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INSTITUTO TERCEIRA VISÃO

:: MATERIAL DE APOIO - CORPOS SUTIS ::

ENSINO MULTIDISCIPLINAR EM TERAPIAS NATURAIS,

HOLÍSTICAS E COMPLEMENTARES
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CORPOS SUTIS

Segundo várias doutrinas holísticas e até da física quântica o ser humano é composto de
várias camadas que se distinguem por densidade e depois por cada camada possuir
características e funções diferentes. No físico temos camadas como a óssea, adiposa,
muscular e a líquida (fluídos sangue e água). Na parte sutil segundo Joshua David Stone
possuímos mais de 800 camadas interligadas e com capacidade consciencial, ou seja, pensam
independentemente e podem existir, por algum tempo, mesmo que a outra esteja em mal
estado. Nós veremos agora a parte básica dos sete principais corpos. Peço que você não se
detenha nos nomes, pois doutrina diverge muito em relação ao nome adequado para cada
corpo então preferimos nos referir e estes por números.

Os corpos são compostos de matéria, é matéria sim. Não pense que são compostos de algum
fluído extraterrestre. Não esqueça que um elétron, que é uma partícula do átomo, já é
matéria. Quando esta matéria está muito unida e vibrando pouco você tem compostos densos
como o corpo físico, que chamaremos de corpo 1, e quanto mais as partículas vibram e mais
longe ficam uma da outra, mas sem perder a órbita em volta do corpo físico, mais sutil é a
camada que chamaremos de corpos 2, 3, 4, 5, 6 e 7. De onde vem tanta matéria? Do seu suor
evaporando, do suor alheio que adere ao seu campo magnético, das partículas presas nos
objetos e até as soltas no ar (pense: quanto mais leve e melhor o ar, como o ar de uma
floresta nas montanhas, mais leve você se sente e quanto mais pesado o ar, como o centro

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poluído de uma grande metrópole, mais pesado você fica. Não pense que é só isso que define
a densidade, pois sua capacidade de manter as partículas mais perto de você também vai
fazer com que você fique mais pesado e denso facilitando assim a emanação e recepção de
ondas mais densas além de com tendência a levá-lo a um mal-estar.)

Como os seus corpos adoecem? De duas formas básicas: a primeira é atingindo uma
densidade tal que percam suas características básicas, um exemplo seria um câncer onde
células se unem cada vez mais em estado alterado a ponto de gerar um outro corpo dentro do
corpo físico desequilibrando-o ou até matando-o; e a Segunda é que mesmo com sua
densidade em estado normal a comunicação de energia entre os corpos fique defasada, como,
por exemplo, o bloqueio de um dos meridianos do DO-IN ou ainda um desequilíbrio no corpo
2, que trata das emoções, impedindo o bom funcionamento e comunicação entre o corpo 1
(físico) e o corpo 3 (mente racional) podendo levar ao descontrole psíquico e até ao suicídio.
Você pode ser atingido em cada um dos corpos por meios conscientes como traumas e
agressões, ou por via vibracional como as obsessões ou as radiações emanadas por uma usina
nuclear. Não colocamos cores nos corpos pois constatamos em nossas pesquisas que isto
muda todo o tempo, devido ao comprimento de onda que emanam, mesmo que numa grande
parte da literatura os autores designem cores para as camadas. Quais são e como se
comportam os sete corpos?

• CORPO 1 – é o corpo físico, composto de várias camadas de moléculas e células bem


unidas, mas nenhuma absolutamente sólida, pois até seus ossos devem ter um grau
mínimo de flexibilidade. Se alimenta de energia densa como líquidos e alimentos
sólidos, mas com o devido treino pode passar vários períodos ingerindo partículas de ar
e umidade (vide Em Sintonia e Viver de Luz de Jasmuheen), mas para o seu correto
funcionamento também depende das e energias absorvidas pelos demais corpos como
a radiação solar, as emanações de outros seres e minerais. Quando o ser humano se
sente ameaçado ele tem um impulso instintivo de se contrair, ou seja, criar uma
couraça de proteção, atraindo toda a matéria dos corpos sutis para o corpo físico
deixando-o mais denso. Você já descobriu de onde vem os famosos nódulos muscular
ou uma simples tensão nas costas? Porque uma pessoa fica horas na Internet
conversando com outra pessoa e não tem dor (e olha que as vezes as horas passadas
nos chats é superior as horas diárias no trabalho digitando alguma obrigação), mas a
mesma pessoa adquire uma LER (lesão por esforço repetitivo) e não pode mais
trabalhar? É porque conversar sem obrigação alguma gera prazer e o trabalho pode
gerar desprazer, este desprazer gera tensão e cada vez você se contrai mais,
inconscientemente se sentindo agredido e ficando denso aponto de se machucar. Então
concluímos que a pressão das partículas mais sutis do corpo físico quando ficam densas
podem machucar ou simplesmente incomodar as densas pois estas ficam mais unidas e

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menos maleáveis, e mais as sutis podem também fazer pressão nas densas como a
sensação de peso nos ombros, que alguns casos pode ser “um encosto”. Claro que uma
má postura, alimentação ruim e uma baixa qualidade de vida geram a maioria das
doenças do físico, mas as demais causas como a tristeza, a depressão ou uma vibração
de baixa qualidade vinda de algo vivo, morto ou inanimado não devem ser ignoradas ou
pior serem consideradas inexistentes.

• CORPO 2 – Este corpo é composto de duas camadas que parecem uma só, mas depois
de em média três dias do falecimento do corpo físico as duas se separam e a primeira
camada se dissolve como o gás metano que se desprende dos corpos em putrefação
também chamado de fogo fátuo. Esta primeira camada é composta pela evaporação do
suor nas partes mais densas sendo rica em proteínas e sais minerais, além de gerar
uma certa oleosidade sobre o corpo, principalmente nos cabelos quando muito densa. A
segunda camada é o corpo emocional por excelência, pois é responsável por receber,
armazenar e emanar tudo o que se refere ao seu emocional, se você já assistiu em um
centro de apometria um desdobramento de corpos, você pode constatar que quando o
médium incorpora o corpo emocional do cliente ele não consegue ter nenhuma reação
racional ou instintiva, mas fica preso a frases e atitudes puramente emocionais como
medo ou depressão. Não se preocupe com a possibilidade de animismo ou fingimento
pois dificilmente a emoção de um cliente se parece com a de outro e é divergente do
trauma que se descobre. Este corpo é o mais próximo do corpo físico e age mais
rapidamente sobre este. Quando sofremos um abalo emocional, praticamente em
seguida segue-se um mal-estar físico, e o contrário também é verdade pois quando nos
machucamos no físico logo passamos para um abalo emocional. Você conhece a
Psicossomatologia? Psicossomatologia é a ciência que estuda as causas emocionais dos
problemas físicos, principalmente as alergias. Se você sofre de asma, por exemplo, a
causa nem sempre é o clima e pode ser uma rejeição por parte dos pais da criança.
Muito comum quando os pais trabalham fora e não podem dar a devida atenção a
criança. Uma pessoa pode levar isto até o final de sua vida, mas há um fenômeno a se
constatar que é o desaparecimento da asma crônica no final da adolescência, pois faz
parte do processo de independência do ser humano.

Quando estamos próximos demais de uma pessoa normalmente temos reações emocionais e
menos racionais. O exemplo se dá quando você aperta a mão de alguém e só consegue
pensar se gostou ou não da pessoa, mas se lhe mostrassem esta mesma pessoa a uma
distância média de 4 metros você diria que ela é, por exemplo, velha ou nova, mas não faria
nenhum comentário emocional até esta se aproximar. Não estou falando do fenômeno da
inveja, pois esta é uma interação entre os diversos corpos. Você primeiro constata que a jóia
da sua amiga é bem desenhada, depois você deseja a jóia (instinto, comando psíquico do

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corpo animal/físico) e por último, por não poder possuí-la você fica desconfortável aponto de
emanar uma onda tão densa que pode jogar a jóia no chão e quebrá-la (olho gordo).

Mas se você estiver em harmonia você no máximo pensa que a jóia bem desenha lhe agrada e
o prazer de visualizá-la lhe basta. Sensitivos são capazes de captar as emoções de uma pessoa
mesmo que esta esteja do outro lado do planeta devido ao fato de que cada um tem um
código individual de vibração e se você consegue esta comunicação você pode ler o que se
passa nos diversos corpos da pessoa. A melhor forma de manter seu corpo emocional em bom
estado é dando-lhe prazer e boas emoções, ou seja, lazer e boa companhia. Evite conviver
com pessoas ditas pesadas ou “baixo astral” e se você é chamado de chato ou “urubu”, muita
atenção, pois a culpa pode ser exclusivamente sua.

Pare, pense, NUNCA TENHA PENA DE SI MESMO, (nas palavras do Mestre Hilarion) “pois não
há nada mais reprovável, egoísta e auto-destrutivo que ter pena de si próprio. Sempre haverá
alguém pior e você deve tentar, no mínimo ser como alguém que está melhor. Não deseje ser
alguém, mas ser você mesmo num estado melhor. Fale de coisas agradáveis e boas, faça
coisas que lhe dão prazer e que não lhe custem sacrifícios ou seja impossíveis, pois querer
fazer o que já é sabido ser difícil é frustrar-se por burrice. Preste atenção nas pequenas coisas
como flores, dias bonitos e bons aromas. A lavanda e o café, recém passado, são aromas que
trazem prazer. Experimente. Sorria e saiba pedir o que quer, pois ninguém tem obrigação de
adivinhar. Uma certa vez ouvimos de uma cliente que ela nunca tinha recebido um cafuné na
cabeça e isto a fazia sentir-se rejeitada, mas também ficamos sabendo que esta detestava que
outra pessoa lhe penteasse os cabelos. Pedimos que esta dissesse ao marido que gostava de
cafuné. Na semana seguinte voltou feliz pois este passou a afagá-la e declarou nunca ter feito
antes pois pensava que ela não gostava que lhe mexessem nos cabelos. Outra
coisa a considerar é que a pessoa vem de criações e culturas diferentes sendo assim ensine e
de exemplos, mas não obrigue todos a fazerem o que você deseja, mais dia menos dia você
estará cercado de pessoas que pensam e se comportam como você.

Aqui Vai Um Recado Para Reikianos:

Não obrigue seus amigos e familiares a seres espiritualizados pois certamente será um
fracasso. Se você se sente só, procure grupos de estudo e debate sobre os assuntos que lhe
interessam, faça como os jovens, que andam em “bandos” de interesse comum. Nem sempre
a pessoa que você estende a mão é que irá ajudá-lo no futuro, fique feliz pois sempre alguém
irá socorrê-lo, nem que seja lhe dando um “puxão de orelhas”.

• CORPO 3 – Também chamado de mental inferior, devido a influência do ego e da


racionalidade analítica. Este corpo tem uma distância média de 2 metros do corpo e é
através dele que analisamos as coisas que nos cercam, ou seja, é através dele que

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percebemos o ambiente. Além desta característica este corpo é o nosso alimentador de


informações como o teclado de um computador, desde o útero materno tudo o que
ouvimos fica registrado neste corpo. Quantas vezes temos reações devido a
programação de nossos pais e não porque realmente paramos para pensar no assunto.
Vejamos dois exemplos: 1) Dormir sempre cedo e levantar cedo, mesmo no Domingo
quando você quer ficar mais na cama devido a programação: “Deus ajuda quem cedo
madruga”. A neurolinguística é o melhor alimentador do corpo mental pois nos traz
programações positivas que previamente selecionamos. No nível 2 de Reiki passamos a
ter uma ferramenta mais poderosa, pois recebemos o símbolo que nos dá acesso direto
a este corpo e que facilita as programações mentais. Os dois grandes empecilhos ao
corpo mental são as nossas emoções e as programações que vieram de forma
inconsciente, pois mesmo que saibamos que uma programação é boa para nós, como:
“Eu mereço ter abundância na vida”, a auto-piedade e a depressão a desfazem com
argumentos deste tipo: “eu sou um pobre coitado e infeliz eu não mereço nada, pobre
de mim. ” As inconscientes são aquelas que você ouviu a vida inteira, mas não prestou
a atenção como “dinheiro não traz felicidade” ou “amor e dinheiro nunca andam
juntos”.

