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6.1. Introdução
Este problema admite muitas variantes, sendo a sua forma mais simples a
seguinte: pretende-se efectuar o transporte de um determinado produto
homogéneo (matérias primas, produtos fabricados, etc.), que se encontra em m
origens diferentes (armazéns, fábricas, portos, etc.), para n destinos distintos
(fábricas, mercados, consumidores finais, portos, etc.).
Cada origem tem uma certa disponibilidade e o total das disponibilidades podem
ser consideradas como a oferta total e cada destino tem uma certa necessidade e
a soma representa a procura total. É possível transportar este produto desde
qualquer origem até qualquer destino a um custo C de transportação.
Como qualquer problema de PL, também este pode ser resolvido pelo método
Simplex. Porém, a sua estrutura própria permitiu a utilização de métodos que,
embora derivados do Simplex, são mais eficientes.
EXEMPLO 1
Certa empresa possui dois armazéns, A1 e A2, onde dispõe de 100 e 50 unidades
de determinado produto, respectivamente, com o que abastece três mercados,
M1, M2 e M3, que consomem 80, 30 e 40 unidades. Sabendo que os custos de
transporte são dados no quadro:
M1 M2 M3
A1 5 3 2
A2 4 2 1
Não podendo a mercadoria ser fraccionada, os 𝑿𝒊𝒋 têm que ser inteiros e
satisfazer a condição de não negatividade estudada na programação
linear.
Para a formulação do problema sempre deve ser considerado que a oferta total é
igual a procura total. Caso contrário, como veremos, introduz-se origem ou
destino fictício.
𝑎1 O1 𝑋11 , 𝐶11 D1 𝑏1
O2 D2
𝑏2
𝑎2
𝑋𝑖𝑗 , 𝐶𝑖𝑗 𝑏𝑗
Oi Dj
𝑎𝑖
𝑏𝑛
𝑎𝑛 Om Dn
𝑋𝑚𝑛 , 𝐶𝑚𝑛
∑𝐦
𝐢=𝟏 𝐚𝐢 = ∑𝐧𝐣=𝟏 𝐛𝐣 (1)
Onde ∑m n
i=1 ai → Oferta Total e ∑j=1 bj → Procuta Total
3.2 Cada origem não pode entregar mais do que a sua disponibilidade; significa
que a quantidade transportada em cada origem aos diferentes destinos é igual a
oferta existente em cada origem.
∑𝒎
𝒋=𝟏 𝑿𝒊𝒋 = 𝒂𝒊 (2), i = 1,...,m
𝑋𝑖𝑗 ≥ 0 (4), i = 1… m e j = 1… n
∑m n
i=1 ∑j=1 Cij X ij (5)
O modelo representado pelas expressões (2), (3), (4) e (5) satisfazem o modelo
de programação linear. Em efeito:
A demais, como cada origem pode entregar a qualquer destino, o mdelo tem
mxn variáveis de decisão e m+n restrições ligadas a oferta existente nas origens
e na procura existente nos destinos.
6.2.1.TABELA DE TRANSPORTE
Destino 𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝐣 𝐃𝐧 𝐚𝐢
Origem
𝐎𝟏 X11 a1
C11
𝐎𝟐 a2
𝐎𝐢 Xij
Cij
𝐎𝐦 am
𝐛𝐢 b1 b2 bn
B) Uso de um teste para ver se a solução obtida é a óptima ou não. Para o efeito,
é necessário os passos seguintes:
Para resolver este sistema de equações, que em caso de solução não degenerada
(onde o número de variáveis básicas satisfaz a relação m+n+1), vamos escolher
uma variável independente, que de maneira geral, escolhe-se a variável que se
repete a mais no sistema e damos-lhe o valor zero e as restantes do sistema
resolve-se por substituição.
B2: Uma vez que temos o sistema resolvido, isto é, temos os valores dos 𝑈𝑖 e 𝑉𝑗 .
𝑈𝑖 : i = 1,...,m
𝑉𝑗 : j = 1,...,n.
Calcula-se as expressões 𝒖𝒊 + 𝒗𝒋 e 𝒖𝒊 + 𝒗𝒋 - 𝐂𝐢𝐣 para todos i = 1,...,m e j = 1,...,n.
