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CAPÍTULO I

A VIDA E SEUS MISTÉRIOS


Todos sonhamos com uma vida feliz! Esse é um
sentimento intato de todos, no entanto, felicidade é um
fenômeno produzido na caminhada para a luz. Portanto, ela
não é uma condição que se relaciona a um lugar, mas a um
estado de espírito. A jornada da existência, parte
indispensável do grande processo do conhecimento da vida,
tem por objetivo o nosso encontro com a luz, e enquanto
caminhamos precisamos ter o melhor sentimento da
jornada.
A felicidade é um objetivo a ser alcançado em cada
etapa do caminho a ser percorrido, ela não é uma situação
futura a ser encontrada já pronta. Para a grande maioria das
pessoas que estão no mundo no atual momento, pessoas
que colocam a felicidade para o futuro, além desse tempo, o
alcance de tal status não é uma possibilidade. Pelo processo
de autoexclusão e escolha pessoal, ainda que isso seja
ignorado por ela própria. A vida não se manifesta plena na
ignorância. Assim, ao olhar comum da humanidade não é
sempre que os indivíduos podem ver as circunstâncias que
correspondem ao que elas desejam.
A felicidade é uma possibilidade entre tantas outras,
mas o que nos distancia desse sentimento é o pensamento
apenso ao mal e ao negativo que são elementos
bloqueadores de sua energia. Ainda assim a felicidade é
produzida por aquele que recebe o conhecimento de si e vê
o que não é possível ao ser humano comum ver. Mas seria
interessante para quem se interessa conhecer que ele
próprio precisa se excluir do grupo dos ignorantes e buscar
o conhecimento que pode levar a esse sentimento tão
desejado.
As pessoas dizem que a felicidade depende da
vontade de Deus, mas todos nós somos deuses e temos em
nós essa vontade, o que falta é o interesse em aproveitar a
oportunidade de conhecer o que pode nos proporcionar esse
sentimento, para isso será preciso que consigamos
descobrir algumas coisas relacionadas com a formação de
nossas estruturas de análise e compreender melhor de que
maneira nos é possível fazer intervenção nos
acontecimentos e, por consequência, na vida.
Mas o que isso significaria, de verdade? Significaria
ter o a percepção do universo das energias que está contido
nas palavras, o que nos colocaria em condição de exercer o
domínio sobre as circunstâncias e ter o controle sobre os
atos de criação de realidades. Há uma suposição
generalizada de que isso é impossível para o ser humano,
pois a crença corrente é a de que há um Deus que controla
tudo e todos e para que as circunstâncias sejam como
queremos precisamos estar em linha com ele. Não é
possível calar diante de tantas indagações.
Então vamos começar com algumas perguntas, que
interessam diretamente a mim, tais como: quem é o
responsável pelo que me acontece? De onde surgem os
acontecimentos, como eles se formam? Precisa ser assim,
não pode ser de outro jeito?
Durante anos e anos de nossas vidas alimentamos
dúvidas e formulamos questões sobre a existência, sem
decifrarmos a intricada trama da formação dos eventos de
nossas experiências que acontecem de forma personalizada
e particularizada e sem que nós tenhamos a possibilidade
de entender como isso é possível. Só nos resta vivenciar o
que acontece, aparentemente imposto a nós, e contra os
nossos interesses? A verdade é que eu preciso estar pronto
para me surpreender porque indo por esse caminho eu vou
mesmo achar todas as respostas.
Restaria ainda mais uma pergunta: eu estou mesmo
preparado para isso? Fala muito forte em nós a
recomendação do Cristo de “aceitarmos” a vida, sem nos
revoltarmos contra ela, qual é o fundamento dessa
recomendação, porque é necessária a “conformação”?
Vale ainda dizer que essa não é uma conformação
assentida, embora aceita, porque não temos alternativa.
Mas é aqui que tudo muda: a formulação de perguntas nos
leva a “obter respostas” da vida e isso gera algo de valor
inestimável: a compreensão. E assim, de pergunta em
pergunta lá vamos nós em direção ao futuro e a um destino
desconhecido. Seria possível ter um destino conhecido?
Poderíamos programar o futuro? Há que se ver e é isso o
que vamos fazer.
Aceitamos o que acontece e vemos que, por vezes, se
repete o mesmo fato, o acontecimento indesejado. E por
quê? Por absoluta falta de capacidade de entendimento de
como tudo se forma e, por consequência, por causa da
nossa permanência no mais elevado grau de incapacidade
de intervenção. Será esse, de fato, o destino ao qual o
homem tem de resignar-se? Resignar-se e sofrer a
desventura de ser uma marionete do destino? Se nós somos
as marionetes, quem é o titeriteiro?
Para responder essas e outras questões de vital
interesse de todas as pessoas elaboramos um estudo
profundo a respeito dessas questões visando a elucidação
do mistério da vida. Ao contrário do que se pode
inicialmente imaginar as circunstâncias parecem concorrer
para que o desvendamento do mistério ocorra de modo
natural segundo o nosso próprio desenvolvimento e em
linha com a nossa capacitação para o entendimento.
O ser humano é uma entidade de grandeza cósmica; o
que isto significa? Que uma parte dele é visível e conhecida,
e essa é o corpo físico, com suas funções e capacidades; e
outra parte denominada de “espírito” é de natureza
invisível, talvez desconhecida, mas nem tanto quanto
pensávamos. Porque essa parte é energia, não visível, mas
efetivamente uma fonte de poder. Todavia a sua realidade é
individualizada, é unificada e opera em comunhão.
Corpo e espírito são energia e poder e ferramenta e
instrumento de ação, e por meio da energia que é
“funcional” que são definidos os papeis e as finalidades da
aplicação objetiva dos conhecimentos. Os conhecimentos se
tornam então o objetivo a ser conhecido, ainda que isso
pareça esquisito. Conhecer o conhecimento é uma ciência
chamada “logologia”. E é por esse caminho que nós
começamos a conquista da autonomia e, por consequência
da felicidade.
Conhecemos bem as capacidades do corpo, os seus
limites e forças, sabemos determinar com precisão quais
são os métodos de realização pela via da ação humana e
como fazer alguma intervenção para produzir uma ou outra
circunstância de acordo com o que queremos. Isso é
possível quando o que se quer realizar depende de
habilidade ou de força. Contudo e ainda assim, tudo nasce
de “uma ideia”.
Deveríamos nos perguntar: qual o papel do “espírito”
em nossas vidas, ou qual é a sua função na existência? O
que é o espírito e de que material ele é constituído? Talvez
aí pudéssemos encontrar a solução para muitos enigmas
interessantes como, por exemplo, o fato de desejarmos uma
realidade e sermos contemplados com outra totalmente
contrária .
Nós somos seres de energia em torno da qual se
forma um corpo, mas não reconhecemos a existência dessa
conexão, e não nos vemos como um ser de natureza
integral, porque para nós ela ainda não é perfeitamente
conhecida. Não conhecer os conhecimentos e suas
funcionalidades é o que nos leva a ignorar como a vida
funciona e como nós determinamos o seu funcionamento
nas questões fundamentais da existência. O que ou quem
dita as regras e determina os “arranjos” de todos os
acontecimentos nos quais estamos envolvidos?
Pare um pouco e pense. Como acontece a formação
dos fatos de sua vida? Algum dia você já parou para pensar
nisto? Você acredita que não tem poder algum sobre as
circunstâncias e que tudo está previamente determinado
por Deus? Acredita que o futuro já está determinado e não
há nada a fazer? Em suas ideias há um destino predefinido
para cada um dos seres humanos?
Acredite: não tem ninguém fazendo as coisas
acontecerem na sua existência, na sua vida, só você tem
produzido tudo – sozinho! Cada uma das circunstâncias de
sua existência - o que gosta e o que não gosta, o que deseja
e o que não deseja, o que o alegra e o que o entristece,
tudo isso é obra sua. É, aparentemente, injustificável que
alguém produza para si mesmo o que odiaria experimentar.
O que poderia justificar que alguém produza
acontecimentos ruins e que não deseja para sua vida? Só a
ignorância justifica isso. E nós somos ignorantes de nossa
própria natureza.
A única hipótese aceitável é que uma pessoa que faz
isso não tem consciência do que faz e nem de que o faz, ou
quando ela faz e menos ainda “com que” ela faz isso.
Estamos acostumados a ver como “ignorância” uma pessoa
mal educada, isso não deixa de ser, mas a verdadeira
ignorância é a falta de autoconhecimento.
A pessoa que não se conhece como “indivíduo” não
sabe que é duplamente constituída, corpo e espírito,
energia e matéria, e que essa dupla é indivisível. E ela não
sabe que o “espírito”, que vemos como a inteligência é o
que torna a pessoa “viva”. O espírito é formado pelas
energias dos conhecimentos que ela possui e suas
características pessoais são definidas pelos conceitos que
abriga em sua estrutura de compreensão.

Expressões e realizações
Os pensamentos são as expressões manifestadas pela
entidade inteligente que chamamos de espírito, já as
verbalizações são expressões de comunicação do espírito
com o mundo exterior. No círculo das expressão ainda
temos “as atitudes” que são frutos de modelos recorrentes
de pensamentos. As atitudes são construídas pelos hábitos
e se tornam energias “acumuladas” com poder de criar
tendências. Os hábitos são considerados “espíritos
predominantes”, você pode contrariar um hábito e agir
diferente.
Já o caráter é um mecanismo de ação que se tornou
automático porque o acúmulo de energia é tão grande que
“supera a força de vontade” e o querer como poder de estar
no controle de uma situação. A caráter vence a vontade,
supera a força de vontade e determina a ação, podemos
dizer que o caráter é uma classe de espíritos dentre os
muitos que nos constituem que podemos chamar de
“espíritos dominantes”. Os espíritos dominantes são o poder
autônomo que subjuga o indivíduo e o levar a agir
independentemente da necessidade de raciocinar.
A pessoa que se encontra no estado de ignorância
desconhece que seus pensamentos são atos de criação de
realidades e que são as expressões do criador. Por não
saber disso não sabe que cria realidades a partir do que
pensa e da imaginação. Quem não sabe que é assim que ele
próprio funciona e que é assim que ele mesmo põe a vida
para funcionar, tendo maus pensamentos e ideias ruins, não
tem outro jeito de funcionar a não ser pelo mal e, por isso e
com isso ele mesmo põe a vida para funcionar contra si.
Podemos pensar que esta seja uma hipótese difícil de
ser confirmada e temos uma tendência natural de sequer
considerar essa possibilidade. Porque somos orgulhosos e
fica mais confortável não admitir a ignorância e não ter que
justificar e dar as razões pelas quais faz mal a si. Todos os
males de todas as pessoas são os males para os quais ela
mesma conduziu a sua vida. Se você não acredita que é
assim que a vida funciona e que você funciona, eu o
convido a percorrer comigo as páginas desse livro nas quais
verá, tudo isso com clareza e objetividade.
Eu uso argumentos bastantes convincentes, porque
uso os argumentos do Cristo para isso. Com a visão dele e
com os argumentos que ele usou você entenderá facilmente
que todos nós somos os únicos autores de nossas
realidades. Vai entender facilmente que nesses
aproximadamente 5.000 anos do conhecimento humano
relacionados com essa geração, você e toda a humanidade
está produzindo transformações em si mesmo, e formando
uma nova consciência de si. Nós estamos incendiando a
terra e pondo fogo em nós mesmos, e isso, acredite-me é o
que tem que ser feito.
Cada pessoa, de pouquinho em pouquinho, vai
acendendo as chamas da luz interior e com isto vai
adquirindo a visão de toda a realidade. O que já vimos e o
que sabemos sobre a vida é muito, mas ainda não é tudo.
Há muito mais que ver do que já foi visto até agora. Mas o
que ainda falta, você certamente verá. Sua consciência está
em expansão, cada dia você conhece mais coisas e com
isso você está se habilitando para ver a própria vida em
uma extensão mais ampla e com mais nitidez.
Seu olhar espiritual tem alcance a todas as realidades,
mas você se limita a enxergar o que se relaciona com a sua
consciência humana. Seus olhos do corpo projetam as
realidades que você escolheu e que adotou, mas você os
está habilitando para ver mais, ser mais e ter mais no seu
campo de projeção. Eu sou parte do processo de expansão
da sua consciência, mas não só eu, há muitos de nós
trabalhando em prol diss.
Com a participação de muitas pessoas você está
formando uma visão de alcance integral e incorporando
esses conhecimentos ao seu universo pessoal. Em sua visão
desse momento você já percebe as pessoas com um jeito
mais apropriado e que o aproxima mais do ser “ideal” que
chama de Deus. Você está se transformando para ser
plenamente um ser de natureza espiritual e de grandeza
cósmica.
Agora eu quero estender o meu convite para que você
participe de maneira mais ativa das etapas que se seguirão.
Usando o processo de diálogo irei questioná-lo sobre o que
você quer como um meio de despertar o seu interesse em
formar um ideal próprio, o que é o mesmo que “formular um
objetivo”. O objetivo tem por finalidade levar você a
alcançar o objeto do seu ideal.
Ao usar o método de questionamentos e aplicação de
pesquisas, o faço certo de que as indagações levam a
respostas e que o conhecimento é a fonte do futuro. Esteja
certo de que ao te perguntar eu estou provocando a
abertura de portas para a entrada de novos conhecimentos
em seu universo particular.
Sabemos que é o conhecimento que gera a luz que
nos permite ter a visão de uma realidade qualquer, disso
decorre que, conhecendo mais e melhor você terá uma
visão mais clara e mais profunda de todas as coisas.
Especialmente estou abrindo para você as portas de um
mundo até então invisível, mas cheio de recursos em
energia e poder que você até agora não pode aproveitar
porque não o conhecia.
Conhecer este universo, estou falando do universo
dos conhecimentos, que é feito exclusivamente por coisas
invisíveis é entrar na cabine de comando da vida. É adquirir
a possibilidade de aproveitamento das suas energias,
aplicação dos seus poderes e de realização pessoal por
meio da materialização das coisas e situações. Você tem em
si um grande potencial de energias funcionais, elas são as
fontes não só do poder, mas de todas as realidades
materiais. Você pode dar materialidade ao que quiser, e ao
que colocar na sua mente como um objetivo.
Você vai adquirir o domínio sobre este poder
realizador e vai passar a se beneficiar da certeza, da
confiança em si mesmo e de toda a criatividade disponível
para os seres criadores entre os quais você está incluído. A
realização é um exercício de poder e que se faz também
portadora da alegria porque consolida a sua capacidade
pessoal. E a você está destinado o máximo poder, até que
você chegue no nível mais alto de acordo com a sua
capacidade de imaginar. Você poderá ter isso: uma
performance pessoal jamais pensada.

Habilitações indispensáveis

Penetrados por novos conhecimentos nós crescemos


em espírito e poder diante da vida. Por meio do
conhecimento nos tornamos habilitados para produzir
realidades exteriores, cenas e cenários, determinar
condutas e materializar os bens que a eles correspondem. O
conhecimento é efetivamente uma fonte de poder. Ele é a
porta de entrada para a realidade que ele traz em si e é
responsável por aumentar e melhorar o universo do qual
fazemos parte. Só nos tornamos capazes de ver e de
usufruir aquilo que os nossos conhecimentos são
portadores. Os conhecimentos portam as realidades.
O conhecimento é o alimento da alma e é o fator
responsável pelo seu crescimento como “ser”, como
indivíduo e pela ampliação do seu território, portanto é a
causa primária da expansão de sua liberdade. Com eles
você expande a sua capacidade de ampliar suas
experiências. Seu corpo físico é uma formação nascida do
conhecimento de sua realidade humana, e tantas vezes
você nasceu e morreu que este processo se tornou
automático e independente do seu pensar. O seu
conhecimento humano condiciona você à sua humanidade.
Há outros conhecimentos além dos conhecimentos
humanos.
Além do que conseguimos ver com os nossos olhos
há um universo invisível de coisas que ainda não são coisas,
são apenas energias e que, portanto, pertencem apenas ao
domínio do “além”. Esse além, não quer dizer nada senão
como elemento pertencente a outra dimensão da realidade.
Esse conhecimento pode ser considerado como um campo
novo da vida totalmente inédito e ainda a ser explorado,
chamado de “campo do potencial”. Ele é seu, ninguém tem
acesso a ele e é dele que você terá que extrair todas as
realidades que quer e que ainda não materializou.
Todas as realidades que ainda não são “existentes”,
existem em você e estão à espera de que você se lance no
processo de materialização. E esse processo é que você
precisa conhecer para que a “transmutação de energia em
coisa” possa acontecer. Isso requer habilitação realizadora e
é isso que todos estão buscando. Começar uma busca por
uma realidade é “idealizá-la e essa é a única condição de
nos habilitarmos para vê-la e experimentá-la.
Somente esta capacitação pode abrir as portas para a
formação de novas realidades materiais que, esperam ser
apropriadas por nós, se não fizermos isso elas permanecem
na condição de “energia latente”. Todas as coisas, antes de
serem coisas, estão dentro de nós aguardando serem
conduzidas pela nossa vontade para virem à existência,
passando pelo nosso pensamento. Tudo começa com uma
ideia, ou um pensamento e termina na experiência dela
como realidade.
A ciência costuma classificar de uma forma que, a
meu ver, não é apropriada: ela chama de consciente, aquilo
que faz parte dos conhecimentos nos quais cremos; chama
de subconsciente a reserva de informações ainda não
acessadas por nós, mas a essa reserva eu chamo de
superconsciente, porque está acima e além da realidade
(portanto da consciência também) e, há ainda o
“inconsciente” que a ciência às vezes chama os
conhecimentos que não estão na realidade.
É preciso levantar uma ideia nova para essa palavra
“o inconsciente”, se nós considerarmos que nós é que
somos a referência, o que somos conscientes é a realidade,
e o que já deixamos de ser é o subconsciente e o que
pretendemos ser é o superconsciente e tudo o que nem
sabemos embora exista, é o inconsciente. Um exemplo: eu
sei que tenho uma origem em Deus, mas não tenho Deus na
minha consciência, não o conheço e ele não representa
poder em mim. Eu não tenho consciência de Deus, portanto
ele existe no meu inconsciente, assim como o mundo
espiritual, que só existe no meu inconsciente.
Em nosso superconsciente há muita coisa que nós
podemos incluir na consciência e que está, portanto, inativa
e para ser explorada por nós. Jesus trouxe conhecimento
novo e ele o divulgou para nós, mas a realidade dele é
sonho para nós, uma possibilidade que temos que apropriar
primeiro para depois usar como recurso e poder criador
para as realidades que, até aqui, são apenas dele.
O processo da vida é bem interessante nessa questão,
porque para haver uma realidade é preciso importar
recursos do inconsciente para o consciente e começar a
usar como ideia, pensamento e expressão. A título de
exemplo: posso trazer para a minha realidade uma pessoa
que nem conheço, bastando que eu tenha “um modelo”,
uma visão dessa pessoa ideal e se pensar nisso ela virá a
mim.
Pessoas que ainda não conhecemos assim como
situações e realidades não experimentadas podem vir à
nossa realidade pessoal sempre atendendo às nossas
necessidades espirituais. A existência é um campo de
experiências e tudo o que conhecemos é o que há para ser
transportado do universo das energias para o universo das
realidades materiais. Tudo o que eu preciso é o
conhecimento e o conhecimento dos processos e
procedimentos que fazem o transporte de lá para cá.
As palavras não são só palavras

Quantas palavras tem um vocabulário de uma língua?


São milhões, e elas podem ser combinadas entre si para
forma “situações”, contextos, coisas e a natureza. Então
podemos inferir que “infinitos recursos” escondem-se nas
palavras, frases, conceitos, crenças e verdades. E, dentro de
você esses recursos estão em total disponibilidade para o
seu uso, bastando que lhes chame pelo nome, coisa por
coisa, situação por situação, experiência por experiência.
O universo primário é feito de energia e isso está
dentro de você aguardando a sua “chamada”, porque nas
suas palavras está a vida e todas as coisas que nela há, e a
vida não se move sem o seu comando. A sua ordem é a
função divina para que elas se mostrem a você como
realidade material ou como experiência. Elas estão prontas
para se converterem naquilo que elas significam. E o que
elas identificam são “bens materiais” e são também
situações que você pode formar como “arranjo de ideias”.
Você é um arranjador de natureza e de realidades.
A vida está preparada para dar-lhe a alegria plena e
uma experiência com prosperidade e abundância. Mas com
que palavras você chama a si estas experiências? Seria
qualquer palavra? Não. Você tem que saber as palavras
certas. Palavras que formam o seu conteúdo mental estão
ali no âmago do seu ser, em forma de conhecimento, estado
de energia latente e em plena disponibilidade aguardando
que você delas se utilize e para que os bens que elas
encerram possam ser apreciados por você.
Se você as reconhecer e saber qual é a finalidade de
cada uma delas terá o poder de se tornar o senhor do
universo e de requisitar a experiência que quiser. Se souber
o que quer e como fazer a transposição elas certamente
poderão representar uma mudança extraordinária em sua
vida. Estou falando de um universo de energias, que é o
mundo invisível que chamamos de espiritual, mas que nada
mais é que o “um centro de conteúdos - conhecimentos” de
onde tudo surge e com o qual você está prestes a se
conectar novamente.
O futuro é certo: a fonte universal de todas as coisas e
você, juntos, se tornarão um só poder, uma só realidade. É
justo que tenhas o que tens porque você falou com a vida e
ela entendeu e atendeu às suas chamadas. O subjetivo para
se tornar objetivo tem que ser chamado à realidade pelo
sujeito e o sujeito é você. Só você tem autonomia sobre a
sua realidade, só a você ela está sujeita.
Tudo que achamos ser “subjetivo” está nesse universo
das energias: Deus, espírito, poder, energia vital, energia
mortal, saúde, doença, tudo é palavra, e tudo tem origem
nelas. Tudo passa pelo seu pensamento. Em decorrência
dessa conexão com a fonte, tudo o que desconhecemos
podemos conhecer e tudo que conhecemos podemos ser ou
ter e experimentar em nossa realidade; dito de outra forma
isto significa que podemos promover a transmutação de
conhecimento (subjetividade) que está em nós sob a forma
de “energia latente”, em realidade.

Pensamento e magnetismo

Quando pensamos colocamos a energia em


movimento, e energia em movimento gera campo
magnético e isso atrai mais da mesma energia e a faz
acumular-se em uma realidade holográfica que chamamos
de “realidade sólida”, ou realidade material. Os
pensamentos em movimentação se tornam poderosos
magnetos atraindo mais energia para se juntar na formação
da realidade do que a palavra significa. Como um magneto
o pensamento movimenta energias e como tal se torna um
ativador de componentes químicos e nós podemos “nos
sentir”.
Também é por esse método que colocamos para
funcionar o nosso corpo físico, o agente de nossa vontade.
Assim, nós temos produzido, por toda a nossa vida a
existência e sua continuidade sem nos dar conta de que o
estamos fazendo. Em face disto é até razoável achar que
estamos indo bem no aprendizado dessa função de
criadores de realidades. O homem, sendo um ser
essencialmente pensante é também um importante agente
de produção de realidades e de transformação no universo
em que vive. O que você acha? Como você vê isso?

O que você vê?

Você tem “milhares de ideias prontas” elas são as


suas realidades prontas, você acha que “é assim” e assim é.
Agora, existem ideias que você “não acha” dentro de você,
então precisa importar. Traz a ideia para dentro e com isso
trará a possibilidade de ela existir. Está cientificamente
comprovada que “como vê” é uma expressão diferente das
expressões comuns da vida, porque é dessa forma que
determinamos que uma realidade se torne uma experiência.
O modo de ver é o modelo a se projetar. Tanto faz se
vejo como já sendo ou se vejo como será, tudo se torna
energia presente e nós a podemos transformar em projeção
de realidade. Porque aquilo que esperamos que seja é o que
é. Assim a expectativa do homem atua sobre a energia e
esse ato responde pela sua conversão ao estado de
matéria* (ver Heisenberg-Teoria da Incerteza, 1929).

Abra o pacote de informações e produza formações

Com dados incontestáveis eu quero mostrar-lhe com


este livro que tudo o que ainda está, para você, em um
universo invisível, já está presente em você, mas está retido
dentro da embalagem do “conhecimento”, não foi aberto
para a sua experiência. Contudo, as coisas que estão dentro
de nós são possibilidades de virarem realidades e só elas
podem ser. O mais importante é que você creia que a
palavra está na origem de todas as coisas e que saiba que
palavras podem ser convertidas em realidades, dentro de
certas práticas e segundo um método.
É desse invisível universo de energias que tudo o que
é visível tem origem. Do inconsciente, se tira o que não se
tem, o que é invisível; trazendo-o para o consciente ele
poderá vir para este seu momento como realidade material.
Em seu ambiente interno, sua mente é depositária de todas
as possibilidades, inclusive aquelas que um dia foram ou
que ainda são seus sonhos mais ambicionados.

Reserva de possibilidades

Cada pessoa dispõe de uma reserva pessoal de


possibilidades à qual pode ter acesso, enriquecendo as
condições de sua vida. Ninguém tem acesso à sua reserva
pessoal e cada um tem a sua própria reserva. O que dela se
extrai, dela não sai, é apenas copiado (multiplicado) e
sempre estará à disposição para que você possa repetir a
experiência quando quiser. A posse de qualquer coisa dessa
reserva depende exclusivamente de sua vontade e da
ousadia de querer ir além do que é ou do que já tem, e isso
você faz com o seu pensamento, chamando a si aquilo que
lhe parece possível.
Visto pelas tradições religiosas como “entrar no reino
dos céus” o contato com essa reserva é um acontecimento
único em toda a experiência humana que se dota a partir de
então de todos os requintes de qualidade de uma vida
superior como jamais imaginou. A porta que dá acesso a
essa reserva oculta se abre pelo aprimoramento dos nossos
sentimentos; somente pelo coração, falando mais
propriamente. A realidade exterior vem pelos caminhos do
interior da mente humana e é por aí que se pode chegar a
Deus.
Como instrumentos você tem: a vontade, a
imaginação, o pensamento e a sua fé, porque esses são os
motores da propulsão do seu poder interior um gigante
interior que pode carregar para fora a realidade que você
eleger.

A realidade é uma “Obra divina” feita pelo homem

Cada pensamento, bem como cada imagem mental, é


uma obra de arte divina, uma realidade holográfica
constituída de pura energia que contém uma qualidade
definida e específica, e que é capaz de se auto-transformar
em matéria. Podemos fazer isso para dar origem àquilo que
nossas palavras identificam. Essa alquimia, que se processa
dentro da mente é a fonte de todas as realidades materiais
e dos corpos físicos existentes. Todos somos alquimistas.
Reconhecida como um estado latente da energia, as
informações ganham formação pelo pensamento,
obedecendo à sua vontade personalizada e dão origem ao
que podemos dizer seja a semente da realidade que por sua
vontade e persistência se torna a própria realidade, jamais
dispensando o concurso do tempo. A tradição Cristã diz que:

“1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com


Deus,
e o Verbo era Deus.
2 Ele estava no princípio com Deus.
3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e
sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens;
5 a luz resplandece nas trevas, e as trevas não
prevaleceram contra ela. ”

A palavra(verbo) representa o seu conhecimento, ele


se transforma em corpo, você é a representação do seu
conhecimento, portanto você é Deus (o verbo vivo); você
possui assim, o status de Deus; as palavras são a energia e
o poder divino em nós; nós somos isso. Manifestar a palavra
é dar voz a Deus. Na palavra se contêm todas as
propriedades da natureza atômica do bem material que ela
identifica; um bem material, portanto representa o que a
palavra identifica. Dentro de nós a palavra é energia;
expressada ela se torna a realidade física.

Sua vontade é a vontade de Deus e vice-versa

Sua vontade é a vontade de Deus, sua expressão é a


expressão de Deus, suas palavras são a voz de Deus e seus
atos são os atos do Criador. O homem, quando visto apenas
como o corpo, é o agente de movimentação da palavra. A
expectativa do homem de ver a realidade é, como foi
verificado por meio de experiência em laboratório
patrocinada pela física quântica em 1929, o agente causal
da transformação da energia em realidade. O pai dessa
descoberta foi Heisenberg.
Todo pensamento vem do nosso conteúdo mental e,
ao pensar é o seu “ser” que está em plena manifestação
que é energia expressiva. Sua manifestação é a sua
expressão espiritual, é a voz de Deus fluindo por meio de
você. Todo pensamento seu é, por princípio, subordinado à
sua vontade e, de acordo com a sua expectativa e por ela,
ele se transforma em um ponto original da realidade.

O que pode ser transformado em realidade material?

Tudo o que faz parte do nosso conteúdo mental pode


ser transformado em realidade material. Tal descoberta
referenda os dizeres do evangelho que afirma que “crer é o
fundamento para ser ou ter”. As palavras do Cristo afirma
m :

“tudo é possível ao que crê.” (Mc 9:23)


Promovendo a comunhão de fundamentos, ciência e
religião se confirmam mutuamente favorecendo a crença
humana e fazendo deslanchar a evolução da consciência. A
aceitação do conhecimento espiritual, importante e
indispensável, agora novamente em alta, nos permite ter
acesso a um velho universo, pouco explorado e pouco
conhecido que é o nosso próprio ser. Conhecer a si mesmo
pode ser neste momento a derradeira de todas as fronteiras
a ser ultrapassada; a mais elevada conquista do homem,
infinitamente superior à própria conquista do espaço
sideral.

CAPÍTULO 2
UM UNIVERSO DENTRO DE VOCÊ
O universo está dentro de você, está em sua mente, e
de lá ele se projeta pela sua visão dando-lhe a visão de
realidade assim como você a vê. Na mente encontram-se
todas as possibilidades que podem levá-lo à condição de
autorrealizado e gerar em você a satisfação de suas
intermináveis demandas por progresso e evolução.
As palavras ou, “um conjunto específico delas”
formam os pensamentos e as idéias e destes surgem as
verbalizações e as ações; a movimentação dentro do
cérebro, do recursos da fala e das palavras é mais do que
simples manifestação dialética, é o próprio ato de Deus na
criação de condições, situações e realidades.
O homem que pode ser considerado o criador de sua
realidade, mas apesar da autonomia, ele não tem
consciência de seu poder criador. Para conquistar a
verdadeira autonomia ele precisa superar as barreiras
dogmáticas e elevar-se acima das crenças limitantes, das
lendas e dos mitos. Quando alcança esse status torna-se,
não só “criador consciente”, mas também se torna o
poderoso “O Senhor das Palavras”. Você é o senhor do
universo e é o senhor das palavras.
Pensar e imaginar são atos corriqueiros de nossa
natureza humana; embora seja uma parte que aconteça no
universo invisível, no entanto o pensamento produz efeitos,
tanto em quem pensa, quanto tem o poder de alterar a
realidade externamente. Ele é o meio pelo qual ocorre a
comunicação de nós para conosco. Eu falo ao meu corpo,
falo aos meus órgãos e sistemas e falo às minhas estruturas
de ser. E faço isso pelo pensamento. A boa qualidade dos
pensamentos é a boa energia que nutre as nossas células,
que fortalece os nossos órgãos e que movimenta e alimenta
os sistemas do nosso corpo.
O que pensamos afeta o ambiente em que vivemos, e
a qualidade do que pensamos pode torná-lo fértil ou infértil,
agradável ou inóspito; do que pensamos podem surgir
espinhos ou árvores frutíferas. Bons pensamentos geram
bons sentimentos, que geram boa saúde que torna a
natureza uma aliada. As palavras faladas são os
instrumentos por meio dos quais nos transportamos para
dentro dos outros. Boas palavras geram bons
relacionamentos e bons relacionamentos geram boas
convivências. As ações são o nosso meio de intervenção na
realidade já existente para melhorá-la ou simplesmente
para modificá-la.

O mágico das palavras

A palavra é uma “varinha de condão”, uma varinha


mágica que aplicamos para exercer nossa influência sobre a
realidade e sobre a vida. A primeira intervenção ocorre no
ambiente interno: nossos pensamentos alimentam ou
envenenam nossas células; podem também produzir a cura,
o fortalecimento ou a doença dos nossos órgãos afetando o
estado geral de todo o nosso corpo. Ainda internamente as
nossas estruturas que são formadas por “energias
organizadas” nossos pensamentos alimentam essas
estruturas, com elementos saudáveis ou com venenos e
podem nos fazer mais fortes e capazes ou mais fracos e
incapazes.
Externamente as energias de nossas palavras
influenciam o comportamento das pessoas com quem nos
comunicamos e com quem convivemos, conforme o que
lhes falamos elas podem provocar sentimentos que
adoecem ou que podem curá-las. A palavra induz as
pessoas a se moverem ou a as levam à imobilidade,
promove o movimento do dinheiro, viabiliza ou inviabiliza
negócios e faz isso com atividades de todos os tipos. Ela
também é capaz de produzir transformações de variada
natureza.
Participamos ativamente de todo esse processo sem
ter ainda consciência da importância da qualidade na hora
de escolhemos as nossas palavras em todos os nossos
envolvimentos. Movimentamos o nosso universo particular
por intermédio dos nossos pensamentos e de nossas
palavras; deveríamos, portanto, ter mais qualidade em
nossas expressões para termos uma vida de mais qualidade
e para sermos felizes. Assim deveria acontecer tanto
materialmente quanto nos relacionamentos, mas não é isso
o que acontece.
Na literatura espiritual encontramos uma importante
referência que dá suporte aos nossos argumentos: o livro
“Nos domínios da mediunidade”, de Francisco Cândido
Xavier, parceria com o espírito André Luiz, em seu capítulo
1, que fala sobre Deus, diz assim:

“Filhos do Criador, dEle herdamos a capacidade de


Criar, renovar e transformar”

Essas informações correspondem inteiramente ao que


nos informa a tradição Cristã, por intermédio da bíblia, que,
coincidentemente também representa a idéia de quase
todas as outras tradições. Em especial cito as palavras de
Jesus, que por diversas vezes fez questão de deixar patente
a nossa unidade com Ele e com o Pai, prevendo inclusive
que no futuro haveria um tempo em que Ele estaria vivo
dentro de nós.

Falta reconhecimento do que somos

O reconhecimento de que somos filhos de Deus traz


em si de modo implícito o entendimento de que essa
ligação não pode ser apenas uma questão de semântica,
que não é mera formalidade verbal, ou algo assim, mas que
é certamente alguma informação de mais importância e de
maior profundidade. Além da propalada “imagem e
semelhança” que pode ser objeto de dezenas de
interpretações, a conexão de origem revela, sobretudo, que
as características do Pai são inevitavelmente as mesmas
características que nós os filhos possuímos. Por isso
ousamos dizer que impossível seria não sermos deuses e
que não fôssemos criadores como o Pai Deus é.
Nossa natureza interior é igual à de Deus; Deus é
espírito e é isso o que nós também somos. A palavra é o
espírito, a invisibilidade da palavra, é a invisibilidade do
espírito e a energia nela contida é o poder de Deus em nós.
A palavra constitui a natureza “divina” que é a essência de
todo ser humano. Eu sou a visibilidade da palavra que se fez
carne e continuo sendo a energia do espírito que é imagem
e semelhança de Deus. O espírito é a energia interior, o
conhecimento qualificado que se fez vivo pela ação e que
também se fez carne e habitou conosco.
Da forma como vemos nossas crianças que brincam e
imitam a realidade, vemos a humanidade como espíritos
ainda novos, incipientes nos conhecimentos de si mesmos e
de suas possibilidades, que criam aleatoriamente e com
pouca qualidade, as cenas e os cenários, bem como
determinam papéis para todos os atores daquilo que
podemos dizer seja “a peça de sua própria vida”. Diante
desse quadro, nada mais natural do que entender as razões
de existirem criações de má qualidade nas experiências
individuais ou coletivas.
Isto não significa propriamente um estado de
imperfeição, mas de ignorância que revela a consciência
primária do ser vivenciando as etapas iniciais no
aprendizado da cultura espiritual, que o tornará em algum
tempo no futuro o criador consciente. Portanto todos
estamos a caminho da perfeição, status que a experiência
traz junto o conhecimento de si mesmo e o melhor
sentimento.
Reconhecer essa irrenunciável identidade divina que é
natural para todos nós é a primeira das grandes
descobertas que podemos chamar de “a verdade”. Ela nos
remete a estados mais sublimes de consciência e nos abre
as portas para o que chamamos de céu: uma consciência
dotada da capacidade superior de criar com qualidade a
vida que vai experimentar.

Céu – Um estado de consciência do criador

Visto como um estado de consciência este céu


representa a posse plena da herança divina que é o
reconhecimento da sua própria identidade. Esse
reconhecimento implica automaticamente na reabilitação
para a compreensão e o entendimento dos nossos poderes
divinos inatos, mas que temos que ativar e praticar. Assim
nos disse o Cristo sobre isso:

“Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê


em mim, esse também fará as obras que eu faço, e
as fará maiores do que estas ; ” (João 14:12)

Não existe como separar eu de Deus

Ninguém consegue separar o corpo de seu espírito, ou


o espírito de seu corpo; um é extensão do outro. Na
verdade, não são um e outro, são um só e o mesmo. A
natureza divina se uniu a um corpo e fez morada nele e nós
teimamos em querer separar um do outro. Não é possível
viver se eu me dividir em dois; a vida está no ponto original,
na palavra da qual surge uma projeção que é o corpo, mas
como disse, não dois, se eu quiser me dividir não poderei
viver.
Eu dividido em dois não sou ninguém, Eu e Deus
juntos formamos um só ser, somos um, confirmo o que
disse o grande Mestre da humanidade chamado de Jesus.
Retiradas as dúvidas dessa ligação eterna entre nós e
Deus é natural pressupor que num determinado momento
começaremos a exercitar os poderes de criadores que
possuímos em nós mesmos, e com isso, poderemos criar de
modo consciente nossas próprias realidades. Nossa
consciência passará a operar a realização das existências de
modo perfeito como nos convém. Não podemos duvidar
que, nesse dia, seremos reconhecidos como deuses, pois
esta é conseqüência natural e imediata, conforme os
dizeres do Evangelho:

“Vós sois deuses! Sois todos filhos do Altíssimo”


(Davi-Salmo 86:2 e Jesus –João 10:34).

Imaginar que o corpo é autônomo, sem o espírito é


querer imaginar que a matéria seja eterna e viva por si
mesma, independente da própria vida. Um apóstolo, certa
feita escreveu dizendo para que não confiássemos nas
possibilidades humanas, mas que mantivéssemos nossos
pensamentos ligados no poder de Deus existente dentro de
nós mesmos.
Assim ele disse:

Maldito o varão que confia no homem, e faz da carne


o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!
(Jeremias 17:5)

O que isso quer dizer, na verdade é que a natureza


espiritual quer espaço para realizar os seus sonhos, não
creia que será pelo seu intelecto ou pelo seu racional que as
realidades virão à sua experiência. Não será.

O ser humano não dá conta de conduzir a vida

Entregar a vida e o destino exclusivamente à


capacidade humana é entregar a inteligência para o animal
conduzir, não dá para permitir que a vida seja conduzida
pelo “jumento”. Não podemos confiar nosso destino ao
intelecto, à racionalidade, à força física ou à nossa
qualificação profissional, isso é pôr sob risco a sua
existência. O homem consciente de sua natureza divina
sabe que pode mais pelo seu poder divino, que pelo
destreza ou força humana. E é por essa razão que acredita
na “entrega” da vida ao ser divino para que ele sim, cuide
dela no máximo e no melhor que a ela convém.
O homem consciente tem o desejo e a ação voluntária
de transferir por sua decisão o comando e a direção de sua
vida para o seu ser divino. Sabe que para confiar em Deus é
preciso estar em conexão com suas leis e tê-las como ponte
para o melhor resultado. E terá isso se seguir naturalmente
as orientações pertinentes à sua natureza espiritual e
cumprir as suas leis. Ele sabe que nelas estão a sua
proteção e o seu êxito. Depois disso nada mais temerá
porque confia apenas no seu próprio poder moral que
advém do espírito divino.

Criador

Atos de criação são corriqueiros em nossas


existências, nós sempre criamos desde a primeira infância
do espírito em sua jornada humana. Nem sempre fizemos as
melhores criações, claro, devido à condição de atuarmos em
plena ignorância. Fazê-lo agora de modo consciente é uma
nova história, e esta é uma proposta que condiz com esse
momento que parecem experimentar a sua maturidade
espiritual. Fazendo a melhor realidade que lhes é possível
sempre em linha com os conhecimentos que possuem. É por
nossa mente “santificada” que a melhor realidade deve vir.
Quando isso vai acontecer?

O terceiro dia – dia de ressurgir

O terceiro milênio é em termos cósmicos, o terceiro


dia, momento em que as consciências divinas saem da
morte representada por sua própria inconsciência, para a
consciência de si mesmas e para a vida, elevando-se ao
status de Deus. E quando chegam a esse ponto podem
entender o que vai escrito a seguir: “Quem vê a mim que
tenho a consciência de minha divindade, que me tornei um
ser divino internamente, vê o Pai”.

“Quem vê a mim, vê o Pai!”


(Jesus-João 12)

A busca pela perfeição, diversas vezes tida como


impossível de ser alcançada na condição humana, sabe que
ela é relativa, mas existe e pode ser alcançada. Basta que
você se recorde de sua divindade e que mantenha a
consciência de sua ligação indestrutível com Deus. É o
último degrau da consciência humana, até então
animalizada e racional. Chegando a Deus você chegou
aonde devia chegar, é o grau máximo de sua evolução, é a
máxima perfeição do seu conhecimento em preparação
para entrar o status divino, com um corpo de luz e tudo
mais. Somente é possível ser perfeito quando criamos a
própria realidade estando na consciência de que somos
deuses.

A consciência de corpo o submete à natureza física

Na consciência de corpo estamos debaixo de


profundas influências da matéria e subordinados às
condições da existência, por isso ignoramos as mais
preciosas recomendações que podem nos levar a uma vida
melhor e à felicidade duradoura. A boa palavra a ser
pronunciada pela mente iluminada no grande
relacionamento com a vida será inevitavelmente a ponte
indestrutível entre nós e a felicidade.
Depois de termos tomado consciência dos valores do
conhecimento, vêm as práticas com a utilização do que
conhecemos e são nessas etapas práticas que ocorrem
transformações e a geração de novos recursos. Quando
alcançarmos o melhor de nós mesmos surgirão as vivências
do melhor sabor da vida e do direito inalienável do
“usufruto” de nós mesmos. O melhor sabor da vida advém
de nosso melhor estado de consciência.
A natureza divina experimenta a si mesma e
reconhece seus melhores valores os quais usa e dos quais
extrai o melhor sabor. Tudo isto começa aqui mesmo e
prossegue depois de nossa transição (ocorrência sem a
vivência da morte) e que ocorre com o “desligamento”
antes do falecimento do corpo. E depois disso o espírito é
trasladado para a dimensão superior. E essa etapa é a que
se aproxima de nossa existência atual e que vem em
sequência a esta.

Etapas para a criação das realidades

Conhecido o seu ser verdadeiro, reconhecida a sua


identidade divina, ciente dos seus poderes e capacidades
resta agora levá-lo a compreender as etapas da formação
das realidades, as distinguir as palavras que qualificam a
vida e a familiarizar-se com os métodos de criação. Você
pode produzir acontecimentos, pode materializar situações
e realizar sonhos como jamais imaginou que podia.
Trabalhar em conjunto integrando a sua natureza
humana e a sua natureza divina é o segredo da sua
infalibilidade e da perfeição dos seus resultados. A razão é
simples porque tudo isto acontecerá no cumprimento estrito
do que determinam as próprias leis da vida conforme o que
se lê nas escrituras, quando é definida e divulgada qual é a
meta inarredável de Deus para todo homem:

“Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e


multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai
sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre
todos os animais que se arrastam sobre a terra.”
(Gen:1:-28).
Você nasceu predestinado ter o domínio sobre a
matéria, devendo sujeitá-la ao seu poder divino para levar-
se à felicidade. Terá que caminhar os caminhos da vida pela
expressão da sua vontade, dando passos com as suas
pernas e com a utilização do seu conhecimento. Terá fases a
superar como por exemplo: vencer e dominar os seus
instintos animalescos, originais das fases antecedentes da
evolução terrena; superar todo o sentimento e o
magnetismo animal e laborar para chegar até essa
condição. Ela é fruto de uma consciência elevada, de um
sentimento puro e de um amor incondicional em todos os
seus movimentos enquanto estiver no planeta.
Você não depende de nada que esteja fora de você
para se realizar no melhor nível que tem alcance, portanto é
tudo uma questão de saber identificar os valores perfeitos,
que satisfazem a você, canalizar essas informações para o
seu objetivo e fazer as melhores escolhas, e assim produzir
realidades e usufruir sua própria criação.
A verdade traz junto de si a liberdade para você, que
como adulto da natureza espiritual, pode produzir a seu
gosto a vida que quiser, podendo tê-la no melhor nível que
possa imaginar: isenta de receios, de dúvidas, preconceitos,
dogmas e mitos. Principalmente poderá caminhar pelos
caminhos do mundo protegido por uma blindagem e dotado
de uma imunidade decorrente da sua alta vibração. A
propósito é a alta vibração que o livra da vulnerabilidade
natural a que estão sujeitos os que não têm a proteção da
lei e do poder moral.
Você nasceu para brilhar e sua hora é chegada. Bem
vindo ao Reino dos céus interior!

“20 Sendo Jesus interrogado pelos fariseus sobre


quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes: O
reino de Deus não vem com aparência exterior;
21 nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de
Deus está dentro de vós.”
(Lc 17:20 e 21).