Exercício de purificação dos corpos emocional e mental:

1. Sente-se confortavelmente num lugar mais sossegado e que você não possa ser
importunado (pode ser ao acordar ou quando for dormir que normalmente são os
horários de maior silêncio na casa).

2. Imagine que você está numa clareira muito bonitas cheia de plantas tropicais bem
verdes e que nesta clareira existe um belo lago térmico cheio de luz.

3. Respire profundamente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca, bem devagar, por
sete vezes.

4. Tente sentir o clima do lugar e as suas energias.

5. Caminha lentamente para o lago e se banhe em suas águas.

6. Relaxe cada vez mais.

7. No meio do lago existe uma pedra redonda que tem uma estrela dourada se seis pontas
no meio. Sente-se nela e fique com os pés na água.

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8. Uma luz branca vai entrar pelo topo de sua cabeça e pelos pés. Inspire esta luz para
dentro do corpo, retenha a respiração por 3 segundos, e expire relaxando, enquanto
visualiza toda a energia nociva saindo pelos seus poros e caindo na água.

9. Quando inspira você pensa: “Eu me liberto de toda a emoção e programação nociva
existente no meu ser, eu sou livre”.

10. No momento da expiração você pensa: “Agora sou pura luz divina”.

Faça isto diariamente por 20 min. A cada dia você se sentirá melhor. Com o tempo poderá
acrescentar (quando você sentir que já está pleno de luz) outras afirmações como:

1. Estou equilibrado e em paz;

2. Tudo é possível pois o universo é infinito;

3. Sou saudável e feliz;

4. Eu mereço ser amado e feliz;

5. Dinheiro é energia e circula com fluidez, tudo o que invisto com amor me volta
multiplicado por 1000;

6. Eu sou um ser de luz em ascensão.

Você saberá quando seu corpo mental não estiver bem, porque nos sentimos inseguros,
agressivos e com medo denotando um domínio do corpo emocional.

• CORPO 4 – Este corpo é mais um corpo intermediário, como o colágeno que liga sua
pele aos músculos. Sua característica é o amor, suas relações familiares e com os
mestres de luz, nós o sentimos quando estamos, por exemplo, apaixonados. Este corpo
se expande a sensação é de que não cabemos no corpo físico, que vamos arrebentar.
Seu tom de cor ideal é o branco róseo. Para você pensar ou cogitar ser um canal de
seres como mestres de luz e anjos no mínimo você deve ter seus corpos inferiores (1,2
e 3) vibrando na freqüência do corpo quatro.

Imagine uma luz rosa saindo do seu coração e se expandindo para todo o corpo. Lembre-se
de todos os momentos felizes que já teve e de quanto ama este planeta. Sinta todo o mundo
sendo envolvido por seu amor. Sinta a luz. Fique sentindo esta sensação o tempo que quiser.
Você pode fazer este exercício mentalmente quando estiver em grupo pois trará harmonia, paz
e uma comunicação perfeita.

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• CORPO 5 – Este corpo é responsável pela memória que nos acompanha durante as
várias encarnações, são as nossas programações profundas, nossas relações cármicas.
Quando conseguimos contatar este corpo passamos a ter acesso as informações da
nossa ancestralidade e imortalidade. Uma forma simples de acessar estas informações é
a terapia de regressão, mas o ideal é que se tenha pleno domínio destes registros
porque isso lhe diz quem você é. O Nível 3 de Reiki facilita o contato com estas
memórias e a comunicação com os seus guias pessoas que habitam neste grau de
comunicação.

• CORPO 6 – Este é o corpo do iluminado, pois quando temos acesso a esta freqüência
atinge-se o grau de iluminação, diferente do estado buddhico EU SOU. Passamos a ter
o domínio dos corpos abaixo deste e de nossas faculdades extrasensoriais além de
poder atingir a dimensão de espaço/tempo. Temos plena consciência da história de
nosso planeta e de nossa missão para com este, além de vibrarmos características
como a sabedoria, a compaixão, o amor incondicional e a plenitude. Ë um estado quase
que permanente de neutralidade e felicidade, mas não pense que iluminados não
adoecem ou saem voando por aí. Mire-se nos exemplos de Sai baba, Dalai Lama, Osho
e Chagdud Teulku Riponche.

Não é necessário nascer desta forma para atingir este estágio e nas palavras deste último
mestre “a missão mais difícil é a de se atingir a iluminação quando não se está num lugar
propício para isto, mas o seu mérito é maior.” Para chegar a este corpo você precisa ter
domínio dos anteriores e treinar o seu corpo físico com alimentação leve e boa condição, além
de ter pleno domínio das emoções e da mente. Parece impossível, mas na verdade é simples,
nos é que complicamos o processo. Mantenha-se calmo, não penha pena de si mesmo, preste
atenção nas coisas belas e simples da vida, medite e entre em contato com a voz do planeta e
as deidades que lhe possam guiar através da meditação. Uma sugestão é você meditar que
está se fundindo na luz de Kuan Yin, Tcherenzi ou Cristo (procure na internet dados sobre
estas deidades). Deixe-se levar e guiar por estes seres de suprema inteligência e luz. Você
terá certeza que está realmente em contato pois a sensação é de muito amor e leveza,
sentimentos como terror e medo podem denotar a presença de seres inferiores se fazendo
passar pelos seres de luz ou ser simplesmente a sua imaginação.

• CORPO 7 – Estado buddhico, EU SOU. É o corpo que fica fora do planeta terra ligado a
você por uma afinidade de magnetismo, chamado de fio de ouro. Este corpo não
consegue adentrar o planeta pois a atmosfera é densa demais, para entrar em contato
com ele você deve expandir seu corpo seis para fora da atmosfera. Meditações sobre eu
superior facilitam este contato, mas a projeção astral que se obtém com o domínio do

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corpo quatro ainda é o melhor caminho. Você se funde com a matéria universal sem
perder a consciência e fica ligado a todo o espaço no que se chama grande silêncio.

A energia Rei é a fonte inesgotável do Reiki onde este se origina e abastece, alem de ser
acionada ou transmutada SOMENTE POR UM REIKIANO QUE PASSOU PELA DEVIDA
SINTONIA, caso contrário o que se estará aplicando é chi do homem ou ki. A Segunda parte
do ideograma fala do KI (japonês), ou chi o homem (chinês). Alguns autores confundem o Chi
do céu e o chi do homem com o chi da terra, que é a energia que está no ambiente e na
natureza, da qual nos alimentamos e mantemos o nosso chi subsistindo, também chamado de
prana pelos hindus. O Ki é a nossa energia vital, é o que nos mantém vivos. Esta espécie de
energia é caracterizada por ter um grau vibracional entre 6 e 7 hertz, ser bipolar (tem positivo
e negativo, não confundir com bem e mal), estar tanto em nosso corpo físico como em torno
dele a uma distância aproximada de 1,5m e ser manipulável por qualquer pessoa. Tendo um ki
equilibrado você pode equilibrar o que de outra pessoa, mas se por acaso o seu ki
desequilibrar (mesmo que resultante de uma pequena distração), então você poderá
prejudicar seu cliente, o que não ocorreria no caso do Reiki.

Quando juntamos as duas energias temos o Reiki, ou seja, quando a energia Rei entra em
contato com o seu chi ou ki, este se transmuta, seu grau vibracional aumenta para mais de 20
hertz, perdendo a polaridade e se tornando uma eficaz energia de cura, sendo facilmente
manipulável, por uma pessoa devidamente sintonizada, e também é absorvida com
tranqüilidade pelo cliente, que passa a Ter seu campo energético equilibrado ou restaurado e
consequentemente a sua saúde física, mental e/ou etérica recomposta.

OS CORPOS SUTIS (Texto retirado da Sagrada Ordem da Serpente – Ordem


Tantrica)

Ao longo do desenvolvimento dos estudos a respeito do Tantra, os mestres ocultistas


descobriram que, por detrás de toda forma de vida, existe uma vibração, que pode, ou não,
encontrar manifestação no plano físico. Trata-se dos nossos corpos sutis, que não podem ser
tocados pela mente racional, mas apenas pela percepção e intuição. Por isso, é importante
conhecermos quais são esses corpos e aprender um pouco mais sobre cada um.

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1º - CORPO

Anna Maya Kosha – Corpo Ilusório de Alimento

Corresponde ao nosso corpo material, constituído de ossos, pele e sangue. Apresenta cinco
sentidos básicos (tato, paladar, olfato, visão e audição) e cinco agentes de ação (boca, órgãos
genitais, mãos, pés e ouvidos). As vibrações emitidas pelos corpos superiores são absorvidas
pela estrutura óssea e pelos músculos, nervos e ligamentos. O estágio evolutivo do Anna Maya
Kosha, corresponde ao estado mineral, e seu elemento é a Terra. De natureza instintiva, sua
energia deriva das áreas genitais. Esse corpo reage aos toques físicos e depende de alimentos
materiais para se manter em atividade. Está relacionado ao chakra Muladhara.

2º - CORPO

Prana Maya Kosha – Corpo Ilusório Energético Etérico

Corpo formado pela energia (prana) emanada dos cinco elementos básicos da natureza: água,
terra, ar, fogo e éter. Assim como o Anna Maya Kosha, encontra correspondência entre os
minerais, só que sua manifestação ocorre de maneira mais sutil e seu elemento é a Água. O
Prana Maya Kosha opera sobre os cinco sentidos, transmitindo sensação e servindo de
intermediário entre o corpo físico (especificamente músculos e nervos) e as emoções. Sua
energia nasce das glândulas supra-renais, próximas ao umbigo. Está relacionado ao chakra
Swadhistana.

3º - CORPO

Kama Maya Kosha – Corpo ilusório dos Desejos

É o corpo dos instintos, dos impulsos, das relações naturais, das emoções telúricas, das
vontades e dos desejos. Caracteriza-se pelo ímpeto emocional. Sua Emanação energética
parte do plexo solar, o que faz com que esteja relacionado ao pâncreas. O elemento básico do
Kama Kosha é o Fogo. Está relacionado ao chakra Manipura.

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4º - CORPO

Ananda Maya Kosha – Corpo Ilusório da Felicidade

Corpo dos sentimentos, do afeto e das relações amorosas. O Ananda Maya Kosha corresponde
ao elemento Ar. Seu ponto central é o coração. Por isso, ele reage a qualquer estímulo
emocional. É o corpo responsável pelas impressões de simpatia e antipatia, e pode ser ativado
com a ajuda da alimentação; vegetais superiores: (verduras, legumes e frutas). Está
relacionado ao chakra Anahata.

5º - CORPO

Manas Maya Kosha – Corpo Ilusório do Conhecimento

É o corpo da inteligência, da memória, do intelecto. Seu elemento é o Éter e seu principal


ponto de manifestação, a garganta. Os mantram com H aspirado é o principal estímulo para o
Manas Maya Kosha, que é um corpo intimamente ligado às vibrações sonoras. Essas vibrações,
aliás fazem-no caminhar do racional para o intuitivo. Está relacionado ao chakra Vishnudha.

6º - CORPO

Inana Maya Kosha – Corpo Ilusório da Sabedoria Pura

Corpo da sabedoria superior, que extrapola o simples conhecimento mental. É responsável


pelas capacidades de clarividência, percepção extrasensorial e clariaudiência. Responde aos
estímulos da imaginação e aos sons nasalizados. Por estar além dos limites físicos, não
corresponde a nenhum órgão físico específico. Está relacionado ao chakra Ajna.

7º - CORPO

Buddhi Maya Kosha – Corpo Ilusório da Intuição

Não reage a nenhum tipo de toque e não corresponde a nenhum som específico. Aliás, só
pode ser estimulado com o mantra OM e com símbolos de profunda penetração mística, tais
como as Mandalas e os Yantras. O Bushi Maya Kosha é o corpo mais passível de identificação
com a Mônada Espiritual Humana. Está relacionado ao chakra Sahashara.

