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BIBLIOLOGIA – CURSO

INTENSIVO
Professor Marcos Paulo
Curvelo, 25 de fevereiro de 2023
Marcospaulo1312
Marcos Nogueira da Silva
31 98800-3245
PLANO DE CURSO
AULA CURSO
1 INTRODUÇÃO GERAL À BÍBLIA
2 OS ACONTECIMENTOS PRINCIPAIS DA BÍBLIA
3 OS PERSONAGENS PRINCIPAIS DA BÍBLIA
4 OS LUGARES PRINCIPAIS DA BÍBLIA
5 A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
6 A FORMAÇÃO E TRANSMISSÃO DO TEXTO BÍBLICO
7 OS MANUSCRITOS DO TEXTO BÍBLICO
8 O CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO
9 O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO 2
Indicações
Bibliográficas

3
Indicações
Bibliográficas

4
•AULA 1
•INTRODUÇÃO GERAL À
BÍBLIA
5
A DIVISÃO DA BÍBLIA

Antigo Testamento

Novo Testamento
Hebraico
Antigo
Testamento Aramaico (Ed 4.8-
6.18; 7.12-26; Jr
OS IDIOMAS 10.11 e Dn 2.4-7.28)
DA BÍBLIA
Novo
Grego
Testamento

7
TORÁ (LEI) - GÊNESIS; ÊXODO; LEVÍTICO;
AS DIVISÕES DA BÍBLIA
NÚMEROS; DEUTERONÔMIO;
HEBRAICA

NEVIIM (PROFETAS) - ANTERIORES: JOSUÉ, JUÍZES,


SAMUEL, REIS. POSTERIORES: ISAÍAS, JEREMIAS,
EZEQUIEL E OS "DOZE MENORES" (OSEIAS A MALAQUIAS);

KETUVIN (ESCRITOS) - SALMOS, PROVÉRBIOS, JÓ,


CÂNTICOS, RUTE, LAMENTAÇÕES, ECLESIASTES OU
COÉLET, ESTER, DANIEL, ESDRAS, NEEMIAS E CRÔNICAS;
8
Pentateuco - Gênesis; Êxodo; Levítico; Números;
Deuteronômio;

Históricos - Josué, Juízes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e2


AS DIVISÕES DA
SEPTUAGINTA

Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester;

Sapienciais ou Poéticos - Jó, Salmos, Provérbios,


Eclesiástes e Cantares de Salomão;
Profetas - Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel
e Daniel - Menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas,
Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias. 9
Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João;
AS DIVISÕES DO NOVO

História - Atos dos Apóstolos;


TESTAMENTO

Epístolas - Paulinas: Romanos, 1 e 2 Coríntios,


Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2
Tessalonicenses, Filemon - Pastorais: 1 e 2 Timóteo, Tito -
Gerais: Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João, Judas;

Profecia/Apocalíptica – Apocalipse.
10
•AULA 2
•OS ACONTECIMENTOS
PRINCIPAIS DA BÍBLIA
11
ANTIGO TESTAMENTO
Criação e Babel Dilúvio
queda

Chamada Êxodo de Peregrinação


de Abraão Israel no deserto

Entrega A
O período
conquista
da Lei dos juízes
de Canaã 12
ANTIGO TESTAMENTO
A
A monarquia A ascensão
monarquia
unidade da Assíria
dividida

O fim do O exílio do
A ascensão
reino de da Babilônia
Reino de
Israel Judá

A
A esperança
reconstrução O 2º Templo
Messiânica
de Judá 13
NOVO TESTAMENTO
O encontro
Anunciações de A mudez
de Isabel
nascimentos de Zacarias com Maria

As perseguições A fuga para A infância


infantes o Egito de Jesus

A família de Jesus:
Tiago, José, Judas, O batismo A tentação
Simão e pelo menos de Jesus de Jesus
duas irmãs 14
NOVO TESTAMENTO
O ministério público O ministério O ministério
de Jesus na Galileia: público de público de Jesus
a escolha dos Jesus na em Samaria e
Judeia Pereia
apóstolos

A proximidade
Os milagres
Os ensinos de Jesus de Jesus com
de Jesus pecadores

Prisão,
Confrontos de Jesus julgamento,
A
com autoridades transfiguração
morte e
religiosas ressurreição de
Jesus 15
•AULA 3
•OS PERSONAGENS
PRINCIPAIS DA BÍBLIA
16
ANTIGO TESTAMENTO
Adão e
Deus Eva
José Moisés

