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A Definição dos Símbolos na Conceitografia

João Victor Ferreira de Almeida

Introdução
A Conceitografia surge do objetivo de Frege de fornecer uma fundamentação
para a aritmética, e dos empecilhos que encontrou em seu projeto. Em seu
Prefácio, Frege distingue entre a gênese psicológica de um juízo (ou contexto de
descoberta, mais geralmente) e sua justificação, e esclarece que seu interesse
é sobre a justificação. Isto será relevante em sua crítica futura ao psicologismo,
já que Frege admite que a descoberta pode passar por empiria e psicologia, mas
estas são irrelevantes à justificação. Quanto a justificação, deve-se diferenciar
entre juízos cuja justificação se dá empiricamente (como a de que “há oxigênio
na atmosfera de Marte”), e juízos cuja justificação se dá por meio de inferências
formais (logicamente); similar a distinções tradicionais, como as verdades da
razão e as verdades de fato leibizianas
O caminho escolhido por Frege foi tentar reduzir a sucessão (por exemplo,
a série dos naturais) à consequência lógica, e daí reduzir os números à lógica.
É isto o que marca seu projeto logicista quanto à aritmética (redução da
aritmética à lógica), sua rejeição ao empirismo quanto a aritmética (contra Mill,
por exemplo), bem como a rejeição à tese kantiana de que as proposições da
aritmética são sintéticas, já que têm conteúdo exclusivamente conceitual, não
misturando-se a elas nenhuma intuição.
Para evitar a intromissão de intuições em suas provas, seriam
necessárias cadeias de inferências rigorosas, sem lacunas, que exigissem o
recurso à intuição. É aqui que encontra-se o empecilho que motivou a
Conceitografia. A linguagem natural torna mais difícil operar com as expressões,
e é geradora de certas ilusões pela confusão entre a sua gramática e a forma
lógica das expressões, além de gerar acréscimos logicamente inúteis. Exemplo
disso é a caracterização dos juízos como predicação de um sujeito,
paradigmática em toda a história da lógica desde a Aristóteles, e sua substituição
desta pela caracterização por função e argumento. Esta crítica à linguagem
natural é que justifica sua algebrização da lógica, bem como justificará depois a
filosofia da linguagem ideal, ou da análise lógica da linguagem, de Russel.
É necessário advertir que Frege não pretende substituir a linguagem
natural pela linguagem formal universalmente. Sua linguagem formal é útil para
o fim de gerar provas rigorosas e claras, mas a linguagem natural continua a ter
maior poder expressivo para a maioria dos assuntos humanos. Aqui é que é
relevante sua célebre analogia entre o olho e microscópio: para um fim científico
determinado, colher informações empíricas sobre o mundo microscópico, o
microscópio supera em muito o olho humano nu, mas o olho humano nu tem
muitas mais utilidades que o microscópio. Sua linguagem tem utilidade para a
lógica, para a fundamentação da aritmética, bem como pode ser usada em
diversas ciências para as quais um método rigoroso de raciocínio é necessário:
a geometria, a física, a biologia...
Sua Conceitografia não tem por finalidade expressar novas verdades, por
exemplo, expor uma descoberta de alguma nova lei da lógica. Trata-se de uma
inovação metodológica, que tem por objetivo facilitar a descoberta de novas
verdades. Seu projeto, em certo sentido, é uma contribuição ao projeto
leibiziniano de criar uma linguagem ideal, universal, adequada à inteligência,
embora seu projeto seja mais modesto, consistindo somente numa contribuição,
entre muitas outras, vindas de outras disciplinas.
A definição dos símbolos
§1 Símbolos de significado preciso e indeterminado
