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O que é a Psicologia?
O que é um comportamento?
As causas do comportamento de todo ser vivo se resume em três: as potências da alma, as disposições
do corpo e do próprio ambiente externo.
Dê alguns exemplos.
O ato da visão necessita não apenas da própria potência visual, mas da boa disposição dos olhos, a
presença da coisa percebida e a luz que transmite as suas qualidades visuais. O ato da alimentação
depende não apenas da potência nutritiva, mas da boa disposição do estômago e a presença do próprio
alimento. O ato da locomoção depende não apenas da potência locomotora, mas dos próprios membros
da locomoção e o ambiente onde o movimento se dá.
O que é a alma?
A alma não é algo que pode ser visto ou tocado, e na falta de uma palavra melhor, podemos dizer que a
alma é uma espécie de “energia” que informa o corpo do ser vivo. E é desta energia que vem suas
potências vitais, e não do próprio corpo.
Evidentemente não. A hierarquia cosmica se dispõe de modo que os seres superiores incluem e
transcendem as potências dos inferiores, numa ordem gradual de semelhança com o próprio princípio
divino. Assim os seres inanimados possuem a matéria; as plantas possuem a matéria e a vida; os
animais possuem a matéria, a vida, a sensibilidade e a locomoção; enquanto o homem possui tudo isso,
mais a inteligência e a vontade.
Sim, por isso ele também é chamado de microcosmos: pelo seu corpo, ele possui a perfeição da
matéria; pela vida, ele têm a perfeição das plantas; pela sensibilidade e o movimento, ele têm a
perfeição dos animais; e pela inteligência e a vontade, ele têm a perfeição das criaturas espirituais, e
por isso também é chamado a imagem e semelhança do próprio Deus.
Tudo o que vem de Deus precisa ter algum grau de semelhança com Deus, como a natureza do efeito
deve ser semelhante à sua causa. Assim o corpo e a matéria possuem um grau inferior de semelhança
com Deus porque existem de forma limitada, enquanto Deus é a própria Existência Ilimitada. De modo
superior, as substâncias animadas se assemelham mais a Deus porque possuem uma vida finita, a qual
pressupõe a Vida Infinita de Deus. Mas se diz que a alma humana tem um grau especial de semelhança
com Deus – a ponto de ser chamada de sua “imagem” – porque possui as potências espirituais da
inteligência e da vontade livre, que são dádivas da própria Inteligência e da Vontade Onipotente de
Deus.
Porque elas não dependem de nenhum órgão corpóreo e nem tem por objeto a própria realidade
material.
Uma coisa só pode agir conforme a sua própria natureza. Ora, o ato próprio do intelecto é a abstração,
pela qual ele separa da coisa individual, material e mutável, o seu conceito universal, imaterial e
imutável. Logo, como o ato do intelecto absorve a forma que transcende a matéria, a sua própria
potência deve transcender a matéria ou qualquer órgão corpóreo.
O ato do intelecto é melhor compreendido por comparação com as outras potências da alma?
Sim: pois do contraste entre as potências corporais e o intelecto se evidencia a natureza espiritual do
intelecto.
Algumas potências da alma tem uma função de absorção, mas de modos diferentes. Pela potência
nutritiva o ser vivo busca absorver a própria matéria da substância externa, de modo que a substância é
realmente destruída e transformada no próprio organismo do ser vivo. Por outro lado, a potência
sensitiva tem um modo de absorção superior, pois os olhos, por exemplo, não absorvem a pŕopria
matéria dos corpos, e sim as formas sensíveis vinculadas à sua matéria. Mas enquanto os sentidos se
limitam às formas individualizadas pela matéria, o intelecto abstrai a essência universal que transcende
o ser individual: assim o animal pode enchergar este quadrado, mas o homem abstrai e reconhece que
este quadrado é um exemplar individual da ideia universal do quadrado. Do ponto de vista sensível, um
filme, por exemplo, é uma sequencia de imagens e sons que podem ser captados pelo animal, mas ele
não consegue abstrair a própria ideia do filme em função da qual essa sequencia de imagens existe.