Sansão,
Sem Noé Josué Gideão e
Débora

Isaque Rute Samuel


Abraão
e Jacó
17
ANTIGO TESTAMENTO
Isaías Jeremias
Saul Davi e Uzias e Josias

Ester,
Elias e Esdras e
Salomão Josué
Acabe Neeemias

Amós e Ageu,
Joel e Rute Zacarias e
Jeroboão
II Joás Malaquias
18
NOVO TESTAMENTO
Os
Espírito Maria e Herodes,
o Grande
pastores
Santo José e magos

Isabel e Anjo Herodes Pilatos


Zacarias Gabriel Antipas

João Jesus
Maria
Zaqueu
Madalena
Batista
19
NOVO TESTAMENTO
A mulher Anás e
Nicodemos Barnabé
Samaritana Caifás

Lázaro e José Ananias e Os 7


família Barsabás Safira diáconos

O coxo da
Matias porta Saulo Cornélio
Formosa
20
NOVO TESTAMENTO
Tiago, Fígelo, A casa de
João Hermógenes
irmão do Cloe
Marcos e Diótrefes
Senhor

Judas, Barnabé, Priscila e Tércio e


Barsabás Apolo, Silas Áquila Gaio

Aristarco, Himeneu,
Lucas, Onésimo Cordeiro
Timóteo e
Alexandre e Filemon de Deus
Tito e Demas
21
Indicações
Bibliográficas

22
Indicações
Bibliográficas

23
•AULA 4
•OS LUGARES
PRINCIPAIS DA BÍBLIA
24
ANTIGO TESTAMENTO
Ur dos
Éden Canaã
Caldeus

Deserto do
Egito Monte Sinai
Sinai

Assíria,
Amon, Moab
Israel Babilônia e
e Edon
Pérsia 25
NOVO TESTAMENTO
Belém da
Nazaré Jerusalém Egito
Judeia

Betsaida,
Logo de Deserto da
Cafarnaum Corazin e
Tiberíades Judeia
Caná

Cesareia de Tiro e
Naim Gadara
Filipe Sodônia
26
NOVO TESTAMENTO
Samaria Gadara Lida Jope

Damasco Antioquia Tarso Chipe

Derbe,
Listra e Éfeso Filipos Corinto
Icônio

Tessalônica Macedônia Roma


27
28
29
30
31
32
33
Indicações
Bibliográficas

34
•AULA 5
•A INSPIRAÇÃO
DA BÍBLIA
35
A revelação é obra exclusiva de Deus. É o
REVELAÇÃO E
INSPIRAÇÃO processo pelo qual Deus se faz conhecido ao
homem;

Inspiração é termo usado para falar da


autoridade da Bíblia. Por definição, refere-se ao
agir do Espírito de Deus no espírito humano
habilitando-o a produzir os livros da Bíblia.

36
AS TEORIAS SOBRE A Natural - A Bíblia foi escrita por homens de grande
talento;
INSPIRAÇÃO
Mística - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito
como qualquer crente pode ser hoje;

Conceitual/Falível – As mensagens foram inspiradas,


não as palavras (conceitual). A Bíblia é inspirada, mas
não isenta de erros (falível).

Verbal e Plenária - Significa que todas as palavras do texto


bíblico foram escolhidas exatamente como estão. Não somente
o conteúdo, mas também a forma do texto foi inspirada;
37
A TEORIA DA INERRÂNCIA
• A teoria da Inerrância sugere que tanto a mensagem
quanto a forma do texto da Bíblia foram inspirados por
Deus. Essa mesma inspiração também preservou os
escritores bíblicos de cometerem qualquer tipo de erros
em seus escritos;
• Qualquer erro que o texto atual apresente deve ser
atribuído ao processo de formação das cópias dos textos
bíblicos, pois os originais foram guardados de qualquer
imperfeição. A inspiração exige a inerrância!
• A chamada inspiração verbal e plenária representa bem os
princípios da inerrância. 38
AS CONCEPÇÕES SOBRE A
INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA A Ortodoxia: A Bíblia é a Palavra de
Deus;

A Neo-Ortodoxia: A Bíblia torna-se a


Palavra de Deus;

