HÁ QUATRO TIPOS DE LIVROS NO ANTIGO TESTAMENTO:

Pentateuco.
Históricos.
Sapienciais.
Proféticos.
 QUAL SERÁ O NOSSO OBJETO DE ESTUDO?
SAPIENCIAIS HEBRAICOS SAPIENCIAIS GREGOS POESIA NOVELAS

PROVÉRBIOS ECLESIÁSTICO SALMOS SAPIENCIAIS RUTE (heb)

JÓ SABEDORIA CÂNTICO DOS CÂNTICOS JONAS (gre)

ECLESIASTES BARUC (cap 3) LAMENTAÇÕES TOBIAS (gre)

ESTER (heb e gre)

JUDITE (gre)
•Pr, Jó, •Eclo, Sb,
Ecl. Br.

SAPIENCIAIS SAPIENCIAIS
HEBRAICOS GREGOS

POESIA NOVELAS

•Sl, Ct, Lm •Rt, Jn, Tb,

Est, Jt.
 Ecl 7,13
“A SABEDORIA FAZ VIVER os que a
possuem”.
Textos
inspiradores
Lc 2,52
“E Jesus CRESCIA EM SABEDORIA,
em estatura e em graça”.
 ETAPAS LITERÁRIAS DA BÍBLIA
ETAPA EVENTOS TRADIÇÕES E ESCRITURAS

PERÍODO Abraão, Sara, Agar. Tradições dos

PATRIARCAL/ Ismael, Isaac e Rebeca
MATRIARCAL Esaú, Jacó, Lia, Raquel e seus filhos Patriarcas e Matriarcas
em Egito.
±1850 a.C.
±1250 a.C. Opressão

PERÍODO DO ÊXODO Moisés, Aarão e Miriam lideram o Tradições associadas a

povo saindo do Egito para Canaã.
±1250-1200 a.C.
Aliança no Sinai, marcha pelo
Moisés:
deserto. Lei/Aliança/Tenda/
Arca.
 ETAPAS LITERÁRIAS DA BÍBLIA
ETAPA EVENTOS TRADIÇÕES E ESCRITURAS

PERÍODO DA Guerras Josué

CONQUISTA cananeias.
±1150 a.C.
Tradições da ocupação da
Entrada na
Terra terra.
Prometida Primeiros escritos bíblicos.
Juízes Débora
Samuel
ETAPA EVENTOS TRADIÇÕES E ESCRITURAS

PERÍODO DA ±1030 a.C. Saul

MONARQUIA ±1010 a.C. David
Alguns Salmos e
UNIDA Provérbios
970 a.C. Salomão.
±1030 a.C.
931 a.C. 931 a.C. Divisão do Tradições da corte e do
Reino: Templo.
Norte (Israel) /
Sul (Judá). Profetas: Natã, Gad e
Aías
ETAPA EVENTOS TRADIÇÕES E ESCRITURAS
PERÍODO DOS Reino do Norte (Israel):
PANORAMA
DOIS REINOS 931 a.C. Jeroboão I DEAnais dos
HISTÓRIA reinados
BÍBLICA
Séculos X-VIII: 885 a.C. Amri funda
expansão
assíria.
Samaria. Tradições javista e
874 a.C. Acab. Profetas
Elias e Eliseu. eloísta.
783 a.C. Jeroboão II
Profetas Amós e Oseias.
722 a.C. Queda de
Samaria. Fim do Reino Tradição pré-
do Norte.
deuteronomista.
ETAPA EVENTOS TRADIÇÕES E ESCRITURAS

Séculos VII-VI: Reino do Sul (Judá): 931

expansão a.C.Roboão.
caldeia
870 a.C. Josafá.
(Babilônia).
736 a.C. Acaz. Profetas Miqueias e Isaías.
716 a.C. Ezequias
640 a.C. Josias. Profetas Sofonias,
Jeremias, Nahum, Hulda. Dt primitivo
609 a.C. Joaquim.
ISRAEL / NORTE JUDÁ / SUL
931 a.C. até 722 931 a.C. até 587 a.C.
a.C. Destruído pela
Destruído pela Babilônia
Assíria Exílio

