Você está na página 1de 5

“As coisas vulgares que há na vida

Não deixam saudade


Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história


da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida


à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma


e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer”

Há momentos, pessoas e acontecimentos que marcam a nossa vida. Alguns deles queremos celebrar e recordar.
Recordamos o que aconteceu, as pessoas que também marcaram esse acontecimento, os sentimentos que
despertaram em nós, gestos e símbolos que se associam ao que queremos recordar e celebrar.

Também na nossa caminhada cristã existem e existiram momentos que a marcam. Celebrações da nossa fé,
instituídos por Cristo, e dos quais a Igreja faz memória como “marcas” no nosso caminho de fé.

Partilhem connosco momentos importantes da vossa vida e como os celebram.

Na caminhada de fé de todo o cristão existem também momentos marcantes. Recordem alguns desses momentos
em concreto.

Como são designados estes momentos? Quantos e quais são?


Sacramento da Reconciliação (caixa contém: texto bíblico e uma pedra)

Ao longo da vida temos que superar obstáculos, atingir as metas a que nos propomos. Nem sempre agimos do modo
mais correcto para a nossa vivência de cristãos, temos falhas, infidelidades, esquecimentos, abandonos. Essas
atitudes também pesam em nós, no nosso coração, são pontos escuros que não nos deixam ver com clareza.
O nosso coração necessita de recuperar a sua paz interior, precisamos de nos recompor diante de Deus e de toda a
comunidade.

O que simboliza esta pedra?

Sacramento do matrimónio (caixa contém um coração, alianças)

Em quem pensar, agora, senão em ti?


Tu, que me esvaziaste de coisas incertas,
e trouxeste amanhã da minha noite.
É verdade que te podia dizer:
"Como é mais fácil deixar que as coisas não mudem,
sermos o que sempre fomos, mudarmos apenas dentro de nós próprios?
"Mas ensinaste-me a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou,
até sermos um apenas no amor que nos une,
contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor:
ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua
voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo
esse que mal corria quando por ele passámos,
subindo a margem em que descobri o sentido
de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo
que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor,
de chegar antes de ti para te ver chegar: com
a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água
fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu:
a primavera luminosa da minha expectativa,
a mais certa certeza de que gosto de ti, como
gostas de mim, até ao fundo do mundo que me deste.

Nuno Júdice

Jesus amou incondicionalmente, de um modo radical. Por nós deu a vida numa demonstração de amor verdadeiro.
Amar e ser amado é parte de nós. Deixarmos de ser eu, para ser nós. Procurar não só a nossa felicidade como a
felicidade do outro. Tudo isto está presente quando a dois formamos uma nova família.
Sacramento da Eucaristia (caixa contém espiga e bíblia)

Receita para um bom cristão:

Ingredientes:

1 língua que não difama


mente cheia de tolerância
ouvidos fechados para a intriga
2 olhos com vista para as falhas que podemos melhorar
coração generoso e amável
mãos estendidas para ajudar os outros
pitada de cada: graça, sorrisos, alegria e boa disposição

Misture, em forma humana e servir porções generosas a todos.

Do mesmo modo que necessitamos de nos alimentar para sobreviver, também a nossa fé precisa de alimento.
De que modo nós cristãos alimentamos a nossa fé?

Que novos ingredientes acrescentavam a esta receita?

Sacramento da confirmação (caixa contém uma pomba e “óleo”)

Eu sinto que vem do céu


Um sopro leve,
Um vento quente que nos aquece,
Um sopro vivo que vem de Deus.
Um vento que acalma o ser
E envolve a alma
Do mesmo modo que o mar se acalma,
Logo que as ondas se vão deitar

Eu sinto que vem do céu


Um amor imenso
Que se transforma em nuvens de incenso
Um amor suave que vem de Deus
Um amor que nos transforma e alumia
Tal como a noite dá a vez ao dia
Quando as estrelas se vão deitar

É esta presença reconfortante, que não vemos, mas sentimos que nos dá força e ânimo para percorrer o nosso
caminho, nem sempre fácil.
É no nosso coração que o sentimos, como um força imensa, uma luz que nos guia na escuridão, quer dá cor e sentido
à nossa vida cristã.

Qual a importância deste sacramento na vida cristã?


