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VIRTUDES HUMANAS

Aula 5 - A Fortaleza

Pois bem.
Agora nós chegamos no ponto em que vamos falar das virtudes que moderam
diretamente, porque as outras, de alguma maneira, moderavam de maneira
indireta as paixões humanas, que são aqueles que são aqueles movimentos
oriundos da nossa parte mais apetitiva propriamente afetiva mesmo, tá? E a
primeira que nós vamos falar é a virtude da Fortaleza. Para isso nós vamos
conversar um pouquinho sobre alguns possíveis impedimentos. Dá vontade, que é
o que, em última análise, vai guiar os atos humanos, lembra.
A vontade pode ser impedida de seguir a reta razão de 2 maneiras.
Primeira maneira: Quando um bem deleitável um bem simples, um bem
prazenteiro, certo? Atrai a vontade para fora do domínio da reta razão.
Quem suprime esse impedimento é a temperança.
Mas tem uma outra maneira, quando sobrevêm uma dificuldade que afasta a
vontade do campo, da racionalidade, uma dificuldade uma coisa difícil, dura.
Certo? Que vai fazer com que a vontade desista de ir em direção ao bem que lhe
é própria, que lhe é próprio.
Afastando-a do campo da racionalidade.
Para eliminar este impedimento, é necessária a virtude da Fortaleza da alma, que
vai resistir a este tipo de dificuldade e é Ela que nós vamos estudar agora.
E parece bem simples falar que a vontade, perdão, de que o sujeito da Fortaleza,
ou seja, aonde a Fortaleza mora, onde ela reside, é o apetite irascível.
Vamos recapitular. O apetite irascível é aquela paixão humana, é aquele apetite, é
aquele movimento da nossa alma em direção ao mundo certo, aquele vetor da
alma em relação ao mundo. Quem me dirige aos chamados bens árduos e aqui eu
preciso explicar um pouquinho uma coisa, existe uma compreensão muito
equivocada sobre os bens árduos que rola por aí, tá?

Em Geral, o que que a gente faz?


Bens deletáveis bem simples, bolo de limão, torta de limão, na minha frente
E bem árduo, passar no concurso é o bolo de limão em cima da Montanha. É
enfim, não é bem isso.
O apetite iráscível, ele é o guardião do apetite com concupsível, ou seja. Em
última análise, ele está no campo do apetite sensível, então o objetivo final ali é
um bem sensível material, você passar num concurso por exemplo, ganhar
dinheiro.
Dinheiro é oque? É um bem sensível, é um bem prasenteiro.
Só que para passar num concurso, é preciso fazer uma série de coisas. É preciso
acordar todos os dias num horário às vezes muito cedo, estudar muitas horas por
dia, abdicar de uma série de coisas, me sacrificar.
Nesse jogo aqui que eu tenho um sujeito que deseja passar num concurso, aí lá
no final eu tenho a aprovação no concurso e no meio eu tenho o processo de
estudar pro concurso, onde está o bem árduo aqui?
Não está no concurso. O concurso é o bem deleitável.
O bem árduo é o processo, o apetite rascível deseja, é o sacrifício. Ele deseja se
ferrar para chegar lá, ele deseja pagar o preço. O apetite irascível deseja pagar o
preço. Ele deseja o bem difícil, o bem árduo.
Então, se eu tenho um bolo de limão no topo da Montanha, o apetite irascível
deseja a escalada, o esforço, o sacrifício. Então a Fortaleza é a virtude que vai
fortalecer o apetite irascível.
Vai deixar ele preparado.
A Fortaleza é a aceitação consciente dos perigos e a capacidade de suportálos. Já
dizia Cícero, eu entendo que existe perigo, que existe dor, que existe sacrifício,
mas eu vou assim mesmo, eu quero pagar o preço, perfeito?
Ela tem por objeto principal, duas paixões próprias ali, paixões, lista de paixões,
além das suprapaixões, os apetites, você tem as paixões que se desenvolvem,
daqueles apetites.

