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REDEFININDO

O MINISTÉRIO INFANTIL
NO SÉCULO 21

BECKY FISCHER

P.O. Box 549


Mandan, ND 58554
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21
Copyright © 2005, © 2006, © 2007, © 2008 por Becky Fischer
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P.O. Box 549, Mandan, ND 58554
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Todos os direitos reservados.
Publicado nos Estados Unidos da América.
DEDICAÇÃO

Este livro é carinhosamente dedicado à Irmã Violet Nichols

Irmã Vi, como a chamávamos, era a superintendente da Escola Dominical


da igreja do meu pai enquanto eu crescia e minha professora da idade de cinco a
catorze anos. Ela decidiu, porque eu era a filha do pastor, que era minha
obrigação orar com todas as crianças recém chegadas na igreja que eram trazidas
por ela para serem salvas e batizadas no Espírito Santo, fazendo de mim a
primeira “criança em ministério” que eu já conheci.
Eu não tinha idéia de com quantos meninos e meninas eu orei durante
aqueles anos sob sua liderança, e nenhuma de nós tinha qualquer suspeita da base
que ela estava formando em mim para o que eu faço hoje no ministério de
crianças. Quando eu tinha catorze anos ela partiu para estar com o Senhor
enquanto estava ajoelhada no altar de uma Escola Bíblica de Férias anual que ela
estava dirigindo para crianças da vizinhança.
SUMÁRIO

Agradecimento.....................................................................................7

Prefácio................................................................................................9

Introdução..........................................................................................11

Parte 1 – A Necessidade

1. As Crianças Precisam Experimentar Deus....................................17

2. O Que Ensinar às Crianças e Por que – Leite ou Carne?...............31

3. Verdadeiro Discipulado & Treinamento de Crianças....................51

4. Determinando Nosso Propósito......................................................65

5. Eli! Eli! Estou te Chamando para o Ministério Infantil!...............81

6. O Papel dos Pais no Discipulado dos Filhos.................................97

7. Músicos & Ministério Infantil.....................................................107

8. É Hora de Começar……………………………………………...117

Parte 2 – O Processo

9. As Crianças e o Espírito Santo.....................................................119

10. Princípios Práticos em Conduzir Crianças ao Batismo..............135

11. As Crianças Ouvem a Voz de Deus............................................149

12. Crianças de Oração....................................................................163

13. Crianças Curam o Enfermo……………………………………179

14. Crianças como Evangelistas e Pregadores……………………..191

15. Crianças e Sinais e Maravilhas...................................................205

16. Pré-Escolares e Deus..................................................................215

17. Considerações Finais..............……………………………........231

Sobre a Autora………………………………………………......... 237


Referências Bibliográficas...............................................................239
Agradecimentos

A primeira vez que ouvi a frase, “Redefinindo o Ministério Infantil no


Século 21,” eu estava lendo um boletim informativo publicado por Lenny
LaGuardia, chefe do Centro de Preparação de Crianças (Children‟s Equipping
Center) na Casa de Oração Internacional (International House of Prayer) em
Kansas City, Missouri. Assim que eu o li pela primeira vez meu coração e
imaginação foram cativados. Desde então tenho usado esta frase, pois ela
expressa de forma completa o que eu tenho em meu coração como uma visão
para o corpo de Cristo. Lenny me falou que já vinha usando a frase por muitos
anos. Desde então, uma pequena maravilha, o fato de ele ser um dos pioneiros
nesta área de treinamento de crianças para andarem no sobrenatural. Muito
obrigada, Lenny, por me emprestá-la para este livro.

Sinceros agradecimentos a Tim Carpenter, ex-editor de projeto para a


CharismaLife Publicações, Daphne Kirk, autora de Reconectando as Gerações,
Esther Ilnisky, fundadora da Esther Network e autora de Deixe as Crianças
Orarem, e a meus pastores Alan e Carol Koch da Conferência de Lee (Lee‟s
Summit), MO por tirarem tempo de suas agendas de negócios super cheias para
ler meu manuscrito original e me darem suas opiniões, críticas construtivas e
sugestões para melhoramento. Estes amigos são ministros maravilhosos tanto
para crianças quanto para adultos, suas contribuições e perspectivas individuais
foram valiosíssimas para o trabalho final que você está segurando em suas mãos.
Prefácio

A primeira vez que Becky veio e ministrou em nossa igreja ela ensinou
nossas crianças sobre a Glória de Deus. O Espírito Santo se moveu de maneiras
incríveis sobre nossas crianças. Dentre outras coisas, houve manifestações de pó
de ouro em suas mãos. Havia algumas crianças que choravam clamando a Deus
em oração laboriosamente por mais de uma hora após os cultos. Alguns pais
tiveram que pegá-las do chão e levá-las para casa. Foi então que nós entendemos
que o que Becky estava ensinando e sua visão de conduzir crianças ao
sobrenatural de Deus era uma coisa real. Os dias do flanelógrafo como sendo o
meio de comunicação primário de ensinamento às crianças sobre as coisas de
Deus é coisa do passado e liberar as crianças no ministério é como se
estivéssemos inaugurando um dia totalmente novo!

A cada verão nós levamos nossas crianças a um dos melhores


acampamentos cristão na nação. Podia até ser comparado com uma Disneylândia
Cristã, com todas as diversões e brinquedos e emocionantes eventos que
acontecem lá. Então, um ano nós as levamos até a Dakota do Norte para um dos
acampamentos de Becky, onde o Espírito Santo moveu-se de forma profunda e
de poderosas maneiras. Nós dissemos às nossas crianças que não podíamos
continuar indo aos dois acampamentos e que elas teriam que escolher um ou
outro. Todas elas sem deixar ninguém de fora disseram, “Nós queremos voltar a
Dakota do Norte!” Elas escolheram a Presença de Deus ao invés dos brinquedos.

Nós temos tido amizade com Becky desde o verão de 2003. Foi um click
instantâneo, algo imediato de Deus. Nós sentimos o mesmo quando ela veio à
nossa igreja, embora tivéssemos treinado e ensinado nossas crianças de antemão,
ela tinha algo sobre si que ajudou nossas crianças a se lançarem a um nível mais
alto. Então, como resultado disso, nós fomos capazes de assimilar e manter isso
em nosso ministério com crianças. Temos tido todo tipo de Escola Bíblica de
Férias no decorrer dos anos, mas nós nunca tivemos nada que impactasse e
mudasse as vidas de nossos meninos e meninas mais do que este ministério, a
base do qual está levando crianças ao reino do sobrenatural. Como resultado do
impacto, nós iniciamos um grupo de oração de intercessão de crianças,
englobando jovens da idade de cinco a onze anos. Ainda se mostra fervorosa e
nós temos podido não apenas mantê-la, mas também conduzi-la a um nível
espiritual ainda mais elevado. Todas as vezes que nossas crianças entram em
contato com Becky e seu ministério singular, é como se elas tivessem um
impulso um pouco mais profundo nas coisas do Espírito.

Certa vez crianças vieram de todas as partes do país para a nossa igreja
para participarem da Escola de Cura para Crianças da Becky, ela e seu grupo
ensinaram às crianças sobre todos os aspectos de cura. Embora nossas crianças já
conhecessem bastantes coisas sobre cura, elas foram levadas espiritualmente
mais uma vez a vários níveis. Meninos e meninas começaram a ministrar na
última noite de conferência à medida que os adultos chegavam. Pessoas estavam
sendo curadas em todos os lugares. Elas estavam surpresas porque eram as
crianças que estavam dizendo palavras de sabedoria e fazendo as orações pelos
enfermos. Aquele era o objetivo. Nós queremos conduzir nossas crianças acima
da posição em que nos encontramos. O que tem sido nosso teto, nós queremos
que se torne o piso para elas.

Assim, a mensagem deste livro é um verdadeiro negócio, e, se você levá-


la ao coração, você aprenderá como comunicar e guiar a próxima geração, que é
o que nossas famílias e igrejas precisam. Nossas crianças precisam de mães e
pais espirituais os quais estimularão e erguerão a nova geração. É disso que trata
este livro. Nós usamos o material do Kids in Ministry International (Crianças em
Ministério Internacional) em nossa igreja desde o berçário e em todo o ministério
de crianças, e nós sabemos que isso funciona na primeira tentativa, por
experiência. Nós validamos o que Becky compartilha em Redefinindo o
Ministério Infantil no Século 21 porque nós sabemos que transformará suas
crianças e seu ministério Infantil.

Pastores Alan e Carol Koch


Igreja Christ Triumphant
Conferência de Lee, MO
Introdução
A premissa completa deste livro é que nós temos uma crise moderna e
pós moderna na Igreja de Jesus Cristo no que diz respeito ao ministério com
crianças. Muitos no ministério de crianças já sabiam disso. Uma vez George
Barna e O Grupo de Barna, uma firma que analisa a cultura Americana, cria
recursos e modelos vivenciados para facilitar a moral e transformação espiritual,
publicou o resultado de sua pesquisa sobre o assunto e divulgaram aos líderes
do mundo cristão, isso lançou alguma luz sobre a situação que tem despertado
um interesse novo em como nós devemos abordar o ministério aos pequenos
santos.
Barna publicou o resultado de sua pesquisa num livro intitulado
Transformando Crianças em Campeãs Espirituais. Se você ainda não o leu, eu o
recomendo que o faça e passe uma cópia para o pastor presidente. É um
verdadeiro chamado de despertamento para o corpo de Cristo no que diz respeito
às nossas crianças. Bem antes da publicação deste livro, Barna escreveu outro
livro chamado Verdadeiros Adolescentes. Este também seria muito benéfico a
você porque ele te mostra onde as crianças que nós estamos atualmente
ensinando estão indo se não houver uma virada dramática na estratégia da igreja
mundial muito em breve. Ele também nos faz ver o fruto, ou falta dele, do que
nós temos produzido nas crianças que já tenham passado pelas portas de nossos
ministérios infantis pelos últimos anos. É motivo para séria reflexão.
Tendo estado no Ministério Infantil desde 1991, eu tenho observado
tantas experiências de primeira mão daquilo que Barna compartilha
especialmente em áreas onde ele revela coisas como crianças de treze anos que
ainda não sabem o que é adoração, nunca sentiram a presença de Deus, ou para o
seu conhecimento nunca ouviram Sua voz mesmo tendo passado doze anos sob
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

nossa influência. Em outras palavras, de alguma maneira Deus nunca se fez real
para elas. Não devemos ficar surpresos por elas não quererem continuar na igreja
e religião onde não há vida ou relacionamento com o Criador delas. Crianças têm
fome pela vida sobrenatural que nós dizemos a elas que existe, mas que
raramente (se é que já aconteceu) vêem.

É desta perspectiva que este livro é trabalhado, com base em minhas


experiências pessoais e observações. As idéias que eu apresento são originais.
Sempre houve um remanescente de ministros de crianças os quais têm treinado
crianças a caminhar no poder sobrenatural de Deus. A História está cheia com
exemplos de crianças que pregaram, profetizaram, oraram, curaram o enfermo,
conduziram avivamentos, e muito mais. Nos últimos vinte e cinco aos trinta anos
particularmente, tem havido um número crescente de ministros de crianças que
não têm apenas crido e ensinado o que eu apresento aqui, mas também têm muito
mais histórias emocionantes do que eu tenho.
Tem existido excelentes ministros tais como Helen Beason, Gwen Davis,
Mark Harper, Lelonie Hibberd, Pete Hohmann, Bobby e Ginger Hussey, Esther
Ilnisky, Daphne Kirk, Lenny LaGuardia, Jane Mackie, Jeanne Medaras, John
Tasch, David Walters, e outros conhecidos e desconhecidos, numerosos demais
para mencionar, os quais mostraram o caminho. Eles fizeram um enorme
progresso em tornar a igreja mundial ciente de como Deus quer usar crianças
como seus parceiros no ministério e têm impactado as vidas de milhares de
crianças. É nos ombros destes homens e mulheres pioneiras que eu estou e tomo
o meu lugar. Muitos deles me influenciaram grandemente no que eu faço e na
mensagem que eu prego hoje.
Mas o que é incrível e também frustrante, enquanto consideramos tudo o
que eles têm feito e os anos que eles têm estado fazendo isso, é que suas
influências não têm feito nenhuma grande incursão nos típicos ministérios
infantis no corpo de Cristo pelo mundo. Elas ainda são as anomalias. É por esta
razão que eu me senti encorajada para escrever este livro. É minha paixão ver
estes princípios e conceitos se tornarem o que eu chamo de corrente principal
no ministério infantil em minha vida. Deveria ser tão comum ouvir que uma
igreja tem um grupo de oração de crianças, um grupo de evangelismo de
crianças, um grupo infantil de ministério profético, um grupo de louvor infantil,
um grupo de crianças que curam, como o é ouvir que elas têm uma Escola
Introdução

Dominical. Nossas crianças precisam ser treinadas para andar no poder do


Espírito Santo a qualquer idade. Esta é a base do cumprimento, emocionante
estilo de vida cristã.
Agravando o problema de não fazer permanente e mais amplo o impacto
no corpo de Cristo com esta mensagem, é a constante alta rotatividade dos
ministros de crianças nas igrejas locais. Quando um líder vai a uma conferência,
ouve sobre esta visão e começa a programar novas idéias, parece que eles
abandonam suas posições com as crianças e igrejas, e novos professores
assumem o lugar deles. Os recém chegados então começam do zero, raramente
sendo treinados ou orientados para preencher a posição dos líderes anteriores.
Eles podem ou não achar os mesmos livros, fitas, vídeos e conferências que o
último grupo de ministros de crianças usou. Deste modo, sem nenhuma direção,
eles somente sabem fazer com as crianças o que foi imitado antes deles em toda
sua vida, isto é, a tradicional mentalidade de Escola Dominical/ Bíblica que eles
cresceram com ela, o que nos tem levado às crises atuais. Então nós nos
encontramos numa constante porta giratória ao tentarmos tornar substancial,
mudanças permanentes no modo em que nós discipulamos espiritualmente nossas
crianças em círculos cristãos.
Por esta razão, nós precisamos fazer chegar aos ouvidos dos editores de
programas de estudo de crianças, autores de livros infantis, produtores de
materiais áudio visuais, programas de televisão, escolas Bíblicas, plantadores de
igrejas, missionários, pastores, pais, e qualquer pessoa na posição de influenciar
o corpo de Cristo. Mais do que nunca, se quisermos ganhar a batalha de
transformar nossas crianças em campeãs espirituais, nós devemos unir nossos
braços e vozes para anunciar nossa mensagem. Caso contrário, podemos
trabalhar nossa vida inteira em nossos campos individuais e ver um pouco mais
realizado do que o que nós temos nesse exato momento. Mas se trabalharmos
juntos, temos uma chance melhor de fazer nossas vozes ouvidas e causar um
impacto permanente, duradouro. Você só precisa fazer uma procura rápida na
Internet com o tema “Crianças Palestinas” para ver o quão sério nosso inimigo é
a respeito de treinar suas crianças para que as mesmas andem em sua visão. A
todo custo, nós precisamos redefinir o ministério infantil no século 21 se
queremos salvar esta próxima geração espiritualmente.

Becky Fischer
Parte Um:

A Necessidade
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Crianças estão famintas por uma igreja viva e cristianismo. Elas


REALMENTE querem sentir Sua presença. Elas
REALMENTE querem ouvir Sua voz. Elas
REALMENTE querem experimentar Seu Poder.
Capítulo 1

As Crianças Precisam

Experimentar Deus

“Eu Detesto Escola Dominical – É Muito Chato!”


Eu estava sentada silenciosamente no meu jardim da frente certa manhã
lendo um livro, quando eu ouvi um pequeno rebuliço no final do bloco. Minha
casa era a do meio das três casas em nossa rua, e olhei bem a tempo de ver uma
garota loira de mais ou menos onze anos de idade dando risadinhas, e passando
pelo gramado do vizinho e vindo na minha direção. Eu não tinha idéia de quem
ela era. Sem nenhum aviso, ela correu para trás de minha cadeira, ficou de
joelhos e agachou-se de forma que não podia ser vista. Ela continuou a rir
enquanto me falava, “Nós estamos brincando de polícia e ladrões e eu sou uma
ladra. Se meus amigos me pegarem, eles me colocarão na prisão.”

Eu brinquei alegremente com ela, agindo como se fosse a vigia enquanto


seus amigos, um a um apareceram na esquina, olhando atentamente ao redor à
procura da “ladra” deles. Eles desapareceram momentaneamente enquanto eu
dava a ela informações do que eles estavam fazendo. Ela não tinha estado ainda
três ou quatro minutos próxima a mim quando de repente, após uma breve pausa
em nossa conversa, ela deixou escapar, “Eu fui à Escola Dominical hoje, mas eu
detesto! É tão chato!”

Eu estava um pouco atordoada com essa garota completamente estranha,


pensando de onde tal comentário tinha vindo do meio de nosso jogo de polícia e
ladrões. No entanto, foi dolorosamente honesto e, obviamente, em sua mente. Eu
senti como se o Espírito Santo tivesse preparado aquele encontro, confirmando
algo em que eu tinha crido por bastante tempo. A verdade é que um número
significante de crianças se sente exatamente da mesma forma que ela a respeito
dos programas da Escola Dominical que elas freqüentam.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Cautelosamente eu a perguntei a qual igreja ela ia, e ela disse o nome de


uma grande igreja carismática em nossa cidade. Eu conhecia o lugar; contudo, eu
era apenas um pouco familiarizada com os seus programas para as crianças. Mas
a verdade era que ela podia ter citado qualquer uma das igrejas em nossa cidade,
e, com muito poucas exceções, sua declaração podia ter sido feita por qualquer
uma delas. Por quê? Porque a Escola Dominical e o ministério infantil, da forma
como são apresentados hoje, são realmente espiritualmente “chatos”, embora nós
tenhamos programas melhores, melhores currículos, melhores tecnologia,
maiores orçamentos, e são mais divertidos do que jamais foram antes no mundo
da igreja. Ainda está faltando alguma coisa.

Por que nós somos capazes de impactar significativamente


nossas próprias crianças e mantê-las como membros ativos do
corpo de Cristo após termos a oportunidade de influenciá-las
durante os seus anos mais impressionáveis? Obviamente nós não
temos “impressionado” muito.

Dia de Ênfase na Escola Dominical

Não muito tempo depois do incidente com minha jovem vizinha, eu


recebi um telefonema de uma esposa de pastor numa outra parte do estado. Ela
começou dizendo que um cavalheiro responsável pelos programas infantis de sua
igreja tinha pedido a ela para convidar-me para ser a oradora para o “Dia de
Ênfase na Escola Dominical.” Eles queriam impressionar as crianças de sua
igreja sobre o quão importante era freqüentar a Escola Dominical.

_ Não me diga, deixe-me adivinhar. - eu interrompi. _Vocês estão tendo


dificuldades em fazer com que as crianças venham para a Escola Dominical
local.

_ Certo! - Ela admitiu e me falou sobre a desmotivação de seus


professores. _ Nós esperamos que se nós tivermos um dia especial para
Crianças Precisam Experimentar Deus

deixarmos as crianças saberem o quão importante é, isso vai motivá-las a virem


mais regularmente.

_ Certamente que posso ir e ajudá-los, - eu respondi. Contudo, não tenho


certeza de que isso fará algum bem. Eu posso levar todos os meus emocionantes
sermões e objetos para as lições e nós podemos ter um grande mover de Deus.
Posso dizer a elas o quanto é importante ir à igreja. Mas o que vai acontecer
depois que eu partir? Seus professores voltarão a fazer a mesma coisa que as
crianças consideram chata.

Eu não estava tentando ser mal-educada. Isso foi simplesmente um


esforço para destacar um ponto importante. A verdade é que um grande número
de igrejas se encontra em situações similares. Por que isso é assim? Eu
verdadeiramente acredito que as igrejas estão dando o seu melhor para proverem
as crianças com o que elas acham que é a necessidade delas e o que querem de
acordo com o ministério. Muitas Escolas Bíblicas agora têm cursos a respeito de
ministério infantil e algumas até oferecem diplomas nesta área para treinar
pessoas para trabalhar com crianças. Em todo o país existe uma série de ótimas
conferências nas quais ministros de crianças podem manter-se equipados e
treinados, resultando em alguns dos mais bem qualificados ministros de crianças
que o mundo já tenha conhecido.

Em décadas passadas, com muita freqüência, produtos cristãos de todas as


espécies eram de qualidade inferior ao que o mundo produzia, mas isso tem
mudado dramaticamente. Agora nós temos algumas das mais altas qualidades de
vídeos, fitas de música, CDs, DVDs, livros, e alguns dos mais criativos
programas de estudos e atividades para Escola Bíblica de Férias que nós já
tivemos em toda a história do cristianismo. Mas não importa o quão melhor
nossos programas de estudos são em virtude de todas as nossas melhorias, a
maioria das igrejas ainda não captaram a mensagem. Não é a respeito de
construir uma “ratoeira melhor” de facilidades, programas de estudos,
equipamento, melhores professores, pagamento aos funcionários de tempo
integral, ou realizar Dias de Ênfase na Escola Dominical. Isso é maravilhoso, e
somos gratos por termos tudo isso, mas devemos procurar mais intensamente por
uma solução no sentido de reverter estes problemas.

Qual é o Verdadeiro Problema?


É incomodar bastante para entendermos que muitas crianças vêem a
Escola Dominical como chata após todo o nosso trabalho árduo. Mas a
verdadeira tragédia é o que acontece como resultado disso. Pesquisas recentes do
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

grupo Barna revelam que uma vez que as crianças atingem a idade de treze a
dezessete anos, os números das que continuam a freqüentar a igreja diminuem
drasticamente, e um número alarmantemente pequeno de jovens “levam Jesus
consigo” após o ensino médio. Uma pesquisa estima que menos de um dentre
três adolescentes planeja continuar a freqüentar a igreja após sair de casa.1 Isso
significa que quase 70% das crianças que nós temos ensinado planejam ficar em
casa ao invés de irem à igreja quando forem adultos jovens. Isto tem implicações
assustadoras para o futuro de nossas igrejas, como também com o estado do
cristianismo como uma influência viável sobre nossa cultura. Além disso, o que
acontecerá nas vidas desses jovens sem uma influência contínua do cristianismo?
Aqueles de nós que têm sido uma parte da igreja no mundo por um bom período
de tempo não precisamos de pesquisas para nos dizer isso. Nós temos visto isso
acontecer por anos. A pesquisa simplesmente coloca algumas informações
difíceis naquilo que nós já sabíamos e vivenciamos – o de assistir a um êxodo em
massa de adolescentes da igreja.

Devemos perguntar o que é mais importante – nossas crianças


saberem quantas pedras Davi pegou para matar Golias, ou
conhecerem a voz do Mestre em seu cotidiano?

Elas Não Estão Impressionadas


Enquanto o crescimento da igreja por meio de novos convertidos parece
estar se expandindo rapidamente em outros continentes, tais como África,
América do Sul e Ásia, o oposto é verdade no Oeste, particularmente na
América. Se isto é verdade, o mínimo que nós somos capazes de fazer é agarrar
em nossas próprias crianças e mantê-las como “aprisco”. Temos que perguntar a
nós mesmos o porquê de não sermos capazes de impactar significativamente
nossas próprias crianças e mantê-las como membros ativos do corpo de Cristo
após termos a oportunidade para influenciá-las ao longo de seus anos mais
impressionáveis. Nós obviamente não estamos fazendo muito para
“impressionar.” Eu me lembro distintamente dos dias quando católicos procla-
Crianças Precisam Experimentar Deus

maram orgulhosamente, “Nos dê uma criança até os seus sete anos de idade e nós
a teremos pelo resto da vida!”2 O que eles sabem que nós não sabemos?

Outros resultados do Grupo Barna têm mostrado que duas de três crianças
ainda não conhecem Jesus como Salvador até a idade de treze anos, que muitas
delas não sabem o que significa adoração, e somente três de dez crianças são
absolutamente comprometidas com o cristianismo.3 Posso acrescentar a estas
reflexões minhas próprias experiências, uma vez que viajo ao redor do mundo e
pelos Estados Unidos e peço que levantem as mãos em quase todas as igrejas que
eu vou. Apenas uma fração de nossas crianças é cheia do Espírito Santo, fala em
línguas, já ouviu a voz de Deus, sabe o que é ser guiado pelo Seu Espírito, ou
está ciente de sentir Sua presença nos cultos ou de outra forma. Em outras
palavras, indiferente à filiação denominacional, elas não têm legitimidade em
trabalhar num relacionamento íntimo com o Deus Vivo em qualquer nível após
seus doze anos debaixo de nossa tutela. O que há de errado com esta imagem?
Devemos perguntar o que é mais importante – nossas crianças saberem quantas
pedras Davi pegou para matar Golias, ou conhecerem a voz do Mestre em sua
vida cotidiana?

Mudanças São Necessárias no Ministério de Jovens

Um artigo sobre adolescentes na Revista Ministros de Hoje por Barry St.


Clair, fundador e presidente do Alcance Soluções para os Jovens, afirma, “O
ministério de jovens como um experimento tem falhado. Muito dos nossos
esforços é como se estivéssemos arando concreto. Nós aramos com as mais
recentes técnicas e tecnologia. Nós criamos um monte de faíscas e barulho pelo
caminho. Então nós olhamos para trás com perplexidade com a falta de colheita.
Se quisermos que a igreja sobreviva, precisamos repensar o ministério de jovens.
Como o perito ministro de jovens, Mike Yaconelli sugeriu, “Para que os jovens
tenham uma fé que dure, temos que mudar completamente a forma como nós
conduzimos o ministério de jovens na América.”5

Embora esses comentários tenham sido feitos especificamente a respeito


do ministério de adolescentes, acompanhe-os por meio de sua conclusão lógica.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

O fracasso não começou quando esses freqüentadores de igreja se tornaram


adolescentes. Considere o fato de que nos primeiros cinco anos de vida as bases
do sistema de crença de uma criança são estabelecidas e tudo que ela aprende
desde então é filtrado por este sistema de crença. 6 A autora Esther Ilnisky diz , “
Qualquer que sejam as atitudes e associações que nossas crianças desenvolvem
cedo no que diz respeito à igreja, líderes da igreja, e por último, Deus,
permanecerá com elas por toda a vida.”7

As Crianças Não São Discipuladas Seriamente


Um dos mais dolorosos erros que nós crentes temos cometido é assumir
que as crianças não são capazes de entender ou agir nas coisas profundas da
Palavra de Deus. Conseqüentemente, elas nunca são seriamente educadas ou
discipuladas no cristianismo, mas são meramente conciliadas por doze anos com
entretenimento de poucas histórias Bíblicas por meio da mais recente tecnologia.
Temos erroneamente assumido que essa era a única forma que nós podíamos

Se não tivermos conquistado totalmente o coração de nossas


crianças até a idade de dez, onze, e doze anos, é possível que nós
as percamos completamente quando elas atingirem a idade de
treze a dezenove anos.

prender a atenção delas. Desde muito cedo sabemos que é nos seus anos de
adolescência que elas são capazes de funcionar inteligentemente e
profundamente como crentes ou começar a fazer diferença no mundo como
cristãos.

A igreja como um todo tem subestimado o potencial espiritual de suas


crianças porque elas têm visto principalmente o lado carnal e não o espiritual.
Tem sido muito difícil visualizar crianças que são agitadas, mal cheirosas e com
dedos grudentos como profetas e guerreiras de oração enquanto ainda são
crianças. Certamente nós podemos ver o potencial do que elas serão “quando elas
crescerem.” Mas e como crianças? Essa é uma questão diferente. Precisamos ter
Crianças Precisam Experimentar Deus

uma revelação de que se esperarmos até que elas sejam adultas para levá-las a
sério como discípulas de Cristo, será tarde demais.

Tornando Cristo Relevante para as Crianças


É evidente que a igreja como nós a conhecemos, o cristianismo como nós
o vivemos, e Deus como nós O temos retratado, parecem ser quase irrelevantes
para muitas gerações à medida que elas atingem a faze da adolescência e além
dessa. Jesus, de várias maneiras, está na mesma categoria que o Papai Noel, O
Coelhinho da Páscoa e a fada do dente, porque raramente Ele é feito real em suas
vidas. Suas opiniões são grandemente formadas através daquilo que temos
apresentado a elas semanalmente em nossas Escolas Dominicais. Em muitos
casos, Jesus é apenas o homem nas histórias, e não alguém que elas relacionem a
tudo em suas vidas cotidiana. Por quê? Porque elas nunca sentiram Sua presença,
ouviram Sua voz, ou viram um milagre de verdade ou cura. Em muitos casos elas
têm visto pouquíssimas orações respondidas, e sobre o que é o cristianismo a
final de contas – boas histórias Bíblicas ou um relacionamento pessoal com o
Deus Vivo?

Se nós não tivermos conquistado totalmente os corações de nossas


crianças até a idade de dez, onze e doze anos de idade, é bem provável que nós as
percamos quando elas se tornarem adolescentes. Nós não podemos culpar a
adolescência tumultuada. O problema começa nos ministérios infantis sem vida e
sem poder para embasar estas crianças à medida que elas crescem, não
importando o quão profissional e divertidos eles sejam.

O que Está Errado?


Esses jovens podem continuar freqüentando a igreja por um tempo porque
os pais os forçam, mas eles tomam uma decisão tão cedo quanto os dez ou onze
anos de idade, que a igreja não é para eles. Uso minha vizinha brincando de
polícias e ladrões no meu jardim como exemplo. Eu tenho, desde então,
observado-a entrar na sua adolescência, e ela quer muito pouco a ver com a
igreja. Ela não tomou aquela decisão após ter alcançado o Ensino Fundamental.
Sua decisão foi tomada há muito tempo, quando ela era mais fácil de ser
alcançada e achou a Escola Dominical chata. O que há nos programas infantis de
nossas crianças que está errado? Cada editor de programa de estudo de igreja tem
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

ido aos seus extremos para atualizar e melhorar seus materiais e torná-los
adequados com o estilo de ensino dos dias atuais.

Talvez isto nos dará uma pista. Uma das grandes razões pelas quais as
pessoas têm para não se comprometer de qualquer forma com o ministério
infantil é, “Eu ajudo, mas não quero perder o mover de Deus nos cultos dos
adultos!” Ou que tal aquilo que normalmente vem do pastor presidente para os
seus professores de crianças, “Certifique-se de que sua escala esteja organizada
de forma que você participe do culto dos adultos pelo menos uma vez ao mês.
Afinal de contas, você precisa ser alimentado.”

Criar um tipo de ambiente espiritual onde as crianças sejam


realmente capazes de experimentar Deus, em vez de simplesmente
aprender sobre Ele, é imperativo para mudar as atitudes das
crianças em relação à igreja.

Declarações Reveladoras
Essas são declarações fascinantes e reveladoras sobre o estado de nossa
Escola Dominical e programas de igreja para crianças. Primeiro, estamos
admitindo que não há a presença ou o mover de Deus nas Escolas Dominicais, e
segundo, não há alimentação espiritual ocorrendo. Criar um tipo de ambiente
espiritual onde as crianças sejam capazes de experimentar Deus ao invés de
apenas aprender sobre Ele, é imperativo para mudar as atitudes das crianças em
relação à igreja. Se nós como adultos, suplicarmos pela presença do Espírito
Santo, não faz sentido que nossas crianças sintam fome por Ele também?

A Realidade da TV contra a Realidade do Cristianismo


Adultos não gostam de freqüentar cultos sem vida, maçantes. Uma vez
que eles descobrem que há uma alternativa, em muitos casos, você nunca
consegue levá-los de volta às suas antigas igrejas. As crianças não são diferentes.
Crianças Precisam Experimentar Deus

Elas também querem experimentar a existência de Deus. As Crianças sentem


fome de um encontro com o Espírito Santo, embora elas não saibam,
necessariamente, como verbalizar isso dessa forma para nós.

“Sem vida e maçante”, na verdade, tem muito pouco a ver com o fato de
um ter as armadilhas da mais recente tecnologia e os mais recentes e melhores
materiais didáticos. Isso tem a ver com “nenhuma presença de Jesus Cristo na
sala de aula.” Podemos ter uma sala vazia, sem nenhum equipamento ou
materiais e termos cultos cheios da unção se aprendermos a levar as crianças ao
trono de Deus. Muito freqüentemente, nós como líderes de igreja temos feito
confusão ao usarmos os instrumentos da melhor e mais recente tecnologia em
nossos cultos, achando que isso é o que as crianças considerariam
espiritualmente estimulante. Não há nada errado em usarmos todos os
instrumentos disponíveis a nós para realizarmos nossos cultos da melhor forma
possível. Eu uso muitos desses instrumentos em meu próprio ministério. Mas não
há nenhum substituto para a presença do Espírito Santo.

