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1.

INTRODUÇÃO
O ensaio “Densidade in situ” consiste em processos pelos quais seguindo as
Normas Técnicas é possível determinar a massa específica aparente de um solo, além da
massa específica aparente seca deste mesmo solo. Este ensaio também possibilita a
realização de métodos a fim de calcular o teor de umidade de um solo, de maneira que
seus resultados demonstrem qual método é indicado para qual situação.
Para realização deste ensaio faz-se necessário o embasamento nas seguintes
Normas Técnicas:
 ABNT NBR 7185/2016 – Solo – Determinação da massa específica
aparente, in situ, com emprego do frasco de areia.
 DNER-ME 052/1994 – Solos e agregados miúdos – Determinação da
umidade com emprego do Speedy.
Assim, após a realização dos procedimentos previstos nas Normas citadas acima,
foi possível calcular as massas específicas e teores de umidade, possibilitando a análise
dos resultados a fim de comparar cada método. Assim, provando qual processo
apresenta maior precisão de eficácia.

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2. OBJETIVOS
O ensaio “Densidade in situ e Método Speedy” tem como finalidade determinar
a massa específica aparente seca do solo in situ através do método do frasco de areia, de
maneira que possibilite a comparação dos resultados com os do método Speedy.
Possibilitando os cálculos dos teores de umidade para tal comparação.

3. MATERIAIS
Para realização deste ensaio faz-se necessário a utilização dos seguintes
materiais:
 Frasco de vidro ou plástico (3500 cm3), com funil e registro;
 Bandeja quadrada metálica com orifício circular no centro (diâmetro =
funil);
 Nível de bolha;
 Pá de mão (concha);
 Talhadeira de aço (30 cm);
 Martelo (1 kg);
 Balanças (1,5 kg e 10 kg) (precisão 0,1 g e 1 g);
 Estufa;
 Cilindro metálico de diâmetro igual ao do funil frasco;
 Areia lavada e seca;
 Peneiras.

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4. EMBASAMENTO TEÓRICO
A determinação da densidade do solo consiste em medir a densidade média de
um volume conhecido de solo, relacionando com a porosidade total e com a composição
orgânica e mineralógica média do solo.
Desta maneira, para realização deste ensaio é necessário embasamento na ABNT
NBR 7185/2016 – Solo – Determinação da massa específica aparente, in situ, com
emprego do frasco de areia, de maneira que:
“Esta Norma aplica-se aos solos de qualquer
granulação, contendo ou não pedregulhos, que possam ser
escavados com ferramenta de mão e cujos vazios naturais
sejam suficientemente pequenos, de forma a evitar que a
areia usada no ensaio penetre neles. O material que está
sendo ensaiado é suficientemente coesivo e firme, de modo
que as paredes da cavidade a ser aberta permaneçam
estáveis e as operações a serem realizadas não provoquem
deformações nela.” (ABNT NBR 7185)
Para este ensaio também foi utilizada a Norma Técnica DNER-ME 052/1994 –
Solos e agregados miúdos – Determinação da umidade com emprego do Speedy, do
seguinte modo:
“Fixa o procedimento para a determinação expedita
do teor de umidade de solos e agregados miúdos pelo uso
em mistura com carbureto de cálcio, colocada com
dispositivo medidor de pressão de gás, denominado Speedy,
e prescreve as condições para obtenção do resultado.”
(DNER-ME 052)
Assim, seguindo os procedimentos previstos pelas Normas Técnicas determina-
se o teor de umidade utilizando o Método Speedy e seguidamente, utilizando o Método
da Estufa, possibilitando a comparação dos resultados finais.
Para calcular a densidade do solo in situ também há outro método, conhecido
como Método da Frigideira no qual é utilizado um recipiente semelhando a uma
frigideira gastronômica em que coloca-se a cápsula com solo dentro deste recipiente e
lavado ao fogo até que haja secagem completa, realizando a pesagem deste conjunto.
No entanto, para realização destes procedimentos faz-se necessário a utilização da
cavidade in situ do solo para determinar o volume desta cavidade, que é usada para os
cálculos finais deste método.