Sacramento do Baptismo: (caixa contém: concha, óleos, vela)
Manifesta a Tua Santidade em mim
Toma-me de entre a minha dispersão Minha terra se abrirá à Tua chuva
Recolhe-me de onde me perdi As minhas pedras não farão mal a ninguém.
Enche-me de novo o coração! Meus montes serão caminho para todos
Meu pasto abundante cura será
Tu és a água viva
Para todo o que coma de mim
Tu és a água pura
Eu serei a terra que emana leite e mel.
Inunda-me, inunda-me
E tudo se transformará em Mim. Tu és a água viva (Tu és a água viva)
Tu és a água pura (Tu és a água pura)
Inunda-me, inunda-me
E tudo se transformará em Mim.

Este sacramento marca o início da vida cristã. Como puderam perceber pela letra da música que vos foi dada a água
está presente como inicio de uma nova vida.

Sacramento da ordem: (caixa contém: cruz, aliança, bíblia)

Testemunho

Até aos 18 anos, tinha uma fé normal, herdada dos meus pais. Na adolescência tive uma crise profunda. Continuava
a praticar a fé, mas sem grande significado. Ia à Missa aos domingos e só isso. Quando a minha irmã estava no
Caminho Neocatecumenal [ou, simplesmente, Caminho], convidou-me para uma das catequeses e foi aí descobri
Jesus Cristo na minha vida. Pude então fazer uma experiência de fé forte, que mudou a minha vida. Isto foi em 1988.
Depois integrei-me numa comunidade. Celebrávamos a Palavra durante a semana, a Eucaristia aos sábados, e
fazíamos um convívio uma vez por mês. Pouco a pouco fui amadurecendo a minha vocação. Mas ainda não gostava
muito da ideia de ser padre. Saía dos meus projectos. Queria estudar, ser advogado. Mas no final dos estudos, fui à
Jornada Mundial da Juventude e respondi ao convite do Senhor.

Isso aconteceu em Paris, em 1997…


Sim. Depois do encontro com o Papa João Paulo II, houve um encontro vocacional com Kiko Arguello [iniciador do
Caminho]. Estavam presentes muitos bispos. Depois de uma catequese, houve o chamamento vocacional. Kiko disse:
“Aqueles jovens que se sentem chamados pelo Senhor a darem a sua vida como padres na Igreja, que queiram ser
preparados para esta missão, levantem-se…”

No meu ano, levantaram-se entre 400 e 500 que queriam seguir o sacerdócio. Estávamos 50 ou 60 mil jovens no
encontro.
(…)
Falta a muitas pessoas a formação, falta uma caminhada de maturação na fé. Não diria que são pagãs, mas são
“meninos na fé”. Eu também era assim. Ia à igreja, mas tinha uma mentalidade mais pagã do que cristã. Temos de
ter uma pastoral de apóstolos, de ir ao encontro das pessoas, de anunciar Jesus Cristo e o amor de Deus na sua vida,
de anunciar que estão salvos dos seus pecados e das suas escravidões, que têm a possibilidade de uma nova vida.

A vida pode trazer-nos surpresas inesperadas. Muitas vezes o nosso comodismo leva-nos a dizer não ao projecto que
Deus tem para nós. Jesus disse SIM ao projecto do pai, e num acto de amor incondicional deu a sua vida pela
humanidade.

E tu? Serias capaz de dizer sim? Porquê?


Sacramento da Unção dos doentes: (caixa contém: óleos, vela)

“Li, um dia, numa entrevista do Dr. Lobo Antunes à Revista do JN, que os doentes "querem e precisam de ser
embalados". Gostei particularmente desta imagem carinhosa do "colo", porque penso que é isso mesmo que o
doente e os seus acompanhantes precisam quando se confrontam com a sua própria fragilidade, a fragilidade de
quem sofre e a fragilidade de quem vê sofrer.”

Testemunho de familiar de doente

Muitas vezes é no colo do Pai que procuramos este conforto. Num momento em que temos a sensação de estarmos
perdidos, de ter o mundo a desabar na nossa cabeça, voltamo-nos para o Pai. É n’Ele que buscamos o conforto, é a
Ele que procuramos ainda que o tenhamos ignorado anteriormente. E como Pai carinhoso e misericordioso, acolhe-
nos, dá-nos o conforto e a força que precisamos. E nós como vemos esta realidade da vida humana? Visitamos os
doentes que nos estão e são mais próximos e os que anseiam pela nossa palavra nem que seja somente um desejo
de bom dia?

Você também pode gostar