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A relação dos corpos com os chakras ocorre da seguinte maneira: quando os chakras
giram numa velocidade maior, o corpo está mais atuante.

Quando os chakras giram em menor velocidade, o corpo fica sem energia.

Os textos tântricos ainda descrevem um corpo sutil (áurico) que é o reflexo do corpo físico e
principalmente de nossas emoções. Esse corpo fica com cores claras; e aumenta de tamanho
quando estamos bem. Ao contrário, contrai-se e fica escuro em sinais de desânimo. Aliás, a
palavra desânimo vem do latim des=sem ânimo = alma, alguém sem alma é um ser
desanimado. As famosas fotos Kirlians, revelam muitos detalhes desse corpo, mas, segundo os
mestres tântricos, isso não acrescenta muito para nós, esse corpo em questão de minutos,
pode se alterar por completo. O Shiva Samhita dá uma explicação muito clara da natureza do
corpo áurico: “Neste corpo, o Grande Eixo Central” (Monte Meru, a espinha dorsal) é cercado
por sete ilhas (a força vital, o sangue, a carne, a gordura, os ossos, a medula e o sêmen/ovo).
Existem rios, mares, etc, assim como profetas, sábios, D’uses, D’usas, inteligências, todas as
estrelas e planetas, lugares sagrados de peregrinação, santuários e divindades governantes.

O Sol e a Lua, os agentes da criação e da destruição, também se movem no corpo, como


fazem também os Cinco Grandes Elementos: especo, ar, fogo, água e terra. Todos os seres
que existem em todos os mundos, também são encontrados no corpo, circulando o eixo
central. Neste corpo, que é chamado de Brahmananda (o “ovóide” ou “aura” de Brahma), o
microcosmo, existe a Lua com raios de néctar, em seu lugar próprio, no alto da coluna
vertebral; tem a sua face voltada para baixo e chove néctar dia e noite. O néctar da Lua
subdivide-se em duas partes alimenta o corpo, como as águas do sagrado rio Ganges e desce
como um canal sutil do lado esquerdo, o outro raio de néctar, é brilhante como o mais puro
leite, penetra o nervo central da espinha para manter e recriar a Lua em seu próprio lugar, no

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alto do Grande Eixo Central. Na região baixa do Grande eixo do Meru está o sol, localizado
dentro do próprio corpo. Saindo do sol interno, situado no umbigo, um canal sutil emana para
o lado direito do corpo e carrega o fluído solar para cima pelo poder de seus raios. Este canal
do lado direito é uma outra forma do sol e move-se pelo corpo, engolindo secreções vitais e
principalmente conduzindo o espírito à Libertação. O D’us da Criação e da Destruição é o Sol,
que se move através do receptáculo do corpo. No corpo humano existem centenas de milhares
de canais sutis, mas os principais são em número de quatorze. Destes, três são
particularmente importantes: ida (para esquerda), pingala (para a direita) e sushumna (no
centro). Destes três, sushumna é o mais elevado e amado dos yogues; todos os outros canais
sutis são subordinados a ele. O canal chamado Ida, fica ao lado esquerdo, enroscando-se em
volta de sushumna e indo para a narina direita. O canal pingala fica do lado direito, enrolando
no canal central e indo para a narina esquerda. Aquele que conhece este microcosmo do corpo
e experimenta seus mistérios, alcança verdadeiramente o mais elevado estado de ser.”

Apesar de altamente alquímica, essa definição poderá ser perfeitamente compreendida através
da união do mesmo com o paítulo Kundalini.

As Sete Camadas e os Sete Chakras do Campo Áurico

Cada camada parece diferente das outras e exerce sua função particular. Cada camada da
aura está associada a um chakra, a saber: a primeira camada se associa ao primeiro chakra, a
segunda ao segundo chakra, e assim por diante. Estes conceitos, gerais, tornar-se-ão muito
mais complicados à proporção que nos aprofundarmos no assunto. Limitar-nos-emos, por ora,
a enumerá-los para dar ao leitor uma visão global. A primeira camada do campo e o primeiro
chakra estão ligados ao funcionamento físico e à sensação física — a sensação da dor ou do
prazer físicos. A primeira camada está ligada ao funcionamento automático e autônomo do
corpo. A segunda camada e o segundo chakra, em geral, se associam ao aspecto emocional
dos seres humanos. São os veículos através dos quais temos nossa vida emocional e nossos
sentimentos. A terceira camada liga-se à nossa vida mental, à reflexão linear. O terceiro
chakra está unido à reflexão linear. O quarto nível, associado ao chakra do coração, é o
veículo através do qual amamos, não somente os companheiros, mas também a humanidade
em geral. O quarto chakra é o chakra que metaboliza a energia do amor. O quinto é o nível
associado a uma vontade mais alta, mais ligada à vontade divina. O quinto chakra se associa
ao poder da palavra, criando coisas pela palavra, prestando atenção e assumindo
responsabilidade pelos nossos atos. O sexto nível e o sexto chakra estão vinculados ao amor
celestial, um amor que se estende além do âmbito humano do amor e abrange toda a vida.
Proclama o zelo e o apoio da proteção e do nutrimento de toda a vida. Considera todas as
formas de vida preciosas manifestações de Deus. A sétima camada e o sétimo chakra estão

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vinculados à mente mais elevada, ao saber e à integração da nossa constituição espiritual e


física.

Existem, por conseguinte, localizações específicas, no interior do nosso sistema de energia,


para as sensações, as emoções, os pensamentos, as lembranças e para outras experiências
não-fisicas que costumamos confiar aos nossos médicos e terapeutas. Se compreendermos o
modo com que nossos sintomas físicos se relacionam com essas localizações, ser-nos-á mais
fácil compreender a natureza das diferentes enfermidades e também a natureza da saúde e da
doença. Dessa forma, o estudo da aura pode ser uma ponte entre a medicina tradicional e
nossas preocupações psicológicas.

A Função dos Sete Chakras

Cada um desses vórtices troca energia com o Campo de Energia Universal. Desse modo,
quando dizemos sentir-nos “abertos”, estamos dizendo literalmente a verdade.

Todos os chakras maiores, menores, mais ou menos importantes e os pontos de acupuntura


são aberturas por onde entra e sai a energia da aura. Somos quais esponjas no mar de
energia que nos cerca. Como essa energia está sempre associada a uma forma de consciência,
sentimos a energia que trocamos em termos de visão, audição, sentimento, sensação, intuição
ou conhecimento direto. Por conseguinte, podemos ver que o fato de ficarmos “abertos”
significa duas coisas. Primeiro, significa a metabolização de grande quantidade de energia do
campo universal através de todos os chakras, grandes e pequenos. Segundo, significa deixar
entrar e, de certo modo, manipular toda a consciência associada à energia que flui através de
nós. A tarefa não é fácil e nem todos podemos executá-la. Verificar-se-ia simplesmente uma
entrada excessiva de energia.

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O material psicológico relacionado com cada chakra é levado à consciência pelo aumento do
fluxo de energia através do chakra. O material psicológico seria liberado em excesso por um
súbito fluxo de energia, e não poderíamos processá-lo todo.

Trabalhamos, portanto, em qualquer processo de crescimento em que estamos empenhados,


para abrir cada chakra devagar, de modo que tenhamos tempo de processar o material
pessoal liberado e integrar a nova informação à nossa vida.

É importante abrir os chakras e aumentar o fluxo de energia porque, quanto mais energia
deixarmos fluir, tanto mais sadios seremos. A doença do sistema é causada por um
desequilíbrio da energia ou uma obstrução do seu fluxo. Em outras palavras, uma falta de
fluxo no sistema da energia humana acaba levando à doença. Isso também distorce nossas
percepções e deprime nossos sentimentos e, por esse modo, interfere numa serena
experiência de vida. Não estamos preparados psicologicamente, entretanto, para ficar abertos
sem trabalhar e sem desenvolver nossa maturidade e clareza.

Cada um dos cinco sentidos está vinculado a um chakra. O tacto ao primeiro chakra; a
audição, o olfato e o gosto ao quinto (ou chakra da garganta); e a vi-são ao sexto chakra (ou
terceiro olho). Tudo isso é discutido com minúcias no capítulo sobre percepção.

Os chakras do corpo áurico têm três funções principais:

1. Vitalizar cada corpo áurico e, assim, o corpo físico.

2. Provocar o desenvolvimento de diferentes aspectos da autoconsciência. Cada chakra


está relacionado com uma função psicológica especifica.

3. Transmitir energia entre os níveis áuricos. Toda camada áurica tem seu próprio
conjunto de sete chakras maiores, cada qual localizado no mesmo lugar do corpo físico.
Como cada camada sucessiva existe em oitavas de freqüência que aumentam cada vez
mais, isso é possível. Para o quarto chakra, por exemplo, há realmente sete chakras,
cada qual de uma faixa de freqüência mais elevada do que a anterior.

Esses chakras parecem estar aninhados dentro uns dos outros, como se fossem lentes
que se encaixam. Cada chakra em cada camada mais elevada estende-se ainda mais no
campo áurico (até a borda de cada camada áurica) e é ligeiramente mais largo do que
o que lhe fica abaixo. A energia é transmitida de uma camada para a seguinte através
de passagens nas extremidades dos chakras.

Na maioria das pessoas estas passagens estão seladas. Abrem-se em conseqüência do


trabalho de purificação espiritual e, por esse modo, os chakras se tornam transmissores

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de energia de uma camada para outra. Cada chakra do corpo etérico está diretamente
ligado ao mesmo chakra do corpo mais fino seguinte, que o cerca e penetra. Os
chakras do corpo emocional estão ligados aos chakras do corpo mais fino seguinte, o
mental, etc., e assim por diante nas sete camadas.

Na literatura esotérica oriental cada chakra é visto como se tivesse certo número de pétalas.
Numa investigação mais rigorosa, as pétalas parecem ser pequenos vórtices que giram a
velocidades muito altas.

Cada vórtice metaboliza uma vibração de energia que ressoa em sua freqüência de giro
particular. O chakra pélvico, por exemplo, tem quatro pequenos vórtices e metaboliza quatro
freqüências básicas de energia, e o mesmo acontece com cada um dos outros chakras. As
cores observadas em cada chakra relacionam-se com a freqüência da energia que está sendo
metabolizada nessa determinada velocidade.

Uma vez que servem para vitalizar o corpo, os chakras se relacionam diretamente com
qualquer morbosidade no corpo.

Cada chakra está associado a uma glândula endócrina e a um plexo nervoso principal. Os
chakras absorvem a energia universal ou primária (ch’i, orgone, prana, etc.), decompõem-na
em suas partes e, em seguida, mandam-na, ao longo de rios de energia chamados nadis, para
o sistema nervoso, as glândulas endócrinas e, depois, para o sangue, a fim de alimentar o
corpo. O funcionamento psicodinâmico dos chakras, que será discutido pormenorizadamente,
relaciona-se sobretudo com os três primeiros corpos da aura, associados às interações físicas,
mentais e emocionais no plano da terra.

Quando o chakra do coração está funcionando adequadamente, por exemplo, excluímos no


tocante ao amor. Quando o primeiro chakra funciona saudavelmente, temos, de ordinário,
uma forte vontade de viver e nos ligamos ao solo.

Essa a pessoa muito bem alicerçada na vida. Quando o sexto e o terceiro chakras de uma
pessoa funcionam bem, essa pessoa pensará com clareza. Se eles não estiverem funcionando
a contento, seus pensamentos serão confusos.

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CHAKRAS – RESUMO

1º - CENTRO BÁSICO OU FUNDAMENTAL - MULADHARA

Tarefas: Liga-nos ao mundo físico, sexualidade, força vital, necessidades


básicas do corpo.

Funcionamento harmônico (aberto): Ligação profunda e pessoal com a Terra,


força vital límpida, satisfação, estabilidade, força interior, confiança, gratidão.

Funcionamento desarmônico (bloqueado): Busca de bens materiais e sensuais, dificuldade em


dar e receber, retenção, irritação, agressão, falta de confiança.

