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Uma suposta virtude curativa na saliva não foi a razão pela qual Jesus fez uso
dela, a menos que tenha sido simplesmente para fortalecer a fé do homem. O uso
da saliva é mencionado em dois outros milagres.
Uma suposta virtude curativa na saliva não foi a razão pela qual Jesus fez uso dela, a
menos que tenha sido simplesmente para fortalecer a fé do homem. O uso da saliva é
mencionado em dois outros milagres (Marcos 7:33; cf. João 8:23). A preparação de
barro estava dentro das restrições das leis rabínicas com respeito ao sábado (João 9:14;
João 5:10, 16; 7:22-24). Misturar algo era especificamente proibido (Mishnah Shabbath,
7.2, ecl. Soncino, Talmude, p. 349). Por exemplo, era permitido que se colocasse água
no farelo para preparar comida para os animais, mas não lhes era permitido “misturá-lo”
(Mishnah Shabbath, 24.3, ed. Soncino, Talmude, p. 794; ver com. de Jo 5:16; 9:16).
Jesus untou com o lodo os olhos do cego. Aqui também Jesus transgrediu a tradição
rabínica, que permitia apenas a unção que era feita normalmente em outros dias.
Qualquer unção incomum era proibida. Por exemplo, os antigos usavam vinagre para
aliviar a dor de dente. Alguém com dor de dente não podia bochechar vinagre no
sábado, mas podia ingerir vinagre de maneira usual na hora da refeição e obter alívio
dessa forma (Mishnah Shabbath, 14.4, ed. Soncino, Talmude, p. 539).
Para os rabinos, uma vez que o caso do cego não era uma emergência, isto é, sua vida
não estava em perigo, a cura foi vista como uma violação da lei tradicional judaica
(João 7:22-24). Essas leis também proibiam a mistura do barro e a unção dos olhos
(João 9:6). Os judeus, supostos defensores da lei, entendiam de forma totalmente errada
a intenção e o propósito do sábado (Marcos 2:27, 28). Não compreendiam que o dia era
santificado para o bem físico, mental e espiritual do ser humano. A santificação do
sábado nunca teve o propósito de impedir obras necessárias e misericordiosas, em
harmonia com a energia criativa que ele comemora (Gênesis 2:1-3). Curar o homem
doente não era uma quebra da divina lei do sábado. Ao condenarem o Senhor por essa
suposta quebra, os judeus mostravam sua ignorância acerca da lei que professavam.1
Equipe Biblia.com.br