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O PERÍODO

PÓS-EXÍLICO:DOMINAÇÃO PERSA
538 – 333 aEC
INTRODUÇÃO:
586/7 aEC = fim trágico de
Judá/Jerusalém.
- Situação de Judá: desolação e tristeza;
templo e cidade destruídos;
- Deus suscitou profetas aos exilados e
aos que ficaram em Judá:
= Em Judá: Jeremias e Abdias;
= no Exílio: Ezequiel e Deutero-Isaías
(Segundo Isaías).
Para reavivar a esperança e a fé em
Deus, que age na história.
BABILÔNIA:
- destruiu muros, cidade, Templo, etc,
ceifando milhares de vidas, inclusive
de inocentes;
- provocou as guerras, as mortes e
deixou o povo enfrentando
pestes/doenças;
- nada reconstruiu, mas continuou
exigindo impostos de Judá.
Nabônides, filho de Nabucodonosor:
opôs-se aos sacerdotes de Marduc e
promoveu o culto à deusa Sin (Lua).
Em 550 a.C., Ciro, o rei da Pérsia,
conquistou a Babilônia e o Oriente;
mostrou respeito a religião e à cultura
dos povos conquistados.

Tanto o Deutero-Isaías como os


sacerdotes de Marduc, viram com
“bons olhos” o novo imperador (Is 41).
POLÍTICA DA PÉRSIA AOS POVOS
DOMINADOS:
- não promoviam deportações,
como os babilônios a assírios,
mas uma política de respeito aos
povos dominados;
- suscitaram a colaboração
espontânea de governadores
locais;
- respeito à língua dos povos
dominados nos documentos
régios;
- liberdade religiosa: reconstrução
de Templos e restituição de
objetos roubados pela Babilônia;
- promoveram o retorno de
exilados e a reconstrução de
Judá;
PRIMEIRO PERÍODO
PERSA
(538 – 445 aEC):
O Retorno à Palestina em 538 a.C.
(ver Ne e Esd)
= o Decreto de Ciro (Esd 1, 1-4);
= restauração de Judá e inauguração do
Templo de Jerusalém (em 515 a.C.; ver.
Ag e Ne 2-7)
= Império Persa:divisão do território em
satrapias (províncias), conf. Esd 8, 9;
= Judá trocou de “dono”: um pequeno
povo num vasto império, sem poder
sobre seu destino;
= projetos: apoio dos persas;
A PRIMEIRA CARAVANA –
SASSABASSAR:
= Ver Esd 1, 8 - 11 e 5, 13 – 14.16;
= Sassabassar: “príncipe de Judá”
e governador;
= encarregado de restaurar o
Templo e a cidade;
= oposições: Esd 5, 17 e
dificuldades internas (o povo
preocupado apenas com sua
própria casa – ver Ag 1, 2- 4).
MORTE DE CIRO – 529 aEC
– CAMBISES, filho de Ciro,
expande mais o Império Persa
(529 – 522 aEC).
= continuou a política do pai;
= não deixou herdeiro para o trono;
= seu trono foi disputado por Dario
e Gautama;
= Dario I (522 – 486 aEC) promoveu
o retorno do segundo grupo de
exilados.
A SEGUNDA CARAVANA -
ZOROBABEL
filhode Salatiel e neto de Jeconias,
rei de Judá
(Esd 3, 2; Mt 1, 12);
constituído governador de Jerusalém
e Judá por Dario I
(Esd 2, 1 – 2);
tempo dos profetas Ageu e Zacarias
(Esd 5, 1; Zc 4, 6b – 10);
nele foram colocadas as esperanças
messiânicas
(Ag 2, 20- 23; Zc 6, 9 -14);
Ageu: ressuscitou o messianismo real
na pessoa de Zorobabel
(2Sm 7, 1; Is 7, 14; Zc 6, 12);
nesta caravana vieram Josué (sumo-
sacerdote) e seus filhos: Esd 2, 2.36;
Ne 7, 7.39.43;
RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO:
= iniciada por SASSABASSAR:
Esd 5, 13; 6, 3 – 5;
= interrompida :Esd 4, 1 – 4;
= Esdras: atribui erroneamente a
reconstrução do Templo e do altar a
Zorobabel e a Josué
(3, 1 – 8)
= os trabalhos foram retomados por
Zorobabel e Josué, com o apoio dos
profetas Ageu
(1, 1 – 2, 9) e Zacarias (Esd 5, 1- 2);
CONFLITO:
= RIVALIDADE : JOSUÉ/poder religioso X
ZOROBABEL /poder político|;
= exaltação do sacerdócio (Zc 3, 1 – 10) em
contraste com outros profetas (Os 4; Is 28,
7; Jr 8, 8 – 9);
= Zc 4: as 2 oliveiras ao lado do Senhor:
- Josué: unção sacerdotal |conf. Lv 4, 3 –
5.16|;
- Zorobabel: unção real,
conf. Jr 33, 14 – 18;
= objetivo: os 2 poderes estão a serviço
da salvação e deveriam viver em paz,
mas não conseguem
(ver Zc 6. 9 – 13);
= o poder SACERDOTAL se impôs ao poder
REAL; ex.: inauguração do Templo – não
são mencionados Zorobabel e o profeta
Ageu (ver Esd 6, 15 – 22), que
provavelmente foram presos ou exilados.
JUDÁ NO PÓS-EXÍLIO:
População de Judá no Período Persa –
diferentes grupos:
◙Remanescentes: os que ficaram em
Judá após a 2ª Deportação (587/6
aEC);
= população pobre
(vinicultores/agricultores), conf. 2Rs
25, 12;
 
