Você está na página 1de 9

Instrumentos de Avaliação Psicológica – Psicometria

HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA


 O que é Avaliação Psicológica?

 É um processo psicodiagnóstico realizado através de coleta de dados e interpretação de informações,


por meio de instrumentos psicológicos, e tem como objetivo entender o sujeito, bem como sua dinâmica
emocional e cognitiva. É uma forma de medir fenômenos ou processos psicológicos.
 Esse processo é composto por métodos, técnicas, e instrumentos que favoreçam a tomada de decisões
no processo terapêutico, tanto no âmbito individual quanto no coletivo.
 O psicodiagnóstico também pode ser feito sem a presença de um instrumento: entrevista (processo que
alguém conduz para coletar dados de outra pessoa por meio da escuta técnica), e observação.
 Pode relatar o funcionamento psíquico do sujeito no momento circunscrito e “prever” comportamentos
futuros (ação de intervenção e prevenção).
 A avaliação psicológica não deve ser limitada aos testes (testagem), haja vista que esse processo é uma
construção de conhecimento sobre o indivíduo que vai além das respostas que ele coloca no teste. É um
meio para se entender o psiquismo.
 A AP pode ser utilizada para identificar déficits patológicos e habilidades potenciais no sujeito.
 É um processo científico, pois leva em consideração hipóteses que podem ou não serem corroboradas,
com base em pressupostos teóricos.
* Diagnóstico: classificação de comportamentos e ações.
* Orientação: auto compreensão e entendimento para aconselhamento profissional.
* Intervenção: planejamento de ações para dirigirem o tratamento.
* Avaliação de Resultados: teste de hipóteses resultado da investigação científica.
 Coleta de Dados:
 Ambiente bem iluminado, sem interferência de outras pessoas.
 Ferramentas para coleta: observação, inquirição, jogos, testes psicológicos, análise documental, e
provas práticas (psicologia do trabalho).

 Dimensão da Avaliação Psicológica:


Dimensão Observacional: foco na ação, atividades representadas na ação de observar e categorizar
conteúdo.
Dimensão Inquiridora: foco em entrevista, verificação mediada pela autopercepção do avaliando, de suas
manifestações comportamentais e cuja expressão centra-se na expressão dialógica entre avaliador e
avaliando. Pode ser representada de forma escrita (questionário e inventário) ou verbal (entrevista).
Dimensão Representativa: foco na conduta, representa o uso de procedimentos de avaliação na medida
do comportamento pretendido. Utiliza-se provas similares de medida de aspectos identificados
anteriormente. A intenção do avaliador é representar uma expressão do comportamento antes de sua
emergência.
 Classificação de Testes:
Métodos de base: homotético – objetivos, e ideográfico – projetivos.
Observação: identificação e descrição do comportamento do sujeito em determinadas situações.
Questionário: conjunto de questões sistematizadas que devem ser respondidas sem interferência do
aplicador.
Entrevista: coleta de dados através de questões orais.
Escala: conteúdo que tem como objetivo mensurar a intensidade de determinado dado. Níveis de
mensuração: nominal, ordinal, intervalar e racional.
Inventário: avalia algo mais específico.
 Perspectiva Histórica - Cinco Períodos Brasileiros:
A Avaliação Psicológica é uma função privativa da(o) psicóloga(o) (Lei Nº 4.119, 27/08/62).
Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica (CCAP)
Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI)
Resolução CFP 2/2003
Resolução CFP 9/2018

1º Período (1836-1930):
 Caracterizado pela identificação, na produção médico-científica-acadêmica, de um movimento inicial da
psicologia no Brasil.

2º Período:
 Caracterizado pela criação de universidades, organização do ensino e da pesquisa, junto com a
emergência da profissão. Eram pesquisados testes de inteligência, projetivos, de aptidão e inventários
de personalidade.

3º Período:
 Caraterizado pela regulamentação do curso de psicologia, e pela regulamentação da psicologia como
profissão (Lei Nº 4.119 de 1962).

