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 Vinícius Leão Souza Martins


 26.05.2023
 Percussão Funcional I (Vespertino)
 Prof Tarcísio Braga.

TEXTO:

- Caixa Clara Orquestral: Diferentes metodologias no estudo do Instrumento.

AUTOR:

- Rubens Celso Lopes Filho.

Seção 1.4

Basicamente resume o conteúdo que será abordado no artigo, sendo esse, um


levantamento bibliográfico de métodos para caixa clara orquestral, tendo mente que
nem todos os matérias encontrados que dizem respeito a essa temática, são de fato
métodos, podendo ser livros com exercícios ou obras para o instrumento, e até mesmo
bibliografia onde a caixa clara está inserida em outro contexto percussivo, propondo
uma reflexão sobre o material utilizado na formação de percussionistas e as
metodologias aplicadas nesse processo.

Capítulo 2

Explica a maneira como foram feitas as entrevistas com percussionistas de


universidades e orquestras sinfônicas, e os critérios utilizados na construção dos
questionários feitos, o autor explica:

Partindo desse ponto, as entrevistas foram organizadas de modo a ter como


tópicos, aspectos gerais da formação do músico, com abordagens
estritamente técnicas do instrumento e sua utilização, que permitiram
entender a posição do entrevistado em relação ao tema questionado e dar-
lhe a opção de discorrer continuamente sobre o assunto. Dessa maneira, o
pesquisador pôde questionar posteriormente acerca de aspectos
relacionados ao estudo do instrumento e à utilização dos materiais, na busca
do que é fundamental para esse trabalho: uma concepção metodológica no
estudo da caixa orquestral. (CELSO, 2013, p.15)
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Depois apresenta os dois questionários, um para músicos percussionistas


atuantes na área, e outro para músicos que lecionam nas universidades, levando em
consideração o contexto de cada músico. Em seguida, os músicos são introduzidos
com uma breve apresentação sobre suas carreiras.

Seção 3.4

O texto aborda diferentes perspectivas sobre a técnica de tocar caixa-clara em


contextos musicais, com insights e experiências compartilhadas pelos músicos
entrevistados. Dentre as principais experiências compartilhadas estão:

 A técnica é uma ferramenta para executar trechos musicais dentro de um estilo


específico e é adquirida por meio da experiência e bagagem musical.
 A adaptação da técnica ao corpo e à situação é importante, considerando
fatores como baqueta utilizada, caixa e pele do instrumento, posição (sentado
ou em pé) e estilo sonoro desejado.
 O conhecimento orquestral, que vai além da partitura, é considerado prioritário.
 A técnica é aplicável em diversos contextos musicais, incluindo orquestra,
música de câmara e recitais, e é resultado do estudo de rudimentos e técnica
em geral.
 O estudo da técnica pode ser dividido em duas etapas: o estudo das técnicas
isoladas presentes nos trechos musicais e o estudo dos próprios trechos.
 Alguns desafios técnicos mencionados incluem o espaçamento dos drags,
direcionamento para a nota principal nas apojaturas, abertura dos rulos,
resolução de toques duplos e dinâmicas piano.
 A criatividade e inteligência devem ser aplicadas na utilização das tradições e
técnicas estabelecidas, permitindo adaptar trechos mal escritos para o
instrumento.
 Alguns músicos destacam a importância do estudo do som, a relação entre
técnica e som produzido, e a necessidade de equilíbrio entre as mãos direita e
esquerda na execução da caixa.
 O posicionamento do instrumento, o uso de diferentes timbres de rulos, a
utilização de repetições da mesma mão em repertórios étnicos e a busca pelo
relaxamento e eliminação de tensões.
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 O estudo constante e o condicionamento da musculatura são fundamentais


para o desenvolvimento técnico.
 A busca pelo equilíbrio e coerência sonora, a adaptação da técnica ao
instrumento utilizado e o estudo constante são aspectos enfatizados pelos
músicos entrevistados.

