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Curso Online:

Massagem Tântrica
Introdução ao yoga clássico................................................................................2

Budismo como ciência, moral e filosofia..............................................................4

Hatha Yoga: a ciência da saúde perfeita.............................................................5

Os degraus da escala de Patañjali......................................................................8

Chakras e mantras.............................................................................................11

Os centros energéticos......................................................................................16

Meditação e relaxamento...................................................................................17

Referências bibliográficas..................................................................................20

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INTRODUÇÃO AO YOGA CLÁSSICO

É um conceito que se refere às tradicionais disciplinas físicas originárias


da Índia. A palavra está associada com as práticas meditativas costuma ser
associado tipicamente com a hata-ioga e suas asanas (posturas) ou como
uma forma de exercício.

Um(a) praticante avançado(a) da ioga é chamado de iogue.

Há centenas de estilos diferentes de ioga no mundo, que propõem diversos


caminhos para alcançar o mesmo objetivo: o Samádhi, a Iluminação da
Consciência e/ou compreensão da existência.

Vários são os métodos e escolas para se atingir esta meta, porém ela sempre é
o referencial. As escolas mais antigas utilizam-se de métodos estritamente
técnicos. As escolas mais modernas tem uma conotação tendendo mais ao
espiritualismo, fruto da difusão do Vedanta na época medieval. Desenvolveu-se
ao longo da história no oriente, particularmente na Índia, e que nos dias de hoje
está amplamente difundido no mundo todo, inclusive no ocidente.

Algumas linhas de ioga são: Ashtanga Vinyasa Yoga, Bhakti Yoga, Hatha
Yoga, Iyengar Yoga, Jñana Yoga, Karma Yoga, Kriya Yoga, Raja Yoga, Raja
Vidya Yoga, Siddha Yoga, Tantra Yoga, Kundalini Yoga, Prakriti Yoga entre
outras.

Na Índia, país de origem da ioga, os mestres Krishnamacharya (e seus


discípulos B.K.S. Iyengar, Pattabhi Jois, A. G. Mohan e Desikachar), Swami
Sivananda, Gurudeva, Swami Vivekananda e Sri Aurobindo são algumas das
principais referências.

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Imagem: br.123rf.com

O controle da mente e dos sentidos. Assim pode ser definida a yoga, uma
técnica milenar que leva o praticante a um caminho para a compreensão de si
mesmo e uma maior ligação espiritual.

Apesar das diferenças, todas as linhas seguem oito orientações que


caracterizam os ensinamentos da yoga:

Yamas: viver seguindo um padrão ético de vida

Nyama: autodisciplina

Ásanas: posturas físicas

Pranayamas: controle da respiração

Pratyahara: observação consciente, sem envolvimento dos sentidos

Dharana: estado de concentração

Dhyana: meditação

Samady: a consciência plena, a libertação final

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BUDISMO COMO CIÊNCIA, MORAL E FILOSOFIA

Hatha Yoga: Esse é o yoga clássico e o mais popular no ocidente,


caracterizado por um número menor de posturas, sendo essas mais básicas. É
indicado para iniciantes e trabalha a respiração, o equilíbrio e o alinhamento,
por meio de momentos de relaxamentos nas aulas. O Hatha é focado no
aprofundamento filosófico e busca trabalhar a mente por meio do corpo. Os
quatro elementos formais do Hatha Yoga são: asana, pranayama, relaxamento
e atitude mental correta.

No budismo, o Carma (do sânscrito , transl. karmam, e em pali, kamma,


"ação") é a força de samsara sobre alguém. Boas ações (páli: kusala), e/ou
ações ruins (páli: akisala) geram "sementes" na mente, que virão a aflorar
nesta vida ou em um renascimento subsequente. Com o objetivo de cultivar as
ações positivas, o sila é um conceito importante do budismo, geralmente,
traduzido como "virtude", "boa conduta", "moral" e "preceito".

O carma, na filosofia budista, refere-se especificamente a essas ações (do


corpo, da fala e da mente) que brotam da intenção mental (páli: cetana) e que
geram consequências (frutos) e/ou resultados (vipaka). Cada vez que uma
pessoa age, há alguma qualidade de intenção em sua mente e essa intenção
muitas vezes não é demonstrada pelo seu exterior, mas está em seu interior e
determinará os efeitos dela decorrentes.