4º Período (1960-1970):
 Caracterizado pelas críticas aos testes psicológicos, pelo advento do pensamento humanista, movimento
da contracultura, questionamentos das ideais tecnicistas, crítica ao modelo de avaliação norte-americano
até então seguido.

5º Período (1990):
 Retomada da produção brasileira na avaliação psicológica. Voltou a ter importância na atuação do
psicólogo.

 Critérios Psicométricos
Requisitos Mínimos do SATEPSI (CFP, 2018) – Manual:
 Fundamentação teórica
 Análise de itens
 Evidência de precisão *
 Evidências de validade *
 Padronização (aplicação): conjunto de critérios para aplicar o teste
 Normatização (sistema de correção e interpretação de dados).

TEORIAS SOBRE INTELIGÊNCIA


 A ideia de inteligência é um dos temas mais estudados. É importante para avaliar demanda escolar, e
para desenvolver habilidades sociais: inteligência emocional.
Charles Spearman (1904): Fator G – fator geral para medir a inteligência.
Terman (1925): Acertos/ano cronológico * 100 = QI. A avaliação de QI depende do instrumento utilizado.
Observar embotamento (quando a pessoa não reage, ou reage pouco).
* Gênios equivalem a 1% da população mundial, é mais comum pessoas com dotação – inteligência
acima da média.
Thurstone (1948): acreditava em fatores específicos para medir a inteligência.
Cattell (1971): Inteligência Fluída (Gf) – ligada a capacidades mentais lógicas, como indução, dedução e
raciocínio, relaciona-se com habilidade de criatividade. Inteligência Cristalizada (Gc) – ligada aos
conhecimentos e habilidades de experiência histórica e cultura, relaciona-se com a memória.
Horn (1991): teoria Gf-Gc que consiste em testes que avaliam a inteligência de maneira bidimensional.
Carroll e McGrew (1997): após questionamento do modelo Gf-Gc por Carroll, McGrew propôs uma teoria
integradora Cattell-Horn-Carroll (CHC). Essse modelo é constituído por camadas, sendo que na 1ª está o
Fator G, e nas 2ª 16 habilidades amplas, incluindo as inteligências não mensuráveis como habilidades
sensoriais e sinestésicas, e mais 70 habilidades específicas (Gf-Gc).
* O modelo CHC é o mais aceito internacionalmente para explicação da inteligência, pois demonstra que
todos esses fatores podem ser encontrados em quase todos os testes, em diferentes culturas.
Gardner (1986): Inteligências múltiplas.
 Modelo CHC:
 Importante para medir o rendimento acadêmico, utilizando do Fator G + Gf e Gc para avaliar leitura,
escrita e matemática.
 Por ter uma visão mais bidimensional, os fatores Gf e Gc apresentam maior contribuição do que o fator
G, que tem uma visão unidimensional – de acordo com pesquisas portuguesas e suecas. Além disso, o
resultado dos testes pode variar conforme a cultura.
 Um destaque para o Fator G do modelo CHC são as mútuas interações entre as habilidades cognitivas
ao longo do desenvolvimento que permitem que essa relação seja observada de maneira dinâmica, de
modo que seja necessário a existência do fator geral de inteligência. A estrutura dessas habilidades
cognitivas é apresentada em “grupos”.
 Novos estudos integram a visão fatorial com a mutualista para compreender o nível hierárquico entre
esses grupos (G, Gf e Gc). Há também o desenvolvimento de um modelo dinâmico das habilidades
cognitivas.

 Estudos Brasileiro do CHC:


 A partir de baterias internacionais de inteligência, o uso do modelo CHC está sendo estudado para
adequação a nossa realidade.
 Essas baterias consistem na avaliação da teoria CHC para a aplicação de testes de inteligência, bem
como suas evidências de validade e precisão.
 Os testes aprovados pelo CFP, disponíveis no SATEPSI, são predominantemente aqueles que,
comprovados cientificamente, avaliam a inteligência de maneira unidimensional. (Exemplos: Matrizes
Progressivas de Raven, Teste Não Verbal de Inteligência- R-1, Teste Não Verbal de Inteligência Geral-
Beta III etc.)
 Bateria de Avaliação da Inteligência de Adultos (BAIAD): avalia as dimensões da inteligência fluída
(Gf) e da cristalizada (Gc).

