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Bibliografia

 Hillier, F.S. e G. J. Lieberman, Introduction to Operations Research, McGraw-Hill


 Taha, H., Operations Research - An Introduction, Prentice-Hall International, Inc.
 Tavares, L. V.; Oliveira, R. C.; Themido, I. H.; Correia, F. N. , Investigação Operacional,
McGraw-Hill

das atividades que permitem atingir o melhor possível determina


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Variáveis Básicas (VB) na primeira iteração
Problema de Transportes

Genericamente, o Problema de Transportes refere-se à distribuição de qualquer tipo de bem proveniente


de um conjunto de fornecedores (denominados origens) para um conjunto de clientes (denodos destinos).
Assim, uma origem i (i = 1, 2, …, m) pode fornecer ai unidades de um dado bem aos vários destinos, e um
determinado
destino j (j = 1, 2, …, n) procura bj unidades a partir das várias origens.

Um pressuposto dos problemas de transportes é o de que o custo de transporte entre a origem i e o


destino j é proporcional ao número de unidades transportadas, designando cij o custo unitário de
transporte.

Como deve o produtor enviar o seu produto das várias origens para os vários destinos de modo a
minimizar o custo total de transporte?

Origens i Destinos j
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4.2 Formulação em Problema de Transportes (Tabular)

Com,

cij – coeficientes da função objetivo

cij – custos reduzidos; coeficientes da função objetivo em cada iteração uma vez reduzido o
sistema de eixos em cada iteração (à semelhança do método simplex)

Destinos j
(procura)
D1 D2 … Dn

ci
O1
j

𝑐̅̅𝑖̅𝑗 Xij a1

O2
a2


Om
am

b1 b2 … bn

4.3 Resolução do Problema de Transportes

Exercício exemplo

A empresa Constrói-Razoavelmente (CR) tem neste


momento obras em Lisboa, no Porto e em Coimbra. A
procura diária de inertes em cada obra está de acordo com o
quadro seguinte:
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Porto Coimbra Lisboa

Procura
100 50 200

de inertes

(m3/dia)

A empresa CR tem pedreiras em Pinhel, Arouca e Portalegre,


com a seguinte produção diária de inertes.

Portalegre Arouca Pinhel

Produção
de 140 110 100

inertes

(m3/dia)

O custo dos próprios inertes e o custo de transporte entre a


pedreira e a obra estão representados no quadro seguinte:
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Custo de transporte (€/m3) (incluindo os


custos de
aquisição do inerte)

Port Coimb Lisbo


o ra a

Portalegre 4 3 3.2

Arouca 2.2 2.4 3.4

Pinhel 2.2 2.5 3.6

Formule este problema como um problema de programação linear e como um problema de


transporte. Resolva o problema de transporte.

Formulação como problema de Programação Linear

Variáveis de Decisão:

Xij – quantidade de inerte transportado de i


para j (m3) i – 1. Portalegre, 2. Arouca. 3.
Pinhel
j – 1. Porto, 2. Coimbra, 3. Lisboa

Minimizar 𝒛 = 𝟒𝒙𝟏𝟏 + 𝟑𝒙𝟏𝟐 + 𝟑. 𝟐𝒙𝟏𝟑 + 𝟐. 𝟐𝒙𝟐𝟏 + 𝟐. 𝟒𝒙𝟐𝟐 + 𝟑. 𝟒𝒙𝟐𝟑 + 𝟐. 𝟐𝒙𝟑𝟏 + 𝟐. 𝟓𝒙𝟑𝟐 + 𝟑.


𝟔𝒙𝟑𝟑

Sujeito às seguintes restrições:

𝑥11 + 𝑥12 + 𝑥13 = 140


Ofer

𝑥21 + 𝑥22 + 𝑥23 = 110

𝑥31 + 𝑥32 + 𝑥33 = 100

𝑥11 +𝑥 + 𝑥31 =
21 100
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𝑥12 + 𝑥22 + 𝑥32 = 50

Procu
𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 = 200

𝑥𝑖𝑗 ≥ 0

Formulação como problema de Transportes

Porto Coimbra Lisboa

4 3 3.2
Portalegre 140

2.2 2.4 3.4


Arouca 110

2.2 2.5 3.6


Pinhel 100

100 50 200 350


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Resolução como problema de Transportes

1º Encontrar a solução básica inicial

Ao contrário da resolução pelo método simplex, a resolução pelo algoritmo de transportes não
começa na origem do sistema de eixos (se assim fosse todas as variáveis seriam nulas, já que o
problema de transportes não usa variáveis adicionais para além das variáveis de decisão). Em
alternativa, escolhe-se uma qualquer solução básica admissível (SBA) do problema para iniciar a
sua resolução. Uma solução é básica e admissível se cumprir todas as restrições do problema e se
tiver o número correto de variáveis básicas (VB). Um problema de Transportes tem tantas VBs
como o número de restrições menos uma. Na resolução pelo método simplex um problema tem
tantas VBs como restrições mas no problema de transportes uma das restrições é redundante,
sendo, portanto, o número de variáveis básicas igual ao número de restrições menos 1 (condição
necessária e suficiente para que um problema de transportes tenha solução admissível).

Regra do Custo Mínimo

(um de entre os diversos métodos que existem para encontrar uma SBAinicial)

Porto Coimbra Lisboa


Portalegre 00
4 3 3.2 4º
Arouca 140 14
Pinhel
2.2 1º 2.4 2º 3.4 110 10 0

100 10
2.2 2.5 3º 3.6 5º
100 60 0
40 60

100 50 200
0 40 60
0 0

SBAinicial (0,0,140,100,10,0,0,40,60); Z=3.2*140+2.2*100+2.4*10+2.5*40+3.6*60=1008


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OU

Porto Coimbra Lisboa


Portalegre 00
4 3 3.2 3º
Arouca 140 14
Pinhel
2.2 2.4 2º 3.4 110 60 0

50 60

2.2 1º 2.5 3.6 5º


100 0
100 0

100 50 200
0 0 60

0
Solução Degenerada (VBs com valor nulo)

SBAinicial (0,0,140,0,50,60,100,0,0); Z=3.2*140+2.4*50+3.4*60+2.2*100+3.6*0=992


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2º Verificar se a SBA é ótima

Aqui não podemos usar os coeficientes da função objetivo pois os coeficientes presentes na
tabela são apenas válidos para o sistema de equações quando se começa a resolver o problema na
origem do sistema de eixos. Assim, no problema de transportes recorre-se ao problema Dual e

Dualidade no Problema de Transportes

Usamos a dualidade para calcular o valor dos coeficientes da função objetivo em cada iteração (̅𝑐̅𝑖̅𝑦). Com, cij – coeficiente na fun

Formulação do Problema Dual do Problema de Transportes:


mn
Max z = ∑ ai ∗ ui + ∑ bj ∗ vj
ij

Sujeito a:
ui + vj ≤ cijpara todos os i= 1,…,m e j=1,…,n

Escrevendo a restrição na forma normal ou estandardizada ou aumentada fica:


ui + vj + sij = cij com sij sendo a variável de folga do problema dual

Pelos Teoremas da Dualidade sabemos que:


sij = cij
Por isso,
Para as VB’s (𝒙𝒊𝒋 ≥ 𝒐): como os seus coeficientes na função objetivo em cada iteração do problema primal são nulos (𝑐𝑖𝑗=0), então
o 𝑢𝑖 + 𝑣𝑗 = 𝑐𝑖𝑗
o conhecendo o cij (coeficiente na função objetivo original) de cada VB podemos construir um sistema de equações para o cálc
Para as VNB (𝒙𝒊𝒋 = 𝒐): sabendo o valor de ui e vj podemos agora calcular o valor 𝑐𝑖𝑗 de todas as VNB
o 𝑐𝑖𝑗 = 𝑠𝑖𝑗 = 𝑐𝑖𝑗 − ( 𝑢𝑖 + 𝑣𝑗)

aos Teoremas da Dualidade para encontrar os coeficientes da função objetivo em cada iteração
– os chamados custos reduzidos (𝑐̅̅𝑖̅𝑦 ). Para mais detalhes sobre a Dualidade ver secção 3 -
Teoremas da Dualidade)

4 3 3.2 Para as VB: 𝑢𝑖 + 𝑣𝑗 = 𝑐𝑖𝑗


u1=…
140
VB
2.2 2.4 3.4
u2=…
50 60 (arbitrando v3=0)
2.2 2.5 3.6
u =…
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x13 𝑢1
+ = = 3,2 => u1=3,2
𝑣3 𝑐13

x22 𝑢2 + 𝑣2 = 𝑐22 = 2,4 => v2=-1

x23 𝑢2
+ = = 3,4 => u2=3,4
𝑣3 𝑐23

x31 𝑢3 + 𝑣1 = 𝑐31 = 2,2 =>


v1=-1,4 x33 𝑢3 + 𝑣3 = 𝑐33 =
3,6 => u3=3,6
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OU (calculo direto sem construir o sistema de equações)

4 3 3.2 Para as VNB: 𝑐𝑖𝑗 = 𝑠𝑖𝑗 = 𝑐𝑖𝑗 − ( 𝑢𝑖 + 𝑣𝑗)


u1=3.2
2.2 0.8 0 140
2.2 2.4 3.4
u2=3.4
0.2 0 50 0 60
2.2 2.5 3.6
u3=3.6
0 100 -0.1 0 0
v1=-1,4 v2=-1 v3=0
(arbitrado)

Solução não é
ótima. VBE –
x32
VBS - ?