No budismo Teravada, não pode haver salvação divina ou perdão de um


carma, uma vez que é um processo puramente impessoal que faz parte
do Universo. Outras escolas, como a Maaiana, porém, têm opiniões diferentes.
Por exemplo, os textos dos sutras (como o Sutra do Lótus, Sutra de
Angulimala e Sutra do Nirvana) afirmam que, recitando ou simplesmente
ouvindo seus textos, as pessoas podem expurgar grandes carmas negativos.
Da mesma forma, outras escolas, Vajrayana por exemplo, incentivam a prática
dos mantras como meio de cortar um carma negativo.

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HATHA YOGA: A CIÊNCIA DA SAÚDE PERFEITA

O cânone budista divide-se em três grupos de textos, denominado "Triplo


Cesto de Flores" (tipitaka em pali e tripitaka em sânscrito):

Sutra Pitaka: agrupa os discursos do Buda tais como teriam sido recitados
por Ananda no primeiro concílio. Divide-se por sua vez em vários subgrupos;

Vinaya Pitaka: reúne o conjunto de regras que os monges budistas devem


seguir e cuja transgressão é alvo de uma penitência. Contém textos que
mostram como surgiu determinada regra monástica e fórmulas rituais usadas,
por exemplo, na ordenação. Estas regras teriam sido relatadas no primeiro
concílio por Upali;

Abhidharma Pitaka: trata do aspecto filosófico e psicológico contido nos


ensinamentos do Buda, incluindo listas de termos técnicos.

Quando se verificou a ascensão do budismo Mahayana, essa tradição alegou


que o Buda ensinou outras doutrinas que permaneceram ocultas até que o
mundo estivesse pronto para recebê-las; dessa forma a tradição Mahayana
inclui outros textos que não se encontram no Theravada.

Ioga (yoga) é uma filosofia com práticas para o autoconhecimento. Essas


práticas nos ajudam a ter uma nova visão sobre nosso corpo e mente, mais
alinhado com as verdadeiras necessidades. A consciência adquirida pela
prática regular nos ajuda a tomar decisões que nos levam em direção a uma
vida mais equilibrada, tanto física quanto mentalmente.

O hata-ioga (Hatha Yoga - em sânscrito: हठयोग haṭhayoga), é uma forma


de ioga pré-clássico. A expressão Hatha Yoga poderia ser traduzida, dividindo-
se as sílabas, nas palavras "ha" (sol) e "tha" (lua), cujo significado é atribuído à
busca do equilíbrio das forças solar e lunar, masculina e feminina como
objetivo final dessa prática. Alguns autores interpretam hatha associando este
termo à "força do prana" e/ou sendo "essencialmente a forma mais elevada da
prática do pranayama". As sílabas "ha" e "tha" são uma combinação de
dois mantras onde "ha" representa o prana, a força vital, e "tha" representa a
mente, a energia mental.

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Para Feuerstein o "yoga vigoroso" ou hatha yoga é um produto da época
medieval, com objetivo idêntico a todas as formas autênticas de yoga:
transcender a consciência egóica, utiliza uma tecnologia psicoespiritual em
torno do desenvolvimento do potencial do corpo, para que este seja capaz de
suportar a força e o peso da realização trascendente ou de união extática.

Segundo praticantes, o Hatha Yoga uniu a ideia tântrica do corpo como templo
da divindade com a visão vedântica de que tudo que existe é a expressão do
Ser, que é criador e agente material da criação. Dá muita importância à prática
das purificações (shat karma), mas também leva em conta seus aspectos sutis,
como o despertar da energia potencial (kundaliní), técnicas de percepção do
som supersutil interior (nada), a absorção final da atenção na realidade
transcendental (laya) e a iluminação (samádhi).

De acordo com a Gheranda Samhita existem oito milhões e quatrocentos mil


ásana descritas por Shiva. De todos eles, oitenta quatro são os melhores e
entre estes, trinta e dois consideram-se úteis para os que habitam este mundo,
o livro descreve essas 32 ásanas, mas não as outras. O Hatha Yoga
Pradipika diz que Shiva ensinou oitenta e quatro ásanas, no livro são descritas
14 ásanas, onde as quatro mais importantes dessas são: Siddhásana,
Padmásana, Simhásana e Bhadrásana. Já no Shiva Samhita diz que existem
84 posturas, das quais o autor adota quatro: Siddhasana, Padmasana,
Ugrasana (Paschimottanásana), Svastikasana.

