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ST I, q.75
· Que é a alma? Primeiro princípio de vida dos seres vivos. – ato do corpo
enquanto vivente.
Primeiro princípio – não é qq princípio de operação como qq órgão da alma. Algum corpo
pode ser princ.. de vida, mas não primeiro; por exemplo, o coração o é, na mdd. Em que
bombeia sangue a todo corpo, mas não imediatamente. à se não, td o que é corpo seria
vivo, inclusive a pedra.
O corpo não é princípio de vida em si, mas enquanto é tal corpo; tal corpo, graças a uma
princípio que é seu ato. ALMA = PRINC. DE VIDA, NÃO É CORPO, MAS ATO DO CORPO
/ CALOR = PRINC. DE AQUECIMENTO, NÃO É CORPO, MAS ATO DO CORPO.
Ad 1 – nem tudo o que move é movido; há 1 que move tudo e não é movido = Deus; há um
que é movido acidentalmente , e assim não move o movido de modo sempre uniforme =
alma; o corpo = motor que é movido por si.
Ad 3 – o que move, move por contato, de quantidade (entre corpos) e de virtude, pelo qual o
corpo pode ser tocado por uma coisa incorpórea que move o corpo.
Pelo intelecto, o homem conhece a natureza de todos os corpos; não poderia, se tivesse
uma determinada natureza corpórea – ex.: língua biliosa = impossível ser um corpo com
natureza tal.
Também é impossível ser parte do corpo, pois cada órgão conhece ao que está
proporcionado a conhecer segundo sua própria natureza.
O intelecto opera por si, sem participação do corpo. = subsiste por si. Ela não é um mero
atributo, mas substância; com efeito, dizemos que o ente em ato opera ao seu modo = não
é o calor que esquenta, mas o que é quente.
Ad1 alma é entendida como subsistente , mas enquanto parte de uma natureza específica;
e não como “realidade subsistente completa numa natureza específica”.
Ad 2
-- A alma sensitiva não tem operação própria por si mesma, mas toda a sua operação é do
conjunto, depende do corpo. Então, a alma não é subsistente.
Os sentidos recebem a ação do sensível com uma mudança no corpo à por isso, dano no
órgão por excessivo estímulo. Com o intelecto não – conhece-se o maximamente inteligível,
para depois conhecer o que é menos inteligível.
Dois sentidos: 1. Enquanto que o homem é alma, mas este homem não o é, pois é da sua
essência ser composto de matéria e forma; “a natureza da espécie é significada pela
definição”. A definição das coisas naturais depende da matéria (matéria comum e não a
individuada) e forma = o que define o homem é alma racional, carnes e ossos. Faz parte da
substância (segunda) da espécie o que faz parte da substância (primeira) dos indivíduos de
cada espécie.
2. Seria se a operação sensitiva fosse independente do corpo, mas isso não é verdade
(a.3). É operação do homem, que é composto de corpo e alma.
AD 2: Explica que as razões de ser sujeito e sofrer mudanças também são distintas entre a
MP e o intelecto. O segundo é SUJEITO DE CIÊNCIA, e sofre mudança da ignorância à
ciência, enquanto está em potência para as espécies inteligíveis.
AD3: forma = causa de ser da matéria e seu agente; mas a alma, enquanto forma
subsistente não tem ser por um princípio formal , nem uma causa que a mude da potência
ao ato. (ente em sentido absoluto e verdadeiro).
Algo se corrompe por acidente ou por si. Os acidentes se corrompem por acidente
(quando se corrompe o composto). Alma do animal se corrompe quando o corpo se
corrompe.
Aquilo que é por si, não pode ser gerado ou corrompido a não ser por si.
É impossível que a forma subs. Cesse de ser, pois é impossível que se separe de si
mesma. (ela dá o ser à matéria).
Não haveria contrariedade para que houvesse corrupção da alma, ainda que fosse
composta de matéria e forma (corpos celestes): recebe segundo o seu modo de ser
(universal) e as coisas nela recebida são não estão sujeitas a contrariedade ( o que
seria essa contrariedade ?) – pois é um só o conhecimento dos contrários; as razões
dos contrários no intelecto não são contrárias.
Outra prova – toda coisa coisa tende a ser segundo seu modo. O desejo corresponde
ao conhecimento nas coisas capazes de conhecer.
q. 75, a. 7
Subst incorp não pode haver dif numérica sem dif especif.
