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A HISTÓRIA DO

CRISTIANISMO
ANTIGO E MEDIEVAL
Professor Marcos Paulo
AULA 1
HCI - O CRISTIANISMO
BÍBLICO: A preparação do
2
mundo e da história para o
advento do Cristianismo
4 Os legados
Romanos • Uma Escritura;
• Estradas seguras; • Noção de corrupção
• Exército misto; humana;
• Crise nas
religiões.
• Noção de uma
história linear;
• As sinagogas.

Gregos
• Língua
comum;
Judeus
• Platonismo.
AULA 2

HCI - A igreja no Novo


Testamento; A expansão da
igreja – 35 d.C. a 50 d.C.; As
5
viagens missionárias de Paulo
AULA 3 - Parte 1

HCI - O cristianismo como


objeto de perseguição do
15 império romano – De 64 a
313.
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As razões da perseguição: estilo
religioso e abalo econômico
• A imagens de divindades pagã;
• As cerimônias cívicas e a adoração ao
Imperador como ato de fidelidade ao Império;
• Os cristãos adoravam a Jesus, um “outro rei”;
• Esvaziamento dos cultos pagãos;
• Queda no comércio religioso pagão;
• Divisão entre Judaísmo e Cristianismo;
• Reuniões secretas;
• Boatos de incesto, crimes ocultos e canibalismo.
18 Perfil de Nero (54-68)
Após atingir certa idade, Nero
mandou matar sua mãe, convenceu
sua primeira esposa a suicidar-se e
matou sua segunda esposa, que
estava grávida, com um pontapé na
barriga;

Em julho de 64, dez dos quatorze


bairros de Roma pegaram fogo;
Nero precisava se defender e culpar
alguém e não foi muito difícil ele
associar o incêndio aos “detestáveis
cristãos”.
19 Sob Nero os cristãos
foram mortos:
•Crucificados;
•Transformados em tochas vivas;
•Costurados dentro de animais
e;
•Atirados às feras;
•Pedro e Paulo provavelmente
morreram nessa época.
20 O perfil de Domiciano (81-96)
•Venceu guerras e erigiu grandes
construções;
•Exigia que o saudassem como “Senhor e
Deus”, lhe beijassem mãos e pés e ainda
lhe oferecessem sacrifícios;
•Foi por conta dessas atitudes que muitos
cristãos morreram em seu governo;
•É possível que o apóstolo João e
Clemente de Roma tenham morrido nessa
ocasião.
21 • Africano da cidade de
Catargo, ele levou para Roma
suas divindades nativas : Isis,
Serapis e Cibele;
A • Ele era um homem muito
perseguição religioso;
sob Sétimo • Proibiu conversões aos
Severo (202- cristianismo e muitos morreram
211) sob sua gestão: Irineu de Lyon,
Perpétua e Felicidade.
• Por causa da brutalidade,
alguns o chamavam de “o
anticristo”.
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A perseguição sob
Diocleciano (303-311)
•Fortaleceu as fronteiras do Império e
dividiu a administração em duas partes:
Oriental e Ocidental;
• No ano 300 Diocleciano, pensando em
limpar o exército do perigo maniqueu,
obrigou todos os soldados a sacrificarem
aos deuses romanos;
•Muitos soldados cristãos tiveram que se
desligar do exército.
A perseguição sob Diocleciano (303-
23
311)

Destruição das salas de culto;

Queima de literatura sagrada ou


litúrgica;

Quem se declarasse cristão teria seus


direitos civis revogados;

E todo cristão da nobreza ou que


ocupava cargo público foi deposto;

Prisão e morte dos líderes cristãos.