Nós ouvimos bastante sobre “reality TV” nestes dias. Reality TV é um


tipo de programa de televisão filmado ao vivo e sem ensaio com pessoas reais,
contrário aos atores que são pagos. Elas são ansiosas para competirem com
outras pessoas fazendo coisas bizarras, audaciosas, arriscadas, e muitas vezes
coisas detestáveis, com o objetivo de ganhar prêmios valiosos. O prêmio pode ser
uma grande soma de dinheiro, um parceiro em potencial, um pagamento alto,
emprego prestigioso, etc. Pelo fato de o prêmio ser tão atraente, elas são
dispostas a tentar qualquer coisa para ganhar. No reality TV você acompanha
cada passo da jornada dessas pessoas à medida que as coisas acontecem. Pode ser
muito emocionante e cativante porque os espectadores sabem que é a realidade,
ao invés de atores que são pagos para atuarem. A audiência pode interagir com o
que está acontecendo porque é real.

Crianças têm fome de um Deus Real


Crianças são famintas por uma igreja viva e cristianismo. Elas querem
aquilo que é real. Elas querem sentir realmente Sua presença. Elas querem
realmente ouvir Sua voz. Elas querem realmente experimentar Seu poder. Se
formos honestos, estas coisas raramente acontecem regularmente nos cultos
semanais das crianças nas igrejas de hoje. Se elas não O experimentarem dentro
de nossos ministérios infantis, onde elas irão encontrá-Lo, e como podem ser
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

espiritualmente saciadas sem Ele? Ocasionalmente os acampamentos de nossas


igrejas são lugares onde as crianças podem verdadeiramente experimentar o
mover de Deus. Mas uma experiência dessas uma vez ao ano não vai sustentá-las
em suas caminhadas cristãs mais do que possa sustentar adultos.

Como líderes de igreja, nós muitas vezes achamos muito difícil recrutar e
manter uma boa equipe de professores de crianças e ministros. Poderia ser este
um dos motivos? Se nós não estamos sentindo a presença de Deus em nossos
cultos de crianças, nós não queremos estar lá. Nós o consideramos uma perda de
tempo. Então, por que achamos que com as crianças será diferente?

Fome espiritual e conhecimento estão aumentando em nossa


cultura, e as crianças estão tão afetadas quanto qualquer um. Nós
devemos conduzi-las a experiências autênticas na presença de
Deus.

Sendo Culturalmente Relevante

Como alguém tem tão acertadamente dito, “Nossa mensagem nunca


muda, mas nossos métodos devem ser culturalmente relevantes.” É maravilhoso
que agora nós tenhamos tal qualidade em recursos materiais cristãos à nossa
disposição que são competitivos em todos os sentidos com aqueles que o mundo
produz. Ser capaz de usar apenas DVD flash, vídeos musicais e apresentações de
PowerPoint não é tudo que existe para ser culturalmente relevante. Esta é uma
geração que pensa diferentemente do que as gerações anteriores a elas. Em
contraste com nosso ambiente de alta tecnologia, nós agora vivemos numa
sociedade que está perseguindo todo tipo de experiência espiritual e mística que
podem ser encontradas na Nova Era, nas religiões orientais e satanismo.

Devido à flexibilização nas leis de imigração, nossa nação é a mais


religiosamente diversificada no planeta. Já não é um lugar onde nós podemos
assumir que cada criança tem o mesmo antecedente judaico-cristão e o mesmo
Crianças Precisam Experimentar Deus

quadro de referência com que nós fomos criados no século 20. Para elas, a
verdade é relativa. Isso tem resultado numa geração que não se importa em
misturar um pouco de cristianismo com uma pitada de Budismo, um pouco do
Islã, e uma pitada de Wicca. Elas não vêem nenhum conflito nisso porque para
esta geração, poder e fé estão baseados nas experiências pessoais, não
necessariamente em doutrina correta. Em outras palavras, se alguém tiver uma
experiência espiritual profunda por intermédio de uma religião oriental, é a
experiência que valida a religião, independentemente do fato de existir ou não
qualquer verdade subjacente em sua doutrina.

Harry Potter mais Real que Jesus?

Para colocar de forma mais clara, sem rodeios, se uma criança brinca com
Harry Potter e experimenta algo espiritual, ainda que bom ou ruim isso se torna
mais real e válido para ela do que uma aula da Escola Dominical, na qual
nenhum poder de qualquer tipo fora sentido por ela. Crianças são famintas pelo
sobrenatural, e a não ser que sejam ensinadas, elas não têm discernimento de qual
tipo de sobrenatural é bom e seguro daquele que não é. Qualquer coisa
sobrenatural é real para elas. Elas simplesmente procuram adquirir o sobrenatural
como uma mariposa atraída pela luz. Uma sondagem em nossas bibliotecas
escolares, na seção de livros de comédia da mercearia local, e na seção infantil da
Barnes & Nobles, vai revelar a fome das crianças por fantasmas, duendes,
bruxaria e outras áreas do ocultismo, os quais fazem parte do lado negro do
sobrenatural. Fome espiritual e conhecimento estão aumentando em nossa
cultura, e as crianças estão tão afetadas quanto qualquer um. Nós devemos
conduzi-las a experiências reais na presença de Deus. O lugar lógico para que
isto aconteça é na igreja local.

Crianças Precisam Ter suas Próprias Experiências com Deus


Não muito tempo atrás, eu recebi um boletim informativo de um líder
cristão muito conhecido, o qual também é um autor de best-seller. Ele tem sido
uma figura importante no corpo de Cristo por muitos anos e você sem dúvida o
reconheceria se eu falasse o seu nome. Agora ele já é avô. Seu boletim
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

informativo inteiro lamentava suas preocupações com seus netos, muitos dos
quais eram nascidos de novo, e em alguns casos, cheios do Espírito. Suas
preocupações eram a respeito da falta de interesse e fome que ele viu naquelas
crianças à medida que elas estavam crescendo na igreja. Embora seus pais
estivessem servindo ao Senhor, e suas igrejas fossem fortes, as crianças pareciam
não ser afetadas por isso. Depois de uma longa análise, ele finalmente concluiu
que o motivo era o fato de que eles nunca tiveram um significado próprio,
experiências pessoais com o nosso Deus sobrenatural experimentadas por eles
mesmos.

Isto é tão típico. Por que nossas crianças não estão experimentando algo
significante no Espírito Santo no local onde elas estão? Elas vêm às nossas
igrejas todos os domingos durante anos. Nós adultos estamos tendo nossos
próprios encontros, e avidamente buscando mais. É possível que a igreja que este
homem pastoreia possa ser sem vida, mas tenho minhas dúvidas. Eu fico a pensar
se os adultos de sua igreja diriam a você se sentem a presença do Senhor no local
onde estão.

Minha pergunta seria, “Como é o ministério infantil deles?” A presença


de Deus é sentida no lugar? Ou crianças de doze anos de idade ainda estão se
alimentando de uma dieta constante de Moisés atravessando o Mar Vermelho,
Jonas e a baleia, e os frutos do Espírito da mesma forma como quando elas
tinham a idade de quatro anos? Elas já foram ensinadas sobre a Glória de Deus,
levadas ao Santo dos Santos por meio da adoração, aprendido sobre o poder do
sangue de Jesus, e ensinadas sobre como ouvir a voz do Pastor? Elas sabem por
experiência própria que Ele é real e não é somente para pessoas maiores de vinte
e dois anos?

Concluindo
O cristianismo nominal tem algumas idéias estranhas sobre o que nossas
crianças podem lidar e gostar espiritualmente. Nossas crianças são vítimas das
armadilhas de nossas idéias preconcebidas sobre o que elas são capazes de
experimentar como seres espirituais. Ser bombardeado com o aparato
tecnológico mais recente é somente uma parte de ser culturalmente relevante.
Independentemente da organização do culto infantil, escola dominical, igreja de
crianças, ou qualquer outro tipo, nós devemos nos esforçar para que Deus esteja
Crianças Precisam Experimentar Deus

presente, seja sentido em cada culto das crianças. Fazemos isto separando
momentos de adoração genuína, onde conscientemente nós as fazemos cientes da
presença de Deus, levando-as à Sua sala do trono. Isso acontece quando nós
tiramos um tempo para ficarmos em silêncio durante os cultos ouvindo Sua voz e
compartilhando o que ouvimos uns com os outros. Isso acontece quando nós
passamos tempo aos pés de um altar à moda antiga, onde crianças são
encorajadas a buscarem Sua face. À medida que nós as conduzimos através de
nosso exemplo pessoal, elas acompanharão. Fazendo assim, daremos o primeiro
passo importante na redefinição do ministério infantil no século 21.

Colocando em Prática

1. Como você acha que as crianças no seu ministério se sentem a respeito da


igreja? Elas te diriam que é empolgante ou chato, e por quê?

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2. Se você tem estado em sua igreja por cinco anos ou mais, faça duas listas de
jovens da idade em que cursam o Ensino Médio ou mais velhas, que cresceram
em sua igreja. Faça uma lista daquelas que já não freqüentam a igreja, e outra
daquelas que ainda freqüentam, embora morem numa outra cidade. Qual das
listas é maior?

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3. Liste maneiras que você no momento usa para criar oportunidades em seus
cultos infantis para que as crianças experimentem Deus de alguma forma.

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Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Nós podemos deixar que o mundo ensine nossas crianças a


respeito de como salvar filhotes de baleias, ou nós podemos
ensiná-las a respeito de como salvar almas. A escolha é nossa!
Capítulo 2

O que Ensinar às Crianças e Por que

Remontando a Arca de Noé

Meu pai era pastor, então eu era uma daquelas crianças que tinham estado
na igreja desde os primeiros anos de vida. Tenho estado na igreja toda a minha
vida. Gostava muito e amava o Senhor. Fomos abençoados por termos tido um
dos melhores ministros de crianças da época em nossa igreja. Mas com a idade
de doze anos eu me lembro claramente de estar participando de um culto de
crianças e pensando: “Se eu ouvir a história de Davi e Golias mais uma vez, eu
vou gritar!”

Meu espírito estava faminto por mais de Deus, e eu sabia que eu era
capaz de entender assuntos mais profundos do que aqueles que eu recebia em
nossos cultos de crianças. Era frustrante ouvir as mesmas histórias Bíblicas desde
que eu estava na pré- escola. Isso ainda acontece hoje nas igrejas no mundo
inteiro. Não há dúvidas de que este é um dos fatores que contribue para afastar as
crianças mais velhas, especialmente para aquelas que foram criadas a vida inteira
na igreja. Isto certamente leva ao tédio espiritual, e em última análise, concluindo
que a igreja não tem nada de significante para lhes oferecer. De acordo com a
Pesquisa de Barna, em média crianças de treze anos de idade têm a atitude de que
sabem tudo que há pra se saber a respeito do cristianismo, e, portanto não têm
interesse em continuar freqüentando e aprendendo mais a respeito de Deus.1
Poderia isso ser o resultado da constante repetição das histórias Bíblicas básicas
no decorrer de suas vidas? Por quanto tempo nós como adultos sobreviveremos
com tal dieta espiritual? O que nos faz pensar que nossas crianças podem
sobreviver a isso?
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Alguns editores de materiais para Escola Dominical têm reconhecido isso,


e têm mudado para o ensino sobre moral, relacional, e tipos de problemas sociais
a que as crianças mais velhas possam se referir, tentando resolver o que elas têm
encontrado em suas vidas à medida que amadurecem. Isso não é de todo ruim,
uma vez que nós na igreja deveríamos ser os responsáveis por definir o padrão
sobre estes temas. Há definitivamente um lugar para isso em nossa educação
espiritual infantil. Contudo, isso ainda perde o ponto principal do que realmente
tem sido esquecido em nossos ministérios infantis, e do que as crianças têm
realmente sentido fome, que é um verdadeiro encontro com o Deus Vivo.

Do que as crianças realmente têm sentido fome é de um


verdadeiro encontro com o Deus Vivo. Elas devem ser ensinadas
a respeito de como podem se tornar diariamente participantes de
Sua glória e poder.

Seus Caminhos versus Seus Feitos


Nós, líderes da igreja no mundo temos sido excelentes em falar às nossas
crianças sobre os “Feitos de Deus.” Nós, porém, temos sido péssimos sobre
como ensiná-las “Seus CAMINHOS!” Ele manifestou os seus caminhos a
Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel (Salmos 103:7 Versão Rev.
e Atualizada). É em conhecer Seus caminhos que nós somos capazes de interagir
com o Senhor da Glória. Falar às crianças sobre os feitos de Deus inclui contar a
elas todas as maravilhosas histórias Bíblicas como as de Sansão e Dalila, a queda
das muralhas de Jericó, Pedro andando sobre a água, a esposa de Ló se tornando
uma estátua de sal, e etc. Nessas histórias as crianças podem claramente ver o
que Deus fez e é capaz de fazer novamente – em outras palavras, Suas ações.

Em ensiná-las sobre seus feitos, nós as equipamos para suas próprias


vidas pessoais de orações respondidas e de sinais e maravilhas. Os caminhos de
Deus são assimilados à medida que entramos em oração, adoração, ouvimos Sua
voz, sendo guiados pelo Seu Espírito, sendo batizados no Espírito Santo, curando
o enfermo, compreendendo e fluindo nos dons do Espírito e muito mais.
O que Ensinar às Crianças e Por que

Cometemos um erro grave se não acreditamos que as crianças podem aprender os


caminhos de Deus – o porquê e como Ele faz o que faz em nossas vidas. Mas
para ensiná-las essas coisas temos que repensar os temas e tópicos e matérias que
apresentamos a elas na igreja.

Intermináveis Desfiles de Histórias Bíblicas


A igreja no mundo em geral, de pais a pastores, ministros de crianças a
escritores de livros de crianças e materiais, têm uma lista muita limitada do que
eles pensam que crianças são capazes de entender e em que elas estão
interessadas. Vá a qualquer livraria cristã no planeta (o que é apenas reflexo do
que o público está exigindo) e dê uma examinada na seção infantil. Você
encontrará uma infinita exposição de histórias Bíblicas básicas refeitas em doze
maneiras diferentes, de livros, páginas para colorir, vídeos, fitas de áudio com
dramatizações e CDs.

Você encontrará materiais sobre os Frutos do Espírito, a Armadura de


Deus, os Dez Mandamentos, obediência aos pais, tópicos como medo,
compartilhando, e outros assuntos para formação do caráter, Natal, Páscoa, e o
porquê de não celebrarmos Halloween. Por inúmeras vezes andei por essas lojas
meneando a cabeça e pensando: “De quantas maneiras você pode remontar a arca
de Noé?” Tão bons e necessários como são estes assuntos, nós ainda estamos a
perder o ponto se isso for a única coisa que estivermos apresentando às crianças.
Embora eles sejam uma parte vital da base espiritual das crianças, estas coisas
por si não são o suficiente para alimentá-las a longo prazo. Crianças estão
desesperadamente famintas por um toque em seu espírito da parte de nosso
incrível Criador! Elas devem ser ensinadas sobre como interagir com o Deus
Altíssimo e tornarem-se participantes diariamente de Sua glória e poder.

Estamos na trilha certa em contar a elas sobre os milagres de Jesus, mas


não temos ido para o próximo passo, que é explicar a elas sobre o que podem
fazer para ver milagres semelhantes em suas próprias vidas. Isso vai exigir uma
nova reflexão sobre o que e como nós as ensinamos.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

O que é o Leite e o que é a Carne?

Freqüentemente falamos sobre o “leite” da Palavra versus a “carne.”


Muitas vezes alguém comenta sobre a pregação que ouviu chamando-a de
“nutritiva”, significando que foi intelectualmente desafiadora e estimulante,
revelando verdades profundas da Bíblia. O “leite”, por outro lado, é fundamental,
mas comumente conhecido como os conceitos e doutrinas das Escrituras.

Sabemos que no mundo natural o leite é para recém nascidos e bebês,


principalmente porque eles não têm dentes para mastigar e o estômago deles não
está preparado para digerir certos tipos de comida. Por outro lado, um bife grosso
de carne é mais indicado para adultos, pois estes têm dentes fortes e um trato
digestivo altamente desenvolvido. O mesmo vale para o espírito. Há verdades
que são absorvidas facilmente em nosso espírito, e outras precisamos “mastigar”

O pensamento convencional no que diz respeito às crianças é que


enquanto uma pessoa é uma criança ela somente pode lidar com o
“leite” da Palavra. Esta é uma idéia que precisa ser seriamente
desafiada.

por certo tempo para obtermos o significado completo. Quando uma pessoa é
nova convertida, nós a chamamos de um bebê em Cristo. Nós começamos a
discipulá-la alimentado-a de maneira mais simples, com as verdades
fundamentais da Palavra de Deus, o leite. À medida que ela cresce no Senhor e é
capaz de compreender e lidar com conceitos profundos, começamos a alimentá-la
com a “carne” do Evangelho.

O pensamento convencional no que diz respeito às crianças é que


enquanto uma pessoa é uma criança ela somente pode lidar com o “leite” da
Palavra. Nós temos designado o leite para incluir o que nós listamos
anteriormente neste capítulo, como as histórias indispensáveis da Bíblia, os Dez
Mandamentos, os Frutos do Espírito, etc. Esta é uma idéia que precisa ser
seriamente desafiada uma vez que começamos a redefinir o ministério infantil no
O que Ensinar às Crianças e Por que

século 21. Se você pensar sobre isso logicamente, até mesmo de forma simples,
são somente os recém-nascidos e crianças que estão começando a engatinhar que
continuam a mamar o leite de suas mães. E se elas continuam a se amamentarem
do leite materno por mais tempo, mesmo assim elas começam a ingerir alimento
sólido por volta do quinto mês. É somente no início da primeira infância que elas
se alimentam exclusivamente do leite materno.

Por que então, nós decidimos que espiritualmente nossas crianças só


podem lidar com o alimento espiritual quando atingirem a idade de doze anos?
Especialmente as crianças que são criadas na igreja e têm pais cristãos
comprometidos podem comer da carne da Palavra quando ainda bem novinhas.
Elas podem não ser capazes de comer um bife inteiro como os adultos podem,
mas podem comer muitos pedacinhos desse bife grande – talvez dois ou quatro
gramas – e comem muito bem. Elas já têm dentes e seus estômagos podem lidar
com isso. A única diferença é o tamanho das porções que elas podem tolerar.

Crianças famintas em Hogansville

Uma igreja numa pequena cidade de Hogansville, Geórgia, me convidou


para fazer uma série de cultos para crianças alguns anos atrás. Eles me disseram
que sua pequena igreja tinha passado por momentos difíceis e que tinham
perdido algumas famílias. Como resultado, eles me disseram que tinham apenas
cerca de dezessete crianças freqüentando os cultos da igreja. Assim, na
preparação para os cultos, foi isso o que imaginei e planejei. Eu pensei que
falaria para um grupo de crianças que tinha crescido na igreja a vida inteira.

Nosso assunto seria sobre o Sangue de Jesus, um dos meus assuntos


favoritos desde a minha infância. Cuidadosamente reuni todos os meus materiais
necessários para as lições e ilustrações, os quais incluíam uma pequena Arca da
Aliança dourada e a roupa para o Sumo Sacerdote estudar os sacrifícios do
templo do Velho Testamento. Havia também o meu chicote, uma cruz grande,
um cálice de sangue falso e outros objetos para explicar como o sangue
derramado de Jesus pagou pela cura de nossos corpos e muito mais. Todas as
minhas lições eram, na verdade, muito profundas para as crianças, e eram
atípicas para o que você normalmente as ensina.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Não É o Tipo de Crianças de sua Igreja


Quando minha equipe e eu chegamos em Hogansville, descobrimos que
os membros da igreja tinham ido a grandes distâncias para vasculhar a cidade e
juntar o máximo de crianças possível. Um casal tinha uma van na qual eles
traziam carradas de crianças de algumas áreas pobres, muito conhecidas por
drogas, homossexualidade, crimes, violência, negligência, e todos os demais
problemas relacionados. Elas não eram obviamente o tipo de crianças da igreja
que cresceram com as histórias de Moisés no cestinho.

Ao ouvir isso fiquei muito preocupada com o fato de que minhas lições
iriam conter muitas informações para suas cabeças e me perguntava o que iria
fazer. Eles estavam esperando pelo menos umas cem crianças a cada noite, sendo
que somente dezessete delas eram da igreja. Eu estava muito distante de casa
para voltar e pegar novas lições. Não havia outra opção para mim, a não ser
seguir em frente com o que já tinha preparado.

Nós mantemos crianças com nutrientes e leite por doze anos e


então perguntamos por que elas mal podem esperar para
abandonar o navio na primeira chance que tiverem.

Lançamos nossos corações nos cultos e desde a primeira noite as crianças


foram incrivelmente receptivas. Quando fizemos o apelo para salvação, a maioria
dos visitantes levantou suas mãos para receber Jesus. Como é de meu costume, a
cada noite antes de começar a próxima lição, eu fazia perguntas de revisão para
ver o que elas tinham aprendido e quão bem eu as tinha ensinado. Elas eram
afiadas como tachas ao responderem as perguntas perfeitamente. Elas até mesmo
usaram a terminologia das Escrituras da igreja que elas tinham ouvido na noite
anterior, as quais nós sabíamos que não estavam familiarizadas com elas.

Vimos essas crianças dramaticamente tocadas pela presença de Deus,


ouvindo Sua voz, tendo visões, e experimentando curas profundas em seus
corpos. No final da semana a mulher do pastor veio até mim dizendo: _Tenho
estado no ministério com meu esposo por quinze anos e temos trabalhado muito
desse tempo com as crianças. Eu Nunca soube até este momento que vocês
podiam ensinar às crianças coisas tão profundas.
O que Ensinar às Crianças e Por que

O que é triste é que ela é típica da maior parte do mundo da igreja. Nossas
crianças são espiritualmente anêmicas pela falta do verdadeiro alimento
espiritual, e em redefinindo o ministério infantil no século 21, nós, como pais,
pastores, editores e ministros de crianças devemos repensar radicalmente as
coisas que estamos ensinando a elas. Nós as mantemos com nutrientes e leite por
doze anos e nos perguntamos por que elas mal podem esperar para abandonar o
navio na primeira chance que tiverem. É melhor para nossas crianças conhecer
Deus do que meramente saber tudo sobre Ele. Para realmente conhecê-lo, é
necessário uma estratégia diferente e ensinar assuntos que nós estamos usando no
momento em nossos ministérios infantis.

Do que as Crianças são Capazes?

Nós estamos vivendo numa época quando o grau de conhecimento das


crianças no mundo secular está fazendo coisas escandalosamente fenomenais.
Quer se trate de realizações na escola, ciência, música, ou esportes, as crianças
estão batendo recordes de maneira que nós nunca tínhamos imaginado em vinte e
cinco anos atrás. É incrível descobrirmos adolescentes tão jovens da idade de
catorze e quinze anos como estrelas das Olimpíadas. Quão cedo eles tiveram que
começar a treinar para alcançar esses alvos? Muitos deles começam quando são
bem novinhos, com a idade de quatro e cinco anos.

É inacreditável saber que crianças e jovens adolescentes são


freqüentemente responsáveis pelos principais ataques de vírus de computador
que prejudicaram a nação inteira de uma só vez. Onde eles têm aprendido tanto
sobre computadores, quando a metade dos adultos de hoje mal sabem como
enviar um email? Crianças são incrivelmente capazes de entender alguns
conceitos e atividades de adultos.

Gosto de colecionar artigos e histórias sobre incríveis proezas de crianças.


Havia uma história na revista nacional infantil que apresentava um grupo de
crianças na faixa etária de treze a dezoito anos que foi treinado por bombeiros em
sua comunidade no Alasca. O trabalho delas incluía resgate de emergência, como
resgatar pessoas que tinham caído no gelo fino ou que tinham sido presas em
avalanches. O artigo dizia que esses adolescentes, os quais compunham mais da
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

metade dos bombeiros da tropa, quando vão para a escola usam um pequeno
dispositivo portátil eletrônico que emite um sinal e são regularmente chamados
para emergências. Eles fazem até quatrocentas horas de treinamento a cada ano
para se manter em forma para o trabalho. Eles estão sendo treinados para a vida e
experiências de morte – a deles próprio e a de outros. A maioria dos adultos
nunca sonharia em colocar crianças em posições de responsabilidades tão sérias.

Alguns anos atrás a mídia nacional destacou um garoto de doze anos de


idade que tinha começado um ministério para moradores de rua. Tudo começou
quando ele estava andando de carro com seu pai pela cidade. Ele perguntou a seu
pai por que pessoas estavam deitadas na rua. Seu pai explicou que elas não
tinham nenhum lugar para ir. Era uma época fria do ano e o garoto imediatamen-

A igreja ainda continua a entregar folhas para colorir de


Adão e Eva e se pergunta por que nossas próprias crianças não
estão sendo cativadas pela nossa mensagem.

te pediu a seu pai para levá-lo para casa e deixá-lo retirar o cobertor de sua cama
com o objetivo de dá-lo a um homem na rua. Logo ele começou a recolher
cobertores de outros e os levava aos moradores de rua até que um verdadeiro
ministério de tempo integral nasceu dali.

Um amigo meu, o qual também é ministro de crianças, Pete Hohmann,


escreveu um livro intitulado Crianças que Fazem Diferença.2 É centrado em
realizações surpreendentes de crianças nesta geração. Uma história que se
destaca é sobre crianças da quarta série (em torno dos onze anos de idade), as
quais aprenderam que ainda existia comércio de escravos no Sudão, país
africano. O (a) professor (a) delas as informou de que mulheres e crianças eram
compradas e vendidas por um preço tão pequeno quanto $50 (cinqüenta dólares).

Primeiro elas ficaram horrorizadas ao saber que o comércio de escravos


ainda estava ocorrendo em nosso tempo, mas se tornaram imediatamente
proativas para tratar o problema. Elas escreveram para o Presidente, a Primeira
Dama, Oprah Winfrey, Bill Cosby e Steven Spielberg. Para encurtar a história ,
O que Ensinar às Crianças e Por que

como a imprensa começou a divulgar a história, essas crianças levantaram


dinheiro suficiente para libertar 100,000 escravos. Por volta de junho de 2000,
devido aos esforços das crianças, o Congresso aprovou a Lei de Paz do Sudão, a
qual colocou pressão econômica sobre o Sudão para parar com a escravidão.
Como em 2004 a escravidão quase tinha sido eliminada, tudo por causa do
esforço de adolescentes.3 A maioria dos adultos provavelmente nunca
consideraria levar um assunto tão sério às crianças. Certamente eles nunca
esperariam que crianças fossem capazes de fazer qualquer coisa a respeito disso.
Eles pensariam que não faz sentido algum e que é desnecessário preocupar as
crianças com assuntos opressivos.

O Mundo Sabe Onde Levar Sua Mensagem

Em minha comunidade, quando a polícia pretende realizar uma campanha


sobre o uso do cinto de segurança em veículos, a primeira estratégia deles é levar
sua mensagem às nossas escolas públicas. Eles ensinam as crianças a respeito de
sua importância, então fazem uma competição para que as crianças façam
desenhos e cartazes a respeito. Então, os desenhos dos vencedores são postos em
outdoors, os quais são suspensos pela cidade. Por um mês ou mais, onde quer
que olhemos, há trabalho de arte das crianças informando sobre a importância de
usá-los. A mesma coisa acontece quando a Sociedade Americana de Câncer
pretende fazer campanha sobre os perigos do tabagismo. A primeira linha de
ataque deles é recorrer às nossas crianças, e mais uma vez, nós vemos seus
trabalhos de arte nos outdoors onde quer que olhemos. O mundo sabe da
importância de alcançar primeiro as crianças com suas mensagens nutritivas. Por
um motivo, eles sabem que se atingirem as crianças, elas permanecerão
convertidas por toda a vida, bem como os adultos serão alcançados.

Grupos de interesses especiais sabem do valor de alcançar as crianças


com a sua agenda política. Nossas escolas estão cheias de materiais que ensinam
nossas crianças a salvar florestas tropicais, parar com a poluição, maneiras para
proteger a camada de ozônio de se deteriorar ainda mais, etc. Esta geração leva
muito a sério e se envolve de diversas maneiras. Devemos nos perguntar se
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

as crianças deveriam ser sobrecarregadas com temas e problemas de adultos. Isso


pode ser opressivo e deprimente, às vezes até mesmo para adultos. O mundo
parece achar que seja certo passar estas informações às nossas crianças.

Repense Nosso Cardápio de Tópicos

O sistema mundial está doutrinando crianças a respeito de todo assunto de


adulto que você possa imaginar. E mesmo assim a igreja continua a entregar
folhas para colorir de Adão e Eva e se pergunta por que nossas próprias crianças
não estão sendo cativadas pela nossa mensagem. Nós devemos redefinir o
ministério infantil no século 21 e incluir uma mensagem apaixonada e
nutritiva que as pressione a se envolver com o Evangelho. Os vídeos
maravilhosos e muito queridos de aventuras na Odisséia e contos dos vegetais
(Veggie Tales) são uma bênção tremenda para as crianças do corpo de Cristo e
eu agradeço a Deus por elas. Elas, porém, não levarão nossas crianças ao seu
destino espiritual! Devemos repensar o cardápio de tópicos que apresentamos às
nossas crianças. Como corpo de Cristo, temos uma decisão a tomar – podemos
deixar o mundo ensiná-las a salvar filhotes de baleia ou podemos ensiná-las
como salvar almas! A escolha é nossa. Esta é uma geração que estará
comprometida com alguma coisa. Vamos treiná-las para serem comprometidas
com o Reino de Deus desde os primeiros dias de vida.

De alguma forma temos estado contentes em manter até mesmo


mensagens sérias num nível mais alegre de entretenimento para nossas crianças.
Já chega! É hora de diminuir as luzes – não assistir a outro vídeo do Homem da
Bíblia, mas nos isolarmos com nossas crianças e com Deus e mergulharmos em
Sua presença, aprender a ouvir Sua voz e discernir o que Ele está dizendo a esta
geração!

Charles H. Spurgeon (1834-1892), conhecido como “o Príncipe dos


Pregadores” e como alguém que é honrado através das linhas denominacionais
por ter impactado o cristianismo para sempre, tinha muito a dizer sobre o tema de
crianças em seus sermões. Um de seus comentários foi que crianças são capazes
de muito mais do que nós temos dado crédito a elas. Ele disse que elas são
capazes não apenas de evangelizar a si próprias, mas de pastorear a si mesmas
também.4 Isto é impensável para a maioria dos adultos! E, no entanto, não é isso
que gangues de rua fazem no centro das cidades do mundo? Eles fazem seus pró-
O que Ensinar às Crianças e Por que

rios convertidos e se tornam uma família guardiã para todos que pertencem ao
grupo, apesar do fato de serem grosseiramente pervertidos. Crianças de rua no
mundo inteiro experimentam isso. Não estou dizendo que devemos treinar nossas
crianças para começar a pastorear igrejas. Estou dizendo que precisamos ampliar
nossa visão quanto ao potencial espiritual delas, o que nos forçará a reconsiderar
nossas táticas como ministros de crianças e líderes em ensinar, equipando e
discipulando-as. Precisamos reavaliar tudo que temos feito a esse respeito.

O Que Deveríamos Estar Ensinando a Elas?

É necessário para nós, neste momento, desafiar o pensamento status quo


sobre o que é o leite espiritual. Para fazer isso, vamos rever Hebreus 6:1-3
(Rev. Atualizada no Brasil) para ver o que a Bíblia chama de “leite”.

“Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo,


deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do
arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino de batismos e da
imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno.”

Vamos dissecar o que está sendo dito aqui. Os princípios elementares do


cristianismo são obviamente, o leite. De acordo com o escritor de Hebreus, os
princípios elementares incluem:

1. Deixar as obras más. Isto seria o arrependimento, salvação, e caminhar em


santidade e justiça.

2. Colocar nossa fé em Deus. A fé é um assunto extenso que cobre tudo desde


acreditar que Deus criou o universo, acreditar em Deus para a cura de nossos
corpos, provisão para nossas necessidades, finanças, sinais e maravilhas, e muito
mais. Todo movimento do corpo de Cristo está centrado no tema da fé, portanto,
há obviamente muito que ser dito sobre este tema.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

3. Batismos. Isto inclui sete batismos diferentes nomeados no Novo Testamento,


mas nos concentraremos em apenas três:

a. Batismo em Cristo, ou nossa salvação (I Coríntios 12:13)

b. Batismo no Espírito Santo com poder e ousadia (Atos 1:8)

c. Batismo nas águas, implicando comprometimento ( Mateus 28:19)

Até mesmo crianças que são criadas nos tão chamados lares
cristãos, freqüentando nossas igrejas regularmente, podem ter uma
surpreendente mistura de outras crenças lançadas em suas
teologias.