Sobretudo o medo e a audácia, ou seja, ela se refere ao medo de coisas difíceis


que podem coibir a vontade de seguir a razão, certo, resistir ao medo. Mas além
de resistir, eu também preciso passar para a ação, certo? Então, ou seja, é
necessário audácia é necessária a audácia para que eu, resistindo ao medo,
resolva agir mesmo assim, entendeu? Então, medo e audácia coibir, o temor,
coibir o medo é o objeto por excelência, mas eu preciso coibir o medo para que a
audácia venha, moderada, também. Audácia segundo a ordem da reta razão.
Então, ela coíbe o temor e modera a coragem.
A Fortaleza tem como objeto em por excelência o medo da morte, entendeu? No
sentido mais próprio, alguém forte é alguém que não é o cara que enfrenta
qualquer adversidade, mas que é capaz de no momento necessário enfrentar o
perigo da própria morte, ou seja, o maior Mali, o maior mal, material, entendeu?
Ou seja.
Por isso se diz que, apesar de moderar a coragem no campo da ação, tendo
objeto, audácia. A Fortaleza consiste muito mais em reprimir o medo. O ato
principal da Fortaleza é resistir.
Veja.
Se, em última análise o forte, aquele que é capaz de enfrentar os perigos da
morte, ele é capaz de moderar, é capaz de resistir o medo da morte, que é o
medo material por excelência, que vai, vamos dizer, desdobrando em todos os
outros medos, eu tenho que ser capaz de reprimir o medo. Sçao Tomás chega a
dizer que é muito mais difícil reprimir o medo do que moderar a audácia. Vamos
lá, a própria coragem de agir depende da moderação, do medo. Não adianta eu
moderar a audácia se eu antes não moderei o medo, é preciso primeiro eu
segurar a onda do medo para que eu possa desenvolver a partir dali, ou seja,
quando o medo vai murchando vai saindo um pouquinho de cena. Ele dá espaço
para que isso sobrevenha a potência da coragem, a potência da audácia que
também precisa ser moderada.
Perfeito? Então o ato próprio da Fortaleza é um ato de resistência. É um ato de:
“OPA, calma aí, cara, segura a onda.”
Entendeu?
“Vai lá p#@*, seja forte.”
O que que o forte visa?
Veja, o justo visa o bem do outro. O forte visa o próprio bem.
Certo?
“Ó então forte é um egoísta?”
Lembra a virtude é Una então, para ser justo, é preciso ser forte para ser forte, é
preciso ser temperante para ser... entendeu? Para ser tudo isso tem que ser
prudente, ou seja, todas essas coisas estão contribuindo para o meu bem e para o
bem comum.
O justo não é alguém com uma única virtude. O justo é aquele que desenvolve as
virtudes.
O virtuoso, certo? E aqui o justo que quer o bem do outro ele também precisa
saber como buscar o bem para si. Ame o teu próximo como a ti mesmo, não é
assim?
Entretanto, não há propriamente prazer na ação do forte.
Como que eu explico um negócio desse?
Se o virtuoso, por definição, ele precisa se deleitar com o ato de virtude, não é? Aí
a gente disse que o virtuoso não é aquele que aguenta e é continente, não. Ele
tem satisfação com o ato de virtude.