24 A perseguição sob Diocleciano
(303-311)

Finalmente, obrigou-se que todo


cristão sacrificasse aos deuses
romanos sob pena de morte;

Muitos cristãos foram torturados e


outros tantos foram enviados para
minas onde morreram exilados;
AULA 4 - Parte 2

HCI - A ascensão de
Constantino
25
26
O fim das perseguições
•Apesar da investida contra os
cristãos, Diocleciano não foi
bem sucedido;
•Assim, em maio de 305
Diocleciano renuncia e os
cristãos continuaram acrescer
mais e mais.
27
O fim das perseguições
•Constâncio Cloro, Galério,
Licínio e Constantino disputaram
a hegemonia no Império
deixado por Diocleciano;
•Em 311, Galério, Licínio e
Constantino promulgaram o
Édito de Tolerância.
•Constantino assumiu o poder apenas na
28 parte Ocidental do Império, mas seu desejo
era ser o único Imperador Romano;
•Ele sabia também que jamais chegaria a
essa posição se continuasse em conflito com
os cristãos. Ao mesmo tempo, os cristãos
estavam dispostos a apoiar o Imperador que
reconhecesse sua existência.

A ascensão de
Constantino
•Estavam postos os elementos que
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redundaria numa das mais sólidas
alianças da história: o Império
Romano e a Igreja Cristã;
•De acordo com Dreher a ideia era:
um Imperador, um Império e uma
Igreja.
A ascensão de
Constantino
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A ascensão de Constantino
• Com a morte de Galério, Licínio assume o
Império Romano no Oriente. Ambos eram
simpáticos aos cristianismo;
• Assim, em fevereiro de 313 Constantino e Licínio
se encontram em Milão e estabelecem Edito de
Milão que estabelecia, entre outras coisas, a
liberdade religiosa e a devolução de tudo o que
havia sido confiscado dos cristãos;
• Depois disso Constantino assassina Licínio e em
324 se torna o único Imperador Romano e os
cristão regozijam por terem agora um Imperador
“cristão”.
AULA 5
HCI - O cristianismo como
religião privilegiada no império
31 romano – DE 313 a 476
32 A ascensão do cristianismo –
Fatores positivos
Fim das perseguições;
A igreja começa a construir
templos;
Custos das igrejas e de seus
oficiais pagos pelos Estado;
• O Estado foi obrigado a restituir tudo
33 que havia confiscado dos cristãos;
• A hierarquia da igreja estava isenta
das obrigações frente as leis civis. O
tribunal eclesiástico tinha suas
próprias leis;
• O domingo se tornou dia de
A ascensão do descanso e adoração, sendo que
cristianismo – em 321 d.C. Constantino proibiu
Fatores positivos uma série de atividades nesse dia
que se tornou numa espécie de
feriado cristão ou o dia santo da fé
cristã.
•Fim da crucificação como forma de
34 punição aos criminosos:
•A cruz era o principal símbolo da fé cristã;
•A cruz precisava ser vista como símbolo
de misericórdia e não de castigo e juízo;
•Jesus foi crucificado, mas não era
criminoso.

A ascensão do cristianismo
– Fatores positivos
35
•Fim do infanticídio:
A •O cristianismo imprimiu
ascensão um sentido sagrado
para a vida humana.
do
•Os escravos passaram a
cristianismo ser tratados com mais
– Fatores dignidade;
positivos •Fim dos combates entre
gladiadores.
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A ascensão do cristianismo
– Fatores negativos
•O surgimento de um grande
número de cristãos nominais;
•Queda no nível moral da igreja,
inclusive de seus líderes;
•Surgimento das primeiras imagens
no culto de adoração.
37 O nova cara do cristianismo
Se o Cristianismo iria se tornar a religião oficial do
império, então ele tinha que assumir “cara” de
religião;

Ele já tinha um templo, já havia constituído os


padres como mediadores do culto e ganhou
também um dia santo;

Faltava-lhe apenas uma coisa que a


mentalidade romana não abria mão quando o
assunto era religião: as imagens de adoração.
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A invasão pagã na igreja cristã