A etimologia da palavra inteligência está ligada à capacidade de “ler dentro”: assim o intelecto vai
muito além dos sentidos, como que penetrando e absorvendo a própria essência das coisas.
Sim. Evidentemente o que separa o homem dos animais irracionais é a sua capacidade de conhecer a
verdade pela potência intelectual.
O que é a verdade?
De forma geral, o conceito de “verdade” evidentemente se converte ao conceito do próprio “ser”: tudo
aquilo que existe é verdadeiro na medida mesma em que existe. Mas a verdade pode ser considerada
enquanto se encontra na própria coisa ou no intelecto do qual ela depende.
Assim a verdade das coisas artificiais se encontra primeiramente no intelecto humano, e posteriormente
nas coisas: por exemplo, o projeto arquitetônico de uma casa se encontra primeiramente no intelecto do
arquiteto, e posteriormente na matéria que será usada para construir a casa, que é chamada de
verdadeira na medida em que se adequa ao projeto arquitetônico. Mas enquanto as coisas artificiais se
adequam ao intelecto humano, o contrário acontece com as coisas naturais. Para o intelecto conhecer as
coisas naturais é ele que deve se adequar a elas, de modo a abstrair a verdade do próprio intelecto
divino do qual elas dependem.
Assim o intelecto divino é imensurável e mensurador de todas as coisas; as coisas naturais são
mensuradas pelo intelecto divino e mensuradoras do intelecto humano; e o intelecto humano é
mensurado pelas coisas naturais e mensurador das coisas artificiais que ele mesmo produz.
Em todo caso, a verdade é sempre uma relação de adequação entre o intelecto e a coisa.
Sim. O homem pode conhecer Deus de forma indireta, como se conhece uma causa pelos seus efeitos.
Por exemplo: se uma pessoa observar uma casa, ela necessariamente deve concluir que a casa tem um
arquiteto mesmo que ela não conheça efetivamente quem é esse arquiteto. De modo análogo,
observando a ordem admirável da natureza o homem pode concluir que a natureza deve possuir um
Criador, que é o que chamamos de Deus, mesmo que dessa forma não seja possível conhecê-lo em sua
essência.
Em uma linguagem metafísica, a causa de uma coisa superior não pode ser inferior à causa de uma
coisa inferior. Ora, a ordem das coisas artificiais, que são inferiores às naturais, são causadas pelo
intelecto humano. Logo, sendo as coisas naturais superiores às artificiais, elas necessitam de um
intelecto superior, que é o Intelecto Divino.
Sim. Porque ela tem sua origem no intelecto, que é espiritual, como demonstrado.
Sim, tanto no seu objeto quanto no seu ato. Como explicado acima, o objeto do intelecto é a verdade e
o seu ato é a abstração, pelo qual ele distingue entre as coisas mutáveis e os conceitos imutáveis. Mas o
objeto da vontade é o bem, e o seu ato não é a abstração, mas a união com o bem.
O mal é um ser?
Não. Se metafisicamente o bem é convertível ao próprio ser, o mal não pode existir no nível metafísico,
mas apenas no nível psicológico e moral. No nível psicológico, a criatura sensitiva interpreta como
“mal” a privação do bem e tudo aquilo que objetivamente ameaça ou fere à sua própria natureza. No
nível espiritual, se diz que alguém é mal quando age voluntariamente contra a ordem da razão.
Não. As paixões do animal sempre o direcionam a buscar o bem da própria natureza. No entanto, ele
pode sofrer o mal no sentido psicológico, como quando é privado de alimento ou sofre algum acidente.
Mas como não é dotado de inteligência e livre-arbítrio, não pode praticar o bem ou o mal no sentido
moral, pois a moralidade consiste na adequação da criatura espiritual à ordem divina. Nesse sentido, os
animais se adequam à ordem divina por uma necessidade irracional que o próprio Deus programou em
suas naturezas, enquanto apenas o homem pode se adequar voluntariamente a essa ordem.