Hipofuncionamento (fechado): Fraca constituição física e psíquica, pouca força de vontade,


esquiva de problemas, “a vida é um fardo"

2º - CENTRO SACRO OU SEXUAL (GENÉSICO) – SVADHISHTHANA

Tarefas: Centro das emoções e energia sexual, forças criativas, ação


desintoxicante, desprendimento, livre fluxo dos sentimentos.

Func. Harmônico: Franqueza e naturalidade, sentimentos espontâneos, ações


criativas, admiração e entusiasmo pela vida.

Func. Desarmônico: Negação ou recusa da sexualidade, sexualidade grosseira e viciante,


perda da admiração pelas maravilhas da vida.

Hipofunc.: Cristalização das emoções, falta de estímulo sensual, afeto e carinho. Falta de
autovalorização. Vida triste e pouco digna de ser vivida.

3º - CENTRO SOLAR OU UMBILICAL – MANIPURA

Tarefas: Centro de força, vitalidade, relacionamento ativo com o exterior,


sede da personalidade. Identidade pessoal, purificador dos instintos e
desejos. Manifestador emocional, receptador e transmissor de vibrações.

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Func. harmônico: Sensação de paz e harmonia interior. Aceitação de si mesmo e dos outros.
Riqueza e plenitude interior. Proteção de vibrações negativas e irradiação de positivas. Seus
desejos se concretizam.

Func. desarmônico: Controlar com seu ponto-de-vista. Inquietação e insatisfação. Enorme


impulso de atividade. Dificuldade para relaxar. Nervosismo, irritação, má digestão de fundo
nervoso.

Hipofunc.: Desânimo e abatimento. Esquiva, medo de novas experiências. Repressão dos


sentimentos, busca exagerada de reconhecimento.

4º - CENTRO CARDÍACO – ANAHATA

Tarefas: Centro do sistema dos Chakras. Filtro dos Chakras inferiores e


superiores. Compreensão e compartilhamento. União através do amor, centro
do amor. Cura e abnegação.

Func. harmônico: Canal do amor divino, compaixão, solicitude. Sentimento de


estar vivo. Transformação do mundo, união, reconciliação, cura.

Func. desarmônico: Espera de reconhecimento pelo amor dado. Incapacidade de receber


amor. Embaraço diante do que é meigo e suave.

Hipofunc.: Dependência do amor e afeto alheio. Medo de recusa ao oferecer amor. Depressão
e vulnerabilidade.

5º - CENTRO LARÍNGEO – VISHUDDHA

Tarefas: Centro da capacidade de expressão humana. Comunicação e


inspiração. Audição. Auto-reflexão. Consciência do corpo mental.

Func. harmônico: Expressão livre dos sentimentos, pensamentos e


conhecimentos. Honestidade interior. Capacidade de ouvir os outros.
Fidelidade a si mesmo. Saber dizer não. Não se deixar envolver e influenciar. Comunicação
direta com os seres de outras dimensões da existência. Independência interior.

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Func. desarmônico: Dificuldade para refletir sobre os próprios sentimentos. Exprimir emoções
sob forma de ações imponderadas. Enclausuramento na própria intelectualidade e
racionalismo. Palavreado, linguagem rude e fria. Manipulação dos outros.

Hipofunc: Timidez, retração, nó na garganta, gaguejamento. Medo da opinião alheia.


Insegurança, falta de confiança na intuição, rigidez quanto as mensagens da própria alma.

6º - CENTRO FRONTAL OU CEREBRAL – AJNA

Tarefas: Sede das forças mentais mais elevadas, dicernimento intelectual,


memória, vontade, percepção consciente do ser, força do pensamento. Criação
de novas realidades. Cura, clarividência, clariaudiência, intuição.

Func. harmônico: Intelecto desperto, destreza mental, habilidade de


visualização mental, compreensão intuitiva. Mente aberta para as verdades místicas.
Idealismo. Materialização de desejos, sonhos e pensamentos. Percepção extra-sensorial.

Func. desarmônico: Intelecto e razão ultra-valorizados. Arrogância intelectual. Negação do


espiritual.

Hipofunc.:Vida determinada por desejos materiais e necessidades físicas. Esquecimento.


Pensamentos obscuros e emaranhados, orientados por padrões emocionais.

7º - CENTRO CORONÁRIO – SAHASHARA

Tarefas: Sede da perfeição maior do homem. Reúne todas as energias dos


outros Chakras. Centro de ligação ao ser infinito e ao divino. Irradiação de
energias próprias.

Func. harmônico: Não existem bloqueios; apenas pode ser mais ou menos
desenvolvido. Consciência quieta e plena. Compreensão de sua origem divina. Unificação com
Deus. Liberdade de todos os medos.

Hipofunc.: sentimento de abandono, desamparo, separação da plenitude do ser. Medo da


morte. Influência na desarmonia dos outros Chakras. Insegurança e desorientação.
Superatividade como forma de evitar encarar seu próprio eu.

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OS CHAKRAS E NADIS - A VISÃO ORIENTAL

• CHAKRAS E NADIS - Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força


existentes nos corpos espirituais do homem; também são chamados lótus ou rodas.
Quando eles estão inativos assemelham-se a rodas; quando despertam, eles tomam a
aparência de uma flor (lótus) aberta, irradiante, colorida pela freqüência da energia das
pétalas (1). No Mundaka Upanishad define-se o chakra como o local "onde os nadis se
encontram como os raios no cubo de uma roda de carruagem". Os centros são
formados pelo encontro destas linhas de força (nadis), do mesmo modo que os plexos,
no corpo físico, são formados pelo encontro de nervos. Existem centros maiores,
aqueles que resultam do encontro de um número maior de nadis (vinte e uma vezes,
segundo Coquet) e os centros menores em que a confluência dos nadis é menor (2).
Entre estes últimos existem vinte e um (21) formados pelo encontro de quatorze (14)
nadis e outros bem menores formados pelo cruzamento de sete (7) nadis.

• NADIS E MERIDIANOS - Os nadis são, portanto, linhas de força que não devem ser
confundidas com os nervos do corpo físico, embora estejam em relação a eles como os
chakras com os plexos e órgãos do corpo físico. São condutores de energia. Os estudos
de Motoyama indicam que eles podem ser comparados aos meridianos sobre os quais
trabalha a acupuntura. Esta é também a opinião de Coquet. No corpo etérico,
denominado também pelos teosofistas de corpo físico invisível, porque nasce com o
corpo físico e com ele desaparece, os nadis se apresentam como se fossem milhares de
finos filamentos de gás néon, entrecruzando-o em toda sua extensão (3). O número
deles difere na literatura hindu, pelo que se atribui um caráter esotérico às quantidades
apontadas: 72.000, 550.000, 720.000, etc. Os mais importantes são o Sushumna, Ida,
Pingala, Gandhara, Hastajihva, Kuku, Sarasvati, Pusha, Sankhini, Payaswini, Varuni,
Alambhusha, Vishvodhara, Yasasvíni. Os três primeiros são os mais importantes, sendo
que o Sushumna domina a todos os demais.

• IDA, PINGALA, SUSHUMNA - Para que se possa ter uma noção desses três nadis ao
longo da coluna vertebral, tomemos uma série de números "8" e os coloquemos em
posição horizontal, empilhando-os ao longo da coluna vertebral; teremos então uma
figura semelhante às serpentes no caduceu de Mercúrio. O nadi que sobe pela esquerda
é Ida; o da direita Pingala; não estão, porém, dispostos de forma paralela, eles
entrecruzam-se como nos referimos acima (4). No centro corre um canal: é o nadi
Sushumna. Ao longo da coluna vai formando uma série de confluências, das quais a
mais importante é a existente no chakra frontal, onde desembocam. Ida e Pingala estão
sempre ativos, mas o Sushumna permanece inativos, pois o prana ainda não circula
através dele (5). No interior do Sushumna acham-se três outros nadis o Vajna, Chitrini,

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dentro do qual se encontra o Brahma nadi, ao longo do qual se elevará a energia


Kundalini.

• NADI = NATUREZA - Coquet esclarece que: "Cada nadi tem uma natureza quíntupla e
encerra cinco fibras de energia estreitamente ligadas no interior de uma bainha que os
recobre. Estes filamentos de energia são unidos uns aos outros em relações
transversais." É preciso, entretanto, notar que cinco tipos de energia formam uma
unidade e que, tomados em seu conjunto, eles formam a própria bainha etérica. É, diz-
se, através destes cinco canais que correm os cinco pranas maiores, vitalizando assim
todo o organismo humano. Não existe uma só parte do corpo que não possua uma rede
de nadis subjacente à sua forma.

• PRANA - ESPÉCIES - As cinco diferenciações do Prana no corpo humano são:

− PRANA: estende-se do nariz ao coração e influencia particularmente a garganta e a


palavra, o coração e os pulmões;

− SAMANA: estende-se do coração ao plexo solar e age, sobretudo, sobre o poder de


assimilação do alimento e da bebida. Está deste modo em estreita relação com o
estômago;

− APANA: é particularmente ativo desde o plexo solar até a planta dos pés e age sobre os
órgãos de eliminação, de dejeção e da geração. Seu poder está, pois, fortemente unido
aos órgãos geradores e eliminadores;

− UDANA: está situado entre o nariz e a parte superior do crânio; está em relação com o
cérebro, os olhos e o nariz.

− VYANA: corresponde à soma total das energias prânicas tal como é repartida através de
todo o corpo por intermédio de milhares de nadis e nervos, assim como dos canais
sanguíneos, das veias e das artérias" (Coquet - Les Çakras - L"anatomie occulte de
L"homme, Paris, 1982, p. 43).

Descritos por Swami Satyananda Saraswati Swami Satyananda Saraswati é um guru indiano
muito respeitado que escreveu inúmeros trabalhos sobre a ioga tântrica e sobre os chakras.
Nasceu no Himalaia em 1923 e tomou-se discípulo de Swami Shivananda em 1947. Depois de
doze anos de prática espiritual com seu mestre, passou nove anos peregrinando pela Índia a
fim de aperfeiçoar seu sadhana. Em 1964, estabeleceu-se em Monghyr e fundou a Bihar
School of Yoga. Assim, sob sua orientação surgiram muitos centros de ioga e ashrams por
todo o mundo.

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Swami Satyananda extraiu a essência da prática da ioga tradicional e criou seu próprio sistema
de tantra para atender às necessidades dos tempos modernos. Nosso Institute for Religious
Psychology (Instituto de Psicologia Religiosa), em Tóquio, mantém um intercâmbio com sua
organização, por meio do qual utilizamos suas doutrinas iogues; além disso, ele tem plena
liberdade para consultar nossas pesquisas científicas.

Segundo Satyananda, a palavra chakra refere-se a um centro de energia psíquica no corpo


astral, centro este que controla certas habilidades elevadas ou paranormais. Também afirma
que cada chakra se relaciona diretamente com um determinado sistema ou órgão do corpo
físico, inclusive o cérebro. Muitos desses centros estão inativos ou num estado de atividade
mínima nos seres humanos comuns. No curso natural da evolução, tais centros tomam-se
gradualmente mais ativos até atingir todo seu potencial. Contudo, a ciência da ioga oferece
um método seguro de encurtar, de forma extraordinária, este longo processo de evolução - o
desenvolvimento sistemático e o despertar dos chakras. Satyananda enfatiza que o principal
objetivo de se desenvolver os chakras é justamente esta aceleração do processo evolutivo.

1º - CENTRO BÁSICO OU FUNDAMENTAL - MULADHARA

A palavra muladhara tem o sentido de “raiz” (mula) e de “base” (adhara); é, portanto, a raiz, o
fundamento dos sete chakras. Satyananda sugere que mula é entendido melhor como mula-
prakriti, a base transcendental da natureza física na tradição Sankhya da filosofia indiana.
(Prakriti é a matéria caracterizada como feminina, em contraste com o masculino purusha -
espírito., prakriti é a origem primordial de todo o processo de evolução natural, o princípio ao
qual a matéria retoma depois de desintegrada. Responsável por todos os aspectos do homem
- tanto físico como material e psicológico - inclusive pela consciência e inconsciência. O
muladhara é a sede de mula-prakriti, a grande Shakti; ali jaz a força transcendental pronta
para ser ativada.