Para o efeito, utiliza-se a tabela com a mesma forma que a tabela de transporte.
𝒗𝟏 𝒗𝟐 𝒗𝒏
𝒖𝟏
𝒖𝟐
…
𝒖𝒎 𝒖𝒎 + 𝒗𝒏 - 𝐂𝐢𝐣
𝒖𝒎 + 𝒗𝒏
Caso contrário, temos que determinar uma solução melhor que a anterior (pelo
Método de Stepping-Stone), como no método Simplex, temos que determinar a
variável que entra e a variável que sai da solução anterior obtendo assim uma
nova solução.
- Esquina NOROESTE;
𝐂𝐢𝐣 𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 𝐚𝐢
𝐎𝟏 8 15 24 12 40
𝐎𝟐 16 25 7 9 70
𝐎𝟑 70 15 24 32 100
𝐛𝐣 50 80 30 50 210
210
Ao iniciar o problema sempre temos que verificar que a oferta total é igual a
procura total, que é op nosso caso O = P = 210. Caso contrário, veremos como
proceder.
Esta regra para obter uma solução inicial básica deve o seu nome ao facto de
começar-se por se determinar o valor de X11 Preenchendo o canto noroeste da
tabela de transporte
a) 𝐚𝟏 > 𝐛𝟏 :
b) 𝐚𝟏 < 𝐛𝟏 :
Na fila 1 não podemos fazer mais nada; toda a disponibilidade (40) foi
distribuído a X11 . Temos que na variável imediatamente abaixo.
X21 = min(10, 70) = 10. A origem 2 ainda tem (70-10=60) a distribuir: temos que
passar a variável imediatamente a direita.
𝐗 𝐢𝐣
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 𝐚𝐢
𝐂𝐢𝐣
8
𝐎𝟏 15 24 12 40
16
𝐎𝟐 25 7 9 70
70
𝐎𝟑 15 24 32 100
210
𝐛𝐣 50 80 30 50
210
Como não temos mais nada a distribuir na 1ª fila, passamos para a 2ª fila onde o
custo mínimo encontra-se na variável 𝐗 𝟐𝟑 .
O custo mínimo a seguir nesta 3ª fila é na variável X34 que só precisa de 10 (50-
40) para satisfazer o destino 4.
𝐗 𝐢𝐣
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 𝐚𝐢
𝐂𝐢𝐣
𝐎𝟏 40
8 15 24 12
𝐎𝟐 70
16 25 7 9
𝐎𝟑 100
70 15 24 32
210
𝐛𝐣
50 80 30 50 210
X23 = min(30, 70-10) = 30. Esta coluna está totalmente satisfeita. Passamos para
a coluna 4.
X24 = min(50, 70-40) = 30. Esta coluna não está totalmente satisfeita – falta 20.
O custo mínimo a seguir é 12, mas não podemos atribuir valor porque a origem
1 já distribuiu a totalidade da sua disponibilidade.
c) Como o método ENO (Esquina NorOeste) não considera os custos 𝐜𝐢𝐣 não
podemos esperar que o valor da Função Objectiva → custo total na solução
inicial seja próximo do mínimo.