Ambos. Como toda criatura, o homem é bom no seu próprio ser, mas apenas ele tem a capacidade de
ordenar a própria natureza para conhecer e amar a Deus voluntariamente. Assim dizemos que o mal é
um estado do homem na medida em que suas potências se encontram desordenadas, e consideramos o
mal como um ato enquanto ele efetivamente utiliza essas potências contra a ordem da razão.
O intelecto deve estar submisso a Deus, a vontade submissa ao intelecto, e as paixões irracionais devem
se submeter à vontade racional. Pelo contrário, no estado de desequilíbrio as paixões se rebelam contra
a vontade, a vontade se rebela contra o intelecto, e o próprio intelecto se rebela contra Deus.
Sim: pois só podemos amar aquilo que conhecemos. Não é possível amar o que se ignora
absolutamente.
O intelecto age sobre a vontade fornecendo a cognição do seu objeto, que é o bem. Mas à potência da
vontade pertence não apenas o ato de amar, mas o ato de imperar sobre as outras potências: pois o
único modo da vontade se unir ao seu objeto é justamente direcionando a própria alma e o corpo em
relação ao objeto, e para isso ela precisa controlar as outras potências. Assim é próprio da vontade a
capacidade de direcionar cada potência para o seu bem respectivo, e o bem da potência intelectual é
justamente a verdade. Desse modo, enquanto o intelecto apreende o bem da vontade, a própria vontade
quer que o intelecto conheça a verdade.
A vontade é livre?
Sim, e isso é evidente: todos nós naturalmente experimentamos a liberdade na medida mesma em que
agimos voluntariamente. De forma geral, o conceito de “liberdade” se associa ao conceito do
“movimento”. Assim, por exemplo, dizemos que a planta permanece “presa” no solo, enquanto o
animal é mais “livre” pelo seu corpo e as potências locomotoras que a planta não têm. Mas o animal
permanece cognitivamente “preso” na dimensão do mundo sensível e dos bens materiais, enquanto o
intelecto é livre para penetrar no mundo das essências e se elevar aos bens espirituais.
Dizemos ainda que o ser humano é “livre” porque as suas potências locomotoras não estão presas ao
domínio das paixões, mas da própria vontade.
Sim. Na medida em que a vontade depende do intelecto, e o objeto do intelecto é a verdade universal, o
objeto último da vontade só pode ser o bem universal, que é Deus.
Quando o intelecto conhece um efeito, ele só pode se satisfazer ao conhecer a causa em sua essência.
Assim, por exemplo, se alguém observa a fumaça, deduz a existência de um incêndio; mas não se
satisfaz enquanto não saber o que está sendo incendiado e qual é a sua causa. De forma análoga, o
intelecto não pode se satisfazer apenas sabendo que Deus existe através dos efeitos que são as criaturas,
mas quer ainda conhecer a própria essência de Deus. Portanto a vontade humana só pode encontrar sua
satisfação absoluta na contemplação da essência divina.
Não. O homem deve amar a Deus e tudo aquilo que vem de Deus, que são as criaturas.
É óbvio. Deus deve ser amado acima de todas as criaturas, e as próprias criaturas devem ser amadas por
causa de Deus. Pelo contrário, todo sofrimento humano tem sua raiz no amor desordenado pelas
criaturas e no desprezo por Deus.
Não. Além de amar a Deus como o Criador, o homem primeiramente deve amar a si mesmo e depois as
outras pessoas. Pelo contrário, toda desordem da alma se dá quando o homem se coloca acima ou
idependente de Deus, ou quando ama outras pessoas mais do que a si mesmo.
O homem deve amar todas as pessoas do mesmo modo e com a mesma intensidade?
É óbvio que não. Como a vontade depende do intelecto, o amor depende da proximidade: naturalmente
amamos com maior intensidade aqueles com quem temos mais intimidade. Assim é evidente que
devemos amar em primeiro lugar a nossa família, depois nossos amigos, e assim por diante.