M O N A R Q U I A
ETAPA EVENTOS TRADIÇÕES E ESCRITURAS

PERÍODO DO 597 a.C. 1ª. Deportação para

EXÍLIO Babilônia. Historia
Em Babilônia,
586-538 a.C.
Profetas Jeremias e Ezequiel. deuteronomista
589 a.C. Revolta de
Sedecias.
586 a.C. Queda de
Jerusalém. Destruição do
Templo. 2ª. Deportação para
Babilônia.
582/581 nova deportação
para Babilônia (Jr 52,30).
ETAPA EVENTOS TRADIÇÕES E ESCRITURAS

PERÍODO DA Expansão persa.

RESTAURAÇÃO Literatura sacerdotal
Edito de Ciro (538 a.C.).
±538-333 a.C. Volta do Exílio.
Coleção:
515 a.C. reconstrução
do Templo. < Gn, Ex, Lv, Nm, Dt >
Zorobabel governador /
Sacerdote Josué. “LEI”
Profetas Ageu, Zacarias,
Malaquias e Abdias.
Coleção:
Esdras e Neemias. < Js, Jz, 1-2Sm, 1-2Rs >
Nasce o judaísmo. “PROFETAS ANTERIORES”
ETAPA EVENTOS TRADIÇÕES E ESCRITURAS
PERÍODO 330 a.C. Alexandre na
HELENÍSTICO Judeia. Início da Início da tradução grega da Bíblia
(grego)
helenização
hebraica em Alexandria
± 300 cisma samaritano
333-63 a.C. (Septuaginta ou LXX).
O helenismo na Samaria
Egípcios
(Lágidas/Ptolomeus)
e na Judeia.
Literatura apocalíptica (Dn…)
167-164 a.C.
Sírios Macabeus X Antíoco
Epífanes
Coleção: <Is, Jr, Ez + 12 profetas
(Selêucidas)
134 Hircano/dinastia dos
menores> “PROFETAS POSTERIORES”
hasmoneus
Fariseus e essênios x
Coleção: < Sl, Jó, Pr, Rt, Ct, Ecl,
saduceus. Lm, Est, Dn, Esd, Ne, 1-2Cr>
128 Hircano destroi o
templo samaritano.
“ESCRITOS”
ETAPA EVENTOS TRADIÇÕES E ESCRITURAS