Eu Sou – Eu posso

A natureza divina permeia o corpo, confere-lhe vida e


o dota de poderes; isso você já sabe. Agora vamos nos
voltar para dentro de sua mente e avaliar as suas
possibilidades; vamos ver o quanto você pode. Quanto você
acha que pode quando estamos falando de realização a
partir dos poderes do espírito? Você não tem idéia. A
primeira coisa que fazemos quando estamos medindo
possibilidades é ver quanto de dinheiro temos e qual a
relação com o preço a pagar pelo que quero. Depois
medimos o alcance do nosso crédito e salários futuros,
juntamente com o que podemos arranjar por empréstimo e
coisas desse tipo. São levados em consideração ainda
alguma eventual promoção, ganho extra etc.
Mas não falo destas coisas; o que você pode realizar
com os recursos humanos você sabe muito bem. Eu falo de
outros recursos, falo dos seus conhecimentos, das palavras
que compõem o seu conteúdo mental, porque as suas
possibilidades estão relacionadas com elas, não com as
condições e situações. Quando você está consciente de sua
divindade é como se você se conectasse numa tomada de
energia à qual não tinha acesso, apesar de possuir muitos
“aparelhos” para usufruir, o espírito é esse tipo de poder
que você já tem, mas do qual se encontrava completamente
desconectado.
Conectar-se significa unir o conhecimento do
cotidiano, relativo à vida comum com o conhecimento
espiritual que lhe permita enxergar suas possibilidades
invisíveis e os recursos indisponíveis como valores que são
também recorrentes. Intenso poder flui naturalmente em
função de estr conectado.
Esse poder antes indisponível quando ativo promove
uma série de encontros e coincidências que mesmo a mais
otimista das pessoas jamais imaginaria pudesse acontecer.
Estou falando de coisas como “vontade”, “fé”,
“magnetismo”, “hábito”, “emanação moral” e coisas que
não imaginamos serem importantes, mas que promovem
continuamente nosso êxito ou nos causam repetidos
transtornos.
A criação mental consciente dá ao criador o direito de
usufruir os recursos, tanto por saber aplicá-los, como por
entender quando irão funcionar e quando não funcionarão.
Elas, as energias do poder criador de realidades o farão
saber o tempo de acontecer, entre outras coisas. Utilizando
os recursos do inconsciente outras realidades se
acrescentam ao nosso universo primário e tudo se expande
consideravelmente porque incorpora o conhecimento de
toda a humanidade de todos os tempos.
Nossa vontade supera quase sempre as nossas
posses, mas quando recorremos ao poder interior, podemos
ir muito além porque estaremos penetrando dimensões
imensuráveis da vida que ainda não houvéramos percorrido
antes e onde tudo é possível. Ir além da terra e ousar subir
até o céu é penetrar fundo o mundo um feito só dos nossos
sonhos, das utopias, cujo limite é o “ideal”, que sempre está
no centro de nosso próprio ser. O ideal de todas as coisas,
situações e estados que porventura possa passar algum dia
pelo nosso pensamento, terá vindo com certeza, do centro
de nossa mente.
O homem é por si mesmo quando se envolve por
inteiro em uma intenção, quando entra de corpo e alma,
capaz de criar qualquer realidade; pode renovar o cenário
de sua vida e pode transformar situações renovando as
experiências a seu bel prazer. Assim como pode criar, pode
também destruir realidades, convulsionar o seu corpo entre
muitas dores e até mesmo levá-lo à morte. Suas
capacidades reais são ilimitadas.
O que determina qual é a forma de utilização das
energias que formam o poder divino em seu interior é a sua
vontade aliada ao seu modo de ver as circunstâncias. A
certeza do que e quanto eu posso diante da vida decorre do
conhecimento do que eu sou; e o poder que há em mim, há
também todos. O conhecimento que cada um possui, são os
seus recursos e dele ele haure a vida e as circunstâncias da
existência.
Esse inestimável tesouro, ainda intocado, chamado
inconsciente, vai tornar você independente. Enriquecer-se,
tornar-se saudável e elevar-se ao status divino é dar-lhe a
posse e o poder de dominar o universo de seu inconsciente.
É a mais alta aspiração terrena a que podemos chegar.
Dispondo-se a crer, mesmo no que ainda não pode
ver, você dá visibilidade ao que é invisível, provocando a
sua conversão do estado de pura energia para o estado de
matéria. Tudo isto terá lugar na sua mente inconsciente
onde se escondem os céus e a parte do universo que ainda
não conhecemos. Tudo que é espiritual está nele.
Cada informação apropriada por você dará visibilidade
ao que conhecer e isto não só ampliará suas capacidades,
mas também ampliará ainda mais as suas possibilidades de
produzir realizações conscientes. À semelhança da metáfora
do peixinho que vivia num pequeno lago ao qual se ligava
um pequeno riacho que por sua vez se ligava ao oceano e
que um dia ousou ir aonde ninguém ousara ir e, transpondo
os limites do laguinho chegou ao riacho e tendo ido mais
longe ainda chegou ao oceano.
Encantado com tanto, como jamais vira, decide-se a
voltar e contar para todos os outros o que é o oceano e
chamar todos a virem com ele. Chegando ao ponto de onde
partiu avisou a todos que, além do laguinho havia um riacho
e, além dele havia o oceano; infinito em possibilidades e em
espaço para sua viverem em plena liberdade e onde havia
muita fartura de alimentos; os que acreditaram alcançaram
o oceano, os que não, ficaram no pequeno laguinho e lá
estão até hoje espremidos no meio do cardume disputando
o pouco alimento disponível.
Animando-se a transpor os limites de suas crenças e
de suas pequenas experiências você verá de modo claro e
incontestável que há um novo mundo além do que
imaginamos; um universo infinito em disponibilidades que
está à sua espera, e até exercerá alguns movimentos
experimentais na dimensão invisível de sua realidade e
compreenderá que está diante da condição real de criar a
sua experiência por si mesmo.
Você verá também de modo indubitável onde, quando
e de que modo deverá exercer essa interferência para
produzir os acontecimentos a seu bel prazer. Dar um passo
nessa direção o levará a entender o que é de fato Deus e a
estabelecer uma simbiose com Ele, tendo a partir de então
amplo domínio sobre a fonte de todos os bens materiais.
Houve um tempo em que seres viventes, ancestrais
da raça humana, ainda não haviam atingido o estágio de
evolução que lhes desse a consciência de si mesmos.
Desses seres, após as transformações produzidas pela
exposição à adversidade, surgiu a inteligência e da evolução
da inteligência surgiu o raciocínio. O raciocínio nos elevou à
condição de “seres conscientes de nós mesmos” e, assim
laboramos a evolução da consciência, de acordo com as
nossas conveniências, tornando-nos “seres racionais”.
A humanização da consciência permitiu que
tivéssemos acesso às referências históricas de nossa origem
e nos iniciou na ciência do espírito, o que nos colocou
novamente em contato com a fonte de todas as coisas, que
chamamos de Deus. Essa informação foi alimentada e
fortalecida pela experiência religiosa que nos remeteu a
conhecimentos novos e que nos fala de uma origem divina
confirmando que fomos criados à sua imagem e
semelhança.
Demonstrado está que há um elo indissolúvel entre
nós e o Criador, por isto estabelecido está também um elo
entre nós e a outra dimensão da vida, que é invisível e isto
resgata também que entre o homem e Deus há uma relação
de toda baseada na fé. E recorrendo à fé damos visibilidade
ao invisível e o realizamos materialmente. Essa troca
permanente é o acesso a Deus que tanto desejamos.
Depois de alguns milênios de evolução e
desenvolvimento de nossa inteligência desejamos viver por
conta própria nossas experiências apostando
exclusivamente em nossa própria capacitação humana. Não
nos demos muito bem, pois o que conseguimos não foi
capaz de preencher o vazio de Deus e nos sentimos
infelizes, apesar de ricos, em outros casos por causa da
imensa pobreza. Só conseguimos ser felizes quando
estamos plenamente ligados com a fonte criadora de todas
as coisas, quando estamos preenchidos em nossa
consciência de nossa divindade; por isto estamos de volta
tentando restabelecer o contato perdido.
Meticulosamente, passo a passo, a importância e o
fluxo de informações a respeito dessa dimensão vão
crescendo e consolidando dentro de nós as condições para
sermos receptivos ao conhecimento infuso, indisponível no
universo das religiões. Esse é o momento ideal e a
oportunidade perfeita para a recuperação da experiência de
Deus em nós mesmos; todas as informações anteriores
deixadas pelo Cristo se somam agora ao acervo infuso e isto
nos levará de volta ao status original.
Estar preparado é a única condição para o
aproveitamento da oportunidade que será inaceitável para
os que ainda não estão prontos para alçarem vôos na
estratosfera da dimensão de sua consciência até então
inacessível. Respirar a mesma atmosfera inviabiliza a visão
do mais alto e o acesso às suas riquezas incomensuráveis.
Quanto aos demais desprezarão e espezinharão essas
informações, porque ainda não estão prontos para
participarem do banquete celestial como anunciado.
A experiência de ser integral nos papéis pessoais só
se dá na plenitude da consciência de si mesmo e este talvez
seja o último e o mais elevado dos papéis que lhe cabe
desempenhar enquanto ainda vive dentro dessa dimensão
da matéria; seus benefícios se estenderão pelo resto de sua
existência e para toda a eternidade.
Foram exatos 5.000 anos desde o início da formação
de consciência integral, mas hoje você está sendo
“diplomado” na escola humana e está ascendendo ao seu
nível divino de ser. Está se tornando-se “um” com aquele
que abdicou da própria existência para mostrar-lhe o
caminho e o verdadeiro valor do seu “resgate”. Para
resgatá-lo das dimensões materiais e elevá-lo às dimensões
celestiais foi necessário pagar com a vida e Ele pagou,
porque o seu valor está além do valor de um simples animal
racional, ultrapassa o maior dos valores: a própria
existência humana.
Desde aqueles tempos idos, há 5 milênios passados,
que vários mensageiros da outra dimensão, considerada a
dimensão divina, vêm preparando a sua ascensão e hoje
eles estão em festa porque você está vivendo o momento
em que dirá “sim ou não” à sua entrada nessa dimensão,
coroando todo o seu esforço pessoal e o trabalho deles ou,
admitindo que você ainda não está pronto.
No entanto, como superou as etapas indispensáveis
você tem o direito de ser iniciado na ciência cósmica e de
conhecer os instrumentos de poder inerentes aos deuses, e
depois disto poderá escolher o caminho a seguir. A ciência
cósmica o remeterá a um novo status, você passará a
pertencer ao rol dos deuses, e terá direito a um futuro
divino e a um reino, exclusivamente seu.
Terá direito de governar-se e à sua vida, e é
exatamente este o momento de transição em que a sua
consciência está madura para sofrer as intervenções do alto
e receber as informações que completam em você os
conhecimentos que lhe faltam, como foram prometidas pelo
Mestre dos Mestres e Avatar da humanidade, Jesus Cristo.
Todo o trabalho desenvolvido com a elaboração desse livro
tem o patrocínio dele que, a trouxe ao mundo para dar a
você as chaves do Reino dos Céus.
O caminho para os céus está no mais profundo
conhecimento de si mesmo, a mais alta informação que se
pode receber neste nível da existência, mas é também este
o único meio de se chegar à próxima dimensão; este é o seu
passaporte para ela, o estágio indispensável para a grande
transposição.
Sem o conhecimento das faculdades e poderes
inerentes e naturais para os seres divinos, ninguém pode
transitar nos céus e nele não poderá residir. Céu é uma
capacidade desenvolvida de se experimentar a vida ao
sabor dos próprios desejos, exercitando o ato criador pela
palavra e de modo consciente e programado, não um lugar,
mas em qualquer lugar.
A divindade, antes nunca vista, será compreendida e
vista dentro deste espaço por meio do qual estamos nos
comunicando e, a partir dessa compreensão será permitido
a você participar do grande encontro entre Você e Deus.
Estamos iniciando uma caminhada em um
conhecimento que queremos chamar de “cultura cósmica”;
são os seus primeiros passos dentro de uma nova
dimensão, por isso vá devagar. Você estará em contato com
o universo das energias e aprenderá a manipulá-las com
naturalidade produzindo “milagres”, que não são
verdadeiramente “milagres”, mas situações naturais dentro
das possibilidades “divinas”; pode-se mesmo considerar que
são poderes dos próprios seres humanos; são “faculdades
humanas” mesmo, que estamos começando a desenvolver.
Dentro do cronograma de aprendizado dessa “ciência
divina – ou ciência cósmica”, os primeiros estudos se
relacionam com o auto-conhecimento, pois se não
conhecermos a nós mesmos não teremos como administrar
a nossa potencialidade e não as poderemos converter em
poder. Sem controle, sem poder e sem capacidade para ser
guindado à condição criador consciente de realidades.
Você vai começar a sua jornada para a conquista da
sua autonomia, já era tempo, seus direitos estão se
ampliando e sua felicidade se aproxima. Vem comigo,
vamos mais adiante.
CAPÍTULO 3
FILHOS DO CRIADOR
Não haveria necessidade de nenhuma outra literatura
complementar para que ficássemos sabendo que atribuem
ao homem a condição de filho de Deus; isto está implícito
no nosso estado de consciência humana. Por decorrência
deste fato, amplamente aceito, a lógica e a inteligência nos
leva a deduzir que, como filhos devemos ter de fato a
semelhança que a tradição diz que todos possuímos. Mais
que a semelhança eu creio que o objetivo da mensagem é
nos levar a concluir por nós mesmos a inerência natural dos
poderes divinos naqueles que são reconhecidos como sendo
os seus filhos.
Quais seriam efetivamente os poderes reconhecidos
como poderes de Deus? 1) criar realidades, a partir da
vontade; 2) determinar a ordenação das coisas e dos
elementos da natureza; 3) modelar a ação das pessoas
conforme a natureza dos papéis de cada um; 4) desmanchar
ou destruir o que criou se assim achar conveniente; 5) dar a
vida aos que quer; 6) retirar da existência os que achar que
deve retirar; 6) elevar-se aos céus quando lhe convier.
Os filhos de Deus devem, naturalmente, possuir os
poderes de Deus e não é compreensível que sejam
destituídos deles. Não é assim, contudo que a maioria das
pessoas vê o homem; poucos são os que estabelecem essa
ligação entre o homem e Deus. Quanto mais distantes de
sua ética, mais distantes de seus poderes e quanto mais
distantes de seus poderes, menos acreditamos que isto seja
provável.
O quanto conhecemos Deus e o quanto observamos
de suas leis, determina o quanto ele se aproxima de nós e
afeta sensivelmente a nossa compreensão a Seu respeito.
Tudo o que sabemos de Deus nesse momento tem origem
nas tradições religiosas e as tradições religiosas têm origem
na mitologia, então tudo o que sabemos de Deus tem
origem na mitologia.
As definições de Deus criam uma grande distância
entre nós e Ele; colocam como abismal a distância entre a
ética divina e a ética dos homens. Essa é a principal razão
porque não nos achamos verdadeiramente filhos de Deus,
conforme declaram todas as tradições religiosas. Vencida a
etapa religiosa, você começa a suspeitar que a religião não
te trouxe tudo o que você precisava saber e que muito do
que ela te trouxe não era exatamente como lhe foi
mostrado.
Em alguns casos, a tradição religiosa, orientadora e
até mesmo condutora de suas ações, induz os nossos
pensamentos para uma visão de que “filhos de Deus”
mesmo são apenas aqueles que congregam aquela religião.
E outras dizem que são apenas aqueles que fazem a sua
vontade. Mas certas estão as que têm a lei por refúgio e a
ação reta por única ética.
Ainda que acreditemos que Deus esteja fora de nós,
se não nos enquadrarmos dentro das leis que regem a
nossa própria natureza, tidas como mandamentos divinos,
não disporemos de todos os possíveis recursos existentes
em nós e ainda nos poremos diante das situações
consideradas adversas. Na verdade, as leis de Deus, as
orientações consideradas “sagradas”, são aquelas leis que
dizem de que modo nós, seres humanos, podemos obter, de
nós mesmos a máxima eficiência na produção de recursos
para a sustentação da própria vida e os meios para a
criação de nossa própria felicidade.
Tal orientação não difere da que recebemos quando
compramos um carro, uma TV, um vídeo ou qualquer
equipamento eletroeletrônico, é também e apenas um
manual de “bom funcionamento” dessa complexidade
inteligente cuja natureza é eletroeletrônica e ainda
eletromagnética -que é o homem, nada mais que isto.
Quanto aos aparelhos eletro-eletrônicos normalmente não
usamos o manual, dando preferência absoluta pelo método
de ir “testando aos poucos”.
Você mesmo sabe que é assim, vamos
experimentando função por função, até chegarmos a um
nível de desempenho que consideramos satisfatório, muitas
vezes, infinitamente abaixo de suas possibilidades reais do
aparelho e com isso deixamos de usufruir o que ele tem de
melhor. Funções importantes e benefícios extraordinários
são desperdiçados por falta de interesse ou paciência para
recorrer ao manual e conhecer de fato todas as regras de
bom funcionamento.
A vida, que deveria ser vivida sempre na observância
das orientações do evangelho, reconhecidamente o mais
importante manual à disposição do homem, que trata do
seu próprio desempenho é vivida dentro daquele mesmo
método de ir “testando aos poucos”, e, da mesma forma
não chegamos à máxima eficácia no que fazemos e
deixamos de fazer coisas importantes que poderiam dar
mais qualidade a ela.
Testando aos poucos, nos queimamos, tomamos
choques, deixamos de obter o melhor de nós mesmos e, do
mesmo modo perdemos o que há de melhor dentro de nós
mesmos. O potencial humano já calculado pela ciência é
incomensurável; estima-se que, apenas uma das funções do
cérebro - a memória, seja capaz de abrigar as informações
todas juntas, de cerca de 20 bilhões de livros - o total dos
livros existentes no planeta; e isto é apenas uma pequena
parte de nossa própria capacidade. Esses dados são de
1986 da Revista Super Interessante.
Dados mais recentes, de 2005, obtidos por meio do
documentário cujo título em português é “Quem Somos
Nós”, produzido nos Estados Unidos e do qual participaram
cientistas de diversas partes do mundo, pessoas
importantes no cenário mundial, ícones da física quântica,
filósofos, escritores e outros cientistas, dizem que um ser
humano tem a capacidade de armazenar na mente,
constituída de duas partes – uma chamada de consciente e
outra de inconsciente, nada menos que 400 bilhões de bits
por segundo – 1 bit= 1 unidade de informação e que a parte
que passa pela análise de nosso cérebro, pelo raciocínio,
não chega a 2 mil unidades.
Eles dizem que o “inconsciente é um universo
invisível” onde estão todas as coisas que não são parte do
nosso consciente, ou seja, que não estão dentre aquelas
sobre as quais raciocinamos, as que não são de uso
corrente. A isto chamam também de “potencial”; o
potencial humano é infinitamente maior do que a
capacidade já apropriada, e que chamamos de consciente.
Então podemos afirmar que o que há para ser possuído ou
para nos tornarmos é infinitamente maior do que o que
possuímos ou somos.
Esse é o ponto a que queríamos chegar a alguma
referência de quem somos nós e a que capacidades
podemos chegar, se entrarmos na posse e tivermos acesso
a esse potencial todo, que tem ficado de lado sem
aproveitamento por falta de conhecimento de nossa parte.
Todos os autores que participaram dos livros
sagrados, em todas as seitas vêem esse potencial a ser
conquistado como o reino dos céus, a dimensão invisível da
vida, ou o “porvir”.
Portanto, o reino dos céus, referendando o que diz o
evangelho, já é algo que está em nós, já pertence ao nosso
próprio ser, está conosco e, tomar posse desse reino nada
mais é do que entender o que isto significa, aprender a
trazê-lo para o “consciente” e, a partir dele formar as
realidades desejadas e, depois disto usufruí-las para o
crescimento do nosso ser e para a multiplicação da nossa
vida, qualificando-a, bem como também enriquecer a nossa
experiência pessoal elevando-a ao nível da vivência de
acordo com um novo status: de Deus .

A sua ação criadora

Talvez este ponto seja um marco importante na


história de sua vida porque conhecendo os mecanismos de
produção da realidade você se torna apto para intervir no
processo de criação e capaz de fazer a vida acontecer de
modo consciente, libertando-se dos mitos e dos dogmas,
dos conceitos errôneos e das dúvidas que tanto obstruem
seu progresso e sua evolução. Essa é uma viagem ao futuro
e depois de iniciada não há mais volta, pois o saber, o
conhecimento da verdade o eleva a uma condição jamais
alcançada e não pode mais ser apagada da sua consciência.
Energias já muito conhecidas e por nós muito usadas,
como o pensamento, a imaginação e a palavra são
instrumentos da formação da vida e de todas as suas
circunstâncias e nós as tratamos com displicência e não
lhes damos a devida importância; como conseqüência disto
há distúrbios e conturbações em nossa experiência e não há
um só dia em que não nos deparamos com algo que nos
amedronta ou que nos assusta.
A performance do homem como ser inteligente, em
certos casos nos leva a crer num grande desenvolvimento,
em outros nos leva a crer que a humanidade inteira está
mergulhada no caos; qual situação é a verdadeira? Que
representa com maior propriedade o estágio evolutivo do
homem?
As muitas questões pessoais, os problemas, as
dificuldades e, sobretudo as nossas experiências mais
dramáticas são fruto de nossa inconsciência da própria
realidade vista de modo integral, corpo e alma, energia e
matéria. Empregar apenas as forças do corpo e os recursos
da cultura e desprezar os poderes do espírito e a sabedoria
divina é comparável a ter um learjet e usá-lo apenas como
se fosse um automóvel com asas, no chão e a baixa
velocidade, ou a ter um supercomputador, capaz de calcular
órbitas para lançamentos de naves espaciais com precisão
milimétrica e usá-lo apenas como se fosse uma simples
calculadora de mão.
A proposta desta mensagem é levá-lo ao alcance de
sua integralidade como ser universal e a ter pleno acesso à
sua dimensão total, que é divina e com isto permitir que
você alcance sua potencialidade completa. Você poderá, se
assim desejar, converter em realidade para o seu próprio
desfrute e apreciação, usando seus próprios conhecimentos
a situação que desejar. Nenhuma informação nova será
encontrada aqui, mas uma visão nova de tudo o que
anteriormente lhe foi dito lhe será dada e, com esta nova
visão você poderá entender de fato cada um dos detalhes
pertinentes à formação das realidades e de suas
circunstâncias, nascidas inteiramente de dentro do seu
próprio pensamento.
Quem é você, de verdade?
Agindo de modo inconsciente, mas produzindo
fenômenos e maravilhas, assim como situações dramáticas,
cada pessoa no mundo exerce o papel de Deus, que lhe
compete exercer, todavia o faz sem ter consciência do que
é, que faz e do que faz.

O conhecimento
O que chamamos de conhecimento é alimento para
desenvolvimento de nosso ser, tanto como “pessoa
humana”, como ser cósmico que somos. É do conhecimento
que extraímos todos os modos com os quais exercitamos
nossos relacionamentos, tanto com as pessoas, quanto com
a natureza que nos acolhe. Aí estão incluídos os seus
diversos aspectos, até mesmo a formação das cenas e dos
cenários de nossas experiências, bem como as condições
materiais em que tais experiências se darão.
Nossa experiência mais comum e que nos dá a
sensação de tudo ser como é, de parecer sempre uma
mesma realidade, acontece por causa da repetição rotineira
dos mesmos modos de pensar e de agir, sempre
estruturados sobre os nossos conhecimentos do passado. A
vida do presente é uma extensão do passado, um
prolongamento da vida de nossos pais, avós, e demais
ancestrais. Carregamos conosco modos de pensar tão
arcaicos e de agir tão ultrapassados que remontam ao
tempo das cavernas, igualmente guardamos conosco
crenças milenares que serviram às consciências que eram
ignorantes de tudo e de si mesmas, mas que hoje não
respondem mais aos anseios de nossa evolução.
Ao prolongarmos o passado e dar validade a crenças
já vencidas pelo conhecimento atual nós prolongamos e
eternizamos um modelo de vida superado, que traz
experiências ruins, cheias de sobressaltos e de sofrimentos
que já deveriam ter sido dispensados a muito tempo da
nossa existência. Reiteramos as ações e padronizamos os
pensamentos equivocados e vencidos sentenciando-nos à
perpetuidade do que não queremos, apesar do desejo e da
esperança de dias melhores para o futuro.
Segundo Einstein é loucura esperar um futuro
diferente quando se faz as mesmas coisas de sempre; desse
modo, perfeitamente inteirado de todos os detalhes que são
decisivos na formação de cada evento de sua vida você
deve fazer uma reflexão sobre estas palavras e se as achar
sensatas, pode aceitar o meu convite a entrar nesse novo
caminho o qual espero o conduza a dias melhores.
Refletindo podem surgir novas idéias e com elas pode vir a
renovação de seus conceitos; uma vez renovados eles te
servirão de molde para, a qualquer tempo remodelar a sua
experiência de vida, dando-lhe os contornos de felicidade
que sempre sonhou e a satisfação pessoal que sempre
buscou.
A obra da existência é um trabalho exclusivamente de
ação pessoal e intransferível e você a tem executado desde
sempre; ainda que ache que não. Mas se quer enxergar uma
nova possibilidade e se quer ter a estabilidade interna
independente das condições externas, só o auto-
conhecimento pode lhe dar isto. Conheça-se e conhecerá os
seus poderes, disse certa feita o Pe. Lauro Trevisan, autor de
inúmeros livros de auto-conhecimento, a exemplo de Ralph
Waldo Emerson de que é discípulo e simpatizante.
Simultaneamente você terá a referência de que fatores têm
sido impeditivos ou limitadores de seu poder realizador. Veja
também o bom futuro que poderá ser a sua realidade.

Mais sobre “Filhos do Criador”

Há uma razão profunda e inabalável para que você


tenha uma perspectiva de vida melhor do que a que tem
até agora;
Nos somos o que conhecemos e nossas comunicações
com a vida revelam a qualidade do nosso conhecimento e o
quanto podemos obter de nós mesmos. Tudo que fazemos
leva em conta unicamente o que conhecemos; nossas
crenças são fundadas dentro do nosso conhecimento,
nossos conceitos são formados dentro deles, assim também
dele retiramos as idéias, os pensamentos, as palavras e as
ações.
Procurando alcançar níveis mais profundos quero
colocar você em contato com o verdadeiro significado do
que representam os seus conhecimentos e da importância
de fazer deles um bom uso com o objetivo de modelar a
vida dentro dos seus interesses e desejos. O nosso cotidiano
é feito por intermédio de nossa expressão e ela é retirada
do nosso conteúdo mental; dentro do nosso conteúdo
mental está a razão. Nossa mente consciente abriga
também todo o conhecimento racional que é um conceito
lógico quando se tem uma visão exclusivamente material da
vida. Este por sua vez funciona como filtro por meio do qual
eliminamos toda realidade que não seja compatível com a
realidade material presente, medida das possibilidades
segunda apenas esta visão.
A verdade sobre você e sobre todo ser humano é que
o conhecimento e o uso consciente de um vocabulário
apropriado de acordo com um propósito que formular o
colocará diante desse propósito totalmente materializado e
em condições de ser plenamente desfrutado por você.
Quando você tem um propósito e o vê em seus
pensamentos como uma realidade, ainda que futura, mas o
pode sentir como se fosse já realizada, você cria a própria
realidade.
Nossos sentidos são capazes de “captar e interpretar”
somente aquilo que conhecemos; se desejarmos nos
aventurar por realidades ainda desconhecidas teremos que
buscar colocá-las diante de qualquer um dos nossos
sentidos, preferencialmente de nossa visão, pois a partir da
visão podemos criar imagens e projetá-las na dimensão
física.
Livre-se de surpresas desagradáveis e das decepções
que têm sido tão freqüentes em sua vida, inteire-se do
processo criador e faça acontecer somente aquilo que
deseja. Eu não faço a vida acontecer somente pelas minhas
ações, antes de agir eu penso e como penso, modelo a vida.
Se me ocupo em fazer tenho resultados, mas se não sigo o
projeto mental e as leis pertinentes a todo tipo de ações,
terei retornos que nem sempre serão os que desejo.
A ação não pode se desprender da lei de respeito
mútuo que deve pautar todo relacionamento, e jamais se
separará de uma reação, por isso não deve também se
desprender da qualidade, para que na volta ela nos
satisfaça. Esse descompasso entre o que desejo e o retorno,
passando pelo resultado, é a causa de muitas decepções e
de tantos sofrimentos.
Se nos perguntarmos o que é a vida – iremos verificar
que a vida é um conjunto de acontecimentos que visam nos
dar a satisfação pessoal, mas tem sido um conjunto de
acontecimentos que nos tem dado, acima de tudo, a
insatisfação pessoal. Mudar isto e encontrar a auto-
satisfação por meio do conhecimento dos processos de
formação das realidades é o nosso objetivo e queremos que
você fique conosco para usufruir de si e seus poderes, após
conhecer a si mesmo e ver que realmente o que você pode
ter e que pode ser é muito mais do que pensou que podia,
porque você é muito mais do que pensou que fosse. Mude o
seu relacionamento com a vida, assuma o seu
gerenciamento e seja plena de satisfação.

A vida é puro relacionamento

Se tivéssemos de sintetizar tudo numa só palavra


diríamos que vida é – relacionamento.
São as nossas relações e o seu desenrolar o que
chamamos de vida; a qualidade dessa nossa relação é o que
nos leva a dizer que a vida é boa ou que a vida é ruim.
Quais são os “relacionamentos” que dão à vida a qualidade
com que a definimos? São 5 os tipos de relacionamento que
em seu conjunto chamamos de “vida”:
1. relacionamento comigo mesmo
2. relacionamento com os outros
3. relacionamento com a natureza (matéria)
4. relacionamento com Deus
5. relacionamento com as leis
As nossas dificuldades com a vida são na verdade
dificuldades de relacionamento nesses 5 níveis e onde há
falhas de relacionamento há problemas. Saber evitar
problemas é saber se relacionar; a sua solução, porém exige
mais habilidade ainda nos próprios relacionamentos
abalados.
Para me relacionar nesses 5 níveis eu utilizo de
recursos pessoais de expressão e são eles que “atuam”
produzindo efeitos que se tornam pontos dissonantes ou
convergentes que nos proporcionam sucesso em cada
relacionamento; esses recursos são:
1. O pensamento
2. as palavras
3. as atitudes
4. e as ações
A qualidade do relacionamento depende do teor da
energia que estiver contida nos meus “instrumentos de
comunicação”, que são estes acima; se a qualidade for boa
os relacionamentos serão bons, se a qualidade for ruim os
relacionamentos serão ruins.
Qualquer que seja a forma do meu recurso pessoal de
expressão e seja qual for o relacionamento que esteja
acontecendo ele sempre será feito por “palavras” que
podem ser “somente pensadas”, expressas “verbalmente”,
expressas sob a forma de “crenças” ou “agidas”, em
qualquer caso serão “verbetes” ou simplesmente “o verbo”,
para nos ajustarmos à linguagem da tradição religiosa.
Os detalhes do nosso envolvimento nesses
relacionamentos são visíveis nos nossos resultados de vida,
que podem se traduzir em –carências ou abundância –
amizade ou inimizade – amor ou ódio – riqueza ou pobreza –
saúde ou doença. Em todo caso há sempre a nossa
participação direta e decisiva, pois as escolhas são sempre
feitas por nós e os resultados são sempre nossos.
Excluem-se as possibilidades de que pessoas sejam a
causa de nossas dificuldades, pois não correspondem à
verdade e não devem ser nutridas, pois perpetuam os
problemas; na verdade o que precisamos compreender e
melhorar são os relacionamentos em todos os níveis para
que a vida também seja melhor.

Qual é a sua prioridade?

O pão de cada dia, o alimento – O trabalho que


garanta o suprimento e as despesas gerais – O descanso
para recuperar as energias do corpo gastas com o trabalho
para garantir o alimento da família – O abrigo onde se
proteger do frio, da noite, ter onde repousar, local para se
higienizar e se proteger – A vestimenta indispensável que
permita a convivência social e a dignidade do tratamento –
O agasalho contra as intempéries da natureza, proteção
contra o frio, o calor, a chuva e o sol?
Pois é; tudo isto está na primeira ordem das
preferências –a sobrevivência. Se você está inserido nessa
parte da hierarquia de Maslow, o seu caso é mais urgente e
sua necessidade deve ser vista realmente como uma
prioridade.
A causa do problema pode ser uma destas coisas:
Na infância você viveu no meio de pessoas carentes,
que tinham rotineiramente essa realidade, de falta de
recursos para o suprimento das necessidades de
alimentação e sempre ouvia comentários do tipo: a vida é
difícil, somos pobres, emprego está difícil, ou o governo não
ajuda, a carestia está alta, os preços não param de subir, o
salário não dá, não temos dinheiro, a situação está ruim, do
jeito que está não dá, perdi a safra, leite não dá dinheiro, o
patrão é ruim, o salário não sobe, já foi o tempo em que se
ganhava dinheiro, tudo hoje é muito difícil, vamos
economizar porque não sabemos o dia de amanhã, e tantas
outras coisas do mesmo tipo.
Outra possibilidade: não estudou, ou por não querer
estudar ou por não poder estudar, não fez nenhum curso de
habilitação profissional, não aprendeu ofício nenhum, não
procurou acompanhar a evolução, não fez datilografia, não
fez digitação, não prendeu nada da área do trabalho e agora
não encontra colocação no mercado e pensa negativamente
a respeito da situação como se tudo estivesse ruim.
Também pode ser que orientado preconceituosamente
contra a riqueza tendo ouvido dizer muitas vezes: riqueza é
coisa ruim, do demônio, só se fica rico roubando,
trabalhando ninguém fica rico, rico não vai para o céu. Os
pobres vão para o céu e vão receber a recompensa de
Deus; dinheiro é coisa maldita; dinheiro não traz felicidade e
coisas semelhantes;

O que você quer?

Ser abundante, ser rico, prosperar, alcançar sucesso,


ser feliz? Todas essas coisas são possíveis porque
representam o estado da perfeição, atendem à lei do
progresso que é uma lei natural, e atendem ao
mandamento do “crescei-vos e multiplicai-vos”, segundo a
bíblia, uma recomendação de Deus, que se completa com:
“reinai o homem sobre as aves do céu, sobre os peixes do
mar e sobre os animais da terra, dominai a terra e subjugai-
a.”
A nossa mente quando ainda somos crianças é
maleável e susceptível às sugestões, especialmente dentro
do contexto familiar por meio dos nossos pais e na igreja,
por meio dos religiosos; as suas palavras são, naquela fase
da vida, absorvidas como “verdades absolutas” e se tornam
para nós como que “paradigmas” para toda a vida; tornam-
se filtros por meio dos quais discernimos o que é certo e o
que é errado, o que é bom ou o que é ruim e que servem de
base para as nossas decisões.

O que é bom ou o que é ruim?


Bom e ruim são definidos pelo sentimento que as
situações ou fatos resultam. É bom ter dinheiro? Sim é bom
quando o aplico para coisas que estejam relacionadas com
a lei de amor, para o progresso, para o meu bem pessoal de
maneira honesta, para fazer caridade, para ter uma boa
moradia, para ter um bom carro, para viajar e ser feliz etc. É
ruim ter dinheiro? Sim é ruim quando o uso para mandar
matar pessoas, quando compro droga, quando o ganho
vendendo droga, quando roubo as pessoas, quando resulta
de um ato desonesto, quando me torna arrogante, quando
me leva a ser ocioso e inútil para a família ou a sociedade,
quando uso para jogatina, quando gasto com orgias etc.
Se eu achar que dinheiro é ruim, simplesmente por
achar, por causa do preconceito do passado, este pode ser
um problema, mas se eu vê-lo como instrumento de
felicidade e como meio para fazer o bem, esta pode ser a
solução.
O que eu penso muda a minha forma de agir e me
proporciona resultados conforme o que penso; a qualidade
da minha vida está diretamente ligada à qualidade dos
meus pensamentos. Não é possível separar qualidade de
pensamento de qualidade de ação como não é possível
separar qualidade de ação da qualidade dos retornos que
ela vai proporcionar.
Antes de nos aprofundarmos nas análises dos
relacionamentos é preciso que conheçamos muito bem o
que são as palavras, com o que nos relacionamos em todos
os níveis da vida, assim teremos uma visão mais profunda
de como estamos equivocados em nossos relacionamentos
e vendo a forma certa, tomar novas atitudes e conseguir
novos resultados, melhorando a qualidade da nossa vida.

O que representam as palavras em nossas vidas?

Você recebe a cada segundo muitas informações, elas


se tornam o seu conteúdo mental -retiremos de você – o seu
conteúdo interno – todo formado de palavras – o que
restará? Nada, você simplesmente desaparecerá, nada
poderá reconhecer, nada poderá fazer, não poderá pensar,
e nem vida haverá, porque vida é uma palavra.
Você vive e se move pelas palavras, seu centro vital
está na mente onde estão as palavras. Todos os fatos são
“arranjos de palavras” que, de energia se converteram em
matéria, ou situação; ou você os vive pela mente ou
simplesmente não existirão. A mente é importante elo entre
você e a realidade. O seu universo é feito de palavras, tudo
o que para você existe, está dentro de você, como “estado
de espírito” ou “realidade mental”; é em sua mente que a
tradição atua, esperando dar-lhe subsídios para que você se
transforme e que se torne o produtor consciente de
realidades.
O futuro está na mente e tudo que está na mente
pode sair da condição de “virtualidade” para a condição de
“realidade”, o homem tem esse poder. “Pensando” você
projeta o seu futuro, “falando” você cria situações e
“agindo” você faz surgir realidades materiais. Em sua mente
há todas as possibilidades de “futuro”, enquanto você não
pensar numa possibilidade, nada estará definido, tudo
estará em aberto. Tudo o que está na sua mente é energia
em estado latente, o seu foco a tira da latência e lhe dá
“vida”.
Sempre convivemos com essas duas “realidades”: a
da existência, e a invisível; transitamos e agimos no mundo
físico induzidos por fontes invisíveis que a tradição chama
de “espirituais”. O “espiritual” existe dentro de nós
mesmos, como vimos, não há como nos separarmos dele.
Ainda que uma história seja um episódio “virtual”, a simples
presença das suas palavras dentro de nós a torna uma
possibilidade real, pois temos o poder alquímico de
transformar palavras em realidades.

Poderes, de onde vem essa ideia?


Em todas as tradições religiosas são encontradas
referências à existência de poderes transcendentes; as
mesmas tradições procuram fazer o homem crer na
possibilidade de ele mesmo alcançar tais poderes e deles
usufruir tornando-se pleno e feliz. Induzem-no a se dedicar
a uma auto-transformação que o leve a ser “semelhante”
àqueles a quem atribuem poder. Sugerem que desenvolva a
si mesmo tendo por meta um estado de perfeição que o
eleve ao status máximo dos que têm poder.
Em todas observa-se o senso comum de que houve
um tempo no passado em que o homem já teria desfrutado
desses poderes e experimentado uma condição feliz, tendo
uma convivência com o supremo poder. Dizem ter sido esse
momento “um paraíso”, onde a qualidade de vida era plena
de todos os recursos de expressão. Afirmam também que,
por alguma circunstância, houve “uma separação”, tendo o
homem se distanciado daquele poder. É também uma
recorrência nestes textos sagrados, oferecer diretrizes para
que o homem se reabilite em relação àquela condição
perdida, indicando-lhe um propósito, que reputam
indispensável para que ele retome a “convivência com o
poder”.
Todo o processo de retomada, segundo essas
tradições decorre de práticas modelares às quais deve o
homem se adequar. Como “recompensa ou resultado” por
sua adequação a tal modelo, que chamaram de “moral”, há
promessas de uma experiência ímpar, onde paz, harmonia,
felicidade serão situações naturais. Na prática o que se vê é
que o homem perdeu um status “de Deus” e que há
caminhos seguros para recuperá-lo, e é esse o objetivo
subliminar que nos move todos os dias.
A tradição é feita de situações virtuais; nela o único
personagem “material”, suscetível à visão, somos nós, “os
homens”; tudo o mais com o que lidam pertence a uma
dimensão de coisas “invisíveis”. Sempre lidamos com
motivações provenientes de uma dimensão invisível. A
invisibilidade não retira o poder das energias, não retira a
função e a importância dos pensamentos, não elimina o
valor das palavras e, não substitui o poder que nos move.
A tradição religiosa é um campo todo feito de
personagens virtuais, invisíveis e transcendentes, eles são
“arquétipos”, mas eles exercem sobre nós um grande poder
de atração e grande parte do que fazemos tem neles a
fonte de nossos movimentos. Um exemplo simples pode nos
dar a visão perfeita da importância da palavra:

“A palavra Deus”

Só essa palavra, de modo solitário, contém todo o


poder que você possa ter como referência, ou que apenas
conheça, ela contém todas as coisas, todas as
possibilidades, todas as realidades, todos os mundos, todo o
universo e o cosmo.
Atribuo o status de “existentes e verdadeiras” a todas
as histórias, lendas ou metáforas, porque nasceram de
palavras, são energias, e são do domínio da natureza do
homem que tem sobre elas domínio e que converte em
situação ou realidade material. Toda história, parábola ou
metáfora visa mostrar uma possibilidade existente no
próprio homem, embora ele nem pense sobre ela dessa
forma.
Quando alguém descobre uma verdade que não tem
paralelo no mundo da realidade em que vivemos, torna-se
impossível contá-la, e para não deixá-la para sempre
inacessível para outras pessoas, ele “inventa uma
historinha”, “fala por parábolas” ou “cria uma lenda”,
tornando-a acessível e de fácil compreensão. O
desenvolvimento do intelecto, a chegada de novos
conhecimentos e o raciocínio, darão no devido tempo, a
compreensão aos que ainda não a têm e eles entenderão o
que pretenderam revelar.
Podemos ver que tais histórias, lendas e parábolas,
são lançadas à terra fértil das mentes humanas como
sementes da própria realidade futura, que germinarão
quando o “solo mental” estiver fértil para isto; assim é para
todas as pessoas. Devemos compreender que elas são
sempre uma “prévia” do “porvir” do próprio homem.
Com o desenvolvimento da nossa consciência
criamos espaços internos para compreensão sem traumas
ou impactos de que sempre interagimos no mundo virtual
criando o real e que as coisas ainda consideradas “virtuais”
e não existentes, são as origens de que o que é real. Melhor
para quem já pensa assim, ampliam-se as suas
possibilidades de realização; pior para quem não crê que
seja assim, ele também tem razão, para ele não será. Ele
mesmo se impedirá de “realizar-se” criando “resistência” e
contra-argumentando quanto à impossibilidade das
condições.
Imagino a satisfação de Henry Ford quando descobriu
como funcionavam suas energias e disse:

“Você pode acreditar que é capaz, ou não, em


qualquer caso você tem razão”.

Estamos caminhando em direção ao nosso futuro; no


decorrer da caminhada, um aqui ou ali, vai chegando à essa
“conclusão” e vai se tornando ele também “fonte de luz”
para todos os demais que vêm vindo mais atrás. O fato de
agora é uma “abertura de porta” para uma antiga realidade,
é o “reencontro” entre você e os seus próprios poderes.
Isto se tornou possível em razão de você ter se
submetido a uma intensa preparação, por ter buscado isso,
o que criou espaço para uma “atração mútua” entre você o
esse conhecimento. O que você já construiu em si mesmo o
“fez atrair” esse conhecimento e ele “veio a você” sob
influência dessa mesma força.
Não se trata mais, apenas de uma possibilidade
futura. Você está entre aqueles que estão recuperando a
consciência do “quem somos” e percebendo que há em
você algo mais do que pensou que havia e que você é mais
do que pensou que fosse. Pressente e aceita ser totalmente
possível o poder de Deus estar dentro de nós e não fora,
como se pensou.
Reitero as palavras, do psicólogo francês Émile Coué
(1857-1926):

“Possuímos um poder ilimitado: o espírito”

Avalizo integralmente o que disse o genial americano


William James (1842 -1910):

“O poder de mover o mundo está no subconsciente”;

E o que disse o indiano que viveu nos EUA Rajneesh


(1931-1990):
“Ir em direção a Deus é voltar-se para dentro”

Porque todos confirmam as palavras de Jesus quando


disse:
“O reino dos céus está dentro de vós mesmos.”

A recuperação da consciência de “quem você é”,


representa mais que uma conquista religiosa, representa a
auto-conquista, o auto-conhecimento e isso o posiciona no
comando de sua vida e lhe confere o poder de exercer o
“faça-se”, permitindo que transforme desejos em
realidades, sonhos em materialidades e que tenha por isso
“vida e vida em abundância”. Conhecer a si mesmo é
nascer de novo, é sentir-se divino, e livre para viver,
escolher e ser o que imaginar e transformar o “querer em
poder”.
Eu espero que tenha se sentido à vontade e
confortável com as minhas palavras, porque isto fará a
diferença entre o “viver pelo fazer” e o “viver pelo poder”.
Olhe-se no espelho da realidade transcendente, você está
diante de Deus, a sua identidade secreta. Isso é mais que
um motivo para você se sentir feliz. Sinta-se feliz, você
conquistou esse direito.
CAPÍTULO 4

O SEU GÊNIO PESSOAL

O Seu Desejo é uma ordem


O título deste capítulo, intencionalmente chamativo, faz
uma analogia à lenda árabe, no conto das mil e uma noites
em que Sherazade se tornou a rainha por sua astúcia e por
conhecer muitas histórias; dentre suas histórias está a lenda
de Aladim e o gênio da lâmpada mágica que libertado por
ele, se torna um “realizador de desejos”.
Aí está a minha intenção clarificada, pois na verdade o
que eu quero é criar uma conexão entre “o desejo de
realização pessoal que todos temos” com a idéia de uma
possibilidade mágica que quero demonstrar já existir em
nós.
A história original diz que um mágico se encontra com
Aladim a quem dá a incumbência de pegar uma lâmpada
mágica que jazia no subsolo da terra onde este morava. Ele
obedece ao mágico e desce ao subsolo para buscar a
lâmpada da qual se apodera e, resumindo a história, ao
esfregá-la liberta um gênio que realiza todos os seus
desejos, pronunciando sempre: “o seu desejo é uma
ordem”. Aladim se torna o senhor e amo desse gênio que o
faz muito rico e o leva a assumir o trono do reino.
Aladim é lenda, a lâmpada mágica é lenda, mas é
possível fazermos uma analogia entre o homem, seu
cérebro, seu poder interior e perceber que a história pode
ser real, bem mais real do que a nossa imaginação possa
conceber. À lâmpada mágica podemos dar o nome de
“cérebro”, ao ato de esfregar a lâmpada mágica o nome de
“pensar” e o gênio podemos reconhecer como “espírito”.
Observada a “coincidência e similaridade da função
de cada coisa” pode-se perfeitamente admitir que a lenda
não é tão “lenda” como se pensa e que está muito mais
para ser a nossa própria realidade, do que pensamos. Tendo
como “subsolo” o nosso subconsciente, podemos penetrar
uma nova dimensão da nossa realidade onde podemos
encontrar um gênio e onde os nossos desejos podem, de
fato serem transformados em realidade. Há alguma
intenção por trás das lendas, e o seu criador quer revelar
algum conhecimento e o faz como pode, de acordo com a
capacidade de entender das pessoas.

