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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB

CENTRO DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E SAÚDE – CCTS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL – DEC
COMPONENTE CURRICULAR: MECÂNICA DOS SOLOS EXPERIMENTAL I

ANÁLISE GRANULOMÉTRICA POR PENEIRAMENTO

PROFESSOR(A): Maria das Vitórias do Nascimento


ALUNO/ MATRÍCULA: João Carlos Ribeiro Silva - 132674106
Maick de Sousa Almeida - 131671685
Vinycius Rufino dos S. Silva - 131670123

Araruna
Abril de 2016
1. INTRODUÇÃO

A compactação, em termos gerais, é a densificação do solo por meio da remoção


de ar, o que requer energia mecânica. O grau de compactação de um solo é medido com
base no peso especifico seco. Quando adicionada ao solo durante a compactação, a água
atua como um agente de amolecimento de partículas. As partículas do solo deslizam
umas sobre as outras e se movem para uma posição densamente compactada. Após a
compactação, o peso especifico seco aumenta, em princípio, conforme aumenta o teor
de úmida.

O peso específico in situ de um solo é uma das propriedades mais importantes e


necessárias na investigação de solos. É definido como o peso total do solo (solo mais
água) por unidade de volume. Seu valor depende do peso específico dos sólidos, da
porosidade e do grau de saturação.

O peso específico é largamente utilizado no controle da compactação de aterros


e das camadas de base para pavimento, é também utilizado no cálculo de tensões devido
ao peso próprio dos solos, capacidade de carga, estabilidade e compressibilidade.

No controle da compactação no campo, é regra geral tomar-se um ensaio de


laboratório como referência e verificar o que é obtido no campo, com equipamento,
comparando estes resultados com os de laboratórios, dentro de certas especificações.

Para o corpo dos aterros o grau mínimo de compactação é de 95% e para a


camada final é de 100% em relação ao proctor normal, com uma tolerância de 3% no
teor de umidade, comparando com a umidade ótima, deverá ser feito uma determinação
da massa especifica de campa para cada 1000m³ de solo compactado. Já para a camada
final do aterro para cada 200m³ de solo compactado será feita uma determinação da
massa específica de campo.

Quando o trabalho de compactação é executado em campo, é importante saber se


o peso específico definido no projeto foi alcançado. Os procedimentos padrão para a
determinação do peso específico de compactação no campo incluem os seguintes
métodos:

 Método de frasco de areia;


 Método do balão de borracha;
 Método nuclear;
Dentre os métodos utilizado no campo destaca-se o método do frasco de areia.
Podendo ser aplicado a solos de qualquer granulação, contendo ou não pedregulhos, que
possam ser escavados com ferramentas de mão e cujos vazios naturais sejam
suficientemente pequenos de forma a evitar que a areia usada no ensaio penetre nos
mesmos. O solo que está sendo ensaiado deve ser suficientemente coesivo e firme, de
modo que as paredes da cavidade a ser aberta permaneçam estáveis e as operações a
serem realizadas não provoquem deformações na mesma. A norma não é aplicável
quando as condições locais ensejarem a percolação de água para o interior da cavidade.

No caso de solos pedregulhosos ou de baixa coesão recomenda-se que o formato


da cavidade seja o de tronco-cônico invertido. Isto minimizará a possibilidade de
desmoronamento das paredes e maior estabilidade para a realização do ensaio.

2. OBJETIVO

O objetivo do ensaio realizado foi determinar a massa específica in situ


utilizando o método do frasco de areia.

3. METODOLOGIA

3.1. Materiais
 Frasco de plástico acompanhado de funil metálico;
 Bandeja quadrada rígida, com orifício circular no centro, dotado de rebaixo
para apoio do funil;
 Colher de pedreiro;
 Talhadeira;
 Marreta;
 Balança de precisão;
 Aparelho “Speedy”, para determinação da umidade.

