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PÓS-GRADUAÇÃO EM INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

IEC PUC MINAS

Disciplina:

SISTEMAS ELÉTRICOS PARA


INSTRUMENTAÇÃO
AULA 04
Professor: Marcelo Araújo
DISTRIBUIÇÃO
DE TENSÃO
CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO
CORRENTE DE CURTO CIRCUITO
✓ A corrente nominal é determinada pela carga da instalação, porém, a
corrente de curto-circuito de modo geral não depende da carga, e
sim das características do sistema elétrico de distribuição.
✓ O que limita o curto circuito são as impedâncias dos geradores,
cabos e equipamentos como por exemplo, os transformadores.
✓ Os disjuntores de proteção devem ser capazes de interromper um
curto-circuito de valor, no mínimo, igual ao valor da corrente de
curto-circuito do ponto onde foram instalados.
IMPEDANCIA TRANSFORMADOR
✓ E a impedância por unidade do transformador. É expressa como sendo a impedância
percentual do transformador. Então, a plena carga a queda de tensão interna é o
produto entre impedância por unidade e a tensão nominal do secundário.
✓ É a tensão percentual necessário para circular o fluxo de corrente nominal através de
um enrolamento do transformador quando outro enrolamento é curto-circuitado na
derivação de tensão nominal na frequência nominal. % Z está relacionado com a
capacidade de curto-circuito do transformador durante condições de curto-circuito.
✓ Para um transformador de dois enrolamentos com 5% de impedância, isso
exigiria 5% de tensão de entrada aplicado no enrolamento de alta tensão para obter
100% da corrente nominal no enrolamento secundário quando o enrolamento
secundário estiver em curto-circuito.
MÉTODO SIMPLIFICADO
✓ Um dispositivo com potência de 45KVA e tensão de alimentação de 220V, cuja impedância é 5%. Comece
usando a fórmula:
✓ In=S/√3XVff
✓ Ao substituir os valores, teremos:
✓ In=45kvA/√3X220V
✓ In = 118,11A A corrente de curto-circuito real será menor. Isso acontece porque
entre o transformador e um possível ponto de curto-circuito,
✓ Depois, encontre a corrente de curto-circuito com a fórmula: haverá uma impedância dos condutores! O que contribuirá para
reduzir a corrente de curto.
✓ Icc=In/Z%
✓ Nela, considere que Icc é a corrente de curto-circuito, Z% é a impedância e In é a corrente nominal. Após a
substituição das letras pelos números, teremos:
✓ 118,11A = In/0,05
✓ Como resultado, obtém-se o valor de 2,36 KA.
MÉTODO
SIMPLIFICADO
MÉTODO SIMPLIFICADO
ESPECIFICAÇÕES DE
EQUIPAMENTOS
DOCUMENTAÇÃO DE PROJETO
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
CABOS ELÉTRICOS
MATERIAIS ELÉTRICOS
MATERIAIS ELÉTRICOS
DOCUMENTAÇÃO DE PROJETO
DIAGRAMA DE INTERLIGAÇÃO
Objetivo: Fornecer subsídio para interligação de todos os dispositivos aos painéis de controle,
remotas e acionamento. E utilizado pela disciplina de Elétrica para desenvolvimento das
Listas de Cabos consolidadas e utilizado na manutenção da planta.
Principais ✓Tipos e tag de cabos.
informações: ✓Origem e destino dos cabos com localização detalhada.
✓Bornes de interligação.
✓Identificação de condutores.
Exemplo:
LISTA DE CABOS
Objetivo: Dar subsidio para a disciplina de Elétrica quantificar os cabos de automação
necessários para implantação do projeto. E necessário para permitir o
levantamento de custo do projeto.
Principais ✓Tipos de cabos.
informações: ✓Origem e destino dos cabos.
✓Equipamento associados.
✓Quantidade de cabos.
Exemplo:
DESENHOS DE ROTAS
Objetivo: Permitir a montagem e instalação em campo dos equipamentos elétricos e infraestrutura
(leitos, eletrodutos, embutidos) necessários para implantação do projeto.