Veja-se por dentro


Pelo seu pensamento você movimenta o seu
conhecimento que estão nos níveis superficiais e profundos
de seu ser, você é um “Aladim” acionando o seu gênio; você
cria movimentos e transforma energia em matéria. Nas
profundezas de sua realidade encontram-se todos os valores
da sua vida; em cada conexão cerebral uma realidade; em
todas as conexões uma árvore do bem e do mal; você
direciona seus pensamentos para o que quer e é o que tem.
Lá está a fonte de todas as coisas - o seu
conhecimento – palavras. Lá estão o bem e o mal; os bens e
os males, a água e o fogo, a vida e a morte, e você tem
escolhido. Você é, ainda que não saiba, alguém que sempre
faz “escolhas”, revelando seus “desejos”, com isto faz
surgirem realidades. O seu conhecimento, do qual uma
parte está plenamente consciente e outra parte está
“oculta” como “inconsciente”, é a energia primária de onde
saem todos os seus eventos.
Você está diante do “incomensurável universo das
palavras”; o manancial de infinitas possibilidades de
arranjos e combinações da inteligência, isto o torna um ser
“ilimitado”. Nesse universo você reina absoluto. O ilimitado
poder de realizar infinitas combinações de palavras, dizem
da extensão de suas possibilidades, permitindo sejam
compreendida a verdadeira extensão desse seu “reino
interior”.
A você cabe explorá-lo em todos os seus limites e a
função de conduzir-se para onde quiser dentro dele. Você
sempre fez os arranjos de palavras que construíram
situações, mas o fez de modo inconsciente, sem conhecer a
si mesmo e sem saber o que estava fazendo; agora você
está pronto para conhecer-se e para saber o que faz,
quando faz e com o que faz, tudo o que diz respeito a você.
Você vai estar em condições de exercer o “faça-se”, pleno
da consciência do que faz.
Em princípio tudo é apenas uma metáfora, mas com o
decorrer do tempo a metáfora assume a condição de
“verdade” e se torna instrumento de sua libertação. Cada
um de nós tem um encontro marcado no tempo com o seu
próprio gênio, esse reencontro é na verdade, um
“reencontro” entre o homem e a sua natureza interior, a
qual pode chamar do que achar melhor: -gênio ou Deus-,
por meio do qual se realiza plenamente.
A natureza interior ainda por ser desvendada a você
abriga em si mesma, energia e poder, que se revelam ao
mundo exterior por “palavras”. Agora você que penetrou
essa dimensão mais profunda de seu ser e chegou ao nível
de sua mente, saiba uma mínima parte você já conhece: a
psicologia deu a essa parte o nome de “consciente” e, a
maior parte você desconhece, ela chamou de
“inconsciente”.
Trabalhando o conhecimento do consciente você tem
produzido a vida, conforme as habilidades que desenvolveu
a partir do que “sabe”; a inteligência, o conhecimento e a
sua qualificação têm sido os seus instrumentos de
realização, a fonte é a sua “realidade consciente”. Tudo o
que está fora do seu “consciente” é invisível a você,
pertence a um mundo virtual, que as tradições chamam de
“espiritual”. Nesse “espaço”, que está fora do tempo,
infinitamente maior estão as “possibilidades”, o que você
chamaria de “sonho”.
O documentário “Quem somos nós” de 2005 diz que o
“inconsciente” é formado pela absorção de informações que
não recebem a nossa atenção direta, coisas que fazem
parte das cenas, mas que não estão em nosso “foco
principal”. Impressiona-me os números que eles revelam.
Cientistas que fazem parte do documentário, cuja reputação
e credibilidade não ouso discutir, dizem que a cada 400
bilhões de informações que são captadas por nós, por nossa
simples presença em uma cena qualquer, apenas 2.000
(duas mil) vão integrar o nosso “consciente”.
O que querem é nos darem uma visão do que
representa o consciente do qual nos servimos como fonte
de recursos para as nossas expressões correntes perante o
inconsciente que representa uma espécie “fonte de reserva
de expressão” onde se encontra tudo aquilo a que não
temos acesso recorrente. Seu principal objetivo ao nos
demonstrar essa diferença é nos fazer perceber a diferença
entre o que “somos e o que ainda podemos ser” e deixar
claro que há muito ainda por conquistarmos de nós
mesmos.
Comparando, se uma cabeça de alfinete
representasse o “consciente” medindo cerca de 01 mm, o
“inconsciente” teria o diâmetro de 1,5Km (um quilômetro e
meio). Você consegue perceber que o lugar de onde retira
suas realidades e em que vive é infinitamente pequeno em
relação ao todo que forma o “seu ambiente interno”?
Pois bem, você pode recorrer a esse imenso
manancial de recursos internos e pode expandir as suas
possibilidades ao infinito, a interação entre você e essa
parte do seu ser, transporta palavras e imagens do campo
invisível e desconhecido para o seu consciente e dá a
possibilidade de que se torne factível no campo das suas
realidades,
O gênio que habita o seu ser age por você produzindo
mudanças e transferências de “conhecimentos” do
“inconsciente” para o “consciente” essa é a primeira parte
do trabalho para se ter uma futura realidade. O que você
não tem? Se algo ainda não faz parte do seu mundo físico e
você deseja, faça requisições (mentais) do inconsciente,
nele há tudo o que você conhece.
Brincando com as palavras nós podemos dar-lhes
formas, a forma que quisermos dar, como por exemplo:
posso formar conceitos, idéias, opiniões e crenças; posso
aplicá-las na construção que quiser. As palavras são “tijolos”
de construções do saber, de onde vem o criar e o fazer. Nas
construções mentais o conhecimento, representado por
“palavras” é “matéria prima” de uma realidade que exerce
influência sobre mim e sobre o meu “interlocutor” em
qualquer relacionamento.
Por analogia posso concluir que o pensamento que
pode ser verbalizado ou convertido em ação, tornando-se
origem de uma realidade física e que, portanto, posso
também dizer –o pensamento é matéria prima da realidade-
e mostrar a sua verdadeira contribuição em nossas vidas e
a sua importância. Em confirmação das minhas palavras eu
evoco o testemunho de Shakespeare: primeiro quando sua
mente alcançou o conhecimento do “consciente e
inconsciente” ao que chamou de “ser ou não ser” e no que
viu estar toda as questões da vida, e segundo, quando
disse: “as realidades são feitas da mesma matéria que os
sonhos” ao perceber o processo de alquimia porque passam
as palavras até se tornarem realidades.
Reconhecida a importância dos conhecimentos
podemos centralizar a nossa atenção naquilo que o forma:
as palavras - e analisar o que representam os seus diversos
tipos. Antes de fazê-lo vamos buscar o que diz a tradição
religiosa:
“No princípio era a palavra, e a palavra estava com
Deus, e a palavra era Deus. Ela estava no princípio
com Deus. Todas as coisas foram feitas pela palavra
e nada do que já foi feito, foi feito sem a palavra; e
nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens.”
Evangelho de João
A palavra, também dita “verbo” é, aos olhos do autor
do Evangelho, o princípio de todas as coisas, o poder, a vida
e a fonte de toda realidade, o que confirma com os dizeres:
“e o verbo se fez carne e habitou entre nós” com o que
pretende revelar a origem não só do corpo, mas de toda
realidade física.
Na linguagem, nossa palavra assume três papéis
distintos e nelas está a energia diferenciada que indica a
sua finalidade:
1. verbo – fonte de geração de ações
diretamente relacionadas com o substantivo;
2. substantivo – objeto da ação do verbo – o que
é sujeito à transformação;
3. adjetivo – atua na formação do sentimento;
4. advérbios – intensificam ou reduzem a
intensidade da energia contida na expressão;
Todo verbo é uma palavra e cada verbo contém uma
energia “específica” conforme o que quer expressar, por
exemplo: “ter”; contém “energia” que faz ter; “ser” contém
a energia que faz tornar-se. Na prática quando você diz eu
tenho, internamente a energia da palavra o mantém tendo,
e se ainda não tem o faz ter, por uma força magnética; O
verbo poder, gera energia para dar a possibilidade, o verbo
cair, gera a energia para produzir esta realidade, o verbo
falir gera a energia criadora desta situação e assim
sucessivamente; se estiver se referindo a você mesmo,
estará gerando energia criadora da sua própria realidade.
Se desejar a falência dos outros, você gerará a energia da
falência para você mesmo, pois você produz realidades para
você mesmo.
O que estiver ligado ao verbo, ou seja, o substantivo
ao qual ele se refere, será o objeto a sofrer a sua influência;
na prática “vou perder dinheiro”, cria energia do “perder
dinheiro”; as situações que indicam “fé”, “certeza” e “crer”,
tidas como verdades por nós, são dotadas de imensas
energias e grande poder de se transformarem em realidade.
As palavras mais, menos, mais ou menos, pouco,
muito, e correlatas que indicam a intensidade dão de fato
“força à vontade” e acentuam a energia ou a diminuem, tal
como fazem os “dimers” com os quais diminuímos ou
aumentamos a intensidade da luz elétrica de nosso quarto.
A qualidade da palavra:
Os adjetivos contêm a energia que expressam, assim
quando não gostamos de alguma pessoa e falamos mal
dela, estamos enviando energias para ela, que a farão ter
um certo distanciamento conosco; isto acontece sem que
percebamos acontecer. Quando xingamos o nosso filho por
se comporta mal, e falamos mil coisas ruins dele, estamos
jogando “barro” na água suja e querendo que ela se torne
limpa, o que é impossível.
O significado das palavras dizem se elas são “limpas
ou sujas” e o nosso vocabulário recorrente diz se nós somos
pessoas “ecologicamente corretas quanto ao ambiente
interno”. Diz a bíblia, que a boca fala daquilo que está
cheio o coração, nada mais profundo e verdadeiro. Mas,
mais importante que isto é que a realidade externa é uma
representação do conteúdo interno.
Conteúdos pouco qualificados, realidade pouco
qualificadas; o teor dos seus pensamentos se expressa
como sua realidade, seja ele qual for. As palavras possuem
valores específicos e conceitos pessoais igualmente os têm;
valores que são identificados pelo seu significado e pelo
arranjo que fizermos atribuindo o nome de conceito ou de
crença. Quando nos tornamos recorrentes a um
determinado valor, a uma crença específica, isto significa
que ele(a) será “materializado(a)” em nossas vidas. As
nossas experiências cotidianas revelam os valores mentais
nos quais somos recorrentes.

Relacionamentos
A vida é feita de relacionamentos; sem se relacionar
nada pode acontecer e nada acontecerá. Eles acontecem
em 5 níveis:
1. eu comigo mesmo
2. eu com os outros
3. eu com a matéria
4. eu com Deus
5. eu com as leis

Os fatos de sua vida estão diretamente relacionados


com o tipo de “convivência” que você tem com cada um
dos “interlocutores” acima. Todo relacionamento é baseado
na expressão e isso se faz com “palavras”; até mesmo no
relacionamento que você tem consigo mesmo você as usa,
como forma “do que pensa a seu próprio respeito”; ao me
relacionar com os outros, o que penso a seu respeito, com
quais palavras me dirijo a eles e o que lhes falo, repercutem
em minha vida e nas deles também.
A minha relação com o mundo material também está
em conexão permanente com o que penso, com as palavras
com as quais me identifico no contexto –como penso quanto
ao que tenho, ao que posso e ao que não posso- pelas mais
diversas razões, não importam quais sejam. E o que penso
se reflete no meu modo de agir no tratar com elas. A
natureza é dotada de uma plasticidade que a faz tomar
contornos de acordo com o meu modo de pensar sobre ela,
e como eu acredito e julgo, ela se torna. O mundo material
se adapta ao que penso sobre a realidade circunstante.
Em situações práticas: -reclamações, lamentos e
revoltas- expressam um pensamento íntimo de insatisfação
com a realidade circunstante, e, quando externo esses
sentimentos na verdade estou contribuindo para
permaneçam assim, estou jogando “barro” na água suja,
estou pondo mais “lenha na fogueira”; se o meu desejo é
mudar a situação, comentar é a primeira coisa que não
devo fazer.
Pensamentos como “sou pobre”, “não posso”, “não
tenho dinheiro”, “não consigo”, “e eu que não tenho essa
sorte” e coisas do tipo, representam as suas crenças e
valores internos que serão materializados para você, e se já
são a sua realidade, cada vez mais se consolidam. Todo tipo
de coincidências são promovidas por forças invisíveis, suas
próprias energias para que você sempre “tenha razão” e
tudo realmente seja “possível ao que crê” (nesse caso você
mesmo).
Há em você “reservas” localizadas no “subconsciente”
(ou inconsciente) de modo que se ainda não estão
disponíveis e ainda não se tornaram a sua realidade, não
significa que não as tenha; creia que há um poder interior
em você que buscará no invisível campo do seu
inconsciente tudo o que lhe falta, conforme “requisite” sob o
pensamento de “tenho”, pronunciando o verbo que tem
poder de fazer acontecer o “ter” na realidade. Reconheça
que tem, sustente a crença que tem e terá, seja o que for.
Ao conhecer como acontece a sua relação com o seu gênio
você verá que mais fácil do que pensou.

Essa relação entre você e seu “gênio” se rege por leis


imutáveis, que permitem a livre fluência de dentro para
fora, dos seus poderes e que são de acionamento
“automático”.
Aonde você quer ir? O que quer? Se quer chegar mais
longe, terá que ser servidor de todos.

“Maior entre todos é o que se fizer servidor de todos”


Jesus
Uma grande notícia: o seu gênio é o maior servidor de
todos, por isso ele é inigualável e pode ser visto como “O
Senhor”, todavia o Senhor, é o que dispõe de tudo, o
Doador Universal, O que tudo tem e que tudo pode. Você é
aquele recém chegado ao reino e a quem tudo ainda falta,
portanto você é aquele a quem ele vai servir e realizar do
modo como você escolher ser servido.
Hoje é o seu grande dia, o dia do grande encontro
onde fazê-lo feliz é a “serventia da casa”. O encantamento
de sua vida é a ordem do dia. Por quanto tempo estivemos
“viajando”? Por três ou quatro milênios, em profunda
escuridão, até que brilhou a luz do Cristo em nosso interior.
Por favor, não me leve a mal, não sou religioso, mas não me
acanho de falar de “gênio”.
O que importa é que esse acordar de hoje, tem a
importância de um “ressuscitar”, para você hoje é - manhã
do “3º dia - lá fora, visto como o “terceiro milênio”. O nosso
gênio interior, que está ressuscitando agora, esteve por dois
dias (dois milênios), no interior da terra (o seu corpo), por
todo o tempo ele sempre esteve conosco, “morto” dentro de
nós, “ausente de nossa vida e de nossas ações”.
Os tempos mudaram, a modernidade e o avanço
tecnológico chegaram e a sua realização se dará nesse
ambiente futurista onde raios e ondas circulam a partir de
controles remotos, aparelhos de sensibilidade ótica e no
universo da nanotecnologia. Em contato com sua mente ele
está completamente sintonizado com os seus conteúdos,
assim como com seus anseios.
O gênio, ou “Jesus”, retorna em glória e renovado,
suas palavras são pertinentes e conforme a sua nova idade,
e à sua liberdade, e por essa razão ele já não diz mais “o
seu desejo é uma ordem”, ele diz simplesmente “aprovado”,
por apoiar suas escolhas, que entende, sejam maduras. Pela
mesma razão ele não precisa mais da lâmpada mágica e
agora atua diretamente em nosso cérebro, a árvore da vida.
A lâmpada que fazia tudo parecer “mágica ou
milagre”, servia para justificar, uma vez que não estávamos
aptos para compreender, ainda que pudessem nos explicar.
Antes era só um “gênio” agora, agora pode ser claramente
ser visto que são poderes superiores ao quais se deram os
nomes: “Deus”, “espírito”, “Jesus”, “anjo da guarda”,
“santo”, etc.
Quantos aos poderes: conserva-os todos e ainda mais
os tem que antes. Aquele que sempre pode todas as coisas
continua pleno de poderes e nada lhe é impossível.
Ele também mudou o seu papel, elevado à condição
de Observador Supremo, ele se posicionou em local
privilegiado, na sua fronte, bem diante dos seus
pensamentos e é agora o responsável por “visar” os seus
projetos mentais aplicando-lhes o carimbo de “APROVADO ”
; vendo cada um de seus pensamentos como um projeto de
realidade, entende-os como um desejo seu e acata-os como
“necessidade” e cuida do “preenchimento” dessa
necessidade mandando vir o “seu reino”, magnetizando a
formação da realidade. Do alto de sua magnitude e poder
Ele captura os seus pensamentos antes mesmo que chegue
a transformá-los em um pedido formal.

“O Pai sabe do que necessitais, antes que lho


peçais.”
Jesu s

Fiel servidor
O gênio, ou Pai é quem mais perfeitamente conhece o
homem que saber ser de natureza exploradora e um
experimentador por excelência. Presto em servir ele se faz
mordomo fiel e discreto servidor; subserviente revela toda a
sua grandeza como o maior entre todos, exatamente por ser
o servidor universal. Incapaz de fazer um julgamento vê
bons todos os pensamentos e atitudes, eximindo-se fazer
quaisquer avaliações quanto ao seu conteúdo ao qual vê
como seu desejo, o que considera indiscutível, ainda que os
possa reconhecer como “convenientes ou inconvenientes”
para você.
Na sua genialidade está o respeito a você e ao seu
livre arbítrio e, por causa dele, incondicionalmente o
confirma na existência, fazendo-o seu senhor tornando-se o
seu servo. Conhecedor do princípio e do fim de todas as
coisas, ele reconhece ao fim de cada dia que tudo o que fez
é bom; ainda que os passos tenham sido dados para trás,
pois ele vê o resultado de todos os eventos antes mesmo
que aconteçam, e sabe que, de toda experiência será
extraído o verdadeiro valor, o que reconhece ser sempre
“bom”.
Discreto, quase invisível - não fossem as suas obras e
nem saberíamos de sua existência -, mas sempre atento,
nada escapa aos seus olhos. Amoroso, ele não vê a
finalidade do que você deseja como importante, mas vê a
importância do que resultará da sua posse. Não distingue a
direção para onde vão seus pensamentos, vê apenas
pensamentos, os quais realiza em você e para você. O
universo de atuação do seu gênio é você, a sua vida, sua
realidade, ele não conhece outra pessoa, para ele você
sempre será o filho “único”.
Tudo o que ele fizer, sempre que fizer, será
exclusivamente para você. O “Não” é uma palavra que não
faz parte do seu vocabulário e o que você crê é para ele
verdadeiramente “uma lei”, que ele cumpre e considera
“muito justo”. Sempre dá o que é justo a você a quem acha
“uma pessoa justa”, o que quer dizer que ele sempre o
“justifica” (reconhece que é justo), tornando real o que você
crê; confirmando suas palavras, pensamentos e ações, ele
apenas lhe faz justiça. Tal assertiva é um selo sobre as
palavras de Jesus, o Mestre, quando disse:

“É por suas palavras que sereis justificados; ou


condenados”
Jesus

Servidor exclusivo e pessoal, toda a sua atuação é


unicamente para atendimento a você, afinal, ele é o “seu”
gênio, não o gênio de outro; ele não pode servir a dois
senhores, somente pode fazê-lo a um, que é você. Quanto
às outras pessoas ele sabe que cada uma delas tem o seu
próprio gênio-servidor.

Onde está o seu gênio agora?


As tradições orientais apontam a sua localização
dentro do corpo humano, mais precisamente no centro da
testa, no espaço entre as sobrancelhas, sob a forma de um
ponto de luz; outras tradições dizem ser ele o “terceiro
olho”. Certo é, contudo que daquele ponto ele sempre está
em ascendência sobre os seus pensamentos de onde tudo
vê claramente podendo agir inequivocamente sobre eles.
Os cristãos crêem que a unicidade apregoada por Jesus
esteja, na verdade revelando essa co-existência, entre o Pai
e cada um de nós, por suas palavras:
“Eu e o Pai somos um e quem vê a mim vê o Pai”
Realmente elas parecem confirmar essa unicidade.
Você também pode dizer: Eu e o Pai somos um; quem
vê a mim vê o Pai. O pai é o gênio em nós.

APROVADO
Isso é o que ele lhe diz, sempre, pense você o que
pensar, acredite o que acreditar e imagine o que imaginar.
Já não estamos mais falando da metáfora, ou de uma lenda,
estamos falando da sua própria realidade. Tudo o que você
possui, os títulos que alcançou, as vitórias que conseguiu, o
troféu, o diploma, a casa, o carro, tudo; cada uma dessas
coisas foi por você pensada, imaginada ou falada e ele,
após ouvi-lo, ou melhor, sentir a sua vibração, bateu o
carimbo : “APROVADO ” , selando-a com o poder de
atração, o que fez com que tudo viesse a você de alguma
forma.

Como é o seu gênio?


O seu gênio é como você é; você e ele são um só. A
ética que você tem ele adota, o que você faz, ele faz
também; se você pensa em boas coisas, se é criativo e rico
em seus pensamentos ele faz disto a sua realidade; ele é o
Realizador Supremo; mas se você pensa negativamente,
está sempre esperando o pior, tem medo de falir, de não
conseguir o que deseja, se teme perder dinheiro, ser
roubado, ele dirá da mesma forma:
“APROVADO”

Esta é sempre a sua única palavra, ele, sob suas


ordens é o Realizador Supremo, neutro, não julgador; é na
realidade um confirmador.
Ninguém tem poder sobre o seu gênio, você é a única
“voz” que ouve e que atende; você é o único para quem ele
bate o carimbo de “aprovado” em seus desejos, sem fazer
qualquer restrição, sem julgar o mérito e sem se preocupar
com as condições. Assim tem sido por toda a sua vida, tanto
com as pequenas coisas que achou fácil, quanto com
aquelas que considerou um “verdadeiro milagre”. Lembra-
se daquela vez em que aconteceu algo para você que você
achou que foi pura sorte, um milagre, ou feliz coincidência?
Então, você imaginou que fora o santo tal, de quem é
devoto, alguém de fora de você que o tivesse feito, mas não
foi; foi o seu gênio quem o fez, tudo surgiu do seu próprio
interior, ele o ouviu chamar por um nome qualquer, ou foi
São Judas Tadeu, ou Santo Expedito, Santo Antônio ou outro
qualquer, mas sabia que era com ele que você estava
falando. Foi ele quem o atendeu, quem fez o milagre, os
santos estão dentro de nós, representados pelo nosso gênio,
que também pode ser chamado de Deus interior.
Onde e como atua o seu gênio?
O cérebro é reconhecido por sua forma “sui generis”;
suas circunvoluções inconfundíveis, formado de duas
partes, esquerda e direita, separadas apenas por um sulco
um pouco mais profundo; ele ali está como se fosse um
“cofre”, que abriga o maior de todos os tesouros conhecidos
pelo homem: os seus conhecimentos. Segundo a revista
Super Interessante, o cérebro humano é capaz de abrigar
todos os conhecimentos de todos os livros da humanidade
estimados em 20.000.000 (vinte milhões de livros). Se é um
número exato, não sei, pode até não ser, mas é imensurável
então fica só na nossa imaginação mesmo.
Nele se conectam, milhares e milhares de palavras
que representam as coisas e as imagens que as identificam,
bem como grupos de palavras que formam conceitos e
crenças, todos contidos de energia que exercem sobre nós a
influência daquilo que cada um identifica.
Sua velocidade e capacidade para realizar conexões e
cálculos superam o mais completo e perfeito entre todos os
computadores do mundo. Dados obtidos por intermédio do
documentário “O segredo”, uma produção cinematográfica
de 2005? que contou com a participação dos maiores
nomes do mundo da ciência da atualidade, entre os quais
filósofos, Doutores em Física Quântica, Psicólogos, Teólogos,
Escritores, Professores Universitários, Mestres Doutores,
revelam que o homem capta na natureza em uma cena
qualquer, cerca de 400.000.000.000 (quatrocentos bilhões
de bits –que é uma unidade informação).
É algo inimaginável, incontável, mas o mais
importante é que, deste total, a mente retém para uso mais
freqüente num lugar que a psicologia chamou de
“consciente”, apenas 2.000 (dois mil bits). Apenas dois mil
em cada quatrocentos bilhões de informações são
percebidas por nós e usada de modo recorrente em nosso
dia a dia. Os outros 399.999.998.000 vão para uma área da
mente que a psicologia deu o nome de “inconsciente ou
sub-consciente”. Qual é a importância de eu revelar-lhe isto:
Deixando de lado analisar a precisão desses dados,
crendo apenas na veracidade da informação, devido
principalmente à credibilidade da fonte de onde elas
promanam, os números impressionam. A maior parte do
que acontece, acontece sem que nós percebamos, embora
tudo venha para formar o nosso “ser”, e alinhar-se a todos
os outros conhecimentos que temos –e tornar-se também
parte do “conteúdo mental”, compondo o nosso
“inconsciente”.
Armazenamos dentro de nós estão, informações,
imagens, palavras, sons, formas, movimentos e cores –tudo
em forma de energias - que não se perderão jamais e às
quais poderemos recorrer em qualquer tempo. Segundo o
mesmo documentário, a mente “consciente” movimenta
rotineiramente algo em torno de 2.000 unidades de
informação por cena e a mente “inconsciente”, da mesma
cena recolhe outros 400 bilhões de unidades de informação,
das quais nem todas são exatamente “informações novas”,
mas informações que já pertencem ao que se pode chamar
de “repertório”, o nosso conteúdo - do “inconsciente e do
consciente” e que, se consolidam em cada repetição.
Após 20, 30 ou 50 anos, muitos valores estarão
consolidados e nós teremos energias predominantes
formando “cenas padrão”, “crenças padrão”, “opiniões
padrão”, “conceitos padrão” e gerando “comportamentos
padrão”. Eles são o que formam em nós “opiniões
fechadas”, a certeza e coisas afins. Formam núcleos
consolidados de resistência interna que causam dificuldades
em caso de necessidade de fazermos qualquer mudança de
comportamento.
A repetição de uma determinada cena faz com que
nos habituemos a ela; sua impressão dentro de nós tem
mais peso que outras e isso nos dá “convicção” sobre certas
coisas, nos causa um certo “conforto” por sua presença e
por pertencerem ao mesmo padrão com o qual estamos
acostumados.
Mas estar mono idealizado por um padrão não é bom;
é como habitar dentro de uma caverna sem condições de
ver o que se passa lá fora, e estar impedido de ver outras
realidades que não se enquadram no “padrão habitual”. Os
hábitos formam o nosso caráter, e circunscrevem as nossas
ações dentro do padrão ao qual estamos acostumados e nos
induzem a oferecer certa “resistência” a novos
conhecimentos e conceitos, como também se “veda” contra
qualquer mudança nas crenças que já estão arraigadas em
nossa mente.
Por essa razão é “natural”, embora não seja bom, que
as pessoas sejam “céticas” e ofereçam “resistência” a
informações que não se enquadrem no seu padrão. No
entanto, outras combinações são possíveis, outros cenários
podem ser construídos e novas realidades podem ser
extraídas do nosso conteúdo mental, pois ainda não fizemos
todas as experiências, devendo, no entanto, admitir, que
alguém já pode ter feito mais que nós.
Os números com os quais lida a nossa mente são
incomensuráveis, isto faz com que as nossas possibilidades
de realização sejam igualmente incomensuráveis. As
realidades a serem experimentadas com isto, se elevam ao
infinito. A observação das evidências nos deixa próximos de
aceitar a existência de outras realidades, dimensões
invisíveis e ampliadas da própria realidade que
experimentamos. A própria consciência constantemente
recorrendo ao “inconsciente” incorpora a si novos valores e
se expande sem cessar.
Não estamos sozinhos no que cremos, assim também
crê o psicólogo Norte-americano Brian L. Weiss, autor do
livro “Muitas vidas, muitos mestres” e outros ícones da
ciência mundial.
Conhecer a nós mesmos nos coloca dentro dessa
dimensão e nos dá uma visão estendida que nos permite
ver o que antes estava de fora da nossa consciência, e que,
por isso não se fazia visível, ainda que fazendo parte do
nosso próprio inconsciente –nosso ser invisível- e dentro do
mesmo universo em que vivemos.
Vejamos a mente, quando falamos de consciente e de
inconsciente, estamos falando de “realidade e de
possibilidade”, de “poder e de potencial”, este é o nosso
universo particular, é o que está dentro de nós, o “ser” e o
“não ser” dito por Shakespeare.
O potencial do homem é infinitamente maior que o
seu poder, seu “ser” desconhecido é infinitas vezes maior
que o seu “ser” conhecido. Atuando pelo consciente, que
passa pelo filtro da razão, o homem age, e por suas ações,
“ganha” o seu pão de cada dia; vejo isto como uma
confirmação do postulado bíblico que diz:
“comerás o pão com o suor do teu rosto”
Antigo Testamento

Eu vejo na ação do homem a consolidação desse


status do fazer para ter. O gênio, quando ainda estava fora
de nós, adotando o nome de “Jesus”, nos iluminou para uma
nova realidade, que deve ser também a nova mentalidade:

“não vos preocupeis com o dia de amanhã, quanto ao


que havereis de comer, beber ou vestir; olhai as aves do
céu, não plantam, nem recolhem em celeiros, no entanto
vosso pai celeste as alimenta, olhai os lírios do campo, que
não tecem nem fiam, mas nem Salomão nos seus dias de
glória se vestiu como um deles; se o Pai os veste assim e se
hoje estão lá, amanhã serão lançados ao forno; quanto mais
não fará a vós que valeis muito mais que eles; buscai em
primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça e tudo o mais
vos será dado por acréscimo.”
Jesus
Ele nos iniciou na “era do poder interior, no “crer para
ver”. Por esta nova mentalidade, recomenda a “não
preocupação com o futuro”, porque esta postura é de teor
“negativo” –preocupação é temor-. Por ela podemos avaliar
a importância da “postura mental” na formação da
realidade futura e perceber que tanto a “preocupação”
como o desejo de um futuro melhor, são fontes de atração
daquilo que pensamos.
Jesus, o gênio, agora dentro de nós, volta realmente
como previu, de modo triunfal, onde tem acesso
permanente ao nosso “consciente” e ao nosso
“inconsciente”, sendo para ele, tudo uma só coisa: “poder”.
Daí não ser assim tão admirável, ou espantoso que, mesmo
que o homem ache que não possui recursos para realizar
algum sonho, ainda assim ele pode sonhar além de todas as
possibilidades que conhece.

“...o reino dos céus está é dentro de vós”


Jesus

O seu gênio tem poder além da consciência e abrange


o que conhece e o que não conhece, o que vê e o que não
vê, o que acha ser possível e o que acha ser impossível.
Você contará com recursos que “ainda não são
disponíveis” dentro da sua realidade atual e contará com a
atuação do seu gênio que irá retirar recursos do que você
não é capaz de ver, mas que está em você mesmo, na sua
mente inconsciente. O seu gênio tem acesso, não só ao seu
consciente e ao seu inconsciente, mas ao inconsciente de
todos os outros homens também. Com o poder dele em si
“aonde você acha que pode chegar?”

CAPÍTULO 5

QUAIS SÃO AS SUAS POSSIBILIDADES?


Tudo é possível ao que crê. O que significa tudo?
Da frase: “A quem crê tudo é possível” pode-se
compreender que não há uma medida; que além de tudo o
que pensar, mais ainda lhe será possível; sempre haverá
novas possibilidades. Não se estipulam números para um
universo de combinações possíveis entre valores infinitos.
Por que tudo é possível a quem crê? Essa é uma
pergunta interessante; vamos imaginar juntos: você pensa
em um alfinete, sua mente contém a palavra e a palavra
alfinete contém a energia na qual está contida a forma de
um alfinete; com ela o seu o gênio fará vir a você a
“imagem” do “alfinete”, e a imagem lhe causará um
sentimento da própria realidade; desse momento em diante
suas ações irão convergir para ter a realidade identificada
pelo nome “alfinete”.
Avançando na escalada agora vamos pensar em outra
coisa, maior, que tal uma bicicleta? Sua mente contém,
ainda na parte consciente a palavra bicicleta, pois ela é uma
palavra recorrente para você; a palavra bicicleta contém os
átomos invisíveis e suas energias, que possuem em si a
forma da “bicicleta”; o seu gênio irá dar-lhe “vida-pulsante,
irá dar-lhe “magnetismo” para que ela venha até você
(venha o teu reino –seja feita a tua vontade).
Ouse mais, agora tire dessa “cartola” algo maior,
vejamos, por exemplo: um carro; sua mente contém a
palavra carro a partir da qual poderá formar até uma
imagem dele e ao qual poderá dar inclusive movimento,
conforme as suas idéias sejam férteis para isso; o seu gênio
tornará essa imagem “um magneto vivo” e ela irá atrair a
você a forma e a matéria que lhe corresponde e que viu
como sua realidade.
Uma mansão, não é, contudo uma palavra recorrente,
nem todos conhecem uma mansão com detalhes; a sua
imagem em nossa mente é superficial, aparência exterior,
fachada, coisa desse tipo; poucos são os que já entraram
numa mansão e que conhecem uma com riqueza de
detalhes, por isso, para imaginá-la você terá dificuldades; o
gênio vai percorrer a sua mente e vai localizar no
consciente ou no inconsciente a palavra mansão, onde ela
estiver ele a encontrará; caso não haja, ele recorrerá ao
inconsciente coletivo, e providenciará para você conheça
uma mansão.
Caso você não o faça ele se dirigirá até a palavra que
representa a casa mais requintada e luxuosa que você
conhece e lhe dará a sua imagem, que você confirmará se
quer ou não, mantendo-a como imagem viva ou desistindo
dela, assim como pensar, “magnetizará essa realidade e a
atrairá a você”.
Caso queira uma maior, mais luxuosa ainda e com
detalhes que ainda não conhece, terá antes que ver uma,
caso contrário não a terá; ninguém pode ter aquilo que não
conhece. Só o conhecimento dá a possibilidade de se ter
alguma coisa. É sugestivo para a mente buscar o contato
com o que quer, pois a criação da realidade nasce da
imagem mental, pode ser foto, desenho ou coisa que o
valha. Assim acontece com tudo o que você crê.
Para selar definitivamente a questão que tal uma
confirmação científica a respeito da fé? Você a terá. Há
muito mais a se conhecer no universo em que vivemos do
que o que já é conhecido; há mais para se ter, do que o que
já é possuído; mova-se para onde quiser, mas faça-o
primeiro em sua mente; a realidade seguirá seus passos
mentais. Crer ou não crer é talvez muito mais “a questão”
do que propriamente “ser ou não ser”, como disse
Shakespeare, pois até mesmo para “ser algo” eu preciso
“crer que sou”.

“você pode crer que é capaz, ou não, em qualquer


caso você tem razão.”

Henry Ford
Pelo texto a seguir, Goethe se mostra um homem
além de seu tempo, revelando-nos um conhecimento
incomum de uma realidade transcendente com qual parece
ter intimidade, pois dela fala com desenvoltura e convicção,
procurando dar realce a todas as suas minudências e
colocando-nos a par da existência de energias e poderes
que atuam nos bastidores das nossas ações, quando
decidimos pela realização de um sonho. Ele nos fala da
“providência”, à qual eu chamo de “Gênio pessoal ou Deus
particular” que após a nossa iniciativa se apresenta dando a
sua contribuição, aportando recursos, promovendo
encontros e gerando coincidências, tudo por nosso bem e
para que alcancemos a auto-satisfação.

"Antes do compromisso, há hesitação, a


oportunidade de recuar, uma ineficácia permanente.
Em todo ato de iniciativa (e de criação), há uma
verdade elementar cujo desconhecimento destrói
muitas idéias e planos esplêndidos.
No momento em que nos comprometemos de fato, a
providência também age. Ocorre toda espécie de
coisas para nos ajudar, coisas que de outro modo
nunca ocorreriam. Toda uma cadeia de eventos
emana da decisão, fazendo vir em nosso favor todo
tipo de encontros, de incidentes e de apoio material
imprevistos, que ninguém poderia sonhar que
surgiriam em seu caminho.
Começa tudo o que possas fazer, ou que sonhas
poder fazer. A ousadia traz em si o gênio, o poder e a
magia."

Goethe

Apoiado na afirmação de Ford e na mensagem de


Goethe, eu creio sinceramente que o modo como alguém
crê e a atitude que toma, por mais crer, lhe confere mais
coragem para ousar, o que ao longo dos tempos vai fazer
uma grande diferença no status de cada um. A fé e a
ousadia se refletem nos resultados de cada um, retribuindo
aos que as têm segundo o que crêem e pelo quanto ousam.
A fé confirma a possibilidade e a ousadia traz de fato junto
de si os recursos do gênio que é totalmente capaz de trazer
a realidade para casar-se com os nossos sonhos.
Tenha fé e seja ousado; esta é uma das fórmulas
recomendadas por Ford, por Jesus e por Goethe como uma
forma de entrar profundamente nos seus próprios sonhos e
torná-los reais.
Ser ousado é experimentar-se além de todos os
limites; é por em cheque o que eles disseram e de conferir
que é verdadeiro que você leu aqui. Eles não estão sozinhos
no que disseram, com eles estão também: Shakespeare,
Bacon, Hume, Nietzche, Pascal, Eisntein, William James,
Beethoven, Ralph Waldo Emerson, La Rochefoucaud e mais
uma infinidade de outros gênios e mestres de reputação
ilibada e reconhecimento universal.
Esses princípios e verdades já existiam antes dos
homens, estão gravados em seu espírito; cada um, a seu
tempo, vai despertando para a verdade e a faz torna-se
pública, razão porque ela chegou até a mim e a você. Leve
em consideração que a vida, inicialmente nos parece um
mundo de dificuldades, de portas fechadas, mas que a
verdade nos apresenta suas chaves aproveitando o senso
da oportunidade quando “abrimos a nossa mente para esta
nova dimensão da realidade”, então não deixe passar a sua
“oportunidade”.

O que é ousadia?
A ousadia é uma virtude natural do homem que se
conectou ao seu Deus-interior; é recurso complementar e
força suplementar que são capazes de suprir todas as
nossas carências e de preencher os vazios existentes entre
o que somos e o que queremos ser, entre o que temos e o
que sonhamos ter, entre a nossa realidade e o nosso sonho.
Ela é uma energia extraordinária, pois move terra e céu na
formação de uma realidade, superando todas as forças
humanas. Ela não conhece a desídia, ao contrário se revela
como a própria ação contida de “amor” do Pai para com o
seu filho, a quem sempre dá boas coisas.
Ousadia é a atitude daqueles que agem pela
unicidade com o gênio que lhes é imanente. Entre os muitos
gênios que despertaram para a presença do “gênio” em si
mesmos e que se tornaram aptos para ousar, eu reverencio
a Walt Disney, um dos maiores realizadores da humanidade
em todos os tempos; suas realizações ultrapassaram todos
os limites que ele próprio estabeleceu em sua mente; ele se
tornou o maior empreendedor do mundo na área da
diversão pública, alcançando riqueza estratosférica e
reconhecimento mundial. Sabe-se bem que muitos
ousaram e creram além da lógica e da razão, porque
estavam embasados em princípios não materiais onde
verdadeiramente se encontram os poderes; você verá que
todas as figuras de expressão mundial possuem as
características de estarem em perfeito sincronismo com o
seu “gênio”.
Em qualquer tempo que quiser você também pode ser
um homem “uno com o seu gênio”; vou dar a você dois
exemplos de pessoas a quem ninguém dava nada por elas e
que se tornaram “gênios” da humanidade; no princípio da
vida de Einstein, até os três anos de idade ele nem falava,
parecia dotado de um retardo mental que o acompanhou ao
longo da existência sobre o que ele disse certa vez a um
colega cientista: “por favor, fale devagar, pois tenho
dificuldades para raciocinar e entender números”.
Quem foi Einstein? Simplesmente o maior gênio da
física que o mundo conheceu. Outro exemplo de grande
impacto: Thomaz Alva Edison, o inventor da lâmpada
elétrica e de mais de 10.000 inventos entre os quais o
fonógrafo que deu origem aos atuais aparelhos de som, CD,
MP-4 etc. E após esses há tecnologias mais atualizadas que
também derivaram daquela primeira. Na escola ele foi
considerado por seus professores um adolescente problema,
suas notas eram sempre ruins e quase chegou a ser
excluído do colégio onde estudava; a atitude de sua mãe o
fez mudar e ele veio a ser um dos maiores gênios da
humanidade.
Na realidade você, ainda que não pretenda alcançar
esse patamar de “gênio”, pode alcançar tudo o que sonhar
e ser tudo o que pretende ser; a única coisa que o impede
de ser o que pretende ser são os seus conflitos internos.
Conflitos
Tomemos como exemplo, uma pessoa que deseja
chegar a um ponto qualquer e que depois de decidir dá um
passo na direção do seu objetivo e pára; na seqüência tem a
idéia de que não deve ir e dá um passo para trás retornando
ao ponto de partida. Essa é a visão que deve ter quando
tem um sonho, ou quando deseja alguma coisa, e para a
qual dá o primeiro passo no sentido de realizá-la; dado o
primeiro passo ou mais passos, você olha no bolso, faz
contas e percebe que o dinheiro que tem não vai dar,
embora deseje e creia que vai ter o que quer. O que
certamente vai acontecer é que você deixará de pensar que
pode, porque a realidade diz que não pode, e vai ter certeza
de que não pode, deixando de agir e de acreditar que pode.
No instante em que a “providência” iria fazer a parte
que lhe compete fazer, promovendo alguma coincidência
para que você tivesse os recursos a fim de realizar o que
você pretendia realizar, você simplesmente “desistiu” e
desmanchou a possibilidade de seu sonho se tornar
realidade. Duas forças opostas atuando sobre um mesmo
ponto causam inércia e se você retira a força que atua a
favor, vencerá automaticamente a força que atua contra.
Dois pensamentos antagônicos não podem estar
presentes numa mesma realidade; não posso crer em algo e
ao mesmo não crer, caso isto aconteça este algo nunca
poderá existir no mundo das realidades. Energias contrárias
são auto-destruidoras.
O pensamento é uma atividade natural, não há um só
segundo que possamos estar no estado de vigília, que não
estejamos pensando. A mente consciente possui intrincadas
atividades, entre elas funções de filtragem daquilo que
nossos sentidos recebem para o “a avaliação” da nossa
razão, que permitirá que uma informação seja, ou não,
admitida dentro da nossa realidade como uma
possibilidade. Como parâmetros ou filtros utilizaremos os
conceitos já formados, bem como aquilo que consideramos
como verdades indiscutíveis e as crenças admitidas por nós.
Nada disso é criação de agora, trazemos em nós, mas
nos foram repassados como herança, provém de nossos
antepassados que também herdaram dos seus
antepassados; contribuíram também os nossos professores,
que igualmente receberam informações dos seus
antepassados sobre os quais construíram seus
conhecimentos; o mesmo aconteceu com os nossos líderes
religiosos e assim sucessivamente.
Em que ponto precisamos de uma oxigenação? Há
muitas verdades dentro de tudo o que lidamos diariamente,
mas há coisas que já estão com o prazo de validade vencido
e que precisam de urgente renovação.
Trabalhamos situações do presente e projetamos
futuros com os conhecimentos do passado; então não é
razoável que esperemos obter algo novo, diferente e melhor
do que o que temos obtido até aqui.
Houve um tempo em que se ganhava o pão de cada
dia, com o suor do rosto; trabalhos braçais, emprego da
força física eram valores importantes; hoje poucos são os
que ganham a vida através do esforço físico, que dependem
de sua força para ganhar o sustento, o cérebro é muito
superior aos braços e pernas e a inteligência produzindo
pela capacitação faz mais e melhor que a força física.
E o futuro, como será?
Antecipando o futuro, um Jesus cientista,
absolutamente nada religioso, recomendou uma nova
atitude que envolve não só cérebro, mas a mente da qual
faz o centro de atividades criadoras de realidades, usando o
cérebro como ferramenta e como laboratório de alquimia.
Fez do pensamento, o meio pelo qual o homem do terceiro
milênio garantiria o seu suprimento e mais que isto.
Dentro dessa nova perspectiva apresentada com
muita antecipação à nossa própria habilitação para usá-la, o
Cristo cientista, senhor das energias ensina suas estratégias
para a transposição das águas do passado para os novos
ares do futuro. A palavra é sua matéria prima; a fé a sua
energia; o desejo, o sonho e a vontade, a sua motivação; o
pensamento o impulso que a projeta para a realidade; o
poder interior a ciência da alquimia; a ação, o envolvimento
material indispensável; a persistência, o indispensável
acompanhamento do processo de transformação.
Ele, Mestre em alquimia, o diplomou nesta ciência e
por isto hoje você está aqui pronto para fazer da sua vida
um “ato de magia e alquimia”. Dele veio o incentivo, você
tudo pode; basta crer, agora a bola está com você, é só
fazer a sua mágica.
Jogue fora tudo que herdou: coisas do tipo - “Deus não
quis assim”, não posso; não será pecado? não consigo; não
vou dar conta; não tenho dinheiro; não..., não..., não...
Quando a sua mente quiser usar esses recursos
vencidos, diga a si mesmo mentalmente: “Perdoe-me, mas
isso é coisa do passado”, por favor, apague isso. Em
seguida já usando o novo recurso que é a mente, crie ali
“uma lixeira” e veja-se jogando essas velharias no lixo.

Qual a realidade que quer para si?


Em toda mente há um ideal; para cada situação, para
cada momento, para cada realização; os nossos sonhos são
retirados do nosso ideal. O que é o ideal? É a situação, o
momento, a realização que nos trará a satisfação pessoal.
Cada pessoal tem um ideal diferente, de acordo com as
suas próprias experiências. O meu ideal não é igual ao seu,
o seu não é igual ao do seu pai, nem ao do seu irmão,
mesmo que sejam gêmeos. Não há nada ridículo, nem
proibido, ou impossível, ideal é ideal, é particular e
intocável. Eu não quero o que você acha ideal e creio que
você também não quer o que eu acho ideal, nós somos
diferentes, somos únicos.
Não há, não pode na linguagem divina, a liberdade é a
sua maior conquista; este é um procedimento divino; você
tornou-se divino porque reconheceu os laços originais que o
ligam definitivamente ao seu Criador e assumiu a
identidade de Filho de Deus; recuperou os seus poderes e
fez com que o gênio em si mesmo se tornasse vivo
novamente. Já não será só você o responsável pelo
suprimento, mas terá ajuda do gênio para fazê-lo. Mais do
que o sustento ele está pronto para servi-lo e apoiá-lo em
vôos mais altos e em toda a sua ousadia.
Da experiência resultou o discernimento que lhe deu a
liberdade; as experiências se tornaram registros que agora
servem de filtros que me permitem separar entre o que
desejo e sonho o que me convém e o que não me convém.
Antes de ser realidade, todo sonho é possibilidade, e
sua forma pode ser definida pela sua imaginação e
pensamento; você, como Deus, cria pela palavra. A
ambigüidade é proposital - tanto você pode entender que
você é Deus, como pode entender que cria como Ele cria-.
Se você cria pela palavra, que arranjo deseja para si neste
momento? Quer recursos para garantir a sobrevivência?
Quer saúde? Quer dinheiro? Quer segurança? Quer status?
Quer paz?
Tudo está em disponibilidade em algum canto de sua
mente e pode ser transformado em realidade segundo um
processo eterno e imutável. Todas as pessoas se realizam
por ele, ninguém faz nada a não ser por ele; muitos são os
que o conhecem, mas a maioria o desconhece totalmente.
Embora atuem por ele, fazem-no às cegas e em marchas e
contra-marchas, fazendo e desmanchando, criando e
destruindo.
Todas as pessoas no mundo todo agem por ele; porém
são chamados os “bem sucedidos” aqueles que agem
conscientemente de sua existência, e, mal sucedidos os que
agem inconscientemente dele. Não conhecer a si mesmo,
não altera o seu funcionamento, conhecer a si mesmo dá-
lhe o completo domínio sobre ele; não crer que exista
processo, nada muda nele e ele continuará funcionando do
mesmo jeito. Ele não depende de que o conheça, mas é por
ele que tudo acontece, a diferença está em que,
conhecendo-o eu posso fazer o meu futuro, não
conhecendo, meu futuro será uma incógnita.
A idéia que se tem é que a vida é sempre um mistério
e que o futuro ninguém conhece; que Deus, lá de fora e de
longe a tudo vê e tudo comanda; ou que somos joguetes de
um destino, às vezes, ingrato, às vezes, perfeito. Ninguém,
contudo, veio ao mundo desprovido dos recursos para
prover a si mesmo e nem destituído do direito de ser feliz,
menos ainda impedido de alcançar e superar todos os
limites da própria imaginação.
Remontando à sua origem você se conhecerá melhor
e verá que você, como Walt Disney, como Henry Ford, como
Bill Gates, como Onassis, como Rockfeller, como qualquer
sumidade mundial, veio igualmente suprido com os mesmos
recursos para a realização da sua vida, e que eles
reconheceram na sua “bagagem para a vida” tudo o de que
precisavam para fazer o que fizeram e você nem viu que
tinha uma “bagagem”.
Todas as pessoas vieram à existência dotados de
todos os recursos com os quais poderiam e podem
solucionar a vida, e com ordem para fazê-la perfeita; você
pode não ter notado, mas sempre é tempo, ela continua aí
com você.