Transição do 63 a.C. O general

PERÍODO romano Pompeu
Intertestamento
HELENÍSTICO para o
acaba com os
PERÍODO ROMANO
selêucidas e invade Deuterocanônicos
100 a.C. até... a Palestina.
(Jt, Tb, 1-2Mc, Sb,
30 a.C. O Egito se
torna província Eclo, Br).
romana.
 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANTHONIOZ, Stéphanie. O que é a sabedoria? Do Antigo Oriente à
Bíblia. São Paulo: Loyola, 2017.
MORLA ASENSIO, Víctor. Livros sapienciais e outros escritos. São
Paulo: Ave Maria, 1997.
Murphy, Roland. Introdução à Literatura Sapiencial. In: BROWN,
Raymond; FITZMYER, Joseph; MURPHY, Roland. (Orgs). Novo
Comentário Bíblico São Jerônimo: Antigo Testamento. São Paulo:
Paulus, 2018. p. 883-893.
VV.AA. As raízes da Sabedoria. São Paulo: Paulinas, 1983.
VV.AA. Preces do Oriente Antigo. São Paulo, Paulus, 1985.
Mapas: TEB (2020).
 A literatura sapiencial do Antigo
Testamento constitui a
culminação de um longo caminho
de meditação sobre a realidade.
 O ambiente no qual foi formada essa
literatura é diverso daquele no qual
surgiram os outros escritos da tradição
canônica hebraico-cristã, isto é, os livros
denominados históricos e proféticos
forjados nas correntes deuteronomista e
sacerdotal.
Junto a isso, os livros sapienciais,
com uma singular originalidade,
apresentam uma forte
semelhança com as abundantes
obras sapienciais dos povos do
Oriente Médio.
O que nos faz pensar em
diversas influências
recebidas durante a sua
elaboração.
 Em nossos dias, caracterizados pelo
forte ceticismo e/ou por um relativismo
ético e moral, a literatura sapiencial
oferece um grande interesse, seja pela
sua profunda capacidade de penetrar o
real; seja pelo ensinamento ético e moral
que propõe.
É na literatura sapiencial, mais que em qualquer
outro corpo literário do Antigo Testamento, onde
mais claro aparece a influência das culturas
vizinhas do antigo Oriente Médio, especialmente
Egito,
Mesopotâmia
e Grécia
sobre Israel.
 A existência de um acervo
sapiencial comum a estas
culturas foi confirmada pelas
escavações arqueológicas dos
últimos anos.
A Mesopotâmia conta com extensas
coleções de provérbios, fábulas,
disputas e listas onomásticas que
procuram sistematizar o campo da
experiência quotidiana.
Igualmente o Egito com a
palavra ma’at tenta
expressar uma norma de
conduta guiada pela
sabedoria.
 A divindade egípcia Ma’at
encarna a verdade e a justiça, e
assegura o equilíbrio do universo
e de seus elementos.
 Este conceito que podemos
traduzir por “justiça, ordem do
universo”, abarca tanto a esfera
da ordem do cosmos como o
âmbito da vida humana.
O Egito também conheceu as
meditações e disputas
sapienciais.
Dessa literatura se conservam
ainda hoje listas escolares e
ensinamentos ou instruções.
 Israel ainda teve
contato com a
sabedoria de outros
povos vizinhos.
 É esse o sitz im leben ao
qual devemos referir-nos
para perceber a conexão e
as trajetórias temáticas.
 E, ao mesmo tempo,
evidenciar a peculiaridade
teológica e literária da
Literatura Sapiencial na
Bíblia e sua teologia.
 pelo ambiente
O contexto
principal DONDE
DERIVAM AS MAIS
sapiencial egípcio
ANTIGAS FORMAS
SAPIENCIAIS
e
(origens) é
constituído: pelo ambiente
sapiencial
mesopotâmico.
O contexto pelo ambiente
principal ONDE
SE DESENVOLVEM
AS MAIS RECENTES
sapiencial
helênico.
FORMAS
SAPIENCIAISé
constituído:
 Duas civilizações (egípcia e
mesopotâmica):

precedentes ao surgimento
de Israel;
 Duas civilizações (egípcia e
mesopotâmica):

dotadas de centros
próprios de cultura;
Duas civilizações (egípcia e mesopotâmica):

dotadas de estruturas
administrativas e cultuais
(corte e santuários);
 Duas civilizações (egípcia e
mesopotâmica):
participantes de um elevado
processo de civilização.
 Percebemos assim que a
sabedoria mais antiga em Israel
tem suas raízes nesse vasto
movimento sapiencial.
Movimento sapiencial que a partir do
segundo milênio antes de Cristo
floresceu nos outros povos do Oriente
Médio, quase como uma espécie de
humanismo internacional.
Evidenciando como
nos textos bíblicos
Egito,
aparecem menções
explícitas do
Babilônia,
conhecimento e Território de Canaã,
contato de Israel
com outros centros Edom,
de sabedoria da
antiguidade, temos: e o mundo árabe.
 EGITO

Gn 41,8;
Ex 7,11;
1Rs 5,10-11.
 BABILÔNIA

Is 44,25;
47,1.10;
Jr 50,25;
51,57-58.
TERRITÓRIO DE CANAÃ

Ez 27,8;
28,3.17;
Zc 9,1-2.
 EDOM

Jr 49,7;
1Rs 5,10;
Ab 8.
O MUNDO ÁRABE

Jó 2,11;
Lm 4,21;
Pr 30,1;
31,1.
A sabedoria de Israel é
proveniente da
confluência de culturas
do Antigo Oriente.
Desde sua origem, este
povo, como qualquer
outro, recebeu
influências de outras
etnias que o rodeavam.
 De modo particular
inicialmente dos egípcios e
mesopotâmicos, e
posteriormente dos gregos.
 EGITO

