• Tirístor

0 β+ π α π β α+ π

Análise de 𝑼𝑻𝟏(𝒕):
Quando ambos os tirístores se encontram ao corte, a tensão aos terminais dos tirístores
é a tensão da fonte, isto é, para 0 < ωt < α tem-se que:
𝑼𝑻𝟏 (𝒕) = 𝑼𝒔 (𝒕)
Análise de 𝑰𝑻𝟏 (𝒕):
Quando o tirístor se encontra a condução, a corrente de no tirístor é igual a corrente da
malha, isto é:
𝑰𝑻𝟏 (𝒕) = 𝑰𝒔 (𝒕) = 𝑰𝒐 (𝒕)

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4. A partir dos resultados obtidos no ponto 4.2, apresente justificadamente os cálculos
para a potência na carga PO e na fonte P, Q, S, D e fator de potência FP.

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5. Para os resultados obtidos em 4.3, identifique graficamente o ângulo de carga ea
gama de regulação da potência entregue à carga.

10 ms 180º
2.5 ms 𝜑 = 45°

7. Conclusões

Com este procedimento experimental foi possível pôr em prática os conhecimentos lecionados
nas aulas teóricas.
Na carga resistiva a tensão está em fase com a corrente enquanto na carga indutiva há um atraso
da corrente em relação à tensão devido à componente indutiva no circuito.
Com os tirístores, existe algum controlo sobre o circuito, pois podemos controlar o seu ângulo
de disparo. Neste dispositivo o ângulo de disparo na alternância positiva e negativa é igual. Este
só entra a condução depois se atingir o valor do ângulo de disparo de estar diretamente
polarizado.

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