INSTRUMENTO DE MATURIDADE MENTAL COLUMBIA (CMMS)


 Escala de Maturidade Mental Columbia:

IDADE: 3 anos e 6 meses a 9 anos e 11 meses.


FINALIDADE: Fornece a capacidade de raciocínio lógico geral.
MATERIAL: Recursos visuais (imagens) numerados, apresentados a criança para que ela resolva
problemas, utilizando sua capacidade de abstração e formulações de conceitos.
APLICAÇÃO: É feita com 92 pranchas com 8 níveis sobrepostos, sendo que a criança tem prancha
para sua idade de 55 a 65. O teste deve ser organizado de forma numérica, do maior
para o menor. À medida que a criança responde a cada item o examinador deve
registrar sobre o número correspondente.
ANÁLISE: Resultado Padrão de Idade (RPI) – índice numérico que a valia o raciocínio. Indica o
índice de maturidade geral de acordo com a idade.
 Inicialmente foi utilizado como forma de avaliar crianças com paralisia cerebral ou com dificuldades em
funções cognitivas (verbais, motoras, sensoriais).
 Hoje é amplamente usado em todas as crianças, e devido a sua praticidade de aplicação, ele é muito
utilizado para avaliação neuropsicológica de crianças na escola. Também mede a maturidade intelectual
da criança.
 A CMMS apresenta boa estabilidade e precisão.
 A construção do teste CMMS é comparada com o teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven
(CPM), que avalia a inteligência em crianças.
 O teste CMMS mensura o grau de maturação do nível de abstração para a solução de problemas
(funções executivas) ≠ mensurar inteligência geral.
* Funções executivas (FE): são definidas como um mecanismo de controle cognitivo capaz de
direcionar e coordenar o comportamento humano de maneira adaptativa, possibilitando mudanças
rápidas e flexíveis frente às exigências do ambiente (Lezak, Howieson & Loring, 2004). São subdivididas
nessas habilidades:
Flexibilidade Cognitiva: mudança de perspectiva ou foco atencional.
Atualização: monitoramento e manutenção da informação.
Memória Operacional: retenção e manipulação das informações na mente.
Inibição: resistência a uma resposta automática ou impulsiva e fatores distratores.
Além disso, existem as FE complexas, como raciocínio dedutivo, planejamento, solução de problemas e
abstração.

 A análise de raciocínio do CMMS é similar a outros testes que avaliam o mesmo fator através dos
conceitos de função executiva.
 As propriedades da CMMS podem se relacionar com outros testes que medem inteligência geral e com
alguns componentes das funções executivas, como flexibilidade cognitiva e categorização/abstração. No
entanto, o teste Columbia mede a maturidade mental que está mais relacionada com os aspectos
cognitivos gerais do que com as funções executivas.
 O amadurecimento das funções executivas se inicia no 1º ano de vida e vai até o início da vida adulta.
HISTÓRICO DA AP NO BRASIL
 A Avaliação Psicológica é uma área muito importante dentro da Psicologia, assim como os Testes
Psicológicos que permitem o diagnóstico e intervenção de pacientes em diferentes contextos.
 Para se estabelecer essa área em um país é preciso considerar algumas coisas: visão positiva para a
utilização, avanço da Psicologia, qualidade da formação, associações para regulamentação,
universalidade da educação, e a existência do mercado para testes.