No corpo físico, o chakra muladhara localiza-se no períneo (a região entre o ânus e os órgãos
genitais). Ligado diretamente aos testículos, está associado aos nervos sensoriais que os
alimentam. No corpo feminino, localiza-se no colo do útero. As antigas escrituras iogues
associam o muladhara ao elemento terra, cujo atributo principal é o olfato; assim, no nível
físico o muladhara está ligado ao sentido do olfato e com o nariz.

Segundo a tradição, o muladhara é representado por um lótus de quatro pétalas vermelhas;


cada uma delas contém uma letra sânscrita (Sam, Vam, Sham e Sam); cada letra representa
as vibrações individuais dos nadis correspondentes. O mantra bija deste chakra é Lam, o som
que representa o elemento terra. A divindade feminina reinante é Dákini, terrível e de olhos

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vermelhos; seu correlativo masculino é Ganesha, encarnado na forma de um elefante. O


triângulo invertido no diagrama do muladhara simboliza shakti, a energia criadora. Conforme
exposto anteriormente, o Shiva-linga ou a forma fálica no interior do triângulo representa o
corpo astral. À serpente enrolada em volta dele é o símbolo da kundalini. A kundalini apoia-se
num elefante, cujas sete trombas representam os sete minerais indispensáveis para o sustento
do corpo físico. O quadrado amarelo dentro do pericarpo que abriga esses símbolos é o yantra
- símbolo de uma energia psíquica especial - do chakra muladhara. Esta configuração significa
o elemento terra e seu tipo correspondente de energia.

Satyananda explica a importância dos yantras da seguinte maneira: a existência humana


compõe-se de muitos corpos, cada um contendo diversos centros nervosos, hemoglobina,
oxigênio, carbono, etc.; o corpo astral - o corpo psíquico, o grande inconsciente - compõe-se
de muitos aspectos ou dimensões; uma delas é um agregado de símbolos geométricos; outra
compreende vibrações sonoras - o mundo dos mantras. Quando uma pessoa entra num
estado de meditação profunda, através da concentração num determinado chakra, ela
transcende a consciência do ego; entra realmente num reino onde existem apenas vibrações
sonoras de um único mantra, nada mais. Da mesma forma, é possível experimentar a
dimensão onde não há mais nada além do padrão geométrico – o mundo dos yantras.

Com base em tal experiência, Satyananda fala da realidade do mantra e do yantra. "Yan"
significa "conceber" e "tra" significa "liberar"; ambas têm o mesmo significado essencial.
Concentrando-se num determinado yantra, o indivíduo percebe sua consciência conforme um
padrão preestabelecido. À medida que aumenta a concentração, o yantra é ativado e a
consciência assume gradualmente sua forma simbólica. Uma vez ocorrida a unificação total,
libera-se então a mente. Cada um dos sete chakras possui um yantra, Através da
concentração sobre um determinado chakra, experimenta-se a dimensão mística da
personalidade onde existem os yantras e, mais especificamente, o princípio do próprio chakra.
Uma das mais importantes funções do guru é escolher o chakra apropriado para o indivíduo se
concentrar, ato que se executa pronunciando-se o mantra correspondente e visualizando-se o
yantra. Em minha opinião, o guru baseia esta sua escolha nas características cármicas da
pessoa. O calma das vidas passadas cria uma série de padrões de elementos físicos e
psicológicos. Na dimensão do yantra, esses padrões podem ser observados em forma
geométrica. O carma da pessoa tende a ser alterado e purificado de uma forma mais eficiente
através da ativação do chakra adequado com sua penetrante influência em todos os níveis do
ser humano. Um dos melhores métodos de ativar o chakra é a estimulação direta do reino
yãntrico da consciência através da visualização do yantra.

Conforme já verificamos, a kundalini está adormecida, feito uma cobra enrolada no chakra
muladhara. Dentro do muladhara existe uma formação semelhante a um nó, conhecida como

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o Brahma granthi. Quando este nó é desfeito, shakti, o poder da kundalini, começa a subir
pelo nadi sushumna, no interior da espinha dorsal. Existem dois outros granthis ao longo do
sushumna: o granthi Vishnu no chakra anahata, e o granthi Rudra no ajna. Esses nós
psíquicos formam uma barreira que impede a elevação da kundalini, porém uma vez
desatados, o poder serpentino pode continuar sua subida, e o praticante recebe muita
sabedoria e poder.

Quando a kundalini se ativa como resultado da prática da ioga ou de outras disciplinas


espirituais, ocorre um alvoroço explosivo procedente dos domínios da inconsciência. Parece-se
com a irrupção de um vulcão, onde a lava escondida em seu interior é expelida para fora. Tal
descarga pode conter o carma de muitas encarnações passadas, extraído subitamente do
depósito inconsciente do muladhara. Mais uma vez, não se esqueça: o chakra ajna deve ser
ativado antes de qualquer outro, assim essas poderosas forças inconscientes podem ser
controladas com segurança.

A kundalini possui duas qualidades contrastantes. Enquanto jaz dormente no muladhara, ela
existe apenas na condição inativa e além dos limites de tempo e espaço. Todavia, quando
ativada, transforma-se num tipo de força material, sujeita às leis da dimensão física. O mesmo
acontece com o mula-prakriti universal que, embora transcenda o tempo e o espaço antes da
criação da natureza, adapta-se cada vez mais a essas leis à medida que avança no processo
evolucionário. Quando o muladhara desperta, ocorre um grande número de fenômenos. A
primeira coisa que muitos praticantes experimentam é a levitação do corpo astral. Algumas
pessoas têm a sensação de estarem flutuando no espaço, deixando o corpo físico para trás.
Isso ocorre devido à energia da kundalini, cujo impulso de ascensão faz com que o corpo
astral se desprenda do físico, deslocando-se um pouco para cima. Esse fenômeno limita-se à
dimensão astral e possivelmente à mental, e é diferente da levitação conhecida normalmente -
a deslocação real do corpo físico.

Além da levitação astral, às vezes alguns experimentam um fenômeno psíquico tal como a
clarividência ou a clariaudiência. Outras manifestações comuns são os movimentos ou o
aumento de temperatura na região do cóccix, e a sensação de algo se movendo
vagarosamente para cima na coluna vertebral. Tais sensações resultam na ascensão do shakti,
a energia da kundalini ativa. Em muitos casos, quando o shakti alcança o chakra manipula, ele
começa a descer, de volta para o muladhara. Muitas vezes o praticante tem a sensação de que
a energia sobe até o alto da cabeça, porém na maioria das vezes apenas uma pequena
quantidade de shakti é capaz de ultrapassar o manipula. Necessário tentar repetidas vezes
para que a kundalini se eleve mais além.

Segundo Satyananda, uma vez ultrapassado o manipula, não se encontra mais nenhum
obstáculo sério. Porém, surgem muitos problemas durante o estágio em que a kundalini ativa

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apenas os chakras muladhara e svadhishthana. O despertar do chakra muladhara libera todos


os tipos de emoções reprimidas, de forma tão explosiva que o praticante muitas vezes toma-se
irritadiço e psicologicamente instável. Um dia ele consegue dormir um sono profundo por
muitas horas, no outro pode acordar no meio da noite, completamente sem sono, a fim de
meditar ou de tomar um banho. Ele também toma-se temperamental; às vezes, pode estar
comunicativo, bastante alegre para cantar, e outras vezes tomasse facilmente enfurecido, a
ponto de atirar objetos nas outras pessoas. Durante esse estágio de instabilidade emocional e
psíquica, é imprescindível a orientação de um mestre experiente e qualificado. O despertar do
chakra svadhishthana leva a um estado semelhante: sentimentos de ira, tristeza, incerteza,
insensatez, etc. podem chegar a um ponto quase insuportável. Em vez de tentar evitar esse
período tumultuoso, o praticante deve enfrentá-lo, porém com a supervisão de seu guru. Tal
torrente de sentimentos não é sinal de degeneração ou de mau caráter, mas sim parte
integrante do processo evolucionário. Se esses estágios forem evitados ou suprimidos, não
será possível mais nenhum tipo de progresso.

Existem outros chakras inferiores subordinados ao muladhara, que são: Atara, Vitara, Sutara,
Talatara, Rasatara, Mahatara e Patala. Localizam-se entre o cóccix e os calcanhares e
controlam os instintos animais. Embora o chakra muladhara esteja num plano superior em
relação a estes sete, nele predominam a paixão e os instintos animais. Todavia, o shakti divino
também reside nele; assim, uma pessoa comum pode eventualmente entregar-se ao domínio
dos chakras inferiores, comportando-se instintivamente como um animal. Entretanto,
acreditasse que ela sempre retomará ao muladhara ou a outros chakras humanos superiores.
À correta prática da ioga kundalini, no entanto, faz com que seja impossível a kundalini descer
para esses centros animais devido à transformação do shakti, no muladhara, em energia
espiritual (ojas), o que faz com que ele suba pelo sushumna.

Os três nadis principais - ida, pingala e sushumna - originam-se no muladhara. Eles são os
mais importantes dentre os supostos 72.000 nadis no corpo (apenas uma fonte dá uma
estimativa de 300.000). Satyananda afirma que embora a palavra “nadi” seja freqüentemente
traduzida por “nervo", ela deriva da raiz nadi, “fluir”. Portanto, deveria ser interpretada como o
fluxo de consciência psíquica e não simplesmente como um conduto físico para esse fluxo.

O nadi ida começa no lado esquerdo do chakra muladhara, o pingala no direito, e o sushumna
a partir do centro. No interior do sushumna existe um nadi mais sutil, o chita e dentro deste
encontra-se o nadi Brahma, mais sutil ainda. Portanto, o sushumna pode ser considerado um
conduto para dois fluxos de consciência. Partindo do muladhara, o sushumna segue em linha
reta até o chakra ajna. O ida e o pingala sobem pela espinha num movimento espiral,
entrecruzando-se na altura de cada chakra. Finalmente, o ida chega ao chakra ajna pela
esquerda e o pingala pela direita. Acredita-se que o ida controla as atividades mental e

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psíquica, enquanto o pingala controla o prana e as diversas atividades físicas. O fato de


alternarem suas posições ao atingir cada chakra, ajuda a manter o equilíbrio entre a energia
psicológica e a física, assegurando a harmonia entre as atividades do corpo e da mente.
Satyananda afirma que se houver um desequilíbrio no fluxo de energia nos nadis ida e pingala,
o shakti não poderá fluir, muito menos subir pelo sushumna.

2º - CENTRO SACRO OU SEXUAL (GENÉSICO) – SVADHISHTHANA

A palavra svadhishthana significa literalmente “morada própria”. Isso deixa claro que a morada
original da kundalini era neste chakra; subseqüentemente ela passou a se estabelecer no
muladhara. De fato, essa teoria corresponde à migração física dos testículos masculinos
durante o período vivíparo. Nos primeiros meses, eles se localizam dentro do abdômen
inferior; então descem gradualmente para, afinal, se estabelecer na região da virilha.
Logicamente, os órgãos sexuais possuem estreita relação com a energia shakti, e esse
movimento é muito semelhante ao da suposta migração da kundalini. Segundo Satyananda, o
svadhishthana localiza-se no cóccix, ao lado do muladhara, e ambos estão ligados aos plexos
nervosos sacral e coccígeo.

A explanação de Satyananda sobre o svadhishthana e o inconsciente é muito interessante. Ele


afirma que o centro do cérebro ligado ao svadhishthana controla todas as fases da mente
inconsciente, em particular o inconsciente coletivo. Este inconsciente é mais poderoso do que
o individual e controla grande parte do comportamento humano, embora muitas pessoas o
desconheçam por completo.

Todas as experiências da vida cotidiana, quer sejam importantes para a pessoa quer não, quer
sejam conscientes quer não, são registradas no centro da inconsciência, o svadhishthana.