Os exercícios respiratórios são práticas importantes e eficientes para equilíbrio


do corpo e mente. E o Hatha Yoga oferece um cardápio farto desses exercícios
que podem ser verdadeiras farmácias para o equilíbrio do corpo, mente e
emoções. Alguns nos ajudam a acalmar e concentrar a mente (são excelentes
para preparar para a meditação), outros nos ajudam a energizar e purificar o
corpo.

Sente-se sobre os calcanhares, de forma confortável (pode ser em cima de


uma manta dobrada para não machucar os joelhos). Feche os dedos das mãos
com os polegares no meio, fazendo um punho, acomode as mãos fechadas na
barriga entre as costelas flutuantes e as cristas ilíacas, e deite o tronco sobre
as pernas com a cabeça na direção do chão. Permaneça respirando lenta e
profundamente por 20 respirações.

Eleve o tronco e comece um ciclo de kaphalabhati (respiração do crânio


brilhante), que consiste em expirar com vigor, como se estivesse assoando o
nariz e deixar que a inspiração aconteça naturalmente. Mantenha o mesmo
ritmo entre as respirações e conte 30 repetições.

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Depois de terminar o ciclo de kaphalabhati, expire completamente o ar,
certificando-se de que os pulmões estejam totalmente vazios. Com os pulmões
sem ar, sugue o abdome para dentro e para cima e, mantendo os pulmões
vazios relaxe e sugue o abdome algumas vezes. É importante que a inspiração
venha antes da retenção se tornar desconfortável.

Inspirando lenta e profundamente, volte à primeira postura, com as mãos


fechadas no abdome e a testa relaxada no chão, por mais um ciclo de 20
respirações.

Repita toda a sequência três vezes e, depois do último ciclo, deite-se com as
costas no chão, com o corpo totalmente relaxado, por cinco minutos, para que
o corpo absorva os benefícios da prática.

Tire as mãos da posição de oração, em seguida, leve os braços e todo o corpo


para baixo, permitindo que ele fique paralelo às suas pernas. Leve às mãos até
os tornozelos e fique na posição por cerca de 30 segundos, sentindo o
alongamento na parte de trás de suas pernas e da sua coluna.

Vá levando os braços para frente, inclinando-se para baixo, mantendo os pés


firmes no chão e as costas retas. Fique na posição, respirando suavemente,
por cerca de 30 segundos.

Sentada sobre seus pés, estique seus braços e o corpo para frente,
descansando barriga e peito nas coxas. Procure encostar a testa no chão e
relaxe por cerca de 30 segundos.

Ajoelhe-se e incline-se suavemente para trás, tentando encostar as mãos nos


pés, relaxando também a cabeça com esse movimento.

Endireite o pescoço e deixe os braços relaxados ao seu lado. Coloque as


pernas mais ou menos na mesma largura dos quadris. Respirando
suavemente, pense em relaxar parte por parte do seu corpo.

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OS DEGRAUS DA ESCALA DE PATAÑJALI

A obra Ioga Sutra de Pátañjali (300 a 200 a.C.) é um tratado clássico da


filosofia ióguica e contém seus principais aspectos. O sistema filosófico do Ioga
como exposto no Ioga Sutra aceita a psicologia, metafísica e fenomenologia da
escola Samkhya, por isso pode-se dizer que são duas escolas irmãs,
diferenciando apenas no uso do termo Íshvara ("Senhor", um Purusha nunca
afetado pela Prakriti): o ioga usa-o para uma prática chamada Íshvara
pranidhána, enquanto o Samkhya não consegue provar ou não provar sua
existência.

A obra foi escrita em sânscrito, e oferece uma série de desafios, pois os sutras
(literalmente "fio condutor") são aforismos sintéticos, curtos, alguns são tão
sintéticos que chegam a ser obscuros. Feitos assim, eles deviam ser
decorados pelos alunos e discípulos. E além disso há no texto o uso de
diversos termos chave sem suas formalizações, principalmente provenientes
do sistema Samkhya que é tomado como base. Por esses motivos o Ioga Sutra
se torna de difícil entendimento por aqueles que não fazem parte da cultura do
ioga. Assim o Ioga Sutra foi vastamente traduzido e interpretado durante
séculos das mais diversas maneiras, por comentadores. O primeiro
comentador, além de mais famoso e autorizado, do Ioga Sutra é Vyasa em seu
Iogabasya, obra de 500 a 850 d.C.