= sem recursos pra
construir o Templo e a
cidade;
=não eram numerosos;
=alguns viveram uma CRISE
de fé;
=incompreensão diante do
zelo dos que retornavam
do Exílio;
◙ Estrangeiros que se fixaram
durante o Exílio;
= formados por povos vizinhos,
que ocuparam gradualmente a
terra;
=preocupados consigo mesmos
e desinteressados dos
projetos
dos que retornavam do Exílio
(ver Ab 10 – 14);
◙ Ex-exilados: Judeus que
retornaram do cativeiro/exílio;

=1ª Caravana (Sassabassar):


esperanças frustradas, pois não
conseguiram restaurar o Templo,
mas apenas o altar, de forma
precária (ver Esd 3);
 
= 2ª Caravana (Zorobabel): formada
basicamente por judeus da classe
sacerdotal (ver Esd 2; Ne 7):
- dificuldades de instalação num
território já usurpado por
outros/estrangeiros;
- alguns estrangeiros até
ajudaram os judeus na mão-de-
obra(Is 60, 10; 61, 5) e no retorno
(60, 9; 66, 20);
◙Judeus que moravam na
diáspora, que mantinham contatos
esporádicos com Judá:
= moravam longe de Judá;
= deixaram o retorno para bem depois
(Is 56, 8);
= conseguiram boas condições de vida:
retornar equivaleria “começar do zero”;
DESAFIO: integrar experiências, visões
da fé, dificuldades, realidades
diferentes...
ISRAEL: A COMUNIDADE SE
ORGANIZA EM TORNO DO
LIVRO:
 Desde o Tempo do Exílio (587 – 538
aEC): sem Templo, sem culto,
sem monarquia e longe de sua terra;
 Garantia de identidade – sinais
“externos”: circuncisão, observância
da Lei de Moisés (Pentateuco) e do
sábado;
 Ne e Esd: defensores da Lei(Torá);
DARIO I:constituía comissões nas
satrapias do Império Persa, para que
recolhessem decretos, leis, tradições
religiosas e procedimentos quanto aos
processos dos povos dominados.
Issopermitiu que, nessa época, o AT
fosse editado quase na íntegra
(especialmente a Lei e os Profetas).
Assim, o Judaísmo se consolidava como
cultura e religião, diante da diversidade
religiosa do Império Persa.
ORIGEM DOS ESCRITOS BÍBLICOS:
Reino de Judá(Sul): tradição Javista(J),
obra historiográfica deuteronomista/OHD
(Js, Jz, 1Sm, 2Sm, 1Rs e 2Rs) e alguns
profetas (Is 1 – 23.28 – 33.36 – 39; Jr, Na,
Mq, Hab e Ab);
Exílio: tradição sacerdotal(P) e profetas
(Is 40 – 55 e Ez);
Pós-exílio: tradição Cronista(OHC),
Sacerdotal(P) e genealogias;
Reino de Israel(Norte): Dt 12 – 25 (Trad.
Deuteronomista/D) e tradição Eloísta (E);
profetas: Am e Os;
O CISMA SAMARITANO
Recapitulando:
1030 – 931 aEC: mesma fé em UM DEUS:
tribos do Norte e tribos do Sul (ver Js 24).
931 aEC: Cisma – o Norte (Israel) e o Sul
(Judá) se separaram (ver 1 Rs 12).
 