Portanto, este centro encerra não apenas o carma das vidas passadas, como também todas as
experiências e carmas relacionados que têm contribuído para o processo da evolução humana.
Parte deste carma é guardado como semente adormecida, e outra parte mantém-se ativa.
Seja ele ativo ou inativo, é raro que a consciência da pessoa esteja ciente de seu carma.
Contudo, quando a kundalini ativa começa a subir, acionando o processo de evolução psíquica,
ambos os carmas, o ativo e o dormente, são desencadeados e invadem o consciente. Se a
pessoa não puder analisar ou controlar este carma acumulado no svadhishthana, então a
kundalini se retrai, voltando para o muladhara. Nesse sentido, o chakra svadhishthana e o
carma acumulado nele são um grande impedimento para a evolução espiritual do ser humano.
A melhor forma de superar esta barreira é despertar primeiramente o chakra ajna. O
superconsciente que habita o ajna está completamente ciente das atividades da mente

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inconsciente do svadhishthana. E pode controlar todo o carma desencadeado. À essa altura da


explanação, seria muito válido expor um resumo das opiniões de Satyananda sobre a evolução
humana.

A criação da vida se dá quando o prakriti (a substância original) se manifesta, ordenado pela


consciência de purusha (espírito, o Ser Verdadeiro). À medida que a matéria sofre uma série
de transformações, realizam-se sucessivos estágios na evolução animal, e os sete chakras
inferiores, que existem nos humanos abaixo do muladhara, são, desenvolvidos e ativados
gradativamente. Quando esse processo atinge o chakra muladhara, termina a evolução animal
e começa a humana. Os seis chakras superiores representam a extensão completa do possível
desenvolvimento humano. Segundo a tradição tântrica tibetana, acima do sahasrara existe
urna outra série de sete chakras que corresponde à evolução dos seres divinos. Portanto,
assim como o muladhara é considerado o mais elevado dos animais e o mais baixo dos
chakras humanos, o sahasrara pode ser visto como ponte de transposição entre a evolução
humana e a evolução divina.

No tantra, então, o processo infinito de evolução é descrito em termos de chakras, desde o


Absoluto o estado anterior à criação, antes da interação do purusha e prakriti - até a criação
do mundo fenomênico, os reinos animal e humano, a dimensão dos seres divinos e assim por
diante. Esse conceito tem por base a crença no progresso da evolução espiritual de todas as
coisas criadas e reconhece a importância dos chakras neste processo. Esse sistema é a base
das tradições esotéricas da ioga e do Budismo na Índia, no Tibet e no Nepal.

A esse respeito, Satyananda contesta que grande parte das experiências comuns passadas
durante o processo da evolução animal esteja guardada no interior do chakra muladhara, em
forma de tendências cármicas e habilidades latentes. Por exemplo, muitas das atividades
físicas do homem - dormir, comer, evacuar - são funções desenvolvidas durante o estágio da
evolução animal, e ainda operam devido atividade desse chakra. Assim, o carma de natureza
animal do homem está ativo e em funcionamento no muladhara.

Em contrapartida, o carma do svadhishthana está quase que completamente inativo, sem


qualquer forma manifesta. Ele existe apenas como inconsciente coletivo, a força cármica
residual da evolução passada. Nesse sentido, é ainda mais básico do que o muladhara, a fonte
primária do último carma animal. Às forças contidas dentro do svadhishthana são muito
poderosas e irracionais, formam uma grande barreira para a elevação da kundalini Muitas
vezes, a kundalini retornará para seu estado dormente no muladhara, vencida pelo carma
impenetrável do svadhishthana. Entretanto, quando o último chakra for ativado e controlado,
o carma animal do muladhara será dominado, então serão possíveis novos progressos.

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Num sentido mais amplo, dizem que, sempre que um chakra superior for ativado pela
kundalini, suas funções e seu raio de ação começam a predominar sobre os chakras inferiores.
Todavia, o relacionamento entre esses dois chakras é tão notável o tão íntimo, que deve ser
cuidadosamente observado.

O diagrama tradicional do chakra svadhishthana contém um crocodilo dentro de uma lua


crescente. O crocodilo representa as forças do inconsciente, o carma disforme. A lua crescente
formada por dois círculos, o maior possui pétalas viradas para fora e no menor as pétalas
estão viradas para dentro. O círculo interior representa a existência um tanto fantasmagórica
do inconsciente, apoiado nas costas do crocodilo.

À divindade reinante é Brahma o criador. Algumas vezes ele é descrito como o Hiranyagarba,
“o útero de ouro”, pelo fato de todas as criaturas se originarem dele. Satyananda considera
Hiranyagarba como sendo o inconsciente coletivo de svadhishthana. A entidade feminina deste
chakra Sarasvati, a deusa da sabedoria; ela aparece também na forma de Rakini, a deusa do
reino vegetal. O chakra svadhishthana está diretamente ligado ao mundo vegetal, portanto é
muito importante seguir uma dieta vegetariana para poder despertá-lo. As seis pétalas
vermelhas deste chakra contam as sílabas Lam, Ram, Yam, Mam, Bam e Bham. O princípio
governante (tattva) é a água (apas); o yantra é a branca lua crescente e seu bija mantra é
Vam.

O chakra svadhishthana associa-se ao sentido do paladar, portanto seu “órgão de


conhecimento” é a língua. Seus “órgãos de atividade” são os órgãos sexuais e os rins. Ele
também está ligado diretamente ao plexo nervoso prostático. Quando o chakra svadhishthana
é ativado, surgem as seguintes habilidades paranormais: aumento do poder de intuição,
conhecimento do corpo astral e capacidade de criar sensações de paladar em si próprio ou em
outras pessoas (um determinando gosto na boca sem nada ter comido).

3º - CENTRO SOLAR OU UMBILICAL - MANIPURA

Satyananda afirma que o manipura localiza-se na coluna vertebral, atrás do umbigo. A palavra
“manipura” quer dizer “repleto de jóias”. No Tibet, este chakra é conhecido como
“manipadma”, ou seja, ”lótus enfeitado com jóias”. (Ver o famoso mantra de Avolokitesvara, o
Bodhisattva da Compaixão: OM MANI PADME HUM.) Segundo a tradição budista, o manipura
também é denominado hara, que significa “partir”, porque dizem que o shakti kundalini parte
do manipura para sua ascensão. Conforme já pudemos verificar, existe uma forte tendência de
a kundalini descer depois que atingir o chakra svadhishthana; porém, depois de chegar até o
manipura, dificilmente isso ocorrerá. A tradição budista tibetana ensina que o processo da

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verdadeira evolução espiritual começa quando a kundalini é ativada no manipura e começa


sua ascensão. Na realidade, os chakras muladhara e svadhishthana não são descritos com
muita clareza, provavelmente porque possuem traços da vida animal. Na ioga tântrica o
manipura também é considerado o ponto de partida para a mais elevada evolução humana. O
tattva do chakra manipura é o fogo, um elemento intimamente ligado ao shakti e ao despertar
da kundalini. No corpo físico, acredita-se que o manipura seja o centro do “fogo digestivo” que
reduz o alimento a detritos (fezes) e extrai a energia vital. Também conhecido como o chakra
do sol, o manipura relaciona-se com o plexo solar.

O despertar deste chakra traz como conseqüência aspectos positivos e negativos. Como
vimos, quando a kundalini chega até o manipura e nele se fixa, a possibilidade de uma
regressão permanente ao reino animal da consciência é mínima. Satyananda atribui a isso o
nome de “despertar confirmado”. Aqui desperta a consciência de Jiva, a alma individual.
Oculto na consciência humana convencional, o jiva é a consciência espiritual pessoal que
abrange todas as dimensões da evolução, desde a criação da mais ínfima forma dos reinos da
natureza até o mundo dos seres divinos. Uma vez desperta esta consciência no manipura,
segundo Satyananda, ela nunca retomará às dimensões animais. Contudo, de acordo com
minha própria experiência, parece que o shakti retoma algumas vezes ao muladhara depois de
atingir o manipura.

O aspecto negativo disso é o fato de a superestimulação do manipura poder diminuir o período


de vida do praticante. Isso ocorre porque o fogo ativado neste chakra queima o néctar
sustentador da vida, que dizem ser produzido no bindu – o centro psíquico na parte posterior
da cabeça, representado por uma pequena e gelada lua crescente. Normalmente esse néctar
desce para uma glândula na garganta (ligada diretamente ao chakra vishuddhi), onde é
estocado. Entretanto, o fogo do manipura consome o néctar, causando um enfraquecimento
acelerado do corpo.

O prana divide-se em cinco sub-tipos ou “ventos” (vayu) distribuídos em todo o corpo; cada
um controla uma região diferente, como segue:

Segundo Satyananda, a prática de unir conscientemente o prana ao apana na região do


umbigo é muito importante para despertar o chakra manipura. Normalmente, na inspiração, o
prana segue da garganta para o umbigo, e o apana desce do umbigo para o ânus. Entretanto,
quando o apana é dirigido conscientemente para o muladhara durante a inspiração, para
encontrar-se com o prana na região do umbigo, essas duas energias se fundem, gerando uma
grande força. Como o apana é elevado a partir do muladhara, ele carrega consigo o shakti
kundalini; este shakti é fortalecido com a união apanaprana, e a decorrente supercarga de
energia flui diretamente do umbigo para o manipura, na coluna vertebral. Dizem que o
muladhara associa-se com o reino físico; o svadhishthana com o reino intermediário, entre a

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dimensão física e a espiritual; e o manipura com o mundo espiritual - o reino dos céus.
Satyananda refere-se a esses três chakras como os três primeiros dos sete planos possíveis de
evolução, que são:

Os três planos principais:

BHU - terra

BHUVANA - espaço intermediário

SVAHA - céu

MAHAHA
JANANA
TAPAHA
SATYAM - a verdade

Consequentemente, as habilidades paranormais resultantes do despertar do svadhishthana -


telepatia, clarividência, clariaudiência, etc. - podem não estar completamente livres de
interesse próprio, de negatividade, de emoção pessoal e de outros atributos mentais
inconvenientes. Isso deve-se ao fato de a personalidade da pessoa continuar dentro do
segundo estágio de evolução, e o ser egoísta vinculado à terra ainda manifestar sua influência.
Contudo, quando uma pessoa evolui além dos limites da existência mortal e penetra no reino
do manipura, ela atinge um estágio de consciência superior, repleto de infinita beleza, verdade
e felicidade. Este chakra tem sido descrito tradicionalmente como jóia valiosa em diversas
culturas para simbolizar estas qualidades incomparáveis. Nele não existem traços de
preconceito ou de tendências pessoais. Assim, os siddhis (poderes paranormais) obtidos
quando este chakra é desperto são de natureza benevolente e compassiva; entre eles
encontram-se a habilidade de localizar tesouros escondidos, de dominar o fogo, a capacidade
de ver o interior de um corpo, de livrar-se de males, e a habilidade de enviar prana para o
sahasrara. Além disso, concentrar-se no chakra manipura traz grandes melhoras para a
digestão.

O lótus do chakra manipura possui dez pétalas de cor azul-escuro e, em cada uma, está
inscrita uma letra sânscrita: Dam, Dham, Nam, Tam, Tham, Dam, Dham, Nam e Pam. Elas
compõem vibrações sonoras e cada uma representa um nadi, A divindade feminina governante
é Lakshini (ou Lakini), de cuja boca gotejam gordura e sangue. A entidade masculina é
Vishnu. O tattva do manipura é o fogo, cujo bija mantra é Ram; dentro do diagrama, ele se
apóia no dorso de um carneiro. Seu yantra é um triângulo invertido, muitas vezes ilustrado por
marcas em forma de T, de cada lado.

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4º - CENTRO CARDÍACO – ANAHATA

Dizem que o chakra anahata localiza-se na parte do corpo astral que corresponde ao coração.
Portanto, no corpo físico ele está ligado diretamente ao coração e ao plexo nervoso cardíaco,
sendo muitas vezes denominado de “chakra do coração”. Contudo, em contraste com a
pequena área ocupada pelo coração físico, o espaço astral do chakra anahata é muito grande
e completamente disforme. Ele é escuro por natureza, porém quando ativado toma-se muito
brilhante. Dizem que nele reside a pureza.

