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1)

Pai da filosofia moderna

- Recolhe os resultados de 2 séculos de filosofia, matemática, questionamento de um certo


tipo de metafísica, toda confusão que havia naquela época no mundo metafísico, e tenta
aplicar o método matemático à filosofia

- Centralidade do eu. O sujeito, o eu, pela primeira vez encontra um lugar fundamental na
fundamentação do saber. O saber é garantido pelo eu, o eu se torna o critério de verdade,
ainda que Deus desempenhe um papel crucial. O fundamento certo de todo sistema metafísico
é o eu, o fato que eu sou uma res pensante

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Um conhecimento para ser conhecimento tem que ter o caráter de verdade, clareza e
distinção. O que são clareza e distinção? A evidência matemática, a completude de elementos,
a distinção não é confusa e são suficientes a explicar a coisa. Primeira regra: todo
conhecimento, para ser claro, tem que ser claro e evidente

O problema tem que ser analisado e dividido em partes menores. Quando é muito complexo é
preciso analisar as singulas partes

Tem que ser sintetizado. Temos que ser capazes de colocar, de fazer a síntese de questões, de
conectar as informações

Enumeração é o último passo, a revisão dos passos anteriores, se a análise e a síntese foram
bem feitas

Essas regras tem um pouquinho de semelhança com o método de Bacon. O que é mais próprio
de Descartes que ele herda é o otimismo de Bacon, a ideia de que o avanço do conhecimento
pode trazer bons resultados à humanidade. Distinguir a verdade da falsidade ajuda a melhorar
a vida dos seres humanos

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Traçar toda a historinha da dúvida, do ceticismo ao gênio maligno, a sensibilidade. O que


Descaartes estava procurando era um ponto de partida para fundamentar o saber, duvidando
de tudo para ver se há alguma coisa, uma pedra de fundamentação, um alicerce que continue
de pé quando tudo acaba, quando tudo é destruído/corroído pela dúvida. Há vários passos, a
sensibilidade, os conceitos matemáticos, mas aí talvez seja um Deus que me esteja enganando
mas Deus é problemático então um gênio maligno. Mas mesmo duvidando de tudo tem algo
que não posso duvidar, que é a existência do cogito

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Há sempre a possibilidade do eu se enganar, então Deus não pode ser enganador para garantir
a existência das coisas exteriores e a certeza e verdade das leis matemáticas (viajei um pouco e
não anotei tudo que a Giorgia falou pra fazer nessa questão)
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As primeiras duas se encontram na terceira meditação e a outra na quinta meditação. A


primeira tem a ver com o conceito de causa e com a relação ontológica entre causa e efeito.
Ou seja, se é verdade que o eu tem uma ideia de um ser infinito, perfeito, onipotente, de onde
vem essa ideia, já que não somos infinitos, perfeitos e onipotentes? O ser humano é
ontologicamente inferior ao ser de Deus, logo ele não pode produzir em si a ideia de Deus.
Quem produz uma ideia perfeita de Deus não pode ser falível e fraco como o ser humano.
Falar da relação ontológica entre causa e efeito, e como essa relação está na prova da
existência de Deus

Primeiro: quem provocou essa ideia de Deus na mente de quem pensa Deus?

Outra prova da existência de Deus. Mas então, quem causou esse ser que pensa Deus? Não
pode ser simplesmente causas materiais, ou seja, não se pode pensar que um ser que tenha a
ideia de Deus tenha sido simplesmente criado por aquele cuja ideia de Deus também não pode
ter sido criada por si mesmo. O ser humano como ser que tem a ideia de Deus é filho de outros
seres humanos, mas de onde vem a ideia de Deus de todos os seres humanos? A ideia tem que
ter sido criada propriamente por um Deus que põe no homem a ideia de Deus. Como o ser
humano não coloca por si próprio a ideia de Deus na própria cabeça, não pode ter sido criado
do além

