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INTERIOR
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
DIMENSÕES DA INTELIGÊNCIA
INTERVENÇÕES
Algumas medidas têm vindo a ser adoptadas por parte de alguns governos no
sentido de proporcionar uma melhor igualdade de oportunidades às crianças que
crescem em ambientes desfavoráveis. O projecto mais conhecido desse género foi o
Head Start, que como o nome indica, procura dar uma vantagem de começo às crianças
cuja condição económica as coloca em desvantagem em termos de desenvolvimento
cognitivo relativamente a crianças mais ricas. Chegou-se à conclusão que as crianças
que entraram no programa tiveram um ganho de QI significativo a curto prazo, embora
esse ganho tivesse tendência a desaparecer a médio prazo. Contudo, a inexistência de
um grupo de controlo tira alguma cientificidade às avaliações do Head Start.
Estudos bem controloados de programas de intervenção mostraram efeitos
benéficos claros a longo prazo, como repetição do ano escolar menos frequente e
melhores resultados nos testes de inteligência. Mesmo vários anos depois as crianças
que partiparam nos programas tinham melhor taxas de aprovação no ensino secundário
do que as crianças do grupo de controlo, o que veio contradizer as conclusões do Head
Start.
Chegou-se à conclusão que na pré-infância infância deve-se enfatizar os
estímulos verbais. Depois dos 3 anos pode-se começar no ensino da matemática,
música, ciências e pré-leitura.
Outro tipo de intervenção que se popularizou por todo o mundo foi a intervenção
através da televisão, através de programas como a Rua Sésamo, onde técnicas de
produção publicitária e de animação foram utilizadas para transmitir informação sobre
leitura, habilidades cognitivas e comportamento pró-social. Muitos outros programas de
televisão surgiram como alguns específicos para a matemática e as ciências. Alguns
estudos revelaram que o visualização de programas como a Rua Sésamo melhora o
desempenho cognitivo das crianças.
A eterna questão da psicologia, seja em que área for é sempre a mesma. Quem
tem mais influência, os genes ou o ambiente? Uns defendem a base genético como
factor mais importante, outros o meio ambiente. No fim, comparando argumentos de
uns e outros, chega-se à conclusão que ambos são importantes. Na inteligência o dilema
é semelhante e as conclusões também. Ambos são importantes. Não se pode
simplesmente descartar um deles.
Se classificarmos os ambientes como favoráveis e não favoráveis para o
desenvolvimento da inteligência e as crianças com constituição vulnerável e
invulnerável, podemos dizer que crianças com constituições relativamente invulneráveis
desenvolvem-se normalmente mesmo em ambientes não favoráveis. E vice-versa.
Crianças que cresçam em ambientes favoráveis saem-se bem, mesmo que a sua
constituição seja algo vulnerável.
BIBLIOGRAFIA