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Não projete o seu futuro com fundamentos do passado. Projete seu futuro pela visão de Deus.

Não se prenda com as circunstâncias do hoje, amanha é um novo dia, tudo passa... menos a
Palavra de Deus.

O milagre da cura ocorreu no dia de sábado (João 9:14), provavelmente no sábado seguinte à
Festa dos Tabernáculos. A cegueira proveniente de várias causas, especialmente do tracoma,
ainda é comum no Oriente. Vários milagres são mencionados nos evangelhos, mas somente
este é dito que a doença era congênita. A pergunta dos discípulos, “Mestre, quem pecou, este
ou seus pais?”, reflete o pensamento judaico que ensinava que os sofrimentos desta vida eram
um castigo divino pelo pecado. De acordo com o Talmude, “não há morte sem pecado, e não
há sofrimento sem iniquidade” (Shabbath, 55.a, ed. Soncino, p. 255). “Um doente não se
recupera de sua doença antes que todos os seus pecados lhe sejam perdoados” (Nedarim, 41a,
ed. Soncino, p. 130).

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Esta parte da pergunta dos discípulos tinha pelo menos alguma base bíblica, pois a lei declara
que o Senhor visita “a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles
[que] … [O] aborrecem” (Êxodo 20:5). Os filhos, muitas vezes, sofrem as consequências dos
erros dos pais, mas não são punidos pela culpa dos progenitores (Ezequiel 18:1, 2). Os rabis
haviam recebido de Satanás sua errônea filosofia do sofrimento, pois ele, “o autor do pecado e
de todas as suas consequências, levara as pessoas a considerar a doença e a morte como
procedentes de Deus — como castigos arbitrariamente infligidos por causa do pecado”. Não
haviam entendido a lição do livro de Jó, que mostra que “o sofrimento é infligido por Satanás,
mas Deus predomina sobre ele para fins misericordiosos.”

Uma suposta virtude curativa na saliva não foi a razão pela qual Jesus fez uso dela, a menos
que tenha sido simplesmente para fortalecer a fé do homem. O uso da saliva é mencionado
em dois outros milagres (Marcos 7:33; cf. João 8:23). A preparação de barro estava dentro das
restrições das leis rabínicas com respeito ao sábado (João 9:14; João 5:10, 16; 7:22-24).
Misturar algo era especificamente proibido (Mishnah Shabbath, 7.2, ecl. Soncino, Talmude, p.
349). Por exemplo, era permitido que se colocasse água no farelo para preparar comida para
os animais, mas não lhes era permitido “misturá-lo” (Mishnah Shabbath, 24.3, ed. Soncino,
Talmude, p. 794; ver com. de Jo 5:16; 9:16).

Jesus untou com o lodo os olhos do cego. Aqui também Jesus transgrediu a tradição rabínica,
que permitia apenas a unção que era feita normalmente em outros dias. Qualquer unção
incomum era proibida. Por exemplo, os antigos usavam vinagre para aliviar a dor de dente.
Alguém com dor de dente não podia bochechar vinagre no sábado, mas podia ingerir vinagre
de maneira usual na hora da refeição e obter alívio dessa forma (Mishnah Shabbath, 14.4, ed.
Soncino, Talmude, p. 539).
Para os rabinos, uma vez que o caso do cego não era uma emergência, isto é, sua vida não
estava em perigo, a cura foi vista como uma violação da lei tradicional judaica (João 7:22-24).
Essas leis também proibiam a mistura do barro e a unção dos olhos (João 9:6). Os judeus,
supostos defensores da lei, entendiam de forma totalmente errada a intenção e o propósito
do sábado (Marcos 2:27, 28). Não compreendiam que o dia era santificado para o bem físico,
mental e espiritual do ser humano. A santificação do sábado nunca teve o propósito de
impedir obras necessárias e misericordiosas, em harmonia com a energia criativa que ele
comemora (Gênesis 2:1-3). Curar o homem doente não era uma quebra da divina lei do
sábado. Ao condenarem o Senhor por essa suposta quebra, os judeus mostravam sua
ignorância acerca da lei que professavam.1

A Cura de um Cego de Nascença | Tanque de Siloé | Estudo Bíblico

A cura de um Cego de Nascença é uma das mais belas histórias da Bíblia. A cura do cego, se dá
nas águas do tanque de Siloé.

Um recipiente quadrangular, medindo 25 metros de comprimento por 5 metros de largura e 5


metros de profundidade.

A água vinha de um canal subterrâneo, com 530 metros de comprimento, da fonte chamada
Virgem, localizada mais ao norte do vale de Cedrom. Esse túnel, descoberto em 1886, foi
construído por ordem do rei Ezequias.

tanque de siloé

O tanque de Siloé próximo à cidade de Davi.

Este homem, cego, que havia passado toda sua vida na escuridão, era visto assim. Seu
sofrimento era relacionado com castigo. E se estava sendo castigado, porque então ajudar?