Referidos como membros ou etapas, são passos que se sobrepõem à medida


que se avança no caminho. São:

1 - Yama ou refreamentos

1.1 -Ahimsa ou não violência

1.2 -Satya ou não mentir

1.3 -Asteya ou não roubar

1.4 -Brahmacharya ou não dissipar a sexualidade

1.5 -Aparigraha ou não cobiçar

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2 - Niyama ou auto-observações

2.1 -Saucha ou limpeza

do corpo: alimentação, limpezas corporais (shat-karma) e pranayama.

da mente, do intelecto, das emoções

do lugar em que se pratica ioga

2.2 -Santosha ou autocontentamento

2.3 -Tapas ou autossuperação

esforço do corpo, da fala e da mente

2.4 -Svadhyaya ou autoestudo

2.5 -Ishvara pranidhama ou autoentrega

3 - Asana ou posições psicofísicas

4 - Pranayama ou expansão (ayama) da força vital (prána) através de


exercícios respiratórios

5 - Pratyahara ou abstração dos sentidos externos

6 - Dharana ou concentração mental

7 - Dhyana ou meditação

8 - Samadhi ou absorção meditativa

Patañjali enumera nove obstáculos ao yoga (Sutra 1.30) que são dispersões ou
oscilações mentais, embora outros fatos não enumerados também possam ser
considerados obstáculos.

1 - Doença, desequilíbrio do corpo-mente

2 - Apatia, inércia da consciência

3 - Dúvida, conhecimento que oscila entre os pares de opostos

4 - Negligência, falta de investigação dos meios de se alcançar o ioga

5 - Preguiça, ausência de esforço do corpo e da mente

6 - Incontinência, apetite da consciência pelo gozo dos sentidos

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7 - Percepção errônea ou noção incerta, vem do conhecimento errôneo
(viparyaya)

8 - Não realização das etapas, é a falha em se alcançar os estados do ioga

9 - Instabilidade, é a não estabilização da consciência

Aparecem, junto com essas dispersões (Sutra 1.31):

1 - Sofrimento

2 - Angústia, devido à não satisfação de um desejo

3 - Agitação do corpo

4 - Inspiração, uma respiração agitada, sem ritmo, não profunda, rápida,


irregular é sintoma de uma mente ainda dispersa

5 - Expiração

Para preveni-las, deve-se praticar disciplina (abhyása) sobre um princípio


(tattva) qualquer (Sutra 1.32).

A coluna vertebral foi denominada de “árvore da vida”. Seu endireitamento e


cuidado diário terão uma influência decisiva sobre o nosso comportamento
psíquico e saúde física.

Aqui são equilibradas as energias através de um bom domínio da respiração. É


possível sentir que respiramos com todo o corpo e não só com os pulmões.
Exercícios respiratórios adequados conseguem tanto acalmar aos alunos
quanto energizá-los.

Quando experimentamos essa sensação em cada uma das fibras de nosso ser,
nos invade um profundo bem-estar. A tomada de consciência de uma
respiração amplificada é o segredo de um domínio potencial sobre nossos
órgãos. Portanto, é um fator essencial para manter a saúde.

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CHAKRAS E MANTRAS

O aumento da incidência de doenças como transtorno de ansiedade e pânico,


que juntamente com a depressão, são consideradas o mal do século, pode ser
comprovado através de números da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um estudo do órgão demonstrou que o Brasil é o país com o maior número de


pessoas com transtorno de ansiedade no mundo.

A importância da meditação para ansiedade é de grande valia para qualquer


pessoa que deseja revigorar suas energias, tranquilizar-se e cuidar do seu
interior.

Na filosofia iogue hindu, os chacras são os centros da energia invisível do


corpo humano. Por essa razão, eventuais bloqueios podem resultar em
problemas físicos e emocionais que podem ser revertidos através de
meditação.

Múládhára Chakra (Bíja LAM) – “múla” significa: raíz e “dhára” significa:


suporte e sustentação. Portanto, significa chakra raiz ou básico, está
relacionado ao nível físico, à realidade do mundo material. Múládhára Chakra
localiza-se na base da coluna vertebral, na região do períneo, entre os genitais
e ânus, e corresponde às glândulas endócrinas supra renais e ao plexo
nervoso autônomo coccíneo.