Na matemática diferenciam-se dois tipos de símbolos: aqueles cujo significado
é preciso, como “2”, “+”, “=”, “>” ... e símbolos que representam números ou
funções indeterminadas, que permitem expressar generalidade. É essa
indeterminação que permite exprimir resultados algébricos gerais, como os
produtos notáveis. Em notação lógica contemporânea, afirmações gerais como
“todos os homens são mortais” podem ser expressas, como:
(x) (Hx→Mx)
Onde “H” significa o predicado ser homem e “M” o predicado de ser mortal.
A Conceitografia introduz esses símbolos de significado indeterminado na
lógica, é este o primeiro passo para a sua algebrização .
§2 Juízo
Juízo significa, para os propósitos da Conceitografia, um conteúdo asserível
afirmado; ou, o que significa o mesmo, uma proposição afirmada, tomada como
verdadeira. O conteúdo asserível (proposição) é qualquer conteúdo semântico
que pode ser afirmado ou negado, isto é, que tem valor de verdade. Assim, um
sujeito isolado, como “casa”, não é uma proposição, tampouco uma sentença
não declarativa como “me passe a manteiga” ou “que horas são?”. Temos uma
proposição em “a casa é amarela” em que algo pode ser afirmado, pode ser
verdadeira ou falsa. O símbolo para a proposição, ou “conteúdo asservível”, é
um traço horizontal, “—", chamado por Frege de traço de conteúdo. “—C”
significa que “a casa é amarela”, onde “C” representa a proposição de que a casa
é amarela.
A mera apresentação da proposição não implica que ela seja um juízo,
para isso é preciso que ela seja tomada como verdadeira. Pode-se apresentar
uma proposição com outras finalidades que não a sua afirmação, por exemplo,
podemos estar considerando-a como uma hipótese. Para afirmarmos um juízo
na linguagem da Conceitografia basta acrescentarmos um traço vertical à
esquerda do traço horizontal (formando a catraca) ⊢. Assim “⊢C” significa que
“a casa é amarela” está sendo afirmada, é verdadeira. O traço vertical ao lado
do horizontal é chamado de traço de juízo.
§3 A crítica do juízo como predicação de sujeito
Pelo menos desde Aristóteles juízos foram caracterizados como predicação de
um sujeito. No juízo “a casa é amarela”, “a casa” é sujeito”, “é amarela” é um
predicado que aplica-se a este sujeito. Frege rejeita a distinção como meramente
gramatical.
Juízos podem diferir entre si de duas formas: juízos que tem o mesmo
conteúdo proposicional, mas são apresentados de formas diferentes e juízos que
não tem o mesmo conteúdo proposicional. O segundo tipo, exemplificado pelo
par “a casa é amarela” e “a casa é verde” não tem interesse para sua
argumentação. O primeiro foi exemplificado por ele pelo par: “Em Plateia, os
gregos derrotaram os persas” e “Em Plateia, os persas foram derrotados pelos
gregos”. Embora uma ligeira diferença de significado possa ser apontada, o
conteúdo proposicional de ambas é o mesmo, foi somente apresentado
diferentemente. Na primeira, “os gregos” é o sujeito e “derrotaram os persas em
Plateia”, o predicado; na segunda, “os persas” é o sujeito e “foram derrotados
pelos gregos em Plateia” o predicado. Que uma possa ser parafraseável na outra
sem alteração no conteúdo proposicional, mostra que sujeito e predicado não
dizem respeito à natureza do conteúdo proposicional, mas tem função
meramente gramática, além da função pragmática de chamar a atenção para o
sujeito, a fim de relacionar a sentenças com outras sentenças no discurso. Por
elas não dizerem nada a respeito do conteúdo proposicional, e, portanto, em
nada impactar na correção das inferências que se pode fazer a partir delas,
Frege sentiu-se confortável em rejeitar expressar proposições como predicação
de um sujeito.