4. Imposição de Mãos. Isto inclui:

a. Oferecer a divina bênção sobre alguém como quando Jesus impôs Suas mãos
sobre as crianças. (Mateus 19:15)

b. Por pessoas recém batizadas. (Atos 16:19)

c. Líderes e missionários consagrados ao serviço. (Atos 6:6, 13:2-3; I Timóteo


4:14, 5:22)

d. O Espírito Santo foi comovedor nas pessoas por meio deste ato.
(Deuteronômio 34:9; Atos 8:18-19)

e) Curar o enfermo (Mateus 9:18; Marcos 16:15-18; Atos 14:3)

f) Alguns acrescentariam a transferência de unção. (II Timóteo 1:6-7)

5. A ressurreição dos mortos.

Isto incluiria a ressurreição de Jesus, na qual devemos crer para sermos


salvos (Romanos 10:9). Isto inclui também a ressurreição de centenas de santos
ao mesmo tempo que a ressurreição de Jesus, como também a de Lázaro, a da
filha de Jairo, e a ressurreição dos mortos em I Tessalonicenses 4:16 (a qual nos
inclui).
O que Ensinar às Crianças e Por que

6. Julgamento Eterno.

Isto seria o inferno para os descrentes e o abismo sem fundo para Satanás e suas
legiões. Isto naturalmente incluiria um estudo do arrebatamento, a segunda vinda
de Jesus, céu, o Grande Julgamento do Trono Branco, e outros assuntos dos
últimos tempos.

Há, na verdade, alguns temas pesados nesta lista. Uma boa parte deles
está na lista sobre a “carne” em muitas de nossas igrejas. A Bíblia, porém, os
considera “leite”, o que significa que teremos que repensar o que ensinar às
crianças se vamos estar em sincronia com as Escrituras.

Princípios Fundamentais da Doutrina Cristã


Há outros inúmeros princípios bíblicos da doutrina, os quais devem ser
ensinados às crianças que não estão listadas na passagem de Hebreus, como:

1. A Trindade ou a Divindade como os Três em Um: Pai, Filho, e Espírito


Santo.

2. A infalível, inerrância das Escrituras como sendo a Palavra de Deus.

3. Deus como o Criador do universo.

4. O homem criado à imagem de Deus, espírito, alma, e corpo.

5. O pecado original do homem.

6. O nascimento virginal de Jesus.

7. A divindade de Jesus (ou Jesus como sendo Deus).

8. O Cristo encarnado, Deus tomando a forma de Homem.

9. A vida sem pecado de Jesus enquanto esteve na terra.

10. O papel da igreja em espalhar o Evangelho (A Grande Comissão).

11. O reino milenar de Cristo no final dos tempos.

12. Novo céu e nova terra, onde nós moraremos para sempre com o
Senhor.

Estes pontos podem variar ligeiramente de igreja para igreja, mas


geralmente são aceitos no corpo de Cristo como os princípios fundamentais da
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

doutrina cristã. Ao longo dos anos tem havido algumas igrejas denominacionais
que têm com sucesso ensinado uma doutrina Bíblica sistemática às suas crianças,
embora não seja vastamente pregada por meio do cristianismo. Infelizmente, não
é muito comum em círculos carismáticos. Um movimento até mesmo escreveu
seu próprio programa de estudo para ensinar todas as doutrinas básicas para suas
crianças para quando atingissem a idade de cinco anos. Isso também incluía
ensiná-las a ministrar. Este seria um objetivo valioso para qualquer igreja que
escolhesse fazer isso.

Como temos discutido, há um diverso espectro de crenças no mundo


nestes dias que já não podemos assumir que as crianças de nossa igreja conheçam
todas as coisas que já listamos. Nem podemos assumir que elas se querem as têm
ouvido sendo especificamente ensinadas, muito menos acreditado nelas. Por
exemplo, um dos resultados mais chocantes para mim que saiu na pesquisa de

Se as crianças na Palestina podem ser ensinadas a matar cristãos


e judeus e os Wiccans (adeptos da bruxaria) podem ensinar suas
crianças a jogar feitiços nas pessoas, então podemos ensinar
nossas crianças a expulsar demônios e ressuscitar os mortos pelo
nome e poder de Jesus.

Barna no Real Teens (Verdadeiros Adolescentes) é que a maioria dos


adolescentes já não acreditam que Jesus viveu uma vida sem pecado na terra.
Nem acreditam que o diabo é uma entidade real, mas sim um símbolo do mal.5
Estou curiosa para saber como isso aconteceu. Eles acreditaram quando crianças,
mas foram convencidos do contrário quando desafiados na sua adolescência? Ou
eles nunca acreditaram nisso e se acreditaram, por que não? Se eles acreditaram
nisso uma vez, por que foram convencidos do contrário tão facilmente quando
adolescentes? Não posso evitar perguntar que tipo de ensinamento e discipulado
eles receberam na igreja local quando eram crianças.
O que Ensinar às Crianças e Por que

Misturas Surpreendentes de Crenças nos Lares Cristãos

Até mesmo crianças que são criadas nos tão chamados lares cristãos,
freqüentando nossas igrejas regularmente, podem ter uma surpreendente mistura
de outras crenças lançadas em sua teologia. Pegue por exemplo algo tão simples
como a noção de hoje de falar com os mortos, que é agora anunciado em toda a
TV, periódico e livros. O que a Bíblia tem a dizer sobre isso? É uma abominação
a Deus! Já falamos sobre isso às nossas crianças em nossas igrejas? Como
saberão se não contarmos a elas – principalmente se seus pais ou parentes
acreditam em tais práticas? Embora este tipo de informação possa não ser
considerada como princípio fundamental da doutrina Bíblica, em nossa cultura
isso certamente deve ser incluído em algum lugar em nossos ensinamentos.

Poucas pessoas, incluindo alguns cristãos, acreditam que Jesus é o único


caminho para o céu nestes dias. Elas acreditam que Ele é apenas uma das
escolhas, e pode acontecer de ser a escolha delas, mas basicamente acreditam que
todos os caminhos levam ao céu. Pela primeira vez na história da América nossas
crianças estão sentando próximas de muçulmanos, hindus, wiccans (adeptos da
bruxaria), adeptos da nova era, budistas, e outros em suas escolas públicas. Hoje,
quando um grupo de crianças tem uma discussão a respeito de “Deus”, ele tem
que esclarecer “a que Deus” ele está se referindo.

Para esclarecer, precisamos continuar ensinando os princípios de nossa fé


à medida que acrescentamos a carne na dieta espiritual delas! Até mesmo
crianças que estão em lares sólidos e conhecem estas coisas, elas agora vivem
num mundo onde elas serão forçadas a defender sua fé cristã. Elas precisam
conhecer o quê, e o mais importante, Quem elas estão defendendo e por que.

Temas Pesados
Não há dúvidas de que haverá aqueles que vão me criticar fortemente por
fazer estas próximas declarações, mas me submeto à Palavra de Deus sobre este
ponto. Logo após Jesus ascender ao céu, Ele deu aos discípulos (e a nós) algumas
instruções de última hora para continuar o trabalho que Ele começou na terra. É
comumente conhecido como A Grande Comissão e é um verdadeiro princípio
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

fundamental na Palavra de Deus que toda criança deve ser ensinada em nossas
igrejas. Em Marcos 16:15-18 Ele disse, “Ide por todo o mundo e pregai o
Evangelho a toda criatura.” Ele continuou, “Estes sinais hão de acompanhar
aqueles que crêem: em meu nome expelirão demônios; falarão novas
línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não
lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.”

À medida que leio isto, e muitas outras passagens, não vejo nenhum lugar
em que Jesus tenha posto uma idade limite, ou nenhum outro critério de limite
para fazer estes trabalhos, os quais são conhecidos como parte do ministério dos
crentes. Quando Ele disse, “Ide!” Ele não disse “vá todos os adultos,” ou “ ide
todas as mães e pais e pastores .” Nem disse Ele, “Ide todos! Mas as crianças
precisam esperar até que cheguem aos vinte e um anos de idade!” Ele disse a
todo cristão, “Ide.” Isso significa todos nós. Qualquer que chame o nome de
Jesus como Senhor e Salvador, deve ir ou será culpado de desobediência ao
Mestre.

Temos que colocar a estaca um pouco mais alta. Precisamos


receber uma revelação de que nossas crianças são bem mais
capazes de entender e agir nas coisas profundas da Palavra de
Deus do que já consideramos antes.

Igualmente, não existem restrições sobre os outros pontos. Ele diz, “eles
que crêem” sinais os seguirão, tais como demônios sendo expulsos, falar em
novas línguas, e imposição de mãos sobre o doente. Podemos também
acrescentar a ressurreição dos mortos. O que quer que seja que Jesus fez, Ele
disse que nós o faríamos também e coisas ainda maiores. Jesus disse, - Em
verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as
obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.
(João 14:12).

Por que não as crianças? Nada naquele versículo põem uma restrição em
qualquer pessoa por causa de gênero, raça, ou idade. Se uma criança crê, ele ou
ela está qualificada para fazer as obras de Jesus como qualquer pessoa.
O que Ensinar às Crianças e Por que

Se as crianças na Palestina podem ser ensinadas a matar cristãos e judeus


e os Wiccans podem ensinar suas crianças a lançar feitiço nas pessoas, então nós
podemos ensinar nossas crianças a expulsar demônios e ressuscitar os mortos
pelo Nome e poder de Jesus. Isto não significa que estou concebendo
conferências e classes para crianças sobre como expulsar demônios e ressuscitar
o morto. Há, no entanto, alguns exemplos fascinantes quando crianças fizeram
isso simplesmente por que alguém disse a elas que poderiam fazer, os quais nós
compartilharemos num capítulo mais à frente.

Diversificado, mas Importante


Mais do que nunca nossas crianças devem ser ensinadas não apenas a
Palavra de Deus e os ministérios dos crentes, mas uma saudável dose a respeito
de sua herança cristã. Da mesma forma que as crianças são naturalmente
interessadas em seus ancestrais e em como “vovô veio para a América num
barco”, à medida que elas procuram por liberdade religiosa elas precisam saber a
respeito da rica ancestralidade espiritual de que elas fazem parte como membros
do corpo de Cristo. É extremamente importante para elas ouvir a respeito dos
grandes heróis da nossa fé, como William Tyndale, o qual foi queimado na
fogueira porque ousou traduzir as Santas Escrituras na língua de pessoas comuns.
Isto inclui homens como Gutenburg, o qual ousou imprimir a Bíblia em prensas
de impressão correndo grande risco pessoal.

Embora isso pareça extremo, as crianças mais velhas e principalmente


adolescentes devem ser encorajadas a ler livros sobre Mártires da Fox ou
conversas de D.C “Peculiares no Jeito de Amar”. A triste verdade é que não
podemos mais nos dar ao luxo de fazer rodeios com nossas crianças. Elas vivem
agora numa época onde muitos jovens podem ser exigidos a darem suas vidas
pela causa do Evangelho. Crianças e jovens em outras nações fazem isso o tempo
todo.

Outros grandes livros cristãos a serem incluídos são A Cruz e o Punhal


por David Wilkerson, O Lugar Secreto por Corrie Tem Boom, A Luz e a Glória
por Peter Marshall, O Homem do Céu por irmão Yun, as incríveis histórias de
Smith Wigglesworth, a história da vida de Billy Graham, e outros grandes livros
do heroísmo cristão.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Leitura muito valiosa também são as biografias de tremendos missionários como


Amy Carmichel, Hudson Taylor, William Carey, John G.Lake, e outros que
esculpiram o Evangelho em alguns dos lugares mais escuros da terra.

Qualquer livro sobre os atuais heróis do esporte americano que são


verdadeiramente cristãos comprometidos seria também de grande benefício. Com
as crianças mais velhas, você pode usar a Escola Dominical ou classes no meio
da semana para leitura em grupo. Faça um concurso. Para cada livro lido, elas
ganham pontos para um prêmio de valor (não precisa ser caro). Você também
pode tirar cinco minutos do culto das crianças para um “momento de história”
após as ofertas, ou antes da pregação, onde você pode dar pequenas pinceladas
das histórias dessas pessoas. Seja criativo. Deixe suas crianças vêem como elas
estão ligadas na história a um corpo bem maior de crentes do que em sua própria
igreja local.

Concluindo
Tudo que estou sugerindo ao mencionar estas coisas é que precisamos
começar a pensar em algumas idéias novas em relação ao treinamento espiritual
de nossas crianças, se vamos mudar as coisas em nossos ministérios infantis e no
futuro do cristianismo. O que quer que seja que você ensine aos adultos pode ser
ensinado às crianças se você esmiuçar as idéias, e liberalmente usar visuais e
objetos em sua apresentação. Em sua cabeça pode parecer demais ter que mesmo
remotamente cogitar a idéia de ensinar suas crianças a expulsar demônios ou
ressuscitar o morto. Tudo bem. Então, deixe-me perguntar a você, o que você
pode alcançar com isso? Onde você pode começar que levará você mais além de
onde você está indo agora? Você pode esticar bastante para ensiná-las como
ouvir a voz de Deus e ser guiado pelo Seu Espírito? Se você está preocupado
com o que está acontecendo agora nos ministérios infantis de nossas crianças e
quiser ver coisas girarem em torno dele, quero desafiar você a pisar num
território inexplorado.

Hoje, como ministros cristãos e pais, nós precisamos reconsiderar


seriamente as lições que estamos tipicamente ensinando às nossas crianças e por
que. Precisamos colocar a estaca um pouco mais alta. Precisamos receber a
revelação de que nossas crianças são muito mais capazes de compreender e agir
nas coisas profundas da Palavra de Deus do que já consideramos antes. Então,
precisamos reconsiderar o conceito inteiro de que o “leite” da Palavra é versus a
O que Ensinar às Crianças e Por que

“carne” da Palavra. Precisamos perceber que temos um longo caminho para


percorrermos para ensinar nossas crianças até mesmo o que a Bíblia considera
como leite. Devemos entender que se nós vamos criar crianças cristãs com base
sólidas, espiritualmente saudáveis, nós precisamos descer da escada rolante de
limitar a dieta espiritual delas para as mesmas velhas histórias Bíblicas repetidas,
principalmente quando estão na idade da pré-adolescência. Devemos aprender
alimentar nossas crianças com carne espiritual, a qual as sustentará durante os
períodos mais desafiadores de suas vidas. Fazendo isso, nós estaremos
redefinindo o ministério infantil no século 21.

Colocando em Prática
1. Liste os temas que você já ensinou às suas crianças nos últimos doze meses.
Escreva ao lado de cada um se você acha que seria classificado como “leite”
ou “carne” com base na discussão deste capítulo.

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2. Você tem um plano bem estruturado sobre os temas que você quer ensinar
às suas crianças nos próximos três anos? Que temas você incluiria agora que
você provavelmente nunca tinha considerado antes?

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3. Só por divertimento, vá até a sua livraria cristã mais próxima, dê uma volta
ao redor, e conte em quantas maneiras diferentes a Arca de Noé foi produzida
em formatos e desenhos diferentes. Quantas você encontrou e em que formas?

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Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Nossos ministérios infantis devem ser clínicas de


funcionamento do cristianismo.
Capítulo 3

Verdadeiro Discipulado & Treinamento de Crianças

Famílias que Oram Juntas

Eu estava numa viagem missionária na Índia quando não consegui dormir


por mais tempo numa cama rígida. Alcancei o controle remoto da TV no meu
quarto no hotel ainda muito cedo para ver se podia ouvir alguma notícia de meu
país. Logo achei um canal em inglês, bem no momento em que o zoom da
câmera mostrava um aspecto moderno de uma família do Oriente Médio. As
primeiras palavras que o narrador disse foram, “Você ouviu que a família que ora
junto permanece junta.” “Maravilhoso!” Eu pensei. “Encontrei algum tipo de
programa cristão.”

À medida que assistia, meu entusiasmo se tornava em descrença enquanto


esse repórter descrevia a cerimônia anual que essa família estava prestes a
participar como muçulmanos xiitas dedicados. Essa mãe, pai, e dois filhos,
aproximadamente de nove a onze anos, estavam numa cozinha moderna
compartilhando uma refeição juntos. Eles pareciam como uma família qualquer.
Então, antes que o locutor continuasse a explicar esse evento incomum que
estava prestes a começar, ele contou um pouco da história por trás disso. Parece
que foi a centenas de anos atrás, quando o neto de Mohammed entrou em guerra
com seus inimigos, e nenhum de seus irmãos muçulmanos estava disposto ou
interessado em ir com ele para ajudar. Como resultado, ele morreu na batalha
como um mártir.

Penitência Brutal
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Só então, a câmera focou nesse bem vestido pai e de boa formação


pegando sua navalha de bordas retas, e com a ajuda de alguém para por à parte
seus cabelos, ele fere seus filhos no topo de suas cabeças criando cortes em seus
couros cabeludos. Assisti chocada enquanto os dois garotos instantaneamente
começaram a bater a si mesmos nos ferimentos até que o sangue começasse a
escorrer pelas suas faces. Não foi apenas uma vez, mas eles continuaram a bater-
se com o incentivo do pai até que seus rostos e camisas foram cobertos com seu
próprio sangue, e tinha pingado nas lentes da câmera.

Era digno de nota como o pai deliberadamente envolvia seus


filhos no meio desse evento horripilante ao invés de estar contente
meramente por falar a eles sobre isso, ou até mesmo os deixar
observar do lado de fora.

Esta família então, juntou-se a uma longa procissão de seus companheiros


marchando pelas ruas de sua cidade gritando, agitando seus braços e batendo em
suas cabeças. Como a câmera estava grudada na imagem sangrenta diante de nós,
o locutor explicou que esse seria o dia mais movimentado do ano para as
ambulâncias. Os homens freqüentemente ficavam gravemente doentes e
desmaiavam por causa da energia que eles estavam gastando, enquanto que ao
mesmo tempo perdiam enorme quantidade de sangue. Alguns dos homens na
marcha estavam literalmente encharcados de vermelho escarlate da cabeça aos
pés. A história se concluía enquanto observávamos os garotos e seu pai sentados
Verdadeiro Discipulado & Treinamento de Crianças

ao final do dia, compreensivelmente cansados e quietos. O pai compartilhou que


tinha participado nessa marcha pela primeira vez quando tinha somente três anos
de idade, mas que tinha esperado que seus filhos a iniciassem quando tivessem
sete anos. Embora todos eles admitiram sentir medo na primeira vez que
participaram, isso agora era apenas parte da vida.

Comprometidos com a Causa para a Vida


Esse acontecimento horrível ficou na minha cabeça por muitos dias.
Enquanto refletia sobre ele, dois pensamentos me ocorreram:

1) aqueles garotos nunca seriam neutros a respeito de sua fé;

2) sem um milagre de Deus, eles nunca deixarão sua fé.

O tipo de envolvimento e comprometimento que têm sido ensinados a


eles estará embutido em seu espírito, alma, e corpo para a vida inteira.

Era digno de nota como o pai deliberadamente envolveu seus filhos no


meio desse evento horripilante ao invés de estar contente meramente por falar a
eles sobre isso, ou até mesmo os deixar observar do lado de fora. Ao invés, ele
tirou tempo para pessoalmente fazer parte da educação espiritual deles, dando
novo significado ao termo “discipulado.”

Foi impressionante também o fato de ele ter envolvido seus dois filhos
mais novos – apenas pequenos garotos – numa atividade inteiramente adulta. Ele
próprio deu início nessa cerimônia com a idade de três anos pelo seu próprio pai.
Alguém pode certamente perguntar o porquê de um pré-escolar ter sido forçado a
participar de um ritual tão grotesco, mas o pai desse homem obviamente não
queria perder nenhum tempo para imergir seu filho “na fé.” Não há dúvida de
que adolescentes muçulmanos ao alcançarem a idade da adolescência e a idade
da faculdade já estejam prontos para morrer por aquilo que eles acreditam.

Regra sobre Regra, Preceito sobre Preceito


Alguém disse, “Você ensina adultos, mas você treina crianças.” O
raciocínio desta pessoa era que os adultos já tinham uma base de competências e
ferramentas para fazer e pensar da forma como eles fazem. As crianças, porém,
não têm os mesmos pontos de referências e têm que ser ensinadas a fazer coisas
do zero.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Qualquer um que trabalhe com crianças regularmente percebe que não é


suficiente verbalmente dizer a uma criança para arrumar a sua cama, escovar seus
dentes, ou dar comida ao cachorro caso nunca tenha feito isto antes. É necessário
demonstrar como estas coisas são feitas, então permita que elas façam isso passo
a passo. Na maioria das vezes elas precisam ver repetidamente antes que possam
fazê-las bem. Isto é treinamento. Ensinar, por outro lado, é apenas dar a alguém
informação verbal e instruções.

Não é o suficiente dizer às crianças que elas podem ouvir a voz de


Deus. Elas precisam ser treinadas a respeito do que ouvir e ser
ensinadas como ouvir. Não é o suficiente dizer a elas que Jesus
pode curar o enfermo. Elas precisam ver como impor as mãos
sobre o enfermo.

A história do pai muçulmano xiita e seus filhos deveria nos dar uma
perspectiva inteiramente nova quanto ao tipo de discipulado espiritual que nós,
como pais e igreja, devemos ter em relação até mesmo às crianças mais novas
que estão sob nossa responsabilidade. Deuteronômio 6 nos dá uma grande idéia
na forma prescrita para pais criarem seus filhos:

4 “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR.” 5


“Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua
alma e de toda a tua força.” 6 “Estas palavras que , hoje, te ordeno estarão
no teu coração; 7 “tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em
tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” 8
“Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os
olhos.” 9 “E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.”
Verdadeiro Discipulado & Treinamento de Crianças

Como podemos saber em que idade devemos começar a treinar nossas


crianças nos caminhos do Senhor? Isaías 28:9-10 tem a resposta:

“A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a


entender o que se ouviu? Acaso, aos desmamados e aos que foram afastados
dos seios maternos? 10 Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais
preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco
ali.”

Mais do que Apenas Outro Modismo

Não é o suficiente dizer às crianças que elas podem ouvir a voz de Deus.
Elas precisam ser treinadas a respeito do que ouvir e serem ensinadas como
ouvir. Não é o suficiente dizer a elas que Jesus pode curar o enfermo e que elas
também podem. Elas precisam ver como impor as mãos sobre o enfermo vendo
você fazer isso, em seguida elas o fazem. Isto é o que Jesus fez quando treinou
seus discípulos.

Temos nos deparado com um monte de modismos diferentes no corpo de


Cristo que são parte do “tema quente” do momento. No passado, alguns dos
modismos tinham sido palavras como “fé”, “prosperidade”, “avivamento”,
“procuradores sensíveis”, “profético”, e etc. Um dos modismos correntes na
escrita deste livro é “discipulado”. Parece que toda igreja hoje em dia está
ativamente “discipulando” pessoas em suas congregações. Se você ouvir bem de
perto, você vai descobrir que o que eles estão fazendo é realizando mais um
estudo Bíblico durante a semana. Para mim, isto não é discipulado.

Meu ponto de vista pode ser estreito, mas minha definição de discipulado
é fazer o que Jesus fez. Ele caminhou, conversou, e viveu a vida com Seus
discípulos, mostrando a eles como ensinar, pregar, curar o enfermo, abrir os
olhos do cego, expulsar demônios, e orar. Então, Ele os enviou a fazer as mesmas
coisas por conta própria. Ele estava lá quando eles tiveram sucesso (“Senhor, os
próprios demônios se nos submetem pelo teu nome!” Lucas 10:17). Ele
estava lá em seus fracassos (“...Esta casta não pode sair senão por meio de
oração e jejum.” Marcos 9:29).
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Jesus Os Conduziu pelo Processo


Ele, porém, os conduziu pelo processo após eles terem visto Seu exemplo
várias vezes, sem dúvida bem de perto, de forma que eles puderam ver cada
detalhe milagroso que o resto da multidão não teve a chance de ver. Isto é
discipulado. Os discípulos seguiam Jesus onde quer que Ele fosse, viam o que
Ele fazia, então, eles o imitavam. É assim que precisamos discipular nossas
crianças.

Não podemos viver com as crianças em nossos ministérios, nem podemos


levá-las para casa conosco. Assim, numa configuração mais moderna, devemos
tirar bom proveito daquilo que fazemos juntos em nossos cultos semanais
infantis e copiar, demonstrar, e treinar nossas crianças a fazer os trabalhos de

Devemos abandonar a mais tradicional e menos efetiva


mentalidade de “Eu prego - você ouve” para “Venha até aqui e
deixe-me mostrar a você como fazer isto.”

Jesus. Isto inclui oração, adoração, ouvir a voz de Deus, ser guiado pelo Espírito,
operar nos dons do Espírito, curar o enfermo, realizar o ministério profético, e
mais. Nós não apenas explicamos a elas o que é, mas nós mostramos a elas o que
fazer e então as ajudamos a fazer. Um maravilhoso ministro de crianças de nome
John Tasch usa esta fórmula para discipular crianças:

1. Eu faço – você assiste

2. Eu faço – você ajuda

3. Você faz – eu ajudo

4. Você faz – eu assisto

Isto é discipular. Isto é treinamento. Isto é o que você faz com crianças.
Verdadeiro Discipulado & Treinamento de Crianças

Métodos Efetivos de Ensinar


No meio de nossa discussão de redefinindo o ministério infantil no século
21, devemos abandonar a mais tradicional e menos efetiva mentalidade de “Eu
prego – você ouve” para “Venha até aqui e deixe-me mostrar a você como fazer
isto.” Até mesmo nas escolas públicas, os professores mais efetivos agora tentam
recriar ambientes diferentes em suas salas de aula para capacitar os alunos a
realmente se tornarem participantes do processo de aprendizagem.

Por exemplo, ao invés dos tradicionais métodos de ensinar matemática


com adição, subtração, divisão, etc. no papel ou no quadro de giz, eles vão criar
um centro comercial na sala, e cada criança terá que construir uma “loja” ou um
negócio. À medida que elas conduzem o negócio fora de suas pequenas lojas,
elas fazem problemas de matemática que estão relacionados ao mundo real
enquanto lidam com seus “clientes” e “vendedores”. A efetividade no processo
de aprendizagem é profundamente maior do que simplesmente sentar e tentar
resolver problemas num pedaço de papel, embora isso possa ainda ser parte do
processo em algum ponto.

No sistema escolar americano dois excelentes exemplos de discipular


crianças seriam aulas de “prática industrial” e “Economia Doméstica”. Nas aulas
de prática industrial, meninos e algumas vezes meninas, aprendem como
construir tudo, desde mesas de café e casas de pássaros a casas de verdade sob a
supervisão de seu professor e treinador. Nas aulas de economia doméstica,
meninas e algumas vezes meninos, aprendem a costurar, cozinhar, e outras
tarefas domésticas. Em ambos os cursos crianças aprendem habilidades muito
práticas, benéficas que irão ajudá-las por toda a vida. Suas habilidades não são
aprendidas através da leitura de livros ou até mesmo por meio de palestras, mas
quando põem a mão “na massa”, levando-as realmente a fazer o trabalho. Por
pelo menos um ano inteiro de aula, essas crianças cozinham, costuram, e
constroem coisas todas as vezes que estão em sala de aula. Elas aprendem
fazendo.

Estas são as mesmas coisas que nós como ministros de crianças devemos
aprender a fazer no sentido de termos participantes ativos no Reino de Deus
dentre nossas crianças – fazendo verdadeiros discípulos que sabem como andar
como cristãos em suas casas e escolas. Se estivermos ensinando às crianças a
razão pela qual elas fecham seus olhos e levantam suas mãos quando adoram
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

para ensiná-las como falar à enfermidade e doença e ordenar que a mesma deixe
o corpo da pessoa, nossos ministérios infantis de nossas crianças devem tornar-se
clínicas de funcionamento cristão. É quando crianças se tornam participantes
ativas nas atividades do Reino que o cristianismo delas se torna prático e
benéfico na sua vida cotidiana.

Ensinando o que Ninguém me Ensinou

Eu estava falando numa conferência para ministros de crianças em Dar Es


Salem, Tanzânia, sobre a importância de ensinar as crianças sobre como ouvir a
voz de Deus. Eu tinha enfatizado isso várias vezes durante os dias em que estive
com eles. Finalmente, durante os workshops, uma jovem senhora calmamente
pediu para falar comigo, e com lágrimas em seus olhos ela perguntou, “Por favor,
mamãe Becky, você me ensina ouvir a voz de Deus? Ninguém nunca me
ensinou. Como posso ensinar as crianças se ninguém me ensinar antes?”

Ninguém me disse que você não poderia ensinar as crianças estes


trabalhos de “adultos”. Nós imediatamente começamos a ver e
ouvir a respeito de milagres de curas.

Seu pedido foi sincero e é muito comum entre os ministros de crianças, e


até mesmo entre cristãos como um todo – não apenas de ouvir a voz de Deus,
mas também a respeito de curar o enfermo ou operar milagres nos dons do
Espírito Santo, etc. É um problema real. Como podemos ensinar algo que
ninguém nos ensinou? Regularmente eu me deparo com este dilema à medida
que treino professores de crianças em igrejas local.

Nunca mais Fui a Mesma


Eu cresci numa denominação Pentecostal que acreditava na cura do
enfermo e até mesmo tinha isso incluída em seus princípios básicos de fé. E
Verdadeiro Discipulado & Treinamento de Crianças

mesmo assim raramente vimos alguém ser “divinamente” curado, o que


geralmente significava uma cura instantânea ou de outra forma, milagrosa,
inexplicável. Ainda estamos fielmente presos a esta crença toda a nossa vida.
Isso durou até Charles e Frances Hunter virem à nossa cidade com uma de suas
Escolas de Cura, então eu vi e experimentei minhas primeiras curas.

Os irmãos Hunters nunca tocaram em nenhum de nós. Eles nos ensinaram


o que fazer, então nos pediam para nos virarmos para as pessoas em pé à nossa
volta, e nós orávamos pelos enfermos. A primeira vez que eu experimentei
alguém caindo no Espírito quando eu impus as mãos sobre ela ocorreu naquelas
reuniões. Pela primeira vez em minha vida eu orei por pessoas, e elas foram
instantaneamente curadas. Eu também precisava de cura. Um (a) amigo (a) orou
por mim e instantaneamente fui curada. Aquelas experiências mudaram minha
vida. Alguém me ensinou o que fazer, mostrou-me como era feito, então me
liberou para fazer o mesmo. Eu nunca mais fui a mesma.

Isso aconteceu bem na época em que era a “minha vez” de trabalhar no


ministério infantil em minha igreja, como todo bom membro de igreja fazia. Eu
não conhecia nada melhor para fazer do que começar a ensinar as crianças em
nossa Escola Dominical exatamente o que os irmãos Hunters tinham me
ensinado. Ninguém me disse que você não poderia ensinar as crianças esses
trabalhos de “adultos”. Imediatamente começamos a ver e ouvir a respeito de
milagres de curas. Até aos dias de hoje quando retorno para uma visita, há pais
que me dizem, “Nunca vou esquecer quando você ensinou nossas crianças como
orar pelo enfermo. Toda nossa família ficou muito mal com a gripe, e elas
oraram por nós e todos ficamos curados!” Isso aconteceu porque alguém não
apenas me ensinou, mas me mostrou o que fazer e me liberou para fazê-lo.

Você Pode Aprender


Se você se encontrar nesta situação de estar ansiosa (o) para treinar
crianças, mas não foi treinada (o), deixe-me encorajá-la (a) a tentar várias coisas.
Dependendo da área do ministério que você deseja treinar as crianças, vá ao seu
pastor e diga a ele o que você está fazendo, e pergunte a ele se ele tem interesse
em gastar tempo para treinar e ensinar você na área específica que você tem
interesse. Esperamos que ele aproveite essa chance ou se o tempo dele é escasso
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

e não pode ele mesmo fazer isso, que ele pelo menos fale a você quem mais em
sua congregação poderia ser capaz de ajudá-lo.

Além disso, lembre-se que o Espírito Santo é o seu Professor. Com Sua
orientação pegue bons livros, fitas ou vídeos sobre o assunto e comece a treinar a
si mesmo. Você pode aprender o que quer que seja fazendo um pouco de esforço
para encontrar recursos e outras pessoas para ajudar. Preste muita atenção em
como Jesus fez as coisas na Bíblia, como na área da cura. Então, seja guiado pelo
Espírito, pratique em qualquer pessoa doente que você encontrar, até mesmo se
você cometer muitos erros ou não vê muitos resultados. Os irmãos Hunters nos
disseram, “Se vocês orarem por milhares de pessoas e vocês nunca vê-las sendo
curadas, não pare de orar, porque isso acontecerá eventualmente. Então, sua fé
aumentará como também o seu sucesso.” Você precisa seguir o mesmo conselho.
Se você tiver o dinheiro, vá a conferências de cura onde você

Se é verdade que o corpo de Cristo precisa ser treinado para o


trabalho do ministério, as crianças deveriam estar no topo da lista
daqueles a serem treinados porque elas são ensináveis e abertas a
novas idéias.

sabe que eles estarão treinando pessoas especificamente para o ministério.