Considerado desde a mais

tenra antiguidade como a
terra da sabedoria, o Egito
nos legou ensinamentos de
um profundo humanismo.
 EGITO
Textos do antigo Egito trazem célebres
narrativas sapienciais.
Trata-se de ensinamentos que os
egípcios destinavam à educação de seus
filhos e discípulos.
 EGITO

Eles foram elaborados durante um

período de aproximadamente três mil
anos de história e são muito
semelhantes a certos textos que
encontramos na Bíblia.
 Desde os primórdios o Egito
desenvolveu a literatura sapiencial
por meio de instruções ou
ensinamentos e também em
pequenos poemas.
 Nas instruções, um rei dirige-se ao
príncipe herdeiro; um rico ou vizir, a
seu filho; um escriba a seu sucessor;
todo aluno ou discípulo é chamado
indistintamente “filho”.
No antigo Egito
1. ordem cósmica e
vigorava a
noção de
social (equilíbrio, ritmo
ma’at. da natureza, bem
Trata-se de um
conceito que justiça, direito);
designa:
2. divindade/deusa que
personifica esta ordem.
 Este mundo, criado no
equilíbrio e na justiça,
repousava de modo
precário na ma’at (o bem, a
justiça).
 A divindade ma’at é
representada por uma jovem
com uma pluma na cabeça,
para simbolizar a leveza e a
fragilidade da ordem cósmica.
 Para os textos a seguir e outros textos da
literatura sapiencial egípcia e mesopotâmica,
cf.
VV.AA. Preces do Oriente Antigo. São Paulo,
Paulus, 1985. (Série: Documentos do mundo
da Bíblia).
 ENSINAMENTOS A MERIKARE (2150 A.C.) ENSINAMENTOS BÍBLICOS

Proceda bem em relação a Deus a fim O Senhor me retribui segundo minha

de que ele te recompense. justiça (Sl 18,25).

o Deus é conhecedor daquele que age O Senhor conhece o caminho dos

bem em relação a ele. justos (Sl 1,6).

Cuida dos homens que são o rebanho
de Deus, pois ele criou o céu e a terra
no interesse deles.
O Senhor é meu pastor nada me falta
(Sl 23,1).
O Senhor conhece os dias dos íntegros
e sua herança permanecerá para
sempre (Sl 36,18; Ez 34,1).
 ENSINAMENTOS A MERIKARE (2150 A.C.)
Concedeu o hálito da vida às suas
narinas.
Protegeu-os e, quando chora, os ouve.
Exterminou seus adversários porque
projetavam rebelar-se contra ele.
ENSINAMENTOS BÍBLICOS
O Senhor modelou o homem do pó da
terra e insuflou em suas narinas um
hálito de vida (Gn 2,7).
O Senhor dá ouvido às minhas
palavras, considera o meu gemido,
ouve atento o meu grito por socorro (Sl
5 2-7).
A rebelião dos ingênuos os levará à
morte (Pr 18, 32).
 INSTRUÇÕES DE AMENEMOPE
(SÉC. X-VI A.C.)
O verdadeiro sábio que se
mantém à margem, é como a
árvore que cresce num vergel. Ele
é verdejante e duplica seu
entendimento. Não cabe nos limites
do templo do seu senhor. Seus frutos
são doces, sua sombra é
agradável. E ele encontra seu fim
num vergel.
SALMO 1
1. Feliz o homem que não segue o
conselho dos ímpios, não para no
caminho dos pecadores. 2. Pelo
contrário, seu prazer está na Torah do
Senhor e medita sua Torah dia e noite.
3. Ele é como árvore plantada junto
d’água corrente: dá fruto no tempo
devido e suas folhas nunca murcham,
tudo o que ele faz é bem-sucedido.
INSTRUÇÕES DE AMENEMOPE (SÉC. X-VI A.C.)
Quanto ao insensato no
templo. Ele é como uma
árvore que cresce na selva.
Num instante sobrevém a
perda de seus galhos. Ele
encontra seu fim sem
dignidade. O fogo é sua
sepultura.
SALMO 1
4. Não são assim os ímpios! Não
são assim! Pelo contrário. São
como a palha que o vento
dispersa. 5. Não ficarão de pé no
julgamento. Nem os pecadores no
Conselho dos justos. 6. O
caminho dos ímpios perece.
 MÁXIMAS DE PTAH-HOTEP

Ninguém nasce sábio.