Ademais, o predicado “é um fato” poderia ser inserido em qualquer juízo,


tornando o juízo propriamente, o sujeito, aplicando-se a ele o predicado “é um
fato”.

A primeira das críticas parece bastante convincente, a segunda não muito.


Poderia-se dizer contra Frege que “é um fato” aplica-se a proposição verdadeira
como predicado, mas que na proposição que está sendo predicada como
verdadeira ainda subsiste uma distinção substancial entre sujeito e predicado.

§4 Distinções entre tipos de juízos relevantes para a Conceitografia e a


Tábua de Juízos de Kant

A lógica tradicional (pós-aristotélica, pré-fregiana) categoriza os juízos em tipos.


Exemplo paradigmático é a tábua de juízos, para a lógica transcendental, de
Kant.

Ela é dividida em 4 tipos, cada um com três elementos:

1) Quantidade: Universais, particulares, singulares.


2) Qualidade: Afirmativos, negativos, infinitos
3) Relação: Categóricos, hipotéticos, disjuntivos
4) Modalidade: Problemáticos, assertórico, apodíticos
Quanto a quantidade, universais são os juízos que aplicam-se a
qualquer objeto que cai sob um predicado, por exemplo, “todo homem é
mortal”; particulares são os juízos que aplicam-se a alguns objetos que
caem sob um predicado, por exemplo, “alguns homens são carecas”;
singulares são aqueles que afirmam algo sobre algum objeto específico,
como “Sócrates é mortal”.

Sobre eles, Frege comenta apenas que universais e particulares é,


mais propriamente, uma distinção que se aplica a proposições (conteúdos
asseríveis) e não aos juízos. O que se justifica, já que a proposição “todos
os homens” é universal, ainda que não seja afirmada. Ele sequer
menciona os juízos singulares. Isto é interessante, já que na lógica de
predicados, cujos fundamentos foram estabelecidos por ele, os
quantificadores existencial e universal, afirmam somente verdades
particulares e universais. Para fazer uma afirmação singular na lógica de
predicados basta uma fórmula, por exemplo, Ms, em que “M” significa
mortal e “s” Sócrates.

Quanto a qualidade, afirmativos são os que afirmam (“esta casa é


amarela”), negativos os que negam (“esta casa não é verde”). Os infinitos
são aqueles em que se afirma um predicado negativo a um sujeito: “esta
casa é não-verde”.Segundo Kant (Crítica da razão Pura, B98), a distinção
entre afirmativos e infinitos não tem utilidade para a lógica formal, mas
somente para a sua lógica transcendental.

Não por acaso, os juízos infinitos sequer forma mencionados por


Frege. Sobre afirmativos e negativo ele apenas diz o mesmo que disse
sobre universais e particulares, que são propriedades dos conteúdos
proposicionais.

Quanto à relação, categóricos são os juízos afirmados


incondicionalmente. Dizemos que 2+2= 4, independentemente de
quaisquer condições. Hipotéticos são aqueles que se relacionam a certas
condições: “se é dia e tempo ensolarado, então o céu parecerá azul”. São
fundamentais para a ética kantiana: os imperativos categóricos dizem
respeito a deveres que a razão deve cumprir incondicionalmente,
independente de quaisquer considerações prudenciais, por exemplo; os
hipotéticos dizem respeito aos deveres que a razão tem
condicionalmente, porque é mais adequado usar um meio x para um y, ou
não fazer x por causa da consequência y por razões prudenciais. Os
problemáticos expressam dilemas, trilemas, e etc, como: “ou o mundo
surgiu ex nihilo, ou o mundo existe por si mesmo ou há uma série infinita
de causas”.

Toda a distinção feita entre os juízos de relação é tida por Frege


como meramente gramatical, sem justificação explícita.
Quanto a modalidade, esta, segundo Kant (CRP, B99) é um tipo
peculiar de juízos, porque eles nada dizem sobre os conteúdos dos
próprios juízos, mas de sua relação com o pensamento em geral.
Problemáticos são aqueles que se afirmam apenas hipoteticamente,
assertóricos são aqueles que se afirma como verdadeiros. Apodíticos são
aqueles cuja verdade é necessária, como a proposição de que 2+2=4.