A palavra anahata significa “invicto” ou “inviolado”. Manifesta-se nele o anahata nada, um som
imaterial, contínuo, que não tem começo nem fim. Para compreender melhor a significação do
chakra anahata, precisamos primeiro sumarizar as opiniões de Satyananda sobre o carma.
Derivada da raiz “kri” que significa “trabalhar”, a palavra carma indica a lei de causa e efeito,
na qual todas as ações produzem seu próprio resultado. Contudo, normalmente ela é utilizada
para descrever um tipo de dívida pelas ações de uma pessoa a serem sanadas ou pagas num
tempo futuro. Além disso, existem o carma individual e o social ou coletivo, porque as ações
podem ser executadas por uma única pessoa, por um grupo ou por toda a sociedade.
Satyananda também distingue o carma individual, o qual se origina nas próprias encarnações
passadas de uma pessoa, e aquele derivado de seus parentes e antecessores.

Assim, existem três principais categorias de débito cármico: a) o resultante das encarnações
passadas do indivíduo; b) o herdado de seus familiares; c) o resultante das ações de sua
sociedade ou de seu grupo social. Todos esses fatores contribuem para formar o carma de
uma pessoa; é preciso dedicar-se a ele; é impossível evitá-lo.

Os três chakras inferiores - muladhara, svadhishthana e manipura - relacionam-se diretamente


com os sentidos e com a consciência que governa o corpo físico e sua conservação.
Funcionando dentro de um mundo fenomênico, a mente desses três chakras está vinculada à
lei do carma. Em outras palavras, neste nível o jiva (alma individual) não está livre da relação
causal entre as ações e suas conseqüências, suas funções dependem do carma, e estão
ligadas a ele. Independentemente de sua origem, se ela está nas vidas passadas do indivíduo
ou nas ações da sociedade à qual ele pertence, o carma comanda totalmente o indivíduo nos
níveis do muladhara e do svadhishthana, até ser de alguma forma esgotado ou purificado.
Porém, no nível do manipura, a uva começa a assumir um controle parcial, e pode, até certo
ponto, agir sob sua própria vontade.

Em contrapartida, a maneira de ser do chakra anahata transcende completamente o reino da


existência mundana. Ao contrário dos outros três, ele não está subordinado ao carma desse
mundo. Além disso, uma pessoa com o chakra anahata ativo pode receber diretamente as
tarefas do carma terreno, e ao mesmo tempo livrar-se dele. Neste nível, o jiva tem condições

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de controlar o carma terrestre e exercer sua própria vontade na terra, de modo a realizar
todos os seus desejos. Esta é a maior diferença entre o anahata e os chakras inferiores.

Nos níveis inferiores a alma individual simplesmente aceita o que as circunstâncias cármicas
oferecem; no anahata, entretanto, ela pode fazer valer sua própria vontade. Este poder de
cumprimento dos desejos é simbolizado pela “árvore do desejo” - uma planta sempre verde
chamada Kalpavriksha - ilustrada dentro de um outro lótus semelhante, abaixo do anahata no
diagrama simbólico. Embora esteja presente em todas as pessoas, esta árvore funciona
apenas quando o chakra anahata é desperto. Quando uma pessoa desenvolve este poder,
dizem que todos os seus desejos são realizados, sejam eles bons ou maus. Portanto,
Satyananda faz as seguintes advertências:

Antes de tentar despertar o chakra anahata, é imprescindível desenvolver a capacidade de


corrigir os pensamentos e os conceitos. Os maus pensamentos e os maus julgamentos tendem
a criar desarmonia e conflitos, principalmente quando uma pessoa com o anahata desperto
tem pensamentos errôneos e deseja que se cumpram.

Além do mais, deve-se manter uma atitude de constante otimismo. É preciso compartilhar a
paz interior e a harmonia com as outras pessoas, independentemente de qualquer
perturbação, conflito ou intenção maliciosa encontrada. A negatividade e o pessimismo são
obstáculos para o despertar do anahata. Portanto, ate uma pessoa hedonista ou um assassino
devem ser tratados como pessoas boas; condições negativas tais como pobreza, doença,
conflito emocional, etc., devem ser consideradas, enfim, como fatores benéficos. Na realidade,
o desenvolvimento de tal atitude constantemente positiva é considerado um método para
despertar o anahata. Segundo Satyananda, também é importante manter o seguinte
pensamento: “Todo o mundo está dentro de mim. Eu estou em todas as pessoas. Todas as
pessoas estão em mim. ” Essa sua recomendação baseia-se, provavelmente, na crença hindu
de que Brahman, o ser absoluto do cosmos, mora no chakra anahata como Atman, o
verdadeiro ser individual. Brahman e Atman são, na essência, os mesmos. De fato, essa
concepção é importante tanto para despertar o anahata como para a realização do Absoluto
universal.

Satyananda também adverte seus discípulos dizendo que, em geral, depois do despertar e da
ascensão do shakti kundalini até um determinado chakra, quando surge na mente do
praticante algum pensamento negativo ou atitude pessimista, a kundalini retoma ao
muladhara. Se nesta altura ela chegou até o manipura e depois retomou, poderá ser elevada
novamente através da ioga ou de outras práticas espirituais. Entretanto, se ela retomar depois
de ter atingido o anahata, dificilmente será elevada de novo. Deve ficar bem claro que aqueles
que desejam despertar o anahata não podem, em momento algum, perder o otimismo,
independentemente das circunstâncias que encontrarem. Portanto, toda pessoa que pretenda

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despertar a kundalini deve levar essas advertências a sério. São muitas as habilidades
paranormais resultantes do despertar do chakra anahata: a capacidade de controlar o ar
(vayu); o desenvolvimento de um amor cósmico, completamente livre do individualismo; a
eloqüência, passa a caracterizar o praticante dotando-o de um certo gênio poético; e,
conforme mencionamos anteriormente, adquire-se o poder de realizar todos os desejos. O
anahata controla o sentido do tato. Quando desperto, este sentido toma-se cada vez mais
sutil, podendo-se perceber até a matéria astral, através do sentido do tato astral. Essa
sensação pode então ser comunicada aos outros. Portanto, a parte do corpo relacionada com
o anahata é a pele, e seu principal órgão ativo são as mãos.

Além dessas habilidades paranormais mencionadas por Satyananda, desenvolvem-se poderes


de cura psíquica. O prana pode ser transmitido pelas palmas das mãos para uma parte doente
do corpo de outra pessoa. A famosa técnica de “imposição das mãos” está possivelmente
relacionada com a estreita conexão entre o anahata e as mãos. Desenvolvem-se também
poderes psicocinéticos.

O lótus do chakra anahata possui doze pétalas vermelhas, onde estão inscritas as letras Kam,
Khan, Gam, Gham, Ngam, Cham, Chham, Jam, Jham, Nyam, Tam e Than. O tattva
correspondente é vayu (ar ou vento) simbolizado por uma estrela hexagonal, yantra do
anahata. Conforme já mencionamos, o triângulo invertido representa o shakti, a forma
material, enquanto o triângulo em pé representa Shiva, a consciência. O yantra possui uma
cor enfumaçada, e o bija mantra é Yam. Apoiado nas costas de um antílope preto, é um
símbolo de vivacidade. Satyananda afirma que o mantra Om Shanti (shanti significa paz
interior) pertence ao anahata. A divindade feminina é Kali (ou Kakini); ela está adornada com
um colar de ossos humanos. A entidade masculina é Isha ou Rudra.

O anahata possui o granthi Vishnu (nó). Conforme mencionamos antes, os chakras que
possuem granthis (muladhara, anahata e ajna) têm uma importância especial. Apenas depois
de ativados e de estes nós serem desatados é que a kundalini poderá prosseguir no processo
de evolução espiritual.

5º - CENTRO LARÍNGEO – VISHUDDHI

No corpo físico, o chakra vishuddhi localiza-se na garganta, correspondendo diretamente à


glândula tireóide; ele está relacionado com os plexos nervosos da faringe e da laringe.
“Vishuddi” deriva da palavra “shuddhi” que significa “purificar”; portanto, é considerado o
chakra da purificação. Ao contrário dos chakras ajna e manipura, onde ocorre a purificação

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dos pensamentos e do carma, tem-se o vishuddhi como capaz de purificar o próprio veneno. A
natureza dessa purificação pode ser explicada da seguinte maneira:

Na ioga tântrica diz-se que a lua expele Ambrósia, consumida pelo sol do manipura. Neste
caso, a lua se refere ao cérebro, a região do sahasrara, geralmente simbolizado por uma lua
ou uma meia-lua (talvez corresponda aos ventrículos do cérebro) tanto no Hinduísmo como no
Taoísmo. Esta Ambrósia ou néctar divino que o cérebro segrega flui pelo manipura, onde é
consumido como se fosse um combustível de sustento da vida.

O néctar segregado pelo sahasrara tem forma de gotas no bindu visargha, o “ponto” psíquico
atrás da cabeça (ver a próxima seção). Ele goteja num chakra menor, chamado lalana, na
parte superior da epiglote ou na base do orifício nasal, que funciona como um reservatório
desse néctar. É segregado quando se praticam mudras do tipo khechari, e então desce para o
chakra vishuddhi. Se este chakra foi ativado, o néctar sofre uma purificação, tomando-se um
néctar divino que rejuvenesce o corpo, ocasionando boa saúde e longevidade. Contudo, dizem
que se o vishuddhi não estiver ativado, o néctar transforma-se em veneno e desce pelo corpo;
passa então a envenená-lo vagarosamente, levando-o ao enfraquecimento e por fim à morte.

Segundo Satyananda, o chakra vishuddhi ativado possui também o poder de neutralizar


venenos que provêm de fora do corpo. Na realidade, a glândula tireóide, que corresponde
diretamente ao vishuddhi no corpo físico, é reconhecida clinicamente por exercer uma função
de desintoxicação.

O despertar do chakra vishuddhi resulta em poderes telepáticos. Apesar de, às vezes, o


telepata achar que recebe o pensamento das outras pessoas pelo manipura ou por qualquer
outro lugar, o verdadeiro centro de percepção é o vishuddhi. A partir dele, as ondas de
pensamento são transmitidas para outros centros, no cérebro ou em outro lugar, onde ocorre
o reconhecimento consciente. Juntamente com o muladhara, o vishuddhi é a fonte de todos os
sons básicos: dizem que os sons vocálicos se originam nele, conforme inscrito nas pétalas do
chakra. Outras habilidades paranormais relacionadas com ele são: a indestrutividade, o
completo conhecimento dos Vedas - os textos sagrados que contêm a Lei do Universo -, a
capacidade de conhecer o passado, o presente e o futuro, e a habilidade de permanecer dias
sem comer nem beber (ver a próxima seção sobre bindu).

As dezesseis pétalas do vishuddhi, de cor lilás-acinzentada, possuem inscritas as letras: A, A, I


I U, U, R, R, L, L, E, Ai, O, Au, Am e Ah. Seu tattva é o espaço (akasha), representado por um
yantra oval ou circular. O bija mantra é Ham, que está em cima de um pequeno elefante
branco dentro de um círculo. A divindade feminina é Shakani, e a masculina Sadashiva. O
vishuddhi associa-se ao sentido da audição, portanto, seus órgãos de conhecimento e atuação
são respectivamente os ouvidos e as cordas vocais.

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Satyananda não considera o sahasrara como um chakra propriamente dito. Ele afirma que os
chakras operam dentro da psique humana, manifestando-se em níveis diferentes. O sahasrara,
porém, é a totalidade além da individualização. Por este motivo, não aparece descrito no
Tantra of Kundalini Yoga. Todavia, o bindu está exposto da seguinte maneira:

Bindu Visargha

Bindu significa “gota” ou “marca”, e bindu visargha quer dizer, literalmente, “queda da gota”.
Visto que “gota” se refere ao néctar, esta frase ficaria mais significativa como sendo “a sede
do néctar”.
Segundo a tradição, o bindu localiza-se perto do topo do cérebro, na direção da parte
posterior da cabeça. Nesse local, existe uma ligeira depressão, onde se concentra uma
pequena quantidade de secreção líquida. Dentro desta depressão existe uma elevação mínima,
localização exata do bindu na estrutura fisiológica. Os nervos cranianos partem deste ponto,
inclusive os nervos ligados ao sistema óptico.

