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2023
Belém
SANTOS, Corcino Medeiros dos. O lugar dos povos indígenas no estado nacional americano.
In: Amado Luiz Cervo & Wolfgang Döpcke (orgs.), Relações Internacionais dos Países
Americanos. Brasília: Linha Gráfica Editora, 1994, pp. 53-64.
O texto “O lugar dos povos indígenas no estado nacional”, do doutor Corcino
Medeiros dos Santos em História Marília pela Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho(1973)1, situado no livro “Relações Internacionais dos Países Americanos”
organizado por Amado Luiz Cervo e Wolfgang Döpcke tem como objetivo apresentar ao
leitor a maneira como os povos indígenas eram, e ainda são, lidos pela sociedade em que
estão inseridos, abordando sobre o preconceito e o silenciamento destes na historiografia
universal. Com isso, para melhor desenvolver seu argumento, o autor utiliza alguns conceitos
como etno-história; desprezo pelo índio; processo aculturativo, entre outros. Além disso, o
texto é dividido em subtópicos para melhor discorrer sobre a participação do indígena no
processo da Formação do Estado Nacional, pontuando como as elites liberais liam esses
sujeitos, sinalizando a formas desejadas por este grupo dominantes de como os indígenas
deveriam agir no projeto que tinha a função de engendrar a formação do Estado Nacional
(SANTOS, 1994, p. 57).
Santos ressalta em seu texto sobre a mobilidade das sociedades indígenas, não sendo
povos sedentários, mas que transitam pelo território ao qual pertenciam, sendo assim,
produzindo culturas durante todo movimento de locomoção. Contudo, o autor introduz que a
historiografia ocidental clássica entendia a existência de história a partir da produção escrita,
então toda a produção cultural dos ameríndios não eram consideradas parte da história
(SANTOS, 1994, p. 53). No entanto, fala sobre as temáticas que repensam as narrativas
indígenas na história. Algo muito interessante no texto é a produção histórica, esta que não
possui uma fórmula pronta, uma única estrutura, mas é gerada a partir da cultura de
determinada sociedades. Culturas diferentes possuem produções históricas próprias
(SANTOS, 1994, p. 54).