O homem deve amar todos os seus familiares com a mesma intensidade?
É evidente que não. Amamos com maior intensidade os nossos conjuges, depois nossos filhos e depois
nossos pais.
Sim. O amor conjugal entre o homem e a mulher é a relação humana mais elevada que existe, pois é a
origem de todas as outras relações. Pelo intelecto e a vontade o ser humano não busca apenas conhecer
e amar, mas ser conhecido e amado: e não existe nenhuma outra relação de intimidade superior à
relação conjugal. Os pais não conhecem os filhos e nem os filhos conhecem os pais com o mesmo grau
de intimidade que os conjuges se conhecem.
É evidente que sim. Quanto maior o conhecimento, maior o amor: e os pais conhecem os filhos desde a
sua origem, enquanto os filhos não podem fazer o mesmo.
As três principais são a nutrição, o crescimento e a reprodução, comuns a todos os seres vivos, pelas
quais o homem naturalmente busca o alimento, a própria sobrevivência e o sexo. A nutrição consiste
em absorver a matéria externa e integrá-la ao próprio organismo, que resulta no crescimento e
manutenção do corpo. Enquanto a reprodução consiste em gerar um outro ser vivo da mesma espécie.
O senso comum é a potência interna pela qual nós percebemos e distinguimos entre os diversos
sentidos externos. Como o nome indica, os sentidos externos só aprendem o que é exterior a eles, como
a visão apreende as imagens, a audição capta o sons, o olfato sente o odor, etc: portanto eles não
percebem o seu próprio ato e nem diferenciam os demais sentidos. A visão distingue entre o preto e o
branco, mas não entre a cor e o som; se pelos olhos você vê e pelos ouvidos você ouve, é pelo senso
comum que você percebe que vê e ouve. Portanto, “o senso comum opera uma espécie de
discernimento e síntese entre as sensações”, como diz o comentador da Suma Teológica.
De forma geral, a memória é a simples capacidade de reter a informação apreendida pela experiência.
Enquanto imaginar nada mais é do que a capacidade de formar uma imagem mental de algo
armazenado na memória. A imaginação, portanto, depende da memória.
É a potência pela qual a criatura sensitiva busca o seu próprio bem e foge daquilo que lhe é nocivo.
Não. Como explicado acima, a nutrição é a potência vegetativa pela qual o ser vivo busca a matéria
externa necessária à sua sobrevivência. Mas isso pode acontecer por processo automático, como nas
plantas, ou por um processo cognitivo, como nos animais. A planta precisa de água mas não sente sede
e nem saciedade quando é privada ou abastecida pela água. Mas como o animal tem a vida sensível, a
mesma necessidade nutritiva é internamente percebida como o estado negativo da fome, quando ele é
privado do alimento, ou o estado positivo do prazer e da saciedade quando ele obtém o alimento.
Portanto, a potência apetitiva depende diretamente da sensibilidade e não se confunde com a própria
potência da nutrição.
Sim. Do mesmo modo que na criatura sensitiva o apetite nutricional e sexual correspondem às funções
vegetativas da nutrição e rerodução, cada potência sensível é acompanhada por um apetite
correspondente: a visão é acompanhada pelo desejo de ver coisas belas, a audição pelo desejo de ouvir
sons prazeirosos, o tato pelo desejo de tocar coisas agradáveis, o paladar pelo desejo de degustar bons
sabores, etc.
De forma geral, sim: basicamente os animais se movem para satisfazer os seus apetites. A satisfação do
apetite é como que a causa eficiente do comportamento animal. Os movimentos do apetite também são
chamados de paixões, e assim também se diz que os animais vivem para satisfazer suas paixões.
De forma geral, sim: o amor nada mais é do que apetite natural pelo bem. Assim todo ser dotado de
apetite naturalmente ama o bem do seu próprio ser, e consequentemente detesta o mal.
O que é o bem?
