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MACAÉ
2019
MARIANA SOUZA DA CONCEIÇÃO
PRICILA ALVES PEREIRA
MACAÉ
2019
FOLHA DE APROVAÇÃO
_____________________________________________
Prof. M. Sc. Rogério Manhães Soares
_____________________________________________
Prof. M.Sc. Priscila Martins Barros Camara
_____________________________________________
Prof. M.Sc. Warlley Ligório Antunes
MACAÉ
2019
DEDICATÓRIA
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 19
1.1 Problema ...................................................................................................... 20
1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................ 21
1.3.2 Objetivo específicos ...................................................................................... 21
1.4 Justificativas ................................................................................................ 22
3 METODOLOGIA ........................................................................................... 63
3.1 Perspectiva do estudo ................................................................................ 63
3.1.1 Tipo de pesquisa ........................................................................................... 63
3.1.5 Análise dos dados ......................................................................................... 64
4 OS DESAFIOS DO BIODIESEL NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
65
4.1 Aspectos ambientais ................................................................................... 65
4.1.1 Análise crítica do estudo comparativo ........................................................... 69
4.2 Aspecto Socioeconômico ........................................................................... 70
4.3 Aspectos técnicos ....................................................................................... 76
4.3.1 Análise crítica do estudo comparativo .............................................................. 79
4.4 Vantagens e Desvantagens do Biodiesel em Relação ao Diesel ............ 80
4.4.1 Conseqüências positivas e negativas do consumo do Diesel ................ 80
4.4.2 Consequências positivas e negativas do consumo do Biodiesel........... 81
5 CONCLUSÃO ............................................................................................... 85
5.1 Sugestões para trabalhos futuros ............................................................. 86
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 87
19
1 INTRODUÇÃO
1.1 Problema
1.2 Hipóteses
1.3 Objetivos
1.4 Justificativas
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Diesel
A Tabela 1 apresenta uma relação dos quinze países com maiores reservas
de petróleo do mundo, de acordo com o relatório estatístico anual de energia
mundial da companhia BP em 2018. O relatório apresenta o crescimento dos países
em 10 anos (2008 a 2017) e também a quantia de reservas provadas em bilhões
que cada empresa obteve nesse período (ANP, 2018).
1
São formadas grandes depressões, que deram origem a grandes lagos. Nas regiões mais profundas
destes lagos acumularam-se grandes quantidades de matéria orgânica oriundas, principalmente, de
algas microscópicas. Esta matéria orgânica, misturada a sedimentos, formam as rochas geradoras de
25
2.2 Biodiesel
óleo e gás do pré-sal. Após um processo que envolve altas temperaturas e pressões, a matéria
orgânica transforma-se em óleo e gás, em um processo denominado geração. Já nas partes mais
rasas, em grandes ilhas lacustres, depositaram-se muitas conchas calcáreas (as coquinas) e
posteriormente acumularam-se depósitos de estromatólitos, tipos de algas que formam rochas
calcáreas. Estes dois tipos de depósitos constituem os principais reservatórios do pré-sal
(PETROBRAS, 2019).
26
que os óleos vegetais podem ser usados como combustível e que com o tempo irão
se tornar tão importantes quanto o petróleo contribuindo para o desenvolvimento
agrário. Já em 1920, O Instituto Nacional de Tecnologia iniciou o uso de óleos
vegetais como fonte de energia para combustíveis, utilizando como matéria-prima a
palma, o amendoim e o algodão. A primeira patente de combustível a base de óleos
vegetais surge no Brasil em 1980, registrada pelo Doutor Expedito Parente (COSTA,
2012).
Foi na década de 70, que iniciaram os estudos envolvendo novas fontes de
energia limpa, incluindo o Proálcool e o biodiesel. No entanto, às condições de preço
do petróleo e a participação do diesel no país não foram favoráveis para inserir
esses combustíveis na matriz energética nacional. Em 2003 com o apoio do
Governo Federal a ideia do uso do biodiesel foi retomada com interesse na cadeia
produtiva deste biocombustível decretando a realização de estudos com o objetivo
de analisar a viabilidade econômica, social e ambiental da produção e uso destes
biocombustíveis no Brasil (RODRIGUES, 2007).
Com relação ao meio ambiente os bicombustíveis contribuem para a
diminuição das emissões dos GEE, visto as preocupações locais e globais foi
incorporado as políticas públicas do Brasil o objetivo de reduzir as dependências do
petróleo, principalmente no setor de transporte (MME, 2017) que apresenta um dos
maiores índice de consumo de energia em relação aos os outros setores, de acordo
com Tabela 2, o consumo final de energia cresceu em 2017 com taxa de 1,7% com
destaque no setor industrial de 2,6% e na sequencia o transporte com 2,3% (MME,
2018b).