Última prova: um repensamento da prova ontológica de Santo Anselmo. Se temos uma ideia
de Deus que é uma ideia perfeita, de um Deus infinito, onipotente, absolutamente livre, etc.
Essa ideia não pode não corresponder a um ser que existe. Seria como pensar em um triângulo
sem três ângulos. Não se pode pensar Deus sem sua existência, sem pensa-lo como existente.
A ideia de Deus não é qualquer ideia que podemos inventar, pois só pode ter sido colocada na
nossa mente por Deus. Não se pode inventar a ideia de Deus como se inventa uma montanha
qualquer. É o mesmo argumento do Anselmo, a matriz é a mesma, escolástica

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Descartes era decepcionado pela filosofia aristotélica e procurava uma maneira realmente
para distinguir verdade e falsidade e achava que com isso iria fazer um grande serviço para
humanidade. A experiência biográfica, os sonhos que ele tinha, o sonho de uma mathesis
universalis, um saber universal, uma árvore do conhecimento, tudo isso entra numa
experiência que é ao mesmo tempo biográfica e filosófica. Uma exigência pessoal que nasce
do contexto de insatisfação com os sofismos acadêmicos por onde tinha estudado, com os
raciocínios que eram realizados em si mesmo sem ligação com a verdade, mas simplesmente
com a capacidade de argumentar. Contra isso Descartes tem essa exigência pessoal, biográfica,
mas que ao mesmo tempo se a torna a base da própria filosofia

Espinoza tem o episódio do livro da Chaui. Suicídio (???). A experiência da perseguição


religiosa. O que Espinosa estava vivendo era um clima muito tenso, provocado principalmente
pelas perseguições religiosas e de uma rigidez dentro da ortodoxia da comunidade judaica da
Holanda daquela época, que já era uma país meio avançado, mais tolerante. Essa experiência
fez com que dedicasse a própria vida a busca de um saber ficcionado na felicidade dos homens
e na pacificidade entre eles. O que ele quer fazer é reformar a nossa abordagem com os textos
sagrados. A nova ideia de uma exegese bíblia é que ela não é uma política, que a teologia não
se mistura com os regimes políticos. É por isso que é preciso pensar numa ideia de Deus, numa
relação entre Deus e natureza que seja totalmente diferente do que as pessoas pensam, num
Deus que quer fazer lei, que quer decidir quem nasce e quem morre no mundo. Não é isso,
não é assim que funciona. Ele não mexe na vida dos ser humano, ele não é um super-herói. Ele
é causa de tudo, o que significa que é a expressão das leis da vitalidade. E as leis não se
preocupam com quem é quem, quem é bom, quem é mal, quem tá pecando. Quem não segue
as leis da natureza, ou quem não acredita nas leis da natureza, é condenado à infelicidade,
espera um milagre que não vai acontecer.

Aprofundar na relação entre o contexto histórico, a experiência biográfica e o projeto


filosófico. Esse é o objetivo da questão

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ordem geométrico demonstrável. O que são axiomas, preoposições, etc e por que espinosa
escolhe esse método matemático. Também, o método garante um distancionamento em
relação a temas que são muito delicados e que envolvem o ser humano de maneira mais
próxima

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Quais são as características do Deus substância de espinosa? Ele é causa sui, ele é ação, ele se
manifesta por meio de atributos que são infinitos, os dois atributos que o intelecto pode
colher da substancia são o pensamento e a extensão (??? N sei se ouvi direito), é infinita, é
única, é eterna, é livre. Explicar o fato de que tudo está em Deus. Isso tem uma importância
fundamental na hora de explicar o paralelismo entre corpo e mente, porque se tudo não fosse
em Deus não seria possível fundamentar esse paralelismo. Tudo é em Deus

9)

