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/A_RVORIEN
AS
jo nIcops ti
Há pessoas que pensam que estão no mundo
apenas para nascer, viver e morrer, sem terem
missão alguma a realizar. Outras há que
acreditam que estão fadadas ao sofrimento e
ao insucesso, em razão de relações pessoais,
familiares e sociais adoecidas e de
comportamentos que precisam ser curados.
No entanto, viver é modificar tais perspectivas
de vida, crendo que todos nascemos e
vivemos para, como uma boa árvore frutífera,
dar frutos, e superar, em nome de Jesus, e por
meio do Seu exemplo, traumas, complexos e
manias que amarguram a existência humana.
Enfim, saiba, à luz da Bíblia, como
transformar condicionamentos, ações e
comportamentos adoecidos em fonte de
bênçãos para sua vida.
COMUNICAÇÕES
A ÁRVORE
DAS
MALDIÇÕES
A ÁRVORE
DAS
MALDIÇÕES
CAIO FÁBIO
kVÁ
VINDE
COMUNICAÇÕES
Capa
Ronan Pereira
Coordenação Editorial:
Luk Fernando da Silva Batista
ISBN:85-7271-064-7
A Kathy e a José LukPiani — frutos
da Arvore da Vida — por tudo que
fizeram, fazem e continuarão fazendo por
este ministério.
APRESENTAÇÃO
Boa leitura!
Alda D'Araújo
A FIGUEIRA
AMALDIÇOADA
Discernindo e evitando maldições
"Cedo de manhã, ao voltar para a cidade,
teve fome; e, vendo uma figueira à beira do
caminho, aproximou-se dela; e, não tendo
achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais
nasça fruto de ti. E a figueira secou imediata-
mente. Vendo isto os discípulos, admiraram-
se e exclamaram: Como secou depressa a fi-
gueira!"
(Mateus 21:18-21)
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Betânia, subindo a encosta do Monte das Oliveiras,
começando a descer como quem vai para Jeru-
salém, que tal episódio se dá. Subindo e descendo,
Ele atravessa o Vale do Cedron para chegar à
cidade. Neste caminho havia e há — até o dia de
hoje — uma pequena aldeia chamada Betefajé.
Quando Ele vinha passando, sente umapontada
no estomâgo. Possivelmente, Ele saiu sem o café
da manhã, sem a broa, sem o pão; não tinha comido
nada e sentiu fome; aquela mesma que sentimos
quando acordamos, e cedinho nos envolvemos logo
em várias atividades, não tendo tempo para nos
alimentar, e ficamos com o estômago vazio.
Por onde Jesus passava, entretanto, havia uma
figueira generosa em folhas, frondosa, larga, exube-
rante. Ele Se aproxima dela; os discípulos dEle O
seguem, vendo-0 procurar um figo ali naquela
figueira. Vai aproximando a mão dela, e afastando
suas folhas, para um lado e para o outro, consta-
tando:
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"(...) Nunca mais nasça fruto de ti."
(Mateus 21:19b)
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Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele
que faz a vontade de meu Pai que está nos
ceus."
(Mateus 7:17-21)
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Jesus está dizendo, deste modo, que a religião
judaica é como aquela figueira: está cheia de folhas,
cheia de aparatos, cheia de gestuais, cheia de litur-
gias, cheia de legalismos, cheia de aparências, cheia
de maquiagem, cheia de faz de conta, cheia de visibili-
dade, mas não há nada nela que alimente a fome
de Deus. O coração divino está procurando se
satisfazer naquilo que a estrutura religiosa não
está produzindo. Deus não encontra nada, ficando
à míngua, no que diz respeito a procurar em vão,
pois nada encontra que O satisfaça nesta religião
de aparência e de superficilidade.
Este texto traz esta denúncia embutida, mas
que não se aplica apenas à religião judaica, mas
também à religiosidade como um todo.
Esta é a primeira lição deste texto: a vida cristã
tem que em muito ultrapassar os limites da religião,
pois, de outra forma, estaremos alimentando com
religião a própria religião e toda uma tradição
religiosa, mas não estaremos saciando a fome de
Deus.
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também está nos ensinando é o seguinte: tudo aqui-
lo que existe precisa ser produtivo.
Obviamente, no universo, as criaturas variam
de significação, conforme as capacidades que elas
próprias têm de se manifestarem em vida. Eu não
espero, por exermplo, produtividade natural de
uma pedra, mas eu espero de uma erva. Conseqüen-
temente, espero um pouco mais de uma planta, e,
por sua vez, um pouco mais de uma árvore fron-
dosa, e ainda mais de animais, de mamíferos, e, é
claro, que espero ainda mais de seres humanos.