A bagagem para a vida

Antes de falarmos sobre a bagagem para a vida,


saiba: você foi criado para triunfar, para vencer todas as
adversidades, e, mais que isto, foi criado para construir a
realidade segundo o seu entendimento e desejo.

“Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à


imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e
multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a;”
Antigo Testamento

A bagagem para a vida lhe foi dada no ato da criação


para que com ela você estivesse apto para promover a sua
evolução; ao conhecê-la você mudará alguns dos seus
conceitos mais importantes e reconhecerá que em algum
tempo suas atitudes não foram coerentes com os propósitos
estabelecidos por você mesmo e que não observar
instruções e não observar os conhecimentos do gênio pode
ser de alto custo.
Eu sei que isto vai mudar o seu destino e muitos de
seus sentimentos serão modificados; uma parte do que
poderíamos chamar de “carga negativa” vai desaparecer de
sua vida depois do que, enfim, acho que você será uma
pessoa nova, com outra disposição e principalmente com
outra visão da vida.
Estamos ao mesmo tempo distantes e próximos
daquilo que podemos considerar como uma vida ideal;
explico: distantes porque apenas com o conhecimento que
temos e fazendo o que sempre temos feito, jamais
chegaremos à vida feliz como almejamos; e próximos
porque apenas alguns conhecimentos novos nos separam
dela.
A nossa história é mais ou menos assim: Sonhamos
com uma vida melhor, desejamos a auto-realização e
trabalhamos para adquirirmos os bens que nos garantam
um certo conforto; nem sempre as condições nos permitem
e prontamente vem o axioma: “nem tudo o que se quer se
pode”; o tempo passa e aos poucos os sonhos vão se
esvaindo e vão desaparecendo, entristecendo-nos o
semblante e endurecendo os nossos corações; triste rotina,
não? Para onde vão os nossos sonhos? Por que se vão?
Para muitas pessoas estas perguntas não têm
respostas, outras aceitam quando lhe é dito que “é a
vontade de Deus” e que “Deus sabe das coisas” ou que “se
assim aconteceu é porque assim é melhor”. Outros se
revoltam e optam por seguir caminhos tenebrosos e à
margem da lei, criando situações futuras piores e mais
decepcionantes que a situação anterior. Mas,
alguns, diferentemente do que parece ser a regra geral,
agem com vigor buscando com mais intensidade a quebra
desse paradigma, buscando uma mudança de vida,
conseguindo re-estabelecer em si mesmos a alegria pela
realização daquilo que sonharam. Qual será o mistério por
trás desta realização? O uso de recursos da mente,
mudança de pensamento. Conhecido o processo ou não, ela
é o fator de mudança no poder que temos de realizar as
coisas e que altera os resultados de qualquer pessoa.
As desculpas não nos dão a satisfação que o sonho
daria, então, a questão a meu ver, não é achar uma
justificativa, mas descobrir a causa provável de uma falha
que inviabilizou a realização. Pode-se dizer que as condições
financeiras não ajudaram, ou que faltou sorte, que o
governo atrapalhou com sua política econômica, mas nada
disso vai trazer o sonho para a realidade. Para o nosso bem
é preferível que conheçamos os nossos pontos fracos do
que procurar arranjar uma justificativa ou desculpa.
Interessantemente se tem observado que pessoas
com pouco dinheiro ou nenhum dinheiro, acabam por
realizar seus sonhos e chegam até a superar a sua meta
inicial de modo extraordinário, enquanto há outras pessoas
que mesmo possuindo muito dinheiro, vão à falência,
perdendo tudo o que tinham. A falta de dinheiro, como se
vê, não é a causa.
Muitas histórias nos dão conta de que pessoas sem
recurso nenhum, vendedores ambulantes e camelôs
conseguem transformar pequenos negócios, trabalho de
banca ou barraca, em redes de lojas; ou pequenas lojas em
super redes de centenas de lojas, eu sei que isto não é uma
regra geral, mas se é possível para um é possível para
qualquer um.
Nem mesmo a qualificação e a instrução são
indispensáveis para que sejamos bem sucedidos na vida,
ajudam sim, facilitam sim, mas pessoas não estudadas e
bem sucedidas atestam que são outros os fatores que
podem levar a isto. Também não é regra geral, mas se foi
possível a um é possível a qualquer um. Ser bem sucedido
ou mal sucedido está diretamente relacionado com atitudes
que parecem coincidir em qualquer caso.
Conheço uma pessoa que não tem nenhuma cultura e
que trabalhou tanto para sustentar a família, razoavelmente
grande, que não pôde estudar; no entanto, tinha idéias,
pensamentos e atitudes que o levavam ao sucesso. Suas
realizações são admiráveis e o que conseguiu foi muito
além de suas próprias expectativas. Ele sempre pensou
muito além das suas próprias possibilidades, nunca achou
que a falta de recursos era um obstáculo intransponível.
Chegou a ter dois supermercados e suas vendas eram
tão altas que chegou a pedir a Deus que diminuísse o
movimento do seu comércio porque não suportaria um
ritmo de trabalho como estava acontecendo. De fato, isto
aconteceu, conforme ele nos conta. Assim como conseguiu
ter os dois supermercados, também conseguiu reduzir o
ritmo de trabalho porque assim o desejou. Depois de certo
tempo e muito trabalho, ele decidiu que devia se desfazer
dos dois supermercados para ter tempo para se dedicar a
atividade filantrópica e foi o que fez. Novamente tudo
aconteceu como pensou e desejou.
As suas idéias estavam sempre à frente da realidade,
por isso imaginou um meio de criar recursos para a
instituição assistencial, fundando um clube do livro, que
depois expandiu para uma livraria e depois para uma
editora; Ele mais uma vez estava certo, como pensou se
fez; estas instituições sustentam todas as atividades
assistenciais que já existiam e ainda outras que criou
depois.
Quanto a si mesmo, suas idéias também o levaram a
ter vários imóveis de aluguel, que lhe dá renda suficiente
para viver tranqüilamente com a família, podendo dedicar-
se inteiramente à atividade filantrópica como esperava
fazer. Mais uma vez se confirma o processo de formação das
realidades: a vida(realidade) se molda ao que acreditamos e
desejamos(ideias-pensamentos) e para dar o formato que
corresponda às nossas ações.
Por outro lado, conheço também pessoas muito
qualificadas, que são cultas, graduadas e algumas até
possuindo mestrado e muitos cursos de especialização, mas
que não conseguem traduzir em realidade os seus desejos e
sonhos; elas vivem insatisfeitas consigo mesmas e
procuram compensar de alguma forma esse sentimento
íntimo de impotência diante da vida.
O que há em um, que não há, no outro? O que
diferencia essas pessoas? Certamente o modo como
pensam, que por conseqüência geram outros fatores,
favoráveis para os primeiros e desfavoráveis para os
demais.
A busca por respostas consistentes, preferencialmente
que tenham o apoio da ciência é o desejo comum das
pessoas, pois todos estão cansados de teorias e fórmulas
inconsistentes. O primeiro recurso de que lançaremos mão é
o apoio da psicologia. Porque é a ciência que mais se
aproxima dos elementos invisíveis com os quais estaremos
em permanente contato, como o pensamento, as idéias, as
crenças, os conceitos e a imaginação.
A psicologia confirma que quase todas as pessoas que
têm problemas estão presas num evento do passado ou em
fases da infância ou até em períodos intra-uterinos e
anteriores. Brian L. Weiss, psicólogo norte-americano, deu
uma importante contribuição para que as pessoas abrissem
suas mentes para realidades extra-físicas e localizadas no
tempo antes da realidade de hoje, seu livro “muitas Vidas,
Muitos Mestres” foi um grande sucesso de vendas em todo
o mundo.
Na década de 60 do século passado um outro
psicólogo norte-americano, Abraham Maslow criou uma
teoria que ficou conhecida como a pirâmide de Maslow, que
reformulou mais tarde e que no meio científico ficou sendo
então a “nova teoria Maslowniana”; ele procurou
estabelecer as prioridades humanas, definir o que faz com
que agimos. Da pirâmide, conservaram-se os mesmos
elementos, mas a ordem de prioridades mudou, pois ele
constatou que uma prioridade única se sobrepunha sobre as
outras: a sobrevivência, e que as demais em segundo plano,
variavam de importância de indivíduo para indivíduo,
conforme a seu status na sociedade. Ela ficou mais parecida
com um castiçal, veja:

O vazio que se vê no castiçal é, a meu ver, o que falta a


todos, o que nos empurra para cima para o nível da
felicidade; enquanto ainda tivermos por motivação
exclusiva a sobrevivência, outros fatores, muito importantes
para a nossa satisfação pessoal estarão em segundo plano.
Para migrarmos para o segundo nível, o primeiro precisará
estar “bem resolvido”.
Alguns comportamentos pessoais são extremamente
contrários e muito negativos quanto aos nossos interesses
pessoais e sua constância leva algumas pessoas a se
posicionaram muito próximas da linha de risco da própria
sobrevivência; são as pessoas que estão mais próximas
também do desespero e das atitudes extremas. A maioria
dessas pessoas está presa no seu passado cheio de
limitações e conflitos, nos quais estão as suas próprias
dificuldades.
Não há, contudo, nenhum caso insolúvel; todos
podemos criar as condições para uma mudança de vida,
que sempre esteve acessível a todos, independente de as
circunstâncias serem favoráveis ou não, e independente de
termos colaboração ou não. Todos os recursos para uma
mudança estão no próprio homem, em cada um deles e não
há ninguém que seja destituído deles. Se os outros podem
mudar a sua vida, crescer em conhecimento, progredir
materialmente, todos podem e qualquer um pode. A
máxima da tradição religiosa confirma que Deus não faz
distinção de pessoas e isso é uma verdade eterna e
imutável. Nossa atenção deve se concentrar nessa
realidade, nunca se esqueça disto.
Porque umas pessoas conseguem se realizar
materialmente, ter dinheiro, ter uma boa casa e outras
coisas e você não? Por que se admirar dos seus vizinhos
estarem sempre adquirindo coisas novas e caras e sentir-se
mal com a sua própria impotência diante da vida?
Quantas vezes nos admiramos pelas realizações de
algum vizinho que julgamos “menos capacitados” que nós?
Pensamos: “como eles conseguiram e eu não consigo?” ou,
“Não sei não...!”; essa reticência final indica que nossas
dúvidas nos levam até mesmo a pensar sobre uma provável
origem ilícita para o que conseguiram.
O que eles têm a mais que nós? Seriam os
conhecimentos gerais? As experiências pessoais? Ato
desonesto? Em nosso íntimo achamos injusto que nós, -tão
capacitados-, não tenhamos conseguido, e eles, sem
condição nenhuma, tenham conseguido, como é possível?
Dentre essas perguntas que nos fazemos, sempre
escolhemos uma resposta, com base no que sabemos a
respeito da pessoa, mas quase sempre estamos errados.
Seria a fé um fator de diferenciação? Seria a coragem para
arriscar, a ousadia, a causa? Atitudes à margem da lei? Sim,
todas as respostas são possibilidades; tudo é possível; o
certo, no entanto é que conseguiram e que nós, não.
Investigar, não os vizinhos, mas o que há conosco, o que
nos falta, essa é a única coisa a fazer.
Excluídas as idéias que estão à margem da lei, que
não podem ser solução definitiva para nenhuma questão e
que ao fim trazem maus retornos, as outras merecem a
nossa melhor atenção. Você se atualiza, ouve noticiários, lê
jornais, assiste programas que enriquecem a sua cultura, lê
livros, vai a palestras, isto o coloca na categoria dos que
têm conhecimento geral, e boa cultura, talvez maior que o
seu vizinho; então não é esta a resposta. Experiência
pessoal pelo que você sabe, você não tem muita, nem ele
talvez, é pouco provável que seja isto também.
O que resta então?
Restam os valores pouco considerados, mas que todos
tratam como questões privadas e que se reservam como
questão de foro íntimo; coisas que estão diretamente
ligadas com a nossa formação espiritual: “a fé”, “as
crenças”, “a baixa auto-estima” ou, quem sabe a falta de
ousadia para correr riscos. Será isto?
A minha opinião é que, um conjunto de elementos
importantes e não só uma coisa, faz a diferença, entre os
quais destaco: poder, fé, objetivo, leis e livre arbítrio; tudo
isto deve ser levado em conta quando se deseja algo e é a
isto que eu chamo de “bagagem para a vida”. Ela é formada
dessas 5 coisas:

CAPÍTULO 6

A BAGAGEM PARA A VIDA


1. um poder irrenunciável;
2. um dever inadiável;
3. um instrumento infalível;
4. um direito inalienável;
5. um objetivo inarredável.

Rei ou plebeu, como disse o rei Salomão, todos


entramos para a vida em igualdade de condições, com a
mesma bagagem de mão que todos entram, sem exceção,
uma bagagem do espírito; você tem, nela e por ela, todos
os recursos para solucionar todas as questões que surgirem
na sua vida; ela coloca ao seu alcance aquilo de que
necessita para garantir a sobrevivência, a segurança, o
afeto, a sustentação do ego e a auto-realização. Mais que
isto até, pode preencher o último nível de todos os seus
desejos, pode proporcionar-lhe a felicidade, um lugar ainda
vazio em sua vida.
A bagagem é o elemento divino dado para o seu
provimento e para a sua evolução, para que cumpra o
“crescei-vos e multiplicai-vos” que lhe foi determinado.

Qual é o poder?
Explicado pela sua origem, que diz que você foi feito à
imagem e semelhança de Deus e por Deus, o seu poder é o
poder de Deus –não o Deus de adoração- que fica por conta
da religião- esse Deus é o “gênio” dentro de si, o “eu
espírito”. É inegável que todo filho possui os mesmos
atributos que tem o seu pai o que os livros de todas as
religiões, tidos como sagrados confirmam, falando inclusive
da herança de seu reino. O poder de Deus, está em você,
sempre esteve, pois é o seu poder interior, é inerente a
você e imanente em você.
Você vive por causa dele, tem o que tem por causa
dele e é o que é por causa dele. Ele sempre atua de forma
invisível, mas sensível nas pequenas e nas grandes
realizações nas quais você o emprega, ainda que não o
reconheça ou que o desconheça.

“vós sois Deuses”


Jesus

Pessoas fazem fortunas, fazem misérias, fazem


milagres, fazem coisas comuns, constroem, destroem,
adoecem-se, curam-se, tudo isto, utilizando-se do próprio
poder, que usam sem saber e que às vezes evocam como
se estivesse fora, mas que induzem a agir porque dentro
está e a tudo ouve e vê.
Agimos, estejamos nós imbuídos de confiança ou não,
seja na providência divina, ou no poder dos santos de nossa
devoção, e é por isso que obtemos o que desejamos. Seja
qual for o objeto de nossos ideais, tudo vem a partir do
Deus interior, a imanência, cuja motivação é o seu desejo, o
seu sonho, a sua vontade. Esse poder é indestrutível e
inseparável de você, sempre esteve em você e jamais o
poderá deixar; ele eternamente acompanhará a sua
manifestação, pode ser pelo pensamento, pode ser pela
palavra pronunciada, pela palavra escrita ou pela sua ação.

Qual é o dever?
Uma condição mínima nos coloca em alinhamento
com o nosso poder interior, essa condição é agir segundo as
leis que regem a nossa natureza essencial; somos seres
espirituais e as leis espirituais são as leis com as quais
necessitamos nos alinhar. O que são as leis? As leis são as
regras a partir das quais as coisas funcionam, a partir das
quais as coisas se constituem, inclusive você. União,
Atração, Resultado, Retorno, Magnetismo, Fé, Tempo,
Energia etc. São elas que fazem com que você seja o que
você é, que tenha o que tem, que lhe dão a vida, que o
fazem adoecer e que trazem até você os resultados que
projeta, que justificam e agregam valor às suas palavras;
que regula o tempo, que faz com que tudo seja cíclico e que
nos faz mover em direção à evolução infinitamente.

Quais são as leis?


Na verdade, o amor não é uma lei, é um
mandamento, que pode ser adotado ou não, se fosse lei
seria imperativo, não ofereceria opção. A amor torna o
homem dotado de muito poder e com a capacidade de
atrair o melhor de todas as coisas; deixando ele, contudo de
amar, age de modo egoísta e segregacionista, aí sim entra
debaixo dos domínios da lei: qual é a lei? Causa e efeito.
Outro mandamento: - ser perfeito-, deveria servir de
bússola para nossas ações, pois teríamos o progresso como
meta permanente e não perderíamos a referência positiva
que deve pautar a nossa vida. Ao encerrar o sermão do
monte, Jesus disse: “sede perfeitos como vosso Pai Celeste
é perfeito”. Ser perfeito significa, buscar o melhor,
fazer o melhor, ser o melhor que se pode ser, acreditar no
melhor, dar o seu melhor, significa “elevar-se
permanentemente”, significa: “crescei-vos e multiplicai-
vos”. Deixando de fazer isto por qualquer razão você está
destinando-se ao sofrimento porque a lei, de causa e efeito,
está em você mesmo e não há como você se livrar dela.
Nunca haverá punição, pena, castigo; você não vai para o
inferno por não fazê-lo, o que acontecerá é apenas que de
tudo o que tiver origem em você, você terá um retorno
equivalente.
A lei está nas suas fibras íntimas, nos seus átomos e
em suas células, tudo o que existe está sujeito à evolução
de modo que “tentar parar a lei” é sujeitar-se à força
acumulada, é sujeitar-se às catástrofes, às grandes
tragédias e aos cataclismos. Ninguém pode deter o seu
próprio progresso sem determinar a si mesmo a experiência
dessas coisas. Ninguém pode contrariar a lei que existe em
si mesmo sem derrotar-se.
A lei, da qual está impregnado o espírito, realiza a
qualquer um de nós segundo a fé que tenhamos, conforme
as nossas ações, pois são elas que promovem o sucesso do
nosso movimento (pensar-falar e agir); seja qual for a
direção que dermos a eles, tenha eles a qualidade que tiver,
mesmo andando para trás nós estaremos “progredindo”
pois os sofrimentos, os fracassos, as decepções e as dores
são poderosos instrumentos de aprendizado e correção de
rumos e sempre nos tornam mais experientes e sábios.
“O amor é o melhor caminho para a perfeição”, nele
está o mais forte magnetismo com o que nos tornaremos
amplamente “recompensados” por nosso modo de ser.
Somente a busca de perfeição associada a uma ética
amorosa pode nos fazer plenos de felicidade. Toda causa
produz um efeito, toda ação produz uma reação, essa é a
lei.
“a cada um se dará segundo as suas obras”
Jesus

Qual é o instrumento para realizações?


A fé é o instrumento através do qual podemos “dominar
sobre a terra” – mundo material - e nos realizarmos em tudo
quanto queiramos. A fé não leva em conta a qualidade de
nossas escolhas; as escolhas são por nossa conta, ela
viabiliza que venhamos a ter, sem exceção, tudo aquilo que
acreditarmos que teremos. Acreditar significa mais do que
pensar e esperar, significa, desejar, cultivar a idéia,
participar, fazer, agir, envolver-se; o acreditar se converte
em “fé” com o “não duvidar” e com o “sentir que já possui”,
tão logo se deseje e acredite em algo.
É importante, não só sentir que já é seu o que deseja,
mas não duvidar de forma nenhuma, senão não será fé. A fé
nasce de se conhecer de onde vem o que se quer (do
consciente ou do inconsciente) e de saber que o que se
quer “já existe” na dimensão das energias (dos
pensamentos), onde habita o nosso “gênio interior”, e que,
quando é colocado em foco se torna “realidade” pelos meios
que a natureza indicar.

“Em verdade vos digo que qualquer que disser a este


monte: Ergue-te e lança-te no mar; e não duvidar em
seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz,
assim lhe será feito.
Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração,
crede que o recebereis, e tê-lo-eis.

“Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não


duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira,
mas até, se a este monte disserdes: Ergue-te e
lança-te no mar, isso será feito;
e tudo o que pedirdes na oração, crendo, recebereis.”
Jesus
Não veja a religião como uma obrigação ou devoção,
mas como um conhecimento transcendental, capaz de
elevá-lo à altura dos deuses; sinta que o que diz o
evangelho, expressando as palavras de Jesus não pretende
torná-lo exultante ou extasiado com a possibilidade de uma
salvação no fim dos tempos, mas que tenha poderes e que
viva por eles e viva bem, com abundância conforme ele
mesmo disse. Observe que ele fala, não das virtudes para a
salvação de alguém que quer se santificar, mas da
realidade de alguém que pode se tornar realizado e feliz.
A fé é a plena capacidade de mover suas próprias
energias internas, uma energia resultante da conexão e da
integração com o seu espírito-Deus interior, que aciona o
seu “gênio” e que o leva a produzir “milagres”: da
realização, da superação, da transformação, da evolução e
da cura etc.
Assim a fé é um instrumento infalível para quem a tem. Ela
cresce com o crescimento do nosso conhecimento de nós
mesmos; quanto mais você sabe de si e do seu campo de
ação mais você tem fé, mais sabe do que é capaz, mais está
ciente dos seus poderes e até onde pode chegar.

Qual é o direito?
Você está coberto pelas leis que o regem para fazer o
que quiser, esta é uma lei; associado a ela há outra lei que
diz: a cada escolha corresponde um resultado igual. Assim
você é realmente livre para escolher quando sabe que o que
vai escolher irá representar algo bom para você, antes disto
você é escravo do egoísmo e da dor. Se sua opção inclui
algo que contrarie o mandamento do amor, o resultado será
a dor. O que é “bem” ou “mal”, senão “escolhas”
convenientes e inconvenientes.
A liberdade de escolha, definir “como pensar-falar-ou
agir” é seu direito exclusivo, ele é inalienável; está no
espírito de Deus, do qual não se extingue jamais, portanto
nem Deus o tira de você. O que realmente é importante em
ser livre para pensar – falar e agir, é o fato de, por
conseqüência, sermos livres para, com estes instrumentos
de manifestação darmos origem à realidade material que
quisermos. Chama-se “Livre Arbítrio” à autonomia que lhe
foi dada para decidir os rumos de sua própria vida.

“Desde o princípio, Deus criou o homem e o entregou


ao poder de suas próprias decisões; se você quiser
observar os mandamentos, a sua fidelidade vai
depender da “boa vontade” que você mesmo tiver;
Ele pôs você diante do fogo e da água e você poderá
estender a mão para aquilo que quiser.
A vida e a morte estão diante dos homens e a cada
um será dado o que cada um escolher.”
Eclesiástico 15:14-17

As escolhas são fundamentais e decisivas para a


qualidade da vida que queremos ter; bons resultados estão
sempre conectados com boas escolhas o que se faz
exclusivamente com bons pensamentos; más realidades são
conseqüências de más escolhas, que são feitas com maus
pensamentos, com expectativas ruins, com medos e
dúvidas. Faça sempre escolhas que sejam coerentes com o
seu objetivo; o poder de escolher a vida, caminhos e
processos é um direito divino, que lhe pertence, pois você é
soberano sobre si mesmo na condução do seu destino e
para conduzir-se às experiências da vida em todas as suas
nuances.

Qual é o objetivo?
Independente do que pensamos a respeito ou do que
conhecemos sobre o assunto, ao fazermos a uma escolha
estaremos nos dirigindo para a realização do que pensamos,
nem sempre à felicidade. Para chegarmos à felicidade não
nos basta a realização material, ela nem sempre nos leva à
satisfação pessoal. Pode-se ser rico, ter boa saúde e ainda
assim ter um sentimento íntimo de faltar alguma coisa; a
todos os homens, inconscientemente está estabelecido um
objetivo, do qual não podem se distanciar jamais, pois tudo
o que fizeram, fazem ou farão os levará a ele: o auto-
conhecimento, ou conhecimento de Deus.
Nada do tipo, eu me conheço, sei que sou calmo,
tranqüilo, sereno, inteligente; mas do tipo: eu sou um
espírito, uma alma, conheço os meus poderes; sei como
dirigir a minha própria vida etc. Saber quem é, sua origem e
destino, como se formou e como crescer enquanto natureza
espiritual e divina.
Todos os nossos males, sem exceção, derivam de
ignorarmos a natureza do nosso ser em toda a sua
integridade, de não compreendermos a importância não só
do que se vê, mas do que não se vê também, e de perceber
sem nunca esquecer que há algo além do corpo, a alma,
que precisa atenção. Conhecer a si mesmo é descortinar o
véu sobre a própria realidade, é compreender toda a
dinâmica por meio do qual processamos a formação das
realidades da vida. É perceber-se além e acima das
circunstâncias e estar em condições de gerir o seu próprio
destino.

“Te advirto, seja tu quem fores!


Oh! Tu que desejas sondar os arcanos da natureza,
que se não achas dentro de ti mesmo aquilo que
buscas,
tão pouco poderás achar fora.
Se tu ignoras as excelências de tua própria casa,
como pretendes encontrar outras excelências?
Em ti está oculto o Tesouros dos tesouros.
Oh! Homem! Conhece a ti mesmo e conhecerás
o universo e os Deuses...”
Templo de Delfos –Grécia

Existe uma infinidade de outras possibilidades para a


sua vida, que não se restringe absolutamente ao que é
agora; suas escolhas são fundamentais e sua vontade
indispensável para formular outras metas e conseguir
outros resultados. A vida deve ser vivida com o sentimento
da importância de sua auto-realização e satisfação pessoal,
outros sentimentos indicam a necessidade de mudanças.
Porque sempre esperamos de fora, porque separamos
uma coisa inseparável, o que Deus ajuntou, corpo e espírito,
é que perdemos as esperanças e até mesmo n’Ele nossa fé
se reduziu. Ao saber que o gênio é Deus, e que habita o seu
corpo, e que é inseparável de você, porque não são dois,
mas um só, você recupera não só o comando da sua vida,
mas amplia a sua visão de fraternidade, de amor ao
próximo e pode perfeitamente compreender o que é “amor
a Deus”. A partir disto pode refazer todo o seu destino,
voltando a viver plenamente de acordo com os objetivos
divinos que aguardam que você a eles se dirija.
Embora lá fora haja variação das estações do ano que
nos mostra o ciclo do tempo, na eterna sucessão entre
primavera, verão, outono e inverno, dentro de você, em sua
mente você poder sustentar a eterna primavera. A visão
que você tem da vida, depende do seu grau de
compreensão de si mesmo, único status que lhe dá acesso a
Deus e a liberdade total para criar e recriar todos os
cenários para a sua própria experiência.
Você já sabe criar a terra, a vida e a morte, agora
chegou o momento de você criar o céu, o paraíso e o Éden,
simbolizando a sua felicidade, a satisfação de viver em
plenitude e pode fazê-lo de modo consciente, de propósito.
Há pessoas que vivem em permanente inverno, como há as
que vivem em eterno outono, mas há igualmente a
possibilidade de viverem o pleno verão ou a primavera, e
terem sempre flores e frutos bons para desfrutar, o mesmo
se aplica a você.
Pensamentos negativos, do tipo: eu gostaria de ter
um carro, mas não posso; meu sonho é ter uma casa, mas
quem sou eu? Ou quando alguém perguntar: “como vai”? e
você diz: na luta meu filho, na luta; essas são ideias
profundamente acreditadas que se tornam a sua realidade;
daí surge o mau humor e desencadeia todas as situações
para que esta seja a sua vida. O que você pensa? O que
espera da vida? Sabe o que eu penso? Pense sempre no
melhor, não espere nada da vida, faça você mesmo, crie a
realidade pelo pensamento porque esse é o único caminho
para onde você quer chegar.
Um pensamento livre, reflete a vontade de Deus
(interior) e se torna um decreto irrevogável; nele estará o
Seu poder Supremo e infalível, está é uma razão
indeclinável para que você creia em suas possibilidades,
sejam quais forem os seus desejos. Tudo o que fizer deve
estar sob a luz do desejo universal do progresso, seus
pensamentos não podem contrariar essa polaridade positiva
pois será contrário aos “desígnios de Deus” (dentro de
você) e servindo de força contrária (demônios-tentação-
conflitos) e dividindo o seu reino –separando interior e
exterior- um reino dividido contra si mesmo não pode
“subsistir” diz a bíblia.

Uma história de vida real


Há alguns anos me mudei para um bairro mais
distante e aí conheci uma pessoa; uma pessoa de bem,
honesta e trabalhadora, com quem acabei fazendo amizade;
tudo começou quando ele abriu uma pequena mercearia
perto de casa e logo no primeiro dia em que abriu as portas
do seu comércio eu fui visitá-lo e lhe disse: “Olha Sr Jair eu
vim aqui para lhe desejar sucesso neste seu negócio, espero
que prospere e que permaneça por muitos anos; a sua
mercearia é muito útil a todos aqui da vizinhança e quero
ser seu cliente por longo tempo; embora saiba que seus
preços são ótimos, pouco me importo com preço, pois
valorizo a comodidade de ter um comércio perto de casa.
A conversa foi boa e pareceu animá-lo mais ainda.
Por algum tempo, os primeiros anos o negócio foi de
vento em popa e ele começou uma ampliação do prédio
onde estava a mercearia, fazendo mais dois apartamentos
em cima. Sua alegria era total, podia-se ver em seu
semblante a felicidade pelo seu sucesso. Sempre que eu ia
à sua mercearia o via de bom humor e bem falante; ele
sempre me perguntava, como vão as coisas tio? Muito
dinheiro? Correspondendo à sua brincadeira eu respondia
sempre: “muito dinheiro e pouco serviço”, e ele ria
gostosamente. De fato, era visível a sua prosperidade pelo
seu crescimento e rapidamente ele ampliou o número de
itens que comercializava, e vivia empolgado.
Com o passar do tempo, surgiu o desgaste natural
decorrente dos relacionamentos, nem sempre bem
cuidados, e as influências negativas, decorrentes do contato
diário com pessoas negativas. Atento aos noticiários esteve
por todo o tempo sob o choque permanente de notícias
ruins da TV que sempre falavam de corrupção, entre outras
coisas e comecei a perceber uma predominância negativa
em suas palavras, certamente reflexo de seus
pensamentos.
Notei que ele estava menos alegre e seu otimismo era
menor. Com pouco tempo essa mudança de humor se viu
refletida nos negócios e ao encontrá-lo eu perguntava?
Como vão as coisas Sr. Jair? E o ouvia dizer: “é tio, as coisas
estão pretas”, outras vezes dizia: “bom, bom mesmo, não
está não”. E perguntava a mim como eu estava sempre
repetindo o meu “chavão” –Muito dinheiro e pouco serviço-?
Eu confirmava - isso mesmo-, Muito dinheiro e pouco
serviço; seu riso já não era tão espontâneo como antes,
achei que isto já o incomodava um pouco e por isso parei de
falar daquele modo com ele, não queria parecer indiferente
ao seu estado de apreensão.
Sete ou oito anos já haviam se passado, os dois
últimos anos foram “só de queixas” e de comentários contra
a política do governo a quem xingava e culpava pela “fraco
comércio”; suas palavras passaram da queixa à revolta. Não
deu outra, suas palavras no final eram estas: “não dá para
continuar, todo mês é prejuízo, cada vez estou vendendo
menos, estou trabalhando como escravo e pagando para
trabalhar”. Até que um dia ele me disse: “vou fechar”.
Sempre que o ouvia falar “a coisa tá preta” eu lhe
dizia, olha bem o que o senhor está falando, a palavra tem
poder, o que a gente acredita se torna realidade. Bem, isto
de fato aconteceu, é um fato, ele fechou a mercearia. O
tempo foi minha testemunha de que as palavras dele se
tornaram realidade; assim acontece com todos nós.
Afaste imediatamente todo pensamento negativo, crie
mentalmente a imagem do quer e não pense naquilo que
tem medo de que aconteça, o gênio vê o que está na mente
e faz acontecer. Para que fique claro –Ele faz acontecer o
que você teme, pois é o que está na sua mente. A mente é
maleável e se amolda à imagem que você criar, o gênio vê
a sua criação e lhe dá “vida” física para que você tenha a
satisfação de usufruir de sua própria criação mental.
Pensamentos passageiros e superficiais não
representam perigo, pensamos nas coisas que observamos,
mas apenas de passagem, ao mudar a cena mudamos os
pensamentos. É a continuidade, o pensamento recorrente
que se constitui no provimento do gênio para criar
realidades. O que você tem certeza ou teme muito e que
não sai do pensamento, é isto que se torna realidade. O que
lhe causa um sentimento bom ou ruim, isso é o que acredita
que vai acontecer e que acontecerá.

Tenha nos sentimentos uma referência


A insatisfação pessoal é um dos piores sentimentos
que podemos ter; muitas e muitas vezes eu me senti
profundamente insatisfeito comigo mesmo, achando-me
incompetente para resolver meus problemas e para suprir a
vida. O sentimento de impotência diante das situações
fazia-me crer que tudo era inútil e a onda negativa trazia a
mim outros acontecimentos ruins. Ainda não senti nada pior
que isto, nem vivi fase pior em minha vida. Eu sei que
muitas pessoas estão insatisfeitas consigo próprias, pois
não conseguem realizar seus desejos, por mais
insignificantes que sejam, ou por não conseguirem mudar
os rumos de sua vida. Esse sentimento é a referência de
que você tem algo para mudar e a razão para que busque
novas experiências que lhe tragam o que deseja.
Os bons pensamentos são atestados pelo bom humor
pessoal, pela sua alegria, pela garra, pelo entusiasmo e pela
satisfação íntima que experimenta. É o que confirma que
você está em perfeito alinhamento com o que espera que
lhe aconteça, é a certeza do futuro que virá; o seu gênio lhe
transmite isso através do sentimento bom.
Coloque imediatamente em sua mente tudo de bom
que seja capaz de pensar e imaginar; mostre ao seu gênio o
que o tornará feliz, essa será a sua realidade na qual ele se
empenhará. O papel dele depende do que você determinar:
se lhe der uma espada ele o destruirá; se lhe der uma
enxada ele se torna lavrador, se lhe fizer um pedido ele se
torna o santo milagreiro, se lhe der um pensamento de
doença ele lhe dará a doença; é você quem lhe dá a função
segundo a orientação mental que lhe passa, ele é
“maleável” e não distingue o bom e o ruim, o bem do mal.
O seu desejo de ser feliz é uma ordem sobre a qual
ele baterá o carimbo da aprovação, o seu temor de ser
infeliz é também uma ordem que será do mesmo modo
carimbada com o carimbo da aprovação.
Asseguro-lhe que você está diante de um modelo
universal, de origem transcendente e infalível que foi
apropriado por uns poucos em todo o mundo e que se
tornaram donos de quase tudo. Não é possível separar o
auto-conhecimento do seu melhor aproveitamento pessoal,
pois este decorre daquele; também não pode haver razão
mais fundamental que conhecer-se a si mesmo se os seus
propósitos são de tornar-se melhor em qualquer segmento
da vida. Tanto terá melhor de si mesmo, quanto mais se
conhecer, assim como um relojoeiro suíço que obtém a
máxima precisão do que fabrica porque conhece
profundamente os mecanismos que fazem o melhor relógio.
Dê a si mesmo e à sua vida a precisão suíça,
proporcionando a si mesmo o funcionamento perfeito e
infalível de todos os seus “mecanismos”, conheça o
“processo de fabricação de realidades” nos seus mínimos
detalhes e você saberá que tudo o que fizer será “de uma
precisão” matemática. Sabendo o origem de tudo você pode
trabalhar com os detalhes de cada realidade, que sairá do
campo do invisível –o seu conhecimento- com a precisão de
um relojoeiro suíço e funcionará como um relógio suíço,
funcionando no mais elevado padrão de precisão e
perfeição, conforme o seu ideal com o qual sonhou.
Em minhas palestras faço questão de frisar bem a
origem de todas as realidades e mostrar que tudo começa
com a palavra e procuro tornar visível às pessoas a
seqüência que seguem do conhecimento à realidade.
Acompanhando o que ensina a tradição me faço mais
familiar a todas as pessoas.
“No início era o verbo” (a palavra) > in – forma – ação
“e o verbo era Deus” (o poder era a palavra)
“e o verbo se fez carne” (ação de dar vida através
transformação da palavra em corpo e em realidade)
“habitou entre nós” (tornou-se nossa realidade)

No princípio de tudo está a “Informação”, o


conhecimento, sem forma , mas contido do poder inerente –
energia-, que depois de ganhar forma no pensamento, nas
idéias, nos sonhos e desejos – motivação-, e depois vira
ação e se torna realidade material.

A palavra é fonte de toda realidade


Quando não queremos mais alguma coisa, nela não
devemos pensar mais, caso contrário ela sempre estará
conosco em nossos pensamentos, habilitando-se para
tornar-se a nossa realidade física. A mente deve ser
ocupada com a realidade desejada, pois o que estiver
presente em seus pensamentos é que vai receber o carimbo
– “APROVADO ” .
O verbo tem mais poder que qualquer outra palavra,
para o verbo converge a força e o poder de Deus (o seu
gênio interior); por exemplo: se você tem um desejo
negativo do tipo – “não quero ser pobre”, quais são os
verbos que serão potencializados? –Quero e ser- ligados à
palavra complementar que é “pobre” indicando a situação
futura que será viabilizada, porque é a que está na mente.
Verdadeiramente a mente entenderá: “Quero ser pobre”; a
natureza espiritual é 100% positiva, não interpreta, lê ou
distingue nada negativo, Deus é 100% positivo, o seu gênio
é Deus.
A realização confirma o que sente, que “é pobre”; o
certo é você pensar “eu sou rico” e afirmar e procurar sentir
as delícias que isto pode lhe representar: a mente não
distingue uma situação que está implantada na sua
realidade, ela vê pensamentos e para ela pensamento é a
própria realidade a ser carimbada “APROVADO ” . E é isto
que terá.

Que fique bem claro:


Pensamento bo m > gera sentimento bom > que
gera bom ambiente interno bom –bem estar - harmonia –
saúde – bom-humor- tranqüilidade – raciocínio claro –
dinamismo – coragem etc.
Pensamento ruim > gera sentimento ruim > que
gera ambiente interno ruim – mal-estar - mau humor –
desastre – tragédia –catástrofe – acidente – pessimismo –
raciocínio confuso – desânimo – medo etc.
Palavra boa > gera bom relacionamento > que gera
–cooperação – amizade – compartilhamento – solidariedade
- - alegria e boa convivência etc.
Palavra ruim > gera mau relacionamento > que gera
– falta de cooperação –inimizade – egoísmo – tristeza – má
convivência etc.
Ação boa > gera bom resultado – bom retorno – lucro
– crescimento – riqueza – fidelidade – interesse e sucesso
etc.
Ação ruim > gera mau resultado – mau retorno –
prejuízo – infidelidade – desinteresse – fracasso – falência
etc.

Há uma diferença entre –resultado e retorno- porque


com qualquer ação mesmo equivocada e ruim se pode
alcançar algum resultado que gere satisfação imediata,
como ganho, ou posse ilícita, mas a lei do retorno promove
o re-equilíbrio natural produzindo a ação de efeito e direção
contrários.

As razões acima, onde se vê claramente a palavra


apresentada em três dimensões -níveis diferentes de
energia-, eletromagnética (pensamento), sonora (palavra) e
força de trabalho (ação), sendo utilizada em três para
produzir “construções de realidades” interna e externa,
podendo serem vistas como “matéria-prima” das realidades
possíveis. Vendo assim fica fácil identificarmos nossos
enganos mais comuns na formação de eventos,
relacionamentos e realidades materiais.
Supondo sejam nossos pensamentos “tijolos” da
construção da saúde, não me será possível construir
“saúde” com tijolos da doença, ânimo com tijolos do
desânimo, sucesso com tijolos do fracasso, pensamento não
é só “a forma” de uma possível realidade é “energia da
própria realidade”, assim a energia do fracasso não formará
sucesso, formará fracasso, energia da pobreza não constrói
riqueza, só a pobreza e vice versa.
Quando você pensa em um carro, por exemplo, você
aciona mentalmente uma imagem que é identificada por
aquela palavra, tanto a palavra contém energia como a
imagem, esta, porém, é mais forte ainda porque envolve os
nossos sentimentos e tem uma maior proximidade com a
própria realidade; a imagem é a palavra transformada
naquilo que ela identifica, é o seu segundo estágio.
A imagem do carro gera uma sequência de outras
imagens do seu uso e essas funcionam internamente
produzindo em você os mesmos sentimentos que teria
andando realmente naquele carro. Na imaginação ou na
realidade os sentimentos são os mesmos. As imagens do
uso o transportam para um terceiro estágio da palavra, o
sentimento. O sentimento estimula a descarga hormonal
exatamente como o faria diante da própria realidade física;
a imaginação é uma forma “espiritual de se experimentar a
própria realidade”, para o seu gênio é a realidade. E o
sentimento que ela gera se converte em sua “motivação”
para dar-lhe consistência material.
As razões explicadas acima esclarecem como são as
“respostas da vida” em todos os níveis de relacionamento
que mantemos:
1. conosco
2. com os outros
3. com as coisas materiais
4. com Deus e o seu poder
5. com as leis que regem todas as relações.
Todas as experiências são boas, pois trazem sempre
algum aprendizado bom, contudo as suas necessidades
fundamentais de paciência, tolerância, de amor ao próximo,
de amor a Deus todas foram satisfeitas, daqui para a frente
é só praticar. Resta agora viver, que é o que mais ansiamos.
Viver bem, usufruir as delícias de um paraíso mal
aproveitado pela falta de conhecimentos específicos quanto
à realização que ainda não aprendemos. A nossa relação
com o mundo material tem sido muito prejudicada pela
anterioridade da necessidade de aprender aquelas coisas,
abre-se, no entanto neste momento uma porta na dimensão
superior, onde a felicidade é real e tudo o mais é disponível.
O que foi, foi, é do passado e não precisa ser mais.
Podemos simplesmente viver, sermos ricos, ter a casa
convenientemente suprida, ter saúde perfeita, passear
bastante, ser alegres sem reservas e tudo o mais que
pensarmos de bom. Dinheiro não é ruim, realização material
não é ruim, riqueza é bem para a livre expressão do seu ser,
possuir muitos bens é bom.
Ser rico, conhecendo a si mesmo é obrigação, é
ordem divina e atende o mandamento do “crescei-vos e
multiplicai-vos”; sem conhecer a si mesmo, no entanto, leva
a ações equivocadas, ao egoísmo, à avareza e à
discriminação, o que de fato isto não é bom. Quando você
está ciente do mandamento do amor, reconhece o outro
como o seu “próximo” e se sente com ele ligado
fraternalmente pela paternidade comum, pela origem
divina, a riqueza passa a ser uma ordem superior a ser
cumprida. Referendada por Jesus, essa verdade é a “nova
boa nova”, suas palavras foram: “sede perfeitos como vosso
pai celeste é perfeito”.
Não é possível separar-se do mundo material ou não
teria vivido nenhuma experiência, o mundo material é
essencialmente um mundo experimental. Não é possível ser
caridoso sem ter recursos, não é possível ser feliz, passando
fome, não se pode ter alegria com o corpo doente; precisa-
se de dinheiro para tudo. Dinheiro é energia, tem origem na
palavra, tem também o poder em si, é energia com a qual
se produz realidade; é canal para a manifestação do seu
Deus interior. Sem ele nada se faz. A evolução se faz com
dinheiro e com conhecimento; ambos nos proporcionam as
experiências com as quais desenvolvemos a nossa
consciência e aprimoramos nossos sentimentos.
Vejo como ofensa a Deus, que se queira excluir da
experiência humana, todas as coisas boas da vida, inclusive
o dinheiro, tentando amaldiçoá-lo; isso é ofensa grave e
violação da lei do progresso, contrário à evolução e ao
direito à felicidade. Informações como estas vêm de um
passado que deve ser ignorado, que merece ser desprezado
e definitivamente descartado, porque nós evoluímos quanto
à moral e à ética, razão porque o dinheiro não nos servirá
mais como instrumento da vingança, de discriminação e de
soberba, mas para finalidades mais sublimes como a
caridade e a cooperação, para o amor e para a união.
Tudo o que for de natureza positiva e que estiver
relacionado com o “crescei-vos e multiplicai-vos”, que nos
coloque na rota estabelecida por Deus, de perfeição e
progresso, deve se constituir no mote de nossas diretrizes,
deve permanecer conosco; tudo o que não corresponde ao
mandamento da perfeição não é de Deus e não pode,
portanto conduzir ao céu, nem à salvação e menos ainda à
felicidade.
Queira tudo o que tem direito, não se acanhe, nem se
restrinja, pense sempre em mais e no melhor, pois Jesus nos
incentiva a fazê-lo dizendo que “a quem tem mais ainda se
dará e ao que pensa que não tem, até o pouco que pensa se
tirará”. Por isso sonhe alto, seja ousado, não seja tímido em
suas pretensões e nem na fé.
Você, não só pode, como deve, buscar o que o faça
satisfeito; a sua satisfação pessoal é o desejo de Deus, faça-
o sem o sentimento de culpa, sem temor e sem pensar que
pode estar tirando dos outros. Absolutamente não é isso o
que acontecerá, pois cada um tem o seu próprio manancial
(consciente e inconsciente) onde existem todas as palavras
com a energia de Deus, prontas para serem tornadas
realidades.