Se você está interessado em aprender como ouvir a voz de Deus ou agir


profeticamente, procure conferências onde eles estarão treinando e liberando as
pessoas presentes para fazer o que elas estão aprendendo. Qualquer que seja a
área que você precise de ajuda, saiba que Deus honrará os teus esforços. Se você
nunca tiver a chance de participar desses tipos de conferências, e você não pode
comprar livros e fitas, comece a orar que Deus vai enviar pessoas até você que
podem ajudá-lo a aprender o que você precisa fazer. Então, corajosamente dê o
passo inicial e comece a usar aquilo que você já tem. Todas essas áreas são
coisas que Ele desesperadamente quer que você saiba como fazer, assim, Ele te
orientará ao longo do caminho. Até mesmo os Benny Hinns deste mundo tiveram
Verdadeiro Discipulado & Treinamento de Crianças

que começar em algum lugar. Eles fizeram o que eles sabiam fazer, e Deus
aumentou a compreensão e conhecimento deles com o passar do tempo. Ao
longo do tempo eles se tornaram mais bem sucedidos.

As crianças devem ser expostas a muitas áreas do ministério sempre que


possível, assim quando forem adultas elas vão saber exatamente para o que foram
chamadas para fazer e serão experientes a respeito disso. Tenho visto
documentários onde doutores disseram que sabiam na idade de dez anos que
queriam entrar no campo da medicina. Ouvi uma entrevista com a estrela
Olímpica Carl Lewis, o qual disse que com a idade de cinco anos já pulava as
rachaduras da calçada praticando para tornar o seu sonho realidade, para tornar-
se um medalhista de ouro no atletismo. Até mesmo o metereologista na estação
de TV local disse que sabia com a idade de oito a nove anos o que queria ser
quando crescer!
Chamado de “Sua Santidade”, o 14º Dalai Lama do Tibet, 69 anos de
idade Tensin Gyatso foi coroado como líder espiritual com a idade de cinco anos.
Falaram-me que líderes da religião Islâmica freqüentemente selecionam meninos
bem novinhos entre dois e três anos de idade e os treinam a vida inteira sobre a
Fé Islâmica. Nossos inimigos parecem estar milhas à nossa frente nesta área. Não
é nenhuma surpresa que seus jovens sejam tão insanamente comprometidos com
a sua causa. Isso tem sido reproduzido dentro delas até que sejam adultos o
bastante para caminharem por si só.

Se é verdade que o corpo de Cristo precisa ser treinado para o trabalho do


ministério, as crianças deveriam estar no topo da lista daqueles a serem treinados
porque elas são ensináveis e abertas a novas idéias. Se o mundo sabe do valor de
se treinar crianças tão pequeninas, onde deveríamos estar como corpo de Cristo?

É Mais do que um Ministério de Ajuda

Nos últimos anos têm acontecido alguns ensinos excelentes para


ministros de crianças para encorajá-los a permitir que as crianças se envolvam
em todos os momentos do culto. Isto inclui usar as crianças em equipe de
marionete, equipe de teatro, nos equipamentos de som, câmeras, grupo de
arrumadores da classe, ajudantes da (o) professora (o), etc. Nós sinceramente
endossamos o uso de crianças em todos os lugares possíveis. Elas são capazes,
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

são trabalhadores com disposição e devem ser treinadas bem cedo em todas as
áreas do ministério de ajuda.

Mas nós queremos incentivá-lo a não se contentar em limitar suas


crianças a essas áreas naturais de prática de ajuda. Tudo isso é muito bom, mas
existem tantos meios de entretenimento para conectarmos as crianças, mas há
muito mais a respeito de servir a Deus do que essas coisas. Não apenas isso, mas
elas podem se acomodar pensando que essas áreas são as únicas do ministério
que elas são capazes de fazer ou deveriam estar interessadas. Esse é o problema
que temos com os adultos nesse momento. As pessoas são treinadas para serem
arrumadoras e não para dar palavras proféticas de mudança de vida às pessoas
que diariamente passam por elas. O cristianismo está suposto ser um estilo de
vida. É algo pra ser levado para fora dos quatro cantos da igreja. A não ser para
ajudar em atividades evangelísticas especiais, o aprendizado de marionete, teatro,

Nunca deixe que seja dito das crianças sob nossos cuidados,
“Elas nunca sentiram a presença de Deus, nem nunca O ouviram
falar com elas.” Se isso acontecer, nós temos falhado em nossas
responsabilidades de discípulá-las verdadeiramente.

uso de câmeras e sistema de som, não são coisas que elas farão no dia a dia. Mais
importante ainda, como é maravilhoso ensinar-lhes estas habilidades, elas não
vão mudar vidas ou equipá-las para ser participantes nos trabalhos de Jesus.
Precisamos ensinar nossas crianças a se tornarem ministros de luz e vida, não
simplesmente a serem condutores de marionetes.

De todos os modos, continue a usá-las nessas áreas. Mas não pare aí!
Continue a discipular suas crianças para fazer os trabalhos que Jesus fazia.
Treine-as para serem evangelistas, guerreiras de oração, intercessoras,
adoradoras, curadoras do enfermo, aqueles que ouvem a voz de Deus e seguem
Sua orientação, e muito mais. É suposto que o cristianismo seja todos os dias.
Nunca deixe que seja dito das crianças sob nossos cuidados, “Elas nunca
sentiram a presença de Deus, nem nunca O ouviram falar com elas.” Se isso
acontecer, nós temos falhado em nossas responsabilidades de discipulá-las
verdadeiramente.
Verdadeiro Discipulado & Treinamento de Crianças

Concluindo
Como ministros de crianças e pais, devemos começar a ajustar nossos
pensamentos a respeito de treinar nossas crianças para incluir de forma ativa,
deliberada, de propósito, o ensino prático. Isto deve incluir mostrar às nossas
crianças como fazer o trabalho do ministério de Jesus, não apenas falar a elas a
respeito, e então liberá-las para fazer o mesmo regularmente em nossos cultos de
crianças e em outros lugares. Devemos entender que elas são capazes de fazer
tudo o que Jesus fez e que Ele não impôs limite sobre quem poderia fazer ou não
os sinais, maravilhas, e milagres. Como cuidadores de crianças devemos levar o
discipulado e treinamento a um novo nível, e fazendo assim, estaremos ajudando
grandemente a redefinir o ministério infantil e deste modo, o cristianismo no
século 21.

Colocando em Prática
1. Descreva como você tem treinado suas crianças em alguma área do ministério
espiritual.

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2. Quais seriam outras maneiras de modificar seus cultos semanais para incluir
treinamento prático em alguma área como oração ou evangelismo, etc.?

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3. Faça uma lista de pessoas em sua igreja que você poderia recrutar para ajudar
no treinamento de crianças nas áreas do ministério.

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Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Deveria ser bem comum ouvir que uma igreja tem um grupo de
oração de crianças, um grupo de cura de crianças, um ministério
profético de crianças, e um grupo de evangelismo de crianças,
como é ouvir que eles têm uma Escola Dominical.
Capítulo 4

Determinando Nosso Propósito

A História da Escola Dominical

A Escola Dominical começou na era geral do abominável conto de Oliver


Twist, escrito por Charles Dickens. Era na época das menininhas vendedoras de
fósforos e de meninos limpadores de chaminés na Inglaterra, onde as famílias
eram tão pobres que eram forçadas a entregar seus filhos às várias formas de
trabalho para ajudar a suprir suas necessidades financeiras. Muitas daquelas
crianças passaram a vida inteira nas fábricas. Por serem obrigadas a trabalhar,
elas não eram capazes de obter nenhum tipo de educação. Portanto, cresceram
geração após geração sem nunca aprender a ler ou escrever. Isso criou um ciclo
de pobreza, porque sem uma educação descente elas nunca foram capazes de
fazer nada, além de trabalhos braçais. Crime e corrupção eram temas constantes
na vida daquelas jovens vidas, e, finalmente, um dedicado homem cristão de
nome Robert Raikes (1736-1811) decidiu que algo deveria ser feito para impedir
esse patético ciclo da pobreza.

Ele determinou-se a ensinar esses moleques de rua a ler e a escrever


mantendo uma escola informal. Ele recrutou o máximo de pessoas leigas que
pôde para ajudar nesse enorme projeto. O plano era reunir as crianças num único
dia da semana em que elas não tinham que trabalhar – domingo. Eles as
assentaram em carteiras, deram-lhes papel e lápis, e um livro de leitura – a Bíblia
– e começaram a ensinar. Deste modo, a Escola Dominical nasceu. O ano era
1780, e por volta de 1831, a Escola Dominical na Grã Bretanha estava
alcançando tantas crianças quanto 1.250.000 semanalmente, o que correspondia a
25% da população. Para muitas crianças foi a única educação que receberam. A
Escola Dominical tem sido chamada de “O maior movimento leigo desde o
Pentecoste.” Foi responsável pelo seu próprio tipo de “avivamento” naquela
época.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Devemos sinceramente aplaudir e abençoar o lugar que a Escola


Dominical tem tido na história do mundo. Não há dúvida de que muitas vidas
foram mudadas por ela, tocando cada área da vida e cultura dos tempos!
Obrigada Deus por Robert Raikes e por todos os ajudantes anônimos que se
dedicaram a este grande trabalho. Eles não apenas ajudaram essas crianças de
forma prática, tangível, mas também estabeleceram uma base bíblica sólida em
suas vidas, a qual sem sombra de dúvida afetou toda a sociedade.

Foi somente após Raikes e seus companheiros desbravarem esta


inigualável trilha que as igrejas na Inglaterra começaram a notar o bem que ela
estava fazendo. Eles decidiram que eles também, manteriam a “Escola
Dominical” nos programas de suas igrejas, apesar de que não seria para aprender
a ler e a escrever, mas principalmente como educação Bíblica.

Poderia ser que o que nós temos perpetuado por gerações no


ministério infantil como um todo é um odre velho de duzentos anos
de idade que ainda hoje está produzindo resultados limitados?

Para a grande maioria, o que nós chamamos de Escola Dominical hoje


tem mudado muito pouco desde aqueles dias. Muitos programas de Escolas
Dominicais tradicionais ainda sentam as crianças em cadeiras com carteiras da
mesma maneira que as escolas públicas. Eles estão entregando papéis, os quais
são livros de leitura (algumas vezes chamados de “quinzenais” ou livros de
tarefas) e lápis para escreverem. Claro, a Bíblia é a base da educação, como
deveria ser. As crianças são separadas de acordo com a idade em grupos como
nos sistemas das escolas regulares. A atmosfera é normalmente quase a mesma
de um ambiente de uma típica escola.

As Mudanças Externas não São o Problema


Tempos mais tarde, uma alternativa para o modelo atual da Escola
Dominical foi desenvolvido. Era o culto de adoração das crianças. Embora na
moda agora, um culto de adoração de crianças, de outra forma conhecido como
Determinando Nosso Propósito

igreja de crianças, ainda não é tão popular quanto o modelo da Escola Dominical.
Ele é estruturado após o culto de adoração dos adultos com sua hora de louvor e
adoração própria, pregação e ofertas.

Numa igreja onde o culto tem o estilo das crianças não é necessário
separar as crianças por grupos de idade. Ao invés, crianças da idade de seis a
doze anos podem se reunir juntas numa mesma sala. Isto descarta a necessidade
para várias salas separadas e muitos professores para assumir as turmas. Em anos
mais recentes, grupos de células têm sido desenvolvidos para crianças à medida
que o conceito de igreja celular tem crescido no mundo inteiro. Mas a apatia
espiritual pode ser prevalente em qualquer desses estilos de ministério se a
presença de Deus não for evidente nas reuniões.

Ocasionalmente têm existido ministérios de mudança de vida que


crescem para a superfície, como a Associação de Evangelismo de Criança ou
como o movimento Escola Dominical da Calçada. O que faz estes e outros como
eles tão bem sucedidos e poderosos é que eles estão consumidos com a visão de
mudar vidas. Mas além de um punhado de organizações como essas, é
interessante notar que no geral têm existido pouquíssimas novas idéias criativas
no ministério infantil ao longo dos anos.

Não estou me referindo a coisas como o acréscimo de adornos externos,


tais como jogos, concursos, marionetes, teatro, ou balões esculpindo nossa
metodologia. Não tem nada a ver com decorar nossas salas de forma colorida ou
com pinturas de animais e anjos em nossas paredes para tornar as coisas mais
visualmente atraentes. Não é nem mesmo a respeito de criar programas de estudo
utilizando as mãos por meio dos cinco sentidos. Todas essas coisas certamente
melhoram a experiência de aprender, e nós devemos usar tudo que pudermos
para tornar a experiência de igreja de uma criança divertida e emocionante. O
que estou falando a respeito tem a ver com núcleo de filosofias daquilo para o
que fomos chamados para fazer na formação de crianças como seguidoras de
Cristo.

Técnicas Antigas de Duzentos Anos


Apesar de tudo que acabamos de mencionar, pode ser que o que nós
temos perpetuado por gerações no ministério infantil, sejam, na verdade, técnicas
antigas de duzentos anos de idade que hoje estão produzindo resultados
limitados?
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Por um lado, o fato de que a Escola Dominical ainda esteja em uso, tenha a ver
com o fato de a idéia original ter sido inspirada por Deus. Por outro lado, isso
pode ser um sintoma do pensamento prevalecente de que as crianças não são
capazes de lidar com nada mais a não ser com as histórias Bíblicas básicas,
lanches, folhas para colorir, então por que mudar as coisas? Isso também poderia
ser reflexo de uma atitude como, “Bem, foi muito bom para a vovó, então, é bom
o bastante para nós também.” Ou por último, pode ser que os familiares tenham
visto e pensado, “Se não está quebrado, não remende.” Se o estudo de Barna for
exato, e nós estivermos de fato perdendo nossas crianças aos milhares, quando
elas crescerem teremos que considerar a possibilidade de que algo sobre nosso
sistema está quebrado e precisa desesperadamente de conserto.

Se pudermos ser sinceros com nós mesmos, existem milhares de


igrejas realizando a Escola Dominical puramente porque é o que
todo mundo faz ou porque é o esperado deles, e não porque são
movidos por uma visão.

Mais uma vez, estruturar e formatar não são o problema. A presença real
de Jesus pode ser sentida poderosamente em qualquer cenário se houver
liderança que saiba como trazê-la ao ambiente. O ponto mais importante é que
precisamos examinar o porquê de estarmos fazendo o que fazemos e quais devem
ser nossas metas. Ao planejarmos o ministério infantil em nossas igrejas,
qualquer que seja a estrutura ou formato que criarmos ou adornos externos que
usarmos, precisamos nos perguntar: “O que é que estamos tentando realizar
em nossos ministérios infantis?”

Sem uma Visão o Povo Perece


Pessoas como Robert Raikes são visionários que recebem idéias
poderosas de Deus e as realizam. À medida que se tornam bem sucedidas, outros
vêm e vêem o sucesso, então copiam a idéia original. Não há nada de errado com
Determinando Nosso Propósito

isso a não ser que estejam seguindo orientação do Espírito Santo ao fazê-lo. Esta
é a chave da questão.

Se pudermos ser sinceros com nós mesmos, existem milhares de igrejas


realizando a Escola Dominical puramente porque é o que todo mundo faz ou por-
que é o esperado deles, e não porque são movidos por uma visão por crianças ou
tenham recebido direção de Deus. Com freqüência as igrejas percebem que
alguma coisa precisa ser feita para as crianças, então eles simplesmente fazem o
que todo mundo está fazendo com uma pequena idéia do que estamos tentando
realizar ou quais suas metas devem ser. Eles presumem que serão bem sucedidos
em sua igreja porque isso tem sido um sucesso em outras igrejas – pelo menos é
o que parece.

Perecem Coletivamente

O que acontece como resultado é que terminamos com um programa sem


vida que se torna um problema contínuo. Sem nenhuma visão real, encontrar uma
liderança para dirigir o ministério infantil se torna um problema. Todos nós
conhecemos a passagem Bíblica que diz, “Onde não há visão, o povo perece”
(Provérbios 29:18). Este é um daqueles lugares que poderia ser argumentado
onde estamos perecendo coletivamente!
Ninguém quer ser parte de algo que tenha um pouco ou nenhuma unção
ou onde os professores parecem que estão somente cuidando das crianças. É por
isso que se torna difícil encontrar trabalhadores dispostos a assumir as aulas.
Ninguém se atreveria a usar esta terminologia, mas verdadeiramente,
freqüentemente o ministério infantil numa igreja local é visto como “um mal
necessário” e não como uma importante parte de toda a visão da igreja local. Mas
isso pode, eventualmente, levar ao mesmo pensamento de que as crianças não
são realmente capazes de entender muito do mundo espiritual, assim, o melhor
que você pode fazer com elas é entretê-las numa sala em algum lugar, de forma
que os pais consigam participar da ministração.
Esperamos ver a redefinição do ministério infantil no século 21 e que essa
mentalidade ultrapassada de entreter as crianças da igreja seja esmagada de uma
vez por todas. Mas aonde vamos de lá? Precisamos começar com uma visão.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Qual É o Nosso Propósito como Ministros de Crianças?


Em busca de Deus por uma visão para as crianças em nossos lares e em
nossas congregações, há duas perguntas que devemos nos fazer:

1. Como se parece uma criança que é uma “seguidora de Jesus”


comprometida?

2. O que será preciso para levá-la a esse nível?

Podemos ter opiniões diferentes sobre estas perguntas. Contudo, a Bíblia


pode nos dar algumas dicas a respeito do que venha a ser as respostas.

1. Ela nos diz que devemos amar ao Senhor com todo o nosso coração,
mente, alma, e amar nosso próximo como a nós mesmos – isto é, sendo
sinceros, adoradores devotos.

2. Devemos ser amantes da Palavra de Deus e pessoas de oração, ter


relacionamento pessoal e interação regularmente com o Senhor.

3. Devemos ser cheios do Seu Espírito andando em força e poder.

4. Como Suas ovelhas devemos conhecer Sua voz e seguir Sua liderança.

5. Devemos ser imitadores de Jesus em tudo o que falamos e fazemos.


Isto falará dos problemas de caráter e integridade do coração.

6. Devemos saber a respeito dos negócios do Pai. Isto inclui fazer tudo
aquilo que Ele nos chamou para fazer, desde anunciar as Boas Novas de
Jesus de todas as maneiras que podemos para curar o enfermo, abrir os
olhos do cego, ministrar aos de coração quebrantado, libertar os cativos,
expulsar demônios, ressuscitar o morto, e assim por diante.

Um Rebanho dentro de um Rebanho

Como ministros de crianças, estamos numa posição interessante. Temos


sido postos sobre um rebanho dentro de um rebanho. Como o pastor presidente
que presumivelmente tem um dos dons ministeriais (apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e professores), que tem sido colocado em sua congregação
biblicamente para “treinar os santos para o trabalho do ministério (Hebreus 4:11).
Determinando Nosso Propósito

É uma de suas tarefas primárias. Mas o pastor nos tem posto sobre o pastoreio de
crianças, o que significa que em essência nós somos responsáveis por treinar os
“pequenos santos.” Eu me atreveria a dizer que raramente ocorre à maioria dos
adultos que as crianças precisam ser treinadas para o ministério, e na maioria dos
casos, nunca ocorre a um ministro de crianças que isto é parte de sua
responsabilidade. Mas verdadeiramente é e se nós não fizermos, o mesmo não
será feito. Se este for o caso, isso esclarece especificamente sobre qual deveria
ser o nosso propósito na igreja local.

Raramente ocorre à maioria dos adultos que as crianças precisam


ser treinadas para o ministério, e na maioria dos casos, nunca
ocorre a um ministro de crianças que isto é parte de sua
responsabilidade.

Se determinarmos que o nosso objetivo é treinar as crianças para o


ministério, então receberemos direção clara sobre os tipos das coisas que nós
devemos estar ensinando e pregando aos nossos alunos. Este objetivo ajudará a
moldar com o que nossos ministérios infantis parecerão na igreja local. Tudo o
que fazemos e dizemos em nosso limitado período de tempo com as crianças
deve ser moldado por este propósito de treinar as crianças para o ministério.
Lembre-se, dentre outras coisas, que somos a base espiritual na vida de nossas
crianças. E a base que nós formarmos, boa ou ruim, é tudo o que elas vão ter para
construir para o resto de suas vidas em muitos casos.

Novas Idéias para Considerar


Eis aqui uma pequena revisão:

1. Crianças são famintas por um genuíno encontro com o Deus Vivo.


Portanto, queremos proporcioná-las uma variedade de maneiras para
experimentar isso.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

2. Precisamos querer elevar o padrão a respeito dos temas que tipicamente


temos ensinado nossas crianças e começar a dar alguma carne de verdade
para que elas mastiguem.

3. Queremos manter em mente que crianças precisam muito mais do que


outro sermão. Elas precisam usar das oportunidades para levantar e fazer
de fato o que elas têm sido ensinadas, aplicando em suas vidas de uma
forma muito pessoal.

Isto nos leva ao próximo passo. Precisamos de fato ter algum preparo.
Isso poderia ser tão comum quanto ouvir que a igreja tem um grupo de oração
infantil, um grupo de adoração infantil, um grupo de cura infantil, um grupo
infantil de ministério profético, e um grupo de evangelismo infantil quanto é
ouvir que eles têm uma Escola Dominical. Nestas áreas e em outras áreas, como
artes proféticas, missões, e muitas outras, as crianças vão experimentar a
realidade da presença de Deus. Elas serão ensinadas a respeito das coisas
carnudas da Palavra de Deus e elas se tornam participantes no trabalho do minis-

Tédio e desinteresse podem se tornar algo do passado.


Posso te dizer de primeira mão por experiência que se você
começar a envolver suas crianças nesses tipos de coisas, elas
nunca mais serão as mesmas!

tério. Isso muda tudo para as crianças. Tédio e desinteresse podem se tornar algo
do passado. Posso te dizer de primeira mão por experiência que se você começar
a envolver suas crianças nesses tipos de coisas, elas nunca mais serão as mesmas!
Haverá sempre algumas crianças que você nunca será capaz de atingir devido aos
muitos problemas em casa, etc. Mas como um todo, isso impactará
dramaticamente suas crianças.

As idéias a seguir não são originalmente minhas. Há um número de


ministros de crianças usando-as há anos, mas em silêncio, escondido, em lugares
fora do caminho. Poucas pessoas as têm realmente notado. O que estou propondo
aqui é que estes tipos de coisas precisam se tornar a corrente principal do
Determinando Nosso Propósito

ministério infantil. Além de impactar as crianças, considere o impacto sobre


todo o ministério, e em seus professores e ajudantes também.

Objetos Quadrados em Buracos Circulares


Todos nós temos encontrado aqueles professores voluntários que têm se
esforçado totalmente para estudar a lição da Escola Dominical no sábado à noite
completamente frustrados porque isso não flui facilmente para eles. Mas eles
fazem isso porque disseram que o fariam, e eles gostam de você e querem ajudar.
Eles realmente não se importam em trabalhar com as crianças, mas esta coisa de
Escola Dominical não é para eles. Eles se sentem muito parecidos com o
provérbio que diz que um objeto de formato quadrado não encaixa num espaço
de formato circular.

Vamos chamar alguns deles de “Srª Anderson.” Vamos dizer que a senhora
Anderson não gosta realmente de ensinar crianças de nove anos de idade. Onde
ela realmente brilha, porém, é na oração de intercessão.

Por que não a livramos dessa frustração de ensinar numa tradicional


classe da Escola Dominical e pedimos a ela para liderar um grupo de intercessão
infantil ao invés? Ao invés de restringir a faixa etária, permita que qualquer
criança em seu ministério participe. Peça-a para fazer isso pelo menos por três a
seis meses, então reavalie após este período se ela quer continuar. Certamente
que há mais do que uma pessoa em sua igreja que ama orar. Talvez alguém ame
orar pelas nações enquanto que outras amam orar pelo pastor e pelas famílias da
igreja. Elas poderiam cada uma treinar pequenos grupos de oração, dando a cada
um dos pequenos grupos de crianças instrução e preparo naquilo que
normalmente é considerado uma atividade de adulto. Você realiza muitas coisas
ao mesmo tempo. Você ainda consegue o trabalhador extra que você precisa, e
cria entusiasmo em ambos os professores e alunos e desenvolve um incrível
treinamento e experiência de aprendizado para as crianças.

Que tal o velho “Bob”, o qual é extremamente profético e facilmente


ouve e vê coisas da parte de Deus? Ele é praticamente perito em visões e
interpretação de sonhos. Até mesmo o seu pastor vai até ele ocasionalmente em
busca de conselho. Por que não pedir a “Bob” para treinar um grupo de crianças
a respeito de profecias? Não tente colocar um programa de estudos em suas
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

mãos. Dê à pessoa a liberdade para ensinar da forma que ela se sente direcionada,
se isso a deixa mais à vontade. Ela pode ensinar e treinar uma turma menor nas
noites de quarta-feira por alguns meses com um punhado de crianças, ou ensinar
sobre o assunto uma vez ao mês para seu grupo inteiro no culto de domingo da
igreja de crianças. Qualquer que seja a maneira que ela faça isso, tanto ela como
suas crianças serão profundamente usadas e fortalecidas. Encoraje-a a profetizar
sobre as crianças regularmente, falando sobre o futuro, visão e chamado para
suas vidas. Então, peça a ela para treinar as crianças a ouvirem e verem da parte
de Deus e a falarem o que estão experimentando. Agora você tem uma animada
professora de crianças porque ela está trabalhando na área que ela ama, e não está
simplesmente preenchendo um buraco em sua equipe de voluntários.

Dando um Novo Significado ao Termo „Discipulado‟

Fora desse tipo de discipulado, existem todos os tipos de possibilidades.


Com a ajuda de outros que possuem o dom do evangelismo, você pode levar um
bando de crianças treinadas em atos proféticos a um shopping por uma hora
durante o culto do meio de semana. A tarefa delas para a noite é obter palavras
do Senhor para os estranhos que passam. Enquanto corajosamente falam essas
coisas para os estranhos, esperemos que isso possa levar a oportunidades para
falar às pessoas sobre Cristo. Isto é a “realidade” do cristianismo.

Pode ser que haja alguém em sua igreja que possua o dom da misericórdia
e está sempre visitando os isolados de um lar do idoso local, ou até mesmo
trabalha fazendo sopa para moradores de rua. Estaria ele ou ela disposto a treinar
crianças indo com elas e ensinando-lhes a orar com as pessoas e pelas pessoas?
Eles podem treinar as crianças a pedirem ao Senhor para dar-lhes idéias de como
fazer um cartão com uma mensagem Bíblica nele que o Senhor lhes deu para
uma pessoa específica. Aprender a ministrar para o viúvo e solitário é
definitivamente a realidade do cristianismo.

E a respeito do indivíduo em sua igreja que realmente parece ter uma


unção na área de orar pelo enfermo? Estaria ele disposto a treinar um pequeno
Determinando Nosso Propósito

grupo de crianças regularmente a respeito de como curar o enfermo, ensinando-


os tudo que eles podem pensar a respeito de serem ungidos com óleo para
imposição das mãos? Esse indivíduo poderia levá-las consigo ao hospital na ala
infantil para praticarem o que elas têm aprendido. Seria um treinamento “a
respeito do trabalho” para suas crianças terem a oportunidade de experimentar a
imposição de mãos sobre o enfermo.

Como você pode ver isto não descarta os cultos regulares das crianças.
Neles, você pode como líder, preparar o ambiente para os outros por meio dos
tópicos do sermão que você prega. Você estará preparando os corações das
crianças para se envolverem e se animarem a respeito de ficarem ligadas nessas
áreas do ministério. Estas tarefas são mais como se fossem “atividades
extracurriculares.” Ainda é importante ministrar regularmente para o grupo
inteiro por meio de uma sólida base Bíblica, mas, para aqueles que estão fa-

Elas começarão a sentir o poder e presença do Espírito Santo, a


ver sinais e maravilhas, e fluir no sobrenatural. Isso começará a
satisfazer a fome que elas têm em seus corações para se ligarem ao
Deus vivo!

mintos por mais, existem opções as quais podem profundamente afetá-los para o
resto de suas vidas. Esperemos que essas idéias tragam alguma “luz” em sua
mente a respeito das opções sobre conduzir as crianças a um verdadeiro encontro
com Deus e – como diz o velho ditado – comece a pensar criativamente!

As Possibilidades São Infinitas


À medida que suas crianças se tornam competentes em suas áreas de
ministério, haverá oportunidades para elas trabalharem juntas com o grupo de
oração de adultos, ou grupo de cura dos adultos. Talvez seu pastor possa até
mesmo proporcionar oportunidades ocasionalmente para suas crianças orarem
pelos enfermos no final dos cultos. As possibilidades são infinitas. Pode ser que
você queira cultos especiais onde você convida visitantes para os mesmos com o
propósito de permitir que as crianças “pratiquem”, ministrando profeticamente
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

sobre os adultos. Fazemos isso regularmente durante os acampamentos de verão,


e em outros lugares, e ficamos constantemente admirados com o nível de
precisão com que as crianças recebem as palavras da parte de Deus. Tem
acontecido algumas coisas profundas que temos até gravado em vídeo só para
mostrar às pessoas “como é que é” quando as crianças profetizam e transmitem
as “palavras” de edificação, conforto e exortação do Espírito Santo (I Coríntios
14:3).

Você pode até organizar atividades evangelísticas em sua vizinhança


onde será dada oportunidade às crianças para orarem pelas pessoas por cura.
Você até mesmo pode organizar uma viagem missionária para uma reserva
indígena ou para uma cidade do interior no seu estado onde elas terão a
oportunidade para usar todo o seu treinamento de intercessão pelos dons do
Espírito, curando o enfermo, e outros. Você só está limitado pelo tempo,
dinheiro, e a direção do Espírito Santo.

Se queremos ensinar de forma a termos maiores resultados e fazer


com que sintam amor para aprender sobre as coisas espirituais,
então, observar e fazer é muito importante.

Estas coisas mudarão radicalmente a textura e qualidade da ministração


que suas crianças recebem, e você vai diminuir drasticamente o número de
crianças com tédio e que se tornam potencialmente em crianças que abandonam a
igreja. Elas começarão a sentir o poder e presença do Espírito Santo, a ver sinais
e maravilhas, e fluir no sobrenatural. Isso começará a saciar a forme que elas têm
em seus corações para se ligarem ao Deus vivo!

Fazendo e Aprendendo
Li um livro interessante a respeito de aprender a ensinar efetivamente em
outras culturas ao invés de na sua própria cultura. Foi escrito por um americano a
companheiros ocidentais sobre como devem aprender a pensar e a ensinar de
forma diferente em culturas não ocidentais se quiserem ser bem sucedidos. Ele dá
exemplos de alguns professores excelentes das nações do ocidente que foram a
Determinando Nosso Propósito

vários grupos desconhecidos de pessoas e tentaram educar as crianças nativas no


mesmo estilo das aulas Greco-romano que eles estavam acostumados. Nesses
ambientes elas foram um fracasso completo. Então, eles começaram a observar a
cultura onde elas estavam inseridas. Eles começaram a observar como os pais
ensinavam suas crianças em todos os afazeres, desde cozinhar a caçar, fazer
roupas, e tudo o mais em seu estilo de vida. Eles observaram que tudo era feito
completamente por meio de imitação e treinamento. O autor escreveu:

“Entre os Esquimós as crianças assumem responsabilidades muito cedo


na vida e são inclusas nos assuntos dos adultos. Elas aprendem fazendo e
observando, e os adultos constantemente admoestam e direcionam...”

“...A primeira vez que vi minha filha de dois anos de idade com um
enorme facão em sua mão eu tremi, mas porque outras crianças também tinham
empunhado esses instrumentos cortantes, eu tentei evitar de reagir como uma
mãe americana histérica agarrando o facão. Pelo fato de as facas serem um
instrumento essencial na vida dos Yaps, usadas para cortarem vassouras, abrir
cocos, e até mesmo para limpar as unhas dos dedos das mãos, os pais orientam as
crianças muito cedo a respeito do jeito certo de usá-las.”1

Nosso ponto aqui é que, muito parecido com os grupos desconhecidos de


pessoas, as crianças são a própria cultura. Elas pensam diferentemente, aprendem
diferentemente, e seus valores são diferentes dos nossos como adultos. Se vamos
nos tornar melhores educadores cristãos [com mais precisão – mentores, técnicos e
treinadores] para os pequeninos sob nosso cuidado, vamos ter que aprender como
ensinar efetivamente em suas “culturas.” O exemplo acima é realmente o modo como
crianças devem ser treinadas em cada sociedade, não apenas em questões naturais, mas
nos assuntos espirituais. Na verdade, esse é o modelo Bíblico dado às famílias judias.