3º Calcular o quadro da iteração seguinte

VBS será a primeira VB a anular-se com a


entrada da VBE. Método para encontrar a VBS
– “ciclo do ”

4 3 3.
2 u1=3.2

2. 0.8 0 140
2

2. 2.4 3.
2 4 u2=3.4

0. 0 50- 0 60+
2
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2. 2.5 VBE 3. VBS


2 6 u3=3.6

0 100 - + 0 0-
0.1

v1=-1,4 v2=-1 v3=


0

 = min - = {50,0}=0 => VBS x33

Quadro da 2ª iteração

4 3 3.
2 u1=3.2

2. 0.8 0 140
1

2. 2.4 3.
2 4 u2=3.4

0. 0 50 0 60
1

2. 2.5 3.
2 6 u3=3.5

0 100 0 0 0.
1

v1=-1,3 v2=-1 v3=0

Solução ótima

Solução: x13=140, x22=50, x23=60, x31=100, restantes xij=0; Z=992


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Resolução da SBA inicial alternativa


1ª Quadro
ui
0

0,3

0,4
4 3 3,2
140
vi 1,9 2,1 3,2
2,1 0,9 0
Solução: x13=140; x21=100; x22=10; x32=40; x33=60
2,2 2,4 
Solução não é optima (há taxas de crescimento negativas 3,4 
VBE - x23  
VBS - ?min - =10 VBS - x22  = 10

0 100 0 10 -0,1
2º Quadro
ui
2, 2,5  3,6  0

2   0,2

-0,1 0 40 0 60 0,4

vi 2 2,1 3,2

Solução: x13=140; x21=100; x23=10; x32=50; x33=50


Solução não é optima (há taxas de crescimento negativas)

VBE - x31
VBS - ?min - =50 VBS - x33  = 50

3º Quadro
ui
0

0,2

0,2

vi
42 3
2,3
3,2
3,2

2 0,
Solução: x13=140; x21=50; x23=60; x31=50; x32=50 0 140
Solução não é optima (há taxas de crescimento negativas)
9
VBE - x22
2,2
VBS - ?min - =50 VBS - x21  = 50
2, 3,4 
3º Quadro  4  ui
0
0 100 0, 0 10
0,2
1
0,3
2,2 2,5 3,6 
vi 
1,9 2,2 3,2 
Solução: x13=140; x22=50; x23=60; x31=100; x32=0
-0,2
Solução optima 0 50 0 50
Há uma solulção alternativa
SoluçãoAlternativa: x13=140; x21=0; x22=50; x23=60; x31=100
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4 3 3,

2 0,7 2
0 140
2,2  2,4  3,
50
0 -0,1 4
0 60
2,2  2,5 3,6
 

0 50 0 50 0,2

4 3 3,

2,1 0,8 2
0 140
2, 2,4 3,
50
2 0 4

0, 0 60
1
2,2 2,5 3,6

0 100 0 0 0,1
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4.4 Problema de Afetação

“The best person for the job” (TAHA, 1997)

O Problema de Afetação é um caso particular do Problema de Transportes, em que a oferta em


cada origem (ai) e a procura em cada destino (bj) assumem valor unitário e o custo de afetação
de uma origem/indivíduo a um determinado destino/tarefa é dado por cij. A afetação de um
indivíduo a uma tarefa é dada por xij tal que xij é nula quando o indivíduo i não é afetado à
tarefa j e unitária quando o indivíduo i é afetado à tarefa j.

Modelo Matemático

m n

Min z = ∑ ∑ cij ∗ xij

i j
Sujeito a:

Para todas as origens m n


∑ xmj = 1
j

Para todos os destinos m


n ∑ xin = 1
i

Restrições de não negatividade para todas as variáveis (todas as variáveis são não negativas e inteiras)

xij ∈ {0,1}

Estes problemas de programação linear são ideais, por exemplo, para formular situações em que
existe um certo número de operários a afetar ao desempenho do mesmo número de tarefas (um
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operário por cada tarefa).

Assim, se xij=1, o operário i efetua a tarefa j, e se xij=0 o operário i não efetua a tarefa j.

Se representarmos por cij o tempo que o operário i demora a desempenhar a tarefa j, o objetivo
consiste em distribuir as tarefas pelos operários, de forma a que a soma dos tempos por eles
despendidos seja mínima. Os problemas de afetação podem, como é evidente, ser tratados como
problemas de transportes.

No entanto, é mais eficiente usar o algoritmo designado por “método húngaro”.

A ideia fundamental que serve de base ao método húngaro é a seguinte:

não se modificam a ou as soluções ótimas de um problema de afetação diminuindo ou


aumentando de um mesmo valor todos os elementos de uma dada linha ou de uma dada coluna
da matriz de custos (embora o valor ótimo da função objetivo seja alterado).

Sejam, então, pi e qj as constantes subtraídas da linha i e da coluna j, respetivamente. Então o


elemento de custos cij muda para:

cij’ = cij – pi - qj

Usando os coeficientes cij’ na função objetivo obtêm-se os mesmos valores ótimos para xij do que
quando se usa cij:
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Assim torna-se possível usar o Método Húngaro apresentado de seguida.


Método Húngaro para a resolução de Problemas de Afetação

(passos elementares)

Formular o problema através de um quadro de afetação. As linhas correspondem a origens e as


colunas correspondem a destinos.
Num problema de minimização (maximização), identificar o valor mínimo (máximo) de cada linha.
Subtrair esse valor a todos os elementos da linha respetiva.
Para o quadro resultante do ponto 2, identificar o valor mínimo (máximo) de cada coluna e subtraí-
lo a todos os elementos da coluna respetiva.
A afetação ótima está associada aos elementos nulos do quadro calculado no ponto 3.
Se o quadro calculado no ponto 3 não produzir uma solução ótima admissível (i.e., não é possível
preencher todas as tarefas tendo em conta apenas as células nulas), realizar os seguintes passos
adicionais:
Desenhar o mínimo número de linha verticais e horizontais (de lés a lés) no quadro obtido em 3 de
forma a cobrir todas as células com valores nulos.
Identificar o menor (maior) elemento não coberto por essas linhas verticais e horizontais e subtraí-lo
a todos os elementos não cobertos. A seguir adicioná-lo aos elementos na intersecção de linhas e das
colunas.
Repetir estes passos até encontrar uma solução ótima admissível (ver definição no ponto 5).

4.5 Problemas convertíveis em Problemas de Transportes / Afetação


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Os problemas convertíveis em problemas de transportes/afetação correspondem a situações que
podem ser convertidas em Problema de Transportes apesar de na sua génese não cumprirem todas as
condições deste problema:

Situações em que a procura total excede a oferta total


Num problema de afetação a procura excede a oferta quando existem mais origens que destinos
Situações em que a oferta total excede a procura total
Num problema de afetação a oferta excede a procura quando existem mais destinos que origens
Situações em que é impossível abastecer um (ou mais) destino(s) a partir de uma (ou mais) origens

Como fazer a conversão:

Procura total excede a oferta total


Cria-se uma linha artificial (origem fictícia) com custos nulos ou iguais às penalidades pelos pedidos
não satisfeitos.
o Na resolução pelo Método Húngaro tem que se criar o número de linhas artificiais (origens
artificiais) que permitam a criação de uma matriz quadrada.
Oferta total excede a procura total
Cria-se uma coluna artificial (destino fictício) com custos nulos ou iguais às penalidades por não
utilizar todas as capacidades disponíveis.
o Na resolução pelo Método Húngaro tem que se criar o número de colunas artificiais (destinos
artificiais) que permitam a criação de uma matriz quadrada.
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 É impossível abastecer um (ou mais) destino(s) a partir de uma (ou mais) origens
o Atribui-se a esse custo um valor muito elevado, o que impede o estabelecimento
dessa ligação (M ou  )

Uma vez convertidos em Problemas de Transportes / Afetação o processo de resolução é o


mesmo. Este tipo de problemas exige uma atenção especial na sua formulação, para que esta
possa ser considerada uma formulação como Problema de Transportes / Afetação, e possa ser
resolvida pelo respetivo algoritmo.