JUDÁ(Sul): nunca aceitou a separação: o
autor deuteronomista faz uma leitura
muito negativa de todo o período da
monarquia do Reino do Norte =
infidelidade religiosa.
ISRAEL(Norte): sempre considerados infiéis
pelo Sul, embora muitos fossem fiéis a Deus e
às práticas religiosas do Dt 12 – 26.
 
880 aEC: Amri (886 – 875 aEC), rei de Israel,
comprou o monte Semer e ali construiu a
cidade de Samaria, daí serem seus habitantes
chama dos “samaritanos”.
 
722 aEC: o Norte, devastados pela Assíria;
esta transferiu os moradores do Norte para
outros cantos do Império Assírio e repovoou a
região de Israel com outros povos (ver 2Rs 17,
24ss). O povo restante do Norte se miscigenou
com esses povos, que tinham outras tradições
religiosas (2Rs 17, 29 – 34).
JUDÁ(Sul): viu nisso uma corrupção
religiosa dos israelitas = eles estariam
adorando os deuses desses povos.
 
Mas haviam os que permaneciam fiéis a
Deus e à fé, mas não foram reconhecidos
como tais
(ver 2Rs 17, 27 – 28).
 
538 aEC – quando Judá retornou do Exílio
da Babilônia, os judeus jamais aceitaram a
ajuda dos samaritanos na restauração do
Templo de Jerusalém (ver Esd 4, 1 – 5).
Então, os “samaritanos” fizeram forte
oposição à reconstrução do Templo (conf.
Esd 4, 6 – 23) e viram-se obrigados a buscar
sua autonomia religiosa;
 construíram seu templo no monte Garizim
no séc. IV aEC, separando-se totalmente dos
judeus em 330 aEC.
Quase 200 anos depois, o templo samaritano
foi destruído por João Hircano (128 aEC),
segundo o historiador judeu Flávio Josefo.
Isso aumentou ainda mais a rivalidade entre
judeus e samaritanos (veja Lc 9, 51 – 56; Jo
4, 9).
Até hoje, os samaritanos só aceitam o
Pentateuco, sem as reformas e acréscimos
da redação atual de origem massorética.
ESCRITOS BÍBLICOS DO 1.°
PERÍODO PERSA (538 – 333 aEC):