CAPÍTULO 7

APROVADO

O seu manancial é só seu, o dos outros é dos outros,


cada um tem o seu próprio e, se você não requisitar o que
lhe é de direito outro também não poderá usar o que é só
seu. A sua parte na vida é fazer-se feliz, a dos outros é fazer
o mesmo a si próprios. A sua felicidade está em fazer o bem
em todos os momentos e realizar-se como quiser, com o
aval de Deus que baterá o carimbo: “APROVADO ” , em
tudo o que acreditar.
O mau pensamento a meu próprio respeito é uma
distribuição de energias ruins que faço por todo o meu
corpo; afeta diretamente minhas células causando-lhes
alterações no funcionamento e, além disto causa redução
do meu potencial de ação em qualquer iniciativa. O bom
pensamento, ao contrário estimula o funcionamento de todo
o meu corpo que responderá com mais ânimo e vigor
crescendo em saúde e potencial para agir.
As ondas que vibram a partir do que penso são
sensíveis a outras pessoas e a minha simples presença e
semblante revelam o que eu realmente penso sobre mim;
possíveis faltas de habilidade, a sensação de
incompetência, se revelam na insegurança ou em
compensações que me tornam “extrovertido” além da
conta, falante além do normal ou dotado de certa
arrogância na tentativa de convencer os outros pela
exaltação de nossas prováveis qualidades.
Eu me revelo diante dos examinadores quando vou
tirar a carta de habilitação, nas entrevistas para vagas de
emprego, ou quando tenho contato direto com o público. A
palavra que vem sem “a verdade” é frívola e vazia, não é
capaz de convencer e de se fazer acreditada. Posso ter
habilidade para argumentar, mas não terei energia para
inspirar confiança. Todas as pessoas possuem esse
“sentimento” que lhe permite detectar “as falsidades” ou
“mentiras”, embora às vezes ignorem isto.
Como exemplo podemos citar o caso que certamente
você já vivenciou de estar em uma fila de banco e você
estando com pressa, acha que o caixa é muito devagar;
imediatamente percebe que a fila do lado está menor e
passa para ela; logo em seguida a fila para a qual você
passou sofre uma paralisação total e a pessoa que estava
atrás de você na outra fila, é atendida antes de você.
Ou em outro caso em que você chega numa
repartição pública já com uma “prevenção” contra os
funcionários públicos que acha que são desinteressados e
que não trabalham; verá para sua tristeza que embora se
veja diante de pessoa boa e que trabalha, ela naquele
momento vai sair por alguma razão e vai passar o seu
atendimento para outra que de fato estará desinteressada
em atendê-lo.
Ao julgar uma pessoa ela passa a comportar-se de
acordo com o seu julgamento. O que você “emana” é o seu
poder moral, que abre caminhos, ou cria obstáculos de
acordo com o seu teor (veja fig abaixo )
Atitude que pode ajudar: primeiro não pense mal de
uma pessoa antes de falar com ela, pense, ao contrário
alguma coisa boa, seja sincero, ela será como você pensar
que é. Não pense que ela é assim com todos, ela age com
cada um respondendo às vibrações que recebe. Poucas são
as pessoas que possuem uma energia tão superior que não
se afetam com o julgamento dos outros, esta agira com
educação e fineza independente do seu julgamento.
A sua verdade é a que você disser que é, mesmo
quando se referir a outra pessoa. Mas especialmente quanto
a você, se pensar que é pobre, enquanto pensar assim será
e não há nada que possa mudar isto. Se pensar que está
doente, ou que é doente, consolidará a doença e fixando-a
em você. Se achar que não é capaz, tem razão não será
capaz; se pensar o contrário, que é capaz, tem razão
também será capaz. Assim como você “ordenar” ela se
tornará.
Jamais se diminua, nunca se desvalorize, não pense
nas faltas de competências e habilidades porque ao fazê-lo
você acrescenta mais energia às estas carências e as faz
mais fortes até que elas o imobilizem completamente.
Pense sempre naquilo que em que tem habilidade, no que é
competente e torne-se cada vez mais potente nas suas
habilidades e competências e automaticamente
aumentarão a sua auto-estima e a sua auto-confiança.
Por muitos anos eu pensei: não estou gostando da
redação que estou dando para o meu livro, não consigo
encontrar uma argumentação satisfatória. Com este
pensamento eu sempre ia na direção de um
desenvolvimento que não me agradava. Eu mesmo estava
produzindo esta realidade para mim e a minha mente
correspondia ao que eu pensava. Um dia acordei, pensei
comigo mesmo: “como posso esperar ter uma redação
perfeita com o pensamento de que não consigo a redação
perfeita”?
Mudei o foco, e obtive melhores resultados, a mente
começou a fluir de maneira mais livre e desembaraçada.
O foco deve ser dirigido à verdade desejada: deve-se
dizer - eu sou hábil, sou competente para fazer isso- tenho
excelentes idéias”. Faça de conta que está implantando um
“chip” em sua cabeça e que nele há tudo quanto é formula
perfeita para todas as coisas e veja a diferença dos seus
resultados a partir desta atitude. É assim que nos tornamos
algo que achamos que não somos, que passamos a ter algo
que não temos e a poder o que antes pensávamos que não
podíamos.
Você é tudo –é corpo- mente e espírito-. Visto de outro
modo: você é –matéria, energia e poder; ou: você é –
homem-conhecimento e Deus-. Sob o seu comando estão as
três potências do universo.
Pela “palavra” você é; por ela você cria; e, por ela dá
a forma a tudo e chama tudo à existência. Esse tudo é a
vida –é o sonho e é a realidade. Você nada seria sem a
palavra, nada se fez sem ela e por ela tudo se fez.

Como mudar o ambiente em casa ou no trabalho


Até aqui você tem convivido com os problemas dentro
de casa, ou é o esposo que não age como você desejaria, ou
é um filho ou filha que não se comportam como esperava
que se comportasse; igualmente pode estar vivendo
situação semelhante no trabalho, onde um colega ou um
chefe agem contra você ou seus interesses.
A atitude comum é pensarmos na pessoa de modo
“ruim”, fazer um julgamento mental ou até verbal mesmo
dizendo em alto e bom som o defeito que ele tem. Você
sempre fala do que não gosta na pessoa dele, jamais fala
alguma coisa boa a seu respeito. Tratando-se de energia a
palavra “negativa” tem essa energia e tem um destino
certo, a pessoa de quem você fala; e o defeito que acha que
ele tem será crescido de mais energia toda vez que falar ou
pensar.
Se disser, referindo-se ao seu marido: o “José” não
tem jeito, todo santo dia ele tem que beber com os amigos
e eu fico aqui sozinha ou: meu filho passa o dia todo vendo
televisão ou jogando videogame, você dirá o que é um fato
e ao fazê-lo você está fornecendo energia para que este
fato permaneça; está “botando lenha na fogueira” que quer
apagar, está incrementando a realidade que quer desfazer.
Se continuar a agir assim, vai chegar o dia em que dirá:
“não tem jeito –desisto” esse daí jamais vai mudar.
Falando do esposo, você de fato está renovando todos
os dias a plantação da mesma semente, e vai ter um futuro
no qual colherá sempre o mesmo fruto, eternizando o
círculo vicioso.
Quer mudar –criando um círculo virtuoso-?
Atitude a ser tomada: -pense nele como gostaria que
fosse; por exemplo: imagine-se saindo com ele, indo ao
cinema, ou ao teatro ou ao lugar que você quer, ou até
mesmo pense nele sentado no sofá com você conversando
alegremente sobre o casal ou sobre a família, qualquer
assunto que não seja “negativo”. Essa semente, igual à
primeira, nasce, cresce e se desenvolve dando frutos,
melhores que a outra semente.
Ao fazer isto, você envolverá todo um círculo de
pessoas e coincidências de situações que promoverão essa
mudança de comportamento nele e ele se tornará como
imaginou. A seu poder interior produzirá isto para que você
ao fim, tenha razão no que acreditou.
Quanto ao seu filho, deve receber de você outro tipo
de pensamento-semente também; você deve pensar no
modelo que gostaria de ver nele, como gostaria que ele se
tornasse –dinâmico –alegre – feliz – saudável-, o que quiser
enfim e essa árvore dará os frutos assim como espera. Do
círculo vicioso ao virtuoso se vai pela via do bom
pensamento, da imaginação fértil e qualificada. Sinta o seu
poder e glorifique-se a si mesma.
O que você achar melhor você poderá ter. Pensar no
que vê é solidificar o que já é; pensar no que quer é criar
outra realidade. Faça o seu futuro, agora de modo
consciente, porque você já o tem feito, de modo
inconsciente.
Reflita sobre as frases que tantas vezes ouvimos:
-Eu não falei?
Eu já sabia...!
Eu sabia que estava com a razão!
Eu tinha Certeza de que isto ia acontecer!

O que você espera se torna, para que você esteja


certo, para que tenha razão, tudo é feito para confirmá-lo no
que acredita; o universo se rearranja para validar suas
crenças, e não é só isso que você é capaz não, você é capaz
de coisas maiores que estas.
“ Se creres, não só fareis o que fiz a essa figueira,
mas farás coisas maiores que estas”
Jesus

Quem fala mal está com a razão; quem fala bem


também está; a pessoa se comporta com cada um conforme
o que dela cada um pensa. Não se combate fogo com fogo;
fogo se combate com água. Ninguém faz a água suja tornar-
se limpa sem despejar nela água limpa; se jogar barro ela
ficará ainda mais suja. Não se combate o mal que há nas
outras pessoas falando mal delas, o mal tem como antídoto
a boa palavra.

Sintonia e aproximação
Nossos relacionamentos se estendem às entidades
superiores às quais damos os mais diversos nomes: -Santo-
espírito –Deus – Jesus – Anjo da Guarda etc. Nossas crenças
não são infundadas; essas entidades de fato existem e
podemos estar em sintonia com elas que podem nos ajudar
com intuições e idéias nos momentos em que nossas forças
forem insuficientes para uma superação qualquer.
Sempre se dará o seu contato com essas energias
pela via do pensamento, que pode tomar a forma de uma
oração ou coisa semelhante; nesse momento, ao pensarmos
coisas sublimes, ao buscarmos contatos elevados, nossos
pensamentos se tornam sutis e superiores e como tudo na
natureza que é mais leve que o ar, tende a elevar-se nas
alturas criando a partir de um ponto em nossas cabeças a
forma de um cone que se abre para o alto parecendo um
“funil” pelo qual virão intuições e boas idéias.
O pensamento negativo, ou maléfico é, ao contrário
uma energia densa que tende a descer e formar um cone na
direção dos nosso pés. A figura abaixo mostra com clareza o
que acontece nessas duas situações; você num contato
superior se sentirá aliviado e animado para solucionar seja
qual for o problema; na outra situação se sentirá como que
sem qualquer visão, se sentirá totalmente “bloqueado” e
ainda que tudo esteja bem à sua mão, não conseguirá
enxergar uma saída.
A oração é de fato uma conexão que canaliza boas
energias para o nosso corpo, para o nosso lar, para o
ambiente de trabalho e para a natureza que reage
prontamente à nossa cooperação. Os lamentos,
xingamentos e pensamentos ruins, são venenos para o
nosso ar, são sujeira para a nossa natureza e causa de
doenças de toda ordem, de modo que as nossas escolhas
devem ser a que melhor atenda aos nossos interesses.
A sintonia entre você e seu gênio é fundamental
porque o torna muito próximo dele, lhe dá acesso fácil aos
seus poderes e o coloca na frente, em posição de destaque
na vida. O processo de realização, em sua continuidade irá
requerer o aporte de recursos que não possui, a cooperação
de pessoas que não conhece e a formação de circunstâncias
que ainda não existem. Esse é o papel dele que lhe fará
conhecer as pessoas, atuará na formação das circunstâncias
e promoverá as coincidências que o levarão a ter as
“condições de fazer” para que não se perca o seu sonho.
O universo tende a favorecê-lo e tudo tende a tomar a
forma dos seus sonhos do mesmo modo como você
“acreditou e previu em seus pensamentos”; isto só não
acontecerá se você entrar em conflito interno e criar uma
guerra de pensamentos contrários, se negligenciar ações ou
se mudar de pensamento. Negar, temer, achar que não
pode, que não é possível porque não tem dinheiro- é entrar
em conflito interno e liquida com suas energias realizadoras.
Omitir-se nas ações que surgem como indispensáveis e
negligenciar atenção às oportunidades claras é poder
contrário à realização.
Faça a parte que lhe compete fazer e confie no poder
que está por trás de sua vontade, existe aí uma parte que
você não conhece e na qual se concentram recursos
inimagináveis. Percebendo que há algo a fazer que esteja ao
seu alcance e que tenha relação com o seu desejo, faça; ao
fim, esteja certo, haverá a materialização da realidade
mental.
A sua participação é importante, pois toda realidade é
fruto de uma cooperação que deve existir entre você e a
sua natureza divina interior. Em alguns momentos ela
espera você agir; em outros, você terá que esperar que ela
faça a parte dela. Procure ver tudo o que se relaciona
depende de você, distinga o que está ao seu alcance fazer,
ela não faz o que você pode fazer por si mesmo, mas
remaneja as circunstâncias para que tudo se torne propício
à sua ação. A ele compete providenciar tudo o que falta,
inclusive recursos financeiros.
Para que o processo criador se torne ininterrupto há
que haver sintonia entre você e ele, que depende muito de
você, assim como você também dependerá dele. Você cria,
ele age, você age ele continua e assim vão acontecendo as
coisas até a sua conclusão. Numa mesma realização é
preciso saber ver os sinais para agir e os sinais para esperar
enquanto ele faz a parte dele, que é sempre a mais difícil.

“Quando a criatura humana desperta para um


grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua
alma, todo o Universo conspira a seu favor”
Goethe

Por que os grandes filósofos e pessoas de expressão


mundial afirmam certas coisas? De onde tiraram o
conhecimento do que querem transmitir? É preciso pensar.
Suas descobertas, realizações e conhecimentos bem como o
fato de tornarem-se pessoas de expressão mundial -
unanimemente reconhecidas- certamente é um “aval” de
credibilidade para as suas palavras.
A
realização de sonhos é reconhecidamente possível para
Goethe e para Shakespeare de quem copiamos o seguinte:

“a realidade é feita da mesma matéria que os sonhos



-E de Jesus, que disse:
“as palavras que eu digo, são alimento e vida ” ou
“é por suas palavras que sereis justificados ou
condenados ” .

Sob tal autoridade fica difícil não aceitarmos que a


semente de toda realidade é a palavra; ela lhe servirá como
“alimento e vida”, como também poderá servir como
“alimento para a morte” – pode ser de vida em abundância,
como disse Jesus, ou pode ser causa de “doenças e
sofrimentos”:

“ Porque do coração procedem os maus


pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição,
furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.”
Jesus

Podemos trocar o nome de Aladim, para o seu nome,


e ver se a história será igual ou diferente da dele, se é
apenas ficção ou o quê que há de realidade por trás dessa
ficção.
O que brota do seu coração, como disse Jesus, se
torna sua realidade viva, que é capaz de crescer e de dar
frutos. Os poderes interiores por Ele anunciados me faz
pensar que a sua palavra é a semente que você semeia na
terra fértil da sua mente e lhe dá vida; e que uma vez
plantada, se desenvolve mesmo enquanto você dorme e se
levanta; e mesmo quando nada vê, pensando que tudo não
passou de um sonho; que morreu; ela está viva e você
continua agindo sobre ela no invisível universo da sua
mente. No nível sub-consciente energias estão em plena
atividade, vivificando o seu pensamento, a sua crença ou o
seu desejo. Acredite, como semente ele sofrerá as mutações
para dar frutos.
O seu gênio interior age sobre o seu desejo, como a
terra age sobre a semente, nenhum dos dois jamais falhou
naquilo que fazem. Por um tempo, em ambos os casos, será
produzida a transformação necessária para que nasça,
cresça, produza flores e depois frutos, seja da sua
imaginação, seja da árvore.

Você tem livre arbítrio


Nesse contexto, onde energias e vontades interagem
para produzir realização, há um profundo respeito à sua
individualidade, e às competências de cada um; na escolha,
você tem a preferência e o poder de decisão. O poder
interior irá corresponder sempre ao que você decidir, ele,
mais que um cooperador assume as suas razões e jamais
interfere nas suas escolhas - sejam elas quais forem.
Desde o princípio ele atua sobre o seu desejo, jamais
se ouviu falar que ele se sentisse pressionado pela razão,
pela moral ou por sua qualidade; como servidor supremo,
ele vê a sua vontade como uma lei, que compreende como
seu direito inalienável. Escolher e ter, ser ou viver a
experiência que quer é questão pessoal e intransferível.
Antecipadamente o que escolher já está carimbado por ele:

“APROVADO”

São muitas as evidências que o gênio não atua


exclusivamente por intermédio de quem tem qualificação ou
boa formação; aproveita-se da cultura, serve-se dela, mas
atua também por quem não tem cultura alguma. Ele utiliza
o que está disponível na mente, que pode ser
verdadeiramente um bom tesouro ou um mau tesouro.
Pensamentos bons são “bom tesouro”; pensamentos ruins
são “mau tesouro.
A formação das ideias é um acontecimento natural,
qualquer que seja a situação sugerida por uma delas será
objeto de elaboração e transformação em realidade. Elas
podem conter boas ou más realidades, podem ser formadas
de melhores pensamentos tanto quanto de piores, eles
serão executados sem “mas”, nem “porquês”,
independentemente de sua qualidade.
A sua satisfação ou insatisfação inevitavelmente
estará atrelada à sua escolha, pois a sua realidade terá a
qualidade e a forma que pensou. A sua qualificação moral é
a qualificação da sua vida.
Pode-se igualmente notar que o gênio não está
absolutamente preocupado com a sua preferência religiosa,
qual seja a cor da tua pele, ou a sua nacionalidade. Ele só lê
pensamentos e só faz o que vê. Assim ele faz o que você faz
e desfaz o que você desfaz.

“tudo o que ligares na terra, terá sido ligado nos


céus; tudo o que desligares na terra, terá sido
desligado nos céus;”
Jesus

Todos têm acesso a ele, mas não podem ter nada


senão aquilo em que pensam de modo persistente, que é
aquilo em que crêem de fato. Cada pessoa revela o que crê
pelo modo como pensa continuamente porque assim
também age. Fazer e desfazer sonhos não é agradável a
ninguém, todos gostariam de ver os seus realizados. A
maior dificuldade que têm é não conhecer o processo da
realização e não terem exatamente a certeza do que
querem. Tem o que quer, quem tem certeza do que quer e
não arreda pé dos seus sonhos.
Às vezes damos contra-ordens para o gênio, e ele é
pronto e atender o seu “último desejo”, ainda que ele seja
uma “revogação” do seu mais ardente e desejado sonho.
Fidelidade a você é um princípio imutável na sua
personalidade, essa é a sua lei.
O seu gênio é assim como um “Deus particular” que
você tem; ele só sabe fazer o que sempre fez, confirmar
você como um juramento que não pode ser quebrar. Ele é o
seu “amo eterno”, esse é o seu único papel, realizá-lo
naquilo que você manifesta em seus pensamentos. A
infalibilidade é outra de suas características, jamais você
terá de que se queixar, pois ele está sempre atento ao que
pensa, e, ao menor sinal de dúvida ele “aguarda”. Tal como
uma sombra, se você se levanta ele se levanta, se você cai
ele cai junto, se anda ele vai; se fica, ele fica. Ele o
acompanha até mesmo na sua volubilidade e na fé
negativa.
Ele jamais foi ou será infiel a você e nunca falhou,
você tem tudo o que pensou que teria, alcançou o que
acreditou que podia alcançar e possui tudo o que imaginou
possuir. Pequenas ou grandes coisas, todas se tornaram
realizações pessoais porque esse é o poder do seu gênio,
fazê-lo realizado. Não pense que houve coisas que não
queria que acontecessem, mas que aconteceram, tudo o
que pensou ele fez acontecer, pensar é a questão – o
pensamento é única realidade a ser realizada. Quem pensa
no que não gostaria que acontecesse, vê acontecer o que
pensa.
A neutralidade de suas ações revela a independência
de suas intenções e a pureza de suas realizações. O gênio
que você tem em si não é bom nem mau, ele é só fiel e
infalível na realização dos seus pensamentos. Ele é sempre
“sim” para tudo, justamente para dar a você conforme você
acredita, como pensa e conforme as suas ações. Você é, e
sempre será, “herdeiro” de seus pensares e dos seus
saberes retirará o seu alimento e a sua vida. Você terá por
escudo a própria lei e por lei a própria ética, da qual herdará
um poder: o de atrair coisas.
Você é herdeiro do universo dos seus pensamentos,
na sua mente você transitar livremente e escolher o que
deseja sem restrições, para onde forem os seus
pensamentos irá também a sua vida. Ninguém pode
conduzir os seus pensamentos, somente você poder dar-
lhes a forma e a qualidade, porque isto é tarefa
intransferível que compete a você.
Tudo que faz parte de você, como acontece como os
seus conhecimentos, lhe pertence; o “seu gênio” não pode
negar-lhe o que já é seu, como também não pode mudar a
sua “escolha”.
“Dotado de juízo próprio, ao homem foi dado o
direito de escolher, entre a água e o fogo, a vida e a
morte, os bens e os males; o que ele escolher, lhe
será dado”
Antigo testamento
Nesse campo, que é a sua mente, você é o único
comandante, é o supremo ser, é Deus e rei de um universo
onde todas as coisas estão vivas, são reais, ainda que
temporariamente invisíveis, podem se tornar visíveis e
táteis. Não há nada que você não possa pensar e crer, nada
lhe é interdito. Você pode pensar em muito dinheiro, em
riqueza, em mansão, avião, carro, como pode pensar em
dificuldade, problema, falta de dinheiro, doença, perigo,
favela, bicicleta ou, seja lá o que for, porque de tudo o que
“nesse vastíssimo campo mental” há um universo de coisas
entre as quais você pode escolher livremente a que quer e o
que escolher lhe será dado.
Tudo lhe é possível, pois tudo é possível ao que crê,
mas dentre aquilo que você crê é certo que há coisas que
não lhe convém.

Embora pareça uma utopia o que há aqui é uma


simbologia revelando o processo da realização dos desejos
por intermédio do “gênio da lâmpada”, que na verdade
pode ser visto como uma referência à nossa realidade como
“espírito”, onde se alojam, em todo ser humano os recursos
para a sua auto-realização.
Também é notável a visão que nos transmite de um
universo em franca “disponibilidade”, pleno da capacidade
de se rearranjar em novas formas para realizar os desejos
do “amo”, que nesse caso é você mesmo.
A célebre frase: “o seu desejo é uma ordem”,
pronunciada pelo “gênio” representa uma pronta
capacidade de resolução da vida e suas questões a partir de
um único ponto: “o seu desejo”.
A idéia central de que “o seu desejo” é uma ordem de
realização, ganha a realidade e ao chegar até você, brinda-o
com a oportunidade de se ver entre os “realizados” pelo
poder interior e entre os felizes senhores de um reino todo
particular, o seu próprio reino.
Indo direto ao ponto que é a realização pessoal,
nossas prioridades recaem sobre o conhecimento da vida,
dentro do quê se inclui o domínio de processos e métodos
de ação que possam de fato representar uma alteração de
resultados que eleve as condições de nossa experiência
pessoal para um nível de excelência, que tanto desejamos.
A sua auto-satisfação é a meta, o conhecimento dos
mestres é o caminho, a mudança de pensamentos e
atitudes é a solução e a vontade de mudar a sua única
razão. Você vai ver desaparecer a situação que não quer,
conquistar a que quer e vai ser feliz, eu garanto.

Magnetismo:

"A maior descoberta da minha geração foi que o ser


humano pode alterar sua vida mudando a atitude
mental”.
William James

William James, aos 10 anos falava nada menos que


10 idiomas, era realmente alguém muito especial. William
Shakespeare foi e continua sendo o maior dramaturgo da
humanidade, suas peças são atuais até hoje e serão
eternamente, por elas ele deu o seu recado ao mundo de
modo a perenizar o conhecimento do segredo da vida.
Muitas são as evidências que nos levam a aceitar
que temos efetiva participação e responsabilidade nos
acontecimentos que compõem o nosso dia a dia e que
podemos interferir na formação dos fatos dando a eles e
à vida mais qualidade e que por conseqüência recebamos
como retorno, mais prazer e alegria. A partir de nós
mesmos podemos manipular palavras, através do
pensamento e com elas minimizar os sofrimentos,
eliminar o stress, otimizar a saúde e criar situações de
sucesso, do que decorrerão naturalmente a abundância e
o bem estar.
Não pode haver razão maior da minha parte para
ter escrito este livro e para que você o leia.

Resultado e Recompensa
Uma das coisas mais óbvias da vida humana é que tudo o
que uma pessoa faz tem por objetivo, explícito ou velado,
obter para si algum resultado favorável e colher dele um ou
mais dentre os elementos de interesse comum: paz, alegria,
satisfação, saúde, conforto e segurança. Todos buscam o
“sabor da vida”, aquilo que lhe dê graça, tempero e que a
faça valer a pena. O que sempre se espera é o “bom sabor”.
Resultados são decorrências naturais das ações e sempre
que agimos, eles vêem conforme o esperado, fazendo
melhor o momento e causando alguma satisfação. No
entanto, além do resultado em toda ação está implícito o
movimento da natureza em uma certa direção, atuando
sobre alguma coisa o que o subordina à lei natural e
infalível que diz: “a cada ação corresponde uma outra em
sentido contrário de igual intensidade” (está é a 3ª Lei de
Newton- física).
O resultado imediato pode ser satisfatório, mas a ação
requerida para a sua obtenção pode não ter sido a mais
indicada. De acordo com a lei é certo que minha ação
retornará a mim, e pode ser, que o impacto em mim seja
maior do que eu possa suportar, por esta razão, um
segundo momento deve ser levado em conta e deve
influenciar minhas ações: quando minha ação voltar ficarei
satisfeito, contente, feliz? Se a resposta for sim, ótimo, aja e
aguarde, pois além do resultado haverá uma pessoa
fazendo o mesmo a você.
Quando ela vier eu poderei formar minhas convicções
e ter certeza se minhas ações são boas ou não. Eu sei que
toda ação me dá um “feedback” permitindo-me sentir em
mim tudo aquilo que faço e, a partir dessa informação eu
posso fazer correções se forem necessárias.
Não há método mais eficaz para que possamos definir
se o retorno compensa o resultado senão o de sentir o efeito
da ação praticada na própria carne. A avaliação inteligente
a ser feita de sua ação é se a recompensa contida no
resultado compensa o retorno a ser experimentado.
Minha vida é que melhor atesta a qualidade das minhas
ações, pois tudo o que me acontece tem origem no que
faço. Investigando a fonte do que faço, encontro o que
penso, no que penso estão meus conceitos, minhas crenças
e no fundo está o universo dos meus conhecimentos
formando um “conteúdo mental”, raiz de todos os meus
bens e males.
Eu sou o autor da vida e da minha realidade, tudo que vem
a mim, vem a partir de minhas escolhas; de dentro da
minha mente, onde está o meu conhecimento, a partir do
qual escolho o que acho será melhor para solucionar a
questão do meu momento e dar a mim o melhor resultado,
mas quase sempre me esqueço do retorno. Sempre há
retorno. Ter bons resultados primariamente, não significa ter
bons retornos e, se pode garantir alguma satisfação inicial,
pode também representar muita infelicidade depois.
A felicidade está diretamente relacionada com o que você
pensa, com o que acredita, e com as leis às quais estamos
submetidos, se houver prática de uma ação e nela houver
alinhamento com estes elementos você a terá, caso
contrário, ainda que tenha alguma satisfação de curto
prazo, o resultado verdadeiro será a perda daquilo que
conquistou e a infelicidade.
Daí surgem as questões fundamentais para todo
aquele que de algum modo não está satisfeito com o seu
estado atual e que pretende de alguma forma fazer um
futuro melhor ou diferente, servindo-se das experiências do
passado que quer descartar e de modelos de ações que não
quer mais adotar.
O que fazer?
Como fazer?
E por que fazer?

Como um sinal dos tempos, presença invisível e quase


sempre ignorada, o terceiro milênio é um marco histórico e
expressivo quanto à natureza espiritual dos homens, o que
deixa no ar um sentimento de mistério mexendo com o
imaginário das pessoas. Para uns traz um sentimento bom,
enquanto para outros, uma expectativa ansiosa de “final
dos tempos e apocalipse”.
Elementos do cotidiano estão perdendo valor e
importância e valores novos estão invadindo e ocupando
espaços cada vez mais ostensivamente em nossas vidas.
Está visível que o modelo de gestão pessoal do futuro será
outro e tomará dimensões jamais imaginadas, onde a
mente humana assumirá posição de destaque, na formação
de realidades.
O futuro, até aqui deixado por conta das
circunstâncias e do acaso, será objeto de estudos e o seu
gerenciamento será uma atividade indispensável. Todos
estão hoje mais receptivos às idéias de que é pela mente
que fazemos a vida acontecer. Já se pode considerar que em
todo contexto, a mente começa a receber uma atenção
especial porque nela se vislumbra uma importante fonte de
recursos e poderes inexplorados pelo homem.
Certas evidências nos dão, desse modo, uma nítida
sensação de que este momento não será nada comparável
com o que temos visto até agora e que ele não representa
em absoluto a continuação de um mesmo tempo, mas o
limiar de uma nova era.
Dentro da visão de um ideal de futuro, o homem tem,
sentimentos reais de que, neste terceiro milênio poderá
alcançar uma qualidade de vida superior e realizar-se de
modo mais satisfatório em todos os sentidos. Paralelamente
ao avanço da ciência e ao progresso tecnológico, estudos
importantes estão sendo desenvolvidos no campo do
pensamento e da mente humana sendo visíveis os
resultados do emprego de energia mental como fontes de
comando a substituir o impulso elétrico dos controles
remotos.
A mente é algo fascinante e portentoso, a oferecer-
nos uma proposta de conquista do mais desconhecido dos
universos: o universo interior.
De onde retiramos a vida, seus fatos e
acontecimentos, podemos certamente retirar as riquezas e
tudo o que nos pode tornar felizes. Nesse ponto, prenuncia-
se a chegada de um momento de grande transformação
individual com a qual se dará um salto de qualidade na vida
pessoal, jamais obtido.
Um novo roteiro na produção de realidades faz da
mente não mais uma fonte abstrata de possibilidades
desconhecidas, mas uma rica e extraordinária fonte de
recursos tangíveis, tornando o ambiente interno
infinitamente superior em importância ao ambiente e às
condições externas, até aqui a única fonte de arrecadação
de recursos e meios de se suprir a vida. A efetiva realização
dos sonhos deixará de causar expectativa e ansiedade e
não mais será razão de frustrações e tristezas.
Uma nova perspectiva de produção de realidades,
tendo como instrumento o pensamento e como fonte de
recursos a nossa mente, que pode ser vista como fonte
inesgotável e ilimitada, em função de sua expansibilidade
que teria o poder de transportar o homem da terra ao céu,
visto aqui como um estado de felicidade pessoal, antes
pertencente ao rol das utopias.
Atuamos na formação de todas as realidades,
inclusive dos suprimentos para as nossas necessidades e
desejos, como se fôssemos máquinas especializadas. Ante a
exuberância dessa capacidade percebe-se que há uma
subutilização que pode ser vista como um grande
desperdício de potencial. Tal como acontece quando
utilizamos um grande computador apenas com a função de
digitar textos.
Assim, ao fazermos essa comparação, percebemos
que, a exemplo do computador, para o qual o software é de
grande importância e que caracteriza a sua “capacidade”,
com o homem é a mesma coisa; seu limite está dentro
daquilo que ele conhece. Em relação à visão da vida
concentrada apenas nos aspectos materiais, a cultura e a
capacitação profissional são instrumentos importantes para
a sua realização. Esse conhecimento pode ser adquirido por
pacotes-programas, mas são extremamente voláteis em
decorrência da velocidade com que a tecnologia se supera.
Esses pacotes são de curta duração exigindo
constantes atualizações. Pela mente, entramos para a era
da “capacidade projetiva”, que retira recursos não só da
mente consciente, mas do inconsciente e do conhecimento
universal, permitindo que uma só pessoa possa realizar “um
número incalculável” de combinações, que lhe darão as
mais amplas possibilidades de realização que seja capaz de
imaginar.
As energias internas, pouco exploradas, serão “a nova
força produtiva” e serão absolutas e dominantes, tornando-
se fonte inesgotável de “matéria prima” para a formação de
futuros.
Não serão dispensados, nem a ação nem o raciocínio,
mas eles terão por suporte, outros instrumentos de
avaliação antes de serem postos no campo prático: a
intuição e a imaginação, que passarão a serem mais
utilizadas, por serem efetivamente melhores produtores de
realidades. A antevisão da realidade contém a propriedade
de magnetizar a matéria para a sua transformação, sendo
por isso um instrumento de grande poder.
A aplicação do conhecimento já existente e uma
utilização mais intensa do pensamento, não mais como
forma de elaborar idéias e indicar caminhos. A vida nos
concede ideias que são “pacotes-programas” elaborados
por nós, mas podemos ir mais longe considerando que há
em nós um estoque infinito e ilimitado de possibilidades.
Buscando mais e o melhor teremos mais eficiência e
produziremos realidades em tempo bem menor, do que pelo
método tradicional.

CAPÍTULO 8

AS ENERGIAS DOS PENSAMENTOS

O pensamento, como importante fonte de emanação


de “impulsos elétricos”, está sendo descoberto, não só
como grande força produtiva, mas também como um
grande instrumento de atuação na aplicação do nosso poder
interior. Essa ciência tem sido objeto de destaque na
imprensa e isso tem facilitado a conexão com os grandes
ensinamentos do Mestre Jesus, o maior entre todos os
orientadores a respeito do poder das palavras.
Ganhando, como ganhou, destaque na mídia nacional
e internacional, ganha também mais força para ser objeto
de estudo e comprovação como “algo realmente
importante” como de fato é. Dos laboratórios virão o aval e
a confirmação de que essas energias são realmente fontes
originais de poder e riqueza e não serão mais consideradas
como objeto de mera especulação esotérica.
Fica claro que há algo mais sutil em nossa natureza,
fazendo a diferença entre as pessoas, além dos fatores
externos já conhecidos. E que este “algo mais” se destaca
por movimentos, sendo visível que a atitude individual o
comanda e com ele altera o curso dos acontecimentos e da
realidade. O pensamento, podendo ser reconhecido como
fonte das ações, há de ser agente importante na diferença
de resultados, o que nos leva a supor que isto possa se
constituir no elemento que leva a diferenças sócio-
econômicas, embora sejam admitidas outras hipóteses. De
resto, vale compreender que os velhos valores estão com a
sua data de validade vencida e essas diferenças estão com
o seu tempo esgotado.
Cria-se em algumas mentes a sensação de uma
mudança só comparável à chegada do homem à era da
razão. Abrem-se portas para novas práticas que valorizam o
conteúdo mental e recursos antes vistos apenas como
“esotéricos” ou “espirituais”, mas que nada mais são do
que poderes internos e capacidades naturais, emergindo do
desconhecido “eu” para a própria realidade.
Formação técnica e capacitação pessoal, não são mais
elementos exclusivos a definirem o sucesso e a riqueza das
pessoas. Um domínio dos recursos do interior, onde há
capacidade de sobra, propiciará a recondução do homem a
patamares dignos de sua natureza original, perdida no
tempo. Dotado originalmente de recursos ilimitados e poder
incomensurável, o homem, desconhecedor de si mesmo,
mendiga a existência.
É chegado o tempo, em que o homem vai ressurgir
das cinzas, como uma “ressurreição” do terceiro dia, em que
sai do corpo físico para tomar posse do “céu” (a mente) e
realizar toda a produção de futuros a partir de eventos
programados e conscientes. Experimentaremos o poder de
Deus, nossa realidade particular, antes apenas uma
experiência virtual, e poderemos assumir o comando do
nosso universo real.
Grandiosa era, cuja transição já se acha em
andamento, em que intuição, projeção mental, fé, e sonho,
não são mais simples complementos da natureza humana,
mas elementos de frente, forças recorríveis de nosso ser.
O tempo por si mesmo, como se os números falassem
alguma coisa a respeito da eternidade e de nossa realidade
mais profunda. Misteriosamente sentimos haver em nossa
mente mais espaços para conhecimentos e experiências
além das linhas da concretude dos fatos. Talvez ela nos
revele ter chegado o momento de uma ampliação da
consciência, para além dos limites conhecidos como
“realidade”, até a área, ainda virgem, do nosso ser, que
temos chamado de “inconsciente”, supostamente maior e
dotado de mais recursos.
Seria esta a união entre o “Deus”, até aqui uma
“entidade” apenas virtual em nossas consciências e o
homem? Seria este o ato de nos fazermos “um com Ele”,
como proclamou o Cristo? O renascer para uma “dimensão
maior” de nossa própria realidade?
Nosso inconsciente, abriga o acervo de todo o
conhecimento humano, de todos os tempos. Ele nada mais
é do que o nosso campo de energias “in natura”, estado em
que as energias ainda não se condensaram em “realidade”,
e que ainda não assumiram uma forma, no campo do
pensamento. É dali que retiramos a matéria prima, com a
qual vamos formar no pensamento, o que queremos, esses
são, portanto, os recursos “ainda não disponíveis” no campo
das realidades, mas possibilidades de se tornarem.
Sentimos haver um estoque ilimitado dessas
“matérias primas de possíveis realidades”, oferecendo aos
nossos íntimos sentimentos uma perspectiva de vida ainda
não alcançada.
E, inconscientemente nos sentimos mais disponíveis
para incursões dentro desse campo virgem de nossa
realidade para fazermos aquisições de futuro e produzirmos
o que “chamamos de milagre da vida”, em novas bases.
Essa é, sem dúvida alguma, uma nova realidade da
capacidade individual do homem, cuja divindade, virtual e
hipotética, se torna real e epistêmica.
Ao observamos o que somos e o que temos, não
podemos ignorar que eles representam as nossas próprias
construções que se fizeram permeadas de todas as nossas
crenças, com limites e restrições assim como recebemos na
nossa formação. Certamente que o presente, conseqüência
de sua aplicação prática, não correspondeu às nossas
expectativas e não foi, aquilo que poderíamos chamar de
encantador.
No misterioso ar desse “enigmático” terceiro milênio,
há algo a nos dizer que o futuro pode ser melhor;
incomparavelmente melhor do que o passado e o presente
têm sido. Indica-nos que, além da educação e da
especialização, que sempre foram as responsáveis pela
viabilização de nosso progresso, o movimento de minhas
energias interiores, são instrumentos mais qualificados para
a realização dos meus sonhos. E que isto pode ser e deve
ser encarado como obra de nosso envolvimento particular,
dentro de conhecimentos “do que eu sou”. A utilização de
energias pessoais e naturais, de modo organizado e em
sincronia como o tempo é peça chave na transformação do
cenário da vida, pessoal e coletivo. Nossas próprias palavras
são instrumentos de grande relevância na fabricação de
futuros.
Nessa nova era, pensamentos são “braços e mãos”,
mente é o “corpo” e conteúdo “mental” matéria prima de
toda construção individual ou coletiva; vontade é energia
mobilizadora, e ser Deus é opção, definida nos
relacionamentos com a lei e com o universo que nos
circunda. Idéias e sonhos nascem como formações
instantâneas e lúdicas, no mundo interno para fluir em atos
e fatos à “em plena disponibilidade” conforme o desejo do
sonhador.
Se há um propósito, está dada a largada, na corrida
da realidade, o universo sai do pensamento em direção à
realidade a partir de tiro de largada: o seu desejo. Uma
ansiosa sensação diante da possibilidade da exploração
interna desse desconhecido “eu”, cria uma empolgação
íntima e uma esperança inexplicável. A intuição nos diz que
há um poder infinito e nos dá uma nesga de sua
perspectiva, revelando também a imensidão do universo e
do todo que forma a vida. Há mais, tanto na vida,
quanto no universo, do que pensamos e tudo se acha à
espera de alguém para tomar posse. Pode-se entrever que o
“eu”, seja a vida e o universo em questão, um imenso
manancial de tudo, disponível e maleável, obediente e
pronto, para atender as demandas de uma mente que se
ampliou na visão de si mesma e do cosmo onde vive.
Quem está sem rumo, sinta que há um rumo; e ele aponta
para dentro de nós. Para quem sabe aonde quer chegar,
mas não sabe para onde ir, essa é também a direção. Um
novo movimento, desta vez revolucionando o seu interior
poderá levá-lo um futuro conhecido, calculado e pré-
determinado, por você.
A incerteza, advém do desconhecimento de si mesmo
e de suas possibilidades, que esperamos diluir na luz do seu
auto-conhecimento. A eliminação da “incerteza”, com o
estabelecimento da certeza, mudará a sua vida, e de
milhões de pessoas e criará a era.
Acredite, há mais recursos em disponibilidade em
você do que imagina e bem maiores são as suas
possibilidades de alcançar os seus sonhos do que pensa.
Nenhum mistério há, mas segredo sim, porque apesar da
disponibilidade incontestável, as condições pessoais para
enxergá-las, em primeiro lugar e, para operá-las em
segundo lugar, precisam ser construídas em nós e por nós.
Nada impossível ou quase impossível, é fácil até, mas exige
o desenvolvimento de “compreensões” e conceitos, retidos
em nós em formatos inadequados e bloqueadores.
Removendo-se alguns dogmas e eliminando crenças não
verdadeiras, a verdade aparece cristalina como água de
fonte a refletir os aspectos do céu.
Bem compreendido o mecanismo, você verá que o
seu gerenciamento é simples e pode ser feito com mínimo
esforço, nos moldes do universo que tudo realiza com
esforço zero. A adequação das condições, feita com
disciplina, chega a surpreender, pela facilidade. Notável é,
na verdade, a invisibilidade de que se dotam estas leis de
realização, pois mesmo estando em todo lugar, não se
fazem inteligíveis a qualquer um, tornando-se, quase
sempre, apenas adornos religiosos.
Utilizamos como instrumento de devoção e adoração
os textos chamados de sagrados, todavia eles são manuais
de realização, abundância, progresso e riqueza, além de
mostrarem como se pode ter saúde plena, segurança total e
paz interior.
Para que possamos compreender algo é preciso que
antes tenhamos conhecimentos específicos sobre ele, regra
que se aplica também às verdades da vida que alguém
pode já enxergar enquanto outro ainda não. Quem se
habilita para vê-la, esse a vê, outros não.
Saiba, com apoio da ciência, o que você é e como se
movimenta em direção ao futuro e deixe de ser a maior
vítima de si mesmo, sendo o construtor de sua própria
realidade.
Se você sabe aonde quer chegar, resta-lhe, decidir o dia, e
começar a caminhar. Aonde quer que você vá, seus
pensamentos vão primeiro. Eles marcarão, com a tinta
indelével da realidade, todos os pontos de possibilidade,
fincando em cada um a bandeira da conquista, seja do que
for, em seu nome. Eles te darão uma amostra de
sentimento e uma prévia da alegria, tornando inconfundível
o seu caminho e inabalável a sua fé.