O Catolicismo Romano: A Bíblia contém


parte da Palavra de Deus.
39
A NOÇÃO NEO-ORTODOXA DA PALAVRA DE DEUS
REVELAÇÃO

Palavra de
Deus!
Testemunho
Escrito

BÍBLIA

40
TEXTOS PARA LEITURA
• 1 - A Credibilidade da Palavra de Deus:
Inerrância. Extraído de:
• ERICKSON, Millard J. Introdução à teologia
sistemática. Tradução de Lucy Yamakami.
São Paulo: 1992, p. 79-88.
• 2 - A Preservação da Revelação:
Inspiração. Extraído de:
• ERICKSON, Millard J. Introdução à teologia
sistemática. Tradução de Lucy Yamakami.
São Paulo: 1992, p. 67-77.
41
•VÍDEO 3:

•Inerrância bíblica - aparentes


contradições na bíblia – Augustus
•https://www.youtube.com/watch?v=NW8S4dJ6D
5g

• Nicodemus – 3 minutos
42
•AULA 6
•A FORMAÇÃO E
TRANSMISSÃO DO TEXTO
BÍBLICO
43
O MATERIAL DOS MANUSCRITOS DO NT
• O PAPIRO: São tiras de medula do papiro cortadas em finas
talas e colocadas em camadas cruzadas, fixadas umas após
outras e enroladas em torno de uma vara. Pode ter até 10
metros de comprimento. Os papiros do NT são os mais antigos
documentos de base que possuímos: em sua maioria datam do
século III. Eles nos transmitem apenas fragmentos de textos;
• UM PERGAMINHO: é uma pele de ovelha, cabra ou bezerro,
tratada e cortada em folhetos e fixadas umas após outras e
enroladas em torno de uma vara nas extremidades. Os grupos
de textos presentes nos pergaminhos, na maior parte das vezes,
trazem textos completos dos livros neotestamentários. 44
A PRODUÇÃO DO PAPIRO

45
FIGURA
DE UM
PAPIRO

46
FIGURA DE UM PERGAMINHO

47
A TRANSMISSÃO DO NT
• A primeira porção de qualquer livro dos 27 que compõem
o NT, consiste da carta escrita pelo Primeiro Concílio
Cristão realizado em Jerusalém, cerca do ano 48 a.D.,
endereçada à Igreja em Antioquia, levando-lhe a
resolução contrária aos judaizantes, carta esta que Lucas
inseriu no livro de Atos (cap. 15.23-29);
• Deste modo, do ano 30 ao ano 50 a.D., com exceção
daquela carta conciliar, O CRISTIANISMO FOI
TRANSMITIDO ORALMENTE e, portanto, todo o conteúdo
do Novo Testamento ainda não estava escrito.
48
A TRANSMISSÃO DO NT
• É de sua importância frisar que não existem mais os textos
originais dos escritores bíblicos. O que se tem são cópias de
cópias que estão a séculos de distância dos textos originais;
• Essas cópias foram descobertas ao longo dos séculos, sendo que
as mais confiáveis foram encontradas nos últimos 200 anos;
• A escrita era feita a mão, em papiro ou pergaminho, sem divisão
entre as palavras e frases. Exemplo:
• 'ΕνἀρχῇἦνὁλόγοςκαὶὁλόγοςἦνπρὸςτὸνΘεόνκαὶΘεὸςἦνὁλόγος
• “no princípio era a palavra e a palavra estava com Deus e a
palavra era Deus” (João 1,1).
49
HISTÓRIA DE FORMAÇÃO E TRANSMISSÃO DO NT

PERÍODO DAS CÓPIAS


5 a.C. – 28 d.C.

REVELAÇÃO
240
Período Oral d.C.
Códice
+/- 22 anos
Vaticano
140 d.C.
290
d.C.

190 d.C.
325-350 d.C.
ORIGINAIS
+/- 40Distância
anos entre os Originais e as cópias remanescentes:
+/- 250 anos 50
HISTÓRIA DE FORMAÇÃO E TRANSMISSÃO DO NT

PERÍODO DAS CÓPIAS


5 a.C. – 28 d.C.

REVELAÇÃO
240
Período Oral d.C.
Códice
+/- 22 anos
Vaticano
140 d.C.
290
d.C.