Assim permanecia abandonado, sozinho, dependendo da caridade e da compaixão de quem


por ele passasse.
É interessante que Jesus andando, o viu. Isso porque Jerusalém era uma grande cidade. E em
meios urbanos, com muitas aglomerações, muita gente nas ruas, é difícil ser notado. Veja por
exemplo as grandes capitais do Brasil.

Multidões passam de um lado para o outro sem se importar com a vida de quem quer que
seja. No meio de tanta gente, porém sempre sentimos como que sozinhos.

Porque as pessoas se importam no máximo com seus familiares ou amigos, o restante é


apenas a multidão.

Mas Jesus não vê multidões. Jesus vê cada indivíduo. E Jesus prendeu sua atenção naquele
pobre homem cego de nascença.

Aí os seus discípulos, que estavam imersos na crença da “causa e efeito”, já começaram a


indagá-lo, com um julgamento errado:

“E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que
nascesse cego?” João 9:2

E nós, seres humanos, somos assim mesmo, implacáveis! Julgamos o que não sabemos,
condenamos com preconceitos. Tratamos com indiferença, vemos multidões, não enxergamos
o cuidado que cada ser individualmente necessita.

Jesus e o cego de nascença

Mas Jesus parou, para falar com o cego de nascença. Isso é realmente maravilhoso! Jesus se
importa com cada ser humano. Sem distinção.

O mestre mostra aos seus discípulos que não havia nenhum castigo e nenhuma maldição
hereditária sobre a vida daquele homem.

Ao contrário, havia, na realidade humana daquela geração, uma cegueira muito mais profunda
e pavorosa do que aquela em que se deixa de ter a visão física desta realidade.
“Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele
as obras de Deus.” João 9:3

A pior cegueira é aquela em que se deixa de enxergar o sentido real da vida. Pela reação dos
fariseus à cura daquele pobre homem cego de nascença (pois se deu num sábado), podemos
ver em quão densas trevas eles estavam.

Levando uma vida sem nenhum sentido nobre e real, eles se prenderam a legalismos e rituais
pesados. Deixaram esfriar o amor nos corações e se esqueceram do principal da lei, que era o
perdão e a misericórdia.

Então alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado.
Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles.”
João 9:16

a cura do cego de nascença

Jesus Cura o Cego de Nascença.

Para estes Jesus se declara como o sentido real, pelo qual eles deveriam viver e caminhar, para
que não andassem mais em trevas. Assim como declarou numa ocasião imediatamente
anterior:

“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará
em trevas, mas terá a luz da vida.” João 8:12

De forma que, quem tem a Jesus como norte, como rumo, passa a enxergar e nunca andará
confuso ou em escuridão.

Lava-te no tanque de Siloé

Ao preparar-se para realizar mais um milagre em seu ministério, Jesus aproveita a


oportunidade para trazer lições morais valiosíssimas. Ele poderia ter simplesmente declarado a
cura imediata do cego de nascença, como fez em outras situações.

Mas a cegueira estava relacionada a verdades mais profundas. Jesus queria não só curar a
cegueira material, palpável, como também abrir os olhos espirituais do cego e de todos
demais.

Assim o lodo feito com sua saliva, passa a representar a cegueira espiritual, que precisava ser
lavada.
“Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego.
E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado).” João 9:6

Deste modo o homem cego de nascença, parte para lavar o lodo de seus olhos, no tanque de
Siloé, para que uma vez curado, possa também ter um rumo a seguir, um norte para se guiar,
ao passo que Jesus se apresenta como tal direção e como sentido supremo da vida.

Sua visão se abriu de tal forma que, diferente dos seus pais, ele não temeu ao ser interrogado
pelos fariseus. Ele fez uma declaração que mostrou que a sua cura total, era incontestável.

“Respondeu ele pois, e disse: Se é pecador, não sei; uma coisa sei, é que, havendo eu sido
cego, agora vejo.” João 9:25

E Jesus estava aparte, vendo aquilo tudo, sereno, calmo. Quando soube que o expulsaram do
templo, se apresenta a ele.

E aquele que não era mais cego conseguiu enxergar também, aquilo que toda a casta religiosa
de Israel não teve capacidade de ver.

“E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo. Ele disse: Creio, Senhor. E o
adorou.” João 9:37-38

É preciso ver e enxergar o sentido espiritual dos fatos. Algo que os olhos humanos pouco
conseguem ver. Devemos sempre pedir a Deus que remova o lodo que nos impede de ver o
seu propósito.

Jesus veio para possamos ver, mas, muitos infelizmente permanecem perdidos, em trevas,
cegos, muito embora seus olhos funcionem muito bem.