7,8
8
7
5,6
5,4
5,3
6
MILHÕES DE M3
5
5
3,9
3,8
3,4
3,4
4
2,9
2,7
2,7
2,5
2,5
2,4
2,4
2,4
3
1,6
2
1,2
1,1
1,1
0,8
1
1
0,6
0,6
0,6
0,6
0,5
0,4
1
0
2012 2013 2014 2015 2016 ago/17
Meio
ambiente
Investimento Emprego
BIODIESEL
Saúde
pública Inclusão
Social
balança
Indústria comercial
2.3.3 Leilões
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
2030 a oferta interna de energia aumenta 154% a uma taxa média anual de 3,8%,
abaixo da taxa média do PIB,conforme Tabela 8,o que é recomendável na medida
em que significa uma expansão econômica racional com respeito ao uso dos
recursos energéticos (MME, 2017b).
Vale assinalar, ainda, que os estudos apontam para uma maior diversificação
da matriz energética brasileira. De fato, pode-se perceber uma tendência clara nessa
direção: em 1970, apenas dois energéticos (petróleo e lenha), respondiam por 78%
do consumo de energia; em 2005, eram quatro os energéticos que explicavam
80,3% do consumo (além dos dois já citados, mais a energia hidráulica e produtos
da cana); para 2030, projeta-se uma situação em que cinco energéticos serão
necessários para explicar 84,6% do consumo: entram em cena o gás natural e
outras renováveis, permanecem com Ministério de Minas e Energia Matriz
Energética 2030 grande participação o petróleo, a energia hidráulica e os produtos
da cana, havendo significativa perda de participação da lenha (MME, 2007d).
2
Endafoclimáticas: refere-se a condições definidas através de fatores do meio tais como o clima, o
relevo, a litologia, a temperatura, a umidade do ar, a radiação o tipo de solo, o vento, a composição
atmosférica e a precipitação pluvial.
46
Figura 4 - Produção de oleaginosas no Brasil.
Gráfico 4 - Produção
rodução de biodiesel por matéria-prima
100%
80%
% PRODUÇÃO
60%
40%
20%
0%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Óleo de soja Gorduras animais Óleo de algodão Óleo de fritura usado Outras
Em
m agosto de 2018, não houve grandes alterações no perfil nacional de
matérias-primas,
primas, como mostra no Gráfico 5, o óleo de soja permaneceu em
destaque com 69,8%,
%, seguido de 13,4%
1 % de gordura bovina. Outros materiais graxos
apareceram em pequenas porcentagens como,
como óleo de fritura,, dendê e óleo de
algodão (ANP, 2018b).
49
Matéria-prima Região
A expansão da soja no Brasil veio a ocorrer nos anos 70, com o interesse
crescente da indústria de óleo e a alta demanda do mercado internacional. Um dos
interesses para o cultivo da soja como fonte de matéria-prima para o biodiesel foi a
grande escala de produção agrícola no Brasil, e seu valor agregado atribuído a seus
coprodutos, o que poderá favorecer a viabilidade econômica de projetos. Os
avanços da produção de soja nas últimas décadas estão diretamente relacionados
ao desenvolvimento tecnológico o que tornaram a soja brasileira cada vez mais
competitiva (PORTELA, 2008).
Com relação à composição de ácidos graxos a soja apresenta, ácido
linoléico (55,3%), ácido oléico (23,6%), ácido palmítico (12,7%), ácido linolênico
(4,5%) e esteárico (3,9), conforme Figura 5 (EMBRAPA apud SAMBANTHAMURTHI
et al. 2000). Os ácidos graxos, insaturados particularmente o linoléico e o oléico, e
olinolênico, são os que se destacam da fração lipídica do óleo de soja por serem
51
A soja produz mais proteína por hectare do que qualquer outro dos grandes
cultivos, trata-se de um dos produtos agrícolas mais rentáveis (WWF, 2014). Estima-
se que a produção mundial, para a safra 2018/19, será de 369,32 milhões de
toneladas, conforme a Tabela 10, e se comparado a safra de 2017/18 houve um
aumento de 9,65%. Os Estados Unidos continuam como maior produtor de soja
mundial, com 34% de toda a produção do mundo, seguido do Brasil com 32,63%
dessa produção, e a Argentina com 15,43% (CONAB, 2018b). A soja, além de ser a
oleaginosa mais cultiva no mundo, faz parte de atividades agrícolas com maior
destaque mundial, principalmente em três países: Estados Unidos, Brasil e Argentina
juntos são responsáveis por 82,65% da safra do mundo (GARCILASSO, 2014).
3
Ricinoquímica: Industria química que utiliza o óleo de mamona para fabricação de qualquer produto.
54
4
Gossopil: pigmento polifenólico presente na semente do algodão, apresenta características muito
ácidas e reage com bases fortes (EMBRAPA, 2008).
57
não descartar este óleo no meio ambiente, e sim entregar a uma empresa produtora
de biodiesel.
2.6.1 Transesterificação
2.6.2 Esterificação
(a) Hidrólise dos triacilgliceróis e; (b) esterificação dos ácidos graxos. R representa grupamentos alquila. O etanol foi utilizado
como exemplo de agente de esterificação
Fonte: RAMOS et al, 2011.