Tradição Sacerdotal: Lv 1 – 7.
11 – 16.
Profetas: Ag, Zc 1 – 8; Is 55 –
66; Joel.
Salmos: 4, 10, 22, 23, 50, 77,
78, 83, 105 – 107 e 126.
SEGUNDO PERÍODO
PERSA
(445 – 333 aEC):
 2 Comunidades judaicas: uma em
Jerusalém (repatriados) e outra na
diáspora (os dispersos);históricas
tempo de crescimento da comunidade
pós-exílica: consolidação, elaboração
e fixação de tradições cultuais,
religiosas e históricas do povo de
Israel;
Pentateuco: recebeu forma definitiva,
bem como diversas normas do
“Código Sacerdotal”;
crescimento da prática do CULTO;
PRIMEIRA MISSÃO DE NEEMIAS
(= “Deus conforta”) – 445 – 433 aEC
descendente de uma família de
deportados (2,4) e copeiro do rei na corte
de Susa (2, 1 – 2).
informado da situação de sua pátria,
ficou triste e surpreso (1,2; 2,2);
colocou o rei a par da situação (2, 4 – 8)
e obteve de Artaxerxes I (465 – 424
a.E.C.) o título de governador de
Jerusalém;
chegou à cidade em 445 a.E.C. para
reconstruir os muros (Ne 2, 10 – 18).
DIFICULDADES:
oposição dos samaritanos à restauração;
Artaxerxes, diante das reclamações,
ordenou a suspensão das obras
(Esd 4, 7- 23);
dificuldades internas e externas na
Comunidade dos repatriados;
dificuldades econômicas e infidelidade
religiosa;
Judá: situação precária e crise = ricos
explorando os pobres (Ne 1, 1 – 5, 5, 1 – 5);
sincretismo religioso e casamentos com
estrangeiras;
dificuldade externa: os governadores
locais eram contra a reconstrução de
Judá: Sanabalat (Samaria, ver Ne 2, 10.19;
3, 33), Tobias (Amon, ver 2, 19; 3, 35) e
Gosen, o árabe (Ne 2, 19);Tobias chegou a
promover um atentado contra Neemias;
não desanimou, mas protegeu
militarmente a obra e rechaçou as
acusações injustas(Ne 4, 10 – 17);
terminou a reconstrução dos muros em 52
dias, conseguindo unir o povo de
Jerusalém e Judá e colocando os
camponeses para repovoar a cidade (Ne 7,
4 – 5; 11, 1 -3);
terminou o trabalho com um rígido
esquema de segurança
(Ne 3 – 4; 6, 1 – 7, 3);
promoveu a dedicação com festejos (Ne
12, 27 – 43) e começou a reorganizar a
Comunidade;
enfrentou desordens sociais: judeus
vendiam judeus como escravos por causa
de dívidas;
suas reformas foram bem acolhidas pelo
povo
(Ne 5, 1 – 13; 7, 4 – 72a; 11, 1 – 2);
após 12 anos, retornou a Babilônia
(Ne 5, 14).
situação jurídica: governador de Judá
(Ne 5, 14) ou funcionário persa
(Ne 2, 1);
permanência provisória em Jerusalém,
sob ordens dos rei persa;
retorno a Judá antes da morte do rei
Artaxerxes I;
enfrentou problemas: organização da
Comunidade, presença de
estrangeiros, repouso sabático e
casamentos com estrangeiras
(Ne 13, 4 – 31);
enfrentou pessoas influentes de Judá –
Ne 13, 28;
devolveu bens extorquidos dos pobres
(ano Jubilar), aplicando a Lei (Lv 25; Dt
15, 1 – 15; Ne 10, 31- 31);
promoveu uma reforma social interna
(Ne 5, 6 – 13);
antes de retornar a Susa, reconstruiu
os muros de Jerusalém e criou a
província de Judá e organizou a
ocupação de cargos importantes na
corte entre os judeus exilados;
ESDRAS: RECONSTRUÇÃO DA COMUNIDADE
sacerdote, escriba e sábio –
Esd 7, 11;
como escriba da corte persa, era
secretário de negócios judaicos – Esd
7, 11. 21;
escriba da Lei: função de ler, traduzir
e explicar – Ne 8, 8;
membro da Comunidade dos exilados,
chegou a Judá em
398 aEC;
MISSÃO:
organizar a Comunidade judaica sob a
base de Lei de Deus – Esd 7, 13 – 14;
levar as ofertas que o rei persa e seus
conselheiros deram ao Deus de Israel –
Esd 7, 15;
exigir dos tesoureiros locais dinheiro
para sua missão – Esd 7, 21;
nomear novos juízes e funcionários
que velassem o cumprimento da Lei de
Deus – Esd 7, 25 – 26;
Obs.:LEI vigente – não era mais o Dt,
mas uma compilação de linha
sacerdotal, feita no Exílio.
FATOS:
celebração da Lei (Ne 7, 72 – 8, 12);
liturgia prolongada até a Festa das
Tendas (Ne 8, 13 – 18);
confissão de pecados (Ne 9, 1 – 3);
pacto de fidelidade ao Senhor
( Esd 9 – 10);
filhos de estrangeiros = expulsos as
Comunidade judaica
(Esd 9, 1 – 2; 10, 2 – 10);
instrução para a observância estrita
da Lei (Ne , 1 – 8);
Esdras:
devolveu a identidade do
povo, mas o segregou dos
povos vizinhos.
LEI DE DEUS = LEI DO REI
centro de Reforma do Judaísmo no
tempo de Esdras;
consolidação das convicções
religiosas (período persa);
tensões e conflitos na Comunidade
judaica;
fidelidade: preparação para o Período
Helênico – enfrentamento da cultura
grega;
fixação do cânon do Pentateuco;
culto da Palavra e leitura: independência
quanto aos sacrifícios (ver Sl 119/118;
40/ 39; 19/18,8 ss.);
observância da Lei, do Sábado e da
circuncisão – elementos distintivos
essenciais do Judaísmo até hoje;
conquista: as sinagogas se tornam
independentes do Templo;
Templo: lugar de peregrinações, de culto
sacrifical e das celebrações festivas da
Páscoa;
ascendência da autoridade moral de
Judá, do Templo e do sacerdócio = de
Sião sairá a Torah.
ESCRITOS BÍBLICOS DO
SEGUNDO PERÍODO PERSA
(445 – 333aEC):
DOCUMENTOS BÍBLICOS:
Neemias (445 aEC), Esdras
(398aEC),
Fechamento do cânon judaico
do Antigo Testamento.
Rute: avó moabita do rei Davi
= protesto contra a
segregação dos estrangeiros
promovida por Esdras.
PROVÉRBIOS: 1 – 9: fala da
origem divina da Sabedoria.