Há uma escala ascendente de expectativa de
produtividade naquilo que Deus criou, que vai dos
minerais aos seres conscientes de si mesmos, quais
sejam, os seres humanos — eu e você —, criados
à semelhança de Deus.
Jesus visita aquela figueira, procurando nela
frutos. Não achando nada, amaldiçoa-a dizendo:
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sintetizar energia, que possa se dar o luxo de estar
vivo só para si mesmo. Tudo aquilo que está vivo
tem que ter uma finalidade para além de si próprio;
enfim, é imprescindível que se produza algo.
Através deste episódio, a Palavra de Deus
parece nos chamar atenção para este imperativo,
por várias razões:
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O mundo quer nos convencer de que algu-
mas pessoas nasceram sem a possibilidade de serem
úteis, sendo incapazes de serem produtivas e de
serem incapazes de enriquecer suas vidas e a vida
de outros. Isto é uma mentira diabólica. O diabo
veio para matar, roubar e destruir e também para
anular, deprimir, amargurar, secar e enfraquecer,
querendo convencer aos homens que seres huma-
nos criados à imagem e semelhança de Deus existem
apenas por existir, sem nenhuma contribuição a dar
ao seu Criador e à humanidade. Este pensamento
é elaborado no inferno, mas Jesus está lhe dizendo
agora:
ít'
Você tem o poder de produzir. Você tem algo
a dar."
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finalidade da nossa vida é a nossa própria vida.
Entretanto, a nossa vida tem que apontar para uma
finalidade, tem que apontar para uma direção. O
diabo tornou-se diabo, quando resolveu que a
finalidade da sua existência era a vida dele mesmo.
A finalidade de todas as vidas no uni-
verso é existirem para Deus, é serem para
Deus, é viverem para Deus, glorificando-O,
estando a Seu serviço, por amor a Ele. Qualquer
vida que pretenda se justificar em si mesma, e cuja
finalidade não seja para Deus, sem querer, Viabo-
lkou-se".
A idéia de que a razão da nossa existência é
a nossa própria existência é uma teoria maligna.
Foi em razão dela que Lúficer caiu, uma vez que a
razão de qualquer existência é servir e glorificar a
Deus.
Com base nisto, podemos afirmar que a
improdutividade não pode ser justificada pela mera
existência. Por outro lado a produtividade também
não pode ser justificada na existência, pois tem
muita gente existindo sem ser. No entanto, a
Palavra de Deus nos ensina que quem é, este faz:
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que faz a vontade de meu Pai que está nos
céus."
(Mateus 7:21)
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"— Eu não dou certo na vida, porque uma mãe-
de-santo me amaldiçoou."
21
ff
Coitadinha desta figueira! Não tem nenhum
fruto!... Deve ser amaldiçoada..."
Mas, sim:
"— Essa figueira não dá fruto, portanto será
almaldiçoada."
O que precisamos entender é que Deus está
chamando a responsabilidade para mim e para
você. Nós não temos o direito de atribuir a nossa
improdutividade ao diabo, a qualquer outra pessoa,
à sociedade, ao mau-olhado, ao pai de santo, à pro-
fessora, a quem quer que seja. Nós não podemos
fazer isto. Chega de transferir a responsabilidade
para um terceiro, vivendo a vida inteira jogando a
culpa da improdutividade, do fracasso e da derrota
existencial em pessoas, em parentes, em seres
espirituais e na religião. A Palavra de Deus diz
que é possivel virar ojogo, a mente, a direção, a pers-
pectiva, pois, em nome de Jesus, você pode afirmar:
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Eu e você fomos designados para dar fruto
e para dar glória a Deus. E este fruto vai perma-
necer:
(6'
Ah!... Eu adulterei com minha secretária,
porque o diabo me seduziu."
"— Eu roubei aquele dinheiro da firma, porque o
diabo me tentou."
et
Meu filho quebrou a perna andando de patins
na ladeira, porque o diabo o derrubou."
"— Eu não perdôo meu marido, porque o diabo
não deixa."
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Todo o mundo joga a culpa em cima dele.
Parece até que dá para ouvir o diabo falar:
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princípios, do que decorre atrairmos para nós
mesmos o carma, o sofrimento, e toda a maligni-
dade derivada dos nossos atos praticados distantes
de Deus e sem o Seu consentimento.
