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A ECONOMIA MUNDIAL: 1919-1930

Professora Dra. Regina Gadelha


A ECONOMIA MUNDIAL: 1919-1930
Professora Dra. Regina Gadelha
I - FINAL DA GRANDE GUERRA E SEUS EFEITOS

– Participação europeia no comércio mundial =


= Queda de 30% (1913) para 25% (1919).
- Países não-europeus =
= Alta: de 25% (1913) para 40% (1919).
Composição do comércio mundial:
Antes de 1914 – Manufaturados (Europa) x Alimentos e Matérias
Primas (países não-europeus).

EFEITOS:
1. Rápida expansão da produção os países periféricos,
inclusive agrícolas.
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II - APÓS A GUERRA: SURGIMENTO DE NOVA
POTÊNCIA

1. Retração dos mercados tradicionais europeus.


2. Queda dos preços das exportações dos países periféricos,
inclusive alimentos, à medida que a economia europeia se
recupera.
3. Sofrem a concorrência dos Estados Unidos e do Japão, em
menor escala.

Estados Unidos exporta 3 x mais do que Grã Bretanha, França,


Alemanha e Itália reunidos.
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A SUPERIORIDADE AMERICANA APRESENTA:


1. Novas técnicas de produção.
2. Adoção produção em série.
3. Novos tipos de produtos.
Exemplo: Indústria automobilística (motor de propulsão) → mas
o país também é autossuficiente em alimentos e matérias primas,
além de um mercado interno protegido por direitos aduaneiros.
A produção dos Estados Unidos aumenta 20% (em relação a
1918), o que beneficia também os países exportadores de
produtos agrícolas e matérias primas = América do Sul, China e
Japão.
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França e Bélgica:
Governos atuam na demanda, pretendendo absorver a mão de
obra desempregada → persiste a inflação, porém se mantém as
facilidades de crédito.
- 1919: massa monetária em circulação cresce 20% na França
e 24% nos Estados Unidos.
Estados Unidos: acumula capitais durante a Guerra, o que
facilita a reconversão industrial no pós guerra, graças à abertura
dos mercados europeus.
O país, com extrema liquidez, detém quase a metade do stock
mundial de ouro
→ antes da guerra = US$ 691,5 milhões – após a guerra = US$
2,529,600 bilhões de dólares.
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III – SITUAÇÃO DA EUROPA
• Rápida expansão da indústria pesada durante a guerra →
porém em tempos de paz a demanda é insuficiente para manter
o pleno rendimento das estruturas então criadas.
Exemplo: a indústria de construção naval, inflada pela guerra,
sofre contração e desemprego maciço → crises 1921-1922 e
1924.
• Resultado: Recursos ociosos.
➢ Desemprego estrutural
➢ Queda de rendimentos e salários.
➢ Contração da demanda.
➢ Estancamento da economia.
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• Lenta recuperação do comércio entre os países europeus:
→ Após a guerra, o comércio entre Grã Bretanha, França e
Alemanha não recupera os níveis de 1913.
• Crise profunda da Grã Bretanha.
• França: prosperidade com inflação, devido a maior facilidade
de crédito e política fiscal mais flexível do que a Inglaterra.
• Alemanha = inflação não controlada (alto custo imposto pelo
armistício de 1918).
→ os pequenos países (Holanda, Bélgica, Luxemburgo)
voltam-se para a exportação de bens industriais muito
especializados ou de alto nível técnico.
→ os países agrícolas dos Balcãs (Bulgária, Romênia,
Iugoslávia), exportadores, sobretudo de cereais, sofrem com a
queda de preço desses produtos.
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IV - CICLOS ECONÔMICOS E CRISE: ANOS 1920-1940


1919-1920 = rápido desenvolvimento das economias após a
Guerra.
1921-1922 = crise.
1922-1929 → Desenvolvimento das economias, mas interrupções
em 1924 e 1927.
1929-1932 = crise violenta.
1932-1937 = países em lenta recuperação.
1937 = início dos preparativos para a II Guerra Mundial.
1940 = Guerra.
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EFEITOS DA CRISE AMERICANA:


A crise é breve e violenta nos Estados Unidos e na Europa → o
PNB dos EUA cai 15%!
• Queda dos preços dos produtos agrícolas (trigo – queda de
50% = 5 milhões de desempregados)
• Queda de manufaturados (24%), porém a queda dos
manufaturados duráveis será de 43%.
• Queda dos preços de atacados = 37% (cf. Maurice Niveau.
1969, p. 212).
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1 - A CRISE 1920/1921:
Após a I GM, a diferença entre preços e salários restringira os
mercados internos europeus → a Europa recorre a empréstimos
dos Estados Unidos para pagar suas contas.
Porém, diante da inflação, os bancos americanos, preocupados
com o valor do dólar, sobem as taxas de desconto e reduzem suas
operações de crédito.
Fim do ano 1920 = republicanos ganham as eleições nos
E.E.U.U.
(Warren G. Harding) → Estados Unidos se isolam
financeiramente = prioridade é a luta contra a inflação.
→ Adotam medidas de restrição de crédito tanto externo quanto
interno – esta política “deflacionista” norte-americana
deflagra uma crise de reconversão em 1921, no momento em
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A CRISE ATINGE
• Produtores de matérias primas (caso do Japão – seda bruta) ou
de países de industrialização frágil (casos do Canadá e da
Itália).
• Países deslocados pela guerra (Europa central: Hungria e
Polônia), dependentes de empréstimos externos.
• Grã Bretanha, cujos preços internos estavam muito elevados
em virtude do boom especulativo de demanda industrial do
pós-guerra, a produção de manufaturados sofre queda de 30%
(1920 e 1921).
• França – sofrerá menos os efeitos da crise do que o restante da
Europa → a depressão foi travada pelos gastos do governo
para a reconstrução do país, detendo a queda de demanda de
bens de equipamento (D II) → os gastos do governo
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V – CONSEQUÊNCIAS DA CRISE DE 1921-22
A crise atinge as minas de CARVÃO, ao mesmo tempo em que
este combustível é substituído pelo PETRÓLEO e pela
ENERGIA HIDRELÉTRICA.

POLÍTICAS ADOTADAS
1. Acirra-se a concorrência: Medidas são adotadas para
fomentar as trocas internas na própria Europa.
2. Mudanças no equilíbrio entre produção e investimentos por
parte dos países mais industrializados, com adoção de formas
mais modernas e complexas de fabricação.
3. Abandono das produções típicas (tecidos e barras de ferro –
características da primeira fase da industrialização do século
XIX).
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CONSEQUÊNCIAS DA CRISE
• A crise precipita a concentração capitalista dos países centrais
→ Apesar da crise, aumentam os investimentos europeus
nos países periféricos menos desenvolvidos, seja na Europa
ou fora dela = inversões no norte da África (Egito, Marrocos,
Argélia) e Oriente Médio (imperialismo).
• A disparidade entre preços de produtos primários (agrícolas e
matérias primas) e manufaturados atinge os países coloniais ou
periféricos, como Brasil (defesa permanente do café).
Os economistas passam a encarar as crises como fenômenos
naturais, seguidas de recuperação. Ou seja, como problema de
simples reequilíbrio do mercado, graças à baixa da produção e
dos preços – crise de proporcionalidade, vide Lênin.
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• Porém, o mercado financeiro está debilitado → reflexo da


debilidade financeira da Grã Bretanha e da Alemanha.

• A França desconfia de empréstimos no exterior, após perder


suas finanças na Rússia (URSS) e apela para ações de política
monetária interna = aumento de 24% das emissões entre 1919
e 1920 pelo Banco de França.
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1922 – RETOMADA DO CRESCIMENTO.


Estados Unidos: estabiliza-se a inflação devido à reabsorção dos
estoques e estabilização das taxas de juros.