Exercício Exemplo de Formulação

A empresa de construção Constrói-Muito, Lda. (CM) está neste momento a construir edifícios de
luxo em 3 cidades: Vila Real, Braga e Coimbra. Na construção desses edifícios é utilizado
mármore de alta qualidade importado de Itália. O mármore chega ao porto de Leixões por barco,
e tem então de ser transportado para cada obra por camioneta. A empresa CM pediu orçamentos
para o transporte do mármore a 3 firmas diferentes e obteve a seguinte tabela de preços:

(€/Kg) Vila Brag Coimb


Real a ra

Sempre-Rápido (I) 7 4 10

Empacota-Mal (II) 5 3 9

Empacota-Bem (III) 6 5 9

O consumo diário de mármore é respetivamente de 1800, 1000 e 800 Kgs em Vila Real, Braga e
Coimbra. A quantidade máxima que cada firma pode transportar por dia é respetivamente de
1200, 1600 e 2400 Kg para as firmas I, II e III.

a) Partindo do princípio que a empresa CM não tem preferência especial por qualquer
das transportadoras, formule o problema de forma a minimizar os custos.

b) A empresa Empacota-Bem garante a entrega dos materiais sempre em excelentes


condições. Por essa razão, a CM tem preferência por essa empresa. Como formula o
problema neste caso?
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Resolução da alínea a):

Verificação do Equilibrio Oferta


Procura Oferta = 1200 + 1600 +
2400 = 5200

Procura = 1800 + 1000 + 800 = 3600


Diferença 1600 => Coluna Fictícia

Vila Real Braga Coimbra Fictícia

7 4 10 0
I 1200

5 3 9 0
II 1600

6 5 9 0
III 2400

1800 1000 800 1600 5200


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Resolução da alínea b):

Vila Real Braga Coimbra Fictícia

7 4 10 0
I 1200

5 3 9 0
II 1600

6 5 9 M
III 2400

1800 1000 800 1600 5200

4.6 Exercícios de Resolução do Problema de Transportes

Exercício 19

Três fábricas A, B e C produzem, respetivamente, 5, 3 e 10 unidades de um determinado produto


por semana. No final de cada semana toda a produção é entregue a quatro armazenistas P, Q, R e
S que precisam de 4, 4, 7 e 3 unidades, respetivamente.

Os custos de transporte por unidade são os indicados na tabela seguinte (expressos em unidades
monetárias):

Custo de transporte (uni.


monetárias)

P Q R S

A 3 4 10 3

B 3 9 4 5

C 6 3 7 2
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Como deve o produtor enviar o seu produto das fábricas para os armazéns de modo a minimizar o
custo total de transporte?

Exercício 20

Considere o seguinte quadro de um problema de transportes, onde estão indicadas as unidades


disponíveis nas origens O1, O2 e O3, as unidades pedidas pelos destinos D1, D2, D3 e D4, e os
custos unitários de transporte entre cada origem e cada destino. Seja xij a quantidade
transportada da origem i para o destino j com um custo de cij por unidade transportada. O
objetivo consiste em minimizar o custo total de transporte.
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D1 D2 D3 D4
1 0 1 3

45
1 -1  4
O1 20
5 1 4 7

60

25 25 30 45
O2

O3

x , x , x , x32 , x33 , x34 (assinaladas no quadro com )


Verifique se a solução cujas variáveis
básicas são
1 1 2
é uma solução básica ótima. Se não for, determine a solução ótima do problema.

a) O problema tem soluções ótimas alternativas? Justifique a sua resposta. Se a resposta


for afirmativa, determine uma solução ótima diferente da apresentada na alínea anterior.

Exercício 21

Resolva o seguinte problema de modo a minimizar os custos totais de transporte de um dado


produto entre as diversas origens e os vários destinos (na tabela indicam-se os custos unitários de
transporte desse produto, entre cada origem e cada destino).

Custos Destin
Transpor os
te 1 2 3 4 5

1 3 1 1 6 3

2 2 9 4 6 1

3 1 5 3 0 1
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4 4 1 0 3 3

Estão disponíveis em cada origem 4, 2, 4 e 2 unidades, respetivamente. Em cada destino são pedidas 5,
2, 1, 2 e 2 unidades respetivamente.

4.7 Exercícios de Resolução de Problemas de Afetação

Exercício 22

Num gabinete de projetos existem quatro desenhadores para desenhar quatro projetos. Embora
todos possam cumprir essas tarefas, as suas eficiências relativas variam de trabalho para
trabalho. Com base em desempenhos já conhecidos, produziu-se a seguinte tabela de custos:

1 2 3 4

P 8 7 9 9
1

P 5 2 7 8
2

P 6 1 4 9
3

P 2 3 2 6
4
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O objetivo consiste em afetar os desenhadores aos vários projetos de modo a minimizar o custo total de
desenho.

Exercício 23

O quadro seguinte apresenta a pontuação de cada ginasta nacional (G1, G2, G3 e G4) para cada
uma das diferentes modalidades olímpicas (A, B, C, D). O quadro foi construído pelo treinador
da equipa nacional e usa com referência a pontuação obtida por cada um dos ginastas nas
diferentes modalidades em que competiu no último campeonato nacional. É sabido que o Ginasta
G1 não está em condições de participar na modalidade C.

A B C D

G 8 9 - 1
1 0

G 10 8 8 8
2

G 10 10 6 7
3

G 8 8 6 9
4

Sabendo que cada ginasta só pode participar numa modalidade e que todas as modalidades só têm
competições individuais, identifique a distribuição de atletas pelas modalidades que maximiza a
pontuação da equipa.

Exercício 24

Uma fábrica possui 4 locais (1, 2, 3 e 4) para receber 3 máquinas novas (A, B e C). O local 4 é
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demasiado pequeno para conter a máquina A. O custo de manipulação dos materiais que são
processados nas máquinas, em centenas de euros/hora, envolvendo cada máquina e as respetivas
posições, é o seguinte:

1 2 3 4
A 5 1 3 n. adm.
B 3 1 4 3
C 3 3 4 2

O objetivo consiste em determinar que local ocupará cada uma das novas máquinas de forma a
minimizar o custo total de manipulação dos materiais.

Exercício 25

Um gabinete de gestão de projetos foi contratado pelas Estradas de Portugal para lhe dar apoio
especializado durante a construção de uma grande autoestrada na Região Interior. Há 4 tarefas
principais que a equipa de gestão de projetos terá a seu cargo:

 Fiscalização dos trabalhos


 Ligação com o Diretor de Obra
 Controlo de Custos
 Revisão do Projeto

O chefe do gabinete tem quatro engenheiros disponíveis para integrar esta equipa e deve decidir
como distribui-los pelas diferentes tarefas. Considerou boa ideia atribuir uma nota por tipo de
tarefa a cada um dos engenheiros,
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baseada no seu desempenho em projetos anteriores. O Eng.º António e a Eng.ª Carla não têm
qualquer experiência de Controlo de Custos e Revisão de Projeto, respetivamente, pelo que são
automaticamente excluídos dessas tarefas.

Fiscalizaç Ligação com Dir. Controlo de Revisão de


ão Obra Custos Projeto

Antóni 5 5 n. adm. 2
o
Bernar 7 4 2 3
do

Carla 9 3 5 n. adm.
Daniel 7 2 6 7

a) Resolva este problema de afetação.


b) Suponha que o Eng.º Edgar fica disponível para integrar este projeto e lhe são atribuídas
as notas de 6, 4.5, 3 e 8 para desempenhar, respetivamente, cada um dos 4 projetos. Será
que o chefe de gabinete deveria substituir algum dos outros 4 engenheiros?

4.8 Exercícios de Formulação de Problemas de Transportes

Exercício 26

Duas empresas farmacêuticas têm stocks de 1,1 e 0,9 milhões de doses de uma determinada
vacina contra a gripe, e uma epidemia de gripe parece iminente em três cidades.

Dado que a gripe pode ser fatal para os idosos, é imperativo que os idosos sejam vacinados em
primeiro lugar; os demais cidadãos serão vacinados por ordem de chegada enquanto houver
doses de vacina disponíveis.