Todavia, quando o coração se converte e o
olhar se volta ao Senhor, assumindo que, se rou-
bava, não roubará mais; se mentia, não mentirá
mais; se idolatrava, não idolatrará mais; se engana-
va, não enganará mais; e, e em nome de Jesus,
afirma:
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Eu, particularmente, gosto muito desta ima-
gem de Jesus — Deus encarnado na figura huma-
na, e com fome. E é pensando nisto que eu quero
ser o "café da manhã de Deus", quero matar a fome de
Deus, quero que Ele encontre fruto na minha vida,
que O possa saciar.
O que fazer, então, para "saciar" a fome
divina? O que fazer para satisfazer a necessidade
de Deus encontrar fruto na nossa vida?
27
"— Buuuuuuuuuuuuuuury 5.1.1.1.1"
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sem dúvida, cada ser humano tem uma. Eu, pes-
soalmente, desejo que a minha seja realizada até o
fim, até as últimas conseqüências, em nome de
Jesus.
Este é o primeiro passo: exterminar a filoso-
fia da vacuidade e da superficialidade, que empresta
à vida nenhum propósito, nenhum sentido. Nós
somos humanos. E mais do que isto: fomos con-
cebidos à imagem e semelhança do Altíssimo. Mais
ainda: fomos comprados pelo sacrifício de Jesus
na cruz, que nos tirou da condenação eterna, mor-
rendo para que pudéssemos viver em liberdade
eterna. E ainda mais do que isto tudo: fomos
selados pelo Espírito Santo da promessa, fazendo
de nós o templo do Deus vivo na terra, tornando-
nos um referencial do bem, do amor de Deus,
dando gosto à vida como sal da terra, como tempe-
ro de Deus para a existência humana, e tornando-
nos também um "refletor" da luz de Cristo, ilumi-
nando os caminhos com a luz da verdade. Não
aceitemos, pois, ser nada menos do que isto. Inter-
nalizemos este conceito, não esperando, não deixan-
do para depois. Abramos a nossa boca agora, e
digamos sem medo:
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vida seja nada menos do que aquilo para a qual ela foi
designada pelo meu Senhor e Criador."
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"— Ah, Senhor! Dá jamelão na minha vida!"
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autêntica e autônoma. É como amarrar jamelões
na mangueira, sem, contudo, transformá-la jamais
num pé de jamelão.
Este espírito manipulador não está apenas
fora, no mundo; está dentro da igreja também,
onde vejo várias vezes pessoas não querendo ser
elas mesmas, mas querendo ser aqueles que estão
à frente; onde vejo toda hora individualidades
sendo anuladas em função de pessoas estarem
encarnando o esteriótipo do líder ou de determi-
nadas pessoas.
Você, por exemplo, jamais se realizaria
sendo eu. Você só vai se realizar sendo você. Tenho
encontrado pessoas frustradas, que falam comigo
dizendo:
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nadas aprendendo a gostar de si mesmas. Infeliz-
mente, alguns gostam até demais, mas gostar de si
mesmo de maneira equilibrada é positivo. Meu pai,
por exemplo, nunca teve problema em gostar dele
mesmo, apesar de ele ter tido várias razões para
pensar diferente. Com 1 ano de idade, ele contraiu
paralisia infantil, que, naquele tempo, nem tinha
sido diagnosticada como tal. Não sabiam o que
era e, devido a uma injeção mal aplicada que lhe
atrofiou a perna, ele ficou impossibilitado de andar.
Arrastou-se durante alguns anos, e, aos 6, começou
a andar com ajuda de moletas. Ele conta que,
quando ia à escola com aquelas duas moletas enor-
mes, pesadas, aquele sol quente do Amazonas,
olhava as meninas na praça, indo para o instituto
de Educação, as quais sorriam para ele. Então, ele
tentava sua melhor performance com as moletas
pensando:
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Eu perguntei a ele se aquilo o tinha ferido
muito, deixado-o complexado, deprimido, ao que
ele me respondeu:
ll"
Meu filho, eu tinha era pena delas, porque
não sabiam o quanto eu era gostoso."
34
Os soldados tomaram novo ânimo, e com
coragem e dotados de grande entusiasmo, conquis-
taram a terra.
Meu pai, então, pensando naquilo, falou para
si mesmo:
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do cabelo. Eu quero que Deus tenha glória na minha
vida. Em tudo!"
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realização que ela sentia ao fazer isto. Um dia ela
me disse:
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3°. Esteja conectado. Em terceiro e último lugar,
a produtividade que cancela a maldição da vida
humana é estar ciente de que só se pode produzir,
se se estiver conectado essencialmente com a vida
proveniente do Senhor Jesus. Em João 15:1-6 se
diz:
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eterna, este só dá quando se está conectado ao
Senhor Jesus.
