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VIRTUDES HUMANAS

Aula 2 - As Virtudes Humanas

Passamos aqui sobre alguns temas que eu considero fundamentais e acredito que
se eu foi bem sucedido a gente tem as ferramentas necessárias para começar a
compreender o que de fato são as virtudes, como a gente pode atingi-las, legal?
Vamos lá, então, da maneira que nós estudamos até agora, fica muito claro que a
gente tem que se afastar daquela perspectiva do bom mocismo, né?
E é muito comum quando as pessoas estudam as virtudes. Virtudes não são
simplesmente coisas boas que pacata os cidadãos, pessoas boazinhas fazem,
certo?
Virtude são ferramentas.
As ferramentas que, por excelência levam o ser humano à Felicidade.
Tá, um dos elementos principais que a gente destacou até agora sobre as virtudes
é o controle racional e voleitivo da afetividade, perceba que coisa interessante é
como se fosse uma integração do homem, uma integração do ser humano, uma
ordem perfeita em que não há briga entre as nossas partes. Não há uma luta
entre minha afetividade, minha racionalidade, certo? E o intelecto, minha
vontade, não. Eu tenho um abraço, eu tenho uma comunidade interna aqui.
Certo?
Desejamos chegar a uma espécie de amizade entre os afetos e a racionalidade, de
modo que eles passem a trabalhar juntos e que a afetividade cedendo o controle,
certo, a razão humana, ou seja, não é uma democracia ali de todo o mundo
decidindo junto, não.
A afetividade entende que a racionalidade vai ajuda-la a chegar naquilo que ela
quer, seja como se a afetividade entendesse que fosse, não sei, talvez ali uma
criancinha, né, que, é boa, mas ela precisa de um guiamento de um adulto que a
ame, que vai leva-la para o objetivo que ela quer. Tá? Então, a afetividade cede o
controle. “Olha razão humana pode mandar porque eu sei que você vai fazer
melhor, vai me fazer chegar melhor naquilo que eu mesmo quero.”

Tá, uma vez que ela Foi educada, certo? A afetividade, ela chega a essa
“conclusão”, entre aspas, OK? Porque Ela Foi educada e percebe que assim ela vai
chegar a seus objetos próprios e que sem o guiamento da razão ela estará fadada
à desordem, a confusão, sofrimento, perfeito?
Então vamos propriamente estudar agora o que é a virtude, certo?
Recapitulando, virtude é um hábito.
Operativo bom, certo? Um elemento, um aplicativo, um adendo, uma disposição
estável que se adere às minhas potências e paixões no sentido de conduzi-las.
Aos seus objetos próprios.
Certo? De modo a encontrar a sua finalidade e que no conjunto vão conduzir o ser
humano à Felicidade. Perfeito?

O que as virtudes aperfeiçoam? Elas aperfeiçoam, tornam perfeito o meu agir


com base na integração das minhas paixões à ordem da minha razão reta, ou da
reta razão, certo, reta razão, aquela razão que está adequada a realidade
extramental esse dá verdade das coisas, a verdade do real. Perfeito? Então isso é
a reta razão.
A virtude é o desejo educado.
Um desejar que nos leve a deliberar e decidir bem.
A virtude é a afetividade permeada de racionalidade cativada pela verdade da
realidade. Portanto, ser virtuoso é formar-se de tal modo que eu goste do bem
verdadeiro, certo?
Esse bem verdadeiro é o bem que está de acordo com a verdade da realidade.
Este é o bem que se adequa perfeitamente ao meu ser e que ele, portanto, vai de
fato cumprir o que promete. Que é me levar à Felicidade, OK?

Bom, as virtudes, apesar de serem de fato distintas, certo? Existe uma lista.
Elas estão todas conectadas. Existe uma unidade na virtude, um princípio da
metafísica tradicional, princípio da física tradicional da antropologia tradicional. É
que, em regra, o bem é Uno, certo? O bem, aquilo que é de fato, conforme a
estrutura do real, ele é Uno.
E, portanto, as virtudes. Elas compõem uma unidade diferente do vício, certo? O
vício. Ele vai cada um para uma direção, porque o vício é o mau e o mau não tem
substância. O mal é uma corrupção do bem, perfeito.