Há muito mais para um ensino efetivo do que se usarmos ou não


marionetes e DVDs em nossos ministérios. Se quisermos alcançar maiores
resultados e fazer com que sintam amor para aprender sobre as coisas espirituais,
então, observar e fazer é muito importante. Um propósito enorme da infância é
ser um ensaio para a vida adulta. Temos ouvido dizer que algumas crianças
aprendem por ouvir e outras por meio de ver. Mas toda criança que já encontrei
aprendeu melhor fazendo!
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Concluindo

Fui proprietária de uma empresa por muitos anos, dirigia uma loja
comercial de confecção de placas, faixas de anúncios. Nós usávamos métodos
computadorizados para cortar letras de vinil e gráficos para fazer nossas placas,
faixas. Quando as pessoas se dirigiam a nós à procura de emprego, nós
perguntávamos a elas se sabiam usar computadores, e muitas vezes a resposta era
não. Precisávamos de pessoas que pelo menos soubessem o básico, porque não
tínhamos tempo para treiná-las do início.

À medida que as dispensávamos, elas acrescentavam sempre, “Mas eu sei


que posso fazer isso se alguém me mostrar como fazer!”

Precisamos nos lembrar que quando trabalhamos com crianças, elas são
espiritualmente capazes de fazer qualquer coisa que Jesus fez se alguém
simplesmente mostrá-las como fazer! Um de nossos principais objetivos como

Precisamos nos lembrar que quando trabalhamos com crianças elas


são espiritualmente capazes de fazer qualquer coisa que Jesus fez
se alguém simplesmente mostrá-las como fazer!

ministros de crianças é treiná-las para se levantar, sair dos bancos e fazer os


trabalhos de Jesus dentro e fora das quatro paredes da igreja.

Precisamos obter uma nova visão para o que fomos chamados.


Precisamos perguntar a nós mesmos com que uma criança que é uma seguidora
de Jesus comprometida se parece, e quanto vai demorar para ela chegar a esse
ponto. Precisamos nos tornar verdadeiros treinadores dos pequenos santos no
vasto mundo do ministério. Devemos lançar bases espirituais que farão delas
participantes ativos no Reino de Deus e proporcioná-las oportunidades amplas e
regulares para exercitarem seus dons. Devemos reconsiderar com o que deve se
parecer a corrente principal do ministério infantil. Fazendo isso, estaremos
fazendo muito para redefinir o ministério infantil no século 21!
Determinando Nosso Propósito

Colocando em Prática

1. O que você está tentando alcançar no seu ministério infantil? Em outras


palavras, qual é sua visão?

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_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

2. Em sua opinião, com que uma criança que é uma seguidora de Jesus
comprometida se parece?

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3. O que vai ser preciso para ensinar, treinar e capacitar para fazer com que suas
crianças se pareçam com sua idéia de seguidores de Jesus?

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_________________________________________________________________
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Poderia ter havido outro alguém que não Eli que pudesse ter
treinado Samuel da forma que ele precisava para realizar os
propósitos de Deus na terra? Por que ele precisava ser o sumo
sacerdote? Não havia nenhum outro sacerdote no templo que
poderia ter feito o trabalho?
Capítulo 5

Eli! Eli! Estou te Chamando

para o Ministério Infantil!

Da Forma como Deve Ter Sido

Eli, sumo sacerdote idoso de Israel, deitado em sua esteira, ressonando


profundamente. Próximo a ele deita Samuel, uma criança deixada aos cuidados
de Eli por uma mulher desesperançada por nunca ter gerado um filho para seu
próprio prazer que tinha pedido a Deus para gerar um filho para Ele. Seu desejo
tinha sido concedido, e algum tempo depois ela apareceu a Eli deixando a criança
aos seus cuidados para ser criada no templo. Foi uma surpresa desconfortável
para o velho homem, mas ela lembrou Eli que ele tinha concordado com isso e
tinha até mesmo profetizado a resposta à sua oração. Agora, no meio da noite, o
menino e o homem estavam dormindo.

Deste modo começa uma história da resposta de Deus para uma nação
carente – uma mulher desesperada oferece seu ventre para a glória de Deus, e um
Deus de amor concede a ela o seu desejo. Uma criança especial nasceu para ser
levantada como um libertador e juiz para uma nação que tinha perdido contato
com Ele. Parece que todos os participantes deste drama estavam vivos para a
evocação de um momento crucial na história e em suas vidas, com a exceção de
um que se dirigia à vontade de Deus, sem perceber sua própria significância.
Poderia Eli remotamente ter previsto as implicações para sua própria vida quando
ele disse para Ana, “...Vai-te em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que
lhe fizeste.” (I Samuel 1:17 Versão Revista e Atualizada) Através de uma licença
criativa vamos participar deste drama da maneira como ele pode ter acontecido:

O sono de Eli foi interrompido de repente ao ouvir uma voz chamando,


“Eli, Eli!” Ainda grogue, ele se virou e olhou para o garotinho Samuel. A criança
estava imóvel, mas ninguém mais estava ali.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

_ Samuel! - Ele chamou. Não houve resposta. Ele se levantou e sacudiu o


ombro do menino. _ Samuel, você precisa de alguma coisa?

_ Hein? Eu estava dormindo, Eli.


_ Não.
_ Tem certeza que você não precisa de nada? Água? Seu ouvido está
doendo de novo?
_ Não, estou bem.
Confuso, Ele se deita novamente e volta a dormir. A voz veio novamente.
_ Eli! Eli!
_ O queee? - Eli olhou ao redor mais uma vez e não viu ninguém. Ele
sacudiu Samuel.
_ O que você quer? - Ele perguntou novamente.
Samuel olhou fixamente para ele. _ Estou bem. Sério.
_ Eu ouvi você me chamar.
_ Pareceu com minha voz? - Os olhos de Eli se arregalaram um pouco.
_ Não.
_ Eu realmente estava dormindo.
_ OK, filho. Desculpe-me. Volte para cama.
Eli caminhou lentamente de volta para sua esteira ponderando sobre a
possibilidade do que estava se passando em seu coração. Poderia Deus estar
falando com ele? Ele deitou-se e socou o travesseiro embaixo de sua cabeça. Foi
muito difícil voltar a dormir, mas eventualmente ele caiu num sono leve.

A voz veio de novo. _ Eli, Eli!

Arremessando a cabeça, olhos arregalados, Ele respondeu: _ Fala,


Senhor. Teu servo ouve!

_ Eli, - a voz continuou. _ Enviei Samuel a você. Ele nasceu para que eu
cumprisse Minha necessidade de trazer meu povo de volta para mim. Você vai
treiná-lo e transmitir a ele tudo que tenho ensinado a você. Ele vai ser o teu
ministério principal, tua esperança de frutos duradouros. Te ensinarei como mi-
Eli!Eli! Estou te Chamando para o Ministério Infantil!

nistrar para crianças, como conduzi-lo às coisas de Deus. Ele será grande, e tua
vida será realizada em vê-lo desfrutar o poder e sucesso que você tinha desejado
ver em sua própria vida.

Atordoado com o que ouviu, Eli olhou para cima em direção ao local de
onde parecia que a voz saía. Ele deitou-se mais uma vez em sua esteira. Durante
algum tempo ele ficou ali pensando sobre o que tinha ouvido. Finalmente, ele
sacudiu a cabeça e fumegava baixinho.

Com um gesto de quem faz pouco caso do que ouve, ele se aconchegou
embaixo de seus cobertores. “Só pode ter sido alguma coisa que comi,” ele
murmurou. “Eu sei que Deus não está me chamando para o ministério infantil!”

Oh, Eli...1

Quem Realmente É Chamado para o Ministério Infantil?

Esta história foi manipulada por brincadeira por uma grande amiga minha e foi
uma grande fonte de diversão para nós à medida que discutíamos as implicações. A
interpretação de Pâmela joga uma boa quantidade de combustível nessa reflexão séria
sobre quem é realmente chamado para o ministério infantil de qualquer maneira. Eli
certamente teria sido categorizado como um “ministro quíntuplo” de acordo com Efésios
4:11 se ele estivesse vivo em nosso tempo. Não posso deixar de sorrir à idéia de que
muitos pastores e ministros do mundo inteiro retorceriam a cabeça à possibilidade de
serem chamados para o ministério infantil. No entanto, rapidamente olhando para as
Escrituras, existem apenas dois exemplos de indivíduos que especificamente tiveram um
ministério infantil. Foram eles Eli e o próprio Jesus _ ambos tinham os dons de apóstolo,
profeta, evangelista, pastor e mestre, se é que é adequado usar estes termos modernos
com eles.

A única outra referência para tal possibilidade foi também um ministro cristão,
Pedro. Foi depois da ressurreição de Jesus em sua última conversa com Pedro que Ele
perguntou três vezes, “Você me ama?” À medida que Pedro respondia, Jesus dava
instruções: 1) apascenta os meus cordeiros, 2) pastoreia as minhas ovelhas, 3) apascenta
as minhas ovelhas (João 21:15-17).

Jesus Tinha as Crianças em Mente

A maior parte de minha vida tive uma suposição de que Jesus estava se
referindo aos novos convertidos nessa passagem quando Ele falou sobre
cordeiros, porque certamente Ele não estava dizendo ao grande Pedro que ele
deveria estar ministrando para as crianças – Ele estava? (Até mesmo eu tenho
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

sido culpada de ignorar as crianças algumas vezes!) Mas particularmente não


acredito que tenha sido uma coincidência quando Jesus disse a Pedro, outro
ministro com o dom de apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre, para
apascentar os cordeiros. Estudando os Evangelhos de perto, é bem evidente que
Jesus tinha as crianças em mente. Nós sabemos que Ele teve que repreender os
discípulos por suas atitudes em relação às crianças pelo menos uma vez. Acredito
completamente que esta passagem estava, de fato, se referindo a respeito das
crianças e não acredito que foi coincidência que elas foram mencionadas
primeiro, não em segundo lugar ou por último (da forma como elas podem estar
sendo tratadas em muitas igrejas hoje). As crianças tem sempre sido uma
prioridade importante para Jesus. Ele gemeu em Mateus 23:37 (VRA):

“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram


enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta
os seus pintinhos debaixo das suas asas, e vós não o quisestes!”

Estamos sugerindo que pastores e outros ministros com dons de


apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre sejam chamados
para ministrar para crianças? Agora mesmo, nesse momento de
crise na igreja, tudo tem que ser posto em discussão!

O desejo de Jesus não realizado na terra hoje ainda é juntar os filhos para
Ele próprio. Eu sempre quis saber por que Jesus queria juntar os filhos, e o que
Ele teria feito com eles uma vez que estivessem juntos. Ao olharmos para trás,
em nossa história de abertura, me pergunto se poderia ter havido alguém mais
além de Eli que poderia ter treinado Samuel da forma como ele precisava ser
treinado para realizar os propósitos de Deus na terra. Por que ele tinha que ser o
sumo sacerdote? Não havia lá no templo nenhum outro sacerdote que poderia ter
feito o trabalho?

Lembre-se, estamos tentando discutir métodos ultrapassados e tentando


discernir o que o Espírito do Senhor está dizendo para o corpo de Cristo hoje
relativo ao ministério para crianças para o bem do futuro da Igreja. Agora
mesmo, nesse momento de crise, tudo precisa ser posto em discussão! Não pode
Eli!Eli! Estou te Chamando para o Ministério Infantil!

haver nada que imponha limites em relação às nossas crianças. Assim, a pergunta
paira diante de nós: Estamos nós sugerindo que pastores e outros ministros com
dons de apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre sejam chamados para
ministrarem para crianças?

O Ministério Quíntuplo
Em Efésio 4:11 e 12 nos é dito, “E Ele mesmo concedeu uns para
apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para
pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do Seu serviço, para edificação do corpo de Cristo.”

Embora o termo não apareça na passagem, estes cinco tipos diferentes de


ministros têm sido conhecidos como “dons do ministério quíntuplo” entre
cristãos do mundo inteiro. Por uma boa temporada seu significado tem se perdido
no mundo da igreja, mas no último século, um a um, sua singularidade e
propósito tem mais uma vez restaurado o corpo de Cristo. A passagem parece ser
clara – no sentido de aperfeiçoar completamente os santos para fazer o que Deus
tem chamado a Igreja para fazer, ela precisa dos dons do ministério quíntuplo
para ensinar, treinar e discipular. Isto parece ser o principal papel desses tipos de
ministros.

Em outras palavras, é esperado que cada crente cure o enfermo, anuncie


as Boas Novas, reconcilie o de coração contrito, liberte o cativo – não apenas o
clero profissional. A maioria de nós não saberia fazer qualquer dessas coisas se
alguém não tivesse tirado tempo para nos ensinar. Este é o papel do ministério
quíntuplo. É sua responsabilidade dada por Deus para nos treinar a realizar os
trabalhos do Reino. Eles são dons para o corpo de Cristo que é chamado para ser
treinador, instrutor, e aperfeiçoador do mesmo jeito que um treinador trabalha
com uma equipe de esporte profissional, treinando e aperfeiçoando-os para
continuar vencendo em seus jogos.

Grande Onda de Unção


Há algo sobre o apóstolo, profeta, mestre, evangelista e pastor que pode
nos levar a maiores alturas e nos lança para novos níveis de espiritualidades por
causa dos dons originais que eles trazem à congregação local. Eles têm o que
alguns têm chamado de “grande onda de unção” – capacidade dada por Deus
para nos levar mais além nas coisas do Espírito do que podemos alcançar sem
eles. Muitos de nós podemos relatar como as coisas mudaram nossas vidas após
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

termos estado sob a influência de um poderoso mestre na Palavra. Temos


mudado conforme um profeta falou a nós sobre nosso futuro em Cristo. Temos
descansado na força e segurança de um verdadeiro pastor que cuidadosamente
nos assiste em nosso tempo de necessidade. Temos visto o evangelista tocar os
corações de pecadores que ninguém mais podia tocar.

A pergunta se torna em, “Não seriam estes mesmos tipos de impactos


realizados em nossas crianças se elas fossem diretamente expostas por esses tipos
de ministros, pelo menos na igreja local?” Poderia ser argumentado que Deus
colocou os pais na vida de seus filhos para proteger, orientar e ministrar em suas

Se as crianças são membros legítimos do corpo de Cristo, elas


precisam da presença e exposição constante para amadurecer os
ministros quíntuplos em suas vidas.

vidas. Verdade. Mas isso é a mesma coisa? Acredito que você poderia encontrar
pais que têm sido tudo isso para seus filhos e ainda te dizerem que na presença de
um verdadeiro dom do ministério quíntuplo, tem havido mudanças significantes
em seus filhos que eles mesmos não seriam capazes de realizar.

Aos pais tem sido dado um lugar de importância na vida de seus filhos
que nenhuma outra pessoa pode preencher. Ao mesmo tempo, Deus tem
colocado ministros quíntuplos no corpo de Cristo para fazer o que nenhum pai,
cônjuge, amigo (a), ou outro líder pode fazer. E se as crianças são legítimos
membros do corpo de Cristo, elas precisam da presença constante e exposição
para amadurecer os ministérios quíntuplos em suas vidas.

Pode ser argumentado que simplesmente porque elas são membros de


Eli!Eli! Estou te Chamando para o Ministério Infantil!

uma congregação com um pastor quíntuplo na direção, isso satisfaria a


necessidade. Talvez. Só precisamos rever a presente crise nos ministérios infantis
de nossas igrejas para supor que algo neste plano não está funcionando.

A Influência Constante de um Pai Espiritual

Não muito tempo atrás realizei quatro dias de “Escola de Cura para
Crianças” numa igreja em Missouri. O casal que pastoreia a igreja são queridos
amigos meus. Uma das razões pelas quais trabalho com eles o mais próximo que
posso é por causa do interesse sincero e o envolvimento de ambos como pastores
em seus ministérios infantis. Nesta singular conferência de aperfeiçoamento de
crianças, ambos, pastor Alan e pastora Carol estiveram presentes em todas as
sessões de ensino com as crianças. Um de meus conferencistas inclinou-se e
surrou-me incrédulo, “Você acredita que o pastor está participando destas
sessões? Você já viu um pastor participar das reuniões de crianças?” Ao qual
respondi, “Não,” com pouquíssimas exceções.

De fato, é raro ver um pastor ter tanto interesse nos ministérios infantis de
sua igreja além de querer saber se as necessidades das crianças estão sendo
atendidas. Com toda justiça, eles são pessoas muito ocupadas com as muitas
exigências que estão sobre eles. Eles querem saber se há pessoas de qualidade
responsáveis pelos programas infantis e se tudo está funcionando perfeitamente.
Eu realmente acredito que a maioria dos pastores genuinamente se importa com
as crianças em suas igrejas, mas a cultura do cristianismo e sua liderança são as
que freqüentemente mantêm distâncias entre elas e as crianças. É por isso que
eles contratam filhos de pastores e diretores de educação cristã. Em qualquer
lugar ministros de crianças testificarão que é muito raro ver um pastor assumir o
ministério infantil, e pode não ter nada de errado com isso.

Sei que quanto maior a igreja se torna, mais difícil será para o pastor se
envolver pessoalmente em todas as áreas. Estou meramente sugerindo que pode
haver um link para a falta de envolvimento da direção do ministro quíntuplo na
congregação e a falta de maturidade e força espiritual de suas crianças e
juventude.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Pais Emocionalmente Ausentes

O que o Senhor me mostrou enquanto observava particularmente o


envolvimento do pastor Alan (uma vez que é mais comum ver as esposas de
pastores envolvidas) foi uma comparação com os lares onde o pai está
fisicamente presente, mas ao que psicólogos chamam de “emocionalmente
ausentes.” Estes são lares onde embora as crianças vejam seu trabalho duro,
responsável, moral, o pai em casa, ele parece desinteressado ou não se envolve
em suas vidas. As crianças são abandonadas emocionalmente, desprotegidas,
entregues a si mesmas para avaliar seus valores e auto-estima. Estas crianças são
geralmente uma confusão emocional.

O Senhor diz que um homem que converte o seu coração a seus


filhos é a chave do ingrediente para evitar a maldição do Senhor e
andar em sua bênção. É possível que Deus esteja colocando a
direção de seu Espírito Santo nesta área da igreja no mundo
para que seus líderes a considerem?

Temos ouvido o bastante para sabermos que o impacto de um pai no lar é


enorme! Acredito que seja justo dizer que é o mesmo na igreja como família.
Onde um pastor, o qual é o pai espiritual, é envolvido e comprometido tanto
mentalmente como emocionalmente com as crianças de sua igreja, elas são muito
mais sadias espiritualmente, cheias do fogo, e seguras a respeito de quem elas são
em Cristo do que em igrejas onde isso não acontece. Estou falando aqui muito
mais do que um tapinha amigável na cabeça, e ocasionalmente um abraço, e
contando uma piada depois do culto da manhã de domingo com algumas das
crianças que estão por perto.

Transformando os Corações dos Pais Espirituais


O que me levou a relacionar isto ao envolvimento do pastor Alan foi a
incrível maturidade que tenho visto nas crianças em sua igreja desde os pré-esco-
Eli!Eli! Estou te Chamando para o Ministério Infantil!

lares aos maiores. Quase não acreditamos nisso quando descobrimos, dentre
outras coisas, que o pastor Alan, de fato, participa dos cultos infantis e prega para
suas crianças três ou quatro vezes ao ano. E isso é demonstrado tremendamente
na força espiritual de suas crianças.

De forma natural, obtemos o sentido de quem somos, para onde estamos


indo, e nosso lugar no mundo a partir de nosso pai. O valor que nosso pai atribui
a nós fica profundamente marcado em nossa auto-percepção. Deus está na
direção de converter o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus
pais, (Malaquias 4:6; Lucas 1:17). Na Bíblia, o “coração” indica o âmago de uma
pessoa, ou seja, o centro vital de onde todas as coisas nascem e a sede dos afetos
e do que dá razão para a vida de uma pessoa.

É algo notável quando o Senhor diz que um homem que converte seu
coração a seus filhos é a chave do ingrediente para evitar a maldição do Senhor e
andar em sua bênção. É possível que Deus esteja colocando a direção de Seu
Espírito Santo nesta área da igreja no mundo para que seus líderes a considerem?
Nossas crianças precisam de pastores quíntuplos como pais espirituais que
tenham interesse, se envolvam, orem por elas, profetize sobre suas vidas, e falem
a elas individualmente e coletivamente como um grupo! Isso não quer dizer que
eles tenham que assumir os cultos infantis, estarem presentes regularmente no
domingo pela manhã como pregadores. Mas é preciso haver algum tipo de
interação significante entre o líder da casa com pelo menos “o menor destes.”

Ministros Famosos Têm por Alvo a Juventude

Isso envolve mais do que somente o pastor da igreja. Isso deveria incluir
também ministros itinerantes que andam no manto da autoridade quíntupla. É
maravilhoso ver estes ministros impondo as mãos sobre as crianças em filas de
oração, profetizando sobre elas e falando às suas vidas. Isto é extremamente
importante. Mas talvez, determinando um tempo específico para ministrar
especificamente para elas pudesse ser acrescentado.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

É incrível ouvir como o poderoso Benny Hinn está agora realizando


cultos especificamente para a juventude e ministrando sobre a vida de nossos
jovens. Glória a Deus! Ele está ouvindo o Espírito Santo! Outro ministro famoso
é Luís Pulau, tem feito o mesmo nos últimos anos. Sei de outros ministros que
talvez sejam menos conhecidos como Bob Jones, o qual visita uma igreja por
alguns dias e pede especificamente um culto com as crianças. Eles estão dando
um exemplo tremendo, o qual precisa ser seguido por outros cem.

Tenha isto em mente, nós estamos procurando respostas para o fato de


haver tanto desinteresse em Deus e nas coisas espirituais entre as crianças
nascidas e criadas na igreja e por que as estamos perdendo em grande número.

Quando Jesus disse, “Os campos estão brancos para a colheita


e os ceifeiros são poucos,” (João 4:35; Mateus 9:37) isso nunca
foi tão verdadeiramente dito a respeito do ministério para crianças.

Precisamos redefinir o ministério infantil para o século 21 e todas as


nossas tradições, hábitos, e mentalidade têm que ser expostas e discutidas como
áreas potenciais a serem mudadas.

“Induzido” ao Ministério Infantil


O chamado de Deus é algo interessante. Eu sei como é que é sentir um
incrível empurrão no espírito para servi-Lo. Passaram-se muitos anos quando,
para meus líderes, parecia não haver nenhuma indicação de que eu era uma
ministra de qualidade quanto ao que o ministério “quíntuplo” diz respeito. Ainda
me lembro de pensar repetidamente naquela época, “O próprio irmão Kenneth
Hagin possivelmente não pode se sentir mais chamado para o ministério do que
eu sinto.” Estava em mim, ainda que não fosse evidente para outros. Mas a idéia
de que eu tinha sido chamada para o ministério com crianças não entrou em
minha cabeça por muitos anos. A verdade era que eu, na brincadeira, dizia às
pessoas que Deus havia “me induzido” para trabalhar com crianças.
Eli!Eli! Estou te Chamando para o Ministério Infantil!

Eu me envolvi no ministério infantil simplesmente porque ninguém o


faria. Eu simplesmente vi a necessidade. Fiquei justamente indignada com o fato
de que nem mesmo o pastor parecia se importar com o ministério infantil em
nossa igreja porque ficamos dois anos sem nenhum ministério. (A propósito, essa
foi uma percepção errônea de minha parte.) Assim, com um pouquinho de
atitude, assumi a tarefa. Aí, me deparei com o meu destino.

Bill Wilson, o incrível ministro de crianças que dá assistência a vinte mil


crianças a cada semana nos guetos da cidade de Nova York diz a mesma coisa.
Ele nunca sentiu Deus chamando-o especificamente para o ministério infantil.
Ele simplesmente viu a necessidade e topou o desafio. Alguns leitores podem
reconhecer outros nomes de ministros de crianças famosos como Willie George,
John Tasch, Jim Wideman, e outros. Suas histórias são parecidas. Nunca houve
uma consideração remota para eles trabalharem com crianças. Por meio de várias
circunstâncias eles encontraram a si mesmos ministrando para crianças e
perceberam que era naquilo que estava seus verdadeiros chamados.

Você Tem Certeza de que Está na Área Certa do Ministério?

Não posso deixar de pensar sobre quantos ministros quíntuplos têm


assumido o pastorado ou são ministros itinerantes em qualquer atividade, e de
alguma forma perderam o verdadeiro chamado para o trabalho com crianças. Por
que falo isso? Por causa dos seis milhões e meio de pessoas na face da terra, um
terço delas é menor de dezenove anos. Realmente acho difícil acreditar que com
todas estas crianças no mundo, Deus não tenha chamado mais de Seus filhos para
servir no ministério infantil. Quando Jesus disse, “Os campos estão brancos para
a colheita e os trabalhadores são poucos,” (João 4:35; Mateus 9:37) isso nunca
foi tão verdadeiramente dito a respeito do ministério infantil.

É algo fascinante conversar com crentes e ouvi-los lamentar, “Eu


simplesmente não sei onde me encaixo no corpo de Cristo. Eu só queria saber
qual era o meu chamado!”

Rapidamente dizemos a eles, “Bem, estamos precisando de pessoas para o


ministério infantil! Com certeza podemos precisar de sua ajuda.” Imediatamente
eles se corrigem dizendo, “Me desculpe! Não tenho vocação para o ministério
infantil!”
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Isso não é engraçado? Eles não sabem para que foram chamados, mas
sabem bem para o que não foram chamados!
O fato é que eu acredito de todo coração que existem ministros quíntuplos
“lá fora” que pertencem ao ministério infantil e que por uma razão ou outra ainda
precisam descobrir seu verdadeiro chamado. Que isto seja um desafio para
procurar a face de Deus a esse respeito, ministro companheiro. (O seu coração
está batendo mais forte neste exato momento? Sente-se e tome nota! Precisamos
de você!
Missionários e plantadores de igrejas reconsiderem o que vocês estão
fazendo e onde vocês estão pondo o seu esforço! Abram os olhos e vejam o
óbvio – em qualquer lugar em outras nações que vocês forem, vão tropeçar em
crianças. Isso representa uma necessidade gigantesca no corpo de Cristo!

Acredito de todo coração que existem ministros quíntuplos “lá


fora” que pertencem ao ministério infantil e que por uma razão ou
outra ainda precisam descobrir seu verdadeiro chamado.

Os Professores de Crianças São Quíntuplos?


Um pastor de uma igreja uma vez me disse de forma muito direta e com
pouca gentileza que ministros de crianças não possuem os dons do ministério
quíntuplo porque eles não estão listados em Efésios 4:11. Um pouco atordoada
com o seu pensamento, imediatamente perguntei a ele porque permitia qualquer
pessoa ministrar para suas crianças em sua igreja local se ele não acreditava que
eles eram quíntuplos. Contudo, acho que esse é um pensamento comum entre
líderes. Atrevo-me a dizer que isso nunca ocorre a um típico pastor no processo
de seleção para tentar determinar se seus professores de crianças são autênticos
quíntuplos ou não. De fato, não conheço muitos, se é que algum pastor ou
anciãos de igreja que até mesmo consideram isso como um critério para
selecionar os professores para as crianças. Tendemos a procurar por palhaços,
pessoas que lidam com marionetes, bons animadores, ou grandes líderes do
departamento infantil que gostem de crianças. Nós investigamos ou não se
nossos professores de crianças possuem os dons do ministério quíntuplo? Isso
Importa?
Eli!Eli! Estou te Chamando para o Ministério Infantil!

Isso Importa?

Sim, é importante que pastores e ministros famosos mais experientes


alcancem as crianças de hoje. É igualmente importante que as pessoas que temos
como professores para as crianças andem em algum tipo do ministério quíntuplo
pelas mesmas razões que já citamos. Tem havido uma tendência nas últimas
décadas a respeito da contratação de “Administradores de Educação Cristã” que
basicamente supervisionam os programas educacionais para todas as faixas
etárias em congregações locais. Mas, em todos os aspectos, as crianças precisam
de seu próprio professor de crianças se elas vão ser verdadeiramente
“pastoreadas” como também aperfeiçoadas para o ministério de acordo com
Efésios. É tão importante para esta pessoa ser oficialmente um ministro quíntuplo
quanto o é para o pastor.

Concluindo
A verdade é que por várias razões legais um número significante de
ministérios infantis é dirigido por voluntários dentre as congregações, os quais
não são tecnicamente quíntuplos. A pergunta que precisamos fazer a nós mesmos
é: é mesmo possível para estes preciosos trabalhadores suprirem as crianças no
que diz respeito ao que estamos falando se eles não são naturalmente dotados
pelo Espírito de Deus para realizar o trabalho? E isso importa?

A última coisa que queremos fazer com os milhares de trabalhadores


dedicados, cuidadosos, comprometidos professores de crianças é que se sintam
desqualificados ou incapazes de impactar nossas crianças como trabalhadores em
nossas igrejas locais porque não são ministros quíntuplos. Nada poderia estar
mais longe da verdade! Não apenas ministros quíntuplos são chamados para
fazer discípulos. Todos nós somos chamados para fazer discípulos e seria
injusto da parte de Jesus exigir que façamos alguma coisa que seja
impossível para fazermos! Dizer que alguém não pode ter uma influência
positiva, até mesmo poderosa na vida das crianças se ele não está nesta categoria
seria negar o fruto de cada professor que transformou a vida de centenas de
alunos ao redor por causa de sua influência.

A resposta é um retumbante “Sim!” Eles podem maravilhosamente suprir


as crianças enquanto elas têm o treinamento e apoio de seus pastores para
incentivá-los e estar ao lado deles. Tudo que estou dizendo neste capítulo é que
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

os ministros quíntuplos têm uma importância especial em nossas vidas, incluindo


nas das crianças. À medida que pastores e ministros começam a ter interesse
mais específico em seus ministérios infantis, começam a ministrar na vida das
crianças na congregação, e reconhecem sua própria importância como pais
espirituais da casa, isto nos levará a outro nível na redefinição do ministério
infantil no século 21!
Eli!Eli! Estou te Chamando para o Ministério Infantil!

Colocando em Prática

1. Se você é o pastor presidente de sua igreja, como você se sente a respeito da


idéia de tornar-se pessoalmente envolvido na ministração para suas crianças?

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2. Se você já está envolvido, descreva o que você acha que tem sido o impacto
nas crianças de sua igreja.

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3. Quais são algumas formas que você acha que poderia incentivar outros
líderes de sua igreja para tornarem-se envolvido no treinamento das crianças?

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Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

“A maioria dos pais freqüentadores de igreja não são maduros


espiritualmente nem espiritualmente inclinados, e, portanto, eles
não têm um senso de urgência ou necessidade a respeito de
educarem seus filhos para serem campeões espirituais.”

George Barna
Capítulo 6

O Papel dos Pais em Discipular os Filhos

Mudando Nossa Perspectiva

O grande problema dos pais tornarem-se treinadores espirituais e


discipuladores de seus próprios filhos é absolutamente enorme e de grandes
proporções, a Igreja no mundo está fazendo muito pouco para intencionalmente
prepará-los a esse respeito. Em muitos casos, isso não está nem se quer na tela do
radar da igreja. Eu, pessoalmente, tenho que admitir que toda minha perspectiva
neste livro tem sido com base na cultura da igreja de hoje, onde de alguma forma,
no decorrer dos anos, temos evoluído em acreditar que este era um trabalho da
igreja local.

Separar as crianças em suas próprias turmas tem se tornado geralmente


um procedimento padrão de forma que os pais e outros adultos (inclusive
pastores) possam “tirar algum proveito dos cultos dos adultos” sem distrações. Se
formos honestos, temos que dizer que isto tem freqüentemente se tornado mais
uma parte do problema do que preocupação para o desenvolvimento espiritual e
bem-estar das crianças. De fato, me lembro quando meus líderes me disseram
que não era uma opção cancelar os cultos infantis por causa de poucos pais que
não se importavam em vir para a igreja devido ao incômodo causado por seus
filhos no culto dos adultos, até mesmo em cultos especiais. Felizmente, porém,
estamos começando a ver mais e mais pais que estão querendo reverter esta
tendência e fazer mais do que seu papel na vida espiritual de seus filhos.