“Teste ABC de Prontidão Escolar” (1933): primeiro teste brasileiro. Diagnóstico da maturidade
psicológica do aluno para a aprendizagem, composto por: coordenação viso-motora, memória imediata,
memória motora, memória auditiva, memória lógica, pronúncia, coordenação motora, atenção e fadiga.
Teste elaborado por Lourenço Filho.
Sociedade Brasileira de Psicotécnica (1995): depois ficou conhecida como Sociedade Brasileira de
Psicologia Aplicada. Foi fundada por Lourenço Filho e Myra y Lopez, esse ex-coordenador do ISOP
(Instituto de Seleção e Orientação Profissional), instituto que deu origem aos atuais “exames psicotécnicos”.
Sociedade Brasileira de Rorschach e Métodos projetivos (SBRo) (1993): marco na organização da
área de avaliação psicológica. Foi fundada por André Jacquemin, juntamente com Latife Yazigi, Sonia
Regina Loureiro, Cícero Vaz, Sonia Pasian e Anna Elisa Villemor Amara em 1993.
Comissão Interinstitucional de Avaliação Psicológica e posteriormente de Comissão Consultiva em
Avaliação Psicológica (2002): criada pelo CFP com o objetivo de organizar as demandas dos testes
psicológicos, visto que havia uma queixa sobre o mau uso dos testes.
Resolução 025/2001: elaborada pelo CFP, na qual visa definir os critérios mínimos para que os testes
devem atender para que se delibere o uso profissional.
* Houve uma revisão dessa resolução em 2003, adotando – se os seguintes critérios para uso: 1.
apresentação da fundamentação teórica do instrumento com ênfase no construto sendo medido; 2.
apresentação de evidências empíricas de validade e precisão para as interpretações propostas; 3.
apresentação de dados empíricos sobre as propriedades psicométricas dos itens do instrumento; 4.
apresentação do sistema de correção e interpretação dos escore (Conselho Federal de Psicologia, 2003).
Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) (2003): foi criado com o objetivo de apresentar
parâmetros para certificar a qualidade de um instrumento psicológico, definindo requisitos mínimos
(fundamentação teórica, precisão, validade e normatização).
ESCALA WECHSLER DE INTELIGÊNCIA (WISC - IV)

IDADE: 6 anos a 16 anos e 11 meses.


FINALIDADE: Avalia capacidade e dificuldades cognitivas, e percepção em crianças sob diferentes
condições neurológicas de desenvolvimento.
MATERIAL: Cronômetro, 2 lápis sem borracha, manual, protocolos de registro de resposta, de
registro do código A ou B, e de resposta do procurar símbolos, parte A ou B.
APLICAÇÃO: Levar em consideração o propósito da avaliação. Aplicação individual (em alguns
casos o aplicador pode pedir a presença de um adulto). São 15 subtestes. 10
principais (cubos, semelhanças, dígitos, conceitos figurativos, códigos, vocabulário,
sequência de números e letras, raciocínio matricial, compreensão e procurar
símbolos), e 5 suplementares (completar figuras, cancelamento, informação, aritmética
e raciocínio com palavras). Cada subteste avalia um aspecto da inteligência.
Mudança da ordem somente se houver necessidade clínica. Negação da criança:
pular e voltar depois.
ANÁLISE: A interpretação dos resultados é indicada no manual. É feita uma contagem de pontos
(escore bruto), e a interpretação é feita de acordo com os critérios de referência para
resultados: normas, por idade, sexo, etc.

 Escala de inteligência para crianças. Pode ser usado para identificar talentos ou deficiências intelectuais.
 Os resultados obtidos nos testes servem para determinar os procedimentos do tratamento, e tomada de
decisão clínica e pedagógica. Os dados também podem ser utilizados para pesquisas neurológicas.

 Indicações de Uso:
 Psicoeducacional: avaliação da aprendizagem, determinação de dotação e talento e desempenho
acadêmico.
 Clínica: diagnóstico de doenças neurológicas e psiquiátricas. Avaliação psicológica.
 Pesquisa.

 Base Teórica:
 15 subtestes.
 4 índices (além do QI total):
Índice de Compreensão Verbal (ICV): raciocínio, compreensão e conceituação;
Índice de Organização Perceptual (IOP): mede organização perceptual;
Índice de Memória Operacional (IMO): atenção, concentração e memória operacional;
Índice de Velocidade de Processamento (IVP): agilidade mental e processamento grafo motor.
(funções motoras para atividades gráficas)
 Esses índices são obtidos pelos 10 subtestes principais. Além desses, pode-se aplicar os subtestes
suplementares, de acordo com a necessidade. Quando há necessidade de reaplicação do teste em
menos de 1 ano pode-se optar por aplicar os suplementares que não foram aplicados (principalmente os
IOP e IVP).
Subtestes principais: aplicação de no máximo 2 (1 em cada índice) para chegar no QI total.
Subtestes suplementares: aplicação de no máximo 2 (1 em cada índice) para chegar no QI total.
 WASI: outra versão do teste para idade 6 anos a 89 anos e 11 meses.