JONAS: (=”pomba”) protesto


contra o aprisionamento da
Palavra de Deus e o
fechamento da Comunidade
Judaica aos estrangeiros;
Jó:
início e epílogo: período da monarquia:
1, 1 – 2, 13 e 42, 7 – 17;

aprofundamento sapiencial e teológico


(3, 1 – 31.40; 38, 1 – 42, 6): reflete a
crise de fé do povo judeu durante o
Exílio.
Cântico dos Cânticos: 3 temas
ligados à salvação
origem divina do amor humano;
o êxodo/exílio como superação
das dificuldades para o encontro
com a terra (“amado/a”);
a redenção da amada
(o povo de Israel).
IMPORTANTE:
consolidação e união das 4
tradições do Pentateuco e de
alguns Livros Históricos do AT
o Pentateuco sofre
acréscimos, ampliações,
reinterpretações e repetições
= redação final.
JAVISTA(J)
remonta do ano 1000 aEC; surge no
Sul (Judá);
coloca interesse maior nos patriarcas,
de modo especial em Abraão;
episódios marcantes: Adão e Eva, Abel
e Caim, Dilúvio, Torre de Babel,
Sodoma e Gomorra, etc.;
uso do nome JAVÉ, como se fosse o
nome mais antigo de Deus;
no auge da monarquia davídica,
faz-se a redação das tradições
sobre Abraão em Hebron/Judá:
ver Gn 13, 14 – 18; 18 – 19;
destaca-se a ação heróica de
Judá na história de José: 37, 26;
43, 1 – 2;
Gn 38 – genealogia de Davi;
defesa da monarquia (Gn 49,
8 – 12; Nm 24, 7.17);
importânciadada às
mulheres e preferência pelos
pequenos(caçula);
desprezo
pelos cananeus e
promessas a Abraão.
ELOÍSTA(E)
ano 900 aEC, surge no Norte
(Israel);
seu interesse maior é o tema
Aliança;
diferenças “acidentais” em relação
a J = o essencial é quase o mesmo
(mesma fé, patriarcas, etc);
evidência maior: José e
Raquel(mãe); santuários: Siquém e
Betel;
uso da palavra Elohim para falar de
Deus; Horeb para falar do Monte
Sinai; Jetro (sogro de Moisés, em
vez de Raguel ou Hobab, como em
J);
estilopopular e incisivo; evita
antropomorfismo: Deus é mais
distante do ser humano;
referência maior ao Profetismo
(Gn 20, 7; Ex 15, 20; Moisés)
DEUTERONOMISTA(D)
ano 722 aEC – questões: a terra e a
monarquia;
não foi fundido a J e E – apenas
justaposta;
código legislativo e pregações atribuídas
a Moisés (sermões);
Dt = funciona como apêndice do
Pentateuco (conclusão);
anuncia: o amor de Deus através da
história de Israel e a Aliança – idéia
implícita em toda a JEP.
SACERDOTAL(P)
Surgiu durante o Exílio da Babilônia;
interesse – tema: leis, genealogias,
cifras, etc.;
ênfase: Lei e Liturgia – linha
legalista e liturgia (Lv);
idéiatranscendente de Deus; estilo
obscuro, redundante e abstrato;
fundiu as 3 tradições numa só
obra literária;
aproveitou bem o status de
redator final; (Ex 25 – Nm 10
+Lv; acréscimos: Nm 13, 15; 17
– 19; 25 – 31; 33 – 36)= 87
capítulos!!!
Salmos: 19, 8 – 15; 85; 96 – 98;
113; 116; 118; 119.
ESCRITOS EXTRA-BÍBLICOS:
Papiros da Samaria – séc. IV aEC =
descobertos em 1962;
20 fragmentos de caráter legal e
administrativo;
informações: direito público e privado
e administração no Império Persa;
traz os nomes de 5 governadores da
Samaria e confirmam os nomes dos
Sumos Sacerdotes de Jerusalém, na
época.
ESCRITOS SOBRE O
PERÍODO:
Rute

Esdras

Neemias.
OBRA CRONISTA (OHC):
1 Cr e 2 Cr + Esd e Ne = unidade;
Obs.:
ler sempre Esd 1 – 7 + Ne + Esd 8 – 10
1 Cr e 2 Cr: releitura de 1 Sm e 2 Sm +
1 Rs e 2 Rs;
- compilações = cópias de trechos
inteiros;
- adições = acréscimos;
- supressões: História do Reino do
Norte, “pecados de Davi e de
Salomão”;

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