As necessidades da referida vacina (expressas em milhões de doses) para as três cidades são dadas
no quadro seguinte:
IO - Aulas TP
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Cida
População-Alvo de
1 2 3

Idosos 0.32 0.260 0.19


5 5

Não Idosos 0.75 0.800 0.65


0 0

Os custos de transporte (expressos em unidades monetárias por dose) entre as empresas


farmacêuticas e as três cidades são os seguintes:

Cida
Empresas Farmacêuticas de
1 2 3

Empresa 1 3 3 6

Empresa 2 1 4 7

Determine o plano de distribuição de vacinas que minimiza o custo total de transporte,


garantindo que cada cidade assegure sempre a vacinação da totalidade dos seus idosos.
IO - Aulas TP
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Exercício 27

Pretende-se determinar qual o modo mais económico de organizar o stock diário de um


determinado produto em três armazéns A1, A2 e A3, com capacidades iguais a 30, 10 e 40
unidades, respetivamente. Há três Fábricas F1, F2 e F3 que produzem, respetivamente, 30, 20 e
20 unidades com custo unitário de produção de, respetivamente, 50, 60 e 45 euros.

As necessidades diárias mínimas que terão de ser obrigatoriamente satisfeitas são de 20 unidades
para o armazém A1 e de 10 unidades para o armazém A2.

Sabendo que as distâncias entre as fábricas e os armazéns estão representadas na figura


seguinte (expressas em Km), e que os custos de transporte são de 3 euros por Km, formule
o problema como um problema de transportes.

F2

2 3 10

F1 F3

3 2 3 4
Type equation here.

A A A
1 2 3

Exercício 28

A firma Polimix tem um contrato de fornecimento do seguinte número de misturadoras:

MESES ENCOMENDAS

Junho 90 misturadoras
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Julho 140 misturadoras

Agosto 70 misturadoras

O preço de venda é de 40 €/misturadora em junho e julho e de 50 €/misturadora em agosto


(independentemente do mês em que são produzidas).

A empresa pode produzir mensalmente 80 misturadoras a um custo unitário de 20 €.


Trabalhando horas extraordinárias, cada mês pode ainda produzir mais 40 misturadoras com um
custo unitário 10 € mais elevado do que as produzidas em horas normais de trabalho. As
misturadoras podem ser armazenadas por 3 €/mês cada uma.

As misturadoras feitas em determinado mês podem ser entregues nesse mês e nos que se lhe
seguem. O contrato deve ser cumprido todos os meses.

Formule o modelo que permite encontrar um programa de produção de modo a maximizar


o lucro. Determine a solução ótima.
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Exercício 29

A empresa MWD gere a distribuição de água numa vasta região. Esta região é bastante árida, de
modo que a empresa MWD tem de adquirir água fora dessa região. As origens desta água são os
rios A, B e C. A empresa MWD efetua depois a distribuição e venda da água aos seus
utilizadores na região referida. Os seus principais clientes são os serviços municipalizados das
cidades V, X, Y e Z. É possível abastecer qualquer destas cidades com água proveniente de
qualquer um dos rios, com exceção da cidade Z, que não pode receber água do rio C. No entanto,
devido às características geográficas da região, o custo da distribuição da água para a empresa

MWD depende quer da origem da água quer da cidade a ser fornecida. O custo variável por m 3
de água para cada combinação de rio e cidade é dado na tabela seguinte:

Cidad Disponibilid
e ade (milhões

V X Y Z de m3)

Rio A 1 13 22 17 50
6

Rio B 1 13 19 15 60
4

Rio C 1 20 23 - 50
9

Necessidades mínimas 3 70 0 10
0

Máxi
Requerido 5 70 30 mo
0 possív
el

Apesar destas variações, o preço por m3 cobrado pela empresa MWD é independente da origem
da água, e é o mesmo para todas as cidades

A gestão da empresa depara-se com o problema de como alocar a água disponível durante o
IO - Aulas TP
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próximo verão. As quantidades disponíveis de água (expressas em milhões de m3) estão na
última coluna da tabela.

A empresa deseja assegurar uma determinada quantidade mínima de modo a garantir as


necessidades de cada cidade (com exceção da cidade Y, que tem uma origem de água própria), e
que constam da linha do quadro referente às necessidades mínimas.

Os valores da última linha do quadro indicam que a cidade X não precisa de mais do que o valor

correspondente às necessidades mínimas, as cidades V e Y aceitam mais 20 e 30 milhões de m 3,


respetivamente, que as suas necessidades mínimas, e a cidade Z aceita qualquer quantidade que
vier a mais.

A gestão da empresa pretende tomar uma decisão sobre as quantidades de água a distribuir a
partir dos três rios para as quatro cidades, de modo a satisfazer, pelo menos, as necessidades
básicas de cada cidade, minimizando o custo total para a empresa.
INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL

Departa
3º Ano
mento de
Engenhar (1
ia Civil º
DEC semest
re)
Secção de
Planeamento
do Território
e Ambiente

5 Problema de Redes

A representação em rede fornece uma ajuda visual e concetual poderosa para traduzir relações
entre componentes de sistemas.

Utiliza-se em diversas áreas, tais como:

• transportes
• eletricidade
• comunicações
• produção
• distribuição
• projetos
• localização de instalações
• gestão de recursos
• planeamento financeiro

Recentemente tem-se assistido a um grande progresso na metodologia e aplicação de modelos


de otimização em redes.
INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL

Terminologia de Redes

Uma rede consiste num conjunto de pontos e num conjunto de linhas que unem certos pares de pontos:

• os pontos designam-se por nós ou por vértices.


• as linhas designam-se por arcos (ou ligações, ou arestas, ou ramos)
o A cada arco está associada uma capacidade

Aos arcos estão associados fluxos:

• se o fluxo só pode circular num sentido o arco diz-se direcionado.


• se o fluxo pode circular nos dois sentidos o arco diz-se não
direcionado. Se uma rede só utiliza arcos direcionados, designa-se
por rede direcionada.

Um percurso ou caminho entre dois nós corresponde à sequência de arcos distintos que permite ligar
esses nós:

• um percurso ou caminho direcionado do nó i para o nó j refere-se à sequência de arcos


de ligação cujo sentido é de i para j e que permite que haja fluxo ao longo deste percurso.
• um percurso ou caminho não direcionado do nó i para o nó j é a sequência de arcos de
ligação, direcionados ou não, entre os nós i e j.
• um percurso ou caminho que começa e acaba no mesmo nó
denomina-se ciclo. Dois nós dizem-se ligados se a rede contém pelo
menos um arco entre eles.
IO - Aulas TP
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Tipos de Problemas:

1. Árvore de Ligações Mínimas

2. Caminho Mais Curto

3. Fluxo Máximo

4. CPM (“Critical Path Method”)

5. PERT (“Program Evaluation and Review Technique”)

Os últimos dois tipos de redes usam-se para a gestão de projetos de larga escala que requerem
um cuidadoso planeamento de operações e a coordenação de numerosas atividades inter-
relacionadas. Estes métodos são utilizados para ajudar no planeamento e controlo e, por essa
razão, não envolvem a otimização direta do problema. Em alternativa, os seus objetivos são:

• Identificar quais as tarefas mais problemáticas sobre as quais será necessário exercer maior
controlo;
• Avaliar o efeito de algumas alterações na evolução futura;
• Determinar a probabilidade de cumprir determinados
prazos (só PERT) Assim, estas redes servem para:
• Calendarizar as atividades a programar (definindo os tempos de início mais cedo e mais
tarde e os tempos de fim mais cedo e mais tarde);
• Determinar o caminho crítico das atividades a programar, bem como as folgas nos
tempos disponíveis para cada atividade.

5.1 Árvore de Ligações Mínimas

Consideremos uma rede ligada e não direcionada. A cada ligação está associada uma distância.
O objetivo final consiste em encontrar a árvore com menor comprimento total de ligações, de
forma a que se aceda a todos os nós, sem nenhum ciclo.

Características Fundamentais:
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• Procura—se ligar todos os nós da rede usando a menor capacidade total (somatório das
capacidades) dos arcos que constituem a rede com n-1 arcos (menor número de arcos
necessários para ligar uma rede de n nós)
• Não tem uma origem nem um destino
• Não tem percursos

a) Sendo necessário instalar uma rede telefónica no Parque para ligação entre todas as
instalações da guarda- florestal, ao longo dos trilhos, qual a configuração a escolher para
minimizar os custos da linha

1. Começa-se num qualquer nó… 2. Liga-se o nó com o menor arco

(capacidade do arco) ao conjunto de nós já


ligado

3. 4.

