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Tempo gasto na Palavra e em oração

é tempo bem empregado


 Tema: A ideia predominante de Esdras é a
restauração. Uma comparação entre Reis e
Crônicas confirmará isso. Reis e Crônicas
registram a destruição do templo de Israel; o
último, a sua reconstrução. Um apresenta o
quadro escuro de uma nação corrompida
pela idolatria; o outro, uma nação
completamente purificada do culto idólatra.
Um registra o cuidado da Lei; o outro, a
restauração da Lei a seu devido lugar no
coração do povo.
 Um registra a mistura de Israel com os
pagãos; o outro, a separação completa de
Israel da influência e dos costumes pagãos.
Esdras dá uma lição admirável da fidelidade
de Deus. Fiel à sua promessa (Jr. 29:10-14.
Foi em 605 a.C. que Jeremias profetizou o
cativeiro de Judá por 70 anos - Jr. 25:12 e foi
esta profecia que levou Daniel a orar pelo
livramento do seu povo no ano da queda da
Babilônia – Dn. 9:2 ), ele estende a mão para
conduzir o povo à sua terra e, ao fazê-lo, usa
reis pagãos – Ciro, Dário, Artaxerxes – como
instrumentos de libertação.
 Através desse livro Deus mostra sua
providência e fidelidade na restauração do
remanescente judaico que voltou do exílio
em Babilônia. (1) Deus moveu os corações de
três diferentes reis persas, para ajudarem o
povo de Deus a regressar à pátria, a repovoar
Jerusalém e edificar o templo; e (2) proveu
líderes espirituais e capazes pra conduzir o
remanescente que retornava, a um
avivamento espiritual no culto a Deus, na
dedicação à palavra divina e no
arrependimento por causa da infidelidade
do povo de Deus.
“O Senhor ajuda”
 Autor: Esdras é conhecido de diversas
maneiras: como sacerdote (Ed. 10:10,16; Ne.
8:2), como escriba (Ed. 7:6; Ne. 12:36) e
como um sacerdote e escriba (Ed. 7:11, 12:21;
Ne. 8:9 12:26). O escriba no Antigo
Testamento não era um mero copista,
como nos tempos de Jesus, mas um
profundo estudante das Leis e
Mandamentos de Deus. Esdras era
descendente de Arão, o primeiro sumo
sacerdote de Israel (Ed. 7:2-7).
 Autor: Era filho de Seraías, que era neto de
Hilquias, sumo sacerdote durante o
reinado de Josias. Aparentemente foi o
autor do livro Bíblico de Esdras, pois nos
últimos 4 capítulos desse livro ele fala na
primeira pessoa do singular. Nada se sabe
sobre o começo da sua vida.
 Esdras ocupou uma posição de liderança
no exílio, provavelmente, devido a sua
linhagem sacerdotal.
 O seu título de “escriba” pode significar
que ele era secretário oficial na côrte Persa,
tendo servido como uma espécie de
conselheiro do rei, em questões
pertinentes aos judeus cativos. Seu bom
conceito perante a côrte real é comprovado
pelo fato de Artaxerxes, o imperador Persa,
dar-lhe uma recomendação pessoal (Ed.
7:11-12). Esdras liderou uma caravana de
exilados da Babilônia para Israel, após o
decreto do rei Artaxerxes (Ed. 7:1-12)
 esse não era o primeiro grupo de exilados
que voltavam a Jerusalém. O primeiro foi
liderado pelo príncipe Sesbazar (Ed. 5:14-
16), um segundo retorno, por seu sobrinho
Zorobabel em 537 a.C. o retorno de Esdras
foi um dos últimos. A caravana de Esdras
era composta de 1.754 homens judeus (Ed.
8:1-14) contados com mulheres e crianças
acredita-se que tenham chegado ao cálculo
de 5.000 pessoas.
 Esdras também levou consigo uma grande
oferta voluntária em ouro, prata e vasos de
prata para tal quantia havia contribuído
outros judeus, o rei da Pérsia e seus
conselheiros. Esdras também tinha a
permissão de valer-se do tesouro real na
Palestina, sempre que para isso houvesse
necessidade (na época pós-exílio a
Palestina foi por um tempo uma província
persa). Também tinha autoridade para