Principais ✓Equipamentos e instrumentos com tags.


informações: ✓Planta chave.
✓Elevações.
✓Detalhes de Montagem.
✓Dimensionais.

Exemplo:
DETALHES TIPICOS DE MONTAGEM

Objetivo: Este documento tem como objetivo fornecer informações para montagem dos
instrumentos em campo assim como permitir a quantificação dos materiais necessários
para montagem que serão indicados nas Listas de Materiais.
Principais Desenho esquemático mostrando as instalações:
informações: ✓Mecânica (processo).
✓Elétrica.
✓Pneumática.
✓Hidráulica.
✓Suportes.
✓Devem ser indicados as especificações dos materiais assim como as quantidades
necessárias.
Exemplo:
LISTA DE MATERIAL

Objetivo: Fornecer o quantitativo de materiais necessários para montagem dos instrumentos e


válvulas permitindo a aquisição dos mesmos.
Principais ✓Quantidades.
informações: ✓Especificações técnicas e dimensões.
✓Critério de folga.
✓Modelo e fabricante de referência.
Exemplo:
CONECTORES
INSTALAÇÕES DE CABOS
ATIVIDADE AVALIATIVA
TRABALHO PRÁTICO
AREAS CLASSIFICADAS
NORMAS APLICADAS
✓ A classificação de áreas consiste no mapeamento de todos os pontos (locais) com a possibilidade de formação de atmosferas
explosivas decorrentes de condições normais de processo ou vazamentos de substâncias inflamáveis (seguindo as orientações
das normas NBR IEC 60079).
✓ O estudo de classificação de áreas tem como objetivo atender requisitos legais definidos nas Normas Regulamentadoras NR-10
(Instalações e Serviços em Eletricidade) e NR-20 (Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis), além de
proporcionar maior segurança às pessoas e ao patrimônio da empresa em relação aos riscos oriundos de atmosferas inflamáveis.
✓ Com o mapeamento das respectivas áreas de risco, feito através de um estudo de classificação de áreas é possível tomar
ações preventivas para a redução do risco de explosão, como por exemplo, através da instalação de equipamentos
adequados, da elaboração de procedimentos de trabalhos, da avaliação de riscos em novos projetos e de melhorias na planta
industrial.
✓ A NBR IEC 60079-10-1 traz uma metodologia completa para a determinação das áreas classificadas, listando as etapas
necessárias para a estimativa de possíveis vazamentos e consequente dispersão. Vários fatores são levados em consideração,
como a ventilação e tipo de produto.
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA – IEC 60079-10
Classificação Descrição

Área onde a atmosfera explosiva, formada por gases combustíveis, ocorre permanentemente
Zona 0
ou por longos períodos.

Área onde a atmosfera explosiva, formada por gases combustíveis, provavelmente ocorra em
Zona 1
Gases operação normal dos equipamentos.

Área onde não é provável o aparecimento da atmosfera explosiva, formada por gases
Zona 2
combustíveis, em condições normais de operação, caso ocorra é por curto período de tempo.

Área onde a atmosfera explosiva, formada por poeiras combustíveis, ocorre


Zona 20
permanentemente ou por longos períodos.

Área na qual uma mistura explosiva de poeira tem possibilidade de ocorrer durante operação
Zona 21
Poeiras normal.

Área onde não é provável o aparecimento da atmosfera explosiva, formada por poeiras
Zona 22
combustíveis, em condições normais de operação, caso ocorra é por curto período de tempo.
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA – IEC 60079-10
Classificação Descrição

Grupo I Ocorre em minas onde prevalecem os gases da família do metano e poeira de carvão.

Ocorrem em indústrias de superfície (químicas, petroquímicas, farmacêuticas, etc.), subdividindo-se em


Grupo II
IIA, IIB e IIC.

Grupo IIA Ocorre em atmosferas explosivas, onde prevalecem os gases da família do propano.

Grupo IIB Ocorre em atmosferas explosivas, onde prevalecem os gases da família do etileno.