5. 6.

7.
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Distância mínima da Árvore de Ligações Mínimas é 14.


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5.2 Caminho Mais Curto

Consideremos uma rede ligada e não direcionada. A cada ligação está associada uma distância. O
objetivo final consiste em encontrar o percurso com menor distância entre a origem e o destino.

Características Fundamentais:

• Tem uma origem e um destino


• Procura-se identificar um percurso específico que minimize (maximize) o somatório das
capacidades dos arcos do percurso
• Não se pretende ligar todos os nós

Passos de resolução:

• Objetivo da n-ésima iteração – consiste em encontrar o n –ésimo nó mais próximo da


origem (repetir até que o n-ésimo nó seja o destino)
• Dados para a n-ésima iteração – são utilizados os n nós mais próximos da origem
(determinados nas iterações anteriores e denominados nós ligados), incluindo o caminho
mais curto determinado até ao momento, e a correspondente distância à origem.
• Candidatos a nó mais próximo – cada nó não ligado pode ligar-se por um arco a um ou
mais nós da rede ligada, escolhendo-se a ligação correspondente ao(s) candidato(s) com
menor distância.
• Cálculos para o nó mais próximo – para cada nó ligado e respetivo candidato, adicionar a
distância do caminho mais curto já determinado, entre a origem e este nó. O candidato
com menor distância total à origem será o n-ésimo nó mais próximo

5.2.1 Exercício exemplo

(ver enunciado na secção 5.1.1)

b) Qual deve ser a rota a ser utilizada para reduzir a distância total a percorrer pelos
elétricos da entrada do Parque até ao miradouro em T.

Exemplo de resolução
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O(0)

2 4
5

A(2) B(5) C (4)


7 14
2

B (4) D(9) B (5) E (8)


4
1
3

C (5) E(7) D (8)


1
7 5

D (8) T (14) T (13)


5

T (13)
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Caminho mais
curto: O – A – B
– E – D – T OU
O–A–B–D–T

Distância mínima é 13.

5.3 Fluxo máximo

Consideremos uma rede direcionada e ligada onde existe um nó de origem, um nó de destino,


todos os outros nós são intermédios, e são conhecidas as capacidades máximas permitidas de
cada ligação. O objetivo consiste em determinar uma distribuição de fluxos admissível, que
permita maximizar o fluxo total na rede desde o nó de origem até ao nó de destino, respeitando
as capacidades permitidas em cada ligação.

Características Fundamentais:

• Tem uma origem e um destino


• Procura-se identificar a capacidade total máxima (mínima) a atravessar a rede entre a
origem e o destino por todos percursos possíveis entre esses dois nós.
• Não se pretende ligar todos os nós nem identificar um percurso específico

Antes de iniciar a resolução deste tipo de problemas é necessário transformar a rede direcionada
e ligada inicial numa rede residual não direcionada equivalente, na qual se indica a capacidade
máxima do arco na extremidade correspondente ao início da seta (na rede direcionada), e o valor
zero na extremidade do arco correspondente ao final da seta. O primeiro destes valores refere-se
à capacidade residual (que ainda pode ser utilizada) de um dado nó para o seguinte através desse
arco, e o segundo destes valores refere-se à capacidade que já foi utilizada. Seguidamente, de
cada vez que um dado fluxo passa por um arco, é deduzido na origem e acrescentado ao destino
considerado nesse arco. Um caminho aumentado (ou percurso aumentado) positivo na rede
residual é um percurso direto desde a origem até ao destino, em que todos os arcos têm
capacidades estritamente positivas. O valor mínimo destas capacidades residuais corresponde ao
fluxo que, em cada iteração, pode efetivamente ser transportado ao longo de todo este percurso.
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O fluxo máximo que pode passar na rede é obtido a partir da adição de fluxos incrementais em
cada iteração, até já não ser possível passar quantidades adicionais de fluxo na rede.

Passos de resolução:

1. Identifica-se um caminho aumentado procurando uma sequência de arcos, da origem para


o destino, cuja capacidade residual seja estritamente positiva.

2. Identifica-se a capacidade residual c* desse caminho como sendo o mínimo das capacidades
residuais dos arcos que o constituem. Aumenta-se o fluxo na rede desse valor c*.

3. Deduz-se a capacidade residual de cada arco constituinte desse caminho de c* na sua


origem, e adiciona-se a mesma quantidade no destino respetivo.

4. Volta-se ao primeiro passo até distribuir o fluxo máximo pela rede.

5.3.1 Exercício exemplo

c) Durante a época alta, existem mais visitantes do que os que podem ser transportados
pelos elétricos, da entrada até ao ponto T. Qual a forma de maximizar o n.º de viagens
sem perturbar o sistema ecológico e
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de vida selvagem do Parque e respeitando o n.º limite de trajetos em cada linha de acordo com

a direção indicada na figura abaixo?

1. Tornar a rede não direcionada 2.

Caminho Aumentado – O ->B –> E -> T


Capacidade residual mínima = min (7;

5; 6) = 5

3.

Caminho aumentado: O --> A --> D --> T


Capacidade residual mínima = mín(5; 3;
9) = 3

7.

Caminho aumentado: O --> C --> E --> T


Capacidade residual mínima = mín(3; 3; 1) =
1
5.

Caminho aumentado: O --> B --> D --> T


Capacidade residual mínima = mín(2; 3;
5) = 2
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4. --> T Capacidade residual mínima = mín(4; 4;
1; 3) = 1
Caminho aumentado: O --> A --> B --> D
--> T Capacidade residual mínima = mín(2;
1; 4; 6) = 1

8.
6.
Caminho aumentado: O --> C --> E --> B --> D --
Caminho aumentado: O --> C --> E --> D > T Capacidade residual mínima = mín(2; 2; 5; 1;
2) = 1
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5.4 CPM

Para a construção de uma rede CPM é necessário conhecer para cada atividade a programar o
tempo previsto para a sua execução bem como o encadeamento exigido às atividades em termos
de precedências imediatas.

5.4.1 Exercício exemplo

Trace a rede C.P.M. e determine o caminho crítico correspondente ao projeto constituído pelas
atividades incluídas no quadro seguinte:

Atividades Atividades
Atividad Imediatamen Imediatamen Duração Da
es te Anteriores te Posteriores Atividade (Dias)

A1 - B 2
1

B1 A1 D 3
1

A2 - B 1
2

B2 A2 A 5
3

A3 B2 D 3
1

D1 B1, D 6
A3 2

A4 - C 2
1

C1 A4 D 5
2

D2 D1,C - 5
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i) Determine a Matriz de Precedência das Atividades.


ii) Identifique o número de ordem das atividades.

Atividades Subsequentes
A1 B1 A2 B2 A3 D1 A4 C1 D Nº de
2 Ordem
A X 0
1
Atividades

B X 1
1
A X 0
2
B X 1
2
A X 2
3
D X 3
1
A X 0
4
C X 1
1
D 4
2

iii) Trace as linhas de referência da rede.


iv) Trace a rede de projeto, de jusante para montante.
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Início 0 1 2 3 4 fim

A1 B1

A1 0 2 B12 5
2 3 D1

A1 B1 D1 9 15
Início A2 B2 A3 6
D1
A2 0 1 B21 6 A3 6 9 D2 Fim
0
Iní

1 5 3
A2 B2 A3 D2 15 20
Início 2
5
F

A4 C1 D2 Fim

A4 0 2 C12 7
2 5
A4C1
v) Determine os tempos de início e de fim mais cedo de cada atividade.

Junto a cada atividade adicionar a tabela seguinte (a ser preenchida ao longo dos passos seguintes):
A IC F
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C
t IT F
T
em que,
A é a identificação da atividades,
t é o tempo dessa atividades,
IC é o início mais cedo da
atividade, FC é o fim mais
cedo da atividade, IT é o
início mais tarde da atividade
FT o fim mais tarde da
atividade

Início 0 1 2 3 4 fim
IO - Aulas TP
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IO - Aulas TP
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vi) Determine os tempos de início e de fim mais tarde de cada atividade.

Início 0 1 2 3 4 fim
Iní

F
0 A 0 1 B 1 6 A3 9
2 2 6
0 1 0 1 5 1 6 3 6 9

D1 9 15
6 9
1
D1
Iní

A1 0 2 B12 5
2 4 6 3 6 9

A1 B1 D1 9 15
6 9 15

D1

D2 15 20 20
Início A2 B2 A3
5 15 20 20
Fim
D2

A4 0 2 C12 7
2 8 105 10 15
A4C1

vii) Indique o caminho crítico.