Então nós vamos estudar as virtudes Morais fundamentais.


Ou seja, nós chamamos tradicionalmente de virtudes cardeais. Elas são o núcleo
da ética. Perfeito? Porque elas são aquelas que mais se relacionam, aquelas que
se relacionam mais diretamente à busca do fim último, que é a Felicidade. Elas
que têm mais relação com a ação humana propriamente dita, que vai conduzir-
me à meta última ao fim último da Felicidade.
A minha perfeição, OK?
Então, quais são as virtudes cardeais?
Em primeiro lugar, nós temos a prudência e a prudência ela tem uma
particularidade, ela é uma virtude propriamente intelectual, mas ela também é
uma virtude moral em certo sentido.
OK? A prudência ela é aquela disposição da razão que nos permite conhecer a
finalidade. E os meios das nossas ações em função do fim último.
A prudência olha para o fim último, educada pela realidade e entende quais são,
de fato, aqueles meios. Lembre-se que a vontade é livre para escolher os meios
para atingir o fim último, a Felicidade. Então, a prudência é aquela virtude que
dispõe.
Certo, a razão para que ela apresente a vontade. Quais são os meios adequados
para que ela chegue no fim último?

Tomás de Aquino, grande, São Tomás de Aquino, define a prudência como recta-
ráceo-adibilium a reta razão no agir, lembra que a gente falou de reta razão? De
acordo com o ser extramental razão de acordo com a realidade, com a verdade
das coisas.
Reta razão aplicada na ação humana, aplicada no agir, então, nesse sentido ela
aperfeiçoa o racional por excelência, ela aperfeiçoa a inteligência humana e nesse
sentido, ela é absolutamente necessária para todas as outras virtudes. Todas as
virtudes vão depender diretamente no juízo da reta razão nos seus objetos
particulares, OK?
Agora, as virtudes Morais, em sentido próprio, em primeiro lugar, nós temos a
justiça, a justiça é a virtude moral de dar a cada pessoa aquilo que lhe é devido.
Segundo a ordem da reta razão, aquela que foi aprimorada pela prudência nem
mais e nem menos.
Ela aperfeiçoa a faculdade dá vontade a potência da alma, dá vontade.
A fortaleza é a virtude moral de resistir.
Segundo a ordem da reta razão, aquela vem morada pela prudência, aos
obstáculos que vão se interpondo entre o sujeito agente e o bem que ele deseja,
certo? O bem que ele deve realizar mediante a sua ação.
E ela vai atuar sobre o apetiteirassível.
Por fim, nós temos a temperança, que é a virtude moral de desfrutar segundo a
ordem da reta razão.
Os bens, prazenteiros, os bens deletáveis, ou seja, ela vai aperfeiçoar. Ela vai
residir, morar no apetite, concupisível.
Perceba, então, todas as virtudes, elas possuem uma relação de dependência
para com a prudência, certo? Que a única virtude que é intelectual e moral ao
mesmo tempo, além disso é chamada reta razão no agir. Ela também tem 2
nomes interessantes que definem a sua relação com as outras virtudes, ela é
chamada a origar virtutum. A condutora das virtudes e também genetiix virtutum,
geradora das virtudes, perfeito? E nós vamos nos aprofundar em cada uma dessas
4 virtudes cardeais nas aulas que são específicas para cada uma delas. Tá, aqui
nessa aula, nós vamos nos dedicar a estudar o tema das virtudes no geral, OK?