 Condições Especiais do Ambiente para Aplicação:


 Iluminado, silencioso e livre de distrações.
 Tamanho da mesa deve ser apropriada ao tamanho da criança.
 O profissional deve se posicionar a frente da criança para observar seu comportamento.
 O material de subtestes que não estiver sendo utilizado deve ficar longe do campo de visão da criança.

 Subtestes:
Cubos: avalia a habilidade de analisar e sintetizar estímulos visuais abstratos, capacidade de planejamento
viso-espacial, rotação mental;
Semelhanças: avalia o raciocínio verbal, capacidade de abstração e generalização e a formação de
conceitos, flexibilidade cognitiva = do concreto ao abstrato;
Dígitos: avalia memória auditiva de curto prazo, sequenciamento, atenção focalizada e concentração,
memória de trabalho, controle mental e flexibilidade cognitiva;
Conceitos figurativos: avalia o nível de abstração e a habilidade de raciocinar de forma não-verbal,
fazendo montagens conforme uma classe específica, flexibilidade cognitiva e tomada de decisão;
Códigos: velocidade de processamento, memória de curto prazo, aprendizado, percepção visual,
coordenação visual e motora, amplitude visual, flexibilidade cognitiva e atenção (alternada e seletiva);
Vocabulário: avalia o conhecimento de palavras e a formação de conceitos verbais, bem como o nível de
conhecimento, habilidade de aprendizado, memória semântica a longo prazo e nível de desenvolvimento
linguístico;
Sequência de números e letras: sequenciamento, agilidade mental, atenção, memória do trabalho,
memória auditiva de curto prazo, imagens visuais e espaciais, velocidade de processamento e inibição;
Raciocínio matricial: avalia a fluidez da inteligência e fornece uma estimativa realista da habilidade
intelectual de modo geral, flexibilidade cognitiva, abstração e tomada de decisão.
Compreensão: avalia o raciocínio verbal e conceituação, compreensão verbal e expressão, habilidade para
avaliar e utilizar experiências anteriores e habilidade para transmitir informações de ordem prática e
julgamento moral;
Procurar símbolos: avalia a memória visual de curto prazo, coordenação visual e motora, flexibilidade
cognitiva, discriminação visual, concentração e inibição.
TESTE DAS MATRIZES PROGRESSIVAS DE RAVEN
 Mede o Fator G (Charles Spearman). Bem como fornece informações sobre habilidade de insghts –
habilidade indutiva, pensar além da informação que foi proposta inicialmente, aquilo que não é óbvio.
 O CPM é considerado um teste padrão para avaliação de inteligência.
 É um instrumento de múltipla escolha.
 As CPM constituem uma adaptação do Raven Geral para Crianças. São um subconjunto de 36 figuras
do conjunto de 60 das Matrizes Progressivas do Raven Geral.
 Figuras escolhidas com base na Gestalt – ideia de fechamento de figuras.
 No início foi feito em três versões: escala colorida – 5 anos acima e quem tivesse deficiência intelectual,
escala geral – 12 a 65 anos, e escala avançada – adolescente e adultos, usado para avaliar altas
habilidades.

 Aplicação das CPM de Raven:


 Uma das casas da figura é deixada em branco para que o examinado preencha de acordo com o
raciocínio que a figura exige.
 Por se um teste que se baseia em estímulos visuais, os resultados com deficientes visuais e em cegos
não são conhecidos.

 CPM de Raven - Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (escala especial para ser
utilizada com crianças).
IDADE: 5 anos a 11 anos e 11 meses. (Também usado para crianças com deficiência
intelectual)
FINALIDADE: Medir o Fator G de inteligência.
MATERIAL: Matriz de figuras que apresentam um padrão lógico.
APLICAÇÃO: Individual/Coletivo.
ANÁLISE: Correção manual.