O processo pelo qual o néctar é segregado pelo bindu, estocado no chakra lalana no orifício
nasal, e purificado pelo chakra vishuddhi foi descrito na seção anterior. O bindu e o lalana são
mais bem interpretados como pequeninos centros psíquicos ligados diretamente ao vishuddhi.
Esses pequenos centros não podem ser ativados independentemente deste chakra superior.
Por isso, apenas os seis chakras superiores, desde o muladhara até o ajna, são denominados
“chakras do despertar”.

À medida que o néctar divino, purificado pelo harmonioso funcionamento do bindu, lalana e
vishuddhi, começa a descer e atingir todo o corpo, ocorrem fatos extraordinários. Por
exemplo, uma pessoa é capaz de viver por longos períodos sem ar, sem comida e sem água.
Há casos documentados de iogues que permaneceram enterrados durante quarenta dias,
sobrevivendo voluntariamente num estado de hibernação, e depois se recuperaram por
completo.

Isso torna-se possível através da prática de um tipo especial de mudra khechari, no qual o
tendão debaixo da língua é rompido gradualmente durante um período de dois anos, até que
possa ser enrolado na epiglote para vedar a passagem respiratória. Isso estimula diretamente
o centro lalana; nesse caso, o néctar desce para o vishuddhi, onde é purificado e distribuído
por todo o corpo, fornecendo oxigênio e demais nutrientes necessários para a sustentação da
vida. O bindu é induzido a produzir mais néctar e, ao mesmo tempo, a necessidade que o
corpo tem de ar, comida e água é drasticamente reduzida. Acredita-se que o néctar flui

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lentamente pelo metabolismo do corpo e, de fato, os iogues enterrados não apresentaram


crescimento dos cabelos.

Em nosso instituto, em Tóquio, elaboramos experimentos que confirmam a afirmação de que o


chakra vishuddhi desperto, juntamente com o bindu e o lalana, torna possível o controle
consciente do metabolismo, da respiração, da necessidade alimentar, da digestão, etc. (Para
maiores detalhes, ver meu trabalho “Westem and Eastem Medical Studies of Pranayama and
Heart Control”, no Vol. 3, no. 1, de Journal of the International Association for Religion and
Parapsychology.) Segundo Satyananda, o bindu controla a percepção visual. Os nervos
cranianos ligam-no ao sistema óptico. Por esse motivo, qualquer irregularidade no bindu pode
causar distúrbios visuais. O bindu é o centro do nada, ou o som psíquico. Quando o vishuddhi
e o bindu são ativados através de práticas como Navamukhi mudra (Capítulo IV), vajroli mudra
(Capítulo IV), ou murcha Pranayama (Capítulo III), ouve-se um som imaterial contínuo
composto de inúmeras vibrações agudas. Essa experiência aponta a exata localização do
bindu. Por não ser exatamente um chakra, o bindu não é representado por um lótus ou por
divindades residentes. Seu símbolo é uma lua cheia -representa o ponto onde começa a
individualização - e também uma lua crescente, indicando o fato de que apenas uma parte da
totalidade infinita existente no sahasrara se manifesta, tomando-se perceptível para o
praticante no nível do bindu. Ambas, a pequena mancha (a lua cheia) e a lua crescente,
podem ser observadas no canto superior direito de algumas versões convencionais dos
caracteres OM.

6º - CENTRO FRONTAL OU CEREBRAL – AJNA

Satyananda aconselha ao praticante ativar o chakra ajna antes de qualquer outro. Justifica
dizendo que, uma vez desperto, este chakra tem o poder de anular o carma; dessa forma ele
ajuda a diminuir os perigos que podem surgir quando o carma dos chakras inferiores é
ativado. A seguir, apresento um resumo de seu parecer sobre o chakra ajna.

Derivada originalmente das raízes sânscritas, com o sentido de “saber” e de "seguir", a palavra
ajna significa “comandar”. Por esta razão, o termo ajna é freqüentemente utilizado como
“centro de comando”, o qual recebe orientações de um guru (veja a seguir). Localiza-se no
ponto em que os três nadis principais (ida, pingala e sushumna) se fundem para formar uma
única passagem, que continua a subir até o chakra sahasrara. Parte da combinação da energia
vital aqui reunida, provinda dos três nadis, flui para o sahasrara, enquanto o restante se
dispersa pelos corpos físico, astral e causal. No chakra ajna os três nadis formam o
Rudragranthi ou o “nó de Shiva”, o terceiro dos “nós” psíquicos que devem ser desatados para
que a kundalini se eleve até o sahasrara. No corpo físico, o ajna relaciona-se diretamente com

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a glândula pineal e com o ponto entre as sobrancelhas, ponto este freqüentemente escolhido
para a concentração neste chakra.

O chakra ajna localiza-se na extremidade oposta do sushumna com relação ao chakra


muladhara, e qualquer alteração ocorrida num reflete instantaneamente o mesmo efeito sobre
o outro. Os símbolos contidos nesses dois chakras também se assemelham: ambos possuem
um triângulo invertido, o símbolo da força geradora ou criadora.

A concentração no ajna coloca o praticante em contato com grandes forças existentes nos
nadis ida, pingala e sushumna, levando-o a profundas alterações psíquicas e à purificação da
mente. Uma vez alcançada tal purificação, o iogue pode praticar com segurança a
concentração nos demais chakras. Entretanto, se este estágio não for cumprido com rigor, o
praticante correrá grandes perigos devido à ativação do carma acumulado nos outros chakras,
especialmente no muladhara, considerado o maior depósito de carma, com o chakra ajna
ativo, o praticante é capaz de manter a calma sem ser afetado quando essas forças são
desencadeadas.

Ao ativar-se o chakra ajna, o praticante entra em contato com a consciência superior através
da liberação do grande acúmulo de energia latente na glândula pineal. (Observe que
Satyananda associa o ajna com a glândula pineal, enquanto Leadbeater o associa com a
glândula pituitária.) “Contato com a consciência superior” pode parecer uma concepção um
tanto vaga, e de fato trata-se de um assunto um pouco difícil de explicar. Refere-se ao contato
direto com o “guru interior” - ou seja, uma fonte inata de profundos conhecimentos e uma
grande ciência existente no interior do chakra ajna de todas as pessoas. Também é possível
entrar em contato com o “guru exterior” - o anjo da guarda das pessoas. Quando o praticante
entra num estado de concentração profunda, a autopercepção e a consciência do ego
desaparecem temporariamente; assim, ele pode ouvir a voz do guru interior e do exterior. Por
esta razão, o chakra ajna é conhecido como “centro de comando”. Comunicações telepáticas e
percepção de clarividência também podem ser desenvolvidas com o despertar do chakra ajna.
No interior do círculo do diagrama que representa o chakra ajna existe um triângulo invertido.
Ele simboliza o criador, a força mãe, a força material e a manifestação. Em contrapartida, o
triângulo em pé (como o encontrado no yantra do chakra anahata, Y representa a consciência-
percepção inativa. Dentro do triângulo, atrás da letra "3", existe uma forma de coluna,
conhecida como linga. Embora o linga seja convencionalmente visto como um símbolo fálico,
Satyananda afirma que na ioga tântrica ele é primariamente um símbolo do corpo astral,
denominado linga sharira em sânscrito. O círculo simboliza o shunya, o vazio. Trata-se de um
dos três atributos do samadhi, o estado de superconsciência. Os outros são
chaitanya(consciência completamente ativa) e ananda (glória). O estado de shunya permanece
inacessível para aqueles cuja consciência esteja confinada aos limites de tempo e espaço.

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O corpo astral pode ser observado extra-sensorialmente em três formas, representado por
Shiva-lingas nos chakras muladhara, ajna e sahasrara. No muladhara, ele é visto como uma
coluna de gás cinzento inconstante. À medida que nossa concentração se aprofunda, o corpo
astral aparece bem escuro (preto) no chakra ajna. Com uma concentração contínua, este
Shiva-linga toma-se iluminado, como uma luz brilhante no sahasrara. Esses três estágios são
conhecidos como consciência astral indistinta, escurecida e luminosa, o que representa a
purificação e a evolução progressiva da mente. A sílaba OM, o mantra bija do chakra ajna,
localiza-se no interior do círculo; trata-se do símbolo da superconsciência. Acima da lua
sobreposta e do bindu (um ponto) existe a cauda esguia, que representa a parte mais sutil da
consciência. As duas pétalas localizadas a cada lado do círculo encerram as sílabas Ham e
Ksham, os mantras bija de Shiva e de Shakti, respectivamente. Satyananda vê a aura do
chakra ajna de cor cinzenta, apesar de admitir que os outros pesquisadores a descreveram
como transparente. Leadbeater, por outro lado, afirma que o ajna emite uma aura de cor
violeta-escura. Tais descrições assemelham-se no que diz respeito às cores escuras; as ligeiras
diferenças podem ser atribuídas ao fato de Satyananda referir-se à aura existente na
dimensão astral, ao passo que Leadbeater descreve a aura etérica.

7º - CENTRO CORONÁRIO – SAHASHARA

Coquet esclarece que se lhe dá também o nome de Brahmarandhra, cuja verdadeira tradução
significa "orifício divino e representa a haste do chakra coronário ou, para ser preciso, a
fontanela etérica por onde escapa a alma no momento da transição".

Está situado na parte superior da cabeça. A aura colocada sobre a cabeça dos santos
corresponde ao Sahasrara. Ele é composto de duas partes: a parte central com doze pétalas
maiores, menos ativa, e outra ao redor desta com novecentos e sessenta pétalas menores,
vibrando com incrível rapidez. Ao contrário dos demais chakras que, ao desabrocharem,
voltam-se para o alto, o coronário mantém sempre a sua posição invertida.

É o mais luminoso dos chakras. Leadbeater descreve-o como possuidor de indescritíveis


efeitos cromáticos, parecendo conter todos os matizes do espectro, embora seja o violeta a
cor predominante; a parte central é de um branco fulgurante com um núcleo cor de ouro.
Coquet ensina que ele surge como um maravilhoso sol, branco brilhante de mil flores
douradas. O Shatchakra- Nirupana descreve-o como tendo a cor de um jovem sol, portanto o
branco brilhante. Motoyama indica-o como um disco de cor de ouro ou de luz rosada. Os livros
hindus denominam-no o "lótus de mil pétalas", de cor branca e com a corola voltada para
baixo, cerca de quatro polegadas acima da parte mais alta da cabeça. O chakra coronário não
está relacionado com nenhum plexo e sim com a glândula pineal. A respeito, Leadbeater

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Todos os Direitos Reservados – Instituto Terceira Visão

destaca a existência de uma diferença de acordo com os tipos de indivíduos. Em muitos deles
"os vórtices do sexto e do sétimo chakras astrais convergem ambos ao corpo pituitário, que
em tal caso é o único enlace direto entre o corpo físico denso e os corpos superiores de
matéria relativamente sutil". (...) "Mas outros indivíduos, embora ainda aliem o sexto chakra
com o corpo pituitário, inclinam o sétimo até o seu vórtice coincidir com o atrofiado órgão
chamado glândula pineal, que, em tal caso, se reaviva e estabelece ligação direta com o
mental inferior sem passar pelo intermediário comum do astral".

A tela etérea pode ser rompida com o efeito do tabagismo, do álcool e de outros psicotrópicos.
Esta tela etérea tem a função de proteger o indivíduo contra o assédio de entidades maléficas.
Estas substâncias se vitalizam e passam para o plano astral, por intermédio doa chakras,
rompendo com isto a tela protetora - etérea - que a natureza mantém fechada contra a
comunicação ou influência perturbadora de alguns espíritos. vai ver a sabedoria da Igreja e de
outras sociedades esotéricas e esotéricas, ao proibir o uso de bebidas, tabagismo,
psicotrópicos, visa a proteção da tela etérea, evitando, assim, o seu atrofiamento. O estudante
do ocultismo deve livrar-se do tabagismo, do alcoolismo, de psicotrópicos, e pode, na senda
da evolução, esperar que as faculdades psíquicas se atualizem no tempo devido, sempre numa
conduta moral inabalável.

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