190 d.C.
325-350 d.C.
ORIGINAIS
+/- 40 anos
Distância entre os Originais e as cópias remanescentes:
51
+/- 250 anos
52
•AULA 7
•OS MANUSCRITOS DO
TEXTO BÍBLICO
53
CÓDICE VATICANO – (325-350) - Vaticano
desde o ano de 1481;

MANUSCRITOS DA
OS PRINCIPAIS
CÓDICE SINAÍTICO - (330-360) - Museu
BÍBLIA Britânico, em Londres, Inglaterra;

CÓDICE ALEXANDRINO - (400-440) - Museu


Britânico;

CÓDICE EFRAIMITA - (450) - Biblioteca


Nacional da França, em Paris;

CÓDICE BEZA - 5º Século - Biblioteca da


Universidade de Cambridge, Inglaterra. 54
Em Qumrã, perto do Mar Morto, entre o séc. II a.C. e final dos
anos 60 d.C., floresceu uma facção ultrarradical de judeus
chamada de essênios. Em suas ruínas encontrou-se, entre 1947-
OS ESCRITOS DO
MAR MORTO 1950, parte de sua biblioteca;

Esta incluía todos os escritos que se acham na Bíblia hebraica -


exceto o livro de Ester e Neemias - além de Tobias, Eclesiástico
(Sr), Judite e 1 Macabeus, assim como outros escritos de
caráter apocalíptico, comentários, hinos e os escritos próprios
da comunidade;

Estes documentos representam as cópias mais antigas


do Antigo Testamento, datando, segundo os
especialistas, de 4 a.C.
55
OS ESCRITOS DE NAG Biblioteca de Nag Hammadi é o nome dado a
um conjunto de textos encontrados na cidade
de Nag Hammadi, no Egito, em Dezembro de
HAMMADI
1945. A descoberta foi feita por camponeses da
região;

Entre as obras aí guardadas encontravam-se uma


tradução parcial da República de Platão e vários
Evangelhos gnósticos: Evangelho da Verdade,
Evangelho de Tomé, Evangelho de Filipe, Evangelho
dos Egípcios, Evangelho de Maria.
56
Indicações
Bibliográficas

57
VÍDEO 1:
Os Evangelhos Gnósticos de Nag
Hammadi - Apócrifos Cristãos
https://www.youtube.com/watch?v=CLUXML4Ur
Ow&t=741s
Duração: 24 minutos
58
VÍDEO 2:

Os Pergaminhos do Mar
Morto
Duração: 48 minutos
59
•AULA 8
•O CÂNON DO ANTIGO
TESTAMENTO
60
A PROBLEMÁTICA DA FORMAÇÃO DO CÂNON
• O tema do Cânon é sempre controverso, seja na Bibliologia,
seja na História da Teologia;
• Os especialistas não concordam com várias informações,
sobretudo, no que tange às datas, natureza da seleção dos
livros e, principalmente, qual “cânon”, de fato, é o Cânon
verdadeiro;
• No que se refere ao AT a disputa está no fato de que desde
a origem da Septuaginta, cristãos e judeus por vezes
usavam um cânon diferente. A teoria da existência do
chamado Cânon Alexandrino foi usada para explicar essa
diferença, mesmo sendo muito refutada; 61
OS PRIMEIROS ACENOS DE UM CÂNON DO AT
• O primeiro indício claro que temos de uma "canonização" situa-se
nos tempos do rei Josias, depois da descoberta do "livro da Lei" no
Templo, no ano 621. Ele o considerou fundamental e impôs como
tal ao povo com caráter de lei sagrada (cf. 2Rs 22);
• O segundo aconteceu no tempo de Esdras que, ao retornar da
Babilônia, no início do séc. IV, trouxe consigo o rolo da Lei, o leu
diante de todo o povo reunido e impôs sua obrigatoriedade como
lei (Ne 8);
• Mas, de fato, o projeto de um cânon para os judeus está
relacionada com o exílio babilônico (séc. VI). Nesse momento, foi
posta seriamente a questão da identidade e da fidelidade a Deus.
62
NOMECLATURAS E BLOCOS DO CÂNON DO AT
• Os nomes dados ao Cânon judaico são: Bíblia Hebraica;
Canon Palestinense; Antigo Testamento (como é chamado
pelos cristãos) e Escritura (como é descrito no NT).
• Os blocos do Cânon Judaico são os seguintes:
• Torah (Pentateuco): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números,
Deuteronômio;
• Nebiim (Profetas): "Anteriores": Josué, Juízes, Samuel, Reis;
"Posteriores": Isaías, Jeremias, Ezequiel e os "Doze menores"
(Oseias a Malaquias);
• Ketubim (Escritos): Salmos, Provérbios, Jó, Cânticos, Rute,
Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e
Crônicas. 63
A SEPTUAGINTA
• De acordo com o testemunho da Carta de Aristeia (século II a.C.),
a chamada Septuaginta refere-se à tradução do Pentateuco do
hebraico para o grego, no tempo de Ptolomeu Filadeldo (285-
247 a.C.), tradução realizada por cerca de 72 eruditos judeus
enviados a Alexandria, no Egito (“História do Texto da
Septuaginta” In: Septuaginta, Sociedade Bíblica do Brasil (SBB),
2011, p. LXXX.)
• Embora a Septuaginta original seja apenas o Pentateuco, por
volta do fim do 2º século (entre 110-100 a.C., provavelmente)
todos os demais livros da bíblia hebraica também já tinham sido
traduzidos e incorporados à Septuaginta e este nome passou a
designar todos o livros traduzidos. 64
O CÂNON ALEXANDRINO
• Aos livros da Septuaginta foram agrupados vários livros
escritos em grego que eram considerados sagrados pelos
judeus fora da Palestina. Este bloco formado pela
Septuaginta e por esses livros adicionais ficou conhecido
como Cânon Alexandrino;
• Os livros adicionados aos traduzidos da bíblia Hebraica
foram: Judite, Tobias, 1º, 2º, 3º e 4º Macabeus, Odes,
Sabedoria de Salomão, Sabedoria de Sarácida (Sirácida ou
Eclesiástico), Baruch, Epístola de Jeremias, Suzana, Bel e o
Dragão;
65
O CÂNON ALEXANDRINO
• É bom que se ressalte que recentemente as seguintes
teorias foram duramente questionadas: (a) a existência
do Cânon Alexandrino; (b) a redação da Septuaginta
em Alexandria e; (c) a redação grega dos livros
incorporados à Septuaginta (Veja
https://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/a
pologetica/deuterocanonicos/556-existiu-um-canon-
alexandrino-a-teoria-do-canon-palestino-e-
alexandrino); 66
O CÂNON PALESTINENSE
• Em fins do século I da era atual, havia forte impasse entre
judeus e cristãos sobre o cânon do AT. Os judeus estavam
incomodados com o uso que os cristãos faziam do Cânon
Alexandrino e resolveram delimitar sua própria literatura
sagrada;
• Assim, em fins do 1º século e início do 2º, eles reuniram-
se em um Concílio no qual rejeitaram os livros
incorporados à Septuaginta, originando o Cânon
Palestinense que nada mais é do que a bíblia hebraica em
língua grega; 67
OS DEUTEROCANÔNICOS
• Séculos mais tarde, ainda no período patrístico, a igreja
adotou o Cânon Palestinense acrescidos de sete livros entre
os que deram origem ao Cânon Alexandrino. Este é o atual
Antigo Testamento usado na igreja católica. Os livros vindos
do Cânon Alexandrino são chamados de deutorocanônicos e
são:
• Judite, Tobias, 1º e 2º Macabeus, Sabedoria de Salomão,
Sabedoria de Sarácida (Sirácida ou Eclesiástico) e Baruch, além
dos trechos acrescentados em grego à tradução de Ester (no
início, entre os versículos 3,13.14; 4,17.18; 5,1.2.3; 8,12.13;
9,19.20; e no final 10,4ss) e a de Daniel (3,24-90; 13-14).
68
Indicações
Bibliográficas

69
Indicações
Bibliográficas

70
TEXTOS PARA LEITURA
•3 - O Cânon do Antigo Testamento - Extraído de
•TURNER, Donald D. Introdução ao velho
testamento. São Paulo: Batista Regular, São Paulo:
1994, p. 25-31.

