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FACULDADE DE CEILÂNDIA
CURSO DE FARMÁCIA
Brasília, 2022.
CAROLINE DIAS DOS SANTOS
Brasília, 2022.
CAROLINE DIAS DOS SANTOS
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________________________________
Orientadora: Profa. Dra. Lívia Cristina Lira de Sá Barreto
Universidade de Brasília – Faculdade de Ceilândia - UnB/FCE
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
Mestranda do PPGCS
Brasília, 2022
AGRADECIMENTOS
MEs – microemulsões;
ABIHPEC - Associação Brasileira de Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e
Cosméticos;
O/A – Emulsão óleo em água;
A/O – Emulsão água em óleo;
FCE – Faculdade de Ceilândia;
PDI – Índice de polidispersão
DFPT – Diagrama de fases pseudoternário
m – Metro
mm – Milímetro
FCE – Faculdade deCeilândia
°C – Celsius
mL – Mililitros
mg – Miligramas
pH – Potencial hidrogeniônico
O3 – Ozônio
O2 – Oxigênio
A/O – Água / Óleo
O/A – Óleo / Água
PDI – Índice de Polidispersão
v/v – Volume por Volume
mv – Milivolt
EHL - Equilíbrio hidrófilo lipofílico
RESUMO
12
Sumário
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 14
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 15
2.1 CONCEITO DE MICROEMULSÃO .................................................................... 15
3. SELEÇÃO DOS COMPONENTES ...................................................................... 16
3.1 OZÔNIO ............................................................................................................. 16
3.1.2 ÓLEO FIXO VEGETAL OZONIZADO ............................................................. 17
3.1.3 COTENSOATIVO E TENSOATIVO ................................................................ 18
4. CONSTRUÇÃO DO DIAGRAMA DE FASES TERNÁRIO / PSEUDOTERNÁRIO
(DFPT) ..................................................................................................................... 19
5. JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 20
6. OBJETIVOS ........................................................................................................ 21
6.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 21
6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 21
7. METODOLOGIA .................................................................................................. 21
7.1 ELABORAÇÃO DA MICROEMULSÃO CONTENDO ÓLEO FIXO VEGETAL .. 21
7.2 DESENVOLVIMENTO DO DIAGRAMA DE FASES PSEUDOTERNÁRIO........ 21
7.3 CARACTERIZAÇÃO DAS MICROEMULSÕES ................................................ 22
7.3.1 DISPERSÃO COLOIDAL................................................................................ 22
7.3.2 CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS .................................................... 22
7.3.3 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA ..................................................................... 23
7.3.4 POTENCIAL ZETA ......................................................................................... 23
7.3.5 MENSURAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO .................................. 23
8. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 23
8.1 DESENVOLVIMENTO DAS MICROEMULSÕES .............................................. 23
8.1.1 DESENVOLVIMENTO DO DIAGRAMA PSEUDOTERNÁRIO ....................... 23
8.2 CARACTERIZAÇÃO DAS MICROEMULSÕES ................................................ 25
8.2.1 DISPERSÃO COLOIDAL E CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS ....... 25
8.3 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA ........................................................................ 27
8.4 POTENCIAL ZETA ............................................................................................ 28
8.5 MENSURAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO ..................................... 29
9. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 29
10. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 30
13
1. INTRODUÇÃO
14
equilátero, sendo representados nos vértices cada um dos componentes, e em cada
um dos lados as variações nas concentrações dos componentes (de 0 a 100%)
( SILVA et al., 2015 apud SINGLA; PATANJALI, 2013).
Assim, procede-se à caracterização do domínio das regiões de ME e em que
proporções os componentes puros se devem misturar para originar outros tipos de
estruturas. Um diagrama de fases para sistemas com quatro componentes: óleo,
cotensoativo, tensoativo e água apresentará regiões distintas e bem definidas, com
propriedades termodinâmicas e químicas bem diferentes (PRETO, 2016).
Sua análise possibilita encontrar as regiões de transição entre emulsões, fases
separadas e microemulsões O/A e A/O e, consequentemente, determinar as
concentrações mínimas de cada componente para obter uma microemulsão ( SILVA
et al., 2015 apud SINGLA; PATANJALI, 2013).
O objetivo deste trabalho foi desenvolver sistemas microemulsionados utilizando
o diagrama de fases pseudoternário, a partir de diferentes concentrações do óleo fixo
vegetal ozonizado. A aplicação e a influência do tensoativo e cotensoativo no sistema
de formação das MEs foi avaliada. Além de caracterização do sistema quanto às suas
características organolépticas, tamanho de partícula, índice de polidispersão e
potencial zeta. O foco foi desenvolver e caracterizar uma microemulsão de óleo fixo
vegetal ozonizado.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
15
(microemulsão bicontínua) e d) sistemas característicos de surfactantes não iônicos
os quais, dependendo da temperatura, podem apresentar uma continuidade tanto com
a fase aquosa como com a fase não aquosa.
Nas microemulsões, a fase dispersa pode adotar diferentes formatos, em função
das proporções dos seus componentes e de fatores físico-químicos, conforme mostra
a Figura 1.
Esse sistema é caracterizado por uma baixa tensão interfacial entre as fases
imiscíveis entre si e oferecem várias vantagens como a estabilidade termodinâmica,
a simplicidade em seu preparo, a capacidade de incorporar uma ampla gama de
moléculas, tanto hidrofílicas, lipofílicas quanto anfifílicas, aumentando sua
solubilização e biodisponibilidade, além de reduzir a toxicidade (PESTANA et al.,
2008; FANUN, 2012).