Bom, então como são adquiridas as virtudes? Perfeito? Bom, nós falamos até
agora aqui que tem uma educação, né? Tem uma mudança, tem um processo
certo, então existe uma pedagogia da virtude, certo, pela sua própria natureza,
viu? Bom, fica muito claro.
Que existe um processo educativo dos apetites humanos, certo? Das paixões
humanas, dos afetos humanos, eles nascem prontinhos ali, né? E não é uma
decisão racional que vai fazer com que da noite pro dia eles fiquem educados.
Não tem um processo isso não se dá imediatamente. Existe um processo, existe
um processo através do qual nossos apetites vão se adequando, vão ficando
amigos da nossa razão. Perfeito?
E veja bem, a própria razão precisa se tornar reta. Ela também precisa adquirir
uma virtude para que ela saiba apresentar os bens que são correspondentes de
fato, que são meios eficazes para me fazer chegar no fim último seja que vai estar
de acordo com a realidade mesmo. Está bom, então, em primeiro lugar, é decisivo
que a inteligência humana identifique verdadeiramente os bens verdadeiros, tá?
Aqueles que de fato conduzem o ser humano ao seu fim último, aqueles bens que
vão de fato se adequar ao projeto da finalidade da vida humana que vai me levar
à Felicidade.
Então, a partir desse momento, ou seja, a partir dessa razão que se torna reta, é
uma razão retificada, inicia-se uma pedagogia da afetividade, cuja formação se dá
da seguinte forma, anotem aí.
Interpretar as paixões primeiro lugar, que é saber a raiz, a causa dos meus
sentimentos, certo? É mais ou menos o que aquele autor que escreveu um livro
chamado é deuses feridos, diz na sua sigla CO, como uma disciplina ali para para
sua pedagogia específica. E o ‘C’ é o curiosity, que é esse interesse em saber a
origem aqui.
Dos meus sentimentos, das minhas paixões até das minhas más inclinações, OK?
Em segundo lugar, avaliar as paixões, ou seja, uma vez que eu conheço a causa
dos meus sentimentos, a raiz dos meus sentimentos, eu preciso avaliar até que
ponto eu sou capaz de enfrentar.
Situações em que eles afloram, ou seja.
Começar a ter aquela autoconsciência de que eu sei que em certas situações, tais
sentimentos se tornam mais aflorados, mais evidentes, mais gritantes, mais
Fortes. Conhecer as reações que me são mais próprias e fazer uma avaliação e
ateque ponto eu vou ser capaz de enfrentar, de realmente conseguir lidar e
educar esse sentimento naqueles momentos em que eles aparecem de forma
mais, forte de forma mais intensa.
Forma mais pesada, tá? E o terceiro ponto, que é dirigir as paixões, uma vez que
eu avaliei as paixões, eu vou tomar uma decisão que vai contra ou a favor do que
inicialmente aquela paixão queria. Ou seja, vou mostrar pra aquela paixão aqui:
“Olha agora isso que você deseja está de acordo com o que realmente esse objeto
promete.” Então isso vai me levar, vai levar ao fim, vai conduzir gradativamente a
perfeição, a Felicidade ou não? Ó isso que você quer? Isso não vai cumprir o que
promete. Esse negócio é paraguaio, né? É pirata?