A Fórmula Bíblica
Embora eu ainda seja uma defensora de crianças sendo ministradas de
acordo com seu nível pelo menos por algum período de tempo, por várias razões,
se vamos verdadeiramente redefinir o ministério infantil no século 21, não
podemos ignorar o papel crucial dos pais como discipuladores primários de seus
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

próprios filhos. Sem dúvida, uma grande maioria dos ministros de crianças
concordaria que eles podem reconhecer facilmente a diferença entre a maturidade
espiritual e desenvolvimento das crianças que são criadas em famílias que estão
trabalhando com elas em casa e das que não estão. Isto não é por acaso. É na
verdade a formula Bíblica. Por outro lado, quase temos esgotado passagens
Bíblicas como, “Ensina a criança no caminha que ela deve andar,”
(Provérbios 22:6). No entanto, por outro lado, temos perdido de vista que isso
implica no papel dos pais, não das igrejas, de desempenhar a educação espiritual
de seus filhos.

O grande problema dos pais tornarem-se treinadores


espirituais e discipuladores de seus próprios filhos é
absolutamente enorme e de grandes proporções, a Igreja no
mundo está fazendo muito pouco para intencionalmente prepará-
los a esse respeito.

Em alguns círculos cristãos, há muita conversa a respeito de voltarem à


maneira “que eles faziam as coisas nos dias da Bíblia.” Enquanto algumas
daquelas maneiras pode não ser prática em nossa cultura ocidental, o problema
de como as crianças eram treinadas e ensinadas por pais judeus merece uma séria
atenção. Quase tudo que as crianças aprenderam foi ensinado a elas pelos pais
em casa – até mesmo no comércio da família. Quando aconteceu da nação de
Israel realizar oração corporativa e sessões de jejuns, as Escrituras dizem que eles
levaram seus filhos para participarem.

“Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de


todo o vosso coração - e isso com jejuns, com choro e com pranto.
Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao
Senhor, vosso Deus,... promulgai um santo jejum, proclamai uma
O Papel dos Pais em Discipular os Filhos

assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação,


santificai a congregação, ajuntai os anciãos, reuni os filhinhos e os
que mamam;”

(Joel 2:12-16 VRA)

O livro de Deuteronômio está liberalmente salpicado com referências


falando aos pais sobre como criar seus filhos como adoradores de Deus. Por
outro lado, não há nenhuma instrução a respeito de deixarem as crianças irem à
igreja uma vez por semana para receberem a educação espiritual. Pelo contrário,
a Bíblia está completamente cheia de instruções para os pais assumirem a
responsabilidade diariamente no lar. Mas aqui reside o desafio.

Os Pais de Hoje se Sentem Inadequados


Quando típicos pais cristãos se sentem inadequados e mal
preparados para discipular seus filhos em questões espirituais, o melhor que
sabem fazer é pegar seus filhos e levá-los para uma igreja com um bom programa
de crianças. 2 De fato, é interessante notar que encontrar um bom ministério
infantil está muito próximo do topo da lista em por que as famílias escolhem uma
igreja para atenderem regularmente. Tenho pensado a respeito de como elas
determinam o que é um bom programa quando tudo que elas sabem fazer por
seus filhos é o que foi modelado antes delas, o que pode ou não ser muito.

A questão é que elas querem seus filhos envolvidos num bom ministério
infantil, o que quer isto venha a ser em suas mentes. George Barna faz uma
observação interessante e uma declaração forte quando escreve, “A maioria dos
pais freqüentadores de igreja não são maduros espiritualmente nem
espiritualmente inclinados, e, portanto, eles não têm um senso de urgência ou
necessidade a respeito de educarem seus filhos para serem campeões espirituais.”
Muitos pais acreditam que possibilitando seus filhos a freqüentarem uma igreja
regularmente e se sentirem geralmente positivos a respeito de sua experiência
religiosa, é tão elevado quanto o alvo estabelecido. Qualquer coisa alcançada
além desse nível é visto como um bônus. ”3

Isto deixa uma pesada, e antinatural responsabilidade sobre nossos


ombros como ministros de crianças porque somos aqueles que devem decidir o
que será preciso para tornar as crianças campeãs espirituais. Embora todos nós
saibamos de pais que são muito engajados na vida espiritual de seus filhos, é
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

também possível, em outros casos, que nós sejamos os únicos que são
apaixonados sobre quão longe elas vão nas coisas espirituais. Esperamos que este
livro tenha sido de grande ajuda a você no que diz respeito a esclarecer que
direção tomar em criar crianças espiritualmente maduras. Contudo, isso não
significa que os pais de nossas crianças terão as mesmas aspirações e valores.
Muitas vezes, eles nem se quer sabem que normas elas estão previstas a ter. Isto
nos deixa como líderes de igreja, numa posição embaraçosa da necessidade de
orientar os pais.

A última coisa que queremos é uma atitude arrogante de que sabemos o


que é melhor para os filhos de outras pessoas do que elas sabem. Este não é o
motivo pelo qual estamos aqui. Esta é uma situação onde alguns pais estão
expressando um sentimento de inadequação nessa área, por isso, estamos
tentando ajudá-los. Esta pode não ser a forma que Deus planejou originalmente,
mas parece ser a situação com que temos sido confrontados. Nosso papel
tecnicamente deveria ser o de apoiar e enfatizar o que os pais estão tentando
alcançar com seus filhos em casa. Mas parece que nossos papéis têm sido um
pouco invertido quanto ao que diz respeito a questões espirituais.

De acordo com Barna, “Os pais em toda a nação admitem que um dos
grandes benefícios que eles recebem por freqüentarem a igreja é ter sua
comunidade de fé assumir a responsabilidade pelo desenvolvimento espiritual de
suas crianças. Sabendo que há profissionais treinados e outros indivíduos dispos-

“O abandonamento da liderança espiritual dos pais pelos filhos é


evidente em quão infrequentemente eles se engajam em atividades
orientadas de fé com os mesmos.”5

tos, os quais proverão orientação espiritual para suas crianças, é uma fonte de
segurança e conforto para a maioria dos adultos freqüentadores de igrejas.”4 A
mensagem para os ministros de crianças aqui é que os pais realmente querem
nossa ajuda. Precisamos fazer tudo que podemos para orientá-los sobre o que eles
podem fazer para assumirem a liderança espiritual e responsabilidade na vida de
seus filhos.
O Papel dos Pais em Discipular os Filhos

Abandonando a Liderança Espiritual


Barna continua escrevendo, “Nossos estudos nacionais têm mostrado que
enquanto mais de quatro pais dentre cinco (85%) acreditam que eles têm a
responsabilidade primária pelo desenvolvimento moral e espiritual de seus filhos,
mais de dois terços deles abdicam dessa responsabilidade para a igreja. O
abandonamento da lideraça espiritual dos filhos pelos pais é evidente em quão
infrequentemente eles se engajam em atividades orientadas de fé com os
mesmos.

Por exemplo, nós descobrimos que numa semana típica, menos de um a


cada dez pais que regularmente freqüentam a igreja com seus filhos lêem a Bíblia
juntos, oram juntos e não apenas na hora das refeições, ou participam do culto
como uma família unida. Bem menos ainda – menos de uma dentre cada vinte–
tem algum tipo de experiência de adoração juntos, a não ser quando estão na
igreja, durante um mês típico. ”5

Isto é realmente um motivo para mantermos os olhos abertos e pode até


nos dizer bastante sobre alguns desafios que temos enfrentado ao tentarmos criar
uma fome espiritual nas crianças em nossos ministérios infantis. Pouquíssimas
pessoas, adulto ou criança, podem ter o mínimo de relacionamento com o Senhor
durante a semana, então, chegam na igreja na manhã de domingo prontos para se
renderem a uma adoração profunda e desejo pela Palavra. Todos nós devemos
alimentar nosso relacionamento com o Senhor regularmente para nos mantermos
num estado de fome e querendo cada vez mais dEle.

Idéias de Família para Atividades Espirituais


Não está claro na declaração de Barna se esses são ou não, pais que têm
sua própria vida de devocional forte separada de seus filhos. Você pode ser
surpreendido, no entanto, ao ouvir seu pastor dizer que ele enfrenta os mesmos
desafios para encorajar os adultos de sua igreja a passar tempo com o Senhor
durante a semana. Se este for o caso, temos uma batalha dupla: 1) fazer com que
os pais se sintam motivados a procurarem Deus por si só através da oração,
adoração, e estudo da Bíblia em seus lares, então 2) fazer com que eles se sintam
motivados para fazer o mesmo com suas crianças.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Encorajar pais e filhos a compartilhar sua vida devocional juntos irá


capacitá-los grandemente para melhorar a experiência espiritual deles sobre seus
filhos. Com isto em mente, você pode até pensar sobre as maneiras de
compartilhar isso com os pais de sua igreja, dando-lhes idéias sobre o que eles
podem fazer juntos como família. Há, na verdade, inúmeros livros que foram
escritos a respeito desses assuntos para o caso de seus pais não saberem de onde
começar ou como começar. Listamos alguns deles na seção “Notas” no final do
livro.

Orar e passar tempo juntos lendo a Palavra (podendo ser a leitura de


livros de histórias bíblicas ou livros de devocional para crianças, dependendo da
idade das crianças) são apenas as formas mais evidentes que pais e filhos podem

Preferencialmente, a meta de ver as crianças se tornarem campeãs


espirituais se tornará a visão deles e eles começarão a entender
que tipo de normas espirituais eles devem ter para seus meninos e
meninas.

interagir juntos. Mas em outros lares, as crianças podem ficar ressentidas durante
o momento de terem de “sentar quietas”. Nesses casos, você vai ter que encontrar
outras idéias criativas e emocionantes formas para fazer tipos de coisas
relacionados. É nesse momento onde os livros que mencionamos seriam de
grande ajuda. Mas posso falar por experiência própria que crianças que têm pais
que estão trabalhando com elas espiritualmente em casa, são mais abertas para as
coisas de Deus nos meus cultos do que aquelas que não estão. Isso faz sentido. O
que quer que seja que os pais tenham por prioridade, as crianças terão a tendência
para priorizar também.

Compartilhe Sua Visão com os Pais


O trabalho de como começar a trazer nossos pais ao seu correto lugar
como líderes espirituais no lar, será um desafio e uma meta a longo prazo. Isso na
verdade, precisa ser parte da visão de toda a igreja, e não apenas do ministério
O Papel dos Pais em Discipular os Filhos

do departamento infantil! À medida que você se torna segura e convencida a


respeito do curso espiritual que você quer que seja tomado com as crianças, seria
de grande ajuda se você deixasse os pais conhecerem quais são suas prioridades e
visão. Isto irá, com a graça de Deus, ajudá-los a entender do que eles devem
desejar espiritualmente para seus filhos, especialmente se houver uma forma de
encorajá-los a enfatizar o que você está fazendo em casa.

De maneiras muito práticas, você pode fazer isso na forma da entrega


pessoal de folheto ou enviar pelo correio para cada família. Você pode até
escolher fazer boletins mensais ou a cada três meses para os pais e avós. Você
pode escolher fazer uma reunião, talvez uma refeição junto com os pais, na qual
você pode compartilhar o que está em seu coração a respeito de como você
gostaria de ver seus filhos se desenvolverem, exponha a eles a visão para o que
realmente é o potencial espiritual de seus filhos. Você pode até perguntar a seu
pastor se você pode se dirigir à congregação duas a três vezes ao ano por dez
minutos para compartilhar sua visão para as crianças de sua igreja. Por último,
como você está tendo progresso no treinamento de suas crianças, você pode até
pedir ao pastor oportunidade para as crianças ministrarem para a congregação.
Ver é crer e entender!

A questão é que de alguma forma os pais precisam ser informados do que


você espera realizar com seus filhos, principalmente quando começar essa nova
aventura de preparar as crianças para o trabalho do ministério. Preferencialmente,
a meta de ver crianças se tornarem campeãs espirituais se tornará a visão deles e
eles começarão a entender que tipo de normas espirituais eles devem ter para
seus meninos e meninas. Isso pode até ocasionar numa fome maior de Deus em
suas próprias vidas.

Um Experimento com Novas Idéias

Ajudar os pais a começar a apropriar-se do treinamento espiritual de seus


filhos é algo que muitos de nós na liderança da igreja estamos experimentando
ainda. Recentemente, num ministério infantil que dirijo durante a semana,
trabalhamos muito, encorajando os pais e avós a freqüentarem as reuniões
juntamente com seus filhos, fazendo deles cultos intergeracionais. Embora o
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

conteúdo ainda seja voltado para as crianças, estou procurando ativamente por
formas para os pais e filhos interagirem um com o outro, ao invés de apenas
ficarem sentados e me ouvindo falar.

Por exemplo, numa semana nossa lição era sobre louvor. Pedimos a todos
para se juntarem em grupos de família. (Nos certificamos de que todas as
crianças tivessem um grupo para ir se seus pais não estivessem lá.) Pedimos aos
pais para procurarem por vários Salmos com as crianças, juntos deveriam
encontrar o máximo que pudessem, os quais deveriam expressar louvor a Deus.
Num outro culto, eu pedi aos pais que se agrupassem com seus filhos e compar-

Em última análise, queremos que os pais obtenham o senso de


urgência para criarem seus filhos como campeões espirituais.

tilhassem seus testemunhos de como eles se tornaram cristãos. A maioria das


crianças nunca tinha ouvido essas histórias antes e é importante para elas
saberem disso, sobre a história espiritual de seus pais como também é importante
conhecerem a história secular da família.

Em muitas de minhas reuniões todos nós nos dirigimos à frente para


oração. Em alguns casos oramos por missões mundiais ou algumas vezes por um
povo específico que conhecemos. Incentivamos a todos a contribuírem com uma
oração, uma palavra de sabedoria, uma pequena visão que alguém possa ter tido
durante a oração, e assim por diante. Freqüentemente estes são nossos cultos
mais poderosos – todas as gerações trabalhando juntas para colocarem-se na
brecha por outros. O propósito é abrir o pensamento dos pais para as várias
maneiras que eles podem se envolver pessoalmente na vida espiritual de seus
filhos e fazer com que as famílias se acostumem a fazer coisas espirituais juntos.

Concluindo
No processo de redefinir o ministério infantil no século 21, é preciso
haver uma nova parceria entre pais e igreja. Um (a) amigo (a) meu (minha), o (a)
qual dirige um grupo de crianças me disse: “Meus maiores intercessores são a-
O Papel dos Pais em Discipular os Filhos

queles cujos pais estão envolvidos na educação espiritual deles em casa.”


Precisamos lembrar-nos da importância de treinar e preparar os pais para
continuar em casa o que temos tentado fazer em nossos cultos com seus filhos.
Devemos de alguma forma dar a eles os instrumentos, confiança, e entendimento
para continuar o processo espiritual na vida diária de seus filhos.

Podemos começar ajudando os pais a se sensibilizarem a respeito do


potencial espiritual de seus filhos. Como ministros de crianças e líderes, devemos
começar a ver as crianças como seres espirituais significantes e então mostrar aos
pais como eles podem ajudar a ensinar seus filhos a andarem no sobrenatural em
casa, escola, e enquanto brincam. Isto requer uma nova abordagem sobre como
conduzimos o ministério infantil, ao fazer isto, continuaremos a redefinir o
ministério infantil no século 21.

Colocando em Prática

1. Os pais de sua igreja estão sensibilizados de seu papel no discipulado


espiritual de seus próprios filhos?

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2. Quais são outras maneiras que você pode começar a ajudar pais a
perceberem que eles precisam determinar alvos espirituais para seus filhos?

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3. Que coisas você pode fazer em seu ministério para envolver os pais na vida
espiritual de seus filhos?

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Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Os músicos precisam considerar a possibilidade de que


eles podem ser chamados para o ministério infantil. Com
os bilhões de crianças no mundo, certamente que alguns
dos muitos músicos na Igreja são chamados para as
crianças.
Capítulo 7

Os Músicos e o

Ministério Infantil

Musical de Aborrecimentos

Música – isto é, louvor e adoração – continuam a ser um enigma no


ministério infantil. A qualidade da música nas igrejas nos cultos dos adultos é
uma das questões mais importantes enquanto as pessoas “procuram” por igrejas e
escolhem os lares igrejas. Temos conhecido e ligeiramente mimados por incrível
louvor e adoração disponíveis em rádios, TV, CDs, concertos, ou fitas
disponíveis em livrarias cristãs ou na Internet. Para dizer o mínimo, os crentes
gostam de seu louvor e adoração. Você pode quase tolerar um sermão pobre num
culto se a música for boa o bastante!

Encontrar boa música cristã para as crianças é um desafio. Encontrar um


bom louvor e adoração num culto de crianças é ainda muito mais desafiador. Até
recentemente, o único tipo de boa música que você podia encontrar era
apropriada apenas para crianças abaixo de oito anos de idade. Nessa categoria,
parece que há uma abundância de incríveis músicas. Mas para as crianças mais
velhas – “os adolescentes”, francamente, não há muita coisa por aí. Devem
existir algumas poucas empresas que têm se levantado para o desafio e produzido
alguns produtos de qualidade, mas ainda há muito a ser feito. Qualquer um que
esteja mesmo remotamente em contato com esta geração atual sabe o quanto a
música é vitalmente importante para eles nesta área secular. É lógico que seria
desta forma no mundo cristão. A música que cantamos quando criança será a
música que cantaremos quando formos velhos. É vital agora, e para o futuro, ter
boa música para crianças que honram a Cristo.

Nós, que estamos no ministério infantil entendemos que uma música de


boa qualidade nos cultos infantis é tão importante quanto nos cultos dos adultos.
Na maioria dos casos, temos que nos tornar mestres em produzir um louvor un-
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

gido, que flui, louvor de qualidade e adoração para os nossos cultos a partir de
CDs e DVDs devido à escassez de músicos ao vivo disponíveis para nós. Por um
lado isso pode ser feito, mas definitivamente tem os seus desafios.

Para redefinir o ministério infantil no século 21 precisamos realmente


fazer um apelo às centenas de milhares de músicos cristãos que se sentem
chamados para fazer o louvor e adoração. Os músicos precisam considerar a
possibilidade de que eles podem ser chamados para o ministério infantil. Num
capítulo anterior eu disse que achava difícil acreditar que poucos ministros
quíntuplos têm sido chamados para o ministério infantil por causa de bilhões de
crianças na face da terra. Meu ponto da questão era que com tão grande número
de crianças, era difícil acreditar que Deus não estivesse dirigindo mais pessoas
para ministrar a elas. Da mesma forma, e pelas mesmas razões, eu também tenho
dificuldade de acreditar que com os kazillions de músicos em nossas fileiras,

As crianças são tão capazes de chegar ao trono de Deus


na adoração quanto os adultos são, e elas têm fome disso.

muitos deles não sejam chamados para louvar e adorar com as crianças.

Há uma desesperada necessidade por isso no corpo de Cristo, ou seja


produzindo boas fitas e CDs ou ajudando como músicos ao vivo nos cultos das
crianças. Existem poucos ministérios infantis que conheço os quais contam com
o luxo de ter músicos ao vivo comprometidos a dirigir a música para as crianças
na igreja local. Igrejas grandes parecem ter vantagem nisso porque possuem um
número grande de músicos, mas não para a quantidade considerada normal no
ministério infantil de uma igreja. Da mesma forma, também sei de um punhado
de músicos itinerantes que são comprometidos com o ministério infantil e com
um louvor e adoração séria para crianças.
Os Músicos & O Ministério Infantil

Em uma das igrejas que eu pastoreei, mantivemos nossas crianças na


adoração dos adultos por vários anos. Mas uma vez começamos a ter nosso
próprio louvor e adoração estritamente entre nós, nossas crianças decolaram
espiritualmente para um nível muito maior, apesar de ser musicalmente
deficiente devido à falta de músicos ao vivo.
Outro problema é que as igrejas podem ser limitadas em número de
músicos de qualidade que eles tenham à disposição, até mesmo para o culto dos
adultos. Isso é verdade principalmente em igrejas menores. Mas fiz parte de uma
grande congregação onde havia muitos músicos, e mesmo assim não havia
ninguém que estivesse disposto a comprometer-se com os cultos das crianças
mais do que uma vez por mês. Eles não queriam perder a oportunidade de tocar
na banda dos adultos. Eu era grata por tê-los quando eu podia, mas ficou muito
difícil estabelecer um fluir consistente no louvor e adoração com músicos
diferentes a cada semana com diversos estilos de música.

Como a Adoração das Crianças é Percebida

É possível que uma das razões pela qual não há muitos músicos ao vivo
comprometidos com as crianças, seja por causa da forma como a adoração delas
é percebida – como não tendo nenhuma profundidade espiritual. Os músicos
compreensivelmente querem chegar às profundezas dos louvores a Deus e
ficarem lá o máximo possível. Existe algo a respeito de ser capaz de levar a
poderosa presença de Deus a um edifício cheio de pessoas e que raramente é a
imagem que temos quando pensamos nos cultos das crianças. Mas, vamos deixar
que seja conhecido que as crianças são tão capazes de chegar ao trono de Deus na
adoração quanto os adultos, e elas têm fome disso.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

De fato, houve momentos em que senti a presença forte de Deus nos


cultos das crianças do que em muitos cultos de domingo pela manhã. Quando
elas são treinadas podem se perder na adoração. Lembro-me de um domingo pela
manhã, como pastora de crianças, onde nós alcançamos o topo da adoração que
não pudemos absolutamente trazer as crianças de volta. Elas se recusavam a
parar e entrar na próxima parte do culto.

Gravei em fita de vídeo e aqui e acolá eu volto a assistir. Fico muito


impressionada a cada vez que vejo como aquelas crianças simplesmente não
queriam sair da presença de Deus. Houve outras vezes no culto de domingo pela
manhã onde as crianças eram as últimas a deixar a igreja, e os pais literalmente
tinham que vir atrás delas e tirá-las da presença de Deus enquanto adorávamos.
Devo acrescentar que em cada uma daquelas ocasiões aconteceu de termos o pri-

As crianças necessariamente não gravitam para adorar


automaticamente só por causa do que elas observaram na
adoração dos adultos. Elas são ligadas de forma
diferente.

vilégio dos músicos ao vivo. Freqüentemente penso onde poderíamos ter levado
as crianças espiritualmente se tivéssemos tido uma música consistente poderosa a
cada semana.

Tornarei-Me mais Indigno do que Isso


Uma das coisas pela qual o ministério infantil é conhecido é por canções
com gestos. As crianças absolutamente amam e precisam disso. Quando feito
corretamente, pode ter tanta unção quanto o louvor e a adoração convencional.
Pegar as canções contemporâneas e colocar gestos e dança com passos para elas
pode ser poderoso! A presença de Deus pode encher o ambiente com alegria
absoluta nesta forma de louvor! Pode até levar a uma onda de intercessão
profética e até mesmo guerra espiritual! Talvez precisemos ser desafiados
Os Músicos & O Ministério Infantil

pela canção que diz, “Me tornarei muito mais indigno do que isso!”
principalmente se eu levar as crianças a um nível espiritual mais alto. Às vezes
pode parecer indigno ficar agitando os braços descontroladamente, ficar
flexionando para cima e para baixo, ou fazendo quaisquer outros gestos. Alguma
coisa acontece no ambiente quando entramos nesta forma de adoração com
canções que têm letras que glorificam a Cristo. Deus se manifesta de uma forma
única.

Um Gosto Adquirido

As crianças necessariamente não gravitam para adorar automaticamente.


De alguma forma é um “gosto adquirido” para elas. Mas geralmente tem a ver
com o que elas têm observado no culto de adoração dos adultos. Elas são ligadas
de forma diferente da dos adultos e, como em seus sermões, elas têm
necessidades e gostos diferentes na adoração.

Por exemplo, as canções típicas dos adultos possuem muitas letras para
crianças. Você precisa selecionar canções que são “amigas da criança.” Para uma
canção ser “cantável” e agradável para uma criança, ela precisa ter poucas
palavras e as palavras precisam ser repetidas. Quando a canção é simples, elas
podem acompanhar e isso se torna agradável. Muito freqüentemente, o coro de
uma canção popular é fácil para elas, mas os versos as confundem porque
possuem muitas palavras.

Assim, é melhor cantar somente um verso e repeti-lo várias vezes junto


com o coro, ao invés de todos os versos da canção. Dessa forma, as crianças
podem aprendê-la. Quando uma canção é fácil de ser cantada e se torna familiar,
as crianças podem ser levadas mais facilmente à presença de Deus e com menos
resistência. Isto, mais uma vez, é algo que é muito fácil de ser feito com os
músicos ao vivo em oposição aos CDs porque eles têm a opção de mudar as
coisas para tornar as canções mais simples.

Um importante problema adicional de se lembrar é não usar canções de


“criancinhas” ou de “bebê”, principalmente quando as crianças mais velhas estão
presentes. Isso é muito humilhante para elas. Desculpe-me, mas Pai Abraão,
ainda que seja divertida e bonita, não leva à presença de Deus! Opte por música
madura que agradam até os adultos.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Instrua, Treine, Prepare

Como em qualquer outra área, as crianças têm que ser ensinadas e


orientadas a respeito do que fazer na adoração. Não é só porque elas viram os
adultos levantarem suas mãos e fechar os olhos milhares de vezes nos cultos, que
quer dizer que elas necessariamente irão copiá-los sem serem encorajados.
Mesmo assim, elas precisam entender por que elas precisam levantar as mãos e
fechar os olhos. Qual é o propósito? Nunca insista ou force as crianças a fazer
estas coisas. Basta dar-lhes boas razões práticas por que elas são úteis e como
certas posições físicas podem contribuir para o objetivo de entrar na presença de
Deus.

Prepare um bom exemplo para elas. Ensine um pouquinho a respeito de


adoração a cada semana. Dê a elas novas coisas para pensar a respeito e faça em
cada culto, assim não se torna algo previsível ou chato. Por exemplo, numa
semana enfatize o curvar e ajoelhar diante do trono. Depois, agite bandeiras e
estandartes de adoração em honra ao Rei. Em outra semana, dance com os braços
levantados e com os olhos voltados para o céu. Peça ao Senhor para ajudá-lo a
ser criativo nesta parte do seu culto, assim isso se torna uma momento de ansiosa
espera. Por fim, não se preocupe sobre repetir as mesmas canções semana após
semana. Quanto mais familiarizadas as crianças estiverem com as canções, mais
livremente elas podem entrar na presença de Deus. Isto não quer dizer que você
não deva ensinar novas canções, mas não tente ensinar novas canções a cada
semana.

Concluindo

Se vamos completar todo o spectrum de redefinir o ministério infantil no


século 21, vamos ter que fazer referência à questão da música. As crianças
precisam aprender como adorar Deus, e elas podem fazer isso se alguém tirar um
tempo para ensiná-las. Elas precisam saber o que fazer e por que fazer o que
fazem. Elas não entrarão automaticamente nisso. Não necessariamente isso
acontece naturalmente a elas. Mas elas precisam aprender. Sou radical o bastante
para acreditar que nós precisamos dar às nossas crianças o melhor –
Os Músicos & O Ministério Infantil

os melhores pregadores, os melhores professores, os melhores profetas, os


melhores evangelistas, os melhores apóstolos, e, sim, os melhores músicos.
Temos que parar de dar às nossas crianças algo de “classe inferior” em cada área.
Se esta é verdadeiramente a geração que todos os profetas estão declarando que
irá influenciar na segunda vinda de Jesus, nós temos que nos tornar
fanaticamente obcecados em prepará-las com o melhor de tudo.

Nossa ambição por nossas crianças deve ser dar a elas toda vantagem
imaginável para ir o mais longe no Espírito o quanto é possível. Isto terá que
incluir música – louvor ao vivo e adoração. Vai ter que envolver uma onda nova
de cantores, compositores, e músicos dispostos a passarem tempo com crianças
agitadas e sardentas. Devemos descansar no Espírito Santo para nos levar ao
Santo dos Santos e com a ajuda de músicos talentosos, seremos capazes de lançá-
las onde precisamos ir com esta geração em ondas de louvor e adoração. Por
favor, músicos, vocês nos ajudarão a redefinir o ministério infantil no século 21?

Mãos à Obra

1. Como um ministro de crianças, quão importante você acha que o louvor e


adoração tem sido nos seus cultos?

_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

2. Como suas crianças se sentem em relação ao louvor e adoração? O que você


precisa fazer para melhorar a atitude delas se for preciso?

_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

3. Se músicos ao vivo não é uma opção para você, qual seria outra coisa que
você poderia fazer para melhorar a adoração em seus cultos neste exato
momento?

_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Parte Dois:

O Processo
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Todo mandamento que foi dado a Moisés, foi lido para


toda a assembléia, incluindo as mulheres e
CRIANÇAS*...

Josué 8:35

(*A ênfase é minha)


É Hora de Começar

Atenção! Preparar! Já!

Temos passado muito tempo esboçando as razões por trás das


necessidades de redefinir o ministério infantil no século 21 na primeira parte
deste livro. Pode ter parecido como um monte de “teoria” para você até agora.
Você ainda pode estar se perguntando: como deve ser um ministério infantil que
abrange todas essas áreas? Se você nunca viu crianças profetizando ou impondo
as mãos sobre o enfermo, você deve estar cheio de perguntas.

O ministério de todos parecerá diferente baseado em áreas de apoio,


interesse, unção, e as pessoas que você tem à disposição para ajudá-lo em sua
igreja. Mas nos capítulos seguintes nós esboçamos várias idéias que eu tenho
pessoalmente usado em meus próprios ministérios e aqueles em que tenho
observado de outros ministros de crianças que têm estado preparando ativamente
as crianças em suas próprias esferas de influência. Essas idéias devem ajudá-lo a
visualizar como determinar suas metas e até dar a você alguns métodos práticos
para fazer coisas similares em sua própria igreja.

Após ter ensinado esses princípios em uma igreja, pais e professores de


crianças ficaram me dizendo, “Eu simplesmente não sabia que isso era tão fácil
assim!” E realmente é fácil energizar as crianças nos trabalhos de Jesus. Eu
verdadeiramente espero que lendo estes próximos capítulos todo o mistério deste
conceito seja desvendado para você. Oro para que você seja capaz de abraçar esta
visão de levantar uma geração de evangelistas, profetas, apóstolos e adoradores
radicais cheios do fogo do Espírito, os quais não terão medo de propagar o
Evangelho até aos confins da terra! À medida que você começar a andar nesta
visão, você estará se juntando a muitos milhares que estão ajudando a redefinir o
ministério infantil no século 21!

Atenção! Preparar! Já!


Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Depois da salvação delas, não há nenhum outro assunto


mais importante para ser ensinado do que o assunto sobre
o batismo no Espírito Santo.
Capítulo 9

As Crianças

e o Espírito Santo
Começando do Começo
Como viajo pelos E.U.A e pelo mundo, fico continuamente atordoada em
saber que poucas crianças criadas em igrejas carismáticas e pentecostais sejam
cheias do Espírito Santo. Se elas não forem cheias em nossas igrejas e os pais se
sentirem mal preparados para orientá-las a esse respeito, onde elas vão conseguir
isso? E se não for na infância, então quando? Assim como vou detalhar isso mais
tarde em outro capítulo, quanto mais tempo nós esperarmos para guiar as
crianças nesta experiência, menos chances há de elas receberem este precioso
presente.

Depois da salvação delas, não há nenhum outro assunto mais importante


para ser ensinado do que o assunto sobre o batismo no Espírito Santo. Jesus disse
que nós precisávamos dessa experiência e deu bastante ênfase sobre este assunto
instruindo seus discípulos a irem para Jerusalém e esperar pela promessa do Pai.
Ele não disse, “Todos acima de vinte e um anos de idade precisam desta
experiência,” ou, “Todas as mães e pais devem ter essa experiência.” Ele disse
que todo crente deve ser cheio do Espírito Santo.

Se os adultos precisam disso, então as crianças precisam também. De


fato, Pedro disse especificamente em Atos 2:39, “Pois para vós outros é a
promessa, e para vossas crianças, (a ênfase é minha) e para todos os que
ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor Deus chamar.” Logo após
Ele ter ascendido ao céu, Ele disse a seus discípulos, “Estes sinais hão de
acompanhar aqueles que crêem [a ênfase é minha] ...eles falarão novas
línguas.” Se as crianças são crentes, este é um dos sinais que deveria estar
seguindo-as. De acordo com as Escrituras, se uma criança pode ser salva, então
ela pode ser cheia do Espírito Santo.

Realmente não tenho certeza por que este assunto é menosprezado e


evitado em muitas igrejas pentecostais na América, isso precisa ser reavivado e
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

trazido à tona mais uma vez porque é aí que reside o poder para vida e milagres.