nomear magistrados e juízes na judeia,
 Bem como para impor a sua própria
liderança (Ed. 7:11-28). Suas credenciais
foram endossadas pelos 7 principais
membros da corte real da Pérsia (Ed. 7:14).
A Bíblia hebraica reproduz em aramaico o
documento real autorizado de Esdras (Ed.
7:11-26).
 Esfera de Ação: Esdras abrange desde a
volta da Babilônia até o estabelecimento na
Palestina, um período de mais ou menos
79 anos; de 536 a 457 a.C.
 I. O regresso sob a liderança de
Zorobabel (caps. 1 - 6).
 II. O regresso sob direção de Esdras
(caps. 7-10)
1. O decreto de Ciro (cap. 1)
2. Os remanescentes que voltaram (cap. 2)
3. Restaurados os alicerces do templo e o
culto antigo (cap. 3)
4. A oposição dos samaritanos (caps. 4 e 5)
5. A dedicação do templo (cap.6)
Ciro foi o rei da Pérsia que derrotou o
império babilônico, em cumprimento a
profecia divina (Is. 14:22; Jr. 27:7; Dn.
5:8). Seu decreto que permitiu o
regresso dos judeus foi predito por
Isaías, que chamou Ciro pelo nome, 200
anos antes do nascimento deste,
referindo-se a ele como libertador do
povo de Deus e reconstrutor do templo
(Is. 44:28; 45:1-4).
Josefo, historiador judeu relata-nos que
Daniel mostrou essas profecias a Ciro, e
que o monarca ficou tão impressionado
com elas, e tão bem disposto com o
povo cativo, que publicou um decreto
permitindo a ele voltar a sua terra.
1. A comissão de Esdras (cap. 7:1-28)
2. Os companheiros de regresso de Esdras
(cap. 8)
3. O pecado confessado (cap. 9)
4. O pecado abandonado (cap. 10)
Em Jerusalém, Esdras ficou horrorizado, ao
saber que muitos sacerdotes, levitas e
líderes civis tinham se casado com
mulheres pagãs (Ed. 9). Essas uniões
mistas haviam corrompido a vida moral e
religiosa da nação. Em seu desgosto, Esdras
chorou humildemente diante do Senhor e
conduziu toda comunidade ao
arrependimento (Ed. 9 a 10). Muitos judeus
divorciaram-se de suas esposas pagãs e
foram reintegrados no serviço do Senhor.
Alguns judeus no entanto, recusaram-se a
acompanhar essa reforma, mas o livro
de Esdras termina com uma longa lista
dos israelitas, entre eles sacerdotes e
levitas, que concordaram em divorciar-
se de suas esposas idólatras e fizeram
sacrifícios de expiação por sua
transgressão de casar-se com elas.
É importante notar que a exigência de Esdras
quanto ao divórcio não era motivada por
questões raciais. Os exemplos de Zípora
(Êx.2:21-22), Raabe (Js. 6:25) e Rute (Rt 1:4)
deixam claro que a união mista com
estrangeiros não era terminantemente
proibida no Antigo Testamento. A questão
em pauta nos dias de Esdras era o
casamento inter-religioso, e não inter-
racial. A mesma proibição também aparece
no Novo Testamento (II Co. 6:14 e 7:1)
 A volta do remanescente judaico à sua pátria e a
reedificação do templo revelam que Deus sempre
anela restaurar os desobedientes. Seus métodos
incluem não somente o castigo pela apostasia,
como também a restauração e esperança para o
remanescente crente, através do qual Deus dirige o
caudal (que jorra em abundância) da redenção no
seu curso final.
 Vemos esse princípio no NT, onde um
remanescente crente dentre os judeus aceitou
Jesus o seu messias, enquanto o fluxo principal da
redenção passou dos judeus incrédulos para os
gentios na igreja primitiva.
 As circunstâncias da morte de Esdras não
são conhecidas. Não há um consenso
sobre o lugar onde ele morreu. Flávio
Josefo informa-nos que ele faleceu pouco
depois da celebração da festa dos
tabernáculos. Sua missão estava
terminada, e não havia razão para queixas
ou lamentos. Segundo Josefo, ele Esdras
foi sepultado em Jerusalém.

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