Por exemplo, em 1995 a VINDE lançou
uma revista — a Revista VINDE. Porém, revistas
e mais revistas estão sendo lançadas todos os anos
por diversas empresas ou entidades. Nenhuma
destas que têm virado décadas virou para a eterni-
dade, mas, se esta pequena revista for um fruto
—
conectado à Figueira Verdadeira Jesus — aí ela
será capaz de produzir frutos que a Times e a
Newsweek não produzem: frutos para a vida eterna.
Pessoas lêem Isto É,Manchete,Veja e logo se esque-
cem do que leram; mas pessoas têm lido "O Cená-
culo" e tido experiências inesquecíveis, que resul-
taram na sua entrada pelos portais eternos, no pavi-
lhão da glória, por causa daquela revista que
muitos editores não reconhecem, mas que o Editor
da Palavra de Deus — o Espírito Santo — reconhe-
ce. Não quero dizer com isto que só é frutífero
na vida quem tem Jesus, mas que só quem tem
Jesus produz para a eternidade.
Sendo assim, pegue sua produtividade natu-
ral e peça ao Espírito Santo que a use com poder e
unção. Abra seu coração e diga a Deus:
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natureza pode produzir em mim. Eu quero dar fruto
natural e ungido, e quero dar fruto espiritual e eterno."
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de seus conhecimentos médicos, fizesse isto. Mas
seria ridículo se ele, que acredita num Deus que
dá vida ao morto, não recorresse a esta graça que
restaura a vida ao morimbundo, em nome de Jesus.
Deus não está em concorrência com nada
que é bom neste mundo. Chega com esta filosofia
medieval de achar que a ciência é do diabo. A
ciência exite e nós devemos usá-la para a glória de
Deus. Vamos acabar com esta neurose de que o
esporte é do diabo; vamos encher as quadras, os
estádios, as praias, as pistas com pessoas cheias de
talentos voltados para Deus, incentivando-as a dar
mais frutos para Deus. Chega de pensar que a
produção literária, artística, teatral é do diabo. Não
é, não! Eu desejo ver nesta próxima geração roman-
cistas escrevendo para Deus, artistas desempe-
nhando para Deus, roteiristas pensando em peças
que valorizem os princípios divinos, dançarinos
empolgando platéias com a beleza de uma dança
dedicada a Deus. Chega de entregar a criação, as
artes, a música e os talentos ao diabo. É hora de
dedicá-los a Deus, Criador e Senhor.
Eu gosto de entrar em alguns restaurantes
por aí, e ouvir o "maitre" dizer:
(1.
A pai do Senhor, Reverendo."
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Ou, então, quando viajo, e tantas aeromoças
e comissários de bordo me cumprimentam com
uma saldação cristã. O que tem de comissário
crente é uma barbaridade! Gente de Deus.
Eu me lembro de uma vez em que um exe-
cutivo de um jornal do Rio de Janeiro me disse:
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Se Jesus entrar em sua cozinha, Ele quer
ver mais do que uma comida cheirosa. Ele quer
ver frutos de louvor, de boa vontade e de dedicação.
Se ele entrar na redação do seu jornal, que
Ele não encontre só folhas, mas frutos de honesti-
dade, de ética, de solidariedade e de verdade.
"(...) eu vos escolhi a vós outros, e vos
designei para que vades e deis frutos, e o vosso
fruto permeneça".
(João 15:16b)
43
Ao que o administrador falou:
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Cada um dá o fruto que pode e para o qual
foi criado; cada um tem sua missão; cada um tem
seu trabalho, e sua finalidade no Reino de Deus.
Em I Conintios 12: 28, Paulo nos fala acerca
dessa diversidade:
45
pulmão, um é cabelo, outro é figado, porém todos
fazendo parte de um mesmo Corpo:
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A interpretação humana sobre a relevância
que temos no mundo é, na maioria da vezes, total-
mente diferente da divina.
Há uma história de um missionário que foi
para determinada região da Índia, a fim de evange-
lizar. Ele se preparou nos melhores seminários,
estudou, construiu um templo muito aconchegante
e atrativo, e nada. Ficou um ano fazendo visitas,
boas obras, pregando, e nada. No segundo ano,
intensificou o trabalho, trouxe pessoas de fora para
fazerem palestras, e nada. No terceiro ano, estando
deprimido, foi quando um servente do local se
aproximou, começou a fazer algumas perguntas
sobre Deus e ele despretensiosamente foi respon-
dendo. Depois de um mês, o varredor se aproximou
dele e disse:
O pastor se desesperou:
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me ouvir antes, agora é que não vão querer mesmo. Não
diga a ninguém que você se converteu e nem pense em pedir
para eu batiO-lo."