Acompanha comigo.
São Tomás diz que há 2 espécies de prazer.
Uma delas é o prazer físico que é produzido por excelência, pelo tato corporal e o
outro é o psíquico, produzido pela apreensão da alma, o forte não encontra
prazer físico na ação de Fortaleza. Dói? Mas ele se deleita, segundo o prazer
psíquico. O ato de virtude em si mesmo é o de seu fim, perfeito em si mesmo e de
seu fim.
É a própria satisfação psíquica, o próprio ato de virtude e o fim dele.
Ainda que ao mesmo tempo apareça uma certa tristeza na alma é igual aquela
coisa; “Pô, acordava todo dia para estudar para concurso e tal.” O cara dói, pô,
claro que dói.
Mas existe uma satisfação naquilo.
Lembra?
Voltando aqui, a psicologia positiva de Martin Seligman, que que ele diz ora,
existe o prazer e existe a gratificação, no ato de Fortaleza não existe prazer
propriamente dito, mas existe a gratificação que é vamos dizer como, por
exemplo, flow de mihight six and mih. É aquela... “Nossa cara! A virtude é
gostosa.” Entendeu?
Tão forte ele se deleita na sua própria força, na sua ação de Fortaleza, mas é um
prazer psíquico que convive, inclusive com uma certa tristeza da alma.
Mas supera.
A Fortaleza se manifesta sobretudo, lembra lá, lembra daquele caso lá do
covardão da avalanche, Lembra ele. Ali eu usei como exemplo da falta de solésia,
mas é, sobretudo um exemplo de falta de Fortaleza, porque a Fortaleza se
manifesta, principalmente os casos repentinos, ou seja, é quando eu não tinha
como planejar e sobrevêm uma situação que me causa um temor, real e terrível
ali, no caso, é um temor de morte. Eu tenho que saber ser forte para enfrentar
aquele temor e é sobretudo nesses casos em que eu me demonstro
particularmente forte.
Perfeito?
Então veja bem, assim como no geral, reconhecemos o virtuoso, sobretudo como
nos seus atos de justiça dentro da Fortaleza reconhecemos, sobretudo, o forte
nos seus atos de Fortaleza repentina diante de uma situação inesperada,
perfeito?

Falamos de apetite irascível, certo?


Às vezes, as pessoas confundem um pouco essa coisa de, Mansidão versus
Fortaleza. Que maluquice é essa? Mansidão faz parte, e ser duro, ser irado em
certos momentos também faz parte, a ira boa, a ira enquanto paixão, não
enquanto vício, ela é uma paixão moderada pela razão que vem auxílio do forte.
O forte utiliza essa paixão irada para agir na hora que é necessário.
A visão dos estoicos desconsiderava qualquer valor positivo das paixões, mas não
é essa visão que nós pensamos.
Para os históricos, qualquer ira, qualquer concubiscência é ruim. Eu quero ficar
impassível, não é assim que a gente entende as coisas.
Nem na filosofia cristã, nem na boa filosofia pagã, nem na boa filosofia cristã e
nem na boa filosofia pagã.
Então, nesse sentido, há no expressismo, uma corruptela na compreensão própria
do que é ser humano, ou seja, há um anti-humanismo, uma negação de uma coisa
própria, do ser humano, com suas paixões, ou seja, existe uma boa ira que é a ira
que vai ao encontro do forte. Vai auxiliar, deixe-me te entregar essa energia que
vai fazer você agir bem diante dos bens árduos, entendeu? Algumas pessoas são