O elemento é: terra
A nota musical é: Dó
A cor é: vermelha
E o mantra: LAM

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Anáhata Chakra (Bíja YAM) – significa o som místico e este chakra é assim
chamado porque se diz que a concentração neste centro permite escutar o
“Sabda Brahma”, isto é, o som primordial que surge sem o choque de dois
objetos. Ele é também denominado chakra cardíaco e está relacionado ao nível
afetivo, caracterizando-se pelas noções de relacionamento e simpatia. Sua
localização é a região do externo, correspondendo à glândula endócrina timo e
ao plexo nervoso cardíaco e pulmonar.

O elemento é: ar
A nota musical é: Fá
A cor é: verde
E o mantra: YAM

Vishuddha Chakra (Bíja HAM) – significa grande pureza, e este chakra é


também denominado centro laríngeo. Ele está relacionado ao nível criativo
caracterizando-se pela criatividade em todos os sentidos: artístico, intelectual
ou moral e pelo desenvolvimento do conhecimento intuitivo e espiritual. Devido
a este último, ele é chamado de “O Portal da Grande Liberação”. Está ligado
também a verbalização dos sentimentos, emoções e sensações. Localiza-se na
região da garganta, no centro do pescoço e corresponde à glândula endócrina
tiróide e ao plexo nervoso laríngeo.

O elemento é: espaço
A nota musical é: Sol
A cor é: azul claro
E o mantra: HAM

Chacras, também conhecidos pela grafia chakras, segundo a


cultura hindu, yogue e estudos do ocultismo, teosofia e conscienciologia, são
centros de absorção, exteriorização e administração de energias no duplo
etérico. Os chacras são estudados por diversas religiões, escolas espirituais e
pesquisadores da área espiritualista e existem alguns consensos acerca de
suas funções, formas e funcionamento dentre estes envolvidos.

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Segundo a cultura yogue, os chacras seriam os pontos onde se encontram e
fundem as nadís, ou meridianos, canais condutores da energia no organismo.
Eles distribuiriam as energias através desses canais (nadis) que auxiliariam no
funcionamento de órgãos e sistemas, entre outras funções. Estas nadís
uniriam-se em vários pontos que rodam no sentido dextrógiro (que provoca
rotação para a direita - no sentido dos ponteiros do relógio. Antônimo de
levógiro ou sinistrogiro).

Ainda segundo a cultura yogue, seria através do desequilíbrio desta energia


vital que as pessoas adoeceriam e acabariam obstruindo a ligação com o
Divino. Nosso corpo físico teria pontos, que quando ativados, fariam fluir a
energia vital, nos trazendo alegria e saúde. Seria através dos nadis
(meridianos) - caminhos invisíveis dentro do nosso organismo - que a energia
vital caminharia por todo o nosso corpo e chegaria aos chacras, em pontos que
concentram vibrações mais específicas.

Atualmente, com a universalização do conhecimento, existe a tendência a


considerar a convergência dos conceitos das culturas indiana e chinesa sobre
estes centros de energia (chakras), e os nadis. Os nadis seriam
correspondentes aos meridianos chineses, assim como prana e qi seriam
nomes diferentes para a mesma energia vital.

Imagem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Segundo o Tantra Yoga, a noção de chacra faz parte do tantra ou tantrismo,


para o qual a kundaliní reside no Muladhara. O objetivo das práticas tântricas,
que são essencialmente sensoriais, é considerado o despertar e a subida da

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kundalini através dos chacras, o que os ativaria, a fim de se unir no Sahasrara
com Shiva, representado como essência espiritual. Uma das fontes de
inspiração do Hatha Yoga é o tantrismo, pois o "combustível" das práticas das
posturas psicofísicas é justamente a energia Kundaliní.

Os chakras seriam conectados entre si por uma espécie de tubo etérico (Nadi)
principal chamado "Sushumna", ao longo do eixo central do corpo humano, por
onde dois outros canais alternados "Ida" que sairiam da base da espinha dorsal
à esquerda de Sushumna e "Pingala" à direita (na mulher estariam invertidas
estas posições).

Os Nadis conduziriam e regulariam o prana em espirais concêntricas. Estes


Nadis seriam os principais, entre milhares, que percorreriam todo o corpo em
todas as direções, linhas meridianos e pontos. Para os hindus, os Nadis são
sagrados e consideram ser por meio da "Sushumna" que o yogi deixa o seu
corpo físico, entra em contato com os planos superiores e traz para o seu
cérebro físico a memória de suas experiências.