Ex. Se o branco fosse separado, seria único; mas porque está nos indivíduos é diferente
neste e naquele.
São diferenças entre si contrárias que dividem o genero. Coisas entre si…
a. 1
O indivíduo age por si de 3 modos: totalmente , parcialmente e acidentalmente
Homem conhece totalmente ? não (ver q. 75, a.4) - o mesmo percebe que conhece e que
sente. O corpo é parte do homem. O intelecto também.
Uniao do corpo e da alma pela espécie inteligível: duplo sujeito : intelecto possível e
fantasmas.
As cores estão na parede que é vista, mas não é a parede quem vê, mas a vista. Os
fantasmas estão em Sócrates, mas não é todo ele quem conhece, mas seu intelecto.
OUTROS
Falso: porque
1. O intelecto só move o corpo por apetite, por causa da própria atividade do intelecto.
O homem se move porque conhece e não conhece porque se move. Logo, o
intelecto não é um motor.
2. Se o intelecto nao for forma será estranho à essência. Mas o conhecer é imanente
(BROTA DA ESSÊNCIA e termina no próprio ente) e não transitivo (como aquecer,
que termina fora do ente = ex. Aquecer).
3. A ação de motor é instrumental. O intelecto não é.
4. A ação da parte é atribuída ao todo de modo acidental - ninguém diz que a mão vê,
porque o olho vê. Se a unidade do corpo e intelecto é assim, então a ação do
intelecto não é propriamente atribuída a Sócrates. Se o intelecto fosse como motor,
Sócrates não seria uno - não seria homem.
ARISTÓTELES
Prova 1: a natureza de cada coisa é revelada por sua operação - natura enim uniuscuiusque
rei ex eius operacione ostenditur. - conhecer atv. propriamente humana.
Mais nobre a forma, menos depende da matéria, menos nela está imersa, mais ultrapassa
sua operação e poder.
A potência da alma ultrapassa isso pois tem operação e potência nas quais a matéria
corporal não participa de maneira alguma. Potência = intelecto.
AD4: o que é inteligido está no intelecto por sua similitude, e não por si. O que se conhece é
a pedra e não a imagem da pedra, a menos que o intelecto reflita sobre si mesmo. ---: não
dá aliás para conhecer a imagem da pedra, sem ter conhecido a pedra antes; e se não
fosse assim, não haveria a ciência das pedras (geologia) - não haveria ciência da realidade
mas apenas das espécies inteligíveis.
Diversas coisas se assemelham a uma mesma coisa por meio de formas diversas.
Como assim ? “Pelo fato de …” P.ex.: nos sentidos muitos veem a mesma cor, segundo
diversas semelhanças; muitos intelectos inteligem uma única coisa.
Inconvenientes da afirm. dde que um corpo tem varias almas, se dissermos que a alma é
forma do corpo:
1. O ente não seria uno absolutamente, a não ser se tivesse uma forma pela qual tem
o ser (é do mesmo que o ente tem ser e unidade).
2. isso é insustentável pelo modo de atribuição (2: per accidens - quando as formas
não estão ordenadas umas a outras: p. ex. branco e doce são atributos
independentes um do outro; por isso, posso dizer que o branco é doce, ou o doce é
branco; per se, quando uma forma está ordenada a outra, p. ex.: a superfície
é branca. - cor pressupõe superfície (o sujeito entra na definição do predicado -
superfície é o que tem cor)
Se houvesse num ente uma alma animal e outra humana, não se poderiam atribuir
uma a outra per si, p.ex.: homem pressupõe animal é atribuído per se ao homem, e
não o contrário (é animal qe entra na definição de homem). Portanto, por uma
mesma forma se é animal e homem, como por uma mesma forma se é superfície e
branca. E assim se prova que a relação entre animalidade e homem não é acidental.
3. Uma operação da alma, quando intensa impede a outra. Isso não aconteceria se
houvessem múltiplas almas para um só ente.
Sabendo que a forma substancial constitui o corpo em seu ser , seria a alma intelectiva
apenas uma forma motriz (platonicos)?