𝐗 𝐢𝐣
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 𝐚𝐢
𝐂𝐢𝐣
𝐎𝟏 40
3 5 4 1
𝐎𝟐 30
6 2 10 12
𝐎𝟑 50
15 20 5 4
120
𝐛𝐣
20 60 30 10 120
M + n - 1 = 6 variáveis básicas
m + n - 1 = 6 variáveis básicas
𝐗 𝐢𝐣
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 𝐚𝐢
𝐂𝐢𝐣
20 10 10 40
𝐎𝟏 30 0
3 5 4 1
30 30
𝐎𝟐 0
6 2 10 12
30 20 50
𝐎𝟑 30 0
15 20 5 4
20 60 30 10 120
𝐛𝐣
120
0 30 20 0
0 0
1ª Fila:
X14 = min (40, 10) = 10
X13 = min (30, 20) = 20
X13 = min (10, 30) = 10
2ª Fila:
X22 = min (30, 60) = 30
3ª Fila:
Prof. Eng.º MBUTA DOMPETELO Página 15
Material de Investigação Operacional
TEMA: VI Problema de Transporte
m + n - 1 = 6 variáveis básicas
𝐗 𝐢𝐣
𝐂𝐢𝐣 𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 𝐚𝐢
20 20 40
𝐎𝟏 20 0
3 5 4 1
30 30
𝐎𝟐 0
6 2 10 12
10 30 10 50
𝐎𝟑 40 10 0
15 20 5 4
20 60 30 10 120
𝐛𝐣
120
0 30 0 0
10
1ª Coluna:
X11 = min (20, 40) = 20
2ª Coluna:
X22 = min (30, 60) = 30
X12 = min (20, 30) = 20
X32 = min (10, 50) = 10
3ª Coluna:
X33 = min (50, 30) = 30
4ª Coluna:
X34 = min (10, 10) = 10
𝐗 𝐢𝐣
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 𝐚𝐢
𝐂𝐢𝐣
𝐎𝟏 60
2 5 4 5
𝐎𝟐 80
1 2 1 4
𝐎𝟑 60
3 1 5 2
200
𝐛𝐣
50 40 70 40 200
6.2.1 C.M.C.
𝐗 𝐢𝐣
𝐂𝐢𝐣 𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 𝐚𝐢
40 20 60
𝐎𝟏 2 20 0
5 4 5
50 30 80 30
𝐎𝟐 4 0
1 2 1
40 20 60
𝐎𝟑 5 20 0
3 1 2
50 40 70 40 200
𝐛𝐣
200
0 0 40 20
0 0
1ª Coluna:
X21 = min (80, 50) = 50
2ª Coluna:
X32 = min (40, 60) = 40
3ª Coluna:
X23 = min (30, 70) = 30
X13 = min (40, 60) = 40
4ª Coluna:
X34 = min (20, 40) = 10
X14 = min (20, 20) = 20
6.2.2 C.M.F.
𝐗 𝐢𝐣
𝐂𝐢𝐣 𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 𝐚𝐢
50 10 60
𝐎𝟏 10 0
2 5 4 5
20 60 80 20
𝐎𝟐 4 0
1 2 1
20 40 60
𝐎𝟑 5 40 0
3 1 2
50 40 70 40 200
𝐛𝐣
200
0 20 60 0
0 0
1ª Coluna:
X11 = min (60, 50) = 50
X13 = min (10, 70) = 10
2ª Coluna:
X23 = min (80, 60) = 60
X22 = min (20, 40) = 20
3ª Coluna:
X32 = min (20, 60) = 20
X34 = min (40, 40) = 40
EXERCÍCIO 1
Cidade
Central 1 2 3 4
1 $8 $6 $10 $9
2 $9 $12 $13 $7
3 $14 $9 $16 $5
EXERCÍCIO 2
Dois reservatórios estão disponíveis para abastecer água a três cidades. Cada
reservatório pode abastecer até 50x106 𝑚3 por dia. Cada cidade gostaria de
receber até 40x106 𝑚3 por dia. Cada milhão de 𝑚3 por dia não fornecido tem
uma penalização (multa) a pagar. A cidade-1 a multa é de $20; cidade-2 a
multa é de $22 e na cidade-3 a multa é de $23. O custo de transporte de 1
milhão de 𝑚3 de água de um reservatório até cada cidade é estipulado na tabela
seguinte:
C1 C2 C3
Reservatório-1 $7 $8 $10
Reservatório-2 $9 $7 $8
GRUPO A.1: Uma empresa fornece produto a três clientes; cada um procura 30
unidades. A empresa tem dois armazens. Armazém-1 tem 40 unidades
disponíveis; Armazém-2 com 20 unidades disponíveis. O custo de transporte de
uma unidade do armazém até ao cliente é dado na tabela abaixo descriminada.
Existe uma penalização por cada unidade que o cliente não recebe; com cliente-
1 a penalização é de $90; cliente-2 é de $80 e cliente-3 é de $110.