Frege ignora o tipo problemático. E a diferença entre hipotéticos e


apodíticos também foram negados como meramente gramaticais.

Como conclusão, as diferenças entre proposição que sobrevivem


em sua Conceitografia consiste nas diferenças entre negativos e
afirmativos, universais e particulares. Embora, estas não são verdadeiras
diferenças entre juízos, mas entre proposições.

§5 Condicional

O condicional expressa a relação “se, então”. Ele refere-se aqui ao que hoje
temos como operador verofuncional da implicação, ou condicional, material.

Dados dois conteúdo proposicionais quaisquer, há somente 4


possibilidades de combinação entre seus valores de verdade numa lógica
bivalorada:

a) A é verdadeiro e B é verdadeiro.
b) A é verdadeiro e B é falso.
c) A é falso e B é verdadeiro.
d) A é falso e B é falso.

Se A, então B é verdadeiro em todas as circunstâncias, exceto em b). Do falso


segue-se tanto o verdadeiro quanto o falso; o verdadeiro é consequente tanto
do verdadeiro quanto do falso. A única coisa que ele proíbe é antecedente
verdadeiro e consequente falso. “se o sal for posto em algo, então o sal
dissolve”, será falso, se e somente se, o sal for posto em água e não dissolver.
O condicional de Frege não relevante, isto é, é independente de qualquer
relação entre as proposições (por exemplo, não expressa necessariamente uma
relação causal). Um condicional como “se Belo Horizonte é a capital do Brasil,
então o céu é azul” é verdadeiro, considerando que o antecedente é falso e o
consequente verdadeiro.

O conteúdo proposicional do condicional é representado em seu sistema


de representação assim:

Onde o primeiro traço horizontal é o traço de conteúdo asserível do próprio


condicional, o traço vertifical indica o condicional entre as duas proposições, e
os traços horizontais à esquerda de A e B são seus traços de conteúdo.
Importante: o condicional deve ser lido de baixo para cima, com o antecedente
embaixo. Na notação acima, temos que “se B, então A”.

Para afirmar o condicional basta acrescentar o traço de juízo:


O condicional pode ser afirmado independentemente da verdade das
proposições envolvidas, basta que o caso b) acima não ocorra. Assim,
propriedades disposicionais podem ser expressas via condicional, independente
de ela estar inntanciada: “se o sal for posto em água, ele dissolve” é verdadeira
mesmo se o sal não estiver em água.

Afirma que “se B, então A”, então A e Γ . Afirma-se isto porque afirma-se
o condicional “B” em “A”, o que é o mesmo que dizer que o primeiro é condição
necessária do segundo, e de Γ em A, do que segue que se B é o caso, então
qualquer condição necessária A também deve ser o caso.

Representa a transitividade do condicional, se então a, então b, e se b,


então c, então se a, então c. No exemplo acima, se B for verdadeiro, será o caso
A e Γ.

§6 Abreviação de juízo

Representa a forma do modus ponens. Se B, então A e B, então A. Em cadeias


de inferências maiores isso pode ficar complicado, por isso Frege usa “(X)” para
abreviar juízos. Se representamos o juízos B por (XX), temos então a seguinte
abreviatura:
§7 Apresentação da negação e a expressão da conjunção e disjunção por
meio do condicional e da negação

Significa que não é o caso que A. O pequeno traço vertical no traço de conteúdo
de A é o traço de negação.

Se B, então não é o caso que A. Quer dizer que o caso a) de §5 não é o caso.
Isso é o mesmo que uma negação da conjunção A e B: ~(A. B) (em notação de
Russel).

Para afirmar a conjunção bastar negar sua negação:

Não é o caso que se B, então não A. Excluindo as possibilidades b), c) e d),


portanto afirmando a).