Então nós vamos escolher uma outra coisa, vamos resistir, então esse processo
obviamente, não é simples, bom. Ele é simples, não quer dizer que seja fácil.
Ele não se dá de uma vez só, certo? Mas é uma vez que a motivação ela vai sendo
corrigida pela racionalidade que identificou os bens que efetivamente conduzirão
o ser humano à Felicidade.
Nós vamos começar um processo de busca por essa conaturalidade com o bem.
Ou seja, em até um certo momento eu vou ali aceitar ou não aceitar o caminho
que aquela paixão que aquela aquele apetite, aquele afeto, está querendo me
levar, agora o que eu quero é que, em certo momento, a paixão tem uma
conaturalidade com o bem.
Que ela coopere com a razão.
Para que ela leve, de fato ao bem esse processo.
Não é rápido?
E também não é muito complicado.
É simples, gente relativamente, mas isso não quer dizer que não exija esforço e
tempo. Esse processo é a repetição frequente de ações virtuosas. De qualquer
jeito, não com uma boa motivação.
Não basta a simples repetição de atos virtuosos. Às vezes a gente discute um
tema interessante.
Que são, por exemplo, alguns países.
Em que algumas ações nos parecem tão, tão belas, tão lindas, né? Países assim?
Em que parece que o sujeito não não consegue pensar em fazer um mal, né? No
sentido de sujar uma rua, ofender uma pessoa que está passando, ou seja,
parecem pessoas virtuosas, mas ao mesmo tempo, são países com alto índice de
infelicidade, alto índice de suicídio, por exemplo, alto índice de depressão.
Países que investiram em certos caminhos no campo das políticas sociais e
públicas que não estão de acordo com a Felicidade do ser humano.
Triste, porque,lembra, não basta a mera repetição de atos que correspondentem
as não que correspondem às virtudes atos que parecem bons, é preciso que esses
atos sejam feitos pela motivação correta.
Uma coisa é eu repetidamente agir, porque a minha razão sabe que aquilo é bom
para mim, que aquilo é bom para o outro, que aquilo vai me levar e levar o outro
a Felicidade.
Outra coisa é eu agir, porque eu me acostumei com a ideia de que o estado é uma
entidade agigantada e que eu preciso me submeter a ela, porque sim.
Isso não me educa meus afetos, eu posso, tá roboticamente? Acostumado a fazer
certas coisas. Ou seja, eu tenho boas ações, mas eu não tenho boas motivações,
não tenho bons motivos para agir. Eu só ajo.
Isso faz toda a diferença. Os atos propriamente virtuosos são aqueles que
correspondem efetivamente, são bons atos, né? Mas tem uma boa motivação.
E eu preciso repeti-los reiteradamente está, seja?
A pessoa fazer tais atos não garante que ela seja virtuosa, tá? A virtude é o
resultado desse processo de repetição reiterada desses atos.
Enquanto o sujeito não atingiu ainda essa conaturalidade com o bem, ela é
continente, ou seja, ela segura a onda, ela controla a paixão ali, o afeto, quando
percebe que não está no caminho certo. Mas ela ainda não é virtuosa, tá? Então
isso é continente, arte e segura o incontinente, né? Ele é a pessoa que até
identifica, o bem ele sabe que o bem está lá, mas ela não consegue agir
exatamente neste sentido. Não é nem igual o continente, o continente faz, ele
consegue repetir com muito esforço e sacrifício.
O incontinente, ele sabe qual é o caminho que era interessante, só sabe qual o
caminho que, vai conduzi-la a felicidade, Mas ele não faz. O incontinente é o
típico cara que fala, eu sei racionalmente que isso vai ser bom para mim, mas eu
não consigo. Isso é o incontinente, perfeito?

