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História de Israel – Parte I

Linha do Tempo
Programa:
• Panorâmica da história de Israel – Linha do Tempo;
• Grandes temas:

a) Êxodo;
b) Assentamento israelita (Josué/Juízes);
c) Monarquia (unida, dividida, guerra siro-efraimita);
d) Os dois exílios: Norte (722 a.C.) e Sul (587/586 a.C.);
e) Pós-exílio (Reconstrução do Templo; atuação de Neemias e Esdras);
f) Período Persa;
g) Período helênico – revolta dos Macabeus;
h) Governo Asmoneu;
i) Período Romano até Bar Kochba.
Movimentos
Séc. XIX a.C. migratórios
semelhantes (?)
Abraão em
Canaã

Gn 1-11 Gn 15,12-16 – prevê a escravidão no


Pré História Bíblica Egito por 400 anos. Voltarão a Canaã
quando a iniquidade dos “amorreus” tiver
atingido seu cúmulo. A entrada de Josué
na Terra é juízo de YHWH sobre os
cananeus, em vista das suas iniquidades.
Tebas – XIX Dinastia:

Séc. XIII a.C.: o Êxodo Ramsés (1292-1290)


Seti I (1290-1279)
-Ramsés II? Ramsés II (1279-1213)
Merneptá (1213-1203)
(1279-1213)

1785 – 1550 1200 a 1025


Novo Império no Egito:
Hicsos (chefe estrangeiro) – grupos Período dos Juízes
asiáticos que invadiram o Egito e ali
estabeleceram uma dinastia.
520-515:
Construção do
Templo (Segundo 398 (7º ano de
598 * (Primeira Deportação em Judá) Templo) Artaxerxes II)
Jeroboão I: 587/586 (Queda de Jerusalém)
PERÍODO DA Guerra Siro- Zorobabel e Esdras e a
+/- 931- Jr 52,29 (18º Nabucodonosor – 587)
MONARQUIA UNIDA Efraimita (*) Josué Restauração
910 Israel 2Rs 25,8 (19º ano – 586) Da Lei

Saul Roboão – 722/721 539/538 – Edito de Ciro


Davi Judá (+/- Queda da Samaria Retorno à Jerusalém 445-443
Salomão 931-913) Exílio do Reino do Norte Neemias e a
(Sargon II da Assíria *) Restauração das Muralhas

INÍCIO DA MONARQUIA DIVIDIDA DOMÍNIO PERSA


609 – Morte de Josias

Reino do Norte – Israel – Capital (Tersa/Samaria)


Reino do Sul – Judá – Capital (Jerusalém)
Três deportações dos judeus:

• 2Rs 24,10-12 (8º ano de Nabucodonosor: 598 a.C.);

• 2Rs 25,8 (19º ano de Nabucodonosor: 586 a.C.) ou Jr 52,29 (18º

ano de Nabucodonosor: 587 a.C.) – exílio do Reino de Judá;

• Jr 52,30 (23º ano de Nabucodonosor: 583 a.C.)


135 d.C.
No local do Calvário
constrói-se um templo
dedicado a Afrodite e na
Esplanada do Templo de
Na Síria e Jerusalém templos
63 dedicados a Júpiter, Juno e
Babilônia os Minerva.
Selêucidas Pompeu em 30 d.C. Jerusalém passa a chamar-
Damasco Pentecostes se Aelia Capitolina

166-160 +/- 6 a.C. 70 d.C.