A VISÃO DA FELICIDADE

Embora possamos desconhecer, na vida e nas ações


do homem estão embutidos propósitos que visam levá-lo à
plenitude, dentro do que se inclui a felicidade. Muitos
enganos e decepções têm servido para aumentar a
descrença das pessoas em suas possibilidades e
capacidades, fazendo cair a auto-estima. Outras razões
importantes que fecundam a mente sobre a felicidade,
caem por terra diante de acontecimentos violentos que
surgem no cenário de nossas experiências, dando-nos uma
amarga sensação de vulnerabilidade e de total impotência
ante a vida. Poucos momentos de alegria se alternam com
muitos momentos de apreensão, fazendo-nos imaginar que
a felicidade não existe e que, se existir, está muito distante
de nós.
O universo nos apresenta, contudo, a possibilidade de
duas visões simultâneas, uma das quais inevitavelmente
será o nosso domicílio e a morada de nossa consciência. A
visão geral ou visão de massa, e a visão individual ou visão
particular.
Na visão geral não temos a capacidade de entender
que são os movimentos internos, da mente, que estão
causando os movimentos externos e, por isto sempre
achamos que as instituições são culpadas, que estão falidas
e que a sociedade está em franca decadência; a visão
particular, contudo, se estabelece em outros parâmetros;
tem origem na consciência e envolve os aspectos da lei,
como fonte de tudo. Essa visão mais ampla lhes dá
perfeitamente a compreensão da realidade.
Nessa segunda visão percebe-se a força das energias
individuais em perfeita sincronia com a lei estabelecendo
vetores que apontam para dentro e revelando que o ponto
de chegada de todos os acontecimentos é o próprio ponto
de onde eles partiram. Por ela se percebe que imunidades
são possíveis, desde que nos apoiemos na própria lei.
Pode-se aceitar sem revolta que, apesar da impressão
ruim, tudo se conforma à própria lei regencial da vida que
está inscrita na natureza humana. Se está certo como está,
nada é injusto como parece e tudo continua caminhando
para o destino conforme o que estabelece o plano divino de
nos fazermos à imagem e semelhança da própria perfeição.
Nesse aspecto, a felicidade se apresenta com duas
faces distintas, de acordo com a nossa capacidade de
compreendê-la: uma, a de que ser feliz é viver os eventos
do mundo o mais intensamente possível, e outra, a de que
os momentos felizes são muitos e são constantes, e que a
infelicidade é fruto do desconhecimento, tanto quanto a
felicidade é fruto do conhecimento.
Creio, particularmente, que não se pode mudar o
comportamento coletivo, a partir do coletivo, mas a partir
de atuação direta junto ao indivíduo. Dessa forma o foco se
dirige exclusivamente para a visão individual da felicidade,
relacionada com aquele que já adquiriu elementos e
condições de desligar-se da consciência coletiva, para
estabelecer-se na consciência de si mesmo. A visão de
felicidade para estes não é a mesma da visão de felicidade
do pensamento geral reinante na mente coletiva.
Dentro de uma visão genérica, própria da massa, a
felicidade está nas posses e nas situações conquistadas,
portanto em situações temporárias. Como não há garantias
de eternidade para qualquer posse, sendo certo que ela irá
desaparecer, quando a felicidade irá se extinguir, quando
houver a perda. Desta forma, há sempre sofrimento e perda
e o sentimento de infelicidade. Essa felicidade é vulnerável,
frágil e inconsistente.
O egoísmo advém dessa felicidade passageira, porque
nos faz preocupados com a sua sustentação, a qualquer
preço, inclusive motivando a preocupação com o futuro,
causa natural da formação de futuros ruins. Inversa será a
situação do homem feliz de verdade, que está satisfeito
consigo mesmo, com o que possui, sem apego e que, por
isso não dramatiza nenhuma perda, como não se torna
eufórico por qualquer aquisição. Ele sabe produzir futuros a
partir de si mesmo e reconhece a precariedade de toda
posse.
Todos estamos inapelavelmente “sentenciados à
felicidade verdadeira”, e quanto antes tenhamos a
consciência disto, menos importância daremos às situações
de momento, compreendendo que elas são mutantes como
nós mesmos. A felicidade verdadeira, é um estado de
espírito, portanto um sentimento de caráter “permanente”.
Ela não depende de nenhum acontecimento externo, da
posse ou do status particular e não se altera em razão de
uma nova aquisição ou uma possível perda.
Se ninguém vive sempre e por completo num estado
de felicidade é porque alguns aprendizados importantes
ainda se fazem necessários, como pré-requisitos para que a
situação definitiva se estabeleça. Aprendizados assim se
fazem à custa de experiências, que podem, em algum
momento serem vistas como não muito agradáveis.
A capacidade individual e particular de entender a
felicidade faz com que, para nós, ela seja vista, num tempo
de um modo e noutro, completamente diferente. Nosso
entendimento, relativo e proporcional, nos faz achar que ela
é “relativa e proporcional”. Ela é proporcional e relativa à
capacidade que cada um tem de ver e entender a vida,
enxergando a presença atuante da lei, fazendo-se capaz de
compreender os seus acontecimentos, ou não.
É certo, contudo, que ela cresce na intimidade da
consciência que mais se harmoniza com as leis, que busca
ampliar o seu conhecimento e que aprimora os seus
sentimentos. Quando nos harmonizamos com as leis,
fazemos menos incursões nas zonas negativas, tanto do
pensamento quanto da ação e com isto, menos fatos
desagradáveis são formados no campo da experiência.
Os fatos e acontecimentos que não nos agradam são
reveladores, pois são resultados da movimentação dos
nossos pensamentos ou da ausência dessa movimentação.
Crer e descrer é uma ocorrência que acontece no
pensamento e a partir de cada um surge ou deixa de surgir
o que temos e o que somos. Levados a pensar em uma
possibilidade, a mente dirige a atenção para os “elementos
do conhecimento que possuímos” que melhor identificam o
que nós queremos transmitir, seja uma idéia, um conceito
ou uma crença, isto é, o “foco”. Cada parte que forma a
idéia é como se fosse uma célula dela e é, em verdade,
parte da mesma realidade.
Se o átomo é a menor parte de um corpo, estes
também podem ser tidos como os átomos dessa realidade,
porque são formados de alguma coisa, possuem
propriedades, exercem sua função e sem eles nada poderia
existir. A parte mental, inclusive o pensamento, corresponde
ao “projeto” da realidade, é a partir dela que se torna
possível uma existência exterior ao homem.
O pensamento é funciona como “meio de transporte”
de uma criação mental dentro do ambiente interno, e a
palavra para o exterior, assim como a ação que o converte
em substância física. Ele abriga e manipula as informações
internamente, podendo dar origem a palavras articuladas
ou ações, produzindo efeitos e criando realidades materiais.
Segundo a teoria de Heisenberg, da física quântica, o
comportamento do átomo é interdependente do foco, isto
quer dizer que o pensamento funciona como indutor de sua
posição no mundo físico. Sua experiência demonstrou que
onde se esperava que ele estivesse, ele sempre estava e ao
observá-lo com a idéia de que não estaria em certo ponto,
naquele ponto ele realmente não estava e em seu lugar
havia somente uma onda. Dessa forma, pode parecer
complicado, mas pode-se entender da seguinte forma: a
realidade está diretamente vinculada ao que eu penso sobre
ela, poder ser substância e física ou apenas energia e
possibilidade.
A matéria é um estado da energia que sofreu
transformação, o que corrobora a nossa informação de que
tudo tem origem no pensamento, que por sua vez decorre
dos conhecimentos e que estão dentro de nós como
“conteúdo mental”, fechando-se assim o ciclo.
Nossas escolhas, feitas a partir dos conhecimentos
que temos são a razão de nossos resultados, sejam eles
bons ou ruins. Na prática, eles demonstram se houve
“coerência” entre desejo e escolha e confirmam, apesar de
nossos protestos e desculpas, haver por trás deles, um
pensador aprendiz ou incompetente, em plena experiência
de desfrutar de sua má construção.
Esperar que a vida seja feita apenas de alegrias,
estando em ambiente em permanente mutação, oferecendo
contínuos desafios, como é o mundo em que vivemos, é dar-
se a razão para decepção. Devemos considerar como de
nosso interesse estar sempre atentos a possíveis mudanças
no cenário em que vivemos, e nos prepararmos para elas
para que não sejamos surpreendidos com situações difíceis
de serem resolvidas e não soframos por causa delas.
A diversidade de componentes da vida a torna mais
interessante, enriquece a inteligência e nos habilita para a
vitória em todas as circunstâncias. Situe-se quanto à
felicidade, pois a sua posição definirá o seu futuro. Dentro
de uma perspectiva mais particularizada, jamais diga “um
dia serei feliz”, pois “um dia” não é uma data, é apenas um
ponto no futuro, indefinido para sempre. Enquanto
estabelecemos que “um dia” seremos felizes, a vida já está
acontecendo continuamente, em todo o seu esplendor e
oferecendo oportunidades para experimentarmos a
felicidade, que estão se perdendo em nossas esperanças.
Pela mesma perspectiva não ponha a felicidade como
meta, um bem a ser resgatado na bolsa de futuros, antes,
se você a quer, traga-a para o seu presente agora; torne-a
uma condição natural desse momento. Cada momento, por
mínimo que seja, é uma fração do todo, é um átomo do
tempo, célula da eternidade, e nele há uma porção de
felicidade, para ser usufruída. Aproveite-a.
Ter objetivos é importante, mas ser feliz é coisa
distinta de quaisquer objetivos. Você pode ser feliz agora,
do jeito como é, onde está, com o que tem e com quem
viva. É o primeiro passo para perenizar a sua condição de
ser feliz. Não fique esperando a chegada de um futuro
perfeito, onde você possa usufruir a vida em plenitude de
todas as circunstâncias, pois este estado é uma decorrência
de sabermos entender a própria felicidade e de nos
conhecermos bem. Ser feliz com o pouco o habilita a ser
feliz com muito; porque o que importa para as forças do
universo é ser feliz, não importa com quê, com quem, ou
onde e menos ainda com o quanto.
O reconhecimento da importância do que temos, do
que comemos, do lar, da família, do trabalho, entre outras
coisas, estabelece uma conexão positiva com a rede neural
benigna que é a responsável por produzir a felicidade.
Pensamentos se dividem em linhas e formam redes de
acordo com a sua polaridade, porque são tipos de energia:
positiva ou negativa. Um pensamento, leva a outro da
mesma rede, que leva a outro e assim sucessivamente.
O começo da felicidade está em agradecer o que se é,
o que se tem, com quem se está, e como se está. Um
pequeno sinal de que sabemos aproveitar o mínimo e dele
extrair o máximo. Isso aumenta o nosso direito (potencializa
a rede positiva), expande o poder magnético e nos leva a
receber sempre mais do universo. A tradição diz que “fiel no
pouco, fiel no muito”, também revela que “a quem tem
mais ainda se dará e ao que pouco tem, até o pouco que
pensa ter lhe será tirado”.
O que pode ser explicado hoje que a ciência já deu a
conhecer ao mundo, o “magnetismo” presente também nos
impulsos eletromagnéticos dos pensamentos, que a
movimentação das energias obedece à polaridade, e que a
natureza física formada por elementos químicos, se rege
pela lei das afinidades.
A felicidade é como um tesouro, um bem precioso,
talvez o mais precioso de todos; experimentá-la em
pequenas doses nos dá a condição de avaliarmos o nosso
comportamento diante de montantes maiores e situações
mais amplas. Daí a importância de se valorizar muito aquilo
que o preenche neste momento, mesmo que a atual
condição esteja muito aquém da que deseja, pois é
condição “sine qua nom”, para seguir adiante para maiores
aquisições de felicidade.
Aceite que é natural intercalarmos momentos felizes
com outros momentos nem tão felizes, pois assim é a
estrutura da própria vida, neste momento específico, onde a
visão externa nos leva a pensamentos negativos,
determinando uma seqüência que, em princípio, atenderá à
nossa necessidade de aprendizado do discernimento. Com
essa capacidade saberemos com certeza em quê pensar
para termos sempre o melhor. Conhecendo o que não
queremos, nos tornaremos convictos do que queremos. Não
se infelicite pela parte que não quer, mas viva-a
naturalmente compreendendo que tudo passa, e numa
mudança de pensamento, ela também vai passar.
Podendo surgir como uma opção natural por ocasião
do acontecimento ruim, a lamentação, mas ela pode acabar
dando uma contribuição para que o drama aumente e o
sofrimento continue, pois o que ele significa? A falta de
conformação com a situação experimentada, é o
mecanismo de ação pessoal que estende a duração do
acontecimento ruim e, por meio dela nós damos mais poder
magnético, não para que permaneça por mais tempo em
nossa experiência, mas para atraia outros acontecimentos
negativos.
Em todas as situações indesejadas é preciso que
saibamos estancar o seu poder, reduzindo a sua presença
em nossa mente, tirando-o de foco e quando o evento
envolve outras pessoas é preciso saber “encerrar” o
episódio. Fazer isto é eliminar uma energia que, se
permanecer, irá contaminar e comprometer uma iniciativa
qualquer de mudança que tomarmos. Acabe com o
magnetismo negativo, não fique “remoendo” coisas tristes,
porque fazer isto é alimentar a atuação das forças que nos
fazem adoecer.
Não existem condições internas em qualquer pessoa
para o estabelecimento de um momento feliz, se ainda
gosta do momento infeliz, pelo lamento. É preciso ir
amenizando a situação negativa até a sua completa
eliminação, para que outra energia superior possa assumir a
posição de “bola da vez”. Feche o episódio ruim e dê a isso
prioridade, pois não há espaço para sofrimento e felicidade
juntos.
Em quarto lugar, entenda que “o nada” não é uma
opção de futuro feliz e não substitui um bom momento, há
que se definir o que se quer para o momento seguinte, seja
estabelecendo alguma meta ou programando alguma coisa
que o preencha como deseja. Estabeleça desejos, faça
planos, sonhe e “viaje na maionese”, como diz o ditado
popular, porque ser feliz é o que importa. Formulado o
desejo, estabelecido o objetivo ou meta, concluído o plano,
saiba aguardar os movimentos da natureza; algum
momento parecerá que tudo morreu, que não adiantou
desejar e coisas assim.
Um momento sem resposta, não é um momento de
paralisia, tudo está em pleno movimento interior, não indica
uma negativa ou falha; saiba ver além do que está à vista.
Pense numa semente que plantou: quando ela está embaixo
da terra, o universo está fazendo a parte que a ele compete.
Espere e verá. Continue crendo e verá. A vida ressurge
daquilo que você crê, após dar a impressão de ter sido
vencida; o que parece morrer aos seus pensamentos está
pronto para surgir na realidade onde foi projetada.
Utilize-se dos seus recursos internos, pensamento,
idéia, rede neural, fé, seja o que for, para construir o futuro
que quiser, mas saiba que é de dentro de você que saem
todas as suas realidades. Da lei da sabedoria há o
impedimento da coerção e da imposição de vontades contra
vontades.
A perspectiva de uma situação diferente, desejada por
nós, nasce na nossa mente e pode se tornar nossa realidade
ou não, dependendo de nossas atitudes subseqüentes. O
ideal de cada um, que enseja uma ação e, não só, a motiva,
mas direciona o seu destino, leva a mente a fazer uma
prospecção no acervo do inconsciente em busca de um
futuro, em busca de uma nova realidade, melhor que a
presente; nesse momento será oferecida a você “uma
amostra grátis”, do sentimento que virá, indicando a
propriedade, ou não, dos seus desejos. Após divagar nessa
criação particular você retomará a consciência do agora, de
onde está, e tomará atitudes que inevitavelmente o
conduzirão para a sua construção.
Antevendo a construção dessa nova realidade, cada
passo então, se torna visível na velocidade da luz e todos os
caminhos e possibilidades são previamente percorridos em
sua mente, até a visão da forma final, totalmente pronta,
revigorando-lhe os sentimentos. Assim criamos e recriamos
qualquer coisa, e se, nesses dois momentos julgarmos que
haverá aquele futuro, ela de fato será produzido. Não
crendo, se desfará, como se nada tivesse existido.
Tenha a expectativa de um possível futuro perfeito;
porque tendo por meta a perfeição, no mínimo serão criadas
as condições para que algo melhor se implante em sua vida.
Crer que a felicidade não existe é fechar todas as
possibilidades para que qualquer coisa melhor aí se
estabeleça. Quem crê que a felicidade não existe, porque,
se apóia, em uma ou algumas experiências não bem
sucedidas, deve entender que há alguma coisa em si
mesmo que está errada, e o pensamento é o principal
suspeito.
Não saber como se produz uma realidade o leva a
pensar que são acontecimentos espontâneos ou “vontade
de Deus”, ou ainda que são naturais e desvinculados de
suas ações. Pode-se provar que não. A felicidade, tanto
quanto qualquer realidade é uma construção pessoal, que
exige conhecimentos e ações coerentes com os propósitos
particulares. A coerência entre o desejo e a ação é uma
condição “indispensável” para a satisfação pessoal.
A construção da felicidade está nas pequenas coisas,
nas mínimas que às vezes nem damos valor; ao se dar
conta de tanta coisa boa que já está acontecendo a você,
você perceberá que tomar consciência disto poderá dar um
novo rumo à sua vida. A felicidade é a satisfação de
qualquer de seus desejos: um copo d’água quando tem
sede, uma boa refeição quando tem fome, uma cama
confortável quando tem sono ou está cansado e coisas
dessa natureza.
Tendo nessas satisfações, os motivos de prazer e
alegria, você cria o estado de felicidade e faz o acionamento
da rede neural do bem a partir de coisas mínimas,
perenizado-a em na sua vida. Como a freqüência desses
“pequenos momentos” é muito grande, sentindo-se feliz por
eles, estará em permanente “magnetismo bom” e atrairá
outras modalidades de satisfação. Reconhecer e valorizar as
pequenas coisas é inverter a “polaridade” e estabelecer
novas condições para o seu destino.
Não se frustre, imaginando que a vida te dará tudo o
que você desejar; nem pense que te dará uma vida feliz se
você não definir o que seja uma vida feliz, porque ela
somente te dará aquilo que acreditar. Somente se acredita
naquilo que se conhece, portanto, a vida só pode dar a você
aquilo que estiver em você mesmo.
O que você conhecer e que souber definir claramente
como sua meta, poderá de fato, ser sua realidade.
Pensamentos claros e metas levam à realização sem
restrição. Se você não conhecer o que quer, nunca o terá.
Saber com certeza o que não quer, também não afasta o
que não quer. O que você pensa a respeito de você, seus
medos, dúvidas, intensidade da fé, força de vontade, tudo
isto afeta o seu futuro e influi no seu corpo. Energias
irradiantes partem das suas células e se dirigem aos outros
com informações de sua pessoa; o mesmo ocorre com seus
pensamentos ocultos. Você é um centro irradiante de
informações e sua vida está mais exposta do que imaginou.
Feita a análise dessas nuances, bem avaliado o que
seja a felicidade para você, compreendidas as condições
indispensáveis para que ela se estabeleça, saiba que ela é
sempre possível. Daí pode-se partir para a seguinte
pergunta: “Por que razão, sendo a felicidade um estado
natural, ao qual tenho direito, estando tudo dentro de mim,
ainda assim não sou feliz?”
Aí trataremos das questões como o seu desejo
individual, o que pensa e como pensa, como anda o
equilíbrio dos seus sentimentos, como vê a vida e qual a
sua disponibilidade para aceitar idéias novas.
Faça uma opção sensata, não creia num “estado
geral” que caracterize “felicidade”, nunca será um estado
total e permanente, nem poderá depender das condições
exteriores, é um estado interior de compreensão, é um
sentimento particular da vida que lhe permite sentir a si
próprio e estar satisfeito consigo mesmo, independente das
circunstâncias. Facilitará muito a sua opção, se você souber
entender o movimento do universo interno e externo e
tornar-se o controlador geral por trás desses movimentos.
Assim, se você acha que ser feliz é dançar, dance; se,
acha que é torcer, para o seu time, torça; se crê que seja
viajar, viaje, mas qualquer que seja a sua opção e
movimento nunca ultrapasse os limites de qualquer lei, nem
faça adesão a qualquer corrente que seja “contra alguma
coisa”, porque a felicidade não se estabelece fora da lei,
uma vez que ela é uma lei. A lei mental determina o êxito
para aquilo que é a favor de algo bom e jamais “contra algo
ruim”, seja o que for. Alcançar a felicidade por meio de
ilícitos a faz tornar-se fugaz, além do retorno que nos ilícitos
estão implícitos. O poder interior é um “agente de
confirmação”, atuando sobre o que você focaliza com a luz
do pensamento, não importa o quê.
Enquanto espera um estado externo de total e
permanente felicidade, a vida passa em pequenas doses de
satisfação, que despreza, nisso o tempo passa e a sua
chance de ser feliz “vai para o ralo”. A felicidade, como
tudo, é feita de pequenas satisfações; átomos de felicidade
estão em suas palavras e nos seus pensamentos. Dê à sua
vida somente o que é bom, utilizando-se dos átomos bons
(pensamentos bons), é tudo o que precisa para tê-la. Muitas
pessoas se decepcionam porque não são felizes, mas vivem
criando a infelicidade, a partir de desejos equivocados, de
princípios maus e sentimentos distorcidos; com esta
“matéria prima” não é possível produzir felicidade. Com elas
se constroem as infelicidades.
A idéia que você faz, de qualquer coisa e de quem
quer que seja, é a matéria prima do que será feito. Opções
infelizes, doentias e desequilibradas nunca produzem
felicidade. Não basta querer ser feliz, temos que agir em
consonância com os seus princípios para construí-la em
todos os momentos. Não é o simples desejar ser feliz que
nos conduz à felicidade, isto só revela qual seria o objeto ou
situação que nos faria felizes.
Infeliz do que vive infeliz, porque pensa que felicidade
não existe, porque se pensasse diferente, poderia ser feliz.
Muitos são infelizes por não terem o que desejam; sua
infelicidade os leva a pensar continuamente no que não
têm; pensando no que não têm, serão confirmados no que
crêem e nunca terão; o que surge na realidade é aquilo que
se pensa; se pensa no que não quer, atrai o que não quer.
Você compreende a força de atração de que se faz
portador?
Quer saber por que “tudo é possível ao que crê?”
Muitos movimentos do universo são desconhecidos
por nós, mas, apesar disto exercem grande poder e criam
situações de alegria ou tristeza, de realização ou destruição.
São eternamente presentes em nossas vidas como se
estivessem a nos convidar para que os conheçamos. Por
eles, se produzem externamente muitas das condições que
admiramos sem entender ou que tememos sem
compreender.
Tais movimentos são traslados de energia e se fazem
responsáveis pelo suprimento da natureza, dos pássaros,
dos animais e de toda a fauna e a flora planetária.
Produzem o ar que respiramos e o solo que pisamos, e os
transformam em ventos e tempestades ou os fazem
convulsionar-se em terremotos; direciona-os sem que
possamos ver de onde vêm e para onde vão, como chegam
e como desaparecem. Movem as águas, formam as nuvens,
as chuvas e causam as marés; influem no ciclo da vida de
modo invisível e muitas vezes de modo silencioso. Acendem
chamas de vida nos nascimentos e as apagam nos
falecimentos, vão e voltam sem que os entendamos.
Indo e vindo, sem serem vistos, levando e trazendo,
de modo misterioso, raios e ondas, pelo pensamento e pelo
espaço carregam vibrações e partículas infinitesimais com
grande poder; capazes de arrastar e destruir cidades, mover
os mares, deslocando plataformas continentais e explodindo
nas erupções de um vulcão. Que poder é este? Quem
movimenta isso tudo?
Que poder há nos sonhos que dão força e
movimentam o homem e o fazem construir impérios? De
onde retiramos o fracasso, depois de havermos chegado
bem alto?

Charles Chaplin, deixou esta importante mensagem


para você:
“Hoje me levantei pensando no que tenho a fazer,
antes que o relógio marque meia-noite.
É minha função escolher que tipo de dia terei hoje.
Posso reclamar que está chovendo ou agradecer as águas
por levarem poluição. Posso ficar triste por não ter dinheiro
ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças,
evitando o desperdício. Posso reclamar sobre minha
saúde ou dar graças por estar vivo. Posso me queixar dos
meus pais por não terem me dado o que eu queria ou posso
ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer
por ter trabalho. Posso sentir tédio com o trabalho
doméstico ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos ou me
entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saírem como planejei, posso ficar feliz por
ter hoje para recomeçar.”
O dia está na minha frente, esperando para ser o que
eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar a forma.
Tudo depende de mim...”
Eu creio e comigo concordam inúmeros pensadores,
entre eles o próprio Charles Chaplin que a vida está
estabelecida sobre bases que nós mesmos construímos e
que todos os elementos com o que pretendemos levantar
nossos ideais são pertinentes a cada um de nós, razão
porque devemos criar a mentalidade de fazer a nossa opção
levando em conta que somos individualidades autônomas e
que estamos por nossa conta para fazê-la acontecer.
Ninguém de quem esperar, nada a esperar e tudo a fazer,
tudo depende só do que estabelecermos como objetivo e
das ações que implementarmos para fazê-lo.
Saber as regras da vida é um ponto essencial para
que cheguemos aonde pretendemos ir, seja onde for.

CAPÍTULO 9

QUEM SOU?

Em termos gerais, ouve-se muito falar que o homem é


o responsável por sua vida, o que contraria a tradição
religiosa que atribui a Deus e à sua vontade todos os
acontecimentos. Destituído de qualquer intenção menos
edificante, proponho que sejamos hábeis estudiosos das
palavras contidas tanto no contexto religioso, quanto nas
palavras milenares saídas de pessoas respeitáveis e
consagradas. Da tradição eu sei que minhas origens são
consideradas sagradas, nesse contexto eu sou “filho de
Deus”; como não entender isso?
Os milênios se sucedem e nenhum fato novo surgiu
ainda que pudesse levar o homem a mudar o seu
entendimento de que uma espécie somente gera elementos
da mesma espécie; também não se viu ainda que indivíduos
da mesma espécie pudessem ter características diferentes
dos demais que pertencem à mesma espécie. Pelo mesmo
princípio dedutivo se pode concluir que infância, juventude
e natureza adulta são fases de qualquer espécie, ainda que
variem quanto ao tempo de duração.
O próprio homem, enquanto visto biologicamente, é
assim. Uma criança é um futuro homem. Sabendo que
quanto à nossa natureza, não somos somente animais e que
há em nós o “espírito”, a criação divina que faz do homem
“imagem e semelhança de Deus”, negar o pertencimento à
“espécie divina” seria negar o princípio mais elementar do
nosso conhecimento; assim também é natural entender
que, quanto a essa espécie divina, há uma fase de
“juventude” e uma fase de “maioridade”, nada mais óbvio.
Do mesmo modo, há que se entender que, ser adulto,
significa chegar ao ponto culminante de qualquer espécie. O
filho de Deus, Deus filho, se tornando adulto, se tornará
senhor das competências do próprio Pai. Dedução natural: o
filho cresce e se torna igual ao Pai. Jesus disse: “quem vê a
mim vê o Pai”. Eu digo, quem vê você, vê o que está,
“prestes a se tornar o Pai”.
Entretanto, não é tão simples absorver isto, bastando
que se diga e pronto, está entendido. Não é assim. Você é,
mas ainda não está plenamente consciente disto e,
portanto, sabe que ainda não se tornou igual ao seu Pai.
Está garantido, todavia, que essa fase chegará. Eu estou me
transformando nisto, você também está, todos estão. Meu
destino é este, assim o destino de todos nós. As
propriedades naturais desta condição divina estão aí, já
estavam antes, como estão na criança e no adolescente. As
práticas são diferentes em cada fase, alterando-se em
função da “força física” e do nível de consciência adquirido.
Inevitavelmente nos tornamos “homens” e cada fase será
nitidamente distinta quando acontecer. Igualmente o
processo se repete quanto à natureza divina. O crescimento
espiritual dá a você as condições de agir,
proporcionalmente ao que você já sabe, ao que aprendeu
daquilo que lhe é natural fazer.
Em termos reais, jovens são adultos em potencial, e
filhos de Deus são igualmente Deus em potencial. Potencial
não é poder será, mas ainda não é. Uns são, se tornaram e,
outros ainda não, serão. Conhecer isso altera a sua vida,
pois esse conhecimento traz em si mesmo, informações de
alta relevância: você tem poder, você é herdeiro de um
reino, felicidade é seu estado natural e todos os outros são
seus irmãos.
Assim como você não sabia que era Deus e que não
tinha conhecimento que possuía poderes e que a você está
destinado um reino de felicidade, outros ainda não sabem e,
não sabem igualmente que somos todos irmãos. Faz
diferença para quem sabe, porque suas ações não são mais
inocentes, são de quem sabe, e as ações de quem tem
conhecimento, são impregnadas de sentimento e por isto,
são produtoras de magnetismo. Quem não sabe, não cria
magnetismo porque não faz com sentimento, tornando-se
dentro dele fraca a força de atração. Quem desconhece se
move muito pela energia indutora do magnetismo dos
outros.
Você é uma “Mente Divina”, o que vale dizer que você
é a representação física dos seus conhecimentos, das suas
experiências e dos seus pensamentos, mas como natureza
divina, você é também o conhecedor do universo, o
produtor de realidades, o formador de eventos e situações
e, acima de tudo, o criador. A sua mente, divida em duas: “A
Mente Consciente”, que percorre os seus sentidos e passa
pelo crivo da razão, o torna um ser racional.
“A Mente Inconsciente”, percebe tudo o que se passa
além dos sentidos e incorpora tudo ao seu patrimônio
pessoal “invisível” que fica de fora da consciência, mas
sempre presente, como disponibilidade a ser requisitada,
tornando-o um grande depósito de “possibilidades para
construção de futuro”. Um ser é esse todo, o humano,
racional e consciente; o divino, ao mesmo tempo humano,
racional e consciente e consciente do inconsciente (o
potencial divino), como o devir, o vir a ser.
Conforme o documentário “Quem Somos nós”, apenas
uma porção mínima do todo preenche a consciência,
2/400.000.000 (dois para quatrocentos milhões de bits –
unidades de informação-), isto que dizer que num universos
de quatrocentos milhões de informações que acontecem
simultaneamente, apenas duas informações são retidas
para o mundo chamado “consciente” de nosso ser. Essa
proporção descomunal revela a grandeza do que temos à
nossa frente, como disponibilidade para ser utilizada na
construção de futuros.
Por esses números, que representam apenas uma
“fase” do homem, imaginar o que é o estado “integral” de
um homem pode nos fazer aceitar com mais facilidade a
nossa íntima relação com aquele que o criou.
Nós ainda não nos conhecemos bem, sendo
perfeitamente compreensível as dificuldades que temos
com coisas tão pequenas. A vultosa riqueza interior está
representada sob a forma de “reserva inconsciente de
realidade”, aguardando que você a movimente.
Comparando você com uma unidade produtora, uma fábrica
de realidades, a sua capacidade instalada é imensa, existem
muitos recursos, mas poucos são utilizados e a produção é
muito pequena, ante a possibilidade real de produzir que
possui.
Sua mente é uma ambiente preparado para produzir
riquezas, mas pratica com outras coisas que nem sempre
são agradáveis. É capacidade pronta para produzir riqueza
da qual você ainda não se apropriou. A ordem é: “aproprie-
se”.
Não é bastante que reconheçamos isto. Conhecer,
apropriar, transformar e usufruir o que ainda está no campo
das possibilidades é o futuro imediato que desponta já
nesse momento. Avançar, seguir adiante e produzir
crescimento, é lei (crescei-vos e multiplicai-vos) e é tarefa
individual que ninguém pode transferir para outro.
Onde está tudo isto? Como apropriar-se disto?
O campo invisível onde parte da vida se desenrola, é
constituído de elementos que ninguém ignora, são eles: o
conhecimento, o pensamento, a imaginação, os sonhos, a
idéia, a palavra, a energia e o conteúdo mental; a vida se
situa nesse conjunto de elementos. Com eles
movimentamos os acontecimentos e formamos nossas
realidades. O campo visível, o corpo, é afinal, apenas o
instrumento desse conjunto de saberes, conhecidos e
desconhecidos, que denominamos “Mente”. A mente é um
ser vivo. A mente é você, é Deus.
Você opera a vida pelo pensamento, utiliza-se de
processo criativo que denominamos “imaginação”, pode
trabalhar com o material do consciente e criar idéias com
ele, pode trabalhar com o conteúdo do inconsciente e criar
realidades com ele e viver novas experiências e assim por
diante. As idéias que estabelecemos como prioridade,
realizamos com os recursos já disponíveis na dimensão
material, ou possíveis de serem alocados. Os sonhos que
cremos sejam possíveis, realizamos com os recursos da
própria “reserva mental” do “inconsciente”. Se já houvesse
os recursos na dimensão material, não seriam sonhos,
seriam apenas realizações não concretizadas.
Eu sou um ser infinitamente mais capaz do que pensei
que fosse, e com muitas mais possibilidades de realizar, do
que pensei que era capaz. Eu sou o filho de Deus, a quem
está prometido como herança, nada mais, nada menos que
o reino dos céus, com poder e glória, diga isto a você
mesmo, sem vacilar e incorpore esse poder à sua vida.
Ninguém pode apagar a sua ligação divina, porque ela é
eterna.
Encontrada por Querofonte, no frontispício do templo
de Apolo, da cidade de Delfos, na Grécia e revelada à
humanidade por Sócrates, uma “advertência enigmática”
me chama muito a atenção e quero compartilhar com você:
Imagine que as palavras estejam sendo dirigidas a você,
como se elas fossem uma orientação particular.
“Te advirto, seja tu quem fores!
Oh! Tu que desejas sondar os arcanos da natureza,
que se não achas dentro de ti mesmo aquilo que
buscas,
tão pouco poderás achar fora.
Se tu ignoras as excelências de tua própria casa,
como pretendes encontrar outras excelências?
Em ti está oculto o Tesouros dos tesouros.
Oh! Homem! Conhece a ti mesmo e conhecerás
o universo e os Deuses...”
Nossa relação com Deus vai além do que imaginamos,
pois a criatura é dotada da mesma natureza do criador,
razão porque Ele lhe transmite também os seus poderes ao
dizer: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”
obrigando-nos a nos reconhecer que o desenvolvimento de
nossa consciência dessa relação nos permite sejam
apropriados tais poderes capazes por si mesmos de nos
levar de volta a condições de vida paradisíacas e que a
brevidade desse momento reflete o quanto caminhamos
para essa conquista ou o quanto nos falta caminhar,
sobretudo nos diz que há uma herança e um reino à espera
dos que chegam e grandes benefícios para os que se
aproximam.

EQUILIBRIO
Visão e sentimento, assim como capacidade cognitiva e
capacidade projetiva, são elementos construtivos da vida e
se desenvolvem à medida que adquirimos conhecimentos
novos e nos tornamos mais capazes para entender os fatos
da vida e absorvê-los, reduzindo o impacto em nossos
sentimentos. Portanto, possuem características de
expansividade o que os torna tão mutáveis quanto a própria
natureza. Os valores pessoais e os conhecimentos
específicos alteram o juízo que fazemos o que faz com que
cada um tenha uma visão particular sobre todo e qualquer
acontecimento.
Como os conhecimentos se alteram, também
mudarão, o seu julgamento e comportamento diante de
uma mesma situação. Cada pessoa muda, conforme adquira
elementos novos em sua cultura, de tal modo que amanhã
poderá pensar diferente do que pensa hoje e no futuro
certamente estará com novas idéias a respeito de uma
mesma realidade. O que são “capacidade cognitiva e
capacidade projetiva”? Para quê servem? Novos
conhecimentos modificam o entendimento, afetam o
sentimento e renovam o comportamento de qualquer
pessoa. Todos somos diferentes quanto ao conhecimento,
quanto ao entendimento e quanto ao sentimento.
Outros aspectos contribuem para a redução da nossa
carga de felicidade e estão entre aqueles que podemos
melhorar: respeitar as diferenças e compreendê-las, por
exemplo, é fundamental para uma convivência harmoniosa,
e depende mais daquele que possui maior compreensão,
portanto de você, do que dos outros; faça um ajuste em sua
conduta, para ter mais capacidade de “absorver”
adversidades e idéias menores, sem alterar o seu
sentimento e você encontrará paz interior. Comece a ser
feliz entendendo isto e procurando se adaptar a essa
realidade, ao invés de continuar a tê-la como “grande
obstáculo”.
Uma avaliação de nossa própria evolução revela um
crescimento que engloba a expansão do conhecimento e a
percepção de novas realidades a partir deles. Algumas
vezes acreditamos que nossas ações estavam pautadas no
que achávamos que era certo e posteriormente chegamos à
conclusão que aquilo não era de fato o certo. O certo é
relativo e corresponde ao que conheço, não pode ser
diferente; esta é a razão maior de todos os
desentendimentos: cada uma das partes envolvidas se acha
certa.
Dentro das leis humanas existe uma definição clara do
que você não pode fazer, essa é a nossa lei. Quanto à
ordem espiritual, uma situação diferente pede que
raciocinemos um pouco mais: a natureza espiritual é
imortal, o que falece é apenas o corpo, assim é de se supor
que haja algum propósito para que eu creia que a morte
existe. Do ponto de vista humano, há um ponto
determinado para o qual eu me dirijo segundo meus
propósitos, quanto à minha natureza espiritual, qualquer
que seja o caminho que eu escolha, eu estarei sempre indo
para o mesmo lugar.
O que eu quero dizer com isto? É que para o
desenvolvimento espiritual, embora faça diferença para
mim por causa do sofrimento, das doenças e das tristezas,
se eu optar por enveredar pelo caminho do crime, do roubo
e violência, estas situações escolhidas por mim me
conduzirão, à cadeia, à perda e à condição de vítima, pois
quando ajo, decreto o mesmo resultado para mim. Certo e
errado neste aspecto produzem o mesmo resultado, e a
força do magnetismo penetra todas as mentes e
consciências dando o impulso para as ações.
Revela a bíblia que um certo filho tendo saído pelo
mundo em devassidão consumiu todos os seus bens
recebidos em vida, depois de sofrer muito, desejou voltar
para a casa do Pai e por Ele foi recebido com festa, esta é a
circunstância que nos envolve a todos. Quem age à margem
da lei, não se exime dos resultados negativos nem das
responsabilidades pelo que faz.
Diferenças de entendimento e de sentimento são
naturais porque é uma condição natural da própria natureza
humana. Apesar disto, temos dificuldades para vivenciar
certas situações e, ao resistirmos a elas, damos-lhes os
contornos de “um problema”. A maioria dos nossos
problemas não precisaria existir, bastaria que
compreendêssemos as nossas naturais diferenças e
procurássemos um meio de equilibrar e conciliar os
interesses.
Tudo isto se conecta com a questão da felicidade.
Quanto mais nos conhecemos, mais nos aprimoramos
para a convivência, em qualquer nível em que ela se dê.
Quando nos superamos no entendimento, indo além do
entendimento geral, demonstramos possuir uma visão mais
ampla da vida, o que nos permite compreender pontos de
vista diferentes dos nossos absorvendo-os ou
argumentando contra eles, com respeito e tolerância. A
superação de nós mesmos é demonstrada por uma maior
capacidade de tolerar e por um respeito pelo outro, que se
converte em fonte de harmonia e de paz. Sem harmonia e
sem paz não é possível ser feliz.
A inflexibilidade tem sua estrutura baseada na
escassez de conhecimento, invariavelmente também se tem
notado que ela está contaminada com a vaidade e o orgulho
e que leva a atos de intolerância; ela demonstra
necessidades particulares de renovação de valores, pede
auto-conhecimento e aprimoramento de consciência;
inevitavelmente aponta para uma perspectiva de futuro não
muito feliz.
O universo é um grande campo de interatividade,
onde tudo o que resulta é sempre expressão de algum
relacionamento, o que exige sejamos liberais no
compartilhamento e rápidos na cooperação, como fórmula
indispensável para que tenhamos semelhantes retornos da
própria vida. Todos vivem em função dos relacionamentos e
são interdependentes entre si. E em nossa relação, seja ela
em que nível for, se encobrem preciosas linhas de energia
em movimentos invisíveis de ida e volta, fazendo a vida se
tornar encantadora ou simplesmente um desastre.
A rigidez é um sintoma de imaturidade. Firmar posição
radical quanto às nossas verdades e opiniões compromete
as nossas relações, dificultando acordos e desmanchando
possibilidades. Ser humilde significa ser receptivo à
possibilidade, à argumentação e ao conhecimento do outro,
o que não é humilhante, ao contrário é virtuoso e
enriquecedor.
Ser humilde também é estar preparado para entender
que haverá algum momento em que o outro estará certo e
que saberá mais do que sabemos. Ser humilde é fazer-se
disponível para aprender sempre e cada vez mais, ainda
que o nosso interlocutor não pareça habilitado para isto;
existem surpresas na expressão divina que pode manifestar-
se por qualquer pessoa, sem distinção. Inúmeras vezes ela
se manifesta pela voz do mais simples.
Se você quer ser feliz, saiba que isto vai depender
exclusivamente de você: nunca permita que o diálogo
chegue a ponto de se tornar um impasse, ainda que você
tenha razão; sob impasse, toda e qualquer posição ser torna
mais rígida e uma solução fica sempre mais difícil. A
verdade é que todos se julgam conhecedores de tudo;
quase sempre temos respostas prontas para todas as
questões; quase sempre achamos que nós temos razão.
A razão sempre fica com quem a tem, jamais
permanece com quem a impõe. Não discuta e não dispute,
ao invés disto fale mansamente e concorra, nesses estados
de consciência você estará pleno de capacidade e poder e
terá mais chances de vencer.
Não leve nada para o lado “pessoal”; nada é
realmente pessoal. Tudo se relaciona com a circunstância e
o momento, não é para sempre e nada tem a ver com a
pessoa. Energias envolvidas em relacionamentos ditam
ações e comportamentos, procure conhecer a origem dos
fatos e a lei que rege os acontecimentos. Causa e efeito e
magnetismo são leis contidas nas ações e produzem
indução e reação; às vezes nos colocamos em situações não
desejadas, por incapacidade de “absorver” alguma palavra,
ofensa ou impropério vindo em nossa direção.
Isto acontece com maior freqüência, quando estamos
“afetados” por orgulho ou vaidade. As pessoas que têm
opinião própria, e todos têm, não estão contra você, estão
defendendo um ponto de vista, e estão a favor delas
mesmas, o que você também está fazendo, quando emite
uma opinião. Por isso o sentimento também não deve ser
pessoal; esse é um caminho seguro para evitarmos a mágoa
e as emoções corrompidas que causam doenças e
principalmente ações equivocadas que nos levem a efeitos
indesejáveis.
Nunca afirme peremptoriamente qualquer coisa que
tenha sido posta sob dúvida, há sempre a possibilidade de
que nossos pontos de vista estejam vencidos e superados
por alguma informação nova que ainda desconhecemos.
Preferível você ser guindado à posição de “sábio” depois, e
retomar o seu devido lugar, do que ter a confirmação de
que estava errado, perdendo “respeitabilidade” perante os
outros.
Nunca discuta por razão nenhuma, principalmente
sobre o que não tem certeza. Se tiver certeza, procure
raciocinar se a sua certeza não está com validade vencida,
se não está superada. Lembre-se que o conhecimento se
renova na velocidade da luz. Nós podemos estar enganados
ou desatualizados, assim como os outros também se
enganam. Além de não ser exclusividade de ninguém, toda
verdade é sempre relativa e pessoal, porque se vincula ao
conhecimento de cada um, o que também inviabiliza a
solução por meio de uma discussão.

"O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a


contornar obstáculos."
Lao-Tsé

Discussão que tenha por objetivo a imposição de


idéias, não leva a solução satisfatória; se você perder,
perdeu, se vencer, também terá perdas. Nunca somos os
mesmos; nem o que fomos a um segundo atrás. Milhões de
células se renovaram, outro tanto morreu; uma visão, uma
frase, um sentimento, basta isso para que sejamos
diferentes agora. A cada dia que passa somos outra pessoa,
como águas de um rio, que nunca é o mesmo. Ainda que
queiramos nos manter com as mesmas opiniões; tudo no
universo mudou, reavalie-se, atualize-se constantemente.
O universo está em constante mutação, assim, tanto
eu, o observador, quanto o objeto que observo, não somos
os mesmos que éramos ontem. A própria terra não está
mais no lugar que estava, nem nada que parece ser a
mesma coisa de ontem, é a mesma coisa. Tudo é
absolutamente diferente hoje, nem o dia é igual ao outro. A
renovação é a lei da natureza.
Que importa saber isto? Que o certo de agora, pode
não sê-lo daqui a pouco, por isso não vale a pena qualquer
contenda. Que felicidade é viver o hoje e o agora, dentro
das leis e sem perder a passagem do tempo e o senso de
oportunidade. Se eu continuar buscando sempre a primazia
da opinião, seja quanto ao que for, perderei vida e
dispensando felicidade. A vida é um bem que deve ser
desfrutado em todos os momentos e na sua máxima
intensidade; por isto, experiências que produzem estados
alterados de sentimentos, que adulteram o sabor de nossas
conquistas, depreciam a própria vida e devem ser evitados.
O equilíbrio consiste na capacidade de receber os
impactos da vida, a oposição nas relações ou estar sob os
riscos naturais sem perder a capacidade própria de seguir
adiante; é permanecer inteiro e fiel aos princípios da
verdade, aguardando a minha vez de se elevado, ainda que
momentaneamente seja rebaixado. Estabilize-se
emocionalmente, aceitando que oposições e divergências
não devem ser sinônimas de inimizades e combates e que
os entendimentos pessoais se alteram após cada
experiência, que um e outro irão viver. Após cada
experiência algo sempre surge como acréscimo que muda o
pensamento, o que tanto pode dar-se com um quanto com o
outro.
Certo ou não, não vale a pena discutir e criar
dissensões, deve-se ter o cuidado de preservar a relação
agindo com equilíbrio e não ceder às pressões naturais que
decorrem das energias do momento, esta é a fórmula para
consolidar o seu direito de ser feliz, porque o que está
reservado a você daqui por diante é muito mais que
imagina. Você precisa estar em plenas condições para obter
de si o máximo, o equilíbrio é de suma importância para a
felicidade.

CONFLITOS

Temos muitos conflitos internos, eles prejudicam a


nossa realização pessoal. Antes de conhecer o processo
realizador, precisamos conhecer o que o pode atrapalhar e
impedir o nosso êxito.
Algumas teorias dizem que somos deuses; elas não
estão erradas, mas são tão relativas como vimos, quanto a
nossa capacidade de compreender isto. Perfeito, Deus é, na
visão do homem, a suprema sabedoria, bondade, o amor
etc. Quando nos vemos por esses atributos podemos dizer
que não somos deuses, ainda. Entendendo que a nossa
origem é em Deus e que a perfectibilidade é uma lei, então
quanto à natureza original, nunca deixamos de ser.
Ao entendermos que estamos debaixo da ordem do
“sede perfeitos como vosso Pai Celeste é perfeito” e da:
“façamos o homem à nossa imagem e semelhança”,
podemos compreender que estagiamos em situações de
aprendizados em direção à perfeição de nós mesmos.
Vivências e experiências que visam a nos levar a um estado
de perfeição são exigidas por nosso próprio magnetismo,
energia que impossibilita que isto deixe de acontecer.
Aplicando-se esse entendimento, de que tudo caminha para
a perfeição, pode-se depreender que chegaremos ao status
supremo de Deus. Todo filho é da mesma natureza do seu
pai, mas apenas se torna um “Pai”, propriamente dito,
quando se faz adulto. Está certo quem acredita na própria
divindade, mas também está certo de que não se vê ainda
assim. Aqui também se aplica a relatividade da conexão
“verdade x conhecimento”.
Se não nos sentimos “deuses”, realmente não somos
deuses, pois vale o que cremos, mas se somos maduros e
nos sentimos assim, então realmente somos. Também creio
que Shakespeare tenha descoberto isto quando disse: “ser
ou não ser, eis a questão”. A possibilidade de ser está
vinculada ao crer. Henry Ford conhecia essa propriedade,
sobre a qual disse: “Tanto faz, se você acredita que é capaz,
ou não, em qualquer caso, você tem razão.”
A idéia conflitante é aquela que cria oposição interna,
com argumentação e contra-argumentação ocorrendo
dentro de nossa mente e se estabelece porque há uma
realidade visível e uma realidade não visível a ser avaliada.
A análise pode estar centrada nas circunstâncias exteriores
ou nas circunstâncias espirituais que movimenta apenas
elementos não visíveis. Esquecer que somos de origem
divina e que possuímos como fonte de poder a mente e
como instrumentos o pensamento e a fé, crendo apenas na
realidade humana causa conflitos. A razão interfere na fé e
prejudica o resultado.
O evangelho revela: “todo reino dividido contra si
mesmo não pode sobreviver”; são palavras atribuídas a
Jesus e merecedoras de crédito. Uma mente em conflito, é
um poder dividido. Não pode o homem achar que sua razão
pode superar o poder de Deus existente em si mesmo, se
ele acreditar nas suas próprias forças, estará derrotado,
mas se apoiar todas as suas ações nas leis que lhe regem o
espírito terá o poder de Deus atuando por ele mesmo. A
capacidade realizadora do homem é pequena, depende de
sua cultura e de sua atualização tecnológica, o poder do
Deus que nele habita é fonte de toda realidade.
Deus é o próprio positivo, é o sim sempre, a certeza,
já o homem calcula seus recursos e se limita dentro deles.
Para Deus não há limites. Usando-o você também não terá.
Crê ou crer, fazer ou não fazer, a dúvida é destruidora.
Onde pensamentos negativos se digladiam com idéias
construtivas, está anulada a força produtiva e morta no
nascedouro qualquer que seja a realidade. Descrença, falta
de fé, inoperância, desistência e sentimento de
incapacidade, entre outros, são elementos destruidores da
fé, e sem ela não há realização nem felicidade.
Os conflitos exercem grande influência e se tornam
decisivos em nossas vidas, dando força à nulidade e ao
descrédito e deve ser encarado como um inimigo pessoal a
ser combatido por nós. Um dos conflitos de maior poder
sobre nós é crer que coisas materiais são prejudiciais à vida
espiritual, pois dependemos do material, para viver, para
nos movermos, para fazer caridade, para servir e para criar.
Segundo Wallace D. Wattles, escritor americano do século
passado, em seu livro “Ciência para ficar Rico”, publicado
em 1910 e reeditado em 2005 por Renato Fridschtein, com
tradução de Alba Rosa de Carvalho (disponível na Internet
para download grátis), plenitude envolve o mundo material;
suas palavras são:

“É no uso das coisas materiais que uma pessoa


encontra uma vida plena para seu corpo e
desenvolvimento para sua mente e alma.” (pág 7)

Na maioria absoluta das vezes esses conflitos são


estabelecidos pela mente racional (parte analítica do
consciente) que mede as possibilidades segundo o que vê,
medindo possibilidades, não a partir da “reserva de futuro”,
mas a partir da base de dados daquilo que já existe.
Podendo alcançar a reserva de futuro e dela retirar
aquilo que está indisponível, prefere ignorar isto e julgar e
sentenciar a impossibilidade como “cumpra-se”. Sentença
transitada em julgado é lei a mente não discute, cumpre.
Consolida-se a ineficácia rotineira, por falta de auto-
conhecimento diminuindo as possibilidades a níveis que
podemos considerar ridículos em confronto com a extensão
da disponibilidade em depósito. O maior conflito é separar-
se, dividindo-se em dois; homem de um lado e Deus de
outro, quando na realidade a união é indissolúvel em todas
as circunstâncias, principalmente quando se quer solucionar
a vida. Deus é relegado ao confinamento no espaço
devocional e o homem condenado ao nanismo cósmico,
porque não observa a determinação: “não separe o homem
o que Deus uniu”.
Em toda realização os recursos não existentes no
mundo racional, são providenciados, pelo poder divino,
existente em cada pessoa. A ser retirado da fonte onde tudo
é disponível: o inconsciente de cada um de nós. Sempre
será assim: a disponibilidade trazida ao campo das
possibilidades, domínio da razão, estará sujeita às
influências e aos conflitos decorrentes dos paradigmas aí
existentes, fundados nas circunstâncias e possibilidades da
consciência.
São conflitos: a situação existente, os recursos
existentes, a capacidade que temos ou que não temos, o
mérito ou falta de mérito, se é pecado ou não, se será bom
para mim ou não, se não vai haver castigo pelo desejo;
entre tantas outras coisas.
Permita-se, esgote-se nas possibilidades, torne-se
ilimitado e experimente-se no mais elevado grau de
intensidade da felicidade, permita que o poder do seu
conteúdo se torne expressão da sua realidade. Controle, não
os limites, mas os conflitos e aventure-se pelo paraíso onde,
conforme diz a bíblia: “de tudo poderás comer livremente” e
onde tudo há para a vida. Permita-se experimentar a magia,
o caminho para ela é a ousadia e viva a intensidade do
sentimento de ser um Deus.
Guerreie contra os limites determinados pela
consciência da realidade e viaje nos domínios do
desconhecido, utilizando o método de apropriação mental e
desfrutando delas ainda na imaginação. Exemplificando
para você: considere uma mansão, que você não tem, mas
alguém tem, ela não faz parte do seu consciente e por isto
não é usada no seu dia a dia, mas você pode apanhar uma
foto de uma qualquer que seja do seu agrado, para
mentalizar a sua imagem.
É nesse aspecto que podemos ter certeza de que
mesmo não sendo parte do seu consciente ela faz parte do
inconsciente, e você precisará aprender a trazê-la para a
sua rotina, e isto terá que começar com a visualização, com
a imagem. Posta para dentro de um ambiente com o qual
você lida todos os dias, você se acostumará com ela e terá
dado o primeiro e mais importante passo para que ele se
torne sua realidade material num tempo à frente.
A mente não distingue a lembrança da realidade e
proporciona os recursos para que o que você põe em foco
seja tornado real. O desejo e o contínuo pensamento em
qualquer coisa é um poderoso instrumento de atração. Tudo
que ainda não temos, mas conhecemos, ainda que
superficialmente já faz parte do nosso universo de
possibilidades.
O inconsciente percebe, mais que o olhar e registra
tudo à sua volta, como se estivesse fazendo para você uma
“reserva de possibilidades”, que prefiro chamar de “reserva
de futuros”. Dentro dessas coisas que você tem em si, mas
que não desfruta porque não pertence à sua realidade
certamente se encontra tudo o que você quer e não tem.
O que está no seu universo é exclusivamente seu,
retirar dele o que você ainda não tem é criar condições
novas de vida é ampliar e expandir a sua felicidade. Você
tem direito de possuir na dimensão física tudo o que desejar
e sua limitação fica exclusivamente por sua conta, pois tudo
o que pertence ao domínio dos seus conhecimentos, pode
efetivamente ser apropriado para o mundo dos
pensamentos e converter-se em realidade material para o
seu desfrute.
Creia em todas as possibilidades, inclusive naquelas
que você pensa não poder, não permita que se estabeleçam
conflitos, e creia, há mais mistérios entre a terra e o céu do
que qualquer um possa supor, conforme disse Shakespeare.
Faça-se feliz percorrendo as sete etapas da materialização,
que são:
1. desejar
2. acreditar
3. imaginar o que se deseja
4. agir
5. alimentar o pensamento do que se deseja
6. colher os resultados
7. usufruir

Goethe, um das mais ilustres mentes da humanidade,


filosofou sobre várias questões, e certamente aplaudiria
você por sua iniciativa de encontrar-se em sua verdadeira
dimensão. Dele vem o seguinte recado, para os momentos
de conflito:

(Johann Wolfgang Von Goethe (1749-1832)


"Antes do compromisso, há hesitação, a
oportunidade de recuar, uma ineficácia permanente.
Em todo ato de iniciativa (e de criação), há uma
verdade elementar cujo desconhecimento destrói
muitas idéias e planos esplêndidos.
No momento em que nos comprometemos de
fato, a providência também age. Ocorre toda espécie
de coisas para nos ajudar, coisas que de outro modo
nunca ocorreriam. Toda uma cadeia de
eventos emana da decisão, fazendo vir em nosso
favor todo tipo de encontros, de incidentes e de
apoio material imprevistos, os quais ninguém poderia
sonhar que surgiriam em seu caminho.
Começa tudo o que possas fazer, ou que
sonhas poder fazer. A ousadia traz em si o gênio, o
poder e a magia."
As mãos do homem e o poder de Deus estão sob a
sua guarda, permeando isso tudo está o universo mental e
todas as suas disponibilidades, seja mais ousado(a) e
espere milagres, o seu mundo ultrapassa os limites de sua
própria visão e entendimento. Dê a si mesmo a chance de
ser surpreendido.

