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PODCAST

Interlocutor: Boa tarde, estamos hoje aqui no primeiro episódio do nosso podcast Café&Tur,
me chamo Marcileny Rezende, e estou muito feliz em estar com você aqui. Antes de iniciarmos
nosso assunto de hoje, que logo será revelado eu gostaria de apresentar nossos convidados de
hoje: Laura Elisa, Allana Lacerda, Pedro de Carvalho. (todo mundo fala boa tarde e agradece).
Além disso, gostaria de agradecer aos patrocinadores desse podcast: a Universidade Federal de
Minas Gerais, a Professora da matéria de introdução ao estudo do turismo Ana Paula
Guimarães e a Naiara Ramalho, monitora da turma. Uma salva de palmas!!!!

Bem, como vocês já devem ter recebido um spoiler pelo título, hoje iremos falar sobre turismo
étnico ou Etnoturismo, mais especificamente sobre a parte teórica desse tipo de turismo. Sem
mais delongas eu gostaria de iniciar nossa fala contextualizando turismo e etnicidade....
(resume bem resumido as duas primeiras questões)

{Ler comentários}

Com isso, eu gostaria de levantar a questão para algum dos nossos convidados a respeito de
como a etnicidade e o turismo se relacionam.

Allana: Falando sobre isso, é interessante ver que o turismo é um fenômeno muito flexível.
Dentro dele as pessoas podem optar por não ter uma preocupação com os aspectos locais
como cultura, origem, história… Mas mesmo assim, de acordo com Van Den Berghe, o turismo
é sempre uma forma de relações étnicas.

Interlocutor: Muito interessante essa sua abordagem (fala mais coisa sobre). Puxando um
gancho na questão que você falou sobre a busca por outras culturas eu tenho uma pergunta
para ser discutida aqui entre nós: o turismo étnico, então, é a mesma coisa que o turismo
cultural?

Allana: pois é, essa é uma questão interessantíssima, a gente acaba vendo que ambos são
distintos numa fala de Wood, ele diz que “em termos de situações onde o papel da cultura é
contextual, onde seu papel está para moldar a experiência do turista de uma situação em geral,
sem um foco particular sobre a singularidade de uma identidade cultural específica” (Wood,
1984, p. 361, tradução minha), ou seja, sem o engajamento de grupos étnicos que buscam
produzir uma identidade a ser comprada pelos turistas

Laura Elisa: Complementando o que a Allana falou, o turismo étnico é parte do turismo
cultural. Vamos primeiro conceituar ele, o turismo etnico consiste em visitar grupos étnicos
variados em seu habitat, e o objetivo disso é conhecer mesmo a vida dessas pessoas que têm
costumes diferentes do padrão do turista ocidental. Para você ver, tribos da Papua Guiné, os
aborígenes australianos são frequentemente visitados por esse tipo de turista.

Interlocutor: (comenta as falas) então, como nós sabemos, todo tipo de turismo gera algum
tipo de impacto no meio ambiente e na comunidade local, eu queria perguntar pra vocês como
esse turismo impacta na comunidade que é visitada e como ele pode ser controlado, para
manter o bem estar da população local e do meio ambiente?

Pedro: então, primeiro para entender o impacto, a gente tem que entender o que esse turista
busca, que no caso, como a laura disse, é essa experiência autêntica baseada em uma nova
cultura e costumes diferenciados, mas o que acontece é que esse tipo de turismo acaba sendo
seu próprio nemesis, porque com essa ideia de agradar o turista e a sede desse fluxo, cada vez
mais a experiência se padroniza, e acabam se formando o que chamamos na academia de
tourees, que é esse nativo se adaptando a uma cultura estrangeira e diluindo seus próprios
costumes. Agora falando do controle desse turista dentro da tribo, ele normalmente é feito
pelos locais.

Interlocutor: Muitíssimo obrigado pela sua contribuição Pedro, realmente (comenta sobre).
Infelizmente estamos quase estourando o nosso limite de tempo, por isso eu gostaria apenas
de concluir comentando que o turismo étnico causa sim diversos danos, mas também
apresenta vantagens .

O turismo étnico é uma forma de turismo sustentável, pois o turista se integra com a etnia que
visita, se adapta à falta de luxos e fartura de jantares, e compreende a importância de cuidar
do ambiente natural, que é a morada permanente desses grupos.

E então, depois dessa conversa esclarecedora sobre as teorias do turismo étnico, eu agradeço
muito a todos os convidados (os convidados agradecem) e a todos que estão nos ouvindo e
esse foi o Café&Tur Podcast. Seja membro pra não perder nenhum episódio e fiquem com
Deus, eu vejo vocês numa próxima!

Referências:

~ Poliana Fabíula Cardozo - “Considerações Preliminares sobre Produto Turístico Étnico”


(2006)

~ Rodrigo de Azeredo Grünewald - “Turismo e Etnicidade” (29/07/2003)

~ Rodrigo de Azeredo Grünewald - Entrevista “O Potencial do turismo étnico para o


desenvolvimento de comunidades” (13/10/2010)

~ Nadson Nei da Silva de Souza, Thais Rosa Pinheiro - “Turismo Étnico. Volume Único”
(28/01/2019)

~ Luisa Ferreira - “Turismo Étnico: uma imersão no patrimônio cultural de um povo”


(30/06/2020)

Souza, Nadson Nei da Silva de.

Turismo Étnico. Volume Único / Nadson Nei da Silva de Souza, Thaís Rosa Pinheiro. – Rio de
Janeiro : Fundação Cecierj, 2018.

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