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Não menospreze a ação de Deus na sua vida.
Às vezes, parece que você faz pouco, mas não é
verdade. Uma alma vale mais do que o mundo
inteiro:
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sua existência tem uma finalidade; agora que você
já olhou para dentro de si mesmo a fim de descobrir
sua natureza, seu potencial, e que a melhor coisa
que você pode fazer da sua vida é ser você mesmo;
agora que você já sabe todas estas coisas, quebre
toda a maldição em nome de Jesus, e vá dar frutos,
vivendo com prazer, alegria, reali-zação e paz para
a glória de Deus.
Amém.
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A ÁRVORE DAS MALDIÇÕES
HEREDITÁRIAS
Superando lembranças e modificando
comportamentos adoecidos
"Livro da genealogia de Jesus Cristo,
filho de Davi; filho de Abraão. Abraão gerou
a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus
irmãos; Judá gerou a Esrom; Esrom, a Arão;
Anão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a
Naassom; Naassom, a Salmom; Salmom
gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute gerou a
Obede; e Obede, a Jessé; Jessé gerou ao rei
Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora
mulher de Unias; Salomão gerou a Roboão;
Roboão, a Abias; Abias, a Asa; Asa gerou a
Josafá; Josafá, a Jorão; Jorão, a Uzias; Uzias
gerou aJotão,lotão, a Acaz; Acaz, a Ezequias;
Ezequias gerou a Manassés; Manassés, a
Amom; Amom, a Josias; Josias gerou a
Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio
em Babilônia. Depois do exílio em Babilônia,
Jeconias gerou a Salatiel; e Saladel, a
Zorobabel; Zorobabel gerou a Abiade; Abiúde,
a Eliaquim; Eliaquim, a Azor; Azor gerou a
Sadoque; Sadoque, a Aquim; Aquim, a Eliúde;
Elitide gerou a Eleázar; Eleázar, a Matk Moa,
a Jacó. E Jacó gerou a José, marido de Maria,
da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo.
De sorte que todas as gerações desde Abrão
até Davi, são catorze; desde Davi até ao
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desterro para a Babilônia, catorze; e desde o
desterro de Babilônia até Cristo, catorze."
(Mateus 1:1-17)
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Foi por isso que, neste século, três teorias
foram desenvolvidas, na tentativa de explicar o
comportamento humano.
A primeira teoria foi a geneticista, surgida
no horizonte acadêmico há mais ou menos 30 anos.
Seu ponto de partida foram as pesquisas já desen-
volvidas por Pavlov, na área do comportamento,
mostrando que os seres são condicionáveis. A partir
daí, a teoria geneticista procurou provar que o
comportamento humano é algo que tem raízes
biológicas, crendo que os comportamentos vão
passando de geração para geração. Segundo essa
teoria, as pessoas já nascem, irremediavelmente,
com propensões para algum tipo de comporta-
mento, porque isso está no sangue, é hereditário.
Muitas pessoas acreditam na teoria gene-
ticista que explica o comportamento humano. Algu-
mas delas entram em crise, quando, por exemplo,
deparam-se com a triste realidade de que seus pais
são alcoólatras. Isto porque acreditam que, a qual-
quer momento, possa sobrevir-lhes a inclinação,
compulsiva e irremediável, para a bebida. Outros,
ao olharem para os seus progenitores, percebem
neles alguns desvios mentais, algumas esquizo-
frenias, e ficam com medo de que, assim como o
avô ou o pai foi um louco, de um momento para o
outro, possam também enlouquecer.
55
A segunda teoria que busca explicar o com-
portamento humano é a psicológica, a qual teve
Freud como um dos seus principais expoentes, o
qual tentou entender o comportamento humano à
luz das influências que o ambiente imediato — o
ambiente familiar —, e suas relações parentais
podiam trazer para dentro de uma pessoa.
