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1ª GRANDE GUERRA MUNDIAL(1914-1918)

Antecedentes – Descontentamento com a partilha da Ásia e da África. ( Alemanha


e Itália ficaram fora do processo neocolonial, enquanto França e Inglaterra
exploravam diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande
mercado consumidor). A insatisfação da Itália e da Alemanha, é uma das causas
da Grande Guerra, porque no início do século XX havia uma forte concorrência
comercial entre os países europeus, na disputa pelos mercados consumidores.
--Corrida armamentista para se protegerem, ou atacarem. Esta corrida bélica
gerava apreensão e medo, onde um tentava se armar mais do que o outro.
-- Rivalidade entre as duas nações poderosas da época (Inglaterra e França). A
França havia perdido a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a
Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês esperava para retomar a rica
região perdida.
-- O pangermanismo e o pan-eslavismo. Existia uma forte vontade nacionalista dos
germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica.
O mesmo acontecia com os países eslavos.
O início da Grande Guerra- O estopim foi o assassinato de Francisco Ferdinando,
príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-
Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem sérvio, integrante
do grupo mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria nos Bálcãs. O
império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação
ao crime e, em 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
Política de Alianças- Os países europeus fizeram alianças políticas e militares:
Tríplice Aliança (Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha) e Tríplice Entente,
(França, Rússia e Reino Unido). O Brasil participou do lado da Entente, enviando
para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos.
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados
ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista
de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os
inimigos destes guerreiros. No fim da 1ª guerra, foram utilizados novas
tecnologias bélicas (tanques de guerra e aviões). Enquanto os homens lutavam
nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como
empregadas.
Fim do conflito- Só em 1917 os EUA entraram no conflito ao lado da Entente, pois
havia acordos comerciais a defender com Inglaterra e França (os EUA vendiam
armas e outros produtos, se eles perdessem os EUA teriam prejuízos). A entrada
dos EUA marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a
rendição. Os derrotados assinaram o Tratado de Versalhes que impunha
restrições e punições. A Alemanha teve o exército reduzido, a indústria bélica
controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a
região da Alsácia Lorena e teve que pagar os prejuízos da guerra dos países
vencedores. O Tratado de Versalhes influenciou a Segunda Guerra Mundial. A
guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou
campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos
econômicos. – Depois da Guerra foi criada a Liga das Nações, com o objetivo de
garantir a paz mundial. Consequências para o Brasil: fortalecimento e
desenvolvimento da indústria.

Crise de 29 - Durante a 1ª Guerra Mundial, a economia norte-americana estava


em pleno desenvolvimento (os EUA se tornaram o país mais rico do mundo) suas
indústrias produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente,
para os países europeus em guerra. Após a guerra o quadro não mudou, pois os
países europeus estavam reconstruindo suas indústrias e cidades e mantiveram
suas importações. A situação começou a mudou em 1930. Reconstruídas, as
nações europeias diminuíram drasticamente a importação de produtos dos EUA.
Com a diminuição das exportações, as indústrias norte-americanas aumentaram
seus estoques. Grande parte destas empresas possuía ações na Bolsa de Valores
de Nova York e milhões de norteamericanos tinham investimentos nestas ações.
Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações, houve uma correria
de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as
ações se desvalorizaram fortemente. Em poucos dias pessoas muito ricas ficaram
pobres. O número de falências foi enorme e o desemprego atingiu 30% dos
trabalhadores. A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a
maior da história dos EUA. Diversos países mantinham relações comerciais com
os EUA, e a crise se espalhou por quase todos os continentes. Os EUA eram o
maior comprador do café brasileiro e com a crise a importação diminuiu e o preço
do café caiu. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo
comprou e queimou toneladas de café para diminuir a oferta e conseguir manter
o preço. Este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do
café, muitos cafeicultores investiram na industrialização, alavancando a indústria
brasileira. A solução para a crise surgiu em 1933. No governo de Roosevelt, com o
plano New Deal ( um plano econômico que controlava os preços e a produção das
indústrias e das fazendas). Com isto, o governo conseguiu controlar a inflação e
evitar a formação de estoques. Fez parte do plano também o investimento em
obras públicas (estradas, aeroportos, ferrovias, energia elétrica etc), conseguindo
diminuir o desemprego. O programa foi tão bem sucedido que no começo da
década de 1940 a economia norte-americana já estava funcionando
normalmente.

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