Semana: 29/10 a 04/11

JOÃO 15
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo
ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo
que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda

JOÃO 15:1-2

INTRODUÇÃO
O texto de João 15 é muito poderoso. Jesus
revela evidentemente quem Ele é, quem é
o Pai e quem somos nós, através de uma
comparação com uma videira. “Eu sou a vi-
deira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
Todo ramo que, estando em mim, não dá
fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda,
para que dê mais fruto ainda” (João 15:1-2).
Como cristãos, temos o objetivo de fruti -
car e ser como os ramos conectados a Je-
sus. Este texto nos ajuda a entender se so-
mos discípulos ou não. Nada é mais impor-
tante do que isso. Naquela época, muitos
judeus acreditavam que estavam salvos,
mas não reconheciam a videira verdadeira,
por isso, pereciam. Isso ainda acontece nos
dias de hoje. Precisamos saber se somos,
de fato, discípulos de Jesus.
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O que quali ca alguém como discípulo
não é, por exemplo, a presença nas células
ou a habilidade de orar. Tampouco é a pre-
sença nos cultos da igreja ou o hábito de
doar dízimos e ofertas. Estas atitudes são
importantes, mas não no que diz respeito
à salvação individual. Jesus foi muito claro
ao ensinar o que evidencia quem verda-
deiramente é discípulo: “Meu Pai é glori -
cado pelo fato de vocês darem muito fruto; e
assim serão meus discípulos” (João 15:8). Os
frutos são as testemunhas de uma vida
que permanece na videira. Devemos anali-
sar quais são os frutos que estamos produ-
zindo. Eles nos ajudam a esclarecer que
tipo de cristão nós somos. “Vocês não me
escolheram, mas eu os escolhi para irem e
darem fruto, fruto que permaneça, a m de
que o Pai lhes conceda o que pedirem em
meu nome” (João 15:16).
 1. A VIDEIRA Cristo. A religião judaica, portanto, não
VERDADEIRA salvava, e Israel se tornou uma vinha in-
frutífera: “Pois bem, a vinha do Senhor dos
As palavras escolhidas por Jesus acolhem Exércitos é a nação de Israel, e os homens de
uma grande revelação. “Eu sou a videira Judá são a plantação que ele amava. Ele es-
verdadeira, e meu Pai é o agricultor” (João perava justiça, mas houve derramamento de
15:1). O Senhor se apresentou como a ver- sangue; esperava retidão, mas ouviu gritos
dadeira videira, nos dando a entender que de a ição” (Isaías 5:7).
há videiras defeituosas. Muitos hebreus
Jesus é o único caminho para salvação. Ele
estavam se apegando ao judaísmo como
é a única videira que o agricultor – Deus
caminho para a salvação, mas não era isso
Pai – cuida e rega. Não é uma religião que
que estava no coração do Pai. Eles pensa-
importa, e sim o relacionamento com Cris-
vam “sou descendente de Abraão, sou ju-
to. O mundo entende que um “cristão” é
deu de sangue, logo, estou conectado com
aquele que segue uma prática de costu-
Deus”. Acontece que qualquer religião que
mes, doutrinas e princípios, mas é mais do
estimarmos como caminho para sermos
que isso. Ser cristão é ter intimidade com
salvos nos decepcionará. A esperança não
Cristo. A pessoa de Jesus é quem nos salva,
se encontra em um conjunto de regras e
e não o costume de realizar certos hábitos.
costumes, e sim em uma pessoa: Jesus.
Devemos estar apegados a esta videira, a
Devemos ter o cuidado de não se unir às
única verdadeira para dar a vida eterna.
videiras das tradições e sim à videira de
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2. OS DOIS TIPOS
DE RAMOS
A Palavra nos ensina acerca de dois tipos
de ramos: um frutífero e um não frutífero
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
agricultor. Todo ramo que, estando em mim,
não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto
ele poda, para que dê mais fruto ainda” (João
15:1-2). Devemos garantir que fazemos
parte do grupo que é frutífero, pois muitos
estão participando de eventos da igreja
mas não possuem uma vida de evidência
da salvação. Alguns se apegam a Deus mas
são infrutíferos, como aconteceu com os
religiosos na época de Jesus. A Palavra diz
que os judeus foram cortados da videira
temporariamente por causa da sua falta
de fruto (Romanos 11:19-20). Se o povo
que foi escolhido por Deus não foi poupa-
do, quanto mais nós devemos trabalhar
para produzir o fruto que o Senhor busca
(Romanos 11:21). “Toda árvore que não
produz bons frutos é cortada e lançada ao
fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reco-
nhecerão! Nem todo aquele que me diz: ‘Se-
nhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas
apenas aquele que faz a vontade de meu Pai
que está nos céus” (Mateus 7:19-21).
As pessoas que estão verdadeiramente co-
nectadas com Cristo são como os ramos
que são frutíferos. Estes serão podados e