engraçadas, falam que assim algumas coisas precisam ser feitas no ódio. Não é
propriamente isso que a pessoa quer dizer, mas tem que ter um ímpeto, tem que
ter uma força, entendeu?
Ou seja, a ira só é má quando ela é imoderada.
Quando ela não é guiada pela reta razão.
Mas se ela é guiada pela reta razão, ela vai ajudar e muito.
Diz Jordan Peterson se você tem medo do que é capaz, um homem forte espere
até ver o que um homem fraco é capaz de fazer.
Também dizia o bom homem não é aquele inofensivo, mas é a besta controlada, é
aquele que é capaz de ser uma fera, mas não é.
Mas é capaz de ser uma fera na hora certa, entendeu?
Então vamos lá, vamos falar um pouquinho, dessas, a gente falou um pouco por
alto aqui, dessas coisas que a Fortaleza modera, né? A primeira delas, o mais
importante, é o temor, certo? Temor aqui se não for moderado pela Fortaleza, é
um vício, o que é o temor? É o medo indevido.
O medo enquanto pura paixão ele é neutro, certo? É necessário que, por
exemplo, o que que vai me indicar inclusive, se eu vou precisar agir com uma
certa energia a mais.
Fugir, salvar uma pessoa, enfrentar uma luta, é o medo. O medo é que vai me
dizer, olha, esse negócio aí, vai dar zebra, né? Até aí tudo bem.
Mas o medo indevido é o que faz aquele sujeito lá, o pai de família, sair correndo
e deixar a esposa e filhos ali.
Esse é o temor. É um vício.
Mas também é um vício, a intrepidez.
Que que é intepidez? É a ausência de qualquer temor ou um temor em menor
grau do que deveria ou seja, de qualquer medo. É necessário que haja algum
medo.
Lembra? A gente falou, o medo é o que vai me indicar, seu, que recurso eu vou
ter que precisar lançar a mão para me proteger, para proteger os outros? O
intrépido é aquele sujeito que se lança as situações sem o guiamento da reta
razão desconsiderando os perigos que são próprios das situações. O intrépido não
é o forte.
Ele é o louco.
Ele é um sujeito que falta alguma coisa na percepção da realidade dele.
Por fim, a audácia, o que que é a audácia no sentido aqui, ruim? É a audácia de
medida, é a precipitação, ou seja, é se eu estou aqui na rua, estou aqui
caminhando pela rua do Rio de Janeiro e de repente vejo uma pessoa que cai no
chão e começa a se estrebuchar, se eu não tenho os conhecimentos necessários
de primeiros socorros sabe, bom e eu me lanço a fazer qualquer coisa ali, sei lá,
eu já vi num filme a pessoa fazendo...
Eu saio batendo o coração delas de qualquer jeito, dou um assoprao na boca dela
achando que estou fazendo faço respiração boca a boca ai pneumotóxica aí eu
acho que eu vi num filme que dá pra furar aqui do lado com a caneta pra fazer a
pessoa... Cara eu posso matar essa pessoa.
Claro, pode ser que eu tenha que fazer alguma coisa se eu não aparecer ninguém,
mas se eu me lanço de qualquer forma; “Vamos lá!” Eu não sou médico e saio
fazendo. Eu estou sendo audaz no sentido ruim, no sentido vicioso. É uma
precipitação, uma audácia desmedida, perfeito. Agora vamos estudar as partes
das fortalezas da Fortaleza, ou seja, as virtudes anexas a Fortaleza.