IO - Aulas TP
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Início 0 1 2 3 4 fim

0 A 0 1 B 1 6 A3 9
2 2 6
0 1 0 1 5 1 6 3 6 9
A3

A1 0 2 B12 5
2 4 6 3 6 9

A1 B1

D2 15 20 20
Início A2 B2
5 15 20 20
Fim
D2

A4 0 2 C12 7
2 8 105 10 15
A4C1

Caminho crítico – A2 – B2 – A3 – D1 – D2

Conjunto de atividades sem folga e que por isso comprometem o tempo total do projeto em caso de
atrasos.
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5.5 PERT

O funcionamento das redes PERT é semelhante ao das redes CPM. Todos os sistemas do tipo
PER usam uma rede de projetos para representar graficamente as inter-relações entre os
elementos de um projeto. Esta representação em rede do plano do projeto mostra todas as
relações de precedência no que se refere à ordem pela qual as tarefas devem ser executadas.

No caso das redes PERT lida-se com a incerteza dos tempos de execução de cada atividade
recorrendo a estimativas desse tempo (uma otimista, uma mais provável e uma otimista).

Pressuposto do método
PERT Pressuposto 1
A distribuição de probabilidade do tempo de cada atividade é (aproximadamente) uma distribuição
beta.

Pressuposto 2

O valor esperado do tempo de cada atividade é dado pela média ponderada de 3 estimativas:

𝜇 = 𝑜+4𝑚+𝑝,
6

com μ – tempo médio esperado; o - estimativa otimista; m – estimativa mais provável; p –


estimativa pessimista A amplitude entre a estimativa pessimista (p) e a estimativa otimista (o)
é de cerca de 6 desvios-padrão,
isto é, 6σ = p - o

Consequentemente, a variância do tempo de cada atividade é dada, aproximadamente, por:


2
𝜎
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𝑝 𝑜 2
− = ( )
6

Pressuposto 3

Os tempos das atividades são variáveis aleatórias estatisticamente independentes.

Pressuposto 4

Assume-se que o caminho crítico médio (baseado nos tempos médios esperados) é o percurso mais
longo da rede de projeto.

Um sistema do tipo PERT visa auxiliar no planeamento e no controlo podendo muitas vezes não
envolver uma otimização direta, permitindo:

• determinar a probabilidade de se satisfazerem metas específicas


• identificar as atividades que mais provavelmente constituirão estrangulamentos (locais
em que é requerido um maior esforço no sentido de que a produção continue a ser
assegurada)
• avaliar o efeito de variações no programa (p. ex.: efeito de uma dada mudança de
recursos das atividades menos críticas para as atividades que constituem prováveis
estrangulamentos)

O tempo de projeto é dado pela soma dos tempos esperados das atividades no caminho crítico.

A variância do tempo de projeto é dada pela soma das variâncias dos tempos das atividades no
caminho crítico.
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Pressuposto 5

A distribuição de probabilidade do tempo do projeto é (aproximadamente) uma distribuição normal.

Assim o método PERT permite fazer uma análise probabilística de ocorrerem determinados tempos
de projeto
diferentes dos calculados com o tempo esperado (μ), que tem uma probabilidade de ocorrência de
50%.

𝑘𝖺 = 𝑑 −
𝜇

𝜎
𝑐

-3 -2 -1 0 1 2 3 Kα

𝜇 − 𝑥𝜎 (𝑘𝛼 < 𝜇 + 𝑥𝜎 (𝑘𝛼 <


0) 0)

P(t≥d)
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d
d
𝑃(𝑘𝛼)
1 − 𝑃(𝑘𝛼)

P(t≤d)

d d

𝑃(𝑘𝛼) 1 − 𝑃(𝑘𝛼)

d1 d2

[1 − 𝑃(𝑘𝛼)𝑑2] − 𝑃(𝑘𝛼)𝑑1
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PERT

Ábaco – Probabilidade (curva normal para Kα≥0)


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5.6 Exercícios de Redes

Exercício 30

A cidade de Castelo Arruinado (Cidade A), situada junto à albufeira Arruinada, vai beneficiar
em breve de uma ligação direta à futura autoestrada AE302. A Comissão de Coordenação
Regional da Região Interior pretende tirar partido desta infraestrutura para melhorar a
acessibilidade a todo o concelho.

Assim, a CCRI está a preparar um projeto de ligação da Cidade A a todas as principais vilas
próximas e também à Cidade B. Como os fundos europeus começam a escassear nesta região, a
CCRI tem que procurar estabelecer uma ligação entre todas as localidades apresentadas no mapa
abaixo com o menor custo possível.

A figura 1 mostra um esquema das principais ligações estudadas. O custo estimado de cada
ligação (em milhões de euros) está apresentado sobre o arco respetivo.
IO - Aulas TP
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IO - Aulas TP
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A figura 2 mostra o tempo de viagem em cada arco (em minutos).

a) Determine a árvore de ligações mínimas entre todos os nós do diagrama. Utilize os


parâmetros da figura 1, atendendo a que se pretende garantir o acesso a todas as
povoações ao menor custo.

b) Calcule o caminho mais curto entre as cidades A e B, supondo que todas as ligações são
construídas (utilize os parâmetros da figura 2, relativos aos tempos de viagem por arco).
Qual é o tempo mínimo de viagem?

c) Calcule o caminho mais curto entre a cidade A e todos os nós da rede (representativos
das localidades), supondo que todas as ligações são construídas.

Exercício 31

Considere a seguinte rede, em que os números nos arcos representam a capacidade do arco
(quantidade de fluxo que o pode atravessar):
IO - Aulas TP
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2
10 10
5

15 3 12 20
1 5 6

15
20 5
4

Determine o fluxo máximo possível (entre os nós 1 e 6) e represente os fluxos na rede na situação de
fluxo máximo.
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Exercício 32

A Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto (AMTP) foi incumbida pelo Governo de


encontrar uma solução para o problema do congestionamento entre as autoestradas A1 e A4.

Após uma análise detalhada da situação os técnicos da AMTP concluíram que a distribuição de
tráfego pelos diferentes percursos possíveis está longe de aproveitar ao máximo a capacidade
disponível. Um dia há demasiado volume de tráfego na ponte da Arrábida e no dia seguinte o
problema passa para a ponte do Freixo. Estas oscilações estão na base dos sérios problemas de
congestionamento.

Os técnicos da AMTP decidiram que uma solução barata e eficaz para este problema seria a
implementação de quadros de informação automáticos colocados ao longo da A1 a partir de
Grijó. Estes quadros teriam o papel de dirigir os veículos destinados à A4 para o percurso mais
rápido com capacidade ainda disponível.

Tendo em conta os dados referidos na figura abaixo (indicando a capacidade, em veh/h, e direção
de cada arco), qual é a distribuição ótima de veículos pelos diferentes percursos possíveis que
este sistema deve procurar atingir?

3500
2900
2700

2000 1300

2700
3750
4000

Exercício 33

Considere a seguinte lista de atividades relativas a um projeto de lançamento de um novo produto no


mercado, com caracterização das durações e das relações de precedência:

a) Trace a rede C.P.M. correspondente a este projeto.

b) Determine o caminho crítico.


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Duraçã Atividades
Ativida Descrição
o Imediatamente
de
(Seman Precedentes
as)

A Organizar o Departamento de Vendas 6 -

B Contratar pessoal de vendas 4 A

C Treinar o pessoal contratado 7 B

D Selecionar uma agência de 2 A


publicidade

E Planear a campanha publicitária 4 D

F Executar a campanha publicitária 10 E

G Conceber a embalagem 2 -

H Montar o processo de embalagem 10 G

I Adquirir o produto ao fabricante 13 -

J Embalar o stock inicial 6 H,


I

K Selecionar os distribuidores 9 A

L Vender o produto aos distribuidores 3 C,


K

M Enviar o produto aos distribuidores 5 J,L


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Exercício 34

Construa a rede de projeto P.E.R.T. a partir das informações seguintes:

a) Identifique o caminho crítico.

b) Determine a probabilidade de o projeto estar terminado antes de dois anos (104 semanas).

Precedênci
Ativida Otimista Mais Provável Pessimista
as
de (O) (M) (P)
Imediata
s

A - 7 16 28

B A 4 19 25

C A 10 16 37

D B 7 13 37

E B,C 13 19 33

F B 19 22 33

G D,E 4 7 19

H F,G 13 19 49

I B,C 13 25 37

J I,H 7 13 19

Exercício 35

A seguinte rede está associada a um determinado projeto de construção de uma fábrica:


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O método das 3 estimativas foi utilizado para calcular a duração esperada e a variância estimada de
cada uma das atividades. Os resultados estão apresentados no quadro abaixo (em meses).

