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Leibniz
Monadologia
O Universo Monadológico: natureza, vida e expressão
O mecanicismo explica como a natureza se rege, mas não o porquê de ela se regir assim –
carece de uma fundamentação metafisica. à Dinâmica
Tudo o que exerce força é substância. E como tudo exerce força, tudo é substância.
Percepção vs Apercepção: Há certas percepções que nós não captamos não nos
apercebemos, i. e., não temos consciência mas independente disso as temos. (contra
Descartes)
Do indivíduo à mónada
Ao contrário do átomo que é estático e uma unidade sem vida, a mónada é uma alma,
unidade que contem em si automovimento e uma diversidade na unidade
Extensão não é uma verdadeira substância, mas uma idealização da mente humana.
A matéria sendo toda ela igual, pelo principio da identidade dos indecerníveis, não tem
substância verdadeira nenhuma, logo ou ela é uma ou ela é ideal, aka, não real e apenas
expressão das substâncias simples que se diferenciam
A passagem do potencial ao existente não é meramente a sua actualização mas prevê uma
certa ordem à aquilo que é mais harmonioso
“Um mundo possível é regulado pelos princípios lógi-cos universalmente válidos. Por seu
lado, o mundo actual é re-gulado pelo princípio metafísico-moral”
O principio da harmonia é o que guia a escolha de Deus para este mundo ser o mundo
melhor.
A harmonia é no entanto algo sem razão, isto é, ela é o dado primordial, a harmonia não é
uma criação lúdica da vontade de Deus, ele é submetido ao seu entendimento e à harmonia
– “Deus não é o autor do seu entendimento” (contra Descartes)
Deus é intrisicamente ordenado, Deus age de tal maneira, não porque o entendimento é lhe
algo de fora, mas porque o entendimento é a sua ordenação intriseca
“Deus não cria a harmonia, mas é ele próprio harmonia plena e infinita, que comunica a
todos e cada um dos seres.”
Apoteose Final
Teoria da Mónada
Pontos 1. 2. 3.
Todo o composto deve necessariamente ser composto de algo ultimamente simples, isto é,
indivisível, sem partes. Ora, tendo em conta que tudo o que existe na extensão é divisivel,
aquilo que é simples não pode existir na extensão como um átomo, logo todo o composto
não é composto de matéria ultimamente simples e indivisível mas de uma substância
simples indivisível e imaterial – a Mónada.
Pontos 4. 5. 6.
Para lá da sua indivisibilidade as mónadas são também imperecíveis isto não podem ser
geradas nem corrompidas, senão por Deus que somente ele, tem possibilidade de criar ou
de aniquilar as mónadas
Ponto 7.
Não há causalidade externa p as Mónadas nem elas podem ser alteradas por algo exterior,
elas são como que sem partes, e portanto, ao contrário do composto onde uma parte pode
ser alterada por outra e portanto alterar o composto, as mónadas como que com janelas
fechadas não deixam nada antigir a sua plenitude.
Pontos 8. 9.
No entanto as mónadas têm de possuir certas diferenças de qualidades para poderem
diferenciar-se entre si de alguma maneira – Principio da Identidade de os Indescerníveis: Se
Mónada ⍺ tem qualidades {a, b, c} e Mónada 𝛽 tem qualidades {a, b, c} então ⍺ = 𝛽
Definição de Mónada:
Uma substância simples imaterial, indivisivel, imperecivel, eterna e sem causalidade
externa. Cada mónada possui uma pluralidade de qualidades interiores que ora
permanecem ora mudam por um principio de movimento e dinamismo interior à
mónada.
Percepções e Apetições
Ponto 14. 15. 16.
Percepção = aquilo cujo qual num estado uma mónada apresenta
Apetição = o princípio interno do movimento que faz com que uma percepção passe para
outra
Nem todos os apetites são realizados
Crítica aos Cartesianos: só por não termos apercepção de uma percepção não quer dizer
que ela não exista
É impossível notar que uma mónada não possua uma infinitude de qualidades, visto que em
cada pensamento apercebido notamos que existem uma variedade de pensamento não
apercebidos que o acompanham
Ponto 17.
A Percepção e a Apetição não são explicáveis pela causalidade mecânica e pelos
compostos. Analogia do Moinho: A pura mecanica entre partes não consegue explicar a
emergência do sentir, do pensar, do percepcionar.
Por sua vez a percepção e apetição exaustam as acções internas que uma mónada pode
ter.
Ponto 18.