• Antigas festas das religiões do império foram adaptadas e celebradas na
igreja cristã;
• Em 400 d.C. Maria passa a ser considerada “mãe de Deus” e seu culto
substitui o culto das deusas Vênus e Diana;
• No ano 405 d.C. as imagens dos mártires cristãos começaram a aparecer e
a se tornarem objetos de culto na igreja.
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AULA 7 – O Sacro
Império Romano
44
Carlos Martelo (688-741) e a
batalha de Tours:
•A partir do ano de 632 o Islã
conquista o Oriente, o norte e África
e avança para o Ocidente
conquistando parte da Espanha.
•Martelo uniu as tribos bárbaras do
Ocidente e constituiu um poderoso
exército;
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Carlos Martelo (688-741) e a


batalha de Tours:
•Em 732, na cidade de Tours, sul da
França, Martelo impede o avanço
muçulmano e conquista o respeito do
mundo oriental;
•Graças à batalha de Tours, a Meia-Lua
não triunfou sobre a Cruz.
Ascensão e queda do Sacro
46
Império Romano
No ano 800, Carlos Magno (742-814), neto de Carlos
Martelo, foi coroado pelo Papa Leão III como Carlos
Augusto, Imperador do Sacro Império Romano;

Magno promoveu reformas que produziram leis


importantes, inclusive com fortes investimentos em
educação e principalmente na igreja.

As disputas internas pelo poder; os ideais


nacionalistas e a ascensão de Napoleão ao poder
em 1806, finalizaram a sucessão de imperadores do
Sacro Império.
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AULA 8 – A
separação das
Igrejas Romana e
Grega
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Causas Políticas:
•O surgimento do Sacro Império do
Ocidente criou um império rival ao
do Oriente;
•Enquanto o governo do Sacro
Império do Ocidente “aceitava”
submeter-se ao Papa, o Imperador
do Oriente era quem dominava
sobre a igreja;
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Causas Doutrinárias:
•O sacerdote grego podia se
casar, contrariamente ao
sacerdote latino;
•Na igreja do Ocidente a
adoração de imagens era uma
prática legítima, enquanto que
na igreja do Oriente os santos
eram apenas respeitados.
Causas Religiosas
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•Mútua Excomunhão;
•Em 1054 um mensageiro do Papa Leão IX
colocou sobre o altar da Igreja de Santa
Sofia, em Constantinopla, um decreto
excomungando o Patriarca Grego;
•Por sua vez o Patriarca Grego expediu
um decreto excomungando o Papa e
todas as igrejas ligadas a Roma.
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AULA 9 – As
Cruzadas
Considerações gerais:
52

•As cruzadas representaram um


dos maiores movimentos da Idade
Média e elas foram a causa de
enorme quantidade de perda de
vidas humanas, bem como da
consolidação do poder da igreja
e da autonomia do Ocidente;
54 Objetivo das Cruzadas:
Seu objetivo principal era recuperar a cidade de
Jerusalém das mãos mulçumanas e garantir a
segurança dos peregrinos cristãos que para lá iam para
reverenciar seus lugares sagrados.

Essas peregrinações ficaram muito intensas por volta do


ano 1000 quando se pensava que o mundo iria acabar
com a segunda volta de Jesus;

Apelo do Imperador de Constantinopla, Aleixo I


Comneno, ao Papa Urbano II, que lhe enviasse reforço
militar para conter o avanço dos maometanos que já
haviam conquistado a cidade de Jerusalém.
• Razões Religiosas: Reconquistar
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Jerusalém e ampliar o domínio da
Igreja Romana sobre a Igreja
Ortodoxa Grega;
• Razões Políticas: Controlar o
Oriente Próximo, problema este
que tem sido uma preocupação
Razões das constante da Europa;
• Razões Econômicas: Estimular o
Cruzadas: comércio com o Oriente Próximo;
• Aventura militar, anistia de crimes
e busca de redenção.
56 Resultado das Cruzadas
•A primeira Cruzada (1095-1099) foi bem
sucedida e conseguiu reconquistar
Jerusalém dos mulçumanos;
•A segunda (1147-1149) e terceira (1188-
1192) cruzadas, obtiveram sucesso
relativo;
•Depois da Terceira Cruzada, houve ainda
4 cruzadas que fracassaram em seus
objetivos.
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