 APM de Raven - Matrizes Progressivas Avançadas de Raven

IDADE: 17 a 52 anos (ensino superior em andamento). É obrigatório ensino médio completo,


nesse caso pode-se variar a idade entre 18 a 63 anos. Para cada faixa de idade há um
manual.
FINALIDADE: Medir o Fator G de inteligência.
MATERIAL: Matriz de figuras que apresentam um padrão lógico.
APLICAÇÃO: Individual/Coletivo. Sem tempo limite, quando necessário aplicar deve ser de 40
minutos.
ANÁLISE: Correção manual e informatizada.

ESCALA DE PROCRASTINAÇÃO ATIVA - EPA

IDADE: X
FINALIDADE: Medir o nível de procrastinação.
MATERIAL: Questionário que tem 4 fatores: preferência por pressão, habilidade em cumprir
prazos, satisfação com os resultados e decisão intencional. Originalmente em
inglês essa medida tem 16 itens distribuído em 4 fatores que cobrem: aspectos
cognitivos, afetivos e comportamentais, separados em escala tipo likert de 1
(totalmente não verdadeiro) a 7 (totalmente verdadeiro).
APLICAÇÃO: Individual/Coletivo.
ANÁLISE: Correção manual e informatizada.

 Questionário de procrastinação acadêmica – consequências negativas (QPROAC-CN)


 Observar aspectos da procrastinação de modo negativo na vida do estudante
 Existem 5 subescalas: impacto geral, consequências acadêmicas, consequências físicas,
consequências psicológicas e mudanças de comportamento

 Questionários de motivação da procrastinação acadêmica – EMPA

 Uma análise fatorial exploratória ordinal revelou uma estrutura de dois fatores oblíquos
subjacentes aos itens: procrastinação-ansiedade e procrastinação-desmotivação.  (correlação positiva
com depressão)
 Composta por 4 tarefas
 9 motivos para procrastinar

BATERIA FATORIAL DE PERSONALIDADE

 5 fatores (big five)

IDADE: Todas as idades


FINALIDADE: Diferenciar personalidades, identificar transtornos
MATERIAL: Questionário com 124 questões
APLICAÇÃO: Em todas as áreas da psicologia, rápido
ANÁLISE: Correção manual

 Extroversão: Sociáveis, ativas, falantes, otimistas


 Socialização: Relação que as pessoas apresentam ao longo de um determinado tempo com empatia
e compaixão
 Neuroticismo: Como as pessoas vivenciam momentos de tristeza, está ligado as partes emocionais
 Realização: Baixos – preguiçosas, descuidadas, negligentes e hedonistas. Altos – trabalhadoras,
decididas, pontuais, escrupulosas, ambiciosas e perseverantes
 Abertura: Alto – curiosos, imaginativos, criativos, divertem-se com novas ideias e possuem valores
não convencionais. Baixo – convencionais, dogmáticas e rígidas em suas crenças e atitudes,
conservadoras.

TESTE DE ATENÇÃO CONCENTRADA (TEACO-FF)

 É uma aptidão usada pelas pessoas nas diversas atividades

IDADE: A partir de 18 anos


FINALIDADE: Descobrir a atenção concentrada
MATERIAL: Livro de instruções, livro de aplicação, caneta preta/azul, cronometro/relógio, crivo de
correção e caneta vermelha (correção)
APLICAÇÃO: Antes da distribuição do material deve-se falar: agora você vai fazer um teste de
atenção. No verso dessa folha você deverá assinalar com um traço (/) todos os
desenhos que forem iguais ao modelo abaixo, ou seja, uma cruz com quatro bolinhas
em sua volta. Comece de cima para baixo e volte de baixo para cima de forma
contínua. Caso erre, circule e assinale o item correto. 4 minutos.
ANÁLISE: Faz um conta e é considerado até onde o examinador chegou

TESTE DE ATENÇÃO DIVIDIDA (TEADI)