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5. PROCEDIMENTOS
Neste ensaio foram utilizados dois métodos, Speedy e Estufa, pois o método da
frigideira não foi possível de realização devido a condições climáticas.
Inicialmente, o funil para o frasco de areia foi calibrado.
Em seguida, foi feita a determinação da massa de areia que preenche o funil e o
orifício da bandeja. Para este processo foi necessário primeiramente montar o conjunto
frasco, funil e areia, pensando como M1. Foi instalado o conjunto apoiando-o na
bandeja para que a areia escoasse, retirando este conjunto e pesando como M2. Assim
foi calculada a massa de areia que preenche o funil M3, de modo que M3 = M1 – M2.
Este processo foi repetido 3 vezes a fim de garantir maior precisão.
Após este procedimento, foi determinada a massa específica aparente da areia,
de maneira que foi montado o conjunto e pesado M4 (=M1). Em seguida, o conjunto foi
apoiado de maneira a deixar a areia escoar em um cilindro metálico de volume
conhecido, sendo pesado M5, possibilitando o cálculo da massa de areia que preenche o
cilindro M6, de maneira que M6 = M4 – M5 – M3, repetindo este processo 3 vezes.
Por fim, foi calculado o teor de umidade através de dois métodos a fim de
realizar comparação dos resultados finais.
Para o Método Speedy, realizou-se o seguinte procedimento: 10g de solo foi
pesada e colocada dentro da garrafa do Speedy, e acrescentada a ampola de carbureto de
cálcio, juntamente com duas esferas de aço. Esta garrafa foi agitada por cerca de um
minuto, resultando na quebra da ampola e na reação do carbureto de cálcio com a água
absorvida. Foi colocado o manômetro e feita sua leitura. Logo após, foi analisado o
valor do teor de umidade em função da pressão medida pelo manômetro através da
tabela contida nas instruções para uso do Speedy.
Para determinação do teor de umidade com o Método da Estufa, realizou-se a
pesagem da amostra de solo após a secagem da mesma na estufa. Utilizou-se a divisão
da massa de água pela massa de sólidos, determinando assim o teor de umidade do solo.
Por fim, foram comparados os resultados calculados a fim de demonstrar a
precisão e eficiência dos dois métodos utilizados.

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6. RESULTADOS E ANÁLISE
Devido às condições climáticas chuvosas no dia da realização do ensaio, foram
utilizados apenas o Método Speedy e o Método da Estuda, pois o Método da Frigideira
foi impossibilitado visto que havia necessidade de realizá-lo na área externa do
laboratório.
Seguindo os procedimentos previstos nas Normas Técnicas, realizou-se este
ensaio chegando aos resultados descritos abaixo.
A leitura realizada no manômetro do Método Speedy marcou uma pressão de 1,5
kg/cm². Através da tabela de instruções de uso foi possível determinar que, para este
valor de pressão em 10 g de solo, o teor de umidade correspondente apresenta uma
porcentagem de 17,3 %.
Ao realizar os processos para determinação do teor de umidade pelo Método da
Estufa, foi utilizada a seguinte equação:

Massa da água
w =
Massade sólidos
Na qual, w é o teor de umidade do solo.
Assim, utilizando este método foi calculado o valor de 21,15 % de teor de
umidade.
Desta maneira, foi possível realizar uma análise comparativa dos valores
encontrados em cada método, determinando qual processo apresenta maior eficácia.
Realizando os processos para Densidade in situ, foi possível determinar a massa
específica aparente do solo, sendo calculada no valor de 1,2667 g/cm³. Além de
determinar também a massa específica aparente seca do solo, no calor de 1,0456 g/cm³.
Deste modo, os resultados finais foram descritos abaixo:

TEOR DE UMIDADE
Método Speedy 17,3 %
Método da estufa 21,15%

Massa específica aparente do solo 1,2667 g/cm³


Massa específica aparente seca do solo 1,0456 g/cm³

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7. CONCLUSÃO

O ensaio “Densidade in situ” possibilitou a análise de seus resultados de maneira


que ao comparar o Método Speedy e o Método da Estuda conclui-se que o Método
Speedy não apresenta valores de maior precisão e é indicado para realização em campo
para que haja apenas um embasamento de um valor de teor de umidade base.
No entanto, o Método da Estufa apresentou valores muito mais precisos,
demonstrando que este método é indicado para estudos mais específicos do solo pois
seus resultados trazem maior eficácia.
Desta maneira, é possível concluir que este ensaio atingiu seu objetivo principal
de determinar as massas específicas aparente do solo, além de possibilitar a comparação
dos resultados de teor de umidade para os dois métodos utilizados.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Volume 1.
PINTO, C.S. Curso básico de mecânica dos solos.
ABNT NBR 7185/2016 – Solo – Determinação da massa específica aparente, in
situ, com emprego do frasco de areia.
DNER-ME 052/1994 – Solos e agregados miúdos – Determinação da umidade
com emprego do Speedy.

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