Qual é a ideia de substância de Descartes? A ideia de substância de Descartes é praticamente a


mesma, na base, na primeira definição, que a do Espinosa. A substâcncia é algo que existe por
si e que não precisa de nada para existir. Então para Descartes a substância é algo que existe
em si. Se a substância é o que existe em si e por si, como explicar que o eu é substância
pensante e as coisas são substâncias corporais? Em sentido próprio, substância é só Deus. Mas
podemos chamar de substância tbm a res pensante e as coisas. Substancia é substrato e
acidente. Mas, no sentido mais forte, no sentido ontológico, substância é só Deus. Distingue
em sentido próprio e sentido derivado. Refletir sobre as incoerências de Descartes (Giorgia
quer isso)

Substância para Espinosa é a única substância, causa sui, independente, etc. Não há outra
substância. Aprofundar essa pergunta em relação a Deus e as res cogitans e a res extensa. O
Deus cartersiano produz as ubst^ncias, a de Espinosa simplesmente se expressa. São duas
coisas diferentes: a produção que tem um produto e a ação que tem um fato. A relação entre a
substância de Descartes (Deus) e as cosas criadas é uma relação de transcendência, enquanto
a substância de Espinosa é imanente

Em Descartes, explicar a questão da glândula pineal. Descoberta que a única parte não
simétrica do cérebro era a glândula pineal. Tem um lugar no cérebro que o que é pensado tem
uma relação direta com o que é sentido. Tentativa de ligar res cogitans e res extensa

Essa resposta deve ser um pouco maior, deve ser ordenada, clara e deve responder todas
essas questões:

1) Qual é a definição de substância para Descartes e Espinosa


2) Qual a consequência dessas definições em relação ao pensamento de Deus
3) Mas Descartes também tem relação de substância que não é em sentido próprio.
Explicar a relação entre a substância em sentido próprio e a substância em sentido
“derivado” (não sei bem se é o termo correto)
4) O monismo espinosano entende uma substância única, res cogitans e res extensa não
são res mas expressões de uma única substância. Isso visa superar os problemas
identificados em Descartes

10)

O texto explica qual a causa de todos os preconceitos humanos. Nasce do equivoco


antropomórfico que enquanto o ser humano busca seus próprios fins o mundo funciona dessa
maneira também. Temos dentes para mastigar comida mais duras e tem seres que foram
feitos para serem nossa comida. Tudo é feito para nossa utilidade. Como se o pelo de algum
dos bichos tivesse sido criado para fazer um casaco. Essa é a ideia absurda. Como se o camarão
tivesse sido feito para fazer bobó. Essa não é a maneira de ver da substância. Não é a maneira
de ver que pode nos levar as causas. Qual é o segredo que Espinosa nos revela para sermos
livres? É conhecer a causa adequada. Se não conhecemos a causa adequada e achamos que as
coisas são todas produzidas para nosso prazer, estamos errados, não conhecemos a causa
adequada. Estamos a mercê de todo tipo de preconceito. A raíz do preconceito é achar que o
mundo, as leis da natureza, podem ser manipuladas para nós, para nosso prazer. Pensar que o
mundo seja feito por causas finais, de maneira inteligente para satisfazer algum tipo de
finalidade, leva ao antropomorfismo divino, por exemplo, pensar Deus como um ser que tem
uma vontade, que quer alguma coisa. Neste texto é explicado qual é a raíz do preconceito e
por que é estupido pensar que a natureza é envolvida e interessada na nossa utilidade. São só
3 páginas

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Aqui temos que ir na proposição 7 da segunda parte onde se fala que a ordem das coisas é a
mesma ordem da ordem do pensamento. O que significa isso? Explicar como funciona o
paralelismo corpo e mente, onde ele é fundamentado (na unicidade da substância), etc. A
mente interpreta o que acontece no corpo. Se não tiver corpo não tem mente, a mente é
sempre dirigida a um objeto, a algo existente em ato. Esse existente em ato a qual a mente se
dirige é o corpo. Não tem corpo não tem mente. O que acontece na mente tem um reflexo, a
mente reflete sobre o que acontece no corpo (explicar isso!!!). Espinosa escapa dos problemas
da teoria do descartes. (viajei um pouco e não anotei tudo que a Giorgia falou pra fazer nessa
questão)

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