Se não B, então A. Quer dizer que ambos não podem ser ao mesmo tempo
falsos, negação do caso d). Isso quer dizer que afirmação da disjunção
(inclusiva): (AvB).

A disjunção exclusiva (ou... ou), que nega tanto o caso em A e B são falsos
quanto o caso em que são ambos verdadeiros, é expresso pela conjunção de:
Se B, então não A; se não B, então A:

O que é o mesmo que:


Não são somente os conectivos da disjunção e da conjunção que podem ser
representados por meio da condicional. A condicional também pode ser
representada somente por conjunção e negação. Sendo “{“o símbolo pra
conjunção, “se B, então A” pode ser representado assim:

Não é o caso que b e não A.


.
~(B ~A) em notação de Russel.

§8 Identidade de Conteúdo

A identidade de conteúdo relaciona nomes, não conteúdos . Espelha, em certo


sentido sua diferença entre sentido e referência, em que dois nomes diferentes
modos de apresentação de um mesmo referente: Estrela da Manhã e Estrela da
Tarde são ambos modos de apresentar o mesmo referente, o planeta Vênus.

“Em Plateia, os gregos derrotaram os persas”, e “Em Plateia, os Persas


foram derrotados pelos gregos” são dois modos de apresentar o mesmo
conteúdo proposicional.

Se A e B são juízos que apresentam o mesmo conteúdo, têm identidade


de conteúdo, representada assim:

Bastam 3 traços horizontais entre os nomes sujo conteúdo está sendo


identificado

§9 Função e Argumento

Ao invés de falarmos em sujeito e predicado, Frege nos mostra uma outra


constituição dos juízos: estes são formados de funções e argumentos.

No exemplo de Frege, no juízos “o hidrogênio é mais leve que o dióxido


de carbono”, hidrogênio pode ser substituído por vários outros objetos:
nitrogênio, hélio, oxigênio, carbono... Todos eles satisfazem “é mais leve que o
dióxido de carbono”. Temos, neste exemplo, um elemento estável e um outro
que pode ser substituído por outros, de modo que podemos expressar essa
substutividade por uma variável:

x é mais leve que o dióxido de carbono.


Este elemento estável do juízo é a função, o elemento substituível é o argumento
que satisfaz a função. Poderíamos, claro, também substituir dióxido de carbono
por uma variável:

O hidrogênio é mais leve que y


Satisfeita pelo de óxido de carbono, mas também pelo ouro, a prata, o hélio...
Também pode-se, é claro, expressar uma função de maior generalidade,
substituindo ambos os argumentos por variáveis:

x é mais leve que y

Satisfeita por dois argumentos indeterminados.

§10 Função indeterminada

Significa uma função indeterminada de A. Se A é Antônio, Φ pode significar que


Antônio é professor, bem como várias outras funções do argumento “Antônio”.

Significa uma função binária, que relaciona A e B.

§11 Universal

Na Conceitografia Frege usa somente o que hoje entendemos como


quantificador universal (∀). A universalidade é representada por um pequena
concavidade no centro traço de generalidade:

Significa que a função é verdadeira qualquer que seja o argumento da função Φ.


O traço horizontal à esquerda da concavidade é o traço de conteúdo do universal,
similar ao “∀x”, o traço horizontal à direita significa o conteúdo proposicional de Φ
(a). Então, isso seria expresso em lógica de primeira ordem como: ∀a Φa.

§12 A representação da existência por meio do universal

Significa nem pra todo X (a). Ou, existem algumas coisas às quais não aplica-se
a propriedade X. Uma representação em linguagem de primeira ordem: ~ ∀xAx.

Significa “para todo a, não X(a). Nega-se que qualquer X exemplifique a. Em


linguagem de primeira ordem um exemplo seria: ∀x~Ax. É o mesmo que a
negação do existencial: ~∃xAx.
Nem para todo a, não Δ (a). O mesmo que existe ao menos um a, tal que Δa.

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