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PENSANDO POR PENSAR

*tratamento puramente lógico

Se existe um criador onipotente, onisciente, algo que seja consumador de todas as coisas.
Tudo, então, foi criado e é sabido por ele, tudo que acontece é de seu conhecimento, e se ele
é quem consuma, as coisas devem ser permitidas pelo mesmo, fato muito mais reforçado por
sua onipotência, podendo tudo, o que aconteceu deve ser permitido, pois se a opinião dele
fosse contrária o resultado nunca existiria. Portanto, nossa realidade como um todo esta
sobre seu querer.

A questão primeira levantada é qual é esse querer, muito mais profundo, ele é consciente ou
não? Um ser onipotente não pode se dar a consciência? Claro que sim, mas e se ele não quiser
e se ele quiser a inconsciência , isso precederia uma consciência? A onisciência envolve um
conhecimento sem limites, envolve a percepção de si mesmo, de qualquer tipo de pensamento
e atitude em ato e em potencia, supõe um total conhecimento de seu interior e de sua
organização, fala sobre um total e pleno entendimento de si mesmo e de todos os eventos que
ocorrem consigo e no seu entorno, onisciência exige uma consciência, pois ter todos os
conhecimentos imbui em uma inteligência ilimitada, reflete sobre saber de sua existência e
saber quem ele é. Um pequeno paradoxo seria se este regedor decidisse não ter mais
consciência, ele pode fazer isso, pois é onipotente, mas ao fazer isto ele está deixando de lado
sua onisciência. A questão é parecida com a pergunta se Deus pode criar uma pedra que ele
não é capaz de levantar. Veja que os dois questionamentos estão diretamente inferindo contra
as essências estabelecidas para com este ser ( “onipotente e onisciente”). A resposta é que
ambas as características por si e entre si são Absurdas, não tem nenhuma necessidade de
seguir qualquer regra lógica ou lei de funcionamento existentes e não existentes. A capacidade
de fazer tudo, de poder todas as coisas imbui um poder de realizar paradoxos sem que esses
desqualifiquem sua autoridade, é uma habilidade que vai além do modo que conseguimos
descobrir e definir o mundo, ou seja, vai além da nossa razão.

Este consumador não precisa seguir o principio da identidade, da não contradição e do


terceiro excluído. Para tanto ele pode ser e não ser ao mesmo tempo, pode ser verdadeiro e
falso no mesmo instante, não há problema em (nesse sentido) ele ser uma “contradição
ambulante” uma vez que este pode todas as coisas , é este quem define as regras e muda elas
quando quiser, é este quem define o que é e o que não é. A afirmação de que nosso criador é
um absurdo também nos diz que ele pode ser um eterno paradoxo e com isso desqualificar
toda a lógica apresentada, uma vez que ele não se aplica a razão humana, pode-se dizer que
esta descrição é insuficiente e falsa, mas de mesma maneira não se pode nega-la, uma vez que
ela também pode ser verdadeira, pois quem decidiria isto é o próprio ser analisado, portanto,
o simples fato de tentar descrever a natureza de algo onipotente já é paradoxal.

Outro ponto a se pensar é se existiria apenas um criador, muito mais, se existir vários, suas
obras coabitam ou estão plenamente separadas, elas se comunicam entre si ou não? Estão em
harmonia? Creio que as respostas estão grande parte para a fé, mas se já é absurdo pensarmos
em algo onipotente, imagine em duas onipotências coabitando ou em confronto, isto vai muito
além do que podemos exprimir, mas uma coisa é certa, a existência e convivência delas
dependem somente delas mesmo.
Sobre qual é seu querer, não é nítida, à primeira vista, a motivação ou o objetivo do grande
regedor, o que é claro é sua soberania sobre si mesmo e sobre seus conhecimentos, se ele
sente sentimentos foi por permissão própria, se tem planos e objetivos, além de saber de
antemão que os teria e que os faria, foi ele próprio que se permitiu tê-los. A nós cabe o
seguinte pensamento: se tudo que existe e acontece é consumado por este criador é claro que
o seu querer é o que aconteceu e existe, portanto, para descobri-lo exige-se o entendimento
da criação, pois esta é a manifestação de seu desejo. Talvez nunca saibamos a motivação,
apesar de poder supô-la e com isto chegar próximo da resposta.

O pensamento de que o Absurdo pode criar absurdos e assim ser um absurdo é valida, da
mesma forma que a existência de paradoxos também é, e assim sendo, não entenderíamos
tudo, uma vez que vai muito além da nossa capacidade de compreensão, e isto é gerador da
primeira observação deste querer. Se somos consumados assim como somos, logo isto é parte
do grande desejo. Como há a possibilidade de existir coisas que por nós mesmo nunca
entenderíamos, então há um limite para o que vamos conhecer, então, uma manifestação do
querer é “Somos formados de maneira a entender apenas o que somos, em um aspecto geral
e considerando toda trajetória cognitiva possível, capazes de entender.”

SOBRE UMA HIPÓTESE EM RESPEITO AO ESPÍRITO SANTO

*tratamento com religiosidade

Tudo que percebemos passa por nossos sentidos, e só por meio deles notamos. Os sentido
funcionam a partir da matéria.

Mudanças de pensamento, de comportamento são influenciadas por contextos sociais. Há


mudanças no organismo ao experimentar experiências religiosas, sejam químicas, mecânicas,
entre outros. Nossos pensamentos e comportamentos são determinados por uma série de
fatores, estes são materiais.

Tudo aquilo não perceptível, não é cognoscível. Deus em sí não é cognoscível, pois transpassa
a matéria, portanto, não pode ser provado.

A fé é resultado da natureza, temos genes que estimulam sua manutenção, seu aparecimento
foi o grande trunfo na evolução do Homo sapiens, se é resultado da natureza, é material, logo,
a fé é material.

Sentimentos apresentam resultados neurológicos, hormonais, comportamentais, entre outras


manifestações empíricas, logo, tem seu lado material.

Deus é o consumador de todas as coisas, criou a matéria e também a governa.

O Espírito santo é o responsável por dar testemunho a nós que somos filhos de Deus
(conversão), é nosso consolador, ajudador, responsável por distribuir dons, esclarecer as
escrituras, consumar a vontade de Deus. A proposição é: O Espirito santo é uma série de
conjuntos e mudanças materiais que levam a execução de sua função descrita na palavra.

Deus é pessoal e se permite ter sentimentos. O espírito santo é Deus [ 1Coríntios 2.10;
3.16,17; 6.19,20; 2Coríntios 13.13(14); Mateus 28.19, etc] manifesto com atributos específicos,
que são usados como argumentos para defender uma visão de que ele é uma pessoa, não no
sentido de ser humano, mas no de possuir uma personalidade própria. Deus em essência é um,
em personalidade é três: pai, filho, espirito (Mateus 28.19). Sendo Deus um só, o espirito santo
como parte dele, nada impede que ele (espirito) seja uma pura manifestação dos desejos do
criador, e uma pura manifestação material, ligada a uma escala infinitamente grande e
complexa, nesse argumento os traços de personalidade vem do próprio deus coordenando as
ações, os atributos são consequência da interpretação que os homens fariam dos movimentos
que Deus orquestrou na criação. Uma vez que só percebemos cristo por fins materiais, e o
espirito é quem nos confirma a fé, que também é uma reação material, o espirito é em sí as
mudanças materiais acontecendo. Ele é Deus implementando sua cultura na terra.

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