Ájña Chakra (Bíja OM) – é denominado centro frontal, o ponto crístico. Ele
está relacionado ao nível intelectual e está ligado à consciência e a atividade
mental em todas as suas formas e graus. Tem relação com o cérebro e o
sistema nervoso central. Assim como com os olhos, orelhas, nariz e órgãos
internos. Fica localizado na região entre os olhos e corresponde à glândula
endócrina hipófise ou pituitária e ao plexo nervoso cavernoso.

O elemento é: éter
A nota musical é: Lá
A cor é: azul marinho
E o mantra: OM

Procedimentos fundamentais para despertar os chakras:

MUDRA (postura do dedo): Regula os elementos, que ajuda a despertar a


Kundalini e movimento ascendente do prana. Estimular uma parte do corpo
pode ter um efeito positivo sobre outra parte do corpo.

SOM / Mantra: Grupos de palavras que carregam vibrações e energia para


órgãos específicos.

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COR / Visualização: Usando cores diferentes objetivos para equilibrar e
melhorar os nossos centros de energia do corpo / chakras e também para
ajudar a estimular o nosso processo cura do próprio corpo.

O mantra mais conhecido dentro do universo do Yoga é o “Om”, tão simples e


pequeno, esse poderoso instrumento para a mente pode ser, muitas vezes,
banalizado por quem não conhece o assunto.

No entanto, o “Om”, dentro dos Vedas é o som que deu origem ao mundo. Se
reconhecermos que o som é uma onda de frequência, fica fácil associá-lo a nós
mesmos, que dentro de culturas orientais, somos feitos de frequências e
vibrações essencialmente.

Na Índia a figura de Shiva dançando (Nataraja) representa bem isso, ele dança
a dança cósmica.

Meditação para o chakra:

• Mudras + som abrem o chakra.


• Mudras têm o poder de emitir mais energia aos chakras.
• Deve-se seguir a sequência de abertura de chakras da raiz à coroa.
• Cantar o som 3 vezes.
• Todo o sistema endócrino é equilibrado e o corpo se torna saudável.
• Sente-se confortavelmente no asana (postura).
• Fazer Aswini mudra 10 vezes.

Para que a ativação de chakras por meio dos mantras de fato funcione, é
preciso colocar as mãos delicadamente acima de cada chakra e repetir o som
três por 9, 27 ou 108 vezes. Concentração é fundamental. Por isso, esteja em
uma posição confortável, feche os olhos e desligue seu cérebro de tudo aquilo
que é externo. Concentre sua mente unicamente em sua energia.

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OS CENTROS ENERGÉTICOS

Por meio de sete posturas da yoga, é possível avivar os centros de energia do


corpo, garantindo mais disposição e equilíbrio para encarar o dia a dia.

Ao executar a postura, respeite seu limite. Faça cinco respirações, expirando


lentamente. No final da sequência, deite-se por 5 minutos.

Chacra muladhara. Cor: vermelho. Localização: base da coluna. Órgãos que


rege: ovário e testículos. Áreas da vida em que atua: dinheiro, segurança e
sobrevivência. Postura: paschimottanasana, ou posição da pinça. Com as
coxas contraídas, sinta as pernas firmes no chão. Leve então a barriga e o
peito em direção aos joelhos, esticando a cabeça como se ela fosse tocar os
pés. Tente manter as costas neutras, focando o alongamento na parte de trás
da coxa.

Chacra svadhisthana. Cor: laranja. Localização: região pubiana. Órgãos que


rege: gônadas e nervos sacrais. Áreas da vida em que atua: sexualidade e
criatividade. Postura: setu bandha sarvangasana, ou postura da ponte. Deite-se
com os joelhos dobrados, pés próximos dos quadris, braços ao lado do corpo.
Inspirando, levante vértebra por vértebrada coluna começando pelo cóccix,
formando um arco. Mantenha os ombros no chão e não vire a cabeça.
Expirando, desça devagar.

Chacra svadhisthana. Cor: laranja. Localização: região pubiana. Órgãos que


rege: gônadas e nervos sacrais. Áreas da vida em que atua: sexualidade e
criatividade. Postura: setu bandha sarvangasana, ou postura da ponte. Deite-se
com os joelhos dobrados, pés próximos dos quadris, braços ao lado do corpo.
Inspirando, levante vértebra por vértebrada coluna começando pelo cóccix,
formando um arco. Mantenha os ombros no chão e não vire a cabeça.
Expirando, desça devagar.