O prazo previsto no contrato para a conclusão deste projeto é de 22 meses.

a) Calcule o caminho crítico usando a duração média esperada de cada atividade.

b) Qual é a probabilidade do projeto ser concluído até à data prevista no contrato?


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Ativida Duraç Variânci


de ão a
Espera
Estimad
da
a

A 4 1

B 6 3

C 8 5

D 4 2

E 3 2

F 7 4

G 5 3

H 3 2

I 5 2

J 5 2.
5
INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL

Departa
3º Ano
mento de
Engenhar (1
ia Civil º
DEC semest
re)
Secção de
Planeamento
do Território
e Ambiente

Exercícios de Exame – Parte II

Exercício 36 (27-01-2011)

A empresa Cimentil é a principal fornecedora de cimento no Sul de Portugal. Embora a sede da


empresa seja em Lisboa, a produção ocorre em fábricas localizadas em Marrocos e em Espanha.
Depois de produzido, o cimento chega a Portugal por três pontos:

 Pela fronteira de Portalegre (vindo da fábrica em Espanha)

 Pelo porto de Lisboa (vindo da fábrica em Marrocos)

 Pelo porto de Sines (vindo da fábrica em Marrocos)

Destes pontos o cimento é transportado para os 8 centros de distribuição local assinalados na


figura 1 (com nós de cor preta). O quadro 1 mostra o consumo diário de cimento em cada centro
de distribuição e o quadro 2 mostra a menor distância entre os pontos de entrada no país e os 8
centros de distribuição referidos.

Quadro 1. Consumo diário de cimento (Kg)


INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL
Leiria 500

Castelo 300
Branco

Santarém 400

Lisboa 100
0

Évora 300

Beja 100

Portimão 300

Faro 500

Sabe-se que a capacidade diária de produção da fábrica em Espanha é de apenas 1000 Kg por
dia, e que toda a sua produção é enviada para Portugal. Por outro lado, o conjunto dos navios que
fazem o percurso entre Marrocos e Portugal permitem transportar diariamente 4000 Kg de
cimento.

Suponha que as quantidades de cimento transportadas para Lisboa e Sines são iguais

Quadro 2. Distância entre pontos de entrada no país e centros de distribuição (Km)

Leiria C. Santaré Lisboa Évora Bej Portimã Faro


Branco m a o

Lisboa 90 320 60 - 130 210 310 350

Portalegr 170 100 160 220 100 180 380 320


e

Sines X1 X2 X3 170 X4 100 140 X5


IO - Aulas TP
Página |

a) Após chegar a Portugal, o cimento tem de ser transportado até aos centros de distribuição
locais. A empresa Cimentil pretende saber qual a melhor forma de repartir o cimento que chega a
Portugal pelos diferentes centros. Formule um problema de transportes para apoiar esta decisão.

b) O Governo pretende introduzir uma portagem na estrada que liga Sines a Lisboa. Em sinal de
protesto, a empresa Cimentil vai boicotar essa estrada pelo que não será possível abastecer
Lisboa a partir de Sines. Por outro lado, a Administração da empresa decidiu adquirir um vagão
de carga para fazer o transporte entre Sines e Beja por via ferroviária. Para rentabilizar esse
investimento, todo o cimento consumido em Beja terá de vir de Sines. Re-formule o problema de
transportes da alínea 1.a) de forma a refletir estas novas condicionantes.

Exercício 37 (10-12-2008)

Os S.M.A.S. de uma cidade possuem duas estações de captação de água A e B e três centros
principais de distribuição: um na zona Norte da cidade, outro na zona Sul, e o terceiro na zona
Oeste.

Todos os centros de distribuição estão ligados às duas estações de captação exceto o do centro
Sul, que só está ligado à estação A. A capacidade de captação desta estação é de 250 000
litros/dia, sendo a de B de 1 000 000 litros/dia.
IO - Aulas TP
Página |
As necessidades médias diárias de cada um dos centros de distribuição são as seguintes:

Época quente Época fria

(Junho, Julho, (restantes


Agosto) meses)

Centro 400 000 350 000


Norte

Centro Sul 200 000 100 000

Centro 200 000 250 000


Oeste
IO - Aulas TP
Página |

Os preços de venda são de 30 euros por 1 000 litros na zona Norte, 25 euros por 1 000 litros na
zona Sul e 26 euros por 1 000 litros na zona Oeste.

Os custos de captação/distribuição, são de 15 euros por 1 000 litros no centro A e de 20 euros por
1 000 litros no centro B. Os custos de distribuição são dados na seguinte tabela:

Nort Su Oeste
e l

Da estação A 6 5 6

Da estação B 7 - 4

Considerando-se acessor(a) da administração destes serviços municipalizados, formule o


problema como um problema de transportes, garantindo o abastecimento mínimo de 200 000
litros/dia a cada um dos centros de distribuição durante a época quente.

Exercício 38 (27-01-2012)

O quadro seguinte representa a formulação como problema de transportes de um problema de


distribuição dos ginastas nacionais (1, 2, 3 e 4) por diferentes modalidades olímpicas (A, B, C,
D), sabendo que cada ginasta só pode participar numa modalidade e que todas as modalidades só
têm competições individuais. Este quadro, construído pelo treinador da equipa nacional, usa com
referência a pontuação obtida por cada um dos ginastas nas diferentes modalidades em que
competiu no último campeonato nacional.

A B C D

8 9  1
 0
1

1 8 8 8
IO - Aulas TP
Página |
0
2
1 1 6 7
0 0
3
  7 9
4

a) Escreva a restrição da procura do primeiro destino em formulação matemática de programação


linear.
b) Para a resolução deste problema como problema de transportes, indique:
i. O número de variáveis de folga usadas no problema primal?
ii. O número de variáveis de folga do problema dual?
iii. O número de variáveis de decisão usadas no problema primal?
c) Mostre que a solução básica representada no quadro seguinte é ótima e que tem soluções
alternativas (variáveis básicas: x14, x21, x31, x32, x41, x43, x44).

A B C D

8 9  1
1  0
x1
4
1 8 8 8
2 0
x2
1
1 1 6 7
3 0 0
x3 x3
1 2
  7 9
4 x4 x4 x4
1 3 4
IO - Aulas TP
Página |

d) Calcule a solução alternativa a partir da solução apresentada na alínea c) e identifique a


solução encontrada (valor das variáveis e da função objetivo).
e) Identifique a decisão de distribuição dos ginastas que a resolução pelo problema de
transportes deixou em aberto.

Exercício 39 (10-12-2010)

A empresa “Águas Limpas” prepara-se para entrar em funcionamento no abastecimento de três


cidades (I, II e III) recorrendo a três reservatórios locais (A, B e C). Esta empresa pretende
definir o seu modelo de distribuição de água dos reservatórios pelas cidades de forma a
minimizar os custos de distribuição.

A tabela abaixo apresentada constitui a formulação deste problema com base nos custos de
distribuição. As linhas representam os reservatórios de água e as colunas as cidades a fornecer.
As quantidades apresentadas para a oferta e procura estão em milhões de litros. Os custos de
distribuição apresentados estão em unidades monetárias por milhões de litros. Sabe-se ainda que:
 o volume total de água requerido pelas 3 cidades é de 100 milhões de litros.
 a cidade I tem uma necessidade mínima de 10 milhões de litros, uma vez que grande
parte da cidade não possui abastecimento próprio das casas.
 a empresa “Águas Limpas” tem preferência por não abastecer a cidade II a partir do
reservatório A tendo em conta as limitações topográficas do terreno entre estes dois
pontos.

Nota: responda a todas as questões seguintes na folha anexa fornecida para esse fim.

I I II II
I

4 3 ∞ 5
A 20

1 1 3 7
B 20
IO - Aulas TP
Página |

4 4 6 5
C 30

∞ 0 0 0
Fictíci Y
o

W X 2 5 Z
0 0

a) Acabe de preencher o quadro de formulação indicando os valores que colocaria no lugar das
letras W, X, Y e Z (das células a cinzento).
b) Indique o volume de água total que não será fornecido às três cidades?
c) Mostre que a solução básica representada no quadro seguinte é ótima e que existe uma
solução alternativa (variáveis básicas: x12, x21, x22, x23, x34, x43, x44).
IO - Aulas TP
Página |

I I I I
I I
I

4 3 ∞ 5
A
x1
2

1 1 3 7
B
x2 x2 x2
1 2 3

4 4 6 5
C
x
3
4

∞ 0 0 0
Fictíc
io x4 x
3 4
4

d) Indique:
i. O custo total de abastecimento da empresa “Águas Limpas”
ii. A(s) cidade(s) que serão abastecidas pelo reservatório B na solução apresentada na tabela
iii. A procura de cada cidade (I, II e III) que não é abastecida na solução apresentada na tabela.
e) Calcule a solução alternativa (partindo da solução ótima dada).
f) Considere um outro problema de transportes de 3 armazéns, com oferta total de 300.000
unidades, para 4 supermercados, com procura total de 200.000 unidades. Este problema tem:
i. Quantas variáveis de decisão primais?
ii. Quantas variáveis básicas primais?
iii. Quantas variáveis não básicas primais?
iv. Quantas variáveis de decisão duais?
v. Quantas variáveis de folga duais?