A grande questão, por exemplo, nesta teoria
é a seguinte: numa relação na qual uma mãe forte,
do tipo dominadora, ditadora e tirana é casada com
um homem subserviente, introvertido, fracassado
profissionalmente, sem auto-estima e que tem medo
da própria mulher, segundo essa teoria psicológica,
tal relação pode gerar filhos doentes. É possível
que a filha desse casal tenha tendências ao lesbia-
nismo, em razão de ter construído na mente uma
figura totalmente distorcida do que venha a ser a
feminilidade, do que vem a ser ser mulher, porque a
figura de mulher que ela conhece é a da mãe —
uma "mulher-macho" — que nunca lhe inspirou femi-
nilidade, para que fosse uma mulher atraente, deli-
cada e sensível. De outro lado, é possível também
que o menino que esse casal venha a ter tenha ten-
dências à pederastia, uma vez que nunca aprendeu
a ter posturas de força, de masculinidade, sendo
fraco em tudo o que faz. Isto porque o seu pai é,
para esse garoto, uma figura deformada.
56
Freud trouxe à lume os exemplos mais vari-
ados para mostrar que as relações domésticas entre
marido e mulher, pais e filhos são absolutamente
importantes, essenciais, tendo, ainda, uma força
enorme na configuração da personalidade, do
comportamento e do desenvolvimento de cada
indivíduo.
A terceira teoria que busca compreender o
comportamento humano é a sociológica, que foi
desenvolvida por Karl Marx que, olhando para a
sociedade, concebeu que a grande tendência
humana é orientar-se em função das relações de
trabalho. Cria ele ainda que a grande força da socie-
dade é o dinheiro, é o capital, é a produção.
E por ser o homem um ser social, e, "ipsu
factu", viver em sociedade, conseqüentemente o seu
comportamento vai ser influenciado pelas relações
inter-humanas que se travam dentro dela. Marx
desenvolveu uma teoria — chamada pelos seus
seguidores de Marxismo — a qual tenta explicar
tais relações.
Nesta teoria, por exemplo, a grande questão
é a seguinte: se um indivíduo nasceu numa favela,
onde não havia saneamento básico, mas vivia
cercado de valas negras e de outras condições
precárias de vida; se um indivíduo viveu numa
comunidade na qual as pessoas se xingavam cons-
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tantemente e cujas brigas eram um espetáculo cor-
riqueiro; enfim, se um indivíduo nasceu e viveu
num grupo social em que as desgraças e as mazelas
humanas se inseriam no cotidiano de cada um, de
forma quase que natural; para a teoria sociológica,
tal indivíduo vai tornar-se um sujeito revoltado,
violento e amargurado.
Para Marx, o que salvaria o homem da revol-
ta, da violência e da amargura geradas pelas precá-
rias condições de vida a que aquele indivíduo foi
exposto é a educação, a escola, a comida, habita-
ção digna e condições favoráveis de sobrevivência.
Todas essas três teorias que buscam compre-
ender e explicar o comportamento humano têm
suas verdades.
Todos sabemos que uma pessoa viciada em
drogas, ou dependente de bebidas alcoólicas, tem
uma tendência enorme a passar para os seus filhos
— geneticamente falando — tal propensão.
Todos sabemos que crescer num lar onde as
relações psicológicas estão fragmentadas, indefi-
nidas e enfermas pode trazer um impacto pro-
fundo à mente e ao comportamento dos filhos.
Todos sabemos que crescer num ambiente
em que se tem água limpa, rede de esgoto, escola,
educação, favorece muito mais ao desenvolvimento
de um indivíduo do que crescer num lugar que se
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assemelha a uma pocilga, onde a dignidade humana
é aviltada diariamente.
Todavia, as três teorias que tentam compre-
ender e explicar o comportamento humano estão
longe de poder entender o que ocorre no coração
humano. Por quê? Porque é possível ver pessoas
que tiveram pais doentes nascerem saudáveis, sem
marca negativa alguma dos seus progenitores.
Vêem-se, freqüentemente, pessoas quebrarem
o padrão comportamental dos pais em suas vidas.
Pessoas que nasceram em lares enfermos, mas que
se transformaram em pessoas sensíveis e felizes.
Do mesmo modo, vêem-se pessoas proce-
derem de lares cujas relações eram aparentemente
saudáveis tornarem-se indivíduos absolutamente
diferentes do ambiente em que foram criados
psicologicamente.
Vêem-se, também, pessoas morando em
casas e apartamentos os mais luxuosos, nas áreas
mais nobres das grandes metrópolis, traficando
entorpecentes e tornando-se os indivíduos mais
perversos da cidade. É impressionante vermos
rapazes e moças que, humanamente falando, têm
tudo para serem pessoas sadias e equilibradas,
instruídas, bem educadas, cultas, bem vestidas tor-
narem-se verdadeiros monstros, egoístas, insen-
síveis.
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Em contrapartida, vêem-se pessoas oriundas
das comunidades mais violentas, tornarem-se,
porém, os indivíduos mais bondosos da cidade,
com uma humanidade incomparável.