3) Em terceiro lugar, Jesus cuspiu na terra e fez lodo com a saliva e passou nos olhos do cego,
mandando-o se lavar no tanque de Siloé. Era uma prática conhecida entre a medicina da época
que havia algo na saliva que poderia servir de medicamento para os que tinham problemas
visuais, mas creio que não foi por isso que o Senhor fez o que fez com este homem. Para
começar, Ele curou três cegos de maneira diferente para mostrar que nada se repete com Ele;
Ele faz como quer. Quando estudamos sobre a cura do cego de Jericó, vimos que Jesus,
simplesmente, perguntou a ele (evangelhos de Marcos e Lucas) o que ele queria e ele Lhe
pediu para ser curado. Em Mateus está escrito que o Senhor lhe tocou os olhos, mas não há
nenhuma referência ao uso da saliva, somente na cura do cego de Betsaida (Mc 8: 22-26).
Portanto, aqui podemos pensar que ao usar a saliva e misturar com o barro, metaforicamente
falando, Jesus estava unindo a Sua palavra de poder (representada pela saliva) à fraqueza
humana (terra, barro) e trazendo a ela a cura e a restauração. Isso, mais uma vez,
demonstraria a necessidade que o ser humano tem de Deus para ter vida, como Ele soprou
Seu fôlego de vida (o Espírito Santo) em Adão para que ele se tornasse alma vivente (Gn 2: 7).

5) Aqui entra a dissensão entre os que crêem e os que não crêem em Jesus em face de uma
cura inequívoca, mostrando mais uma vez, a incredulidade e a religiosidade atrapalhando a
crença de muitos, mesmo porque a cura se deu no sábado. Isso significa que, quando
recebemos uma bênção de Deus, podem aparecer aqueles que, por dureza de coração,
questionarão a origem dela, entretanto, não poderão negá-la nem roubá-la, pois foi selada
pelo próprio Deus. Portanto, o ensinamento é não dar ouvidos às mentiras, mas permanecer
firme, confirmando a cura diante de todos, como fez o homem, mesmo que os seus próprios
pais o tivessem desamparado por medo dos fariseus.

6) Jesus não abandona os que são Seus, mas se revela a eles para que sua fé seja firmada Nele.
Quando expulsaram o homem da sinagoga porque confessara Jesus como o autor do milagre,
o Senhor se encontrou com ele e se revelou particularmente a ele, fortalecendo sua fé.

7) “Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e
os que vêem se tornem cegos. Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele perguntaram-
lhe: Acaso também nós somos cegos? Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis
pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”. Jesus quis dizer
que Ele veio para aqueles que têm consciência do seu pecado e se arrependem; aí, debaixo do
Seu sangue, perdoados e justificados, já não sofrem mais acusação. Entretanto, para os que se
encontram cegos pelo orgulho, pela arrogância e pela rebeldia, o Senhor faz resplandecer a
Sua luz e os pecados deles se tornam evidentes diante dos seus olhos. Também podemos dar
outra interpretação: aos que se acham cegos para a verdade, mas a buscam de coração puro, o
Senhor abre seus olhos para que possam vê-la; os que tudo sabem, tudo enxergam e tudo
podem, tentando, arrogantemente, conhecer os Seus mistérios, o Senhor os cega, pois a bíblia
mesmo fala que o Pai revela Seus segredos aos humildes de espírito e os encobre dos sábios e
entendidos. Ela também diz: “A vós outros é dado conhecer o mistério do reino de Deus, mas
aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas para que, vendo, vejam e não percebam; e,
ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se, e haja perdão para
eles (Mc 4: 11-12)... porque o coração deste povo está endurecido” (Mt 13: 15a). Em Rm 4: 15
está escrito: “onde não há lei não há transgressão”, o que, em outras palavras, Paulo disse:
“Deus não leva em conta os tempos da ignorância” (At 17: 30). Quando não sabemos a
verdade e cometemos um pecado, este pecado tem menos peso do que quando sabemos o
que é correto e praticamos o mal conscientemente. Por isso, Jesus disse: “A quem muito foi
dado, muito será exigido” (Lc 12: 48). Isso nos ensina a zelar pela salvação que nos foi dada
pela fé Nele.

A bíblia diz que o homem era cego de nascença, ou seja, nunca soube o que era ver. Ao ser
curado, não só “nasceu de novo”, conhecendo a realidade, mas também teve que se adaptar à
sua nova vida. Antes mendigava; agora, seria responsável pelo seu próprio sustento, pois podia
trabalhar. Sua auto-estima foi restaurada, assim como sua noção do que era ser uma pessoa
útil à sociedade. Da mesma forma, quando somos salvos pelo Senhor, passamos a conhecer
uma nova realidade, descobrimos quem somos e para que nascemos, temos nossa auto-estima
restaurada e percebemos que somos úteis.

Resumindo: descobrimos nossa verdadeira identidade e, agora, temos que nos adaptar a essa
nova realidade; este é o novo nascimento. A bíblia diz que somos nova criatura, que as coisas
velhas passaram e tudo se fez novo.

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