Agora.
O vicioso, é mais complicado, porque o vicioso atingiu uma conaturalidade com o
mal. Ou seja, ele repetiu reiteradamente atos maus, atos que conduzem a sua
imperfeição, que desviam da sua finalidade atos que não vão levar a sua
Felicidade com uma motivação má.
Certo?
Ele possui, então um hábito operativo mal que é o oposto da virtude é o vício. Um
vício, não se instala rapidamente.
É mais ou menos aquela situação. Aquelas discussões sobre dietas que perdem
peso rapidamente, certo?
Ora, a pessoa não ganhou peso rapidamente.
Né? Ou seja, a pessoa que chegou a um grau de obesidade mórbida teve um
caminho na vida dela, um caminho de escolhas.
E esse caminho para sair de lá, de mudar as os seus hábitos vitais que conduziram
a essa situação que ela não quer permanecer.
Isso demora também do mesmo jeito que o vício não se instalou repetidamente.
Pra sair, é duro.
Sujeito foi violentando a sua consciência reiteradamente, para que ele adquirisse
de fato, conaturalidade com o mal. Ele foi violentando, certo?
Que que eu chamo de violentar a sua consciência? Não sou eu que chamo isso, é
um termo clássico mesmo. A consciência ela já é um ato, ela não é uma potência,
certo? Que ele tem. Não vou explicar em detalhes aqui, que tem vários elementos
em deres e tal... Mas a consciência, ela acusa ela me mostra, ela me diz se eu
estou agindo conforme a minha natureza, a natureza das coisas, se eu estou
agindo conforme aquilo que vai me levar, a minha finalidade última, certo?
E veja bem, é uma consciência, não nasce corrompida. Eu vou dar um exemplo
trágico do que que é isso.
Eu já li em um livro.
Que eu não me recordo agora o nome, mas falava sobre uma certa polícia secreta
nazista. E que falava que tinha uma disciplina para que os seus seus soldados,
seus membros ali passassem a matar, sem sofrer matar e torturar sem sofrer,
bom, o passo era muito simples, mata e tortura muitas vezes.
Primeira vez, é horrível.
Segunda vez é ruim. A terceira vez vai ficando mais ou menos até que chegue uma
hora que eu não sei tomar problema nenhum em matar e torturar.
Já assistiram A Lista de Schindler, né?
Aquele sujeito cínico.
Que vai lá e chama o Schindler, e simplesmente porque quis, ele foi lá e deu um
tiro lá na mulher.
Veja aqui, coisa triste pode ser o vício, sabe, o vício é uma corrupção, é uma
desumanização. Então, do mesmo jeito que existe a pedagogia da morte nazista,
né?
Existe a pedagogia da vida, que é o que nós queremos aqui. O vício se instala
gradativamente, até que eu atinja conaturalidade com o mal.
Portanto, a virtude também se instala gradativamente até que eu atinja
conaturalidade, com o bem. Esse processo gradativo é essa, repetição de atos.
Mas eu preciso frisar o ponto, não é simplesmente repetir como que
inconscientemente, até que eles se tornem automáticos, é repetir esses atos de
acordo com a reta razão, seja a razão em primeiro lugar, se adequou ao ser
extramental, se adequou a realidade dela mesmo, do próprio ente humano e das
coisas, a fim de compreender uma certa coisa que depois ela não consegue
revogar. Ou seja, eu estou com uma razão educada, reta, razão, e essa razão vai
conduzir a persecução da virtude vai conduzir gradativamente a repetição desses
atos. Atos realizados como boa motivação, perfeito?
A virtude não está nos atos.
A virtude está no fim desse processo, quando as paixões foram efetivamente
educadas, de modo a atingir a conaturalidade com o bem, de maneira que o
sujeito habitualmente, ou seja, ele tem uma disposição estável para agir de
acordo com o bem.
De acordo com o bem verdadeiro que vai conduzir a Felicidade. Isso é o que
efetivamente nós queremos e é por isso que não é simples assim. Fala-se muito
em educação das virtudes. Ensinar as virtudes. Isso não é tão simples. Educação
das virtudes não é falar sobre virtudes.
Educação das virtudes é o exercício de me submeter reiteradamente ao juízo da
minha reta razão e veja bem, isso demonstra sobretudo para o outro que eu
quero educar normalmente o meu filho, por exemplo:
Que aquilo faz com que eu vou sendo mais feliz
Percebe a virtude é algo que, entre aspas, pega, encanta, mostra que é bom na
vida do virtuoso.
Uma coisa que vem desde Aristóteles é a régua da virtude, é o virtuoso.
Não é algo abstrato, a pessoa virtuosa é a prova de que a Felicidade é possível.
De alguma maneira, é a prova de que existem vidas mais plenas do que outras.
Então quando eu tenho exemplos de pessoas virtuosas circulando ao meu redor,
sejam próximas, sejam exemplos contados em histórias, né? Giuseppe abá, por
exemplo, ele falava muito da educação ali, da virtude pela experiência moral
préfilosófica, né? Através da literatura e tudo mais, tem obras interessantes nesse
sentido. Conhecer boas histórias.
Então você que pretende educar as virtudes de alguém de um aluno dos seus
filhos e tudo mais. Em primeiro lugar, entenda, você precisa se engajar num
processo de busca pessoal de virtude, para que você demonstre que uma vida
virtuosa é uma vida mais feliz, uma vida mais plena, mais perfeita.
Entendeu? Isso é um processo para a vida toda.
Porque a tessitura lembra da analogia da roupa, da veste? Ela vai se construindo à
medida em que eu vou me aperfeiçoando, eu vou construindo aqui eu vou tendo
virtudes que vão me tornando cada vez mais apto a atingir a minha finalidade
última.
E agora eu espero que vocês tenham compreendido bem esses elementos que
nós discutimos aqui. Agora nós temos tudo o que nós precisamos para discutir
cada uma das virtudes cardeais, perfeito? Até já.

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