Seção 3.4.1

Esta seção discute o posicionamento da baqueta e as diferentes técnicas


utilizadas pelos músicos entrevistados.

 O percussionista José Carlos Silva, menciona que inicialmente utilizava uma


técnica conhecida como traditional grip, mas posteriormente mudou para o
matched grip, amplamente utilizado por percussionistas sinfônicos. Ele também
menciona a pinça germânica, uma técnica trazida da Europa, que ele considera
desnecessária para tocar repertório orquestral de caixa-clara.
 O texto destaca a importância do pulso, dos dedos e dos diferentes
componentes da técnica de segurar a baqueta, como a articulação do ombro,
cotovelo, pulso e pinça.
 Os músicos entrevistados compartilham suas próprias técnicas e preferências.
Cada um tem sua abordagem única, levando em consideração fatores
anatômicos e sonoridade desejada. Alguns mencionam a redução do
movimento dos dedos, enquanto outros enfatizam a utilização dos dedos em
trechos rápidos ou na bateria.
 O posicionamento do pulso também é discutido, com diferentes abordagens
sendo utilizadas pelos músicos.
 O texto também destaca a importância da conscientização corporal e da
avaliação física durante o estudo. Os músicos mencionam a necessidade de
relaxar os músculos, reavaliar a postura e a respiração, e estar atento à
qualidade do som produzido.
 Enfatiza que cada percussionista deve adaptar a técnica existente de acordo
com seu próprio corpo e desenvolvimento muscular, buscando um equilíbrio e
uma eficácia na execução.
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Seção 3.4.2

Nesta seção é discutido discute diferentes tipos de toques utilizados na


percussão e a importância da articulação na execução musical. Os músicos procuram
realizar diferentes articulações de acordo com o tipo de toque.

 Rafael Alberto menciona o exemplo de um trecho da obra "Scheherazade" de


Rimsky-Korsakov, onde é importante diferenciar os toques realizados mais
para baixo, em direção à pele do tambor, dos toques realizados mais para cima,
em direção contrária à pele. A movimentação da baqueta é descrita como
ocorrendo unicamente por movimentos verticais.
 Os percussionistas também levam em consideração a sonoridade desejada ao
escolher o tipo de toque a ser utilizado. É importante saber o som que se espera
atingir, pois isso influencia a maneira de realizá-lo.
 As dinâmicas piano (suave) são mencionadas como os maiores desafios ao
tocar caixa-clara, pois podem se tornar um problema durante uma
apresentação devido ao aumento da adrenalina e aos tremores nas mãos.
Estudar toques piano com frequência é recomendado para melhorar o
desempenho durante um concerto, caso ocorra alguma alteração física
indesejada devido a mudanças emocionais.
 O autor ressalta a importância de estudar as dinâmicas piano, pois acredita que
em torno de 80% do tempo o percussionista precisará tocar suave, enquanto
os outros 20% serão em níveis de intensidade moderada a forte.
 A exposição de tocar para as pessoas é mencionada como uma forma de
superar a dificuldade dos tremores nas mãos.

Conclusão

O artigo discute a metodologia de estudo da caixa-clara orquestral e investiga


os materiais e técnicas utilizados por músicos profissionais em orquestras. Foi
observada uma diversidade de materiais utilizados, desde abordagens físicas até o
desenvolvimento de uma bagagem musical mais ampla. Esses materiais contribuem
para o desenvolvimento técnico do músico, fornecendo diferentes abordagens na
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execução de diversos gêneros percussivos, porem os introduz através da prática na


caixa clara.

A especialização na maneira "orquestral" de tocar a caixa-clara requer


conhecimentos específicos, como idiomatismos técnicos e características
composicionais, que permitem interpretar o estilo. A técnica da caixa-clara é
destacada como um ponto de preocupação, com ênfase em dinâmicas suaves, rulos
fechados, toques duplos, articulação, posicionamento da baqueta e qualidade do som
do instrumento. Esses fatores contribuem para a formação não só do percussionista
orquestral, mas do percussionista no seu sentido mais amplo.

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