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EFEITOS:
1. Rápida expansão da produção os países periféricos,
inclusive agrícolas.
A ECONOMIA MUNDIAL: 1919-1930
Professora Dra. Regina Gadelha
II - APÓS A GUERRA: SURGIMENTO DE NOVA
POTÊNCIA
1 - A CRISE 1920/1921:
Após a I GM, a diferença entre preços e salários restringira os
mercados internos europeus → a Europa recorre a empréstimos
dos Estados Unidos para pagar suas contas.
Porém, diante da inflação, os bancos americanos, preocupados
com o valor do dólar, sobem as taxas de desconto e reduzem suas
operações de crédito.
Fim do ano 1920 = republicanos ganham as eleições nos
E.E.U.U.
(Warren G. Harding) → Estados Unidos se isolam
financeiramente = prioridade é a luta contra a inflação.
→ Adotam medidas de restrição de crédito tanto externo quanto
interno – esta política “deflacionista” norte-americana
deflagra uma crise de reconversão em 1921, no momento em
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Professora Dra. Regina Gadelha
A CRISE ATINGE
• Produtores de matérias primas (caso do Japão – seda bruta) ou
de países de industrialização frágil (casos do Canadá e da
Itália).
• Países deslocados pela guerra (Europa central: Hungria e
Polônia), dependentes de empréstimos externos.
• Grã Bretanha, cujos preços internos estavam muito elevados
em virtude do boom especulativo de demanda industrial do
pós-guerra, a produção de manufaturados sofre queda de 30%
(1920 e 1921).
• França – sofrerá menos os efeitos da crise do que o restante da
Europa → a depressão foi travada pelos gastos do governo
para a reconstrução do país, detendo a queda de demanda de
bens de equipamento (D II) → os gastos do governo
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V – CONSEQUÊNCIAS DA CRISE DE 1921-22
A crise atinge as minas de CARVÃO, ao mesmo tempo em que
este combustível é substituído pelo PETRÓLEO e pela
ENERGIA HIDRELÉTRICA.
POLÍTICAS ADOTADAS
1. Acirra-se a concorrência: Medidas são adotadas para
fomentar as trocas internas na própria Europa.
2. Mudanças no equilíbrio entre produção e investimentos por
parte dos países mais industrializados, com adoção de formas
mais modernas e complexas de fabricação.
3. Abandono das produções típicas (tecidos e barras de ferro –
características da primeira fase da industrialização do século
XIX).
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CONSEQUÊNCIAS DA CRISE
• A crise precipita a concentração capitalista dos países centrais
→ Apesar da crise, aumentam os investimentos europeus
nos países periféricos menos desenvolvidos, seja na Europa
ou fora dela = inversões no norte da África (Egito, Marrocos,
Argélia) e Oriente Médio (imperialismo).
• A disparidade entre preços de produtos primários (agrícolas e
matérias primas) e manufaturados atinge os países coloniais ou
periféricos, como Brasil (defesa permanente do café).
Os economistas passam a encarar as crises como fenômenos
naturais, seguidas de recuperação. Ou seja, como problema de
simples reequilíbrio do mercado, graças à baixa da produção e
dos preços – crise de proporcionalidade, vide Lênin.
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VI – A EXPANSÃO DE 1922-1929
Estados Unidos se tornam o primeiro país credor do mundo:
1 – O período de 1922-1929 é o da reconstrução monetária
internacional (o famoso Gold Exchange standard = estalão de
câmbio ouro divisas), proposto pela Grã Bretanha na Conferência
de Gênova em 1922.
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Professora Dra. Regina Gadelha
Consequências imediatas:
1. Queda da produção industrial (13% entre 1926 e 1927) –
mas liquidação de estoques acumulados durante o período de
inflação.
2. A desvalorização cambial aumenta a expansão das
exportações francesas, com repercussão no comportamento
dos agentes especuladores.
Em consequência, a recessão de 1926-1927 será pouco
profunda e breve para a França → índice da produção
industrial de bens manufaturados passa de 130 (1926) para 143
(1929).
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CONSEQUÊNCIAS:
1. A evolução de preços foi inversa à evolução do volume das
exportações → os preços britânicos mostravam-se demasiado
elevados.
2. Foi necessário recorrer a uma política deflacionária dos
preços e dos custos, visto que não se podia fazer a adaptação
da taxa de câmbio.
3. Essa política provocou o descontentamento dos operários e
nova onda de conflitos sociais, em que o mais grave foi a
greve geral de maio de 1926.
4. O índice de salário médio semanal (base 100 – 1924) caiu
de 143 (1920) para 100 (1928 e 1929), enquanto a dos preços
de atacado (base 100 – 1913) não cessou de diminuir, caindo
de 295 (1920) para 134 (1929).
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CONCLUSÃO
1. A Grã Bretanha não lucrou com a expansão de 1925-1929,
pois a libra se encontrava valorizada.
2. Somente em setembro de 1931 o governo irá desvalorizar a
libra esterlina, abandonando finalmente o padrão de estalão
ouro e, assim, atenuando os efeitos da depressão.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
• NIVEAU, Maurice. História dos fatos econômicos contemporâneos. Trad.
Octavio Mendes Cajado. São Paulo: DIFEL, 1969.