A injustiça jamais conduziu sua empresa a um
bom porto.
Não responda em estado de agitação.
A palavra é mais difícil que qualquer outro
trabalho.
 INSTRUÇÃO DE DUAUF-JETI

Nada ultrapassa a escritura, é um barco

sobre a água.
O escriba de nada precisa... É a maior das
profissões. Nada na terra é comparável a ela.
Não existe ofício sem patrão, exceto o escriba,
pois ele é o próprio amo.
 INSTRUÇÃO DE ANI

Tudo corre bem para a pessoa cuja família é

numerosa; é honrada na proporção do número de
seus filhos.
O íntimo do ser humano é mais vasto que um
celeiro; está repleto de toda classe de respostas.
Fala com mansidão e amabilidade ou não
respondas nunca.
 INSTRUÇÕES DE ANK-SESONKY

Não digas: “sou instruído”; põe-te a aprender.

Quem recolhe lã no verão, não terá frio no
inverno.
Há mil servos na casa de um mercador: o
mercador é um deles.
A bebedeira de ontem não mata a sede de
hoje.
 DIÁLOGO DE UM DESESPERADO COM SUA ALMA

A quem falaria eu hoje?

Meus irmãos são maus.
Os maus de hoje não sabem amar!
A quem falaria eu hoje?
Os corações são ávidos.
Cada um se apropria dos bens do seu
companheiro.
 A quem falaria eu hoje?
Estou carregado de dores.
Por falta de confidente.
A quem falaria eu hoje?
O sofrimento que atinge o país não tem fim.
Sonhar com a sepultura, é amargura do coração; é isto
que faz vir as lágrimas e que acabrunha a pessoa.
 MESOPOTÂMIA

Os mesopotâmios desenvolveram
vasto conhecimento sapiencial
que chegou até nós.
 MESOPOTÂMIA

Eles nos legaram mitos de criação do

universo e do ser humano, provérbios,
diálogos satíricos, fábulas, assim como
máximas de vida semelhantes às que
encontramos na sabedoria bíblica.
 A Mesopotâmia influenciou
Israel de modo marcante,
fazendo-se presente em todas
as suas instituições.
 Restringindo-nos à Literatura
Sapiencial, é fato irrefutável a
influência recebida da literatura
mesopotâmica.
Vejamos alguns textos:
 MESOPOTÂMIA
As Instruções de Shurupak a seu filho Ziusudra
(±2000 a.C.) são conselhos sapienciais.
Ziusudra deve seguir as orientações divinas e
construir um barco para salvar a vida humana e a
de todas as espécies para que a paz seja
estabelecida sobre a terra.
 MESOPOTÂMIA
Poema do justo que sofre.
O poema cujas primeiras palavras são:
“louvarei o Senhor da Sabedoria”, é um hino
de louvor a Marduk, divindade principal da
Babilônia.
 MESOPOTÂMIA
Poema do justo que sofre.

O protagonista desse monólogo

questiona por que seu deus permite
que um fiel padeça tantas
adversidades na vida.
 POEMA DO JUSTO QUE SOFRE.

“O meu deus esqueceu-se de mim e

desapareceu. O espírito benevolente que
sempre estava junto a mim retirou-se”.
“O meu deus não veio resgatar-me,
tomando-me pelas mãos”.
 POEMA DO JUSTO QUE SOFRE.

Chega, porém a hora da restauração

proporcionada pela ação benéfica de
Marduk, que “pode devolver a vida a
quem está no fundo do poço”.
 POEMA DO JUSTO QUE SOFRE.