𝐗 𝐢𝐣
𝐂𝐢𝐣 𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 𝐚𝐢 (Oferta)
𝐎𝟏 40
3 5 4 1
𝐎𝟐 30
6 2 10 12
𝐎𝟑 50
15 20 5 4
120
𝐛𝐣 (Procura) 20 60 30 10 120
∑ 𝑎𝑖 = ∑ 𝑏𝑗 = 120
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒
𝐎𝟏 40
20 20
𝐎𝟐 30
30
𝐎𝟑 50
10 30 10
20 60 30 10 120
𝐗 𝐢𝐣 → a equação 𝐮𝐢 + 𝐯𝐣 = 𝐂𝐢𝐣
X11 → u1 + v1 = 3
X12 → u1 + v2 = 5
X22 → u2 + v2 = 2
X32 → u3 + v2 = 20
X33 → u3 + v3 = 5
X34 → u3 + v4 = 4
𝐙𝐢𝐣 = 𝐔𝐢 + 𝐕𝐣
18 20 5 4
𝐔𝐢 + 𝐕𝐣 - 𝐂𝐢𝐣
No nosso caso 𝐙𝟑𝟏 - 𝐂𝟑𝟏 < 0, então a solução não é óptima. Entra na base o
maior dos positivos que é 3.
● Só pode entra uma variável e fazer sair uma outra que estava na base.
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒
−𝜽 +𝜽
𝐎𝟏 40
20 20
𝐎𝟐 30
30
−𝜽
𝐎𝟑 𝜽 50
10 30 10
20 60 30 10 120
𝜽 ≥ 0 isto implica que só onde 𝜽 foi introduzido com sinal negativo pode
constituir problema de não negatividade.
𝜽 - 20 = 0 → 𝜽𝟏 = 20
Mim (20, 10) = 10 = 𝜃
𝜽 - 10 = 0 → 𝜽𝟐 = 10
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒
𝐎𝟏 40
10 30
𝐎𝟐 30
30
𝐎𝟑 50
10 30 10
20 60 30 10 120
u1 + v1 = 3
Com 𝐮𝟑 =0 temos a seguinte solução:
u1 + v2 = 5
u1 = -12 ; u2 = -15 ; u3 = 0.
u 2 + v2 = 2
v1 = 15 ; v2 = 17 ; v3 = 5 ; v4 = 4
u3 + v1 = 15
u 3 + v3 = 5
u 3 + v4 = 4
𝐙𝐢𝐣 = 𝐔𝐢 + 𝐕𝐣
15 17 5 4
-12 3 4 -7 -8
-15 0 2 -10 -11
0 15 17 5 4
𝐔𝐢 + 𝐕𝐣 - 𝐂𝐢𝐣
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒
Como ∀ 𝐔𝐢 + 𝐕𝐣 - 𝐂𝐢𝐣 ≤ 𝟎, portanto, a
𝐎𝟏 -11 -9
𝐎𝟐 -6 -20 -23 última solução encontrada é óptima.
𝐎𝟑 -3
Seja
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒
𝐎𝟏 40
10 30
𝐎𝟐 30
30
𝐎𝟑 50
10 30 10
20 60 30 10 120
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒
8 6
𝐎𝟏 10 9 35
12 13
𝐎𝟐 9 7 50
14 9 16 5
𝐎𝟑 40
45 20 30 30 125
Solução Inicial:
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 a) C.M.C.
8 6 10 9
𝐎𝟏 35 m + n – 1 = 6. OK
35
9 12 13 7 V.F.O.=
𝐎𝟐 50
10 30 10 35X8+10X9+30X13+10X7
14 9 16 5 +20X9+20X5 = 1110
𝐎𝟑 40
20 20
45 20 30 30 125
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 b) C.M.F.
8 6 10 9
𝐎𝟏 35 m + n – 1 = 6. OK
15 20
9 12 13 7 V.F.O.=
𝐎𝟐 50
20 30 15X8+20X6+20X9+30X7+
14 9 16 5 10X14+30X16 = 1250
𝐎𝟑 40
10 30
45 20 30 30 125
𝐃𝟏 𝐃𝟐 𝐃𝟑 𝐃𝟒 c) Esquina N-E
8 6 10 9
𝐎𝟏 35 m + n – 1 = 6. OK
35
9 12 13 7 V.F.O.=
𝐎𝟐 50
10 20 20 35X8+10X9+20X12+20X13
14 9 16 5 +10X16+30X5 = 1180
𝐎𝟑 40
10 30
45 20 30 30 125