CAPÍTULO 10
OS MESTRES

O padre, professor e filósofo, Lauro Trevisan,


incansável trabalhador da superação humana, diz que
“pode quem pensa que pode”, para ele esta sempre será
uma verdade. No decorrer da história vários homens se
destacaram pelo seu conhecimento e pelos seus resultados
de vida; eles expuseram as suas idéias após terem chegado
ao conhecimento de algum segredo sobre a vida. Por
vontade e esforço particular, alcançaram algum
conhecimento que lhes deu o destaque universal. Que
conhecimentos terão eles alcançado? Teriam descoberto
quem são? Ou como funciona a vida? Ou encontrado Deus?
As suas informações ainda têm levado pessoas a se
perguntarem muitas coisas e a buscarem a fonte de suas
verdades. Eles alcançaram níveis de vida privilegiados, e o
que descobriram fizeram o favor de nos deixar por escrito
para que todos pudéssemos usufruir. Leis permanentes,
disponíveis a todos, fazem com que pessoas, qualificadas
ou não, cultas ou não, possam alcançar magníficos
resultados de vida. Situações paradoxais são incorporadas
ao elenco de exemplos como prova cabal dessa verdade.
A verdade nos revela que posição social, riqueza e
capacidade realizadora, não estão condicionadas
exclusivamente a fatores como cultura e qualificação
profissional, mas, inequivocamente a padrões de
pensamento e a leis implacáveis.
Quem eram e o que pensavam essas pessoas?

Davi (1000 a.C.) – Salmo 82:6


Rei de Israel, segundo a bíblia, o primogênito dentre
os espíritos da terra;
O que ele disse:
“Vós sois deuses”.
Sócrates (470 a.C) – Portal do templo de Apolo
(Pythos), Delfos –Grécia
Sábio, filósofo, Doutor, discípulo de Platão;
As palavras que divulgou:
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os
deuses”.

Aristóteles (384 a 322 a .C)


Sábio, cientista, matemático e filósofo:
“A razão da sua vida é você mesmo.
A tua paz interior é a tua meta de vida, quando
sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda
está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu
pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a
divindade que existe em você . Pare de colocar sua
felicidade cada dia mais distante de você.
Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não
entregue sua alegria, sua paz na sua vida nas mãos de
ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não
pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos
dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que
seja.
Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos,
abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas
desesperado(a) por problemas financeiros, amorosos, ou de
relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta
para acalmar-te, você é reflexo do que pensa diariamente.
Pare de pensar mal de você mesmo(a), e seja seu
melhor amigo(a) sempre. Sorrir significa aprovar, aceitar,
felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te
quer oferecer o melhor.
Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores
impressões de você, e você afirmará para você mesmo que
está “pronto” para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar
a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo
que nem você conquistou ainda.
Critique menos, trabalhe mais. E, não se esqueça
nunca de agradecer. Agradeça tudo que está em sua vida
nesse momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do
universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que
seja na nossa vida.
A grandeza não consiste em receber honras, mas em
merecê-las.”
Aristóteles

Uma reflexão a respeito das inúmeras teorias que


tratam do tema da natureza divina do homem e que
apresentam o pensamento como fonte das realidades
permite que cheguemos a algumas conclusões:
O pensamento em si não é um poder, ele é um
instrumento de expressão pessoal que contém energia e ao
qual se pode aplicar qualidade para dar às idéias um
formato e uma função: a de expressar vontades e
sentimentos, ou planejar ações e estabelecer movimentos.
Ele pode ser “formalizado” apenas por uma vontade, a sua
vontade e é inacessível aos outros, até o momento em que
você insira nele alguma pessoa, momento em que ele
passará a ser compartilhado com ela em níveis mais sutis. A
vontade, modeladora do pensamento, surge em cada
pessoa a partir de sua motivação pessoal, seja para o que
for.
Com o pensamento você seleciona e move os seus
conhecimentos (o conteúdo mental) e, dando-lhe forma, faz
dele a “matéria prima” com a qual vai produzir a sua
realidade pessoal. Você projeta o que pretende materializar
a partir dele, primeiramente no ambiente interno o que lhe
causa os “sentimentos” que vai afetar a sua vontade,
dando-lhe força ou diminuindo, e depois por um processo
mais extenso, projeta-a na dimensão exterior, à qual chama
de “realidade”.
Ele é importante dentro do processo sim, mas sozinho
não é suficiente para que surja qualquer acontecimento ou
realidade. A ele se faz indispensável agregarmos algum
valor que lhe dê força, que o torne “magnético” dando-lhe
capacidade de atrair e assim, poder transformá-lo em fonte
de produção de realidades. O que dá a característica
magnética e o qualifica para atrair elementos para uma
formação de realidade física é o sentimento a ele
incorporado, que se transmite através de ondas invisíveis,
mas plenamente atuantes a requisitar do universo um
espaço para a sua livre expressão.
O sentimento magnetiza, o desejo motiva e a fé
realiza. Esses três elementos juntos se constituem na
“força” de qualquer realização, e como uma usina de
produção de energia, são eles que determinam a
“capacidade produtiva” de uma pessoa também.

Crer
O que é crer? Crer é ter a certeza antes de ver e antes
de acontecer. Se crê, porque se conhece todos os caminhos
e possibilidades, ou se crê, porque alguém falou e é digna
de fé a sua palavra, ou ainda porque esse mesmo já
percorreu os caminhos e conhece as possibilidades, tanto
faz.
Crer porque se conhece os caminhos, é fé; crer porque
se acredita em alguém é “confiança”, é crer por sua
“autoridade”. Existe, contudo, um outro tipo de “crença”,
ela se assenta nas tradições populares e nos mitos. Crer por
este último modo é, entre todos, o mais frágil tipo de crença
e o que mais pode levar às frustrações. Fé é algo inabalável,
a confiança pode ser abalada. Pensar e crer, sem conflitos é
que faz com que ajamos sem vacilar e que nos leva a
realizar.
Os conflitos se situam principalmente na área das
crenças, das tradições e dos mitos, porque eles nem sempre
correspondem à verdade; eles refletem as respostas
possíveis para momentos em que a mente humana não
tinha qualquer alcance a informações científicas e surgiram
como solução para justificar questões incompreensíveis.
O que é a fé? Ela representa a análise crítica do nosso
racional, estabelecendo uma comparação com eventos já
experimentados cujo resultado nos mostra que aquilo que
pensamos será mesmo possível. Esta é a situação mais
paradoxal que existe, porque a experiência dá a certeza,
mas o raciocínio estabelece seus parâmetros particulares,
com limites nem sempre corretos, nem sempre confiáveis e
nem sempre bons.
O limite é, por exemplo, algo extremamente influente
em todos os resultados de vida; porque se baseia nas
informações do que já existe, das circunstâncias externas e
determina a eliminação de nossas iniciativas. As crenças
são também poderosas na eliminação de possibilidades
quando vinculamos nossas ações a questões como: ter
merecimento, vontade de Deus e a julgamentos não só
inadequados, mas também equivocados.
A movimentação de energias, no nível consciente e no
nível inconsciente, envolve fatores ainda desconhecidos e
que suprem as carências de recursos sem qualquer limite,
exigindo-nos um pouco mais de “confiança” nos mestres,
que vejamos “pelos olhos deles” e a partir dessa visão
construir nossa própria fé.

LIMITES, CRENÇAS E MITOS

O que é permitido pensar? Tudo.


O quanto é permitido pensar? Não existe nenhum
limite, no pensamento tudo é possível. De onde eu retiro o
que penso? De tudo quanto eu conheço. Em tese, então,
meu limite real é o meu conhecimento, porque não consigo
pensar em algo que não conheço. O pensamento pode
derivar em “imaginação” e a imaginação só é possível,
daquilo que um dia vimos, permitindo-nos estender que
esta visão alcança o acervo da alma proveniente das suas
experiências precedentes.
O processo criativo da vida acontece pelo
pensamento, utilizando-se a experiência, ou a crença,
baseia-se no que conhecemos e que vimos e se limita
unicamente por esses dois “fatores”. O conhecimento é ao
mesmo tempo a possibilidade e o limite. Sempre haverá
uma correspondência direta entre o que queremos e o que
conhecemos, pois o que se deseja sempre estará contido
dentro do que conhecemos. Alguém que deseja ser rico, não
poderá sê-lo, se antes não souber o que é ser rico.
Faltar-lhe-á matéria prima mental a ser organizada em
pensamentos e imagens, com as quais possa dar início ao
processo de construir essa realidade para si. Não terá
subsídios para pensar, nem imaginar o que quer.
Ter mérito ou não, não modifica a formação de
realidade, mas crer que não se pode ter algo, porque não se
tem mérito o impossibilitará de ter. São os conflitos mentais
destruidores de possibilidades que determinam o fracasso
de qualquer empreendimento.
Suas possibilidades de manipular o pensamento são
reais, o conhecimento que você possui é grande, a
disponibilidade, portanto, realmente existe; o que você
quer, procure conhecer, procure estabelecer um sentimento
em relação a ele e faça o seu arranjo mental de acordo com
o seu desejo. Sua visão já percorreu toda a amplitude dos
espaços à sua volta e gravou no seu interior as cenas de
toda realidade, o mesmo aconteceu com todos os seus
sentidos. Embora nem todas as cenas tenham passado pelo
filtro do seu aspecto “racional”, mesmo as que você “não
viu” estão guardadas em você.
Este é o seu “inconsciente” e ele é muito maior do
que o seu “consciente”. Infinitamente maior, pois
nossa capacidade de processamento de dados em relação
ao todo que se “disponível à captação” é mínima: na
proporção de 2.000 apreensões da consciência para cada
400.000.000 (duas mil –contra quatrocentos milhões) que
não passam por ela.
Querer trabalhar com o restrito universo do seu
consciente é desprezar um fantástico acervo de todas as
suas possibilidades reais e renunciar à vasta riqueza
universal. Quem mais se utiliza do seu acervo do
inconsciente é mais rico e possui melhores condições de
vida. Chama-se “partir do nada” a esta situação. Total falta
de recursos existentes, mas infinita consciência das
possibilidades.
Por isto, contentar-se com o mínimo, podendo dispor
do máximo, é renunciar à felicidade. Tudo é disponível, para
quem quiser penetrar o espaço ilimitado do “inconsciente”,
reserva de futuros pessoais, fonte exclusiva e inesgotável
de sua individualidade. Se quiser, poderá tomar posse e
pegar do universo infinito em abundância, o que quiser;
mesmo se não quiser, ainda assim tudo ficará lá em “eterna
disponibilidade”, intocável porque é seu para sempre. Seu
sonho é seu sonho, permanecerá a disponibilidade, até que
você acorde para essa sua possibilidade.
Não existe nenhum limite, tudo o que existe e que um
dia ficou “exposto” diante de você, seja o que for, está
indelevelmente arquivado em seu inconsciente. Em tese,
você, portanto, quanto ao que pode “realizar”, é um ser
“ilimitado”. Se você estabelecer limites, serão seus limites,
porque tudo o que lá está, se crê, é possível.
É mito dizer que Deus nos dá tudo. É crendice popular
dizer que riqueza é maldição; é erro imaginar que não
podemos nada e que, se não temos é porque não
merecemos. A ordem de Deus a você é “busque a
perfeição”, sem estabelecer qualquer limite e sem eliminar
qualquer possibilidade, nem excluir bens materiais ou
situações pessoais.
A religião nos impôs seus limites, o poder público nos
impôs seus limites, assim também aconteceu com os
burgueses; de acordo com a conveniência deles é preferível
mantê-lo “cego” para a sua própria verdade e tutelar a sua
consciência, porque você é “um contribuinte” e paga o
dízimo; você é a mão de obra que eles precisam, portanto
precisa estar debaixo de controle. Sem você eles não
sobreviverão. Por isso, foram colocados vários obstáculos e
limites, para que você não chegue a se conhecer com
profundidade, para que ignore a sua realidade.
Conhecer a si mesmo representa a sua libertação e o
fim de sua “dependência”, e, logicamente pensam eles, o
“fim de sua contribuição”. Penso, contudo, ao contrário; que
quanto mais você progride, mais pode contribuir e mais
consciência tem da importância de sua contribuição.
Não há pecado na riqueza, podendo haver, isto sim,
não como regra geral, mas em casos específicos,
inconveniência; haverá inconveniência quando a mente
ainda estiver sob o véu do egoísmo e da avareza, o que é
impossível de acontecer quando você conhece a si mesmo.
Há total incompatibilidade entre o que imaginamos
seja Deus e as doenças; a Sua natureza emana somente o
que é perfeito e bom e não nEle qualquer possibilidade de
dar o mal em retribuição a outro mal, ao contrário o mal
nEle não penetra, não O atinge e, portanto, nada pode
surgir vindo dEle para qualquer tipo de ação. O que pratica
os hábitos negativos, estabelece a doença pela constância
em agir equivocadamente e contrariamente às leis que o
regem, o que odeia envenena a si mesmo pela desarmonia
que provoca nas suas glândulas.
Doença não é coisa de Deus, ela é criação particular e
produção pessoal de realidade, a partir de uma série de
eventos entre os quais se destacam o pensamento e o
sentimento desprovidos de qualidade, além da visão
distorcida da realidade, da pobreza de conhecimentos e do
despreza aos valores reais. É conseqüência de um conjunto
de fatores, nos quais estamos diretamente envolvidos.
As crenças populares situam as doenças como
elementos de crescimento e, portanto, como “boas” para a
alma, pode até ser verdadeira essa afirmação, porque
resulta sempre em aprendizado e experiência de vida;
contudo não são necessárias, e podem ser dispensadas de
nossa vida. Achar que Deus quer é subestimar a sabedoria
dEle, é ignorar a sua natureza. Bom para a alma e conforme
a vontade dEle é que você se conheça, que conheça as leis
que regem a sua própria natureza original e que a respeite.
Conhecendo a si mesmo você sabe como funciona e
habilita-se para produzir coisas boas. Também poderá
reconhecer que sua qualidade de vida está diretamente
vinculada à qualidade do que pensa e, como age. Sabe que
isto depende de sua escolha particular, da qualidade do seu
“conteúdo mental” e do seu entendimento da vida.
Não há absolutamente nenhuma vantagem no auto-
martírio, nem de “promessas”, menos ainda rituais de
purificação, isso também revela a distância da verdade e
para nada serve. Ainda que haja alguma inscrição indicativa
desses comportamentos, não corresponde a natureza
superior daquele que é a Suprema Bondade.
A natureza divina não é sádica e nem má e
certamente ignora isto, porque revela a maldade ainda
presente em nós mesmos, fazendo com que a oferta e o
sacrifício se convertam em duplo desperdício. O
mandamento é: amar ao próximo como a si mesmo.
Eleve-se em consciência acima da mente coletiva e
perceba que o seu destino é ser feliz e que o caminho não
exige sofrimentos, nem sacrifícios, o universo é o exemplo,
tudo se faz por união, por amor e afinidade, jamais por
ruptura ou por violência; a exceção feita aos animais
irracionais onde os mais fracos da espécie são eliminados
em razão do aperfeiçoamento que ainda não chegou à
inteligência e ao racional.
Nos domínios da razão, requer-se o uso da inteligência
onde se criam espaços para a entrada da natureza divina,
quando tudo muda de figura. Nesse contexto o amor é a lei
fundamental.
Livrando-se das crenças e mitos, você ampliará os
seus próprios limites, até onde queira, porque você foi feito
para o máximo e para o melhor. Há inclusive determinações
e modelos desenvolvidos por Sábios e Mestres, emissários
do divino que o ensinam a ser feliz, rico, próspero e
saudável.
A lei é ser feliz, abundante e próspero.
Nunca pense em ser feliz, sem custos. Você jamais
será feliz se tiver que lançar os custos para alguém. Se a
sua alegria for obtida com a tristeza alheia, o resultado será
fugaz e volátil; logo irá desaparecer em função dos efeitos
colaterais que vão surgir. Se nos sentirmos confortáveis
quanto às nossas conquistas é porque estamos em paz com
a nossa consciência, indicativo de que agimos bem e que
não haverá efeitos colaterais.
A conquista sadia e perfeita é boa e nunca se faz
acompanhada de qualquer sofrimento. Esse é o melhor
instrumento de avaliação quanto à propriedade de nossos
desejos. “O sentimento prévio” da realidade que queremos
nos dá a certeza se é bom o nosso querer, ou não, dando-
nos razão para continuar com ele, ou não.
Amar a natureza divina existente em nós é amar a
Deus; amar ao nosso semelhante que em si também
carrega a natureza divina é amar a Deus; amar a mim
mesmo, querendo sempre o bom, o belo, o melhor é amar a
Deus. O amor é a maior dentre todas as leis. A violação da
lei de amor, não é a melhor solução para que produzamos
bem estar e riqueza; o trabalho é uma boa solução, mas
também poderá deixar de sê-lo, se nele houver excesso,
que prejudique outras coisas importantes como: o lazer, o
descanso e a família. Se o trabalho tiver exigido tão grande
sacrifício a ponto de termos “deixado de viver a vida”, em
função dele, será tão prejudicial quanto a violação da lei,
porque será uma violação da lei do “amar a si mesmo”.
O alto custo, não será correspondido na mesma
proporção pelo benefício. A economia da vida requer
equilíbrio nessa conta. Se a saúde ficar comprometida, a
família destruída ou situações desse gênero, de que terá
adiantado? De que vale qualquer conquista se para
consegui-la eu tiver destruído os próprios pilares da
felicidade? Você tem o direito de ser feliz, e não é só direito,
existe mesmo uma determinação divina para você ser feliz.
Pode ser com o que você quiser, com aquilo que
imaginar. Mas o custo deve ser levado em conta, e para
isto, o método ser empregado para a sua realização, vai
fazer toda diferença. A felicidade está em cada pequena
meta, mas cada uma delas deve se estabelecer de modo a
não criar situações não desejadas, que acabem por tornar a
sua vida, se não pior do que era, mas muito diferente do
que imaginou.
O método recomendável para a ela se chegar não
pode produzir situações indesejáveis e deve ser algo que
não exija descomunais e continuados esforços; não pode
submetê-lo a pressões e não pode extrapolar os limites
morais, exigindo que você perca a sua alma. Não precisa ser
com estresse, nem com fadiga, pode e deve ser
estabelecida com equilíbrio, inteligência e moderação.
Usando o conhecimento dos recursos divinos, existentes em
você, você pode levar uma vida leve.
Dê-se essa alegria; alivie o seu fardo.
Sendo bem sucedido, avalie se agora não se tornou
escravo de suas conquistas, se não se tornou mais tenso
por possuir, do que para ter, e se não tem que fazer agora
maior esforço para proteger o que possui, do que para
construir. Se há mais liberdade agora, ou menos e sua vida
passou a ser um risco pelo que adquiriu ou não.
Se há perdas e riscos, não valeu a pena. Riqueza pode
e deve ser objetivo de todos, mas meios e fins devem
contribuir para o bem estar, não para sofrimento. Nada que
lhe retire o sono, ou que o impeça de caminhar por uma rua
livremente.
O mais adequado é observar-se a seqüência proposta
neste livro, que pede pensamentos coerentes com os
propósitos e perfeito alinhamento com a lei, este pode ser
chamado de “modelo estrutural divino”, pois é infalível e
vem sem qualquer custo adicional relativo aos enganos
naturais dos outros meios. Tendo como origem a alma e
pautado exclusivamente na lei da perfeição a que estamos
submetidos, estará isento de quaisquer sofrimentos.
Passará a fazer parte do seu ser e estará em você para
sempre, tornando-o perene e seguro.
As condições necessárias, para que você se torne
assim, plenamente realizado e absolutamente tranqüilo, que
lhe darão uma auto-confiança inabalável e a competência
para que realize todos os seus sonhos, estão em você
mesmo. O que há em você é muito mais do que você
sempre pensou e lhe dá mais capacidade do que pensa ter
e pode levá-lo até onde você pensou que não fosse possível
chegar.
Você possui em si mesmo os recursos para elevar-se
ao ponto mais alto da vida; tanto quanto a sua imaginação
seja capaz de alcançar e você não é uma exceção, todos
são assim; existem dificuldades para se alcançar esse nível
de capacidade, é verdade, mas o modo de ver a vida e de
entender essas dificuldades é o que estabelece uma
diferença, entre os que vão seguir adiante e os que vão
parar pelo caminho.
Recursos todos têm, mas poucos acreditam que os
têm e dentre os que acreditam que realmente possam tê-
los, poucos são aqueles que os sabem usar, por isto não
conseguem extrair os benefícios que poderiam extrair. A
falta de compreensão de como você funciona, advém do
pouco conhecimento de si mesmo. Conhecendo-se você
saberá do que é capaz e obterá resultados, por saber como
produzi-los.
Sabendo, não precisará ter esperança, porque vê os
passos dados e sabe com certeza que caminhou no caminho
certo e que, por isto chegará ao seu destino. Poderá ter a
certeza de que o que quer é possível. Ao produzir seu
resultados de acordo com os seus interesses, ganhará cada
vez mais auto-confiança e segurança para empreender,
tornando-se cada vez mais ousado. A ousadia é a força
interior dos que se conhecem, no mais profundo sentido.
São os resultados que dão solidez à fé e que garantem a
continuidade de um ciclo produtivo feliz, como jamais
houver imaginado.
Você pode comandar a sua vida, aliás, você já a tem
comandado, só que o tem feito sem saber que o faz, por
isto seus resultados de vida nem sempre são como você
deseja. Mas é você quem comanda a sua vida; são suas as
iniciativas que a faz acontecer. Suas dificuldades, bem como
as de todos, começam justamente aí, porque você emite
comandos para a vida com grande freqüência, e nem sabe
quando ou como está emitindo comandos.
Imaginar que a vida é comandada de fora de você,
seria ignorar a lei mais importante da formação de
consciência, que é o livre arbítrio. Você não é marionete de
ninguém, nem Deus quer que seja assim, pois suas
conquistas não seriam suas, e suas culpas não seriam
culpas. Seus aprendizados não aconteceriam e você não
seria como Ele mandou que se tornasse: um com o Pai.
Suas ações o vinculam aos seus resultados; sempre.
Age-se por pensamentos, por palavras e por ações
propriamente ditas. Quais as possibilidades de se chegar a
um resultado desejado, agindo em desacordo com os
nossos propósitos ou em desacordo com a lei?
Com que componentes resolvemos a vida?
Que elementos são decisivos no direcionamento de
nossas ações?
Quando não sabemos que dirigimos nossas vidas, que
nos conduzimos a todos os destinos dando passos em sua
direção, ou, quando andamos sem direção, quando
caminhamos em direção oposta ou não caminhamos, todas
as situações são ruins. Eventualmente pode coincidir de
caminharmos na direção do destino que imaginamos, porém
as circunstâncias nos levam a duvidar de que aquele seja
verdadeiramente o caminho e pode nos desorientar
enquanto caminhamos.
Não são raras as vezes em que, estando a caminho de
qualquer realização, por força da dúvida ou por qualquer
razão tola, paramos com o nosso projeto, ou mudamos
nossas ações para outros propósitos, muitas vezes não
realizando nem uma coisa, nem outra. Somos derrotados
pela dúvida.
Em grande parte dos nossos momentos não temos
destino algum, noutros, quando temos algum destino em
mente, somos assolados pela dúvida e, em outros ainda,
partimos confiantes para a realização sem qualquer
elemento para sustentar a caminhada rumo ao destino
pretendido.
É importante que saiba:
1. Você se conduz a todos os destinos;
2. É preciso ir de encontro ao destino: caminhar
ou fazer;
3. É preciso saber o que se quer: estabelecer um
destino, ou objetivo;
4. É preciso ter certeza do que se quer: dúvidas,
matam as possibilidades;
5. É preciso crer nas possibilidades;
6. Imaginar e sentir o gosto antecipado é
magnetizar o futuro.
7. Pode Usufruir.

Uma pessoa que não sabe como a vida acontece e,


que a movimenta, precisa cuidar para que tudo que faça,
esteja de acordo com a lei do amor, caso contrário produzirá
para si mesmo aquilo que não espera e na hora de usufruir
terá o sabor de fel ao invés do sabor de mel.
Ninguém precisa sofrer. O dissabor não foi feito para
você, ou para quem quer que seja. Se fosse indispensável
sofrer não haveria nenhuma necessidade de orientação
espiritual, bastariam as experiências. Ela produz o
discernimento e nos leva ao aprendizado das “escolhas”. Se
há orientação é porque, agindo por ela, evita-se o
sofrimento. A orientação indica a melhor escolha, como
fórmula já testada por muitos que já percorreram o mesmo
caminho; não se guiar por elas é desprezar valiosos
conteúdos que facilitam a vida.
Qualquer opção é respeitada, o bom resultado
aplaudido, e o sofrimento compreendido; nessa linha nos
conduzimos a nós mesmos rumo ao mais alto entendimento
da própria vida. Nós somos aprendizes da vida. Saímos da
irracionalidade, penetrando o raciocínio contínuo, agora
estamos aprendendo a resolver a vida pela mente e a ter
“pensamentos contínuos no bem”, para que o bem e a
felicidade sejam nossas sucessões naturais de cada
momento da vida e nosso único destino. Nos formamos com
os elementos do próprio caminho, aprendizados se
incorporam e ganham forma e nos habilitam a passos mais
largos em direção a destinos sempre mais elevados.
A liberdade lhe dá o direito de optar por seguir as
orientações já existentes ou experimentar por conta própria,
nada o impede de fazê-lo, mas, enquanto se prefere a
experiência formadora de consciência à custa própria,
posterga-se para uma outra oportunidade no futuro, a
experiência do usufruto que se poderia ter agora. Jesus fez
essa experiência por você, querendo que, com seus
ensinamentos você fosse poupado das dores e sofrimentos
e de passar pelas mesmas coisas; mas ele respeita, se sua
opção for outra.
Ele percorreu todo o caminho e voltou para dizer-lhe
como fazer para não sofrer, em suma ele sofreu e voltou
para evitar que você, sem orientação causasse o seu
próprio sofrimento. Ele fez tudo isto para livrá-lo de “pecar”
(para oferecer-lhe a possibilidade de percorrer o caminho
sem errar). Não se engane pensando que o sofrimento dele
retira o seu pecado; isso é pouco inteligente e incoerente
com a sabedoria divina; Ele sofreu durante a caminhada e
anotou o que pode evitar o seu sofrimento e o ensinou a
você, que pode aceitar, ou não, e livrar-se de sofrer, ou não.
Se você seguir o que Ele ensinou, você se livra do
resultado negativo de seus maus pensamentos e ações
más, se não seguir, jogará fora tudo o que Ele deixou para
você, a fim de evitar que você sofresse. A escolha é sua e
ninguém pode interferir.
Optando por seguir o caminho ensinado por outros, a
sua vida se torna mais fácil, o seu rendimento será melhor e
você se faz mais produtivo. Você se torna competente para
solver a vida e ela não se fará com sofrimentos. Em tese,
somos destinados ao melhor, mas, na prática pode
acontecer diferente porque somos livres para agir. Pergunte-
se: “por que não experimentar isto?”
Ao contrário do que se pensa as palavras Dele dizem
como você funciona melhor, o que pode, o quanto pode e
como deve fazer para obter de si mesmo recursos que
podem chegar à categoria de “milagres”. Veja tudo o que os
“sábios e mestres” disseram a seu respeito, e creia, eles
não disseram nada que não seja verdadeiro a seu respeito.
Não se deixe enganar pelas opiniões da mídia, eles se
fazem de “donos” da verdade, mas são cegos. Suas
“teorias” não possuem valor prático real e não devem
impedi-lo de ser dono de si mesmo e de suas imensas
possibilidades. Perdoe-os porque não sabem o que fazem.
Sempre foi assim, desde o princípio dos tempos.
Fomos prevenidos contra os “falsos profetas”, contra os
“escribas e fariseus” e contra o “poder temporal” que se
opuseram ao estabelecimento da verdade, porque nela está
a fonte da libertação da consciência.
De modo claro: a verdade que está circulando, diz de
sua divindade, fala que você pode produzir realidades
maravilhosas para a sua vida, não há nela qualquer
mentira, embora não seja conveniente para a classe
dominante. A consciência da verdade lhe dá poder. Se você
estiver pronto(a) para assumir essa realeza, você se tornará
receptivo e este será o sinal de que a sua vez é chegada,
mas como antes, você tem o livre arbítrio de “ser ou não
ser” o ser divino, e tornar-se, ou continuar sendo o que
sempre foi, de qualquer forma, você tem o direito e a razão
a seu lado, a sua opção é a que melhor lhe convém, de
acordo com a sua consciência.
Há uma lei que dá a mim, a você ou a quem for, esse
direito de exclusividade para o seu sonho nunca ser
disputado com outros, essa lei chama-se lei de atração ou
“Magnetismo”. Cada um só pode atrair a si aquilo que
sonhar e ao sonhar criará a própria realidade. Os sonhos são
retirados das disponibilidades universais onde o que cada
um cria, é somente seu e não será apropriado por outro.
Todos podem sonhar o que quiserem e ter em
disponibilidade exclusiva tudo o que sonhar.
Livre arbítrio é lei, crer é lei, magnetismo é amor e é
lei, progredir é lei.

AUTONOMIA

Não se preocupe em conhecer como tudo começou,


porque o momento está disponibilizando para você uma
“autonomia” na produção da vida, o que equivale em
termos universais à “ascensão aos céus” ou, em termos
espirituais, à “maioridade espiritual”. A plena consciência
de sua própria realidade lhe dá direito a várias coisas, entre
elas a de ver-se em toda a sua “magnitude” e de tornar-se
ciente dos segredos universais da formação da realidade
individual. Não será possível, contudo, atingir esses dois
objetivos sem revelar-lhe outros detalhes, como a formação
da geologia do ambiente que envolve as experiências
individuais e coletivas, deixando-o a par de tudo.
A uma observação superficial, eventos de grande
porte se afiguram como “injustiça” aos nossos olhos e nos
fazem pensar sobre o que possa estar por trás das grandes
tragédias. Nelas são envolvidas pessoas de todas as idades,
inclusive crianças inocentes. Certos fatos surgem para que
levantemos hipóteses e façamos perguntas, porque nos
parecem demasiadamente contraditórios: caravanas de
romeiros, vez por outra estão envolvidas em acidentes
fatais, produzindo elevados sentimos de comoção em todos
nós; não seria razoável pensarmos que o “santo” protetor
daquelas pessoas, a quem estão indo adorar, estivesse a
protegê-los?
Respeitam-se todas as crenças, como direito de cada
um, mas a observação é inevitável, sem julgamentos. As
energias internas de cada pessoa são responsáveis por
qualquer milagre que lhes aconteça, assim também se
regem outros eventos, quaisquer que sejam as suas
naturezas. Movimentando sempre recursos internos, medo e
fé, pensamentos negativos ou sintonias vinculam a criação
de eventos de grandes proporções à fonte emanante de
onde surgem todas as realidades, a mente humana.
Suprimidas as razões para que consideremos injustos todos
os acontecimentos, permite-se enxergar o contrário, a
própria manifestação da justiça, em cada fato, de vez que
se por um lado palavras são “alimento e vida”, por outro
também são fome, tragédia e morte.
Palavras não só fazem justos todos os
acontecimentos, mas podem ser vistas como sentenças
condenatórias, induzindo e conduzindo quem as pronuncia,
a uma reciclagem de idéias e de saberes, com o propósito
de sanear-lhes a própria vida.
Seca, sede, improdutividade e fome alicerçam
construções pobres de saberes espirituais, representadas
por pensamentos semelhantes e, sem emanações de
conteúdo produtivo, projetam o cenário externo das
caatingas e desertos internos, clamando fome e sede
espirituais. Identificadas pela imobilidade e inação
espiritual, difícil é a estrada da vida. Só uma luz vinda de
fora, trazida pela caridade fraterna pode criar alguma cena
de verdejante esperança de um futuro menos árido.
O nível de autonomia mais alto é uma conquista
individual e acontece de modo progressivo de acordo com o
esforço pessoal desenvolvido para a própria auto-conquista.
Direitos e deveres do emancipado são previamente
conhecidos, antes mesmo da emancipação, e se tornam
“corpo” e “poder” para que ele se torne independente na
produção de vida e ações libertadoras. Para tornar-se
autônomo na produção de suas realidades pessoais, basta-
lhe assumir a condição de divino servidor de todas as
criaturas, como fonte de seu próprio suprimento e campo de
trabalho.
A autonomia é simultaneamente um ato de libertação
do magnetismo da matéria, e do estabelecimento do poder
moral, grande energia nascida do amor, última conquista de
uma consciência terrena, pronta para penetrar o território
da felicidade.
Iniciado de Deus é aquele que tendo vencido o
mundo, tornou-se dele o senhor, podendo retirar dele tudo o
que quiser, porque dele dispõe livremente, como se num
paraíso estivesse e onde toda a situação e realidade
agradável fosse disponível livremente, sem o risco de
qualquer tentação que o leve novamente a optar pela
escolha ruim.
A última conquista da consciência é a conquista de
sua própria mente.
Por ela você se torna o senhor do mundo, porque a
partir desse momento você detém o conhecimento do
segredo da realização material, e se torna ainda senhor do
universo porque venceu a morte, estabelecida na
inconsciência de sua natureza divina.
CAPÍTULO 11

FRENTE A FRENTE COM A REALIDADE

Após longa caminhada, na qual aconteceram muitos


choros e sob muita tensão e medo, você está agora aos pés
do grande monte sagrado da vitória sobre si mesmo. Chegar
ao alto é a glória, a riqueza, a paz, a alegria, enfim tudo é
ser feliz. Você saiu do deserto, que lhe trouxe tantas
experiências; fome, sede, tentações e com sofrimento
chegou até aqui. A longa caminhada, feita sob suor,
lágrimas e dúvidas foi penosa e árdua, há muitas
testemunhas disto.
Durante o caminho você aprendeu a equilibrar os seus
sentimentos, aprendeu a sentir intensamente e a valorizar
até a brisa, aprendeu a ver beleza na gota de orvalho na
folha da árvore, aprendeu a respeitar o seu semelhante,
percebendo-o como alguém igual a você, sentindo que ele
tem os mesmos anseios e sentimentos que você e, pelo seu
sofrer, aprendeu a não querer para ele o que você passou.
Você está pronto para ser feliz.
Olho os seus pés e vejo bolhas, você quer alívio,
descanso e paz; sentado à beira do caminho onde muitas
vezes pensou em desistir agora você olha para o alto e vê
que há ainda um grande esforço a ser feito, mas que a
partir de agora cada passo representa uma conquista divina
e o leva a saborear a própria vida, por ela mesma, sem
qualquer outra razão importante. A felicidade está dentro de
você.
Você está com o sentimento sublimado, apurado e
divinizado; saiu do chão das consciências mortas e pisou no
terreno elevado da consciência divina. Ainda não é o céu,
mas ele está mais próximo, tão próximo que você o
experimentará e desfrutando algumas de suas delícias se
fortalecerá para prosseguir.
Não importa o quão alta seja a sua montanha, seja ela
a carreira, a vitória no esporte, a fama ou a fortuna, porque
há um segredo que o ajudará a criar “asas” quando
precisar, a levitar se for preciso, e a navegar o próprio
vento, tendo por esqui a sabedoria dos deuses. Você se
igualou a Sócrates, a Platão, e a Aristóteles e caminha,
neste instante, para uma estatura mais elevada, a de Jesus,
ele está no alto do monte a esperá-lo.
A utopia ganha a força de possibilidade e alcança a
perspectiva de realidade; o sonho ganha o status de
experiência. Você está frente a frente com a realidade: você
é o construtor de todas as realidades e chegou à fonte da
vida. Todos os limites, antes exteriores à sua compreensão,
estão agora dentro do espaço de sua consciência,
completamente integrada ao seu inconsciente, o que faz de
você um novo ser, do tamanho do universo.
Ao olhar em outras áreas de sua própria natureza,
verá que há em você um campo inexplorado ao qual não
tinha acesso e que nele há tudo o que você imaginar “em
repouso” aguardando o seu comando como “o gênio” a dizer
a Aladim: O seu desejo é uma ordem.
Muitos querem chegar até aqui e desejam subir a
montanha, mas nem todos conseguem enxergar que, antes
da montanha há uma estrada, e que percorre-la é
inevitável. Muitos desistiram de caminhar à espera de um
milagre, sem entender que aquele que produz o milagre
tem que caminhar para chegar à montanha, porque estar
diante da montanha é o milagre.
Alguns se entregaram aos monstros que criaram,
como se fossem animais de estimação e conservam
carinhosamente seus medos, o desânimo e suas
“tendências negativas”, respeitando-os como “forças vivas”,
enquanto outros fizeram da fé e da coragem, da vontade e
da alegria suas asas e, voando por sobre as suas
dificuldades, superaram-se e se tornaram habilitados para a
grande subida. Chegar ao topo é possível, mas há que
caminhar primeiro.
Não há concorrência; a vida é uma atividade
individual, é produção independente e você é autônomo. Se,
está no caminho, não pare para pensar nas sombras porque
o caminho se alonga quando as forças se retraem.
Caminhar é preciso.
Ninguém está disputando a vida com você, nem a
vaga na faculdade, nem o cargo na empresa, nem a fortuna
que deseja ou o sucesso que espera; você é a única força
envolvida e só há uma vaga em qualquer desses lugares: a
sua.
Só você poderá levar-se aonde quer ir e só você pode
impedir-se de chegar lá. Só a você está reservado o que
você quer, só você pode impedir-se de tomar posse do que
é seu. Se você quer ir, mas não sabe como, use o segredo
dos Mestres. Ele o pode levar diretamente, infalivelmente e
rapidamente. Muitas pessoas conhecem o segredo dos
Mestres, mas deixaram de lado o “pergaminho” e perderam-
se pelo caminho. Eles dizem que a sua vaga e tudo o que
você quiser é seu, definitivamente seu e, se você não
acreditar e ou se não tomar posse, tudo, ainda assim, estará
aguardando para quando você quiser acreditar. O segredo
dos Mestres revela que tudo o que você sonha, deseja ou
espera, é seu e será para sempre seu, nunca ninguém e por
razão nenhuma poderá tomar posse daquilo que
corresponde ao seu sonho. Cada um tem o seu próprio
sonho para tomar posse.
Isso é lei. Sempre há para cada um, a realidade que
sonhar, quando quiser, eternamente. Sonhar é criar a
própria realidade.
Mas não basta sonhar, e nisto está o segredo: é
preciso conhecer todos os caminhos que fazem o sonho ser
real, para que a realidade seja “um sonho”.
Esse seu poder, se baseia na mesma lei que o atrai
para o alto da montanha, é ele que disponibiliza todos os
recursos para que você alcance o topo: é a lei do amor, no
passado vista como lei de atração. Você se sente atraído
para Deus pela lei de atração; pela mesma lei, uma
partícula atômica se liga a outra em processo de afinidade,
ela preenche a tudo e a todos, corpo e alma são unidos
eternamente por amor e afinidade.
Você foi atraído para este livro pelo magnetismo que
ele tem, porque ele está cheio de amor. Sua essência
interior reclama por algo que o possa completar, dando-lhe
o preenchimento de espaços mentais ainda não
preenchidos. O que você necessita está sendo dado a você
por seu magnetismo, indicando que você está pronto para
conhecer “o segredo dos Mestres” e como isto dominar “O
segredo de fazer o futuro”, conhecendo-lhe os detalhes e
permitindo-se usufruir de si mesmo, aquilo que você possui
de melhor.
O universo está em disponibilidade, com todos os
seus bens e recursos à espera do seu comando, tudo o que
você conhece está incluído. Sirva-se à vontade, tudo o que é
do Pai é também do Filho.

O QUE QUER PARA VOCÊ?

Quando não se sabe aonde se quer chegar, qualquer


lugar pode ser o destino e, pode não ser um bom destino.
Quem não tem objetivo, não tem destino e se movimenta
pelo movimento das ondas. O pensamento coletivo, forma
ondas magnéticas indutoras, levando-nos a um destino
desconhecido. Formando o ar que respiramos
diuturnamente, nossas vidas estão sob sua permanente
influência. O invisível mar da vida se movimenta nas ondas
do pensamento coletivo. Para estar livre dessas ondas e fora
do movimento das massas é preciso fazer crescer as
energias pessoais, capazes de dar força e poder, para seguir
um destino próprio, particularizado no seu reino pessoal.
E para crescer em energias pessoais, é preciso
conhecimento espiritual, ou “auto-conhecimento”, além de
estar amparado na proteção da lei, escudo e motor de
propulsão que pode tirá-lo de dentro da grande onda. É
preciso dotar-se de um conhecimento que transforme a
esperança em fé; e é preciso acima de tudo ter amor por
você mesmo, por tudo e por todos.
As massas estão sujeitas às ondas incontroláveis que
chegam à praia de cada um, com a potência de “tsunamis”;
estão sujeitas às tempestades, terremotos, furacões,
vulcões e pragas, porque as mentes coletivas atuam
negativamente e por impulsos, navegando as ondas dos
acontecimentos externos, provocados pelo medo, pela
oscilação do mercado, pela flutuação do câmbio, pelo nível
de emprego e desemprego etc.
O ambiente que recebe impulsos massivos de
energias negativas cria os retornos correspondentes
convertidos em catástrofes. Eles demonstram “a revolta da
natureza”, destruidoras e implacáveis. Toda revolta indica
as energias de uma ação querendo voltar para o ponto de
onde partiu. Como tudo parte de uma ou de muitas mentes,
a reação da natureza atinge aquele que a ela dá origem.
Assim como nas atuações individuais, as coletividades
não sabem o que representam seus próprios movimentos de
energia, quando pensam, falam ou quando agem; sem
saber o verdadeiro significado do que isto representa,
muitas vezes, fazem o que não interessa a eles mesmos. Se
um homem produz de si, pensamentos, que dão origem a
realidades, por um processo de crer e imaginar, que
poderes não têm, então “coletividades”, que são formadas
de muitos pensamentos similares?
Você intervém na vida tão intensamente e de modo
tão contínuo, que segundo a segundo está dando ao seu
destino um formato; e assim também o está
permanentemente alterando e desmanchando. Amplie o seu
cenário particular e veja multidões de pessoas, com medo
do amanhã, temendo perder o emprego, temendo adoecer.
O que pode resultar de tamanha conjunção de energias
movimentadas na mesma direção?
Situando esse modelo em contextos ampliados
teremos: catástrofes, desgraças, pragas, pandemias... É
claro que ondas de pensamentos similares qualificadas e
positivas são produtoras de progresso e felicidade, assim
aconteceu com os Estados Unidos nas primeiras décadas do
século XX e que o levou à condição de primeira potência
mundial.
Igualmente se pode ver o mesmo fenômeno no Crack
da bolsa de Nova York em 1929, desencadeando como
realidade aquilo que a “mente coletiva” esperava, a
quebradeira dos grandes industriais e comerciantes do país.
O que teme o mal o atrai, o que pensa no melhor atrai essa
condição, a vida é a resposta sim a tudo o que se crê. Ela
nunca diz não, seja lá o que for que você acredite.
Conhecer todo o processo de formação de uma
realidade é um objetivo importante para quem quer ser
feliz. Obter o êxito, antes de conhecer a verdade sobre si
mesmo, não é bom, porque o faz perder-se no caminho e
afastar-se do seu destino de ser feliz. Obtê-lo também
quando ainda não se tem o equilíbrio necessário para não
se perder, atrapalha a caminhada evolutiva e paralisa o
crescimento de consciência.
Quando não se conhecem os mecanismos de
formação dos eventos e realidades, faz-se grande parte das
intervenções de modo inadequado e prejudicial; há
correspondência direta entre a intervenção e o resultado. Se
houver incoerência entre propósito e pensamento, haverá
um desvio de resultado. A coerência é utilizar-se de
pensamento qualificado para o fim a que se propõe, só isto
pode dar a certeza de um futuro sem qualquer surpresa. Se
estiver em dúvida, aja pelo não agir, ou seja, aguarde a
intuição dar-lhe uma diretriz a ser seguida. Ela virá, com
certeza.
As informações são milenares e contêm o segredo dos
Grandes Mestres da Humanidade; faça uma releitura das
suas mensagens dando preferência para uma visão não
religiosa e sinta a verdade do seu conteúdo, sem a
influência de dogmas, sem fixar limites pelo que possui.
Creia na profundidade de suas palavras, que são definitivas.
Faça isto sem perder a sintonia com o conhecimento
espiritual; eles confirmam com abundância de testemunhos
a sua veracidade e importância e, a sua natureza divina.
Tenha em mente que a consciência é o elemento espiritual,
a vida e por isto mesmo é também o seu elo com Deus.
O espírito é uma unidade divina, viva e
individualizada. Se é visto como corpo ou se possui um
corpo, não faz diferença. O que importa é saber que sua
origem é divina e que o seu destino aponta para o alto; a
porta de entrada para o céu é a mente, a chegada da
consciência se dará no mesmo ponto de onde partiu.
Essa é uma proposição que não estabelece qualquer
divisão, não exclui qualquer pessoa, ao contrário,
arregimenta todas as mentes que ultrapassaram as
fronteiras da religião para entrarem nos domínios da
natureza divina, presente na mente. Seja bem vindo ao
nosso convívio, porque...
O seu destino é ser feliz. A porta da felicidade é a sua
própria mente.