Quando era criança e adulta jovem, pertenci ao que é agora a maior


denominação Pentecostal do mundo. Somente alguns anos atrás seu líder
publicamente compartilhou que somente 25% de seus membros eram cheios do
Espírito Santo acompanhado da habilidade de falar em línguas. Fiquei espantada.
Quando era criança, foi este mesmo assunto que nos diferenciou de todas as
outras denominações na cidade. Era nossa marca de identificação. Era o que de
forma singular nos diferenciava no corpo de Cristo. Saber que isso estava se
tornando quase extinto nesse círculo foi quase uma surpresa para mim. (E por
sinal, isto é totalmente contrário ao que está acontecendo em outras nações ao
redor do mundo. De fato, até mesmo entre as principais denominações, um nu-

Se elas não receberem o batismo no Espírito Santo em nossas


igrejas e os pais se sentem mal preparados para orientá-las a esse
respeito, onde elas vão conseguir isso? E se não for na infância,
então quando?

mero significante de adeptos fala em línguas. Existe quase a mesma quantidade


de carismáticos em outras nações quanto existem cristãos da principal
denominação, embora, infelizmente, os problemas pareçam ser os mesmos no
que diz respeito a conduzir as crianças nesta experiência.) À medida que
continuamos a redefinir o ministério infantil no século 21 e além, é imperativo
que o batismo no Espírito Santo esteja no topo da lista das coisas que precisam
ser mudadas na forma que correntemente ministramos para crianças.

Razões pelas quais as Crianças Devem Ser Cheias do


Espírito Santo

Devido à falta de atenção que este assunto tipicamente recebe em muitos


de nossos ministérios infantis, nós precisamos praticar os propósitos Bíblicos da
importância de sermos cheios do Espírito Santo, discutindo especificamente um
dos sinais que acompanha – aquele de falar em línguas. Levando em considera-
As Crianças e o Espírito Santo

ção as diferenças de opinião entre Carismáticos e Pentecostais, estamos


abordando aqui que línguas é uma parte significante da experiência,
concordamos também que há outros sinais desse enchimento. Depreende-se das
Escrituras listadas abaixo que falar em línguas é uma experiência sobrenatural
que vem com alguns benefícios bem específicos.

Há dois lados do problema de falar em línguas como parte da experiência


de ser cheio – um lado pessoal e um lado público. Estamos lidando aqui com os
benefícios pessoais para um indivíduo crente, embora as crianças possam ser
usadas num estabelecimento público também. Vamos ver se alguma das áreas a
seguir seria útil para as crianças. Para um estudo mais completo sobre este
assunto, eu recomendo a leitura de Dez Razões Por que Todo Crente Deve
Falar em Línguas por Kenneth E. Hagin.1

1. “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e


sereis minhas testemunhas...” (Atos 1:8). As crianças precisam de poder em
suas vidas? O poder é por muitas razões – tanto para vencer a tentação e o
pecado como também para ousar, sem sentimento de remorso ou vergonha,
anunciar as Boas Novas de Jesus Cristo. As crianças precisam vencer o pecado e
a tentação? Certamente que isso é um “sim.” Elas são responsáveis por falar aos
outros sobre Jesus? Se elas são verdadeiras seguidoras de Jesus, Ele disse que
elas seriam Suas testemunhas. Isso é parte de ser um de seus discípulos.

2. “O que fala em outras línguas a si mesmo se edifica...” (I Cor. 14:4)


e “edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito
Santo,...” (Judas 20) “Edificando-se a si mesmo” basicamente significa
edificar a si mesmo. “Edificar” significa elevar-se moralmente ou
espiritualmente. As crianças nunca se tornam deprimidas ou desencorajadas? Já
houve uma razão pela qual uma criança precisaria ser edificada, elevada,
fortalecida em seu homem interior? Se sim, então ela deve ser encorajada a orar
em línguas.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

3. “Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha


falará o Senhor a este povo, ao qual ele disse: Este é o descanso, dai
descanso ao cansado; e este é o refrigério;” (Is. 28:11-12). As crianças
nunca se tornam cansadas da vida e das circunstâncias? Há sempre algum
momento quando elas podem se beneficiar de descansar no Senhor e serem
refrigeradas em Sua presença? Se a resposta for sim, elas se beneficiariam de
orar em línguas.

4. “Nós os ouvimos falar em nossas próprias línguas as


grandezas de Deus” (Atos 2:11, I Cor. 14:15-17). Orar no espírito nos dá
vantagem para dar graças e glorificar a Deus. As crianças devem dar graças e
glorificar a Deus? Elas nunca ficam sem palavras em sua própria língua como
nós ficamos? Se a resposta é sim, então elas devem saber como falar e adorar em
línguas.

Muitas crianças recebem o Espírito Santo silenciosamente com


pouco alarde, e mesmo assim é uma experiência genuína. Em
outras ocasiões, há uma manifestação tão grande que as crianças
choram e soluçam quase incontrolavelmente na presença de Deus.

5. “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa


fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo
Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos
inexprimíveis.” (Romanos 8:26).As crianças sempre sabem como orar
adequadamente a respeito das coisas? Nem mesmo nós adultos sabemos. Um dos
motivos importantes pelos quais nos foi dado o dom de línguas é para que
saibamos que nossas orações estejam de acordo com a vontade de Deus em
circunstâncias que não entendemos no natural. Então as crianças, que ainda não
possuem ferramentas para lidar com o complicado mundo dos adultos, se
beneficiariam grandemente por serem capazes de se tornarem canais pelo meio
dos quais o Espírito Santo pode orar.
As Crianças e o Espírito Santo

Muito Novo para Entender

Uma das críticas mais comuns que ouço sobre as crianças serem cheias do
Espírito Santo é que elas são muito novas para entender o que elas estão fazendo
ou muito novas para entender do que se trata, portanto, elas não devem ser
cheias. Gosto muito de perguntar a esses adultos, “Você está me dizendo que
você de fato entende esta experiência de falar em línguas? Então, por favor, me
explique!” Ninguém que seja honesto pode dizer que mesmo remotamente
entende como você pode falar fluentemente uma língua que você nunca falou
antes, muito menos entender o que está acontecendo no reino do espírito
enquanto se fala em línguas.

Na verdade, há tempos eu penso que as crianças entendem isso melhor


que nós adultos entendemos porque elas não têm o hábito de deixar suas mentes
atrapalhar o que estão fazendo. Uma vez que elas são ensinadas a fluir com Ele,
elas são ótimas para seguir Sua orientação.

A primeira vez que fui confrontada a respeito disso foi por meio de uma
mãe que estava quase irada pelo fato de eu ter ousado falar sobre o assunto com
seu filho de nove anos de idade nas reuniões de nossas crianças.

“Ele é muito novo!” declarou ela.

Depois de algumas discussões e sendo assegurada por meu pastor de que


a igreja estava de acordo com o que eu estava fazendo, eu basicamente disse à
mãe que se ela não quisesse que seu filho fosse cheio do Espírito Santo, ela não
deveria enviá-lo aos nossos cultos. Ela recuou e não disse mais nada. Nas
próximas semanas quando preguei sobre o assunto e dei às crianças a
oportunidade para serem cheias, seu filho foi um dos primeiros a receber e falar
em línguas.

É Impossível Cometer um Erro!


É importante lembrar como as crianças são famintas pelo sobrenatural, e
o enchimento com o Espírito Santo é uma das primeiras experiências
sobrenaturais que elas terão em suas vidas. Na maioria dos casos elas reagem
facilmente nessas coisas. Muitas crianças recebem o Espírito Santo
silenciosamente com pouco alarde, e mesmo assim é uma experiência genuína.
Em outras ocasiões, há uma manifestação tão grande que as crianças choram e
soluçam quase incontrolavelmente na presença de Deus por uma hora ou mais.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

A primeira vez que isso aconteceu em um de meus cultos eu fiquei tão


chocada quanto qualquer outra pessoa a respeito do que aconteceu. Mais ou
menos vinte e cinco crianças do jardim de infância aos adolescentes tinham ido à
frente para dizer que queriam que Deus os usasse para fazer grandes coisas para
Ele. Enquanto permaneciam de pé silenciosamente no altar, fiquei impressionada
ao perguntar quantos deles tinham sido cheios do Espírito Santo. Menos da
metade levantou as mãos. Então, imediatamente perguntei aos outros se queriam
ser cheios, conduzi-os em oração, então disse, “Tudo bem, comecem a falar em
línguas agora.”

Como é bastante comum, muitos deles permaneceram de pé sem saber o


que aconteceria depois. Comecei a impor as mãos sobre eles uma por uma,
tentando levá-los mais além, quando o Espírito Santo me sussurrou, “Diga a elas
que é impossível cometer um erro!” Comecei a falar isso bem alto repetidamente.
De repente, no final de outra fila havia um pequeno burburinho de vozes, o qual
explodiu em gritos, choro e clamor.

Muitas vezes as encontro tão famintas que nem é preciso


impor as mãos sobre elas individualmente. Eu apenas
digo, “Agora!” E o Espírito desce sobre elas de uma
forma espantosa.

Uma Chuva de um Milhão de Dólares


Enquanto caminho de ponta a ponta da fila para ver o que tinha
acontecido, as crianças estavam totalmente perdidas na presença do Senhor,
completamente alheias ao fato de que outras pessoas estavam na sala. Com
lágrimas escorrendo pelas faces, algumas de joelhos, e outras deitadas no chão,
quase todas elas estavam falando em línguas.

Fiquei pasma com a exibição da emoção e desabafo que elas estavam


tendo, me senti um pouco como Steve Irke no velho programa de TV Problemas
de Família pensando, “Eu fiz isso?”
As Crianças e o Espírito Santo

O Espírito Santo me falou as palavras, “Esta é uma chuva de um milhão


de dólares!”

Sendo criada em fazenda, eu sabia exatamente o que Ele queria dizer.


Uma chuva de um milhão de dólares é uma chuva muito necessária para o solo
seco na hora certa para salvar a lavoura.

Mais tarde, uma das mães me chamou e conversou sobre sua filhinha que
tinha sido cheia do Espírito naquela noite. A garotinha disse à sua mãe, “A
senhora Becky nos disse que era impossível cometer um erro, então eu decidi
tentar e aconteceu!”

Esses dias, porém, nunca se tornam comuns. É uma experiência


costumeira ver as crianças movidas com tremendas emoções à medida que são
batizadas no Espírito Santo. Algumas crianças se agitam no chão por horas sob o
poder e demonstração de Sua presença. Muitas vezes as encontro tão famintas
que nem é preciso impor as mãos sobre elas individualmente. Nós apenas as
conduzimos na adoração profunda e à presença de Deus e eu apenas digo,
“Agora!” E o Espírito desce sobre elas de uma forma espantosa. Nunca me canso
de ver as crianças completamente gastas sob a poderosa mão de Deus,
desmanchando-se em montes de emoções no chão em Sua presença quando
nenhuma mão humana as tenha tocado.

Quanto mais Novo Melhor


Uma das observações interessantes que fiz no decorrer dos anos é que
quanto mais nova é a criança, mais fácil é para ela ser cheia do Espírito Santo.
Quanto mais velha a criança, mais difícil é, mesmo se estiverem sendo criadas
em igrejas Pentecostais ou Carismáticas. Sempre vejo os pré-escolares serem
cheios mais rápido do que os de doze anos, e a criança nova convertida fala em
línguas mais rapidamente do que a criança que foi criada na igreja.

Muitos pais me disseram que seus bebês falaram em línguas antes de falar
em inglês, sua língua nativa. Alguns amigos meus falaram sobre uma de suas
filhas na cadeirinha de carro de bebê no banco traseiro do carro numa idade que
ela somente podia falar poucas palavras em inglês. Ambos os pais ao mesmo
tempo em que ouviram a filha conversando numa linguagem sem nexo, olharam
um para o outro e perguntaram, “Você ouviu isso?” Eles continuaram a ouvir,
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

e era claramente uma língua desconhecida e não apenas sua conversa infantil
típica.

Em minha experiência pessoal, tendo crescido num lar cristão, posso


honestamente dizer que não faço idéia de quando fui cheia do Espírito Santo.
Não me lembro de nenhum momento em particular ou lugar quando essa
experiência aconteceu pela primeira vez, nem meus pais nunca disseram me ter
visto na frente do púlpito em nenhum momento específico para receber. Eu só sei
que cresci com a habilidade de falar em línguas. De fato, passei por uma fase
como uma criança mais velha, onde eu realmente me questionava se o que eu
tinha era real, porque eu não tinha nenhuma experiência para servir de referência.
Não tinha certeza se eu estava inventando tudo aquilo ou não. Tudo que eu sabia
é que podia falar em línguas. Finalmente eu parei de lutar contra e passei a
apreciar. Tenho encontrado um bom número de crianças que tiveram
experiências similares.

Pré-escolares e início das séries iniciais são épocas ideais


para conduzir crianças nessa experiência. Elas são menos
resistentes porque ainda não entraram na área de tentar
descobrir coisas com suas mentes.

É importante, como adultos, que não carreguemos nenhuma idéia


preconceituosa sobre o que é uma experiência válida para crianças. Não espere
que elas tenham uma experiência “adulta” como você teve. Se acontecer, ótimo,
mas não as iniba.

A Pré-escola é o Momento Ideal


Pré-escolares e o Espírito Santo é realmente um assunto à parte. Não
temos tempo para entrar nos muitos detalhes sobre este assunto aqui. Mas após
ver o quão completamente abertos e sensíveis estes pequeninos são no Senhor,
As Crianças e o Espírito Santo

cheguei à conclusão de que a idade dos pré-escolares e início das séries iniciais
são as épocas ideais para se conduzir crianças nessa experiência. Elas são menos
resistentes porque não têm entrado ainda na área de tentar ver as coisas com suas
mentes. Elas simplesmente aceitam o que você diz a elas.

Não precisamos empurrá-las ou forçá-las a se moverem rumo a esta


experiência. Nós simplesmente conversamos sobre isso regularmente, como se
fosse parte da vida normal, e tornamos isso disponível ininterruptamente para
“quem quiser” por meio de nossas atitudes. Você ficará surpreso ao ver quantas
delas simplesmente darão um passo à frente em suas salas da pré-escola enquanto
a professora começa a falar alto em línguas durante o momento do louvor. Elas
podem não demonstrar nenhum interesse por semanas, então, de repente, você
terá um bando de garotinhos e garotinhas correndo ao derredor falando uma
língua estranha enquanto estão colorindo seus desenhos.

A primeira vez que eu conduzi um grupo de crianças ao batismo no


Espírito Santo eu nem sabia que tinha sido chamada para o ministério infantil. Eu
estava simplesmente “escalada” no departamento infantil como todo bom adulto
faz de tempo em tempo. Mas eu as encorajava, e estas crianças estavam famintas
por mais de Deus. Quando eu as chamei para receber o batismo, em torno de
vinte meninos e meninas de todas as idades se juntaram ao meu redor. As
conduzi em oração e as liberei para começarem a falar em línguas. Foi nessa
época que notei pela primeira vez o quanto era difícil para as crianças mais
velhas que amavam o Senhor e que tinham sido criadas em nossa igreja darem
um passo à frente e falarem em línguas. Porém, muitos deles eventualmente
receberam o batismo naquela manhã. Bem no meio da multidão estava um
garotinho de cabeleira loira, de olhos azuis, chamado Kyle, o qual tinha em torno
de quatro anos. Quando olhei para o Kyle, seus olhos estavam abertos, e ele
estava mascando chiclete e olhando ao redor para as outras crianças. Ele não
estava perturbando ou atrapalhando ninguém, então eu o deixei sozinho, embora
não parecesse que ele estivesse recebendo qualquer coisa.

No final do culto, sua mãe veio até mim e disse: _ Kyle me falou que foi
cheio do Espírito Santo. - Confusa, eu disse: _Não, ele não foi. Ele simplesmente
ficou lá mascando seu chiclete e olhando para as demais crianças.

_ Bem, - ela sorriu, _ Ele diz que pode falar em línguas!


Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Mal pude acreditar no que ouvia, e fui atrás dele. Quando eu o encontrei
exclamei: _ Kyle! Sua mãe diz que você foi cheio do Espírito Santo hoje. Isso é
verdade?

_ Uh hum, - disse ele, balançando a cabeça.

_ Deixe-me ouvir você falar em línguas! - Brinquei descrente.

Imediatamente ele começou a falar fluentemente! Isso aconteceu tão


rápido que eu nem sequer tive tempo de ver quando começou. Fiquei espantada!

Eu recomendo fortemente que você eduque seus professores do pré-


escolar a falar sobre o Espírito Santo e demonstrar adoração e canto em línguas
regularmente nas aulas, sem se intrometer, apenas ver o que acontece. Eu
acredito que você ficará emocionado ao ver o quão facilmente elas são cheias!
Claro, isso supondo que você está dando uma oportunidade ampla para elas
receberem Jesus como Salvador regularmente também, o que geralmente
acontece primeiro.

Assim como estamos a ser sal neste mundo, levando as


pessoas a se tornarem sedentas por Cristo, o apetite
espiritual das crianças tem que ser estimulado para o
sobrenatural também.

Quanto mais Velho, Maior o Desafio


A criança mais velha, por outro lado, é um assunto completamente
diferente. Aqueles que têm sido criados em volta dessa experiência têm várias
situações acontecendo. Primeiro, elas têm visto este fenômeno acontecendo por
anos com os adultos e nunca foram capazes de entender como eles fazem isso. Se
você perguntar a elas, elas vão de fato responder: “Eu não sei como fazer isso.”
Em outras palavras, elas estão tentando entender com o intelecto, e isso não pode
ser desvendado. Assim, elas ficam confusas. Ninguém, aparentemente, nunca
tirou tempo para explicar isso a elas. Elas decidiram acreditar que não
conseguem fazer isso. Segundo, elas vêem isso como sendo uma atividade
principalmente dos adultos e têm se acostumado com a idéia de que não é para
elas, pelo menos até que sejam adultas. Elas não têm certeza de que aqueles mar-
As Crianças e o Espírito Santo

manjos estão fazendo ou o que os instiga tanto sobre essa experiência.

Terceiro na maioria das vezes não tem havido prioridade sobre isso nos
cultos das crianças, então não há carência ou fome gerados quanto a esta
experiência. Além disso, elas não conseguem entender essa experiência. Afinal,
elas são salvas e estão indo bem sem isso, então, por que elas precisariam disso?

É principalmente por esses motivos, pelo que parece, que quanto mais
velha for a criança que foi criada na igreja, mais difícil é para ela ser cheia do
Espírito Santo. Se elas saírem da adolescência sem essa experiência, as chances
de receberem o enchimento com o Espírito Santo em algum momento em suas
vidas serão mínimas.

Meu amigo tanzaniense, Glorious Shoo, o qual tem sido ministro de


crianças há anos, ficou impressionado na primeira vez que veio a este país e
tentou conduzir um grupo de crianças americanas ao batismo. Ele disse que em
seu país, as crianças são batizadas imediatamente quando ele ora por elas. Mas
aqui, ele ficou chocado com a falta de resposta por parte das crianças da igreja.
Após orar e considerar a situação por algum tempo, ele chegou à conclusão de
que havia pouca fome por essa experiência, enquanto que na África, as crianças
eram mais desesperadas por Deus.

Crianças Novas Convertidas São Cheias do Espírito Facilmente

Isso pode parecer uma contradição com aquilo que tenho dito sobre quão
famintas as crianças são pelo sobrenatural. Mas tenha em mente que assim como
somos o sal para este mundo, levando as pessoas a se tornarem sedentas por
Cristo, o apetite das crianças pelo sobrenatural tem que ser estimulado.
Francamente, isso é raramente feito em nossos ministérios infantis. Não é nem
mesmo uma opção que está disponível a elas em muitos casos, assim, elas não
sabem o bastante para sentirem fome disso. Seus espíritos precisam ser
despertados para aquilo que está disponível para elas e por quê. Em contraste,
quando elas assistem a um filme do Harry Potter ou desenho do sábado pela
manhã, elas imediatamente vêem os benefícios ou “mercadorias” daquilo que o
mundo espiritual pode fazer por elas e elas procuram encontrar isso. O que é
sempre mostrado a elas em nossas igrejas? Eu me atreveria dizer que se Glorious
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

tivesse ido a um grupo de crianças pagãs e elas se tornassem novas convertidas, a


resposta seria completamente diferente.

Crianças Americanas Nativas Famintas

Isso ficou evidente para mim na reserva indígena Ute, durante uma longa
semana de trabalho missionário. Descobri na terceira noite lá que seria o meu
trabalho pegar as crianças de ônibus, indo às comunidades mais violentas e voltar
sozinha com elas para os cultos. Meu primeiro pensamento foi sobre o desafio da
noite anterior de manter o controle da multidão com todas as crianças entrando e
saindo, e eu imaginei que aquelas seriam as crianças que acabariam no meu
ônibus. Não foi um pensamento agradável!

Ele as conduziu em oração e o Espírito Santo foi


derramado poderosamente no recinto. As crianças
começaram a clamar,chorar, orar em línguas, e gritar tão
alto que incomodaram toda a escola.

Ao levá-las para casa aquela noite, descobri que elas estavam muito leves.
Era um grupo de crianças mais velhas, em torno de dez a doze anos de idade. Na
primeira noite da nossa cruzada, muitas delas tiveram a experiência de cair no
Espírito pela primeira vez e ficaram dizendo que queriam voltar na próxima noite
e serem “nocauteadas” novamente. Decidi aproveitar o momento e perguntá-las
se elas já tinham sido cheias do Espírito Santo e falado em línguas.

“Você quer dizer como aquelas outras crianças fizeram e como o pastor
Fred faz?” Perguntou uma garotinha. (Pastor Fred, de puro sangue Navajo, o qual
pastoreia a única Igreja Indiana do Evangelho Pleno no estado de Utah, era nosso
pastor anfitrião. Essas crianças tinham visitado sua igreja muitas vezes.) Eu disse
a elas que sim, e elas estavam famintas por tudo o que Deus tinha preparado para
elas. À medida que comecei a explicar o que era, o seu propósito em nossas vi-
As Crianças e o Espírito Santo

das e como receber, elas se juntaram aos meus pés como um bando de filhotes de
passarinhos no ninho com suas bocas abertas por comida celestial.

Nós impomos nossas mãos sobre suas cabeças, as conduzimos em oração para
receber o batismo, e cinco de seis crianças começaram a falar instantaneamente em suas
línguas celestiais de oração. O restante da meia hora do trajeto para casa, tudo que elas
queriam fazer era falar em línguas ou cantar algumas das canções que aprenderam
naquela noite na cruzada.

Poucos anos depois numa pequenina cidade no Norte de Dakota, população de


250 habitantes, eu tive a oportunidade incomum para ministrar o Evangelho por várias
semanas para treze crianças protestantes de escola primária, idade de 8 a 12, com a
bênção da escola pública e seus pais. Todas as treze crianças completamente sem igreja
receberam Jesus na primeira semana em que eu estava com elas, e foram rápidas em me
contar sobre as mudanças que ocorreram em suas vidas como resultado. Eu tinha orado
em línguas sobre elas algumas vezes e expliquei o que eu estava fazendo, mas nunca me
senti guiada a ensinar sobre o assunto. Na última semana em que estive lá, eu impus
minhas mãos sobre cada criança e orei por elas antes de partir. Harlan, de mais ou menos
dez anos de idade, com seu cabelo cacheado de cor marrom achocolatado e olhos
cativantes, permaneceu olhando para mim. Quando impus minhas mãos sobre ele, eu
sabia em meu espírito que ele queria poder falar em línguas também.

Eu disse a ele: _ Harlan, você quer ser cheio do Espírito Santo?

Ele acenou que sim tão animado e eu comecei a explicar um pouco mais para ele
sobre o assunto. Eu lhe disse que ia conduzi-lo em oração e impor as mãos sobre ele, e...

Enquanto eu falava, olhava para seus lábios que se moviam rapidamente,


embora ele não estivesse fazendo nenhum som.

Eu fiz uma pausa e disse: _ Você já está recebendo o batismo, não está?

Ele afirmou e continuou a sussurrar em línguas. Ele estava tão aberto a esta
experiência, que eu nem sequer tive a chance de orar por ele. Ele simplesmente recebeu
por si só!

As Crianças Recebem o Batismo em Escolas Públicas


Recebi um fascinante relatório há uns anos atrás de meus amigos na
Tanzânia em relação às crianças sendo cheias do Espírito Santo numa escola pú-
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

blica na cidade deles. A Tanzânia tem uma lei em seus livros que exige que todas
as escolas públicas dêem uma hora semanalmente de instrução religiosa para
todos os seus estudantes. É um resquício dos dias em que a Grã Betânia governou
o país. O governo não se importa com qual religião você ensina, assim os cristãos
têm uma porta aberta para pregar o Evangelho. Porém, por causa de problemas
internos como falta de dinheiro para pagar os professores por mês ou por mais
tempo que isso, muitas vezes os professores não vão às aulas.

Tal era o caso dessa aula de religião em particular. Os alunos sentavam


esperando pacientemente, mas quando nenhum professor aparecia, um garoto de
onze anos começava a ensinar as crianças sobre o batismo no Espírito Santo. No
final, ele perguntava quantas crianças queriam ser cheias do Espírito e todas elas
levantavam suas mãos. Ele as conduzia em oração, e o Espírito Santo era
derramado poderosamente na sala. As crianças começavam a clamar, chorar, e a
orar em línguas, gritando tão alto que incomodavam toda a escola. (Eles não
tinham vidro em suas janelas.) Professores vinham de todos os lugares para ver o
que estava acontecendo. Uma das professoras, a qual era uma freira católica,
concluiu que todas as crianças estavam possessas por demônios e saiu para
procurar um padre para expulsar os demônios.

Depois de uma hora as crianças se acalmaram. Finalmente, elas puderam


falar aos professores o que tinha de fato acontecido. Foi tudo por causa de um
garoto que tomou a liderança e agiu conforme o que estava no seu coração. O
potencial das crianças sob a influência do Espírito Santo é incrível.

Concluindo

Ser cheio do Espírito Santo acompanhado com a habilidade de falar em


línguas é fundamental para o estilo de vida sobrenatural que nós queremos que
nossas crianças vivenciem. Antes de podermos apresentar os capítulos sobre
oração, cura do enfermo, ou ministério profético, esta discussão era
absolutamente necessária. O batismo no Espírito Santo deve ser uma parte
automática de como podemos criar nossos filhos nas coisas de Deus, deve ser
As Crianças e o Espírito Santo

tão comum quanto oferecer a salvação a eles. Esperamos que o que temos
compartilhado aqui mude para sempre as atitudes das pessoas em relação a
conduzirem as crianças ao enchimento com o Espírito Santo. Fazendo isso, todos
nós contribuiremos com a redefinição do ministério infantil no século 21.

Colocando em Prática

1. Você tem ensinado às crianças em seu ministério sobre o batismo no Espírito


Santo nesse último ano? Se não, por que não?

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2. Suas crianças seriam capazes de contar a você as razões por que falar em
línguas é importante? Os seus ajudantes adultos seriam capazes de contar?

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3. Quais são suas preocupações pessoais ou preocupações dos pais ou da


liderança sobre ensinar as crianças sobre este assunto? O que você pode fazer
para vencer estes problemas?

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Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

É muito importante passar tempo construindo uma


expectativa para o sobrenatural e criar um desejo e fome
por este dom.
Capítulo 10

Princípios Práticos em Conduzir

Crianças ao Batismo

Enfrentando Seus Medos

O meu maior medo em conduzir crianças ao batismo no Espírito Santo


era, “E se eu orar por elas e nada acontecer?” Significando, “E se elas não
falarem em línguas? O que as outras pessoas vão pensar?” Não é interessante que
nós podemos ser tentados a impedir que esta experiência aconteça com eles por
causa de nosso orgulho e por causa do que podemos parecer aos olhos das
pessoas? Então eu fui tranqüilizada por outro ministro de crianças, com mais
experiência do que eu sobre o fato de que as crianças recebiam o batismo de
maneira muito fácil. Finalmente decidi tentar. Decidi agir de forma mais
confiante do que eu realmente estava e não deixar que as crianças soubessem que
eu tinha qualquer dúvida sobre se algumas falariam em línguas e outras
pudessem não falar. Decidi proclamar ousadamente a elas que se elas pedissem,
Deus seria fiel para fazê-lo!

Também concluí, “Estamos no porão de qualquer maneira. Se eu fizer


alguma besteira e me fizer passar por tola, quem vai saber? Além disso, as
crianças não sabem se o eu você está fazendo é certo ou errado. Assim, o que
tenho a perder? Vamos tentar!”

Para minha alegria, descobri que o que eu realmente soube o tempo todo
– não dependia de mim de qualquer maneira. Deus também ia honrar sua Palavra
ou isso não era meu problema. Quando me conformei a fazer, a pressão foi
embora, e com cada incidente bem sucedido, eu vi grandes resultados com as
crianças. Uma vez que eu estava confiante, elas também estavam confiantes. O
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Mesmo acontece se você está conduzindo crianças ou adultos ao enchimento com


o Espírito Santo. Aprendi a conversar sempre positivamente com as crianças
dizendo: “Quando você pede você recebe!” Não devemos nunca insinuar:
“Alguns de vocês vão receber, mas talvez outros não.” Isso é fatal para o
resultado desejado. Elas acreditarão no que você disser. Você cria uma
expectativa nelas através de suas palavras.

Peça e Receba

Não há na verdade muita coisa que alguém precise saber sobre o real
processo de conduzir alguém ao batismo. O padrão é bastante básico – você pede
e você recebe. O que normalmente se segue é o falar em línguas. O livro de Atos
fala sobre a imposição de mãos no processo, mas não é obrigatório. Cornélio e

Se elas não tiverem uma compreensão sólida por que elas


devem orar nesse jeito estranho, elas não vão valorizar o
dom, e o mesmo se perderá para elas, quer por mau uso ou
nenhum uso.

toda sua parentela começaram a falar em línguas enquanto Pedro estava na


metade de seu sermão. Obviamente ninguém impôs as mãos sobre eles.

O que é extremamente útil com crianças ou adulto é fornecer algum


estudo sobre o assunto com antecedência. Meu momento menos favorito para
conduzir crianças nesta experiência é quando não há tempo para “preparação” no
altar, quando não tenho tido a chance de pregar ou ensinar sobre este assunto.
Então, raramente faço isso, a não ser que eu realmente me sinta guiada pelo
Espírito Santo, como no caso do Harlan. De outra forma, é muito útil pregar pelo
menos um sermão, se não mais, sobre o assunto para que as crianças entendam o
real valor da experiência e o que ela vai fazer em suas vidas.
Princípios Práticos em Conduzir Crianças ao Batismo

Não Tenha Pressa

Não devemos ter muita pressa para orar com elas na expectativa de criar
uma base sólida sobre elas a respeito desse importante assunto. É muito
importante passar tempo construindo uma expectativa para o sobrenatural e criar
um desejo e fome por este dom quando talvez não tenha existido nenhum até esse
ponto. Geralmente gosto de usar uma seção inteira sobre quem o Espírito Santo é
e o papel que Ele tem em nossas vidas como Mestre, Guia e Consolador. É de
grande valor dar uma aula sobre o que Jesus tinha a dizer a respeito disso e o que
aconteceu no Pentecoste.

Também acho muito útil ensinar pelo menos uma turma inteira, se não
mais, sobre falar em línguas porque existe muita incompreensão a respeito desse
dom. As crianças são muito curiosas a esse respeito e têm um milhão de
perguntas quando isso acontece com elas. Ensinar sobre este assunto com
antecedência responde muitas de suas perguntas. Para mim, é quase injusto
esperar que elas falem em línguas quando elas não sabem quase nada a respeito
ou por que é importante. Se elas não tiverem uma compreensão sólida por que
elas devem orar nesse novo jeito estranho, elas não vão valorizar o dom e o
mesmo se perderá para elas, quer por mau uso ou nenhum uso.

Mantenha as Instruções Curtas e Agradáveis


Se você tiver feito um bom trabalho de ensinar, então, quando chegar a
hora de conduzi-las ao batismo você precisa manter suas instruções no altar
curtas e simples. Como qualquer coisa que Deus tem para nós, não existe nem
maneira certa ou errada – nenhuma fórmula – do que fazer. Na maioria das vezes
as crianças respondem ao apelo da mesma forma que alguém responderia ao
apelo para salvação. Assim, após os interessados virem à frente, eu chamo outras
crianças que já tenham sido cheias do Espírito e podem falar em línguas para
ficarem ao redor, atrás das demais para apoio moral.