3.2. Procedimento

Para iniciarmos a realização do ensaio encheu-se o frasco plástico de areia e


pesou, em seguida montou-se o conjunto frasco + funil. A seguir fez-se a escolha do
local, escolhendo a superfície do solo que fosse mais plana e horizontal, fazendo a
limpeza da mesma. Logo após colocou-se a bandeja nessa superfície e com a talhadeira
e o martelo, escavou-se o solo em forma cilíndrica, com uma profundidade de
aproximadamente 10 cm, retirando-se com a pá de mão e a mão o solo escavado, que foi
posteriormente pesado. Assim, tomou-se uma amostra desse solo e determinou a
umidade do mesmo fazendo uso do aparelho “speedy”.

Pesou-se o conjunto frasco + funil cheio de areia. Em seguida o conjunto foi


devidamente instalado, com o funil estando apoiado no rebaixo do orifício da bandeja,
com o registro do frasco aberto para a areia escoar livremente até cessar o seu
movimento dentro do frasco, onde a cavidade já estaria totalmente cheia com outro
material. Fechou-se o registro e retirou-se o frasco + funil, que foi pesado novamente
com a areia que restou. Com todos os dados em mãos, tornou-se possível realizar os
cálculos para determinar a massa específica aparente do solo em estudo.

4. RESULTADOS

A tabela 1, expressa os dados coletados no ensaio em que foi possível


determinar a massa específica aparente úmida e seca.

Tabela 1- Dados do ensaio


Volume cilindro 911,06 cm³
Massa no cilindro 1327,26 g
Frasco + Funil + Areia - Antes 2895,24 g
Frasco + Funil + Areia - Depois 1606,35 g
Areia no funil 449,15 g
Solo extraído da cavidade 1262,74 g
Umidade Speedy 2,50 %

A massa específica da areia µa, pode ser calculada a partir da seguinte equação:
m 1327 ,16 g
ρa = = =1,457 g /cm ³
V 911, 06 cm ³

A massa de areia retida na cavidade é calculada por:


mareia=mantes−mdepois −¿ mfunil
mareia=2895 ,24 g−1606 , 35 g−449 ,15=839 , 74 g

A partir da massa de areia retida, é possível obter o volume do mesmo e pode ser
calculada da seguinte forma:

mareia 839 , 74 g
V furo = = =576,416 cm ³
ρa 911, 06 g/cm ³

Com o volume do furo, e a massa de solo extraído da cavidade, pode-se


encontrar a massa especifica do solo úmido.

msolo 1262 ,74 g


ρn = = =2,191 g /cm³
V furo 576,3416 g/cm ³

Utilizando a umidade obtida pelo método do speedy, é possível determinar a


umidade solo, da seguinte equação:

ws 2 ,5
w= = =2 , 56
100−ws 100−2, 5

Com a umidade e a massa específica úmida é possível calcular massa específica


seca:

ρn 2,191 g /cm ³
ρd = = =2 , 13 6 g /cm ³
1+ w 1+0,256
5. CONCLUSÃO

Com o experimento, pode-se afirmar que a determinação da massa específica


pelo método do frasco de areia “in situ” tem uma boa praticidade, além de se tratar de
um processo confiável em construções civis, pois o mesmo permite obter a massa
específica aparente úmida e seca. Alguns erros dos resultados obtidos podem estar
atrelados ao fato de ter várias pessoas atuando ao mesmo tempo.

Portanto, sabe-se que esta determinação auxilia no andamento de diversas obras


e previne problemas posteriores, analisando sempre o grau mais adequado de
compactação de um solo, assim como sua umidade e densidade ótima.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Das, Braja M. Fundamentos da engenharia geotécnica / Braja M. Dias; Tradução


EZ2Translate; revisão técnica Leonardo R. Miranda – São Paulo: Cengage Learning,
2013.

Frasco de areia. Disponível em <http://docslide.com.br/documents/frasco-de-


areia.html> Acesso em 16/04/2016

Peso específico in situ. Disponível em <https://docs.google.com/docum


ent/d/1Ab7yZPUBOvRucnrtB4usZlCKEXP5GgL3zW-RleN9Vnc/edit> Acesso em
15/04/2016

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