A primeira delas é a magnânidade. Olha que nome bonito. Magnanimidade,


magna alma, magna anima, grandeza de alma, a alma que tende a grandeza, uma
alma orientada, ordenada para grandes ações, consideradas como aquelas que
consistem no emprego excelente de um bem superior. Quero realizar grandes
coisas.
Magnanimidade.
É nobre, a nobreza de alma. Veja que interessante.
Sabem o que São Tomás diz? “Qual o objeto da magnanimidade? As honras.”
As honras, Hugo, não são algo ruim desejar as honras não é algo ruim?
Não só se você já tiver sido contaminado pela mentalidade coitadista que surge
em um certo momento, na minha modernidade, uma mentalidade burguesinha
apequenada. Vira os olhos para as grandezas. A honra não é má, ela não é a maior
dos bens, mas ela é um bem excelente.
Eu vou explicar o que que é a corrupção do desejo, da honra já já.
Outra coisa interessante, digna de nota também.
Dinheiro, por exemplo.
A Riqueza é má? Não sei. Depende, São Tomás diz na soma teológica que as
riquezas podem contribuir para a magnanimidade. Por quê? Bom, se eu quero
fazer grandes coisas eu tenho meios de ação para fazer grandes coisas.
Olha que interessante.
Agora existem os vícios opostos. Um deles é a presunção.
Ela opõe-se à magnanimidade por excesso, o presunçoso, ele é o famoso, se acha
ele não é, ele se acha.
De outro modo, eu também tenho uma ambição que aí a ambição é o problema, a
ambição, ela deseja a honra de modo desordenado e egoísta. O magnânimo, olha
que sutileza, o magnânimo, ele deseja as grandes coisas. Ele deseja realizar
grandes obras, grandes coisas.
E tendo como fim a honra.
O ambicioso ele deseja, em primeiro lugar a honra, mas de modo desordenado e
egoísta, ele quer ser honrado parecido com a ambição, você tem a vanglória.
Que é o apetite de Glória vã vazia é pior ainda. Ou seja, eu desconsero inclusive
os meios necessários para ter a Glória. Eu só quero a Glória.
Eu só quero receber os louvos.
Mas os louvos são da Vitória. Não, não, mas não precisa de Vitória. Eu só quero os
louvos. Eu quero ser honrado, mas pelo quê? Não interessa. Eu quero ser
honrado, vã Glória, Glória vã, Glória vazia, uma honra que não tem motivo, isso é
um vício, isso me diminui, me desumaniza.
A pusilanimidade, ela também se opõem a magnanimidade, opõem frontalmente
porque ela se opõem por um déficit.
O posilânime é mais ou menos, é o pior que o covarde o posilânime. Ele
permanece sempre abaixo da sua potência. Ele se recusa a avisar o que ele é lhe
proporcional. E isso, particularmente no cenário brasileiro, é muito importante.
Porque, veja bem, existem culturas que que vão tender para o outro lado. No
Brasil, existe uma cultura que tende a pusilânimedade as pessoas que acham que
é virtuoso, “Eu sou um coitadinho. Eu sou um gatinho. Eu não preciso de nada. Eu
não quero nada, não sei o quê...”
Não, isso é um vício, isso te diminui. Isso faz com que você não entregue aquilo
que está esperando de você. Você também tem talentos. Você precisa botar as
suas potências para girar.
Tem que fazer a roda girar, tem que botar suas potências para seus talentos para
gerar frutos, render frutos, entendeu o pusilânime ele não faz isso, ele é cagão,
ele tem medo, o pusilânime ele tem medo desordenado e por isso ele, ele fica
diminuído. E o pior, quando você tem uma cultura que reforça isso parece que o
magnânimo é que é o vicioso.
Terrível, né?
Bom, se o magnânimo já é difícil de compreender no nosso cenário, o
magnificente é mais estranho ainda.
Magnífecente, Hugo, qual a diferença de magnanimidade para magnificência?
Vamos lá, o nome é parecido, né?
Magnificência tem o sentido próprio de tendência a operar grandemente, tá? Mas
o magnânimo também é tendência às grandes obras, né? Só que tem uma
diferença. A matéria da magnificência é mais específica lembra quando eu falei da
liberalidade? A liberalidade tem a ver com a capacidade de você colocar seus bens
materiais, seu dinheiro para, pô, para ajudar as pessoas, para ajudar a obra e tudo
mais, certo?
A magnificência é específico para as grandes despesas. É gastar muito dinheiro
visando uma grande obra, magnificente é aquele que é capaz de torrar grandes
quantidades de dinheiro, para um grande bem.
Não é a prodigalidade que só Torra dinheiro à toa. Isso é um vício, mas é
contrário. Olha as vez o Ítalo comenta, né?
“Pô, fulano de tal pediu não sei o que eu fui la e dei.”
Entendeu? Isso é magnificência, ou seja, é um sujeito com uma pessoa que
consegue ver a necessidade de poxa, se eu tenho um grande capital, porque não
dar uma grande ajuda?
Entendeu?
Sim, mas isso tem a ver com gastos virtuosos mesmo para fazer grandes obras. Só
se faz grandes obras assim.
Porque existem pessoas que são magnificentes, entendeu? E que falta fazem as
pessoas magnificentes do lado bom, porque tantas coisas boas podiam ser feitas,
né? Se os nossos ricos, tivessem mais magnificência.
Perfeito.