•4 - O Cânone do Antigo Testamento – Extraído de:


•ARCHER JR., Gleason L. Merece confiança o antigo
testamento? Panorama e introdução. 3 ed.
Tradução de Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova,
p. 69-85. 71
•AULA 9
•O CÂNON DO NOVO
TESTAMENTO
72
MARCIÃO E O CÂNON DO NT
•Quando Marcião (85-160), um influente advogado
cristão, por volta de 140 d.C., rejeitou os escritos
judaicos por tratarem de um deus inferior e diferente
do Deus e Pai de Jesus Cristo, abriu-se a importante
pauta sobre o cânon do Novo Testamento;
•Desde então, a definição de uma literatura sagrada
entrou definitivamente na pauta dos cristãos e
intensos debates foram travados pelos três séculos
seguintes.
73
A SACRALIDADE DOS ESCRITOS DO NT
• Os documentos do NT não nasceram com o status de
sagrados. E isso se explica pelo fato de algumas cartas de
Paulo terem se perdido (1 Cor 5,9; 2Cor 2,4; Cl 4,16);
• Além disso, Lucas não fez nenhuma menção das cartas de
Paulo nos Atos dos Apóstolos;
• Outra razão é que tanto os Evangelhos quanto as epístolas
canônicas e o Apocalipse não gozaram de autoridade
exclusiva até o século terceiro;
• Resumidamente, por volta do ano 200, já se reconheciam
como canônicos os quatro Evangelhos, Atos, as cartas
paulinas e as cartas de 1ª Pedro e 1ª João. 74
OS 4 BLOCOS CANÔNICOS DO NT
• 1º Bloco: Os 4 Evangelhos e as 13 cartas paulinas;
• 2º Bloco: Atos dos Apóstolos, 1ª Pedro e 1ª João;
• 3º Bloco: Judas, 2ª Pedro, 2ª e 3ª João, Tiago, Apocalipse de
João e Hebreus. Esse era o grupo conhecido como
“disputado”;
• Existia ainda um 4º Bloco que, embora não fosse canônico,
era lido e venerado em muitas igrejas: a Epístola de Barnabé,
a 1ª Carta de Clemente, o Pastor de Hermas, a Didaquê
(todos estes escritos em torno do ano 100), assim como Atos
de Paulo e o Apocalipse de Pedro. 75
A FIXAÇÃO DO CANÔN DO NT
•O cânon do Novo Testamento ficou “definitivamente”
fixado na segunda metade do século quarto;
•O manuscrito Cheltenham, (c. 360) inclui todos os
livros do Novo Testamento, à exceção de Hebreus,
Tiago e Judas;
•O sexagésimo cânon do Concílio de Laodicéia (c. 363)
inclui todos os 27 livros com exceção do Apocalipse;
•A primeira lista que inclui tão somente os 27 livros do
nosso atual Novo Testamento é a da carta de Páscoa
escrita por Atanásio em 367 à igreja alexandrina; 76
A FIXAÇÃO DO CANÔN DO NT
• O Terceiro Concílio de Cartago (c. 397) reconheceu os 27
livros do Novo Testamento;
• Boa parte da igreja oriental omitiu 2ª Pedro, 2ª e 3ª João,
Judas e o Apocalipse;
• A igreja etíope reconhece não apenas os 27 livros aceitos
como padrão, mas acrescenta outros, entre os quais estão:
Atos de Paulo, 1 Clemente e Pastor de Hermas;
• Lutero, em sua tradução da Bíblia para o alemão, classificou
os livros de Hebreus, Tiago, Judas e Apocalipse como “não
apostólicos” ou “ não inerrantes”.
77
Indicações
Bibliográficas

78
TEXTOS PARA LEITURA
• 5 - A seleção, coletas e rejeição de textos - Extraído de
• WITHERINGTON III, Ben. História e histórias do novo testamento.
Tradução de Lucília Marques Pereira da Silva. São Paulo: Vida Nova, 2005,
p. 97-103.
• 6 - O Cânon do novo testamento - Extraído de:
• CARSON, Donald; MOO, J. Douglas; MORRIS, Leon. Tradução de Márcio
Loureiro Redondo. Introdução ao novo testamento. São Paulo ; Vida Nova,
1997, p. 541-556.

EXIBIÇÃO DE VÍDEO
• A formação do Canon
• Sociedade Bíblia do Brasil, palestrada pelo Dr. Rudi Zimmer
• disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=1i8m6q0_gww>)
• Duração: 56 minutos 79
80

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