No sentido metafísico, o “bem” é convertível ao conceito do próprio “ser”: tudo aquilo existe é bom na
medida mesma em que existe – todo ser é um “bem”. Por outro lado, no sentido psicológico, o bem é o
ser apreendido enquanto conveniente ou necessário ao apetite. Assim se diz, por exemplo, que a água é
um bem, porque é necessária ao apetite: o animal instintivamente procura a água, e ao ingerí-la
naturalmente experimenta uma sensação boa e prazeirosa, que objetivamente corresponde ao bem do
próprio organismo. E o mesmo serve para todos os outros prazeres das potências sensíveis, com seus
respectivos apetites e objetos. Além disso, no sentido moral ou espiritual, se diz que a ação humana é
boa ou má conforme se adeque ou não à ordem racional.
Não. Mas todas as outras paixões derivam do amor como a paixão primeira e fundamental da alma.
Depois do amor, a paixão mais importante é o ódio: pois assim como a criatura sensitiva naturalmente
ama os bens que lhe são conaturais, a começar pela própria vida, ela naturalmente odeia tudo aquilo
que seja um obstáculo à aquisição dos bens ou à preservação da vida. Assim o amor e o ódio são as
paixões fundamentais de onde derivam todas as outras paixões da alma.
Sim. O bem amado pode ser percebido como fácil ou difícil de se adquirir, e o mesmo se refere ao mal
odiado. Nesse sentido, pelo apetite concupiscível o animal simplesmente deseja ou evita o bem e o mal
fáceis de serem alcançados ou evitados. Mas se o bem e o mal são difíceis, o animal precisa do apetite
irascível pelo qual ele resiste aos obstáculos ou foge daquilo que pode lhe destruir.
Enquanto a amor é o apetite geral pelo bem, o desejo é o amor pelo bem fácil que não se possui. E
enquanto o ódio é a aversão geral ao mal, a repulsa é o ódio pelo mal fácil que não nos atinge. Assim,
por exemplo, é o desejo despertado por uma boa comida e o nojo provocado por um alimento
estragado.
A alegria é a paixão positiva provocada pela aquisição do bem desejado, enquanto a tristeza é a paixão
negativa provocada pelo bem perdido ou não alcançado, que é experimentado como mal.
A ousadia ou agressividade é a paixão positiva pela qual nós enfrentamos o mal difícil, quando ele é
percebido como possível de ser superado. Enquanto o medo é a paixão negativa que nos impele a fugir
do mal difícil, quando percebido como impossível de ser superado.
Sim. Pois a ousadia deriva do ódio e busca simplesmente evitar o mal, enquanto a ira deriva da tristeza
e busca se vingar de um mal que já foi sofrido.
Sim, tanto do ponto de vista do seu princípio quanto da finalidade do movimento passional. Com
efeito, toda paixão se inicia no amor pelo bem e tende a terminar na alegria, caso o bem seja alcançado,
ou na tristeza, caso o mal não possa ser evitado.
Sim: porque é simplesmente um fato da natureza que todo ser vivo só pode reproduzir um outro da
própria espécie. Nenhum ser pode dar aquilo que não têm: assim não é possível que um ser de uma
espécie produza uma espécie diferente ou superior à sua própria.
Não. Pois além do apetite sensível o homem possui o apetite intelectual, e este só pode ser satisfeito
com a verdade e o bem espiritual.
Depois da morte, a felicidade última do homem é contemplar o próprio Deus em sua essência, caso ele
mereça.
Sim: o hábito é uma espécie de intermediário entre a potência e o ato. Enquanto a potência é uma
qualidade inata da alma, o hábito é uma qualidade adquirida pela repetição dos atos. Assim todo ser
humano tem a potência para tocar um instrumento, mas apenas aqueles que praticam os atos associados
a essa arte podem realmente transformar a potência em um hábito. Portanto, o hábito é essa qualidade
adquirida, pela qual a alma se torna bem disposta para realizar uma determinada potência.
Sim.