Qual a importância do texto que descreve
toda a genealogia de Jesus? E por que, até o
momento, três teorias do comportamento humano
foram abordadas, ainda que superficialmente? Res-
posta: poucas pessoas tiveram uma família tão
problemática quanto Jesus. Poucas pessoas tiveram
ancestrais tão adoecidos moral, social, mental e
espiritualmente quanto Jesus.
Ao olharmos para a genealogia de Jesus,
pensamos que nela só vamos encontrar gente santa.
Mas isso não é verdade. Se as três teorias acerca
do comportamento humano determinassem o
comportamento de Jesus, Ele nunca seria o que
foi: Santo, Santo e Santo.
Se Jesus fosse influenciado pelos seus ances-
trais, Ele não teria sido o Salvador do mundo.
A começar com Abraão, que, apesar de ter
sido escolhido por Deus para ser a raiz do povo
do Senhor, era chegado à mentira. Mentiu a Faraó
quanto a Sara ser sua esposa, com medo de que o
matassem, por ser ela uma mulher, ainda que
adiantada em idade, muito bonita:
60
"Quando se aproximava do Egito, quase
ao entrar, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem
sei que és mulher de formosa aparência; os
egípcios, quando te virem, vão dizer: É a
mulher dele, e me matarão, deixando-te com
vida. Dize, pois, que és minha irmã, para que
me considerem por amor de ti e, por tua causa,
me conservem a vida."
(Gênesis 12:11-13)
61
"Isaque pois ficou em Gerar. Pergun-
tando-lhe os homens daquele lugar a respeito
de sua mulher, disse: É minha irmã,. pois temia
dizer: É minha mulher; para que, dizia ele
consigo, os homens do lugar não me matem
por amor de Rebeca, porque era formosa de
aparência. Ora, tendo Isaque permanecido ali
por muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus,
olhando da janela, viu que Isaque acariciava
a Rebeca, sua mulher. Então Abimeleque
chamou a Isaque e lhe disse: É evidente que
ela é tua esposa; como, pois, disseste: É minha
irmã? Respondeu-lhe Isaque: Porque eu dizia:
Para que eu não morra por causa dela."
(Gênesis 26:6-9)
62
pois, assenta-te, e come da minha caça, para
que me abençoes. Disse Isaque a seu filho:
Como é isso que a pudeste achar tão depressa,
meu filho? Ele respondeu: Porque o Senhor,
teu Deus, a mandou ao meu encon-tro."
(Gênesis 27:18-20)
63
É bom lembrar que Abraão, Isaque e Jacó
foram ancestrais da família de Jesus.
Depois, em Mateus 1:3a:
64
(..) Porém a cidade será condenada, ela e tudo
quanto nela houver; somente viverá Raabe, a
prostituta, e todos os que estiverem com ela
em casa, porquanto escondeu os mensageiros
que enviamos."
(Josué 2:1; 6:17)
65
coração, para seguirdes os seus deuses. A estas
se apegou Salomão pelo amor. Tinha setecen-
tas mulheres, princesas, e trezentas concubi-
nas; e suas mulheres lhe perverteram o cora-
ção. Sendo já velho, suas mulheres lhe perver-
teram o coração para seguir outros deuses; e o
seu coração não era de todo fiel para com o
Senhor seu Deus, como fora o de Davi, seu
pai. Salomão seguiu a Astarote, deusa dos
sidônios, e a Milcom, abominação dos amo-
fitas. "
(I Reis 11:1-5)
66
Conquanto muitos outros tenham andado
em caminhos maus, fazendo o que era abominação
contra Deus, certamente Manassés, referido em
Mateus 1:10, foi o mais abominável, o qual prati-
cou magia negra, tornando-se um bruxo e ofere-
cendo seus filhos num altar a espíritos malignos,
matando-os:
67
"Pelo que o Senhor trouxe sobre eles os
príncipes do exército do rei da Assíria, os quais
prenderam a Manassés com ganchos, amar-
raram-no com cadeias, e o levaram a Babi-
lônia."
(II Crônicas 33:11)
68
Entretanto, não vemos Maria fazer isso. Maria
ama *sus, e a esperança de salvação que procede
dEle, desejando ser um instrumento de Deus. O
coração de Maria é limpo, é puro. Um dia, ela
recebe uma visita angelical. Gabriel se apresenta a
ela, dizendo-lhe:
69
são de natureza divina; Ele vai ser gerado em ti, por
intermédio do Espírito Santo, e manterá também relações
com a Eternidade e com a História, porque você fazparte
da História, pois é descendente de Davi."