Podemos chamar as mónadas de enteláquias por funcionarem por principios interiores
Percepções e Apetições:
Cada mónada contém em si um conjunto infinito de qualidades, quando qualidades {a, b, c}
se dão num determinado estado, teremos uma percepção {a, b, c} (que no entanto não tem
de ser acompanhada de uma apercepção de {a, b, c}
As almas no entanto não são algo diferente das mónadas, na verdade são a mesma coisa, apenas
lembram-se dos estados passados → Exemplo do desfalecimento: nesse momento somos como as
mónadas simples
Cada percepção leva a uma nova percepção, logo quando nos apercebemos de uma
percepção não devemos julgar que esta é algo que surge do nada mas que tem uma cadeia
causal atrás de si
Se não tivessemos nada de distinto na nossa mente estariamos sempre no entorpecimento → isto é
seríamos apenas mónadas “nuas”
Teoria do Conhecimento
Ponto 35.
Há Ideias, Postulados e Axiomas ultimamente simples que não precisam de explicação pois
a sua mera enunciação não permite contradição
O que é possível é aquilo que não cai em contradição com as Verdades Eternas estas
Verdades Eternas são por sua vez a natureza intriseca do Entendimento de Deus, sem ele
não haveria Verdades Eternas e portanto não só se eliminava o existente como o possível.
Ponto 44. 45. 46. 47. 48. [pedir aqui para explicar]
As verdades eternas tem de se fundar em algo de existente, e esse existente tem de ser
portanto necessário, ou seja, a essência implica a sua existencia – Deus ou o Ser
Necessário
Estas verdades eternas no entanto não são arbitrárias da vontade de Deus, mas são o seu
entendimento. As unicas verdades que dependem da vontade de Deus são as contingentes
da qual Deus escolhe tendo em conta o que é melhor
Deus é potência como fonte de tudo o que é possível – o Ser que possibilita, é
conhecimento por conhecer as verdades eternas e vontade pois produz as monádas de
acordo com o que ele acha melhor
Ponto 48.
As mónadas tem um parelismo com as caracteristicas de Deus, ela são sujeito em paralelo
à potência divina, elas tem percepções que é correspondente ao conhecimento divino, e
apetite em correspondencia com a vontade divina
???
As monadas, sendo fechadas, não podem interagir entre si, no entanto, na Mente de Deus
ele vê a relação entre as mónadas e portanto produz cada uma p espelhar a outra e
produzir harmonia - o efeito ativo de uma mónada espelha-se no efeito passivo de uma
outra
Cada mónada espelha, pela sua percepção intriseca, a outra mónada, isto é, percepção de
mónada A está adequada a percepção de mónada B. Cada mónada é assim um espelho do
Universo, e representa em si, de alguma maneira, o Universo inteiro – de tal forma que ao
ler uma mónada, lia-se o universo inteiro (da perspectiva daquela mónada)
O universo é como que o conjunto harmonioso de todos os pontos de vista que cada
mónada tem sobre ele, há assim uma imensa variedade no entanto ordenada.
Por sua vez, o mundo é assim e só podia ser assim. Não que não houvesse a possibilidade
de outros mundos, mas este é o único mundo predileto porque este é o único que se
adequa a vontade divina
Cada mónada representa também, de forma mais distinta o corpo que ela possuí.
Possuíndo cada corpo uma mónada ou enteléquia dominante.
O corpo vivo é sempre orgânico, na medida que a vida não seja algo somente do todo mas
de cada uma das partes, enquanto que numa máquina a qualidade maquinal vai se
perdendo quanto mais nos afastamos do todo, no ser vivo cada pedaço do todo ainda
possuí vida.
A alma no entanto não está estritamente ligada a um conjunto de matéria, ela flui, o que
permite a transformação da matéria numa só mesma alma ao longo dos tempos, mas não é
possível metempsicose
A morte e a geração não existem como aniquiliação e criação ex nihilo mas apenas como
crescimentos e a morte como diminuições
Ponto 77
Ao contrário do sistema cartesiano, que encontra-se em paradoxo quando mantém que toda
a força no universo é a mesma, mas que a alma pode agir sobre o corpo, o sistema
leibniziano ao metê-los em caminhos paralelos, não leva a tais complicações
82 is much ado about nothing, enquanto que a partir do ponto 83 entramos em teologia
bby!!!... ugh
Ok então a alma humana, ou Espirito, sendo feito à imagem da própria Divindade tem ele
próprio uma capcidade reduzida da divindade o que se exprime na sua capacidade de
entender o Sistema do universo.
É esta semelhança impar que permite que os espíritos entrem em sociedade com Deus quase a nivel
socio-politico → A Cidade de Deus, que a verdadeira expressão da sua bondade
Pontos 87, 88
Tal como estabelecemos uma harmonia entre alma e corpo, também se estabelece uma
harmonia entre mundo fisico e mundo moral, desta forma o próprio mundo natural em si já
tem