Conclui dizendo: “Quem pode

conhecer a vontade dos deuses do
céu? Quem pode compreender os
planos dos deuses do abismo?”
 TEXTOS DA MESOPOTÂMIA
A riqueza material é o
caminho de felicidade
que seguem aqueles
que não procuram a
deus.
TEXTOS BÍBLICOS
Porque os ímpios continuam a
viver e ao envelhecer tornam-se
ainda mais ricos? (Jó 21,7).
Já vi de tudo na minha vida de
vaidade: o justo perecer na sua
justiça e o ímpio sobreviver na
sua impiedade (Ecl 7,15).
 TEXTOS DA MESOPOTÂMIA TEXTOS BÍBLICOS

Ó homem honesto e inteligente, O que foi será, o que se fez se

tudo o que repetires já não tem tornará a fazer: nada há de novo
sentido. debaixo do sol! (Ecl 1,9).

Os desígnios de deus estão longe A infelicidade do homem é

de nós como o mais alto dos céus. grande, pois ele não sabe o que
Não podemos compreender o que vai acontecer: quem pode
sai da boca da deusa. anunciar-lhe como há de ser? (Ecl
8,6b-7).
 SABEDORIA E “ESCOLAS” GREGAS

Falta examinar o impacto da helenização.

Os modelos estéticos e o modo de vida
helenístico são adotados pela sociedade
hebreia ao fim do período macabaico.
 As grandes escolas de filosofia foram
fundadas em Atenas entre o séc. VI e o
séc. IV a.C. por Sócrates, Platão,
Aristóteles, Zenon e Epicuro.
Elas abrangem os diferentes campos da
física, da metafísica, da epistemologia,
da ética, da retórica.
Ainda antes do
período dessas
grandes escolas de
φιλοσοφία
(literalmente “amor
à sabedoria”) a
sabedoria é
representada por
grandes figuras dos
tempos míticos:
Hesíodo e Homero.
 Essa sabedoria encarnada, não
teórica, oferece um modelo de
temperança ao ser humano e
mostra sua capacidade mimética.
 No entanto, a sabedoria grega vai evoluir num
sentido cada vez mais teórico: da poesia de
Parmênides à teoria de Aristóteles, passando pela
dialética platônica.
Durante o período helênico, três grandes escolas
floresceram e influenciaram o pensamento
veterotestamentário:
 O ESTOICISMO
A palavra estoicismo vem do grego ἡ ποικίλη
στοά, adeptos do pórtico.
Zenon, seu fundador, dá aulas sob um
pórtico da Ágora em Atenas, no início do
séc III a.C.
 O ESTOICISMO

O estoicismo é uma física que diz

respeito, simultaneamente, ao
materialismo e ao determinismo.
O fatalismo é uma noção fundamental do
estoicismo.
 O ESTOICISMO
A cosmologia está centrada no Λόγος divino ou na
razão universal que rege o mundo e do qual o ser
humano participa por sua razão (lόγος).
E, por meio do autocontrole, ou temperança,
virtude estoica fundamental, o ser humano
alcança a ἀταραξία e a harmonia de sua pessoa
com o mundo.
 O EPICURISMO

O epicurismo foi criado em Atenas por

Epicuro, por volta de 306 a.C.
Às vezes ele é designado por metonímia
“a escola do jardim”, pois era em seu
jardim que Epicuro ensinava.
 O EPICURISMO

O epicurismo é orientado para a pesquisa da

felicidade e da sabedoria, cujo objetivo final é
igual ao da ἀταραξία.
É uma doutrina materialista e atomista.
Cosmologia centrada no acaso e não no
destino guiado pela providência.
 O CETICISMO

O ceticismo (do grego σκεπτικός, aquele

que examina) é uma doutrina segundo a
qual o pensamento humano não pode
ser determinado pela descoberta de uma
verdade: as coisas nos são apresentadas
tais como as vemos, e não como são.
Nesse rápido percurso, vemos que, a
filosofia grega é uma sabedoria que
oferece uma ampla visão do mundo.
Os últimos livros do AT serão lidos à
luz desse período helênico.
 A sabedoria de Israel,
CONCLUSÃO sempre dialogando com as
sabedorias alheias,
desenvolve seus próprios
questionamentos e, ao
mesmo tempo, defende sua
herança teológica.
 A sabedoria bíblica é
CONCLUSÃO gestada e se
desenvolve no
diálogo com o
Oriente e o
Mediterrâneo.