O vício, o oposto, a magnificência, é a parcimônia, a parcimônia é agir como modo


de modo pequeno. É agir com muito cálculo, entendeu? É você ficar calculando ali
sabe tudo o que você vai fazer ali com o dinheiro é parcimonioso ai não pode nem
por causa disso não sei quê não sei que lá, entendeu?
É diferente, a parcimônia é diferente, da previdência, né? Da providência, com o
seu dinheiro, faz parte da prudência. Saber poupar, saber guardar, saber tudo isso
faz parte, tudo normal, mas, a parcimônia, ela é um vicío, porque ela tem de agir
sempre de modo pequeno, sempre com muito cálculo. Como tem gente assim é
pão duro.
Vamos lá, vamos dar nomes aos bois.
Outra virtude anexa muito interessante e muito falada da Fortaleza é a paciência.
A paciência é uma virtude anexa da Fortaleza. É uma virtude que está no cortejo
da Fortaleza. É suportar os males com igualdade de ânimo, sem nos deixar
perturbar pela tristeza. Isso é paciência.
“Ai, haja paciência, fulano está...” (Resmungando)
Isso não é ser paciente, pô, isso é só aguentar. Paciência é suportar sem nos
deixar perturbar, suportar os males com igualdade de ânimo.
Com força, com o que é próprio de um forte sem medo, a paciência é uma virtude
que está o cortejo da Fortaleza. Obviamente que o vírus oposto é a impaciência e
eu não preciso nem falar sobre isso, certo?
Existem ainda mais uma virtude da Fortaleza.
Que é uma daquelas pessoas no Instagram, mais reclamam pra gente, né.
Perseverança, persistir em um bem até que ele atinja a sua consomação e a
constância é uma virtude que pertence a perseverança. Então você vê como as
coisas vão acontecendo. A constância é uma virtude que está no cortejo da
perseverança, que está no cortejo da Fortaleza. Então, ou seja, ter constância, ter
perseverança, ter Fortaleza, ou seja, é diferente de você ter um ato único,
repentino, de força, de coragem. Não, para você perseverar, persistir em um bem,
mesmo com toda a dureza que ele me oferece, persistir até o final, perfeito.
E os 2 vícios opostos a perseverança são:
Em primeiro lugar, a moleza.
A moleza é o vício que consiste em renunciar facilmente um bem por causa de
sua dificuldade por causa de dificuldades, as quais eu não pude resistir. Eu cedi
facilmente a pressão. Ou seja, eu não quis pagar o preço, certo?
Ser mole é não pagar o preço pelo bem que eu desejo.
É uma desistência, moleza, é um termo técnico mesmo, tá, gente?
Mas também tem o outro lado, que é o excesso.
É a teimosia. Teimosia é obstinação excessiva ou desordenada, certo? E uma vez
eu vi um documentário chamado hardware strongger faster, aí ele falava sobre
uma cultura do anabolismo de querer ser fortão a qualquer custo e tal, tem suas
vantagens, suas desvantagens. Assim, metade mais de uma coisa que eu achei
interessante é, era eram irmãos, e um dos irmãos, nossa, dava uma tristeza velho,
porque assim ele era casado e tal, e ele já tinha filho.
E queria, porque queria ser um wrestler, ele queria ser um wrestler de tipo
telecatch mesmo, sabe? E aí ele ficava fortão e aí fazia vídeos assim, de tipo um
vídeo do big Brother, que você faz um vídeo, ele fazia um vídeo assim; “Ah, eu sou
fulano de tal e vou fazer, não sei o que eu vou acontecer”
E ele já era um homem maduro já era um homem mais velho, tinha a sua esposa,
tinha seus filhos e ele não entregava tudo para os seus filhos. Ele sempre parecia
triste porque ele não tinha conseguido atingir sua meta de ser um restler, e olha
que tristeza e ele era teimoso obstinado naquele motivo besta que ele viu que
não ia, já tinha passado da idade, não ia dar mais.
E eu vi a mulher dele chorando.
Sabe, chorando.
Falando assim, sabe, sobre como ela se sentia mal, sentia inútil porque ela não
tinha sido capaz de dar para ele a Felicidade dele.
E que eu sentia que só aquela meta idiota dele, poderia dar.
Então a teimosia é terrível também, tá legal?
Então agora a gente vai chegar na nossa última aula em que a gente vai estudar a
virtude que modera a próxima paixão que nos interessa. A próxima apetite que
nos interessa.

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