Ocorre em atmosferas explosivas, onde prevalecem os gases da família do hidrogênio (incluindo-se o


Grupo IIC
acetileno).
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA – IEC 60079-10
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
EQUIPAMENTOS AREAS CLASSIFICADAS

✓ Equipamento à prova de explosão (Ex d): aplicados nas zonas 1 e 2, estes produtos são robustos, providos de
tampas parafusadas ou roscadas, capazes de resistir a explosões. Em caso de ignição dentro dos equipamentos, a
resistência mecânica impede que a explosão se propague.

✓ Equipamento de Segurança Aumentada (Ex e): Também aplicados nas zonas 1 e 2, estes equipamentos não
produzem faíscas ou aquecimento suficiente para causar a explosão sob condições normais de operação.

✓ Equipamento de Segurança Intrínseca (Ex i): Estes equipamentos não liberam energia suficiente para inflamar a
atmosfera explosiva tanto em condições normais quanto anormais.
EQUIPAMENTOS AREAS CLASSIFICADAS
INVÓLUCRO A PROVA DE EXPLOSÃO

ZONA 0

CERTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
INVÓLUCRO A PROVA DE EXPLOSÃO

✓ Elemento recomendado para


utilização nas instalações elétricas
em áreas com classificação de risco.
A Unidade Seladora tem a função de
evitar a passagem de gases
explosivos em casos onde o
eletroduto transpõe uma área não
classificada para uma área
classificada.
INVÓLUCRO A PROVA DE EXPLOSÃO
SEGURANÇA INTRÍNSECA

Dispensam a necessidade de instalação de unidades


seladoras.
INSTALAÇÃO ELÉTRICA
✓ A equalização de potencial (equipotencialização) é sempre necessária para instalações elétricas em
áreas classificadas. Seu objetivo é evitar o centelhamento perigoso entre as partes metálicas de
estruturas. Todas as partes condutoras usualmente não energizadas e expostas devem ser conectadas à
ligação equipotencial. Este sistema de equipotencialização deve incluir os condutores de proteção, os
eletrodutos e demais condutos metálicos, proteções metálicas de cabos, armação metálica e partes
metálicas de estruturas, mas não deve incluir os condutores neutros, quando existirem.
ATERRAMENTO ELÉTRICO
ATERRAMENTO ELÉTRICO
✓ Aterramento é o processo de criação de um caminho alternativo para o
fluxo de falhas / correntes excessivas com segurança no solo na presença
de resistência ou impedância mínima.
✓ O objetivo principal do aterramento é reduzir o risco de choque elétrico
grave causado pelo escoamento de corrente nas partes metálicas não
isoladas de um equipamento ou estrutura.
✓ Um aterramento elétrico consiste em uma ligação elétrica proposital de
um sistema físico (elétrico, eletrônico ou corpos metálicos) ao solo. Este
se constitui basicamente de três componentes: conexões elétricas que
ligam um ponto do sistema aos eletrodos; eletrodos de aterramento
(qualquer corpo metálico colocado ao solo); terra que envolve os
eletrodos.
ATERRAMENTO ELÉTRICO
✓ Em geral, os sistemas elétricos não precisam estar ligados à terra para funcionarem e, de fato, nem todos os
sistemas elétricos são aterrados. Mas, nos sistemas elétricos, quando designamos as tensões, geralmente, elas são
referidas à terra. Dessa forma, a terra representa um ponto de referência (ou um ponto de potencial zero) ao qual
todas as outras tensões são referidas.
FORMAS DE ATERRAMENTO
1. Sistema isolado: Não existe conexão condutiva proposital entre o sistema elétrico e o solo. O nível das máximas
sobretensões possíveis neste tipo de sistema é elevado.
2. Sistema solidamente aterrado: Alguns pontos do sistema elétrico são conectados diretamente à terra, procurando-
se um caminho de mínima impedância à passagem de eventual corrente de falta para o solo. Os valores elevados da
corrente, resultante nesta eventualidade, sensibilizam os dispositivos de proteção, que prontamente comandam o
desligamento da parte faltosa do sistema.
3. Sistema aterrado por impedância: Neste caso é interposta propositalmente uma impedância (resistência ou
reatância) entre o sistema elétrico e seu aterramento físico, que procura limitar o valor da corrente de eventual
falta, sem contudo eliminar a ligação condutiva do sistema ao solo. Tal forma de aterramento tenta implementar
uma condição intermediária entre as duas alternativas citadas anteriormente, reunindo as vantagens de cada uma
delas.
FORMAS DE ATERRAMENTO
✓ Nas instalações elétricas existem, basicamente, dois tipos principais de aterramento:

✓ Aterramento Funcional:
➢ Consiste na ligação à terra de um dos condutores do sistema (geralmente o neutro), e está relacionado com o
funcionamento correto, seguro e confiável da instalação.

✓ Aterramento de Proteção :
➢ Consiste na ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação, cujo objetivo é a
proteção contra choques elétricos por contato indireto.

✓ Além destes dois tipos, pode-se fazer, eventualmente um aterramento de trabalho, que tem por finalidade tornar
possíveis, sem perigo de acidente, atividades de manutenção em partes da instalação normalmente sob tensão,
colocadas fora de serviço para este fim. É um tipo de aterramento provisório, que deve ser desfeito no final dos
trabalhos de manutenção.
FORMAS DE ATERRAMENTO
FORMAS DE ATERRAMENTO
FORMAS DE ATERRAMENTO
FORMAS DE ATERRAMENTO
MALHA DE TERRA DE REFERENCIA
MALHA DE TERRA DE REFERENCIA

A malha de Referência de Sinal (SRG) é uma rede pré-fabricada de condutores de


baixa impedância para criar um plano de equipotencialização para altas frequências,
sinais digitais de baixa tensão como aqueles gerados por computadores, instalações de
telemetria e telecomunicações.
SISTEMA DE ATERRAMENTO Ex d
MEDIÇÃO RESISTIVIDADE DO SOLO
✓ Um dado importante, na elaboração do projeto de aterramento é o do conhecimento das características do solo,
principalmente sua resistividade elétrica.

✓ O solo tem uma composição bastante heterogênea, sendo que o valor da sua resistividade pode variar de local
para local em função do tipo (argila, calcário, areia, granito, etc.), do nível de umidade (seco, molhado), da
profundidade das camadas, da idade de formação geológica, da temperatura, da salinidade e de outros fatores
naturais.
TERROMETRO
✓ Para a inspeção do sistema de aterramento é utilizado
o equipamento denominado como Terrômetro, sendo
realizada a medição da resistência ôhmica dos pontos
do sistema de aterramento. A norma ABNT NBR 5419
(Proteção Contra Descargas Atmosféricas).

✓ O terrometro tem a capacidade de medir a resistência


do solo em receber as descargas elétricas. Ou seja, ele
mede a eficiência do aterramento através de sensores.
LAUDO DE
ATERRAMENTO
ADEQUAÇÃO RESISTIVIDADE DO SOLO
✓ O tratamento químico do solo visa à diminuição da resistência de terra de um sistema que já está fisicamente
definido e instalado.
✓ É importante que os materiais a serem utilizados possuam boa higroscopia, sejam não lixiviáveis, não corrosivos,
tenham baixa resistividade elétrica, sejam quimicamente estáveis no solo, não sejam tóxicos e não causem danos
a natureza.
ANÁLISE DE RISCO PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
✓ Para que uma estrutura seja
completamente protegida contra
descargas atmosféricas, é necessário
que a mesma esteja envolvida por uma
blindagem de ótima condutividade
elétrica e aterrada com uma espessura
adequada.

✓ Para cada tipo de perda (L) haverá um


Risco (R) a ser calculado, o qual
depende de componentes que podem
ser agrupados de acordo com a fonte de
danos (S) e o tipo de dano (D).
PROTEÇÃO CONTRA DESCARGA ATMOSFÉRICA
PONTOS DE ATERRAMENTO
PONTOS DE ATERRAMENTO
ATERRAMENTO 4-20 mA
ATERRAMENTO 4-20 mA
ATERRAMENTO REDES DE COMUNICAÇÃO
ATERRAMENTO REDES DE COMUNICAÇÃO

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