Exercício 40 (10.12.2008):
IO - Aulas TP
Página |

Considere a rede seguinte que representa um conjunto de empresas (nós A a Q) e distancias (em
centenas de metros) entre alguns pares de empresas com ligação rodoviária (arcos representando

K L
10 5 10
J C
15
25 10
20 10
25
M
I B
25
30 20 10 D
5
A 15
H 10
5
10

50 E 10
25 N
5
40
5
Q 5 G 20
10
F O
15
P 5

a distancia caixas entre cada par de nós).

a) A empresa A está a procura de um novo fornecedor para umas das componentes da sua
produção. O resultado de um estudo de mercado indica como potenciais fornecedores as
empresas H, J, L, M e P. Qual deverá ser o fornecedor escolhido (e o respetivo percurso) de
forma a minimizar a distância de transporte dos componentes até a empresa A? Indique o
percurso escolhido.
IO - Aulas TP
Página |

b) De forma a cumprirem as novas disposições de poluição da água a associação empresarial


da região resolveu construir uma ETAR que será alimentada por uma rede de águas
residuais a construir sobe a rede viária existente. Qual deverá ser a configuração dessa rede
de forma a minimizar o comprimento total de tubo colocado? Qual o comprimento total da
rede de águas residuais?
c) A construção da rede de águas residuais foi programada com baseada numa rede P.E.R.T.
Sabendo que a obra tem uma probabilidade de 60% de ser concluída em menos de 200 dias
(sendo que o desvio padrão do caminho crítico é 100 dias), qual a probabilidade de concluir
a obra em menos de 150dias? Apresente todos os cálculos efetuados.

Exercício 41 (27.04.2009):

Enquanto estudava para o teste de Investigação Operacional do dia seguinte, mais


especificamente, enquanto lia pela primeira vez a matéria de redes PERT, o António lembrou-se
de tentar usar essa metodologia para calcular a probabilidade de conseguir acabar o teste de
amanhã. Ele sabia quantas perguntas e alíneas teria o teste e como a respostas destas dependiam
de respostas das outras perguntas e alíneas. Pensou um pouco e chegou uma estimativa para o
tempo de resolução de cada uma das perguntas. Essas informações encontram-se compiladas na
tabela seguinte.

Pergun Pergunta que tem de Tempo


ta ser respondida médio
anteriormente (minutos)

1a) - 5

1b) 1a) 5

1c) 1a) 10

2a) 1b) 10

2b) 2a); 10
1c)

2c) 2b); 3) 10

2d) 2c) 10
IO - Aulas TP
Página |

3) - 35

4a) 3); 1c) 15

4b) 4a) 15

O desvio padrão do tempo médio esperado para a conclusão do teste é de 10 minutos.

Mesmo antes de começar a resolver o problema usando redes PERT o António recebeu um
telefonema a convidá-lo para sair, pelo que acabou por ir ao exame sem saber se conseguia
acabar a tempo (e sem estudar redes PERT).
a) Explique porque não é possível usar redes PERT para resolver o problema que o António
colocou.

b) Partindo do princípio que este problema seria válido para a resolução sobre a forma de rede
PERT:

b.1. Determine o valor esperado para conclusão do teste usando as redes


PERT. Justifique, apresentando a rede bem como os tempos mais cedo e mais
tarde.
IO - Aulas TP
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b.2. Identifique as atividades que devem ser alvo de maior controlo para que
esse tempo seja conseguido.
b.3. Determine a probabilidade de o António acabar o teste a tempo sabendo o teste
tem um tempo limite de 90 minutos.
INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL

Departa
3º Ano
mento de
Engenhar (1
ia Civil º
DEC semest
re)
Secção de
Planeamento
do Território
e Ambiente

Soluções dos Exercícios

Exercício 1

X1=2; x2=5; Z=45


Exercício 2

Solução não limitada


Exercício 3

X1=0; x2=4; Z=28


Exercício 10

10.1 SO (4;1;0;0;12.5); z=-18

10.2 SO(1.5;0.5;0;1;0;0); z=2.5


INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL
10.3 SO (0;4/3;4/3;4/3;0;0;1/3); z=14,(6)

10.4 SO(3;0;2;0;0;0); z=5; alternativa SO(0;3;2;0;0;0); z=5; alternativa SO(0;3;0;2;0;0); z=5;


alternativa SO(3;0;0;2;0;0); z=5
10.5 Solução não limitada

10.6 SO(3;2;0;0;0;6;0); z=10; solução alternativa SO(0;5;0;0;6;18;0); z=10

Exercício 11

11.1 SO (2;0;5;0;0;9); z=2

11.2 SO (2;6;0;0;2;0); z=14

11.3 Problema impossível (sem região de admissibilidade)

11.4 SO (4;2;0;0;14;0;0); z=16

Exercício 19

SO X11=4; X14=1; X23=3; X32=4; X33=4; X34=2; restantes Xij=0; z=71; há uma solução
alternativa!
Exercício 21

SO X11=3; X12=1; X25=2; X31=2; X34=2; X42=1; X43=1; restantes Xij=0; z=15;
Exercício 22
IO - Aulas TP
Página | 85

SO X14=1; X22=1; X33=1; X41=1; restantes Xij=0; z=17; Solução alternativa: X14=1; X21=1;
X32=1; X43=1
Exercício 23

4 soluções alternativas

X14=1; X23=1; X32=1; X41=1;


restantes Xij=0; z=36; X14=1; X23=1;
X31=1; X42=1; restantes Xij=0; z=36;
Exercício
X 14=1; X24
21=1; X32=1; X43=1;
restantes Xij=0; z=36; X12=1; X23=1;
X31=1; X44=1; restantes Xij=0; z=36;

SO X12=1; X21=1; X34=1; X43=1; restantes Xij=0; z=6; Solução alternativa: X13=1; X22=1; X34=1;
X41=1
Exercício 25a

SO X12=1; X21=1; X33=1; X44=1; restantes Xij=0; z=24


Exercício 25b

SO X12=1; X25=1; X31=1; X43=1; X54=1; restantes Xij=0; z=28


Exercício 30

a) Árvore de Ligações Mínimas de Custo Total = 600


b) B) Caminho Mais Curto: A-A2-A6-B, Tempo mínimo = 80min
c) Destino A1: Caminho Mais Curto: A-A1; Tempo
Mínimo = 20min Destino A2: Caminho Mais Curto:
A-A2; Tempo Mínimo = 25min Destino A3: Caminho
Mais Curto: A-A3; Tempo Mínimo = 25min Destino
A4: Caminho Mais Curto: A-A4; Tempo Mínimo =
30min Destino A5: Caminho Mais Curto: A-A1-A5;
IO - Aulas TP
Tempo Mínimo = 30min Destino A6: Caminho Mais
Curto: A-A2-A6; Tempo Mínimo = 45min
Destino A7: Caminho Mais Curto: A-A4-A7 ou A-A2-A7;

Exercício 31
Tempo Mínimo = 45min Destino A8: Caminho Mais Curto: A-
A2-A6-A8; Tempo Mínimo = 55min

Fluxo Máximo = 35
Exercício 32

Fluxo Máximo = 7950veh/h (há uma folga de 950veh/h para a procura); Distribuição ótima: até

Exercício 33
2900veh/h no troço ABC, até 1300veh/h no troço AEC; até 3750veh/H no troço ADC.

Caminho Crítico: A-B-C-L-M; Tempo mínimo do projeto = 25 semanas


Exercício 34

a) Caminho Crítico: A-C-E-G-H-J; Tempo médio do caminho crítico = 99,83 semanas


b) P(T<104 semanas)=67%
Exercício 35

a) Caminho Crítico: B-E-G-I; Tempo médio = 19 meses


b) P(T<22 meses) = 83%
2018/2019
Cecília Silva;Emília Malcata
SPTA - FEUP

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