ACABE DE CHEGAR – FALTA POUCO

Estabeleça-se mentalmente no “futuro” que deseja,


vivendo-o plenamente em seus pensamentos e na
imaginação, ignore tudo o que o rodeia e que poderia se
impeditivo para que essa situação, por enquanto virtual, se
torne real; habitue-se com esse pensamento e você se
mudará para aquilo que chamava de “futuro”.
Esqueça o passado, esqueça as notícias ruins e
esqueça também as opiniões daqueles que ao longo do
tempo o fizeram sentir-se menor. Você pode crer que os
Mestres não se equivocaram, por isso se tornaram mestres,
nem todos estão prontos para ouvir-lhes a voz, mas você
está. Embora ao seu lado tudo pareça ser como antes, por
dentro você sabe que o universo inteiro mudou para você.
Os seus olhos se ampliaram na capacidade de ver e de
entender, o que a outros ainda não é dado.
O que os mestres dizem a seu respeito é muito bom,
tanto quanto possa imaginar, e além disto. O próprio Deus
depois de criá-lo e a tudo o que fez, olhou, admirou-se e
disse: “vejo que tudo é bom”. Você está destinado a chegar
até o topo do mundo, ao lugar mais alto que possa
imaginar; o seu lugar é onde você sonha. O seu futuro é o
“ideal”. Muitas pessoas deixaram seu depoimento e suas
palavras com o intuito de assegurar-lhe que as minhas
palavras estão certas quando eu digo o que digo agora: o
seu destino é vencer.
Você nasceu com o destino definido: você se tornará
um “vencedor”. Portanto, nada tema, creia somente; assim,
voando nas asas da fé, o destino, por mais longe que possa
parecer começa aqui e agora. Embarque em seus
pensamentos, carregando a bagagem dos seus sentimentos
sobre o futuro desejado e penetre nas nuvens da
imaginação porque você se elevou para perto do céu e
tomando a posição divina que lhe cabe tomar, está
produzindo conscientemente a sua própria realidade.
Nada é impossível para Deus, disse Jesus, ele estava
falando de você, desde aquele tempo porque sabia que
você iria, triunfar da humanidade e conquistar a sua
divindade, que iria escutá-lo no momento oportuno, na hora
adequada, como de fato está acontecendo agora. Todo
homem verá a salvação de Deus, ele disse também; como
você vê agora, a sua natureza divina, alcançando a sua
autonomia, e livrando-se das amarras de um passado de
sofrimentos e dores, salva-se do mundo.
O futuro a Deus pertence, de fato agora você, ser
divino recém acordado para sua natureza suprema, tem o
futuro ao seu dispor, faça-o como bem entender porque o
reino divino do qual você estava inconsciente, é o seu
inconsciente, e ele é todo seu, é a herança que lhe estava
prometida desde sempre. Você entrou no paraíso do
inconsciente, onde tudo é disponibilidade.
Outros homens estarão ao seu lado neste mundo
terreno, recomende a eles que não comam do fruto do bem
e do mal, porque, se comerem, certamente morrerão.
Ensine-os a pensar no bem, no bom, no belo, no útil e no
melhor, somente, não no mal, no ruim, no feio, no inútil e no
pior, porque sofrerão; terão de comer o pão com o suor dos
próprios rostos e dar à luz em dores ao seu “filho” (o ente
divino).
Porque fazê-lo outra vez, se você já fez isto por eles,
cristo de Deus? Pense nisto. Quando estiver pronto para
ensinar então terá o direito de receber ensinamentos mais
profundos. Esse é o ponto aonde você chegou. Para isto
precisará conhecer o que lhe falta para que você tenha de
fato o poder anunciado de ordenar à montanha, qualquer
montanha: “arreda-te daqui e lança-te ao mar” e poderá ver
por seu próprio testemunho o seu Deus interior,
ressuscitado e operante.
Agora você já pode conhecer o grande segredo dos
Mestres.
CAPÍTULO 12

DOMINANDO O UNIVERSO DA MENTE

O seu encontro consigo mesmo é o momento em que


você se depara com Deus, frente a frente; nesse momento
há a plena comunhão de forças e uma integração universal
na qual se estabelecem em você mesmo todos os poderes
d’Ele. A partir daqui você perceberá que o próprio percorrer
do caminho já era a subida da montanha e quando chega ao
fim desse percurso você já se vê no alto. E vê, do alto, o
passado o presente e o futuro como um tempo único,
perfeitamente acessível através do campo mental, onde
você está agora e onde tudo, de fato está acontecendo,
aconteceu e acontecerá.
Sair do domínio da força para operar pelo domínio da
mente, esse poder é sua máxima conquista, caminhar no
céu é caminhar pela mente, é fazer do pensamento seus
braços e pernas e da sua cabeça o reino onde você é rei, a
sua majestade você, único e incomparável, definitivamente
senhor. Onde todo conhecimento é possibilidade e riqueza,
e a fé apenas instrumento para realizar a ação.
Compreender que cada um de nós, onde estiver, está
sempre construindo-se e à vida, que deseja ou não,
acrescentando-se possibilidades novas e destruindo outras,
a fim de fazer-se à imagem e semelhança de Deus,
conforme a ordem inicial dessa caminhada existencial.
Entendendo que a sua existência sempre será um resultado
de suas aquisições e destruições para sempre e refletirá o
seu estado de consciência de si mesmo.
Viver não é só viver; viver é um ato simultâneo de
auto-construção, pelo qual nos edificamos pela consciência,
verdadeira e única estrada para a eternidade para a qual
nos dirigimos. Todo aprendizado saudável, e toda harmonia
são: “estrutura celular da saúde e da paz”, assim como toda
virtude tem um correspondente poder a fluir e influir na
própria vida de seu praticante; todos têm na mente o
laboratório onde acontece a alquimia de tornar-se corpo e
experiência.
O caminhante da vida, e isto somos todos nós,
encontra no aprendizado do que é bom, a fonte de toda a
sua riqueza e apropriando-se dele, tem abundância e
alegria, e sempre poderá tirar de si mesmo o seu
suprimento e a sua felicidade.
Conduza os seus pensamentos para a possibilidade
que você deseja e daí surgirá a realidade que o fará feliz,
porque depois de trabalho que teve para aperfeiçoar os
detalhes, retirar os entulhos da consciência e tapar os
buracos, representados pelos seus medos, superstições e
ignorância, você poderá caminhar agora de olhos vendados,
pois todos os lugares de sua mente são seguros e o levarão
inevitavelmente à felicidade.
Os caminhos da vida são feitos pelo seu pensamento
e toda idéia nova se apresenta como uma nova
possibilidade; se a aceitar ela influenciará o seu destino. A
seletividade daquilo que recebe através dos sentidos é a
sua “escolha”, podendo ser recusa, ou aceitação, mas de
qualquer forma moldará um futuro, que qualquer dia irá
experimentar.
Não se prenda em erros do passado, atribuindo-se
culpa; ande em direção a um futuro melhor; o passado
equivocado não interessa. Não se lamente, não se
menospreze, nem se diminua; olhe o futuro bom que se
aproxima e continue caminhando; isso é perdoar-se, isto é
perdoar aos seus inimigos (os seus pensamentos
negativos), é amar-se, é amar aos inimigos (entender o erro
como fonte de aprendizado), porque sem isso você não
consegue caminhar.
O passado é um elástico que sempre o puxa para trás
e, chegado certo limite, o trará de volta aos seus erros.
Corte o elástico que o prende ao passado.
Deduza o que aprendeu de tudo o que passou e
recorrendo a pensamentos adequados situe-se no tempo e
na posição que desejar, porque a vida é uma obra individual
interminável, que lhe compete projetar e construir. Espalhe
sentimentos bons, faça assim com as suas palavras,
igualmente cultive bons modos e a gentileza; faça de seus
pensamentos semente de flores, pois por eles percorrerá
sua vida, assim terá beleza e alegria em sua própria
convivência.
Essa é a fórmula pela qual você virá a ter na vida
pessoal e nos relacionamentos as flores da alegria e da paz
que sempre quis ter. Em qualquer tempo e em todos os
lugares nos encontraremos com aquilo que um dia fizemos,
pois o que vem da vida é exatamente igual ao que partiu de
nós mesmos.
Alivie a sua própria experiência, retirando de si as
cenas brutas dos pensamentos negativos e das culpas
oriundas de um passado em escuridão; pense no melhor,
porque o melhor é a luz e a leveza do grande ballet
cósmico, na dança da felicidade. Dance a vida e escute a
sinfonia divina, perfeita na revelação do amor universal, que
acontece independente de quem esteja a dançar e a
escutar.
Tudo isto está nas pequenas coisas: no sorriso, na voz
da criança, no vôo da borboleta, na gota de orvalho ao sol, e
no reflexo da luz em forma de arco-íris.
Afaste-se do julgamento. Ao mirar-se na virtude e, ao
compreender a justiça, presente em todos os fatos, perceba
Deus atuando na recomposição da própria harmonia; assim
você ajudará a não reavivar em si mesmo forças negativas,
já adormecidas com as quais um dia lidou e, livrando-se de
vir a experimentá-las novamente. Não há outro caminho
para você; nem para ninguém. Seu ideal é sua estrada e
cada pensamento seu é um passo na sua direção.

A FELICIDADE COMEÇA NO PENSAMENTO

A mente que desconhece a si mesma é aquela que


ainda contém o caos inicial (o inconsciente) onde ronda a
vontade de Deus. Para onde você apontar o seu
pensamento para aí irá a sua existência; com o sentimento
com que pensar, dar-lhe-á o sabor que vai sentir, e com a
qualidade com que pensar, terá o bem ou o mal que sofrerá
em si. Dentro da minha redoma chamada corpo nada do
que faço sai dos meus próprios domínios, pela consciência
me realizo como homem, e pela mente inconsciente chego
ao universo desconhecido de mim mesmo, o reino dos céus,
a terra prometida.
Ainda que eu pense que possa atingir a outros, só
posso atingir a mim mesmo, porque a face do outro que
vejo é uma ilusão do espelho divino, o outro que vejo sou eu
mesmo em figuras que criei. Minha mulher é meu corpo,
meu filho é meu sentimento, meus vizinhos são minhas
necessidades, meu universo meus próprios conhecimentos,
tudo sou seu, servir o todo e a todos é servir a mim mesmo.
Eu sou Deus, o único.
Faça um desenho de uma figura humana; tendo como
ponto inicial o ponto mais alto de sua cabeça, desenhe uma
espiral em forma de cone para o alto, estes são os seus
bons pensamentos; agora faça um cone desse mesmo
ponto para baixo, esses são os seus pensamentos
negativos. Você estabelece um canal de ligação e captação
com o mais alto, quando pensa bons pensamentos, mas
estabelece sobre si mesmo uma prisão, quando pensa
negativamente. O pensamento negativo é denso é tende ao
chão, o pensamento sublimado é leve e tende à elevação.
O uso consciente e dirigido da mente representa a
conquista do reino dos céus interior como cita o evangelho
de Lucas Capítulo 17: versículos 20 e 21, pode situá-lo no
universo de experiências que desejar.

“Sendo Jesus interrogado pelos fariseus


sobre quando viria o reino de Deus,
respondeu-lhes: O reino de Deus não vem
com aparência exterior; nem dirão: Ei-lo
aqui! ou: Ei-lo ali! pois o reino de Deus está
dentro de vós.”

No perfeito alinhamento com as leis encontra a


alavanca que o impulsionará para onde quer ir, sempre com
segurança, paz e no pleno gozo das condições de gozo. O
amor é a essência da felicidade e matéria prima da
construção do paraíso para os sentimentos pessoais. Uma
alma educada pensa com qualidade, e pelo desejo se
conduz aos céus dos sentimentos. Faz-se maravilhosa para
produzir maravilhas.
Destituída da poluição mental, a vida se exterioriza
límpida e fulgurante para contemplar o ser com as delícias
de ser o que é, sem contaminações de qualquer natureza. A
limpeza da mente, se reflete visão límpida e em saúde e
beleza da forma, recompensando o pensador que se deu o
trabalho de a purificar em proveito próprio. Ecologia mental,
ou ecoconsciência é uma varredura íntima saneadora da
“alma” e, ao mesmo tempo uma assepsia no universo
mental.
Que tipo de pensamento corresponde a uma realidade
feliz? Todo pensamento que esteja rigidamente alinhado
com a natureza do que quer, seja o que for; esclarecendo
que nenhuma “matéria prima” de natureza má ou negativa,
pode gerar uma realidade boa ou positiva. Com o bem se
faz o que é bom, como o positivo se faz o que é positivo.
Uma das propriedades que você possui, como
operador do poder divino, é a de ter sempre uma força
íntima de apoio chamada de “vontade de Deus”; ela é o seu
suporte para qualquer empreendimento e avalista de tudo o
que você acreditar. Essa força chamada “vontade de Deus”,
diz sempre sim a tudo o que você acredita, sem julgar suas
intenções e sem analisar os seus possíveis resultados. Essa
força interior, acredita que se você quer é porque será bom,
e vê somente o resultado, que na verdade é como ela vê,
sempre bom. Deus vê que tudo o que é feito é bom; ao
terminar de fazer, o resultado é sempre bom.
Creia na situação ruim e você o verá confirmando-a,
dizendo sim ao que você crê, e verá que ao fim, tudo se
converte no que é bom, porque o aprendizado será bom.
Creia, por outro lado, na situação boa e você o verá
confirmando, dizendo sim ao que você crê, e já poderá
desfrutar direto o bom resultado. Qualquer que seja a sua
opção haverá um sim e um resultado; o que definirá isto
será a sua escolha.
Isto se aplica, à realização material, à sua saúde, à
sua cura, à doença, à derrota, ao sucesso, e a tudo enfim
que acreditar. A semente de todos os bens está no amor
incondicional. A semente de todos os males está em ignorar
o amor como a única fonte de todo o bem. Se você não se
qualificar não poderá entrar no “reino dos céus interior”
porque operará uma “máquina estragada”, defeituosa,
sujeita a falhas e paradas.
Não só a felicidade, mas tudo começa no pensamento.

O TEMPO

Hoje você vai fazer uma experiência. Pegue um vaso,


qualquer vaso e pegue uma semente; pode ser da laranja
da sobremesa do jantar de ontem, de um abacate com o
qual fez uma vitamina no café da manhã, ou outra qualquer.
Plante-a no vaso. Vá até a cozinha e volte até onde ela se
encontra e veja se já há frutos para serem colhidos. Não há.
Lógico não há. Agora, esqueça essa planta e vá dormir, logo
cedo volte lá e veja se já há frutos; não há ainda, claro que
não pode haver. Não houve tempo nem de germinar, quanto
mais para dar fruto. É esse o outro ponto fundamental onde
muitos projetos de realidade, não chegam a tornar-se
realidade.
Tais colocações visam mostrar-lhe a importância do
tempo e que todas as coisas, inclusive as criações pessoais,
têm um tempo de crescimento e transformação que, de
maneira nenhuma, será ignorado pela natureza. Tudo
cumpre cada etapa por sua vez, de modo que nenhuma
parte falte e no fim possa haver, integralmente o que foi
plantado nas condições de produzir aquilo que deve
produzir.
Algum tempo mais tarde, depois de achar que
“falhou” e desistir da semente que plantou, ela dá sinais de
vida, surgindo à flor da superfície onde foi plantada, como
se a voz do universo estivesse dizendo: vê, fiz a minha
parte. A sua parte é fundamental, mas a do universo
também é. Precipitações podem resultar em aborto da
realidade.
O universo sempre faz a parte dele e nunca falha,
porque ele não foi programado para falhar, ele foi
programado para cumprir-lhe as ordens. Você é o senhor
que dá as ordens ao universo. Ele funciona a partir do seu
movimento. Perseguir um propósito é entender o universo
como campo de realização da vontade e da expressão de
Deus, por seu filho, que é você. Se você desistir, ele o
confirma, dizendo sim, você está certo, isto é que é bom
para você. Se você persiste, ele diz, toma: eis aí o teu filho.
A finesse da alma, a delicadeza e a elegância são
modos divinos de ser, que se convertem em palavras doces,
gestos nobres e sublimidade dos pensamentos, traduzidos
em banquetes, bailes e desfiles de prazer na experiência
pessoal do filho bom, atento à sua própria realeza. Esta
também é uma questão de gosto, requinte pessoal e de
escolha que tem origem na mente saneada e no
pensamento qualificado de cada um de nós.
Compete-lhe fazer o uso da inteligência na produção
de idéias que reflitam a competência que adquiriu no
decorrer dos anos e que se converteu em patrimônio
pessoal, guardado dentro de si com o nome de sabedoria. A
sabedoria é uma garantia de felicidade. Acenda em si essa
luz de Salomão e sinta os prazeres de um rei em pleno
exercício do poder.
Se você deseja tornar-se um escritor, saiba tudo sobre
isto; etapa por etapa, desde o primeiro momento até o
último, quando você se colocará no lugar do leitor e nesse
momento vai sentir o que ele irá sentir quando ler o livro
que escreveu. Veja a crítica que fará, sinta o conteúdo
sendo absorvido por ele, imagine-o fazendo reflexão sobre o
que leu e veja se ele vai se sentir bem, se vai aproveitar
para seu crescimento o que lá contém. Assim você poderá
saber se o que faz é bom. Você é um ser que está além da
sua aparência, e, não só pelo pensamento, mas pela
imaginação é capaz de criar futuros e senti-los.
Depois retome as ações que a mente mostrou a você
que deveria fazer e você verá, que com o tempo tudo se
encaminhará para o acontecimento projetado. Você tem
participação ativa em cada etapa. Deve estudar muito, ler
muito, analisar formas, estilos, aperfeiçoar a linguagem e
sua forma de expressão, qualidade pessoal, gramatical e
literária porque você será um escritor. Se você não
modificar o futuro projetado o determinismo passa a ser
uma lei e o seu futuro estará, de fato, determinado.
A soberania do seu querer pode fazer um começo,
mas pode criar desvios e finalizar futuros; criar e apagar
realidades são coisas fáceis aos olhos do Deus que é. Você é
aquele que é, como a bíblia diz que Deus se define e o “Eu
Sou” do qual muitos falam. O querer de um soberano, não
se limita apenas ao que é indispensável à sobrevivência, é
requintado, luxuoso e prima pela abundância. Se você quer
ser rei, tem que aprender a ser rei, ensaiar o sentimento do
que seja ser rei, imaginar-se sentado no trono ou
experimentando as delícias de uma majestade, nesse
processo você pode estabelecer o tamanho do seu reino e a
grandeza do seu reinado.
O que você se permitir na mente, Deus, o seu Deus
particular, permitirá na sua realidade. Você possui um Deus
particular que atende pelo seu nome. Ele o serve, pois é
servidor fiel de sua causa e quer servir mais, porque Ele é
reconhecido como o maior justamente por isso: por mais
servir. Peça e receberá, bata na porta do futuro e ele virá e
se abrirá para a sua experiência. Assim é a vida de um Rei.
Querer e crer, imaginar e sentir, são ordens do Rei,
prerrogativas de sua majestade: você mesmo. Não desista
de você, não se deprecie e não seja menos do que você
pode ser, porque tudo é seu, no sentido de que tudo está
em disponibilidade para você. Seu pedido é uma ordem, diz
o gênio da lâmpada, o gênio da lâmpada é seu Deus interior
e seu servidor particular.
Quando a cultura espiritual estiver perenizada em
seus pensamentos você estará assumindo a condição de
“plena divindade”, terá então, pensamentos contínuos no
bem e como resultado de vida a felicidade permanente; o
tempo e suas ações dirão quando isto acontecerá. Pode
demorar, pode estar longe, mas pode ser agora e pode
estar pertíssimo, porque assim que estabelecer esse padrão
de pensamento, isto já começará a acontecer.

CAPÍTULO 13

CAPACIDADE

Um acontecimento, tanto quanto um desejo, pode


provocar sentimentos e produzir efeitos em você; o primeiro
alterando a realidade e sensibilizando-o conforme o seu
entendimento e o segundo afetando o seu estado
psicológico dando-lhe motivação, força, energia extra para
agir. Você vive do que pensa, é afetado pelo que pensa e se
motiva ou se desmotiva, sofre ou se faz feliz apenas pelo
pensamento.
Quanto à realização material, você tem capacidade
para muito e para muito mais, sem uma medida que seja
capaz de determinar o “quantum”, porque após qualquer
experiência a sua capacidade se expande.
Valores negativos funcionam como drenos de poder;
causam evasão e desperdício de energias; limitam a sua
visão, restringindo-a ao contexto de sua realidade, ou seja,
à sua capacidade circunstante. A capacidade circunstante é
uma visão da realidade existente, circunscrita ao
consciente, influindo na capacidade total, que abrange o
inconsciente, o que funciona como se você estivesse
acoplando uma espécie de forma ou embalagem, na qual a
realidade futura deverá se encaixar. A capacidade
circunstante, ou existente, é uma embalagem pequena para
um sonho, justamente porque sonho é sempre maior do que
o que já existe.
Qual o tamanho da disponibilidade?
Para você ter uma idéia de qual é o tamanho da
disponibilidade, imagine-se num lugar ermo, bem distante
das luzes da cidade; olhe para o céu, veja quantas estrelas
há. São trilhões? Pois bem, isso corresponde ao que está só
na “sua consciência”, não abrange o que não vê, mas que
está lá, essa parte invisível, muitas vezes maior, é o “seu
inconsciente”. Ele é comparável às outras bilhões ou
trilhões de galáxias e suas incontáveis estrelas. Pois este é
o tamanho da sua disponibilidade. O que você vê é do
tamanho da sua realidade, o que você não vê, mas que
sabe que existe e que reconhece que é infinitamente maior
que o que vê, é a sua disponibilidade.
A sua capacidade total abrange a realidade e a
disponibilidade; é pouco?
A sua capacidade acreditada ou conhecida está
diretamente conectada ao que você conhece, sendo
permitidas incursões no ambiente interno que você ainda
não conhece, para aumentá-la e para suprir suas
necessidades. Em tese, tudo são possibilidades; o real, o
sonho, a utopia, desejos, vontades, caprichos etc. onde
estabelecer o seu foco, de todo o acervo da humanidade,
essa será a sua possibilidade. Saber o que quer e o
sentimento que vai produzir, o induz a escolhas e escolhas
são realidades a serem projetadas para o mundo da
materialidade. Sua capacidade de projetar depende da
vontade de querer de fato e de ter certeza do que quer.
O pensamento o conecta com o futuro e pela força
magnética que possui o traz para o presente, levando você
ao usufruto do futuro. O futuro, não é uma marca no tempo,
é uma linha do pensamento. Pode imaginá-lo como uma
realidade paralela, que está aí ao seu lado, à sua disposição
aguardando que um pensamento seu venha buscá-lo para o
presente, que é o mesmo tempo, apenas do outro lado da
linha que separamos em “presente”, se já foi pensado e,
“futuro”, se ainda está sendo ou ainda não foi pensado.
A realidade paralela pode ser vista, ou não,
dependendo da vontade do observador. Por isso quem não
crê, não vê. Quem não quer ver também não vê. Veja o que
os outros não vêem, seja um cientista da realidade paralela,
a metaciência chegou. Você pode por o átomo da realidade
no espaço de sua experiência e tirá-lo de lá, pode brincar de
Deus e experimentar o que isto quer dizer. Quem não crê
não pode, fazer isto, a eles é negado o acesso à realidade
paralela, porque eles não crêem. O observador é sempre
“confirmado” em sua “expectativa”. A quem crê tudo é
possível, é uma frase diferente, mas de igual significado.
A realidade se estabelece pela crença do observador,
e se desfaz pela sua descrença. A realidade brinca com o
observador, se torna e desaparece, conforme o comando
chamado “crença”.
O universo criança quer brincar com você, Deus
criança. No jogo de faz, desfaz, monta, desmonta, esconde,
aparece ele que dar-te o poder de ser e fazer aquilo em que
crer.
Se você acha que pode, ou que não pode, tanto faz,
será sempre verdade o que você acha. Você e o gênio estão
ligados e ele o confirma dizendo: o seu desejo é uma ordem.
Negue quem quiser negar estas verdades e o gênio interior
o confirmará para que ele esteja sempre certo. Todo mundo
está sempre certo; essa é uma lei da consciência de gênio.
A Consciência divina é uma consciência de gênio. Você está
na consciência divina e a consciência divina está em você
(crede-me eu estou no Pai e o Pai está em mim João 14:11).
Desde tempos imemoriais os homens vão se
apoderando dos conhecimentos da verdade sobre si mesmo
e vão se elevando diante dos outros; enriquecem, tornam-se
prósperos, alcançam sucesso, têm êxito em seus
empreendimentos e constroem impérios. Não fizeram isto
pensando negativamente, não foi também por herança que
chegaram aonde chegaram. Se você pensar bem, você verá
que não é possível haver qualquer realidade sem que tenha
sido pensada, portanto no mínimo essa é uma porta de
entrada. Bata nessa porta também; imite o que é bom, o
resultado sempre é bom.
Alguns chegaram à liderança mundial, como Ford,
como Walt Disney, como os Beatles, como Churchill, e
poderíamos citar centenas de exemplos, porque pensaram
em realidades nas quais acreditavam. Você tem se excluído
dessa possibilidade até agora, quer continuar com isto? Ou
quer mudar de vida? A sua vontade é uma ordem, de você
para você mesmo, o seu comando é definitivamente um
decreto. Porque limitar-se, cercando-se com “embalagens
pequenas”, se você tem o universo como a embalagem da
vida, aberto para a sua criação? Crie no espaço ilimitado,
pense maior, pense grande, mais ainda, porque em questão
de limites, você pode tudo e muito mais que pensar. A sua
embalagem é o universo.
CAPÍTULO 14

CRER PARA VER

Historicamente, em termos de humanidade, a filosofia é a


fonte do conhecimento ocidental e do conhecimento divino.
Mas do berço espiritual, a religião traz em seu bojo as
informações de sua realeza e convida-o a tomar posse
desse reino ao qual denominou de reino de Deus. À parte o
sentimento de religiosidade, as verdades mais profundas
dos livros sagrados disponibilizam todas as informações a
seu respeito e de suas possibilidades, ensinando-o a
converter pensamento em vida e vida em abundância.
Perfeitamente compreensível é para nós que entendemos o
todo relativo a nós mesmos, com certa clareza, que é difícil
construir o olho, para depois construir o que ver e depois
enxergar o que viu, até para expressar isto é difícil. Então
não podemos censurar quem ainda nada vê, ou que vê
pouco, porque está construindo a vista a partir dos sentidos
e das experiências, depois delas enxergará o que ver e
conhecerá o que enxergou.
A negação de uma coisa que muita gente conhece é
indicativo de que a construção dos olhos de ver ainda não
está concluída. Quem menos vê, acha que tudo é mentira e
que o que os outros vêem é “distorção da realidade”. Eles
estão certos, mas estão também limitados pelo que pouco
que conhecem, restringindo por conseqüência suas próprias
possibilidades, assim vá em frente, apesar das opiniões em
contrário e das oposições. Se você crê, você está apto a ver
e a vencer.
No século passado, em 1927 o cientista da física quântica
Werner Heisenberg, formulou uma teoria que foi chamada
de “Teoria da Incerteza” (Origem: Wikipédia); segundo ela o
pensamento é determinante na localização do átomo, o que
traduzido significa que ele se comporta conforme espera o
observador. A experiência de Heisenberg, conquanto haja
quem a combata, como combateram o heliocentrismo, é
uma realidade incontestável, porque é congruente com a
idéia da fé, que diz de modo determinante que tudo é
possível a quem crê.
A incerteza da posição da partícula, assim como a
incerteza da posição da realidade física futura, é
determinante na definição da própria realidade, sendo
subjugada pela crença ou pela expectativa do observador.
Há uma interdependência entre realidade e crença,
indicando que a crença é o veículo que transporta algo para
a realidade. Ainda que a religião tenha perdido autoridade,
para explicar a verdade, Deus ganhou poder e é tudo o que
precisava e devia acontecer. Então, palmas para ela, que
religou, conforme se propôs. Você foi religado a Deus e o
tem em si, graças à religião que lhe deu isto e a muitos
ainda dará; temos muito que agradecer a ela, mas
precisamos seguir, abandonando-a porque há mais pela
frente do que o que ficou para trás.
A religião sempre será a religião, assim como é vista,
criando divisões a partir do crescimento do entendimento e
separando, novas compreensões de velhas compreensões,
novos entendimentos de velhos entendimentos e criando
perspectivas novas para aqueles que se fizeram acrescidos
de conhecimento e prática. Diz Antoine de Saint Exupéry
que aquilo que vemos acede à nossa própria realidade, ou
seja, que o que vemos se torna nosso corpo, se incorpora ao
que somos.
Diz o escritor Wayne W. Dyer em seu livro CRER PARA VER,
Editora Record; 1989; introdução, p 13 e 14. “Se, por
exemplo, você acredita fortemente em escassez, pensa
nisso regularmente e faz disso o centro de suas conversas,
tenho quase certeza de que vê muito disso em sua vida. Por
outro lado, se acredita em felicidade e fartura, só pensa
nelas, fala delas com outras pessoas e age de acordo com
sua crença nelas, posso apostar que você irá ver aquilo em
que acredita”. E noutra parte diz: “enquanto você resistir,
não verá os benefícios”.
Reforça dizendo: “sei que tais princípios estão
operando no universo no momento mesmo em que você
está sentado lendo estas palavras, estão operando
independentemente de sua opinião a respeito deles,
exatamente como os princípios da digestão e da circulação
pulmonar estão atuando dentro de você neste instante sem
a sua ajuda. Quer você acredite ou não nesses princípios
universais eles vão operar.”
Se você crê que a terra é quadrada, e que é o centro
do universo, eu sinto muito, mas tudo mudou muito, agora a
realidade é outra. O pensamento é o centro realizador, a
mente, o depósito universal, e sua vontade, é uma ordem
divina, ainda que queira continuar não crendo.
Se você é uma formiga, uma lagartixa para você é um
dinossauro, mas se você é uma montanha, um dinossauro
para você é apenas uma lagartixa. Como você se vê, você
se sente e você é. Eu o vejo como Deus. Eu creio que você é
um ser ilimitado. Eu tenho convicção de sua eternidade e
sei que você nasceu para a felicidade, ou prefere acreditar
que você é um pobre coitado, pequenininho, grãozinho de
areia ou coisas desse tipo? A escolha é sua; você é o que
escolheu ser e será o que estiver escolhendo agora.
Em termos de realização o que você pensa que é
muito, não é nada comparado ao universo de possibilidades
que estão à sua disposição; é um iate? Um carro? Que são
isso, a não ser arranjos de moléculas que você pode fazer?
Quantas moléculas você pode organizar? Há limites? Só os
que você se impõe, quando mede o que possui, em
comparação com o que pretende ter. Uma imagem é um
arranjo de moléculas essenciais da própria realidade, é o
princípio da criação em plena atividade, imagine, o que
você conseguir imaginar passa a ser possível, desde que
creia, crer é a plantação da semente da realidade. Nesse
universo das energias, é tudo ou nada, é pegar ou largar, é
crer e ver ou não crer e não ver. Posicione-se. Jesus está
dizendo que tudo, ele disse tudo, é possível ao que crê. Eu
aposto nisso e você?

ENVOLVIMENTO

Muitas pessoas estão envolvidas com o que querem;


procuram por todos os meios, conhecer o que querem,
tornar-se cada vez mais dentro do que querem e fazer com
que o que querem venha a eles. Envolvimento é
comprometimento; é ação firme e decidida na direção
daquilo que se quer. No ministério de Jesus houve
envolvimento, na ação dos apóstolos houve envolvimento;
sem envolvimento nada prospera. Ford se envolveu, Santos
Dumont se envolveu, Thomas Edison se envolveu, Graham
Bell se envolveu, Shakespeare se envolveu; todos os que
fazem a história do mundo se envolveram com o que
acreditavam.
Envolvimento é estar acompanhando a obra, é cuidar
dos detalhes, é fazer acontecer, não deixar parar. Isto é
necessário. Sem envolvimento não há realização. Envolva-
se com o futuro e trabalhe o seu traslado para o presente
oferecendo os recursos que lhe forem pedidos, pois o
universo espera o seu envolvimento, dando-lhe sinais para
que faça intervenções, ele quer confirmar se você quer
mesmo e/ou, se ainda quer o que a ele encomendou.
Se você é muito materialista e quer esperar um sinal
primeiro, pode desistir, porque você é o realizador de si
mesmo e o construtor de suas realidades ele é o cooperador
de suas energias, depende delas para prosseguir. Seus
átomos vibram em arranjos mentais, a vibração deles cria
campo magnético, sem pensamento, sem magnetismo, sem
realidade.
Quando você apaga a luz que iluminava o seu sonho,
é noite no universo e nada mais resta fazer senão repousar,
até que um novo pensamento, venha como luz anunciar um
novo dia de trabalho para o poder divino escolhendo uma
meta, um sonho, um desejo, sem desejo não há trabalho,
sem meta não há destino e sem sonho não felicidade.
É tão difícil fazer a sua parte? É difícil querer o melhor,
pensar no melhor e esperar pelo melhor? Não é tão fácil
quanto pensar no pior? Ou, escolher o pior e esperar pelo
pior? Entre os dois futuros, com qual você ficaria? Rico, feliz
e abundante? Ou, pobre, infeliz e carente? O que pensa
você é, e por aí nem precisa responder a mim, a resposta é
para sua própria avaliação.
Você tem estado envolvido com a circunstância, e o
que diz a circunstância? O mundo é violento, a vida está
difícil, tudo está ficando pior, não se pode mais sair de casa,
desse jeito vou acabar no hospício, menino burro, protesto
pela paz, invasão aqui, ali; chega. Entre três ou mais doses
diárias de circunstâncias para você se manter no inferno, e
um livro para sair do inferno, pense e faça sua escolha, na
hora do noticiário, pegue o livro e mude o seu futuro, não
alimente as conexões cerebrais e reafirme os magnetismos
ruins. Entre para um mundo novo, o seu mundo dos sonhos,
extermine o mal pela inanição, jejuando de notícias ruins.
“Palavras são alimento e vida”, nesse caso, alimento e
morte. Pense nisso, a tradição fala da sabedoria
multimilenar, aquela que não se engana.
Se você condena quem vende droga, devia desligar a
televisão porque toda palavra contém a substância que ela
exprime, são, portanto, possibilidades que estão penetrando
a sua mente e o seu ambiente familiar. Aonde não havia o
mal o mal chegou pela tela da televisão, pelas páginas do
jornal ou pelas ondas do rádio. No mínimo mude o canal,
para programas que não o envolvam na teia neuronal que
promove a atração do mal. Procure o bem como riqueza,
pois, palavras são tesouros da vida que se convertem em
sentimentos e em realidade.
Tudo que você condena, você atrai, tudo que você
lamenta, você atrai, tudo o que você não quer você atrai,
tudo o que teme você atrai (Jó 3:25). Não há coação para
que você faça má escolha, ela é uma opção sua; mas você
tem estado envolvido na rede geral dos pensamentos de
massa e prova isto quando participa de comentários de
acontecimentos negativos, isto é envolvimento. Igualmente
mostra que está envolvido, quando participa de protestos e
passeatas contra qualquer coisa, porque está mergulhado
nas energias da multidão.
O universo reage contra os pensamentos da multidão,
como processo de realização, como forma de pedir. Se crê
que há injustiça, injustiça haverá, se crê que há fome, fome
haverá, porque o pensamento é a revelação do que se crê e
o que será dado em confirmação do que se crê.
Envolva-se em qualquer situação que seja a favor do
progresso, da abundância e da moradia, pois como se
pensa, se tem. O universo é uma orquestra e você o
dançarino, seus passos serão acompanhados pelo universo
com o som mais adequado, para que jamais seja quebrada
a harmonia de sua vida e você possa dançar em ritmo de
felicidade.
Tudo o que está à sua volta agora, incluindo aquilo
que condena, reclama ou teme, você atraiu para você, e
continua atraindo para sempre. No que você estiver
envolvido, como estiver envolvido, o universo entende que
é o que merece e faz acontecer para você; a ninguém é
negada a experiência. Por isso mais uma vez te digo, seja o
que for com que estiver envolvido, o universo diz sim a
você, como pensa.
Em tudo que fizer, envolva-se de corpo e alma,
porque o sentimento daquele que se envolve é maior do
que o que fica de lado. O futuro pede envolvimento, o sonho
idem, o desejo igualmente, faça a sua parte e confie; mas
creia, as forças universais são competentes e fazem a parte
que lhes compete fazer, muito melhor do que pensamos,
elas são “a lei da realização”, não estão só envolvidas, mas
são o próprio envolvimento. Elas se convertem na própria
realidade para sentir o sabor de sua felicidade. Tudo o que é
por você pensado, sai de você mesmo para constituir o que
você projetou. Por isso se chama projeção da realidade.
Por falta de opção você está condenando-se ao
recebimento do que está reservado para os que estão
mergulhados no pensamento coletivo; a mente coletiva
também projeta realidades. Haja vista os desastres
coletivos, os fenômenos globais e as pandemias. Sãos os
frutos da mente coletiva em franca produção, pelos medos,
pelos boatos, pelos comentários do mal.
Também pensar no que não quer é um problema,
porque quem pensa no que não quer, atrai o que não quer,
explica John Assaraf, no vídeo “O SEGREDO” Internet,
11/04/2007; 18:44. A lei da química conhecida como lei das
afinidades, coloca os átomos como pertencentes a grupos
chamados de “família”; eles se atraem em famílias. Os
pensamentos podem ser vistos como átomos da realidade e
são submetidos à mesma lei de atração, produzindo um
magnetismo conforme a afinidade. Semelhante atrai
semelhante.
Pensamento bom atrai coisas boas e equivalentes ao
que foi pensado, da mesma família; pensamentos negativos
atraem coisas negativas e equivalentes ao que foi pensado,
da mesma família. Um impulso cerebral negativo
desencadeia uma série de eventos da mesma rede
negativa. Há envolvimento dos átomos na produção dos
eventos que você desencadeia e uma miséria não vem
sozinha, ela traz a família junto, doença, azar, sofrimento
etc. etc.
Envolvimentos positivos acionam não só o evento
principal, mas toda a rede neural correspondente; o
movimento se expande para os neurônios da mesma rede e
produzem eventos colaterais de felicidade, confirmando a
máxima que diz: a quem mais tem mais ainda se dará e
terá em abundância. Simplesmente porque o universo está
envolvido. Em todo movimento há envolvimento em cadeia.
A família vem junto com a realidade pensada e a festa será
completa ou a desgraça será completa, depende de quem
você tenha convidado para a sua casa mental.
CAPÍTULO 15

FINALIZANDO

O professor, escritor, filósofo, conferencista e padre


Lauro Trevisan, afirma que a vida é uma festa; ele crê assim
e para ele é, como será também para todo aquele que
acreditar. Você pode crer também e para você passará a ser.
Eu creio do mesmo modo e quero espalhar isto para todos
quantos desejarem ser felizes e fazer da vida uma
verdadeira e interminável festa. Ninguém fez isto tão bem
quanto ele fez. Ele é um herói. Jesus disse coisas fantásticas
a seu respeito, chegou a dizer que você poderia fazer tanto
quanto ele fez e até mais que ele, deu a vida pela
mensagem que tinha, para que chegasse até você, ele é
herói, herói e divino. Fred Alan Wolf, dentro do documentário
“O segredo”, diz: “estamos nos movendo, agora, para uma
era onde a última fronteira, não é o espaço, mas a mente.”
John Hagelin, no mesmo documentário diz que
vislumbra um futuro de potencial ilimitado, de
possibilidades ilimitadas, realçando que usamos apenas 5%
(cinco por cento) da nossa mente e que o potencial de
agora está restrito ao que a educação nos proporcionou,
assim, até mesmo quanto ao potencial da consciência,
podemos ir além do ponto em que estamos, mas em se
considerando o que está além, no inconsciente, não há
medida para o que possamos realizar.
Dr. Wayne W. Dyer finaliza o seu livro CRER PARA VER
(1989), dizendo: “Todos nós temos nossa própria conexão a
esta parte invisível de nós mesmos. A vida é muito mais do
que simplesmente viver nossos dias como forma para
depois desaparecer num abismo de infinito nada. Nossos
pensamentos são uma parte mágica de nós e transportam-
nos a lugares que não têm fronteiras ou limitações. Nesse
mundo sem dimensão do pensamento tudo é possível”.

Decidindo por ser feliz, não dispense as idéias dessas


pessoas, pois eles viveram a experiência para aprender e
deixaram o legado da felicidade em forma de ensinamento;
são palavras que mudam as atitudes, que criam e ensejam
novas possibilidades de vida e de realidade. Não crie
qualquer vínculo com idéias antigas, de merecimento, de...,
seja lá o que for. Se você chegou até aqui é porque está
pronto, faltando apenas uma única coisa: DECIDA-SE.
Em Eclesiático 15: 14 ao 18 encontrei essas palavras
que quero compartilhar com você como o “sino do
amanhecer”, anunciando a aurora de um novo dia, e uma
nova vida para você:
“No princípio Deus criou o homem e o entregou ao
seu próprio juízo (poder decisório); pôs diante dele a água e
o fogo, o bem e o mal, a vida e a morte, e disse: o que o
homem escolher, isto mesmo lhe será dado”

Meus desejos sinceros são de que, em todos os


momentos de sua vida, haja sempre uma BOA ESCOLHA,
porque com isto eu sei que você será feliz; não pode haver
e não há motivo maior para que você aplique na prática os
segredos de como fazer o seu futuro, pois afinal é do seu
futuro que estamos tratando e para que ela seja o melhor
possível foi que recolhi os testemunhos de gente tão
importante como todos os que citei.
A sua vida em tão boa companhia me dá a certeza de
que tudo no universo inteiro atuará a seu favor na criação
do que você quiser.

Você precisará conhecer a si mesmo em todos os seus


aspectos: corpo, alma, inteligência e sentimentos, eles são
partes inseparáveis do ser total que você é e são presenças
indispensáveis e participantes de todas as suas ações. Há
razões imutáveis para você seja assim como é: corpo,
mente, alma, espírito etc., não é possível haver sucesso em
qualquer coisa quando desprezamos ou ignoramos uma
parte de nós mesmos.
Aquilo que todos somos: um único ser, uma unidade
indivisível, a indivisível dualidade ou trindade. Nossa
natureza é por si mesma inseparável, aonde formos,
façamos o que fizermos, sempre haverá dois ou três
reunidos, num mesmo corpo e sob um mesmo nome, na
mesma ação.
Em toda ação há mais que meramente resultados, há
também “retornos”, este e muitos outros pequenos detalhes
fazem surgir as grandes diferenças e o descompasso entre o
que quero e o que acontece e se você quer saber mais
sobre isto, conte comigo, você realmente pode, chegou a
sua hora, você está desperto e está pronto para ser feliz.
Essa é a minha proposta: dar a você o conhecimento
da mecânica que está por trás da formação de todas as
realidades, dando-lhe também a ciência de como se
movimentam as energias que o constituem e que o
circundam, a fim de que você possa interagir com elas
conscientemente, dando-lhes forma e direção e elas o
levem a ter a realidade que quiser: seja a abundância, seja
o sucesso ou adquirir os bens que desejar.
Os seus interesses estão acima de tudo; se for o seu
desejo penetrar os mistérios da vida, você não estará
sozinho e não será o primeiro, milhares de pessoas antes de
nós já os haviam conhecido. Este livro pretende dar-lhe uma
visão de um universo ainda oculto da maioria das pessoas,
de modo claro, simples, mas direto, evitando quaisquer
possibilidades de confundi-lo.
Penso que pode haver uma história de encantamento
e sonho pessoal que você, como muitos outros, deixou no
passado, acreditando ser apenas “sonho”, mas que pode
resgatar neste instante recuperando a sua satisfação
pessoal e recolocando-se nos rumos da felicidade que
imaginava já perdida, e eu quero e posso ajudá-lo a
experimentá-la. Para isto precisará investir muito pouco,
acreditar nas minhas intenções e dedicar um pouco de
tempo para ler o livro até o fim.
A vida é feita de inumeráveis aspectos, uns marcantes
outros quase imperceptíveis. Sãos justamente os aspectos
pouco valorizados do nosso dia a dia que dão contornos do
nosso futuro e que podem nos levar tanto às situações de
dúvida e erro, quanto às de certeza e acerto, quero mostrar-
lhe esses pequenos “nós” que acabam por se tornar desvios
no curso dos seus propósitos.
Toda a disponibilidade está diante de nós, a vida e a
morte, os bens e os males, a água da provação e o fogo da
realização, e num determinado momento uma escolha
definirá o que virá logo depois, todas as coisas estão à
disposição: o que você escolher é o que lhe será
dado.
E se você achar que a sua vida, como está não
corresponde ao que sonhou para si, aqui encontrará
também a oportunidade de estar em contato com as
informações que poderão ajudá-la a revitalizar os seus
sonhos, e de dar a ela o contorno que mais se conforme
com o seu ideal. A beleza do sonho pode ser real e pode dar
à sua vida a graça que falta e torná-la tão bela quanto você
seja capaz de imaginar. Literalmente!
Essa verdade é eterna, mas não é um segredo, pois
ela sempre esteve disponível, tanto é assim que muitas
pessoas dela se utilizaram, outras ainda têm se utilizado e
ao fazê-lo tornaram-se as pessoas de maior expressão no
mundo, cujo sucesso não deixa margem a qualquer dúvida,
entre eles estão: William Shakespeare, Henry Ford, Goethe,
Beethoven, Francisco de Assis, David, Jesus, Winston
Churchill, Dalai Lama, OSHO, William James, Walt Disney,
Charles Chaplin e muitos mais.
Isto é muito, acho que é tudo, e o principal: está ao seu
alcance.

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