3.1 OZÔNIO
O Ozônio (O3) é uma molécula inorgânica formada por três átomos de oxigênio,
caracterizado pelo seu poder oxidativo. Quando exposta a fluidos orgânicos ocorre a
formação de moléculas reativas de oxigênio (O2) capazes de influenciar no
metabolismo celular e na regeneração tecidual. Além disso, o contato com bactérias
16
gera reações que promovem a destruição das células bacterianas. Atualmente,
existem algumas formas de aplicação tópica do O3, como a utilização do óleo vegetal
ozonizado (SMITH et al., 2017; NÉRI et al., 2017; UGAZIO, et al., 2020; CARDOSO,
2021).
O ozônio serve como uma terapia prática em dermatologia que atua
destrutivamente contra bactérias, fungos e vírus, ativando o sistema imunológico
celular e humoral, além de atuar como antioxidante na defesa de várias condições
patológicas. No entanto, poucas pesquisas foram feitas para descobrir outras
propriedades físico-químicas do ozônio. Além disso, à medida que a era da
epigenética está chegando, está sendo aprofundanda a compreensão do mecanismo
molecular da ozonioterapia em doenças de pele (ZENG; LU, 2018).
Notavelmente, os efeitos terapêuticos do ozônio dependem de sua
concentração, portanto, um gerador de ozônio precisa de agentes ideais. Até agora,
as preparações médicas de ozônio são classificadas em três tipos, incluindo água
ozonizada, óleo ozonizado e gás ozonizado. A terapia com ozônio é acessível,
previsível e conservadora, com poucos efeitos colaterais. E a elucidação dos
mecanismos moleculares do ozônio beneficia ainda mais a aplicação prática na
dermatologia (ZENG; LU, 2018).
O óleo fixo vegetal de interesse neste estudo tem uma variedade de bioativos e
ácidos graxos insaturados, possui o ácido trans-retinóico derivado da vitamina A. A
vitamina A é de grande interesse para a indústria de cosméticos que se concentra no
segmento anti-envelhecimento e com ação antioxidante. Contudo, é devido às altas
concentrações de tretinoína (entre 0,01 e 0,1%), sendo frequentemente utilizado em
prevenção, tratamento de dermatites e em processos de cicatrização e na melhora do
aspecto da pele em geral (MARCHINI et al.,1994; IOELE et al., 2005; CONCHA et al.,
2006).
O óleo ozonizado consiste em ozônio e ácidos graxos insaturados, a ozonização
direta de óleos vegetais com ácidos graxos insaturados levam à formação da fração
1,2,4-trioxolano que representa a forma ativa do ozônio nesses substratos. (ZENG;
LU, 2018).
Além disso, é responsável por tratamentos antimicrobianos e antimicóticos.
17
Dessa forma, o próprio óleo atua como hidratante e protetor, especialmente para os
pacientes com função de barreira da pele prejudicada. Mais importante, é
armazenável e portátil na vida diária para atender a grande necessidade de mais
pacientes (ZENG; LU, 2018).
18
4. CONSTRUÇÃO DO DIAGRAMA DE FASES TERNÁRIO / PSEUDOTERNÁRIO
(DFPT)
19
Figura 2- Representação esquemática de um Diagrama de Fases Pseudoternário (DFPT) formado
por um sistema de óleo/água/tensoativos, com ênfase nas áreas de formação de micelas
convencionais e microemulsão O/A (A), micelas inversas e microemulsão A/O (B), cristais líquidos (C)
e microemulsão bicontínua (D).
5. JUSTIFICATIVA
7. METODOLOGIA
21
Tabela 1 - Composição das fases orgânica e inorgânica para desenvolvimento da microemulsão a
partir do diagrama pseudoternário.
22
7.3.3 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
A análise granulométrica foi realizada em equipamento Zetasizer Nano ZS
(Malvern, EUA), para a determinação de tamanho médio de gotículas da fase interna
e índice de polidispersão (PDI) das gotículas. O equipamento utiliza a técnica de
espalhamento dinâmico da luz, onde um feixe de laser que atravessa a amostra e as
partículas alteram sua posição, assim, o detector capta a intensidade da luz.
As amostras de microemulsões foram diluídas em água na proporção 60:940
(v/v) e inseridas em uma cubeta para realização da leitura no equipamento. As
análises foram realizadas em triplicata.
8. RESULTADOS E DISCUSSÃO
24
Figura 3 - Diagrama de Fases Pseudoternário mostrando as regiões onde formaram as
microemulsões em azul, os sistemas formados em vermelho apresentaram separação de fases. O
DFPT foi composto por óleo fixo vegetal ozonizado, contensoativo, tensoativo não iônico e água
Quadro 1- Análise organoléptica e classificação do sistema coloidal das amostras obtidas ao final das
titulações empregadas no desenvolvimento do diagrama pseudoternário.
Tabela 3 - Diâmetro médio das gotículas da fase interna e índice de polidispersão das microemulsões
obtidas com 9 mL de água ultrapurificada.
27
8.4 POTENCIAL ZETA
Tabela 4 - Potencial zeta das amostras de microemulsões obtidas com 9 mL de água ultrapurificada.
28
8.5 MENSURAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO
9. CONCLUSÃO
30
CAVALCANTI, A.L.M.; REIS, Mysrayn Y.F.A.; SILVA, Geilza C.L.; RAMALHO, Ízola
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