preparados para que possam dar mais
fruto ainda. O livro de Tiago diz que a fé
sem obras é morta (Tiago 2:17). O fruto é a
consequência natural de alguém que tem
fé, isto é, está conectado na videira verda-
deira.
Todo este trabalho é feito pelo agricultor,
o Pai, que age para que possamos se de-
senvolver até nos tornarmos como Jesus.
3. O QUE É O
FRUTO?
É importante entender que todos aqueles
que são, de fato, lhos de Deus darão fru-
to. A fruti cação é a forma que evidencia-
mos um cristão. Talvez você esteja se per-
guntando quais frutos são esses. Eles po-
dem ser atitudes íntegras, anseios e dese-
jos justos, transformação interior e, um dos
mais necessários, arrependimento genuí-
no. O profeta João Batista falou sobre isso:
“Dêem fruto que mostre o arrependimento!”
(Mateus 3:8) e “O machado já está posto à
raiz das árvores, e toda árvore que não der
bom fruto será cortada e lançada ao fogo”
(Mateus 3:10). Quando nascemos de novo,
passamos a produzir estas características
em nós. É algo natural, não forçado. Porém,
devemos buscar uma conexão mais pro-
funda com Cristo todos os dias.
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O fruto que produzimos também pode ser
o fruto do Espírito, conforme está escrito
no livro de Gálatas: “Mas o fruto do Espírito
é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade,
bondade, delidade, mansidão e domínio
próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gá-
latas 5: 22-23). Ser frutífero diz respeito a
mudanças em nosso caráter e em nossa
maneira de pensar e agir. É impossível ter
uma experiência genuína com Jesus e não
alterar a forma em que vivemos. Nosso
comportamento demonstra a fé que
possuímos.
É importante lembrar mais uma vez que o
fruto é a consequência da salvação, e não
a causa. Apesar da fé estar morta sem
obras, o fruto só traz a evidência de al-
guém que já está salvo. Sem qualquer tipo
de fruto, torna-se claro que não há fé, logo,
não há salvação.
 4. CONECTADOS
COM JESUS
No capítulo 15 do livro de João, Jesus re-
pete a palavra “permanecer” doze vezes.
Ele enfatiza a necessidade de nos manter-
mos unidos a Ele. Ninguém pode ser um
discípulo se não está alicerçado em Cristo.
É interessante notar que, no momento
deste texto, Judas já havia deixado o grupo
a m de trair Jesus. O Senhor fala sobre
permanecer na videira a onze discípulos,
aqueles em que sabia que, de fato, esta-
riam com ele.
Sabemos através das atitudes de Judas
que ele não se tornou um ramo frutífero.
Não havia, porém, nenhum indício visível
que denunciava que ele não estava ligado
à videira. Aparentemente, por andar lado a
lado com Jesus, todos acreditavam que ele
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era um verdadeiro discípulo. Este relacio-
namento entre os dois nada mais era que
uma conexão super cial, sem verdadeiros
frutos de arrependimento e transformação.
O resultado foi trágico: Judas perdeu a
oportunidade de salvação e vida eterna.
Este caso se repete até os dias de hoje.
Devemos ter cuidado para não cair na su-
per cialidade. Precisamos permanecer em
Jesus, Ele é o único que nos faz fruti car:
“Permaneçam em mim, e eu permanecerei
em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por
si mesmo, se não permanecer na videira. Vo-
cês também não podem dar fruto, se não
permanecerem em mim” (João 15:4). Deve-
mos buscar uma conexão mais profunda
com Cristo todos os dias se quisermos
produzir fruto abundante. Não se engane!
A aparência não é o que importa, e sim o
fruto do arrependimento de uma vida de fé.
 CONCLUSÃO APLICAÇÃO
Jesus não compartilhou este entendimen- 1. Separe um momento para fazer uma
to para gerar dúvida em nós. Não há ne- oração entregando sua vida a Jesus.
cessidade de sentir temor acerca da salva-
2. Analise se você tem vivido uma vida
ção uma vez que tomamos a decisão ge-
que produz o fruto que glori ca o Pai.
nuína de crer no Senhor e aceitá-lo em
nosso coração. Devemos, contudo, car 3. Pense em maneiras práticas para forta-
atentos aos frutos que estamos produzin- lecer seu relacionamento com Jesus. Lem-
do. Eles devem aparecer de maneira na- bre-se: Ele é a videira que faz os ramos
tural através da intimidade com Cristo. orescerem.
Vamos buscar um relacionamento íntimo
4. Busque o fruto do arrependimento ge-
com Jesus a m de produzir muito fruto
nuíno em sua vida.
que glori ca o Pai. Uma vida transformada
é a melhor maneira de testemunhar os
frutos da salvação. Se você ainda não teve
um momento o cial em que recebeu Jesus
em sua vida, hoje é uma oportunidade de
fazê-lo! “Se alguém confessa publicamente DECLARE
que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece Eu sou um ramo frutífero que vive segundo
nele, e ele em Deus” (1 João 4:15). os caminhos do Senhor!
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