 Duas tarefas diferentes


IDADE: A partir de 18 anos
FINALIDADE: Descobrir a atenção dividida
MATERIAL: Livro de instruções, livro de aplicação, caneta preta/azul, cronometro/relógio, crivo de
correção e caneta vermelha (correção)
APLICAÇÃO: Antes da distribuição do material deve-se falar: agora você vai fazer um teste de
atenção. No verso dessa folha você deverá assinalar com um traço (/) todos os
desenhos que forem iguais ao modelo abaixo. Os desenhos não necessariamente
estarão um do lado do outro. Portanto, cada vez que um dos três modelos aparecer,
ele deverá ser marcado. Caso erre, circule e continue assinalando os itens corretos.
Comece da esquerda para a direita e volte da direita para a esquerda de forma
contínua, seguindo a indicação das setas. Você terá 5 minutos para realizar o teste.
Lembre-se que este é um teste de atenção. Portanto, concentre-se e procure manter
seu ritmo de trabalho.
ANÁLISE: Conta-se o total de acertos (A), faz um conta, considera até aonde o examinador
chegou

TESTE DE ATENÇÃO ALTERNADA (TEALT)

 Uma hora esta emu ma e outra hora está em outra

IDADE: A partir de 18 anos


FINALIDADE: Descobrir a atenção alternada
MATERIAL: Livro de instruções, livro de aplicação, caneta preta/azul, cronometro/relógio, crivo de
correção e caneta vermelha (correção)
APLICAÇÃO: Agora você vai fazer um teste de atenção. No verso desta folha você deverá assinalar
com um traço (/) todos os desenhos que forem iguais ao modelo que está localizado á
esquerda da folha. Em cada linha do teste você deverá procurar um desenho
diferente. Por isso, preste bastante atenção no primeiro desenho de cada linha do
teste. Comece do lado esquerdo da primeira linha e após finalizar cada linha comece
novamente pelo lado esquerdo das linhas subsequentes. Caso erre, circule e continue
assinalando os itens corretos. Você terá 2min3 para realizar o teste. Lembre-se que
este é um teste de atenção. Portanto, concentre-se e procure manter seu ritmo de
trabalho.
ANÁLISE: Faz um conta, considera até aonde o examinador chegou

ESCALA DE ESTILOS DE PENSAR E CRIAR

 Maneiras preferenciais de agir, pensar frente a determinadas situações


 Estilos de:
 Ensinar
 Aprender
 Cognitivos
 Parentais
 Liderança
 Pensar e criar

IDADE: X
FINALIDADE: A escala investiga 5 diferentes estilos de pensar e criar: Cauteloso – Reflexivo (CR) 32
itens, Inconformista – Transformador (IT) 32 itens, Lógico – Objetivo (LO) 11 itens,
Emocional – Intuitivo (EI) 7 itens, Relacional – Divergente (RD) 8 itens e
Desejabilidade Social (DS) 10 itens
MATERIAL: 100 itens relacionados aos estilos preferenciais de pensar e criar indivíduos. Uma
escala do tipo likert: discordo totalmente, discordo, discordo parcialmente, concordo
parcialmente, concordo e concordo totalmente
APLICAÇÃO: X
ANÁLISE: X

 CR: abaixo da media: impulsive/ acima da media: prudente


 IT: abaixo da media: prefere segurança/ acima da media: questionador e dinâmico
 LO: abaixo da media: impulsive e tem dificuldade de pensar/ acima da media: pensamento lógico,
pragmático
 EI: abaixo da media: prefere a logica e razão/ acima da media: predominio das emoções
 RD: abaixo da media: rigidez de ações e menor capacidade de adptação/ acima da media: flexível

INVENTÁRIO DE ESTILOS PARENTAIS (GOMIDE)

 Responsividade: afeto, aceitação e envolvimento


 Exigência: controle, supervisão e demandas de maturidade
 Autoritário: alta exigência + baixa responsividade
 Autoritativos: alta exigência + responsividade
 Indulgentes: pouca exigência + alta responsividade. São pais afetuosos, dulcores e tolerantes.
 Negligentes: baixa exigência + baixa responsividade. São pais que não ligam para seus filhos

Você também pode gostar