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A família de um bom católico é Deus e a própria Igreja Católica

Um católico não pode colocar nada acima de Deus, inclusive sua própria família. Por
isso, se os seus parentes não são católicos você precisa tentar convertê-los,
apresentando a verdadeira fé. Caso se mostrem obstinados em seguir falsas religiões
ou religião nenhuma, o católico deve romper a comunhão social com eles, pois do
contrário se tornará cúmplice de suas heresias e imoralidades.
No Antigo Testamento, Deus ordena Abraão a deixar sua família:
“Deus disse a Abraão: ‘Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de seu pai, para a
terra que te mostrarei. Eu farei de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei
teu nome; seja uma benção!’.” (Gênesis 12: 1-2)
Isso aconteceu porque os parentes de Abraão já não seguiam a religião de Noé, mas
haviam caído na idolatria. E assim Abraão teve que se afastar deles justamente para
manter a sua comunhão com Deus.
Por outro lado, no primeiro livro de Samuel nós vemos como Deus puniu o sumo
sacerdote Eli porque ele não condenou os seus próprios filhos, mesmo sabendo de
todas as suas imoralidades:
“Naquele dia, farei cumprir-se contra Eli tudo o que disse acerca de sua casa, do
começo até o fim. Eu lhe anunciarei que julgaria sua casa para sempre, porque ele
sabia que seus filhos ofendiam a Deus e não os repreendeu. É por isso – eu o juro à
casa de Eli – que nem sacrifício nem oferenda jamais expiarão a iniquidade da casa de
Eli”. (1 Samuel 3: 12-14)
No Novo Testamento, Nosso Senhor Jesus Cristo explica:
“Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas espada. Com feito,
vim contrapor o homem ao seu pai, a filha à sua mãe e a nora à sua sogra. Em suma: os
inimigos do homem serão seus próprios familiares.” (Mateus 10: 34-36)
E ainda:
“Aquele que ama pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim. E aquele que
ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim.” (Mateus 10: 37)
Portanto, quando você sabe que os seus familiares desprezam Jesus ou são hereges
que sustentam todo tipo de erro contra Deus, e mesmo assim você quer permanecer
em comunhão com eles, então você demonstra pelos seus atos que você ama mais
eles do que Deus. Pelo contrário, quem ama Jesus de verdade não suporta que ele seja
ofendido de maneira alguma e por quem quer que seja, e a heresia é a maior de todas
as ofensas.
Em outra passagem Cristo deixa ainda mais claro que o vínculo da fé é o que constitui a
verdadeira família, e não o vínculo de sangue:
“Naquele tempo, enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos
ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém disse a Jesus: 'Olha! Tua
mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo.' Jesus perguntou àquele que
tinha falado: 'Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?' E, estendendo a mão
para os discípulos, Jesus disse: 'Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz
a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha
mãe.'  
De forma geral, um católico de verdade sabe que o seu Criador é Deus e não sua
família carnal. Sendo assim, ele só permanece em comunhão com sua família carnal se
a mesma permanecer em comunhão com o próprio Deus. A verdadeira família de um
católico é Nosso Senhor Jesus Cristo, a Santíssima Virgem Maria, todos os santos e
anjos no céu e os bons católicos na terra. Nesse sentido, nem mesmo os católicos
maus, que conhecem mas não cumprem a vontade de Deus, pertencem à família de
Deus. Pelo contrário, os católicos maus, junto com todos os não-católicos, são filhos da
desobediência e pertencem realmente à família do Diabo.
Portanto, por caridade a si mesmo e aos seus familiares, todo o católico tem a
obrigação de condenar seus parentes e alertar que eles estão no caminho do inferno,
caso sejam não-católicos ou estejam transgredindo os mandamentos divinos. E se eles
não se corrigirem, o católico deve se afastar para não se tornar cúmplice deles.
Cuidado com os hipócritas que vão chamar isso de “intolerância” e com o próprio
demônio que vai sussurrar no seu ouvido todo tipo de justificativa para você não se
afastar, por exemplo: “Se você for embora, quem vai mostrar o caminho para eles?”.
Apenas Deus com sua graça é quem realmente converte as pessoas, e se você acha
que a sua presença é absolutamente necessária para conversão dos seus parentes,
então você está brincando de Deus. Pior ainda, ao se manter em comunhão com eles,
apesar de todas as suas blasfêmias, idolatrias, impiedades, vícios e todas as suas
heresias nojentas, você os engana sobre a gravidade da situação em que eles se
encontram e acaba passando a impressão de que você realmente não acredita no
Evangelho e nem mesmo ama Cristo.
Atitudes valem mais do que argumentos. E sendo assim, depois que os seus
argumentos se esgotarem e você perceber que eles são obstinados no erro, você
precisa se afastar. E aí só lhe resta fazer sacrifícios e continuar rezando para que eles
se convertam.

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