333 Nascimento de Cristo Queda de Jerusalém
Alexandre Magno Judas Macabeu (Herodes Magno
Conquista a Síria morre em 4 a.C.)
(Morre em 323,
na Babilônia, e seu reino No Egito os
é dividido Lágidas/Ptolomeus
entre os seus generais)
DOMINAÇÃO ROMANA

DOMINAÇÃO HELÊNICA
Colonia Aelia Capitolina (ou, simplesmente, Aelia Capitolina) era uma
cidade construída pelo Imperador Adriano no ano 131 d.C. e ocupada por
uma colônia romana, no sítio das ruínas de Jerusalém. O nome Aelia vem
do nomen gentile de Adriano; Capitolina, porque a nova cidade foi
dedicada a Júpiter Capitolino, a quem um templo foi construído no sítio do
Templo judeu. A fundação de Aelia Capitolina resultou na fracassada
revolta judia de Bar Kochba (132-135 d.C.); os judeus foram proibidos de
entrar na nova cidade e um destacamento da Décima Legião foi designado
para guardar a cidade e assegurar a proibição de acesso. A região passou a
chamar-se “Palestina” – terra dos filisteus.
O plano urbano da cidade seguia o modelo típico romano, com grandes
avenidas que se cruzavam, inclusive um Cardo maximus (avenida principal).
Por que estudar a História de Israel?
• Para a Revelação judaico-cristã a história é fundamental;

• A relação de Deus com sue povo e a sua revelação se dão na história, pois
Deus revela-se por meio de “ações e palavras”: “as obras realizadas por
Deus na História da Salvação manifestam e corroboram os ensinamentos e
as realidades significadas pelas palavras” (DV 2);

• Embora nem todos os livros do AT e do NT tenham a preocupação de


reportar fatos históricos (pensemos nos sapienciais, no AT, ou no
Apocalipse de São João, por exemplo), é importante conhecer o ambiente
e os acontecimentos históricos nos quais esses textos surgiram;
Por que estudar a História de Israel?

Além disso, em se tratando dos livros propriamente históricos, é


necessário confrontar suas narrativas com a história, não para que a
história o que “é ou não verídico”, pois os livros da Escritura não foram
compostos para ensinar “história” como a compreendemos em sentido
moderno, mas sim para que possamos conhecer melhor fatos, figuras, o
ambiente histórico e até mesmo compreender porque o autor sagrado
narra determinado evento deste ou daquele modo. Isto nos permitirá
compreender melhor a Teologia do texto, que é, afinal, a tarefa
fundamental da exegese.
Por que estudar a História de Israel?

Dois pensamentos do artigo “História e Teologia. Reflexões na


perspectiva da Exegese Bíblica” da Profa. Dra. Maria de Lourdes podem
contribuir e muito para nossa reflexão:

“Permanece, contudo, o interesse pelo dado histórico como escopo de


uma disciplina auxiliar à exegese. Isto em dois sentidos. De um lado, no
sentido de que o conhecimento da história do antigo Israel ou do
Cristianismo primitivo permite melhor entender as questões, a situação
a que um texto responde, o alcance de muitas de suas afirmações, o
seu sentido em sua época. (Continua...)
Por que estudar a História de Israel?

De outro, no sentido de que a maior clareza sobre o dado histórico


permite melhor avaliar a dimensão religiosa dos textos, suas intenções,
suas perspectivas, sua mensagem: em outras palavras, em que medida
ele quer afirmar um elemento como histórico e em que medida a
história narrada é utilizada como veículo para uma mensagem que já se
desligou de fatos reais.”
Por que estudar a História de Israel?
“Surge aqui, ainda a necessidade de se distinguir entre pontos
históricos fundantes e integrantes ou acessórios a um sistema religioso.
Assim, para o Cristianismo é fundante a ressurreição de Jesus, mas não
é fundante se as bem-aventuranças foram proferidas sobre um monte
(cf. Mt 5,1-12) ou numa planície (cf. Lc 6,17.20-23). Joga grande
importância aqui a diferenciação entre o que o texto realmente quer
comunicar (sua intenção maior) e os detalhes (de ambientação ou de
composição da cena). Para o antigo Israel, fundante seria, por exemplo,
a aliança de Deus com seu povo, mas não a queda dos muros de Jericó
(cf. Js 6).”
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/22658/22658.PDF

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