70
" — Como é que a senhora, tendo tão pouco, ainda
pegou mais 4 crianças para criar?" — perguntei lhe.
71
quem for, ter como ascendente quem quer que
seja, mas se você, hoje, disser:
72
O que importa é que há poder no sangue do
Senhor Jesus, para lavá-lo de todos os traumas
comportamentais que lhe foram legados pelos seus
antepassados.
O apóstolo Pedro, olhando para pessoas que
tinham famílias problemáticas (como eu e você),
cujos ascendentes tiveram um comportamento
discutível e questionável (como eu e você), lem-
brou-lhes o seguinte:
73
"(...) se alguém está em Cristo, é nova
criatura: as coisas antigas já passaram; eis que
se fizeram novas."
(II Coríntios 5:17)
74
complicadas, posso suscitar pessoas que vão adquirir a
Minha mente, sendo transformadas pela atuação do
Espírito Santo em suas vidas."
"— Eis aqui o teu servo, eis aqui a tua serva. Faça-
se em mim, conforme a Tua vontade. Enche-me da Tua
Palavra, e modifica a minha mente, Senhor!"
75
Depois disso, não importa quem tenham sido
os seus antepassados, porque o seu Pai que está
nos céus é Sadio e é Santo, cuja mente agora será
sua também, podendo crescer como Seu filho.
Que Deus o abençoe,
Amém.
76
RQUE POR DENTRO
O QUE É A VINDE
MINISTÉRIOS DA VINDE
• Caio Fábio
• 70 Esboços de A a Z
• A crise de ser e de ter
• A cura das feridas interiores
• Alcançando a Vitória
• A mulher no projeto do reino de Deus
• A segunda unção
• Amor: o melhor caminho
• As quatro maldições
• Avivamento total
• Batalha espiritual
• Cama Curta
• Como ser usado por Deus
• Cristo: opção pela esperança
• Entre um homem e uma mulher
• Eu Quero Ser Feliz
• Família: idéia de Deus
• Família - Sombras e Luzes
• Igreja: crescimento integral
• Jonas: o sucesso do fracasso
• Mais que um sonho
• Mensagem ao homem do séc. XX
• No divã de Deus
• No divã de Deus - vol. 2
• Novos líderes para uma nova realidade
• O que Deus uniu
• O sopro do Espírito
• Oração para viver e morrer
• Os espinhos da vida
• Perdão encarnação da graça
• Resposta à calamidade
• Sal Fora do Saleiro
• Sarando a terra ferida
• Seguir Jesus: o mais fascinante projeto de vida
• Tá doendo!
• Um cântico na agonia
• Uma graça que poucos desejam
• Um projeto de espiritualidade integral
• Você tem valor
- John Stott
• Grandes questões sobre sexo
• Mentalidade cristã
- Rubem Olinto
• Luto, uma dor perdida no tempo
- Leighton Ford
• Jesus, o maior revolucionário
- Vilma Laudelino
• Escalando o abismo
- Fábio Damasceno
• Oficina de Cura Interior
• INFANTIL:
- Silvana Pinheiro
• O Jogo dos Sete Tempos
C1C/CPF: 1 1 1 1 1 1 1 1 1
1- 1 I 1 ENDEREÇO: 1 I I I I I I
e
m
=I
0L6-LOLVZ
O•
REFLEXÕES BÍBLICAS (R$ 16,00)
Reflexões Bíblicas são uma série de
mensagens, cuja finalidade principal é o
conhecimento do amor de Jesus Cristo e a
edificação do povo de Deus, por meio de uma
palavra de graça, ungida e inspirada pelo
Espírito Santo. Morte na Panela é uma men-
sagem do Rev. Caio Fábio.
NOME: I 1 1 1 1 1 1 1 I 1 1 1 1 1 1 I 1 1 1 1 1 11
1
ENDEREÇO: I 1 I I 1 1 1 1 1 1 1 I 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
,BAIRRO:1 1 I 1 1 1 I 1 1 1 I 1 1 I I 1 1 1 1 1 1 1 1 1
CIDADE: 1 I 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 I I I 11 11 ESTADOI_I_I
CEP: 1 1 1 1 1 1- 1 I I DDD: 1_1_1_1 TEL11 1 11 111
PROFISSÀO: 1 1 1 1 1 1 1 1 1 I 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 I 1
IGREJA: 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 I I I 1 I 1 1 1 1 I
CARGONA IGREJA: 1 1 1 1 1 I 1 I 1 1 1 1 1 I 1 1 1 1 1 1 1 1