Medidas governamentais adotadas (política protecionista):


• Redução das importações.
• Elevação dos direitos alfandegários.
• Elevação de impostos sobre consumo (bebidas, por exemplo).
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JAPÃO = desvalorização do yen → visa facilitar o retorno às


exportações.
Grã Bretanha = sujeita à concorrência do dólar, com a economia
em marasmo, a libra esterlina necessitava readquirir a confiança
de antes da guerra e volta à política restritiva de moeda, com
adoção do padrão ouro.
Porém, os Estados Unidos mantém a solidez de sua moeda,
comprando ouro e constituindo um encaixe superior ao montante
de dólares em circulação → a nova crise de 1924 traria o retorno
do padrão ouro desde 1925.
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VI – A EXPANSÃO DE 1922-1929
Estados Unidos se tornam o primeiro país credor do mundo:
1 – O período de 1922-1929 é o da reconstrução monetária
internacional (o famoso Gold Exchange standard = estalão de
câmbio ouro divisas), proposto pela Grã Bretanha na Conferência
de Gênova em 1922.
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Após a I Guerra Mundial, a conjuntura internacional se


modificara:
1. Nova Iorque se convertera em centro monetário
internacional, exercendo atração sobre as divisas ouro
tão forte como Londres no passado.
2. As disponibilidades em poder de estrangeiros nesses
dois centros (Nova Iorque e Londres) são muito mais
poderosas do que antes da I Guerra
→ EUA = o país está melhor preparado do que Londres, que
tivera suas atividades paralisadas pela guerra.
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2. PRAÇA DE NOVA IORQUE

Banqueiros americanos orientam seus esforços em três direções:


• Aceite – contrato ou título aceito para a realização de
pagamentos futuros.
• Gestão dos depósitos de créditos estrangeiros.
• Investimentos externos de longo prazo.
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Medidas adotadas pelo Governo


americano:
• Concorrência nos empréstimos externos a
curto prazo: o governo americano concede
desde 1913 poder aos bancos nacionais para
realizar operações de aceite bancário →
1917 – os bancos americanos realizam
operações de cerca de US$ 600 milhões de
dólares.
• Para vencer a concorrência inglesa, as
vantagens oferecidas às corporações de
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O Governo americano tenta intervir e desaconselha cinco
categorias de empréstimos:
1. Empréstimos a governos que não podiam equilibrar seu
orçamento porque dotados de fiscalização insuficiente.
2. Empréstimos para fins militares.
3. Empréstimos que poderiam favorecer monopólios
estrangeiros.
4. Empréstimos a governos não reconhecidos pelo governo dos
EUA.
5. Empréstimos a governos que não haviam pago suas dívidas
ao governo norte-americano. (M. Niveau, p. 295).
Os bancos somente seguirão as recomendações 4 e 5, com
exceção na 5ª recomendação à França → o país não pagara sua
dívida com os EUA.
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Estas políticas (de crédito) serão responsáveis pela inflação


galopante nos países da Europa Centro Oriental e Alemanha:
1. Áustria, Tchecoslováquia e Hungria - países que nascem
da dissolução do antigo Império austro-húngaro após a I
Guerra → representam uma ampla zona monetária desfeita
pela guerra, têm em comum suas economias devastadas e
enorme nacionalismo, mas não possuem população capaz de
absorver sua produção.
2. Estes países fecharão suas fronteiras, apesar de conservarem
o mesmo tipo de economia e produção anterior à Guerra,
fecham-se atrás de proibições e direitos alfandegários.
Exemplo: a indústria têxtil da Tchecoslováquia.
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3. Inflação de preços (até 1926):


Áustria = preços multiplicados x por 14.000 em relação a 1913.
Hungria = x 23.000.
Polônia = x 2.500.000.
Alemanha = preços multiplicados por 1 trilhão entre 1914 e
1923.
Alemanha se encontra em dificuldade = Comissão de
Reparações de Guerra, de Versalhes, exigira deste país uma
indenização calculada em £ 6.600 milhões de libras esterlinas →
quando se tornou evidente que a Alemanha não pagaria, a França
ocupará o Reno em janeiro de 1923.
Relatório Dawes (Federal Reserve Bank) estipula o pagamento
anual pela Alemanha entre £ 50 e 125 milhões de libras esterlinas
aos países devastados, facilitado por um primeiro empréstimos de
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.A Inflação alemã desenvolve-se em dois tempos:


• A alta da cotação de divisas (baixa do câmbio) será mais rápida
do que a elevação dos preços.
• A elevação dos preços leva a melhor sobre o câmbio, mas as
moedas estrangeiras (libra, dólar, franco) já substituem o
marco como meio de pagamentos internos.
• A produção alemã, no entanto, aumenta até princípio de 1923
→ o governo põe em prática vários meios para estabilizar o
marco (criação do Rentenbank e do Rentenmark em outubro
1923) = moeda garantida pela produção nacional e dotada de
curso legal e idêntico valor ao marco ouro anterior à guerra →
1 rentenmark = 1.000 bilhão de marcos papel.
• Governo alemão recebe um empréstimo norte-americano de £
40 milhões de libras (1924 = empréstimo Dawes).
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• Empréstimo Dawes → ponto de partida para que capitais


privados estrangeiros, sobretudo anglo-norte-americanos, se
interessem pela recuperação da economia alemã, apesar da
divergência da França.

• Porém, parte desses capitais se perderá na falência dos anos


1929-1932.
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A CRISE DE 1921-1922 NA FRANÇA:


• Inflação (ação do mercado especulador), centralizada no
mercado de câmbio e intermediários → persiste até 1926.
• Os preços de atacado aumentam 45% entre 1919 e 1920, para
caírem abaixo do nível de 1919 em 1922.
• De 1922 a 1926 (pico) – os preços mais do que dobram = uma
depreciação do câmbio precederá uma nova elevação dos
preços
→ Cotação da libra esterlina = de 25,5 francos (1914) se eleva a
240 francos (1926).
→ Cotação do dólar = de 5,18 francos (1914) passa para 49,22
francos (1926).
O Governo francês, de Raymond Poincaré, põe fim à inflação (lei
7 de agosto de 1926, do Banco de França) e estabiliza a libra (€)
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Consequências imediatas:
1. Queda da produção industrial (13% entre 1926 e 1927) –
mas liquidação de estoques acumulados durante o período de
inflação.
2. A desvalorização cambial aumenta a expansão das
exportações francesas, com repercussão no comportamento
dos agentes especuladores.
Em consequência, a recessão de 1926-1927 será pouco
profunda e breve para a França → índice da produção
industrial de bens manufaturados passa de 130 (1926) para 143
(1929).
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ESTAGNAÇÃO DA GRÃ BRETANHA


De acordo com Maurice Niveau (p. 221),
“... pela primeira vez em sua história, descobria a Grã Bretanha a
incompatibilidade que pode existir entre as condições requeridas
para um crescimento interno satisfatório e as exigências de uma
divisa-chave. Sujeita à concorrência do dólar, que se alçava à
moeda internacional, a libra precisava reconquistar o terreno
perdido ou, pelo menos, não perder mais terreno”.
Porém, em 1925 a libra supervaloriza seu curso, mas esta ação
entravaria suas exportações e, portanto, suas atividades
industriais.
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CONSEQUÊNCIAS:
1. A evolução de preços foi inversa à evolução do volume das
exportações → os preços britânicos mostravam-se demasiado
elevados.
2. Foi necessário recorrer a uma política deflacionária dos
preços e dos custos, visto que não se podia fazer a adaptação
da taxa de câmbio.
3. Essa política provocou o descontentamento dos operários e
nova onda de conflitos sociais, em que o mais grave foi a
greve geral de maio de 1926.
4. O índice de salário médio semanal (base 100 – 1924) caiu
de 143 (1920) para 100 (1928 e 1929), enquanto a dos preços
de atacado (base 100 – 1913) não cessou de diminuir, caindo
de 295 (1920) para 134 (1929).
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CONCLUSÃO
1. A Grã Bretanha não lucrou com a expansão de 1925-1929,
pois a libra se encontrava valorizada.
2. Somente em setembro de 1931 o governo irá desvalorizar a
libra esterlina, abandonando finalmente o padrão de estalão
ouro e, assim, atenuando os efeitos da depressão.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
• NIVEAU, Maurice. História dos fatos econômicos contemporâneos. Trad.
Octavio Mendes Cajado. São Paulo: DIFEL, 1969.

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