1. A f. acid. não dá o ser absolutamente (simpliciter), mas tal ser (como o calor etc). A
FS dá o ser de modo absoluto, e seu desaparecimento é absolutamente causa de
corrupção. Se houvesse uma forma prévia à alma intelectiva, não haveria geração
de forma absoluta por parte dela, e nem corrup. abs. = FALSO
A matéria está ordenada à forma. O corpo está ordenado à alma intelectiva, e não o
contrário. O homem conhece por multiplicidade e não simplesmente como os anjos. Por
isso, a alma, além de conhecer, necessita sentir. Para isto, necessita estar unida a um corpo
que servisse de órgão para os sentidos.
O homem tem melhor tato (no qual todos os sentidos se resumem) entre os animais - em
razão da complexidade das suas atividades, seu corpo tem grande quantidade e variedade
de órgãos. O que é próprio do inferior está no superior de modo superior. O melhor tato se
aproxima da combinação média que está adaptado a sentir: frio e quente, seco e úmido etc.
a.6 A alma intelectiva está unida ao corpo por meio de disposições acidentais ?
Se fosse assim, ou seja, se a alma fosse como um motor do corpo, seriam necessárias
disposições intermediárias que dispunhariam a alma para agir sobre o corpo e o corpo para
receber o movimento da alma.
Para isso, essas disposições deveriam preexistir no corpo e na alma. Isso não pode, pois se
viu no a.1 que a alma é f. subst. do corpo que lhe dá o ser, ato anterior a todos os atos da
matéria. Então, nada poderia estar anterior à alma na matéria; portanto, a alma se une
substancialmente ao corpo, pois lhe dá o ser de acordo com sua essência.
Decorre o artigo da mesma opinião dos platônicos que afirmavam que a alma seria motora
de um corpo. Isso se daria pela ação de corpos intermediários.
Mas ente = uno. A forma é em essência ato e dá o ser à matéria e é causa da própria
unidade do ente, sem intermediário.
alma = forma substancial = ato de cada uma da partes , diferente da forma acidental que
confere ordem das partes, ex.: arquitetura da casa.
A alma está em toda a parte, então se a parte é separada do todo, deixa de ser atualizado
pela forma subst. - deixa de operar conforme (nenhuma parte do corpo tem op própria
quando a alma se separa).
Tipos de todo:
3. Todo potencial, divisível em partes virtuais. - vai existir , porque a forma é princípio
de operações.
De (1) - há mais branco no todo que na parte, pela divisão acidental. De (2) - o branco está
todo em toda a superfície e todo em cada parte. De (3) o branco do todo move mais a vista
(tem mais potência) que o branco nas partes.
A alma se encontra toda em cada uma das partes nem quantitativamente nem
potencialmente, mas essencialmente. Refere-se às partes enquanto estão ordenadas ao
todo, mas propriamente falando, ela se ordena ao todo como ao seu sujeito e objeto de
aperfeiçoamento.
Q. 77
a1 -
1. a essência da alma é ato; enqunto princípio de operação, só o agir divino é ato
e sua essência, pois nele não há composição de ato e pot e SUA OPERAÇÃO É
SUA SUBSTÂNCIA.
2. A alma nem sempre está com suas operações em ato. ; “enquanto sujeito de
sua potência, pe um ato primeiro ordenado para um ato segundo”.
1 razão: é inferior aos anjos que atingem a bem aventurança com menor n de mov. ; o
homem, é capaz de alcançar a bondade universal e total , porque pode alcançar a
bem-aventurança.
2 razão: fronteira entre as criaturas espirituais e corporais: tem potencias tanto de umas
quanto de outras.
“É necessário que a razão da potência seja diversificada, para que seja diversificada
a razão do ato; mas a razão do ato se diversifica pela diversidade dde razões dos
objeto”.
a diferença do objeto que por se diz respeito à potência, ex.: som e cor, diversifica as
potencias.
ORDEM DA PERFEIÇÃO
A forma acidental é potência causada pelo sujeito, enq. se origina dele (acidente próprio e
per se) - as faculdades da alma se enquadram nisto.
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LOGO, todas as potências da alma derivam da alma como um princípio, pois ela é
forma substancial do ente vivo.
As pot. da alma que são primeiras e mais perf. são princ. das outras como fim e princ.
ativo.
Mas as menos perfeitas são anteriores na ordem da geração e tempo, como vimos.
a. 8 Todas as potências da alma permanecem na alma separada do corpo ?