63
3 METODOLOGIA
5
Emissões produzidas como resultado da ação humana. São lançadas grandes quantidades de gás
carbônico na atmosfera por tais atividades, como a queima de combustíveis fósseis, agricultura,
fabricação de cimento etc.
66
Óxido nitroso (N2O) • tratamento de dejetos animais 310 vezes maior que o CO2
• uso de fertilizantes
• da queima de combustíveis fósseis
• alguns processos industriais
Hidrofluorcarbonos Utilizados como substitutos dos Não agridem a camada de ozônio, mas
clorofluorcarbonos (CFCs) em aerossóis e têm, em geral, alto potencial de
HFCs refrigeradores quecimento global (variando entre 140
e 11.700)
6
Efeito que ocorre em função da reação de hidrocarbonetos (HC) e óxidos de nitrogênio (NOx) na
presença de radiação solar. O ozônio (O3) surge como produto desta reação e danifica os tecidos
pulmonares, diminuindo a resistência às doenças infecciosas e causando envelhecimento precoce
destes tecidos. Além disso, o ozônio provoca irritação nos olhos, nas vias respiratórias e diminuição
da capacidade pulmonar. O aumento das admissões hospitalares é associado à exposição ao ozônio
(FETRANSPOR, 2011).
67
Gráfico 18 – Potencial de redução dos Gases do Efeito Estufa (GEE) pelo aumento
do percentual de biodiesel no diesel.
diesel
90
80
70
60
g/MJCO2
50
40
30
20
10
0
Diesel B5 B7 B8 B9 B10 B20 B30
g/MJ de CO2 85,2 82,1 80,9 80,23 79,61 79 72,8 66,51
Indústria
32%
Transporte
46%
60,0
50,4 49,1 48,6 48,4 47,9 48,2 47,1
50,0 45,2 45,4 45,5
40,0
30,0
%
20,0
10,0
2,4 2,5 2,5 2,5 2,5 3,4 3,4 3,4
1,3 1,8
0,0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Diante dos dados, o consumo de biodiesel foi evoluindo ao longo dos anos,
começou em 2008 com 728 103
10 tep, isso corresponde a 1,3% total em relação às
outras fontes de combustível. Já em 2017 o consumo aumentou para 3,4%
mostrando crescimento significativo para os
os próximos anos. Em contrapartida houve
uma redução de consumo de diesel, no transporte neste período, em virtude do
surgimento do biodiesel. Em 2008 foi o auge do consumo de diesel com 50,4% no
total e fechou 2017 com uma
um pequena queda para 45,5% (EPE, 2018).
20
A demanda energética
energ cresce à medida da evolução
o tecnológica
tecnol e dos
padrões de vida da população. O cenário mundial do uso dos recursos energéticos
atualmente caracteriza-se
se pela forte dependência dos combustíveis
combustívei fósseis para a
produção de bens e serviços causando diversos tipos de impactos negativos desde
a sua exploração até o seu produto e, além disso, não é uma fonte de renovável. O
aquecimento global vem se mostrando uma das maiores preocupações
preocupa mundiais
dos últimos tempos, devido ao aumento das emissões GEE principalmente do setor
de transporte como já mencionado anteriormente.
70
60,00
50,00
40,00
milhõe m3
30,00
20,00
10,00
0,00
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Protocolo de
Kyoto
PNPB RenovaBio
Nota-se
se que as condições de mercado para o biodiesel, estão relacionadas
aos preços do petróleo,
leo, taxas de impostos e das matérias-primas,
primas, principalmente a
soja que é um óleo muito utilizado na indústria alimentícia. De acordo com a Figura
13, os avanços tecnológicos na área industrial e agrícola, e a diversificação das
matérias-primas
primas seria uma alternativa para minimizar os custos de produção
produ
aumentando assim sua competitividade. A soja representou cerca de 68,9% da
produção
o de biodiesel em 2018.
2018. Uma alternativa para diminuir essa dependência,
seria o aproveitamento energético
energ de outras oleaginosas com maior teor de ácido
graxo que a soja, como a palma ou a manona.. Além disso, o aproveitamento dos
óleos e gorduras residuais, que tem seu descarte normalmente incorreto, são fontes
de energia sustentáveis, não competem com os alimentos e não precisam
precisa de área
para plantio.
76
4.4 Vantagens
antagens e Desvantagens do Biodiesel em Relação ao Diesel
Vantagens
•Produção em larga
escala.
•Benefício mercadolígico.
•Maior capacidade de
geração de enregia.
Desvantagens
•Dependência
Dependência econômica
•Conflitos
Conflitos políticos
•Exploração
Exploração extrativista
•Emissão
Emissão dos GEE
•Não
Não é renovável
Por outro lado, o diesel emite gases do efeito estufa, como o monóxido de
carbono (CO) gerado da combustão. A obtenção da matérias-primas se dá por meio
extrativistas, e geram impactos ambientais negativos nos locais de suas jazidas. Já
os benefícios mercadológicos tem-se a extrema dependência econômica pelo
produto e está dependência desencadeia conflitos políticos (DOMINGOS, 2012).
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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