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MEDITAÇÃO E RELAXAMENTO

Alguns mantras comuns:

Asa To Ma (Védico)

Gayatri mantra (védico)

Om namah Shivaya (shivaísta)

Om namah shiva lingan (shivaísta)

Shiva Shiva maha dêva (shivaísta)

Om shiva Om Shakti Namah Shiva Namah Shakti (shivaista)

Om namah kundaliní (sânscrito)

Om mani padme hum (sânscrito)

Om namo bhagavate vasudevaya (do sânscrito)

Om tare tütare ture soha (tibetano)

Om tare tam soha (tibetano)

Nam myoho rengue kyo (Saddharma-pundarika Sutra, em sânscrito)

Maha-mantra (sânscrito)

Namerarenguékioh kioh namere klatisfas

Om bazara tamaku hakani yasha han

A vibração transcendental estabelecida pelo canto do Maha Mantra Hare


Krishna permite a purificação gradual dos corpos materiais, do mais denso ao
mais sutil, e restabelece a consciência no seu estado original de sat cit
ananda - eternidade, conhecimento e bem-aventurança.

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O mantra principal aparece no hino RV 3 .62.10. Durante a sua recitação, o
hino é precedida por OM ( ) e a fórmula bhur Bhuvah svah ( भूर ् भुवः स्वः ). Esta
prefixação do mantra é adequadamente descrita no Taittiriya Aranyaka (2.11.1-
8), que afirma que deve ser cantado com a sílaba oṃ , seguida pelos três
Vyahrtis e o verso Gayatri.

Considerando que, em princípio, o gāyatrī mantra especifica três pāda sde oito
sílabas cada, o texto do versículo preservado no Samhita é um curto, sete em
vez de oito. Restauração métrico iria emendar a atestada tri-
syllabic varenyam com um tetra-syllabic vareṇiyaṃ.

O Gayatri mantra é, em Devanagari :

ॐ भूर ् भुवः स्वः।

तत्सववतुवरव े ण्यं

भगगो॑ दे वस्य धीमहह।

धधयो यो नः प्रचोदयात ्॥

Em IAST :

oṃ bhūr bhuvaḥ svaḥ

tat savitur varejṇyaṃ

bhargo devasya dhīmahi

dhiyo yo naḥ pracodayāt

- Rigveda 3.62.10

A meditação pode ser definida como uma prática na qual o indivíduo utiliza
técnicas para focar sua mente num objeto, pensamento ou atividade em
particular, visando alcançar um estado de clareza mental e emocional. Sua
origem é muito antiga, remontando as tradições orientais, especialmente
a ioga, mas o termo também se refere a práticas adotadas por alguns
caminhos espirituais ou religiões, como o budismo e cristianismo, entre
outras. Textos orientais consideram a meditação como instrumento que leva
em direção à libertação.

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Agradecemos por escolher a iEstudar.

Blog https://iestudar.com/blog/

Site https://iestudar.com/

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Referências Bibliográficas

Wikipédia, a enciclopédia livre.Ioga.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ioga

Imagens.

Disponível em: https://br.123rf.com/

jasmine.Conheça os principais tipos de Yoga e suas diferenças.

Disponível em:

https://www.jasminealimentos.com/estilo-de-vida/tipos-de-yoga-e-diferencas/

Wikipédia, a enciclopédia livre.Budismo.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo

Tais Romanelli. Dicas de Mulher.11 exercícios fáceis de ioga para turbinar sua
energia.

Disponível em:

https://www.dicasdemulher.com.br/11-exercicios-faceis-de-ioga-para-turbinar-sua-
energia/

Wikipédia, a enciclopédia livre.Hata-ioga.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hata-ioga

UFSC. R.Y.E.Uruguai.Pesquisa sobre Yoga na Educação. Extraído do livro “Niños que


triunfan” – Micheline Flak.

20
Disponível em:

https://yoga.ced.ufsc.br/etapas-de-patanjali/

Meditação.MEDITAÇÃO PARA ATIVAR OS 7 CHAKRAS ATRAVÉS DOS MANTRAS.

Disponível em:

https://www.gilistore.com.br/blog/meditacao-para-ativar-os-7-chakras-atraves-dos-
mantras

Wikipédia, a enciclopédia livre.Chacra.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Chacra

Texto Marina Paul | Design Larice Peskir | Fotos Evelyn Müller.Yoga: posturas para
ativar os chacras em 20 minutos.

Disponível em:

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minutos/

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