Faço isso por alguns motivos. Primeiro, quero que os interessados ouçam
outras crianças falarem em línguas ao invés de ouvirem somente os adultos,
assim elas vão realmente saber que as crianças podem fazer isso também.
Segundo, quero incluir as outras crianças no processo, assim elas sentirão que
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Deus as está usando e então aprenderão como orientar seus amigos nessa
experiência mais à frente. Nunca devemos dar à nossa gente a ilusão de que
somente os pastores, evangelistas, ou missionários são qualificados para fazer
coisas como estas. Esta é uma parte do ministério do crente, e quanto mais cedo
treinarmos nossas crianças para liderar, melhor será para o corpo de Cristo.
Lembre-se – o trabalho dos líderes é preparar os santos para exercer o ministério!
Nosso trabalho como ministros de crianças é preparar os pequenos santos!

A Música É uma Poderosa Auxiliar

Não é absolutamente necessário, mas se tiver uma boa música de


adoração tocando, vai ser realmente útil para preparar uma atmosfera agradável
na sala. Uma vez que ministérios infantis raramente têm o luxo de bandas ao
vivo, você pode selecionar um CD com poderosa adoração com antecedência e
deixar tocar ao fundo. É realmente útil quando são canções que as crianças co-

Pessoalmente eu não equiparo o processo de fazer uma


pessoa produzir sons no sentido de vê-la falar a mesma
coisa como “ensinar” alguém a falar em línguas.

nhecem e cantam junto por mais tempo na presença do Senhor. Também ajuda a
manter todos no mesmo foco. Sim, o Espírito Santo pode se mover quando há
silêncio, mas quando for conveniente, você deve fazer qualquer coisa que puder
para criar um ambiente onde a presença de Deus possa facilmente ser sentida.
Também, as crianças são muito tímidas quando qualquer um pode ouvir suas
vozes nesse estágio inicial. Assim, a música ajuda a aumentar o nível do barulho
o bastante de forma que elas não se sentem vulneráveis na frente de seus amigos.

Uma vez que todos estejam em seus lugares, peça às crianças para
fecharem seus olhos com o propósito de se concentrarem totalmente no Senhor e
em Sua bondade. Peça a elas para que levantem suas mãos em entrega de amor
ao Mestre, e então as guie numa breve oração pedindo a Deus para enchê-las do
Princípios Práticos em Conduzir Crianças ao Batismo

seu Espírito. Eu sempre gosto de guiá-las numa confissão positiva na oração,


dizendo algo de efeito: “Obrigada pela habilidade de falar na minha nova língua.
Eu creio que posso fazer isso agora.” Isso só ajuda a aumentar a confiança e
empolgação pelo sobrenatural.

Então, geralmente digo alguma coisa como: “Quando eu contar até três,
nós todos vamos começar a orar em nossas línguas de oração juntos. Um, dois,
três, já!” Eu procuro me certificar de que todos estejam orando bem e alto assim
os recém-chegados não se sentem notados. Normalmente isso é tudo o que é
preciso para a maioria das crianças. Quase sempre haverá poucas delas que vão
ter dificuldades para dar um passo à frente, mas você logo notará essas crianças
que nem sequer estão tentando falar em línguas. Você vai observar também que
não importa com que freqüência você fale a elas para abrir suas bocas e dizer
alguma coisa, elas simplesmente vão encarar os outros com os olhos arregalados
e bocas bem fechadas.

Não há muito que você possa fazer a respeito até que elas estejam prontas
para darem esse passo. Haverá outros que estarão genuinamente tentando, mas
ainda estão tendo dificuldades para romper. Tentamos trabalhar com elas, re-
explicamos coisas um pouco mais e simplesmente damos tempo a elas.

Usando Instruções muito Controversas


Aqui e acolá você encontrará crianças que estão genuinamente famintas e
honestamente tentando falar em línguas, mas simplesmente parece que não são
capazes de romper. Elas estão abrindo suas bocas e tentando dizer alguma coisa,
mas parece que somente a linguagem própria de cada uma é que é manifesta.
Meus sentimentos sobre este assunto são que a maioria das crianças ainda está
tentando entender com suas mentes e isso não está fazendo nenhum sentido para
elas. Elas começam a ficar frustradas, a se sentirem estúpidas, e começam a
perder a confiança de que alguma coisa vai acontecer.

Como último recurso para que possam começar a falar, eu falo a elas
sobre como os bebês aprendem a conversar. Eles simplesmente produzem sons
até que um dia os sons assumem um significado e então aprendem mais e mais
sons. Nenhum dos sons faz sentido, mas simplesmente nos mantemos
conversando com eles até que eles aprendem a que os sons estão conectados. Eu
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

explico algumas vezes que é como falar em línguas. Estamos produzindo sons
que não fazem sentido algum, quando de repente aqueles sons simplesmente
começam a fluir de nossas bocas sem nenhum esforço. Eu os encorajo a
começarem a produzir sons e ver o que acontece. Muitas vezes isso é tudo o que
leva para o fluir começar.

Porém, se você fizer isso, você precisa saber que há muitas pessoas que
criam problemas com isso. A mesma mãe que não queria que eu ensinasse seu
filho de nove anos de idade sobre o Espírito Santo também era um “teste,”
querendo saber se eu era uma daquelas pessoas que “ensinava” as crianças como
falar em línguas. Muitas pessoas têm me feito aquela mesma pergunta desde
então. O que elas estão tentando fazer é ter a certeza de que a experiência que
seus filhos recebem é genuinamente sobrenatural e não humanamente planejada.

Quando crianças (ou adultos) saem do altar sem o


sucesso de falar em línguas, faça um favor a elas, não fale
que você não acredita que elas não foram cheias.

Claro que isso é o que nós queremos também! A que propósito isso nos
serviria tentar “fabricar” uma experiência como essa para alguém? Pessoalmente,
eu não equipararia o processo de fazer com que alguém produza sons no sentido
de fazê-la falar da mesma forma que “ensinar” alguém a falar em línguas.

Saiu pela Culatra!


Em uma de minhas primeiras experiências a esse respeito, eu tive um
garotinho de mais ou menos seis anos de idade que realmente amava o Senhor e
verdadeiramente desejava ser cheio do Espírito Santo. Eu nunca tinha encontrado
uma criança tão novinha que simplesmente não fosse capaz de falar em línguas.
Ele realmente se esforçou muito. Frustrada, eu disse a ele para tentar imitar
alguns dos sons que ele me ouviu fazer ou seus pais. Mas saiu pela culatra
comigo, e pelos próximos quinze minutos, tudo que ele podia fazer era imitar
Princípios Práticos em Conduzir Crianças ao Batismo

minha linguagem de oração. Ele simplesmente nunca entendeu completamente.


Me senti perdida quanto ao que fazer naquele momento, então desistimos durante
a noite. Tentei assegurá-lo de que ele tinha a habilidade e disse a seus pais para
não pressioná-lo, mas que deixasse acontecer naturalmente. Embora alguns anos
mais tarde ele finalmente foi capaz de falar em línguas, nunca mais pedi a
alguém para repetir após mim novamente.

Para mim, aquilo se qualificaria mais como tentar “ensinar” alguém a


falar em línguas, e isso não foi uma experiência boa. Eu tinha usado aquela
técnica com algumas pessoas anteriormente a essa experiência e funcionou bem
com elas. Elas começaram a falar fluentemente em suas próprias línguas muito
rápido. Mas depois daquela noite, nunca mais tentei de novo. Ao invés, comecei
a usar a idéia de produzir sons similares aos que os bebês fazem.

Uma Variedade de Crenças

Não é comum ter uma ou duas crianças que simplesmente não pareçam
ser capazes de falar em línguas. Se você tiver um grupo grande de crianças que
dá um passo à frente para receber o batismo, você deve ter o cuidado para não
estender muito o tempo de oração por causa de uma ou duas pessoas. A não ser
que haja um mover incomum do Espírito, eu tentaria manter o tempo de oração
em torno de quinze minutos, a não ser que elas estivessem ainda muito ligadas
com o que estivesse acontecendo. Se você estender muito as outras crianças
ficam inquietas e desatentas, e as crianças que estão tendo dificuldades começam
a se sentir esquisitas. Você não quer torná-las em um espetáculo. Normalmente
as incentivo e falo sobre algumas razões pelas quais pessoas podem ter
problemas em falar em línguas – nenhuma delas inclui Deus se recusar isso a elas
ou que elas não foram cheias do Espírito Santo.
É aqui onde chegamos às controvérsias novamente. Haverá uma ampla
variedade de pessoas com diferentes crenças lendo este livro. Algumas irão até
mesmo acreditar que uma pessoa não é nascida de novo a não ser que fale em
línguas. A igreja onde eu cresci nos ensinou que a não ser que uma pessoa falasse
em línguas, ela nunca foi cheia do Espírito Santo. Eu acreditei daquele jeito a
minha vida inteira, mas pessoalmente, não aceito mais isso. Por favor, não me
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

escreva nenhuma carta para consertar minha doutrina. Se acontecer de ser você
alguém que acredita nisso, então me deixe encorajá-lo sobre algo. Quando você
dispensa crianças (ou adultos) da frente do altar após eles não terem tido sucesso
em falar em línguas, até mesmo quando você realmente não acredita que eles não
foram cheios, faça-lhes um favor, simplesmente não fale isso a eles. Não serve a
nenhum propósito produtivo e na verdade só os desencoraja, fazendo-os sentir-se
tanto desprezados por Deus, quanto inadequados de alguma maneira, e eles
podem nunca mais tentar novamente.

Fique a Sós com Deus


Meu encorajamento é enviá-los para casa dizendo-lhes: “Quando você
ficar sozinho no seu quarto, na banheira, ou na casa de brinquedos do quintal e
for apenas você e Deus, diga: „Agora, Senhor!‟ e aguarde para ver se você não
começa a falar em línguas.” Algumas pessoas ficam muito nervosas e completa-

Nossas crianças correm perigo de nunca mais falar em


línguas após a primeira experiência delas se nós não as
ensinarmos o seu significado e valor.

mente tensas quando estão na frente de outras pessoas. Mas quando ficam a sós
num lugar silencioso com o Senhor e o foco não está nelas, elas são capazes de
relaxar e dar um passo direto ao rio. Tem havido muitas crianças que voltam
depois para me dizer que conseguiram falar em línguas quando chegaram em
casa.

Jesus nos disse que se pedirmos, receberemos. Eu creio que se uma


pessoa não fala em línguas não é porque Deus está retendo o dom do Espírito
Santo. É porque existe algo dentro da pessoa que a está impedindo. Pode ser
medo, insegurança, ou sentimento de estar sendo pressionada. Algumas podem
ter ouvido no passado que isso é coisa do diabo! Eu acredito totalmente que
quando uma pessoa pede para ser cheia do Espírito Santo, essa pessoa
instantaneamente tem a habilidade para falar em línguas, mas nem sempre
consegue colocar pra fora.
Princípios Práticos em Conduzir Crianças ao Batismo

Tão logo essa pessoa conseguir vencer seus problemas, as línguas estarão
logo ali. Da mesma forma que nossa salvação é consumada quando nós
confessamos a outro ser humano que Jesus é nosso Senhor, a maioria das pessoas
nunca ficarão completamente satisfeitas com suas experiências de ser cheias até
que sejam capazes de falar em línguas.

Pequenos Ouvidos Estão Ouvindo

Não é comum para alguns ministros de crianças levarem crianças que


querem ser cheias do Espírito para o interior de uma sala e conversar com elas
privativamente ao invés de fazer isso na frente de todo o grupo. Outros chegam a
diminuir o tom da voz na frente das que se prontificaram a serem cheias e quase
cochicham de forma que ninguém mais possa ouvir as instruções às crianças
sobre o que vai acontecer posteriormente. Não sei o porquê de fazerem isso, mas
pessoalmente não recomendo nenhuma dessas maneiras. Por um motivo, é
importante para todas as crianças presenciarem outras crianças receberem o
Espírito Santo. Isso aumenta a fé nelas e expectativa para o que é um milagre.
Elas precisam se tornar familiarizadas e confortáveis com isso e perceber que
elas precisam ser ousadas nesta experiência.

Mais uma vez, elas precisam ver como isso é feito de forma que possam
conduzir seus amigos nesta experiência. Muito mais que isso, não é de todo
incomum para as crianças que ficam sentadas na platéia ouvir as instruções que
você dá às crianças que estão à frente e serem cheias enquanto estão sentadas em
suas cadeiras. Elas simplesmente fazem o que você disse às outras crianças para
fazer e começam a falar em línguas exatamente de onde estão.

Mais uma vez, a primeira vez que isso aconteceu comigo, uma mãe veio
até mim depois do culto e disse: _ David me disse que foi cheio do Espírito
Santo hoje. - Pensei por um momento, e disse: _ Não, ele não foi. Ele foi uma das
crianças que foi à frente para oração.

_ Bem, tenho certeza de que ele disse que pode falar em línguas, - disse
ela, criando um momento de “já vi isso” para mim. _ Vou perguntar a ele de
novo. - Quando ela retornou, ela me disse que de fato David tinha sido cheio do
Espírito e que ele simplesmente não se sentiu à vontade para ir à frente. Ele
simplesmente seguiu minhas instruções enquanto estava sentado e recebeu a lin-
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

guagem de oração. Isso já aconteceu mais de uma vez em meus cultos desde
aquela época.

Nós Praticamos Orar em Línguas

Na geração de meus pais, era comum acreditar que alguém só podia falar
em línguas quando o Espírito Santo descia sobre você com força e poder.
Geralmente isso envolvia arrepios e eletricidade no ar e uma experiência com
muita carga emocional. Sem esses sentimentos externos eles não se sentiam
capazes de poder falar em línguas. Conheci uma mulher que tinha sido cheia e
falou em línguas quando tinha seis anos de idade. A experiência dela era uma
daquelas experiências excepcionais que você nunca esquece. Mas ela nunca mais
falou em línguas porque aqueles sentimentos nunca retornaram. Ela não pensou
que poderia ou deveria.

Nossas crianças correm perigo de nunca mais falar em


línguas após a primeira experiência delas se nós não as
ensinarmos o seu significado e valor.

Louvado seja Deus, as pessoas não acreditam mais dessa maneira hoje.
Porém, nossas crianças também estão em perigo de nunca mais falarem em
línguas depois da primeira experiência delas se não as ensinarmos o seu
significado e valor. Muitas crianças em seu ministério vão voltar para casa onde
os pais não são cheios do Espírito Santo. Elas nunca ouvirão ninguém em suas
casas orarem em línguas e, portanto, dificilmente ( ou nunca ) serão encorajadas
a fazerem isso lá. Outras crianças podem até ter pais que sejam cheios do
Espírito, mas por qualquer que seja a razão, elas nunca oram em línguas na frente
de seus filhos. Se eles têm um momento de oração, eles guardam para si mesmos
naquele momento e as crianças mais uma vez nunca vão ouvir seus pais orarem
em línguas nem são encorajadas a juntarem-se a eles. A não ser que você como
pastor de crianças deliberadamente determine um tempo em cada culto para orar
Princípios Práticos em Conduzir Crianças ao Batismo

especificamente em línguas, muitas daquelas crianças nunca mais farão isso de


novo. E isso seria uma vergonha.

Você precisa regularmente repassar com suas crianças por que falar em
línguas é valioso e por que elas devem fazer disso parte de suas vidas. Tão
freqüentemente quanto possível, você deve criar momentos de adoração quando
você diz: “Ok, agora vamos adorar o Senhor em nossa linguagem de oração!”
Deve haver outros momentos em que você ore por alguém em seu grupo e as
crianças devem ser encorajadas a impor as mãos sobre as pessoas e orar por elas
em línguas como também em sua língua nativa.

Algumas vezes eu simplesmente faço desse momento uma tarefa


divertida para fazê-los entender que estavam em controle desse incrível dom e
que podem falar em línguas a qualquer momento que quiserem – brincando com
as bonecas, andando de bicicleta, tomando banho, lavando os pratos ou andando
de carro. Esta foi uma tentativa para tornar isso parte de seus estilos de vida. Às
vezes, nós oramos num intervalo de um minuto usando nossas “vozes dos
parquinhos de diversão” e no minuto seguinte usar nossas “vozes de sussurro.”
Na verdade eu cronometro nossas orações com um cronômetro. Isso, também,
tem o propósito de deixá-los saber que foi legal orar em línguas numa variedade
de maneiras e em circunstâncias diferentes.

Concluindo
Após um de nossos acampamentos de verão do KIMI (Kids in Ministry
International), uma garota de doze anos de idade me escreveu uma carta onde ela
me contava sobre como conduzir sua prima ao batismo no Espírito Santo. Ela
compartilhou: “Apenas há uma semana, duas de minhas primas vieram da cidade
para cá. São duas meninas e têm a nossa idade. Estávamos no ático brincando e
nos divertindo quando eu senti a direção de Deus para orar por minha prima a
respeito de orar em línguas. Fomos para o banheiro para não sermos
interrompidas. Ela disse que gostaria de falar em línguas, então nós entramos na
banheira. Eu disse-lhe um pouco sobre como era. Orei por ela e senti como
eletricidade indo pelos meus braços. Quando saímos da banheira ela foi capaz de
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

falar em línguas.”

Não posso encorajá-lo o suficiente para tornar a oração em línguas uma


parte regular da experiência de sua igreja. Nosso trabalho é treinar e preparar
nossas crianças para o trabalho do ministério. Treinar significa simplesmente
“fazer alguma coisa (ou alguém) proficiente por meio de instrução e prática.”
Lembre-se, nossas crianças precisam experimentar o sobrenatural e uma das
melhores maneiras é através do enchimento com o Espírito Santo. À medida que
fizermos isso regularmente, estaremos ajudando a redefinir o ministério infantil
no século 21!

Colocando em Prática

1. Você já levou uma criança a receber o batismo no Espírito Santo? Se ainda


não, por que você acha que ainda não fez isso?

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2. Quão confortáveis e dispostas estão suas crianças para falar em línguas, e o


que você pode fazer para tornar isso mais fácil para elas?

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3. Que dicas você pode dar a alguém sobre como levar uma criança a falar em
línguas que têm sido bem sucedidas com você?

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“Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e
para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos
o Senhor, nosso Deus, chamar.”

Atos 2:39
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Para que não haja alguém que possa estar em dúvida


sobre todo o assunto, deixe ser conhecido que as crianças
podem, fazem e devem saber como ouvir a voz de Deus e
serem guiadas pelo Seu Espírito.
Capítulo 11

As Crianças Ouvem a

Voz de Deus

Andando no Sobrenatural

O propósito da segunda metade deste livro é ajudá-lo de maneiras práticas


levar suas crianças ao mundo fascinante do sobrenatural em suas caminhadas
diárias com Deus. Para nos levar até lá, primeiro é necessário cobrir as
experiências sobrenaturais mais básicas que os crentes têm – salvação, o batismo
no Espírito Santo, e o que nós estamos prestes a discutir neste capítulo – ouvir a
voz de Deus. É a partir destas experiências básicas que emanam todos os outros
eventos sobrenaturais.

Salvação, uma experiência profundamente sobrenatural, está em primeiro


lugar de importância, naturalmente. O enchimento com o Espírito Santo é algo
que o próprio Jesus colocou como alta prioridade, e sabemos das Escrituras que
isto nos dá ousadia e o poder que precisamos para agir no sobrenatural. Mas além
destas duas coisas, em minha opinião, não há nenhum outro assunto mais
importante para ensinar nossas crianças do que ouvir a voz de Deus.

Se você pensar nisso, você perceberá que não podemos seguir a Deus sem
esta habilidade. Somos deficientes em tomar decisões importantes em nossas
vidas se não podemos ouvir Sua orientação. Regularmente eu falo às crianças que
um dos grandes motivos pelos quais elas precisam ouvir a voz de Deus é porque
algum dia isso poderá salvar suas vidas! A voz de Deus os orientará para longe
do perigo. Eu teria dado qualquer coisa como criança se alguém tivesse me
ensinado como ouvir Sua voz. Eu teria evitado uma série de problemas em toda a
minha vida e até mesmo angústia emocional se eu soubesse o que eu sei agora. E
você?
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Mas, além disso, é parte dos princípios fundamentais saber como


reconhecer Sua voz que nós como crentes somos capazes de agir nos dons do
Espírito conforme mencionado em I Coríntios 12. É parte de ser capaz de
reconhecer e tirar vantagem de sonhos espirituais e visões, e, para algumas
correntes do corpo de Cristo, é a base do que eles chamam de agir “no profético.”
Todas essas coisas estão enraizadas na habilidade fundamental para ouvir,
reconhecer e seguir a voz de Deus e ser guiado pelo Espírito Santo.

Você não pode pregar sob a unção sem seguir Sua orientação. Você é
limitado no evangelismo efetivo se você não pode ouvi-lo dirigir sua conversa. O
sucesso na cura do enfermo é grandemente aumentado quando você O ouve falar
a você pelo Seu Espírito qual é a raiz do problema da enfermidade. É melhor que
você não tente expulsar nenhum demônio a não ser que tenha ouvido claramente
de Deus o que fazer. No sentido de fazer qualquer coisa de forma efetiva para o
Reino, você precisa saber como ouvir e segui-Lo.

Minhas Ovelhas Ouvem Minha Voz

Disse Jesus: “Minhas ovelhas ouvem minha voz,” (João 10:27). Ovelha
grande ou ovelha pequena – se você é uma “ovelha” você precisa saber como
ouvir Sua voz. E ainda o desafio a perguntar a suas crianças quantas delas sabem
com certeza que já ouviram a voz de Deus em toda a sua vida e, em muitos casos,
muito poucas (se houver) delas vão levantar suas mãos. Faço isso quando viajo e
fico chocada ao ver quão poucas crianças nascidas de novo e criadas em nossas
igrejas sabem ouvir a voz de seu Mestre.

Tive a oportunidade de ouvir um ministro não muito tempo atrás falar


sobre o assunto de ser guiado pelo Espírito. Ele fez um trabalho absolutamente
maravilhoso ao explicar o básico para a congregação. Então, bem no final da sua
pregação ele fez o comentário mais surpreendente. O comentário foi o seguinte:
“Todos neste lugar que tenham pelo menos treze anos de idade ou mais velho
que isso precisa saber ouvir a voz de Deus.” Sentei-me chocada. Não acreditava
no que estava ouvindo. Certamente ele estava brincando, eu pensei. Mas ele não
estava.
As Crianças Ouvem a Voz de Deus

Embora no fundo da minha mente eu soubesse que eu conhecia poucos


cristãos que davam muita importância de uma forma ou de outra, eu
simplesmente nunca tinha ouvido alguém tão descaradamente eliminar as
crianças do processo. Meninos e meninas foram espalhados pela sala, e naquela
noite eu estive observando duas garotinhas em particular. Já havia muito tempo
que eu via crianças tão novinhas sentadas literalmente na beira de suas cadeiras
ouvindo um adulto falar. Eu me perguntava o que estava se passando em suas
cabeças até aquele momento.

Assim, para que não haja alguém que possa estar em dúvida sobre todo o
assunto, deixe ser conhecido que as crianças podem, fazem e devem ouvir a voz
de Deus e ser guiadas pelo Seu Espírito. Ensine-as regularmente, repetidamente,
deliberadamente, e profundamente. Ensine-as no início da vida – quanto mais
cedo melhor. Faça disso uma alta prioridade no seu ministério infantil para
conduzi-las a esta experiência. Francamente vou dizer que se você não tem
certeza de como fazê-lo, você precisa adquirir meu programa de estudo:
“Ouvindo a Voz de Deus.” Ele possui treze lições, as quais, se você seguir as
instruções, terá suas crianças ouvindo a voz de Deus praticamente a partir da
primeira lição. (Detalhes sobre como adquiri-lo estão no final deste livro.)

Invocando os Espíritos dos Mortos


Uma de minhas primeiras experiências de ensinar crianças como ouvir
Sua voz veio através de uma peça de marionete que eu tinha escrito e produzido
na posição de pastora de crianças. Naquele tempo, eu levava crianças para minha
casa para gravar previamente as vozes para nossas apresentações, assim nós não
tínhamos problemas com microfones e outros problemas criados durante as
apresentações ao vivo. Eu usei uma garotinha em meu grupo chamada Courtney
para ser a atriz principal. Na peça, a sua marionete queria passar a noite na casa
de amigos para poder ir a uma festa, mas sua mãe insistiu com ela para que
orasse e desse ouvido ao que Deus podia dizer a ela a esse respeito. A marionete
orou e sentiu uma “luz vermelha” (representando um sentimento negativo) em
seu espírito a respeito de ir à festa, então ela ficou em casa. Aconteceu um tipo
de tragédia que ela evitou por não ir à festa aquela noite.

Poucas semanas depois Courtney foi convidada por alguns amigos não
salvos para ir a uma festa de verdade em sua escola. Ela decidiu, assim como a
sua marionete homóloga, que oraria e veria se Deus a dirigiria de uma forma ou
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de outra a respeito de ir. Ela apareceu na igreja na semana seguinte


absolutamente extasiada porque Deus realmente falou com ela e deu-lhe um
sentimento “iéca” (representando algo desagradável) em seu coração, assim ela
permaneceu em casa. Ela descobriu que as garotas na festa passaram o tempo
invocando os espíritos dos mortos como divertimento! Ela ficou emocionada
porque evitou um evento como esse, mas mais emocionada ainda em pensar que
de fato Deus falou com ela.

Poucos anos depois disso, eu estive treinando um grupo de crianças para


fazer evangelismo e parte do nosso preparo seria orar no Espírito. As crianças
levaram a sério e realmente estavam interessadas. Fiquei impressionada em meu
espírito que alguém estava prestes a dar uma mensagem em línguas e
interpretação. Eu as trenei com suavidade e as exortei a fim de descobrir a pessoa
que estava suposto a fazê-lo. Finalmente, um menino de doze anos com uma voz
trêmula falou em línguas e, após um pouco mais de encorajamento, começou
hesitantemente a dar a interpretação também.

Foi breve, mas acertou em cheio. Anos depois quando aquele menino se
tornou um adolescente, ele compartilhou na frente de toda a congregação que
aquela tinha sido uma das experiências mais significantes em sua vida porque se
sentia muito comovido por Deus tê-lo usado de fato. Logo depois disso me
afastei, então nunca fui capaz de levar esse grupo mais além. Mas eu vi e
experimentei o suficiente para saber, sim, as crianças podem fazer isso também!

Seus Filhos & Filhas Profetizarão

Uma das passagens mais citadas na minha infância por pregadores da


época era Joel 2:28, “E acontecerá, depois, que derramarei o meu
Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas
profetizarão,...” Naqueles dias, a maioria dos cristãos, até os pentecostais,
achavam que o assunto de profecia era místico e misterioso. Nós não tínhamos a
noção de que isso era normal no dia a dia do cristianismo e que não era apenas
para os pregadores profissionais, mas era para todo crente. Assim, sempre que
ouvia aquela passagem, os pelos ficavam eriçados atrás do meu pescoço. O
mesmo pensamento de que as crianças algum dia fariam algo como aquilo, era
profundo para nós. Agora nós sabemos que isso é simplesmente parte de ouvir
As Crianças Ouvem a Voz de Deus

a voz de Deus, o que é normal no dia a dia do cristianismo – e ainda muito


sobrenatural.

As Crianças Profetizaram a Meu Respeito


Quando mudei para a Costa do Leste ouvi dizer que havia crianças que
não somente profetizavam, mas eram usadas no ministério de grupo profético. Eu
pensei: “Eu tenho que ver isso! - E pensava:” Como será que deve ser e como
deve soar quando uma criança profetiza?”

Na minha primeira oportunidade fui a um ministério profético de um


grupo de crianças que eram orientadas por adultos experientes. Naquele tempo,
eu tinha acompanhado outro ministério infantil para a Carolina do Norte, o qual
era experiente em levar crianças a viagens missionárias para o exterior. Eu estava
iniciando nesta nova aventura no ministério infantil de tempo integral fora da
igreja local. Mas eu não tinha noção alguma de que estaria trabalhando para mim
mesma algum dia em meu próprio ministério infantil, escrevendo livros e
programas de estudos, realizando conferências e acampamentos de treinamentos.
De fato, pouco depois disso, fui contratada por outra igreja como pastora das
crianças e fiquei com sua equipe por outros dois anos.

Enquanto ouvia esses pré-adolescentes profetizando sobre mim


começaram a falar sobre o meu futuro. Eu sabia que era Deus, mas estava
impressionada em ver a que eu tinha sido orientada a fazer desde então.
Primeiramente eles falaram dando pequenas imagens, ou mini visões do que
Deus estava mostrando a eles. Os adultos estavam lá para ajudá-los com as
interpretações, pois nos disseram que as crianças vêem facilmente, mas nem
sempre sabem interpretar o que vêem. Você também vai experimentar isso, então
esteja preparado.

Eles não falavam com um tom de voz religioso como os adultos têm a
tendência a fazer, mas naturalmente compartilharam o que viram. A primeira
criança a falar disse: “Eu vejo você como uma pequenina Thumbeline
(personagem de um livro de história infantil americano), e você está sentando
sobre um ovo gigante. Mas não sei o que isso significa.” Logo após, o adulto
disse: “ Isso quer dizer que você está sentada sobre algo grande, e sua fé é grande
o suficiente para fazê-lo quebrar.” Uma das meninas disse: “ Eu a vi escrevendo
o mais rápido que você podia.”
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Outra ainda disse: “ Eu vi você falando ao telefone. Isso significa que


você está se comunicando e a mensagem está sendo enviada.” Outra continuou:
“ Eu vi uma biblioteca enorme com livros muito belos nela. Eu sinto que Deus
tem dado a você conhecimento e sabedoria e riqueza. Você vai ajudar pessoas
com perguntas diárias.

Breve, doce e direto ao ponto. Esta é a forma como crianças ministram.


Não trate isso com descaso. Elas ouvem da parte de Deus! Eu recebi outras
inúmeras palavras das crianças também, como a de uma garota de sete anos de
idade que ousadamente veio até mim após o culto da manhã de domingo. Jana
disse: “Deus me disse que você não vai ensinar sempre só crianças. Você vai
ensinar adultos também!” Naquela época, isso não fazia parte do meu processo
de pensamento.

A Grama É mais Verde do Outro Lado

A primeira vez que realizamos um acampamento de verão para crianças,


nós as treinamos em diversas áreas do ministério como evangelismo, cura do
enfermo, e ministério profético. Na última noite do acampamento abrimos as
portas ao público de forma que as crianças pudessem praticar o que tinha sido
ensinado a elas durante a semana em um ambiente seguro. Juntei todas as setenta
e cinco crianças em frente à sala, as sentei nos degraus, imaginando o que
aconteceria. Esta era uma experiência gigantesca para mim com todas aquelas
crianças juntas. Embora eu tivesse ensinado muitas crianças a ouvirem a voz de
Deus até aquele momento, foi geralmente com grupos menores e com crianças
que eu conhecia um pouco melhor.

Instruímos as crianças a orar no Espírito por um minuto para ajudá-las a


se concentrarem intimamente, então perguntamos se alguém tinha visto ou
ouvido alguma coisa. Comecei um pouco áspera, e foi difícil dizer o quanto elas
estavam ouvindo e o quanto elas estavam inventando. De repente, um menino de
oito anos de idade levantou sua mão dizendo: “Deus me disse que alguém aqui
hoje à noite vai ser liberto de um demônio, e ele nunca mais vai incomodá-lo
novamente!”

Tínhamos pastores visitando naquela noite, muitos pais compareceram


para pegar suas crianças, além de muitos outros – mais ou menos centenas de
As Crianças Ouvem a Voz de Deus

visitantes ao todo. Minha mente estava a mil. Eu comecei a pensar:


“Oh,grande! Com todos estes adultos aqui? Nós já tínhamos tido a
manifestação de um demônio no início da semana, então eu tinha a certeza de
que ele estava apenas inventando isso com base naquilo. Se você assistisse à fita
de vídeo, você me ouviria quase tentando ignorar e minimizar o que ele tinha
dito. Até esse momento, eu estava pensando que as crianças estavam perdendo o
rumo.

Uma Palavra para Alguém Completamente Estranho


De repente, um garoto de doze anos levantou sua mão, certo de que tinha
alguma coisa da parte de Deus, _ Eu vi a figura de uma cerca, e em um dos lados
ela é toda escura. Mas do outro lado está bastante ensolarado com uma bela
grama verde, e há um homem lá acenando com sua mão. Mas não sei o que isso
quer dizer.

_ Você sabe para quem é?

_ Não.

_ Bem, então precisamos orar e ver para quem é. - Pedi às crianças para
abaixarem a cabeça novamente e orar no Espírito. Dentro de instantes uma
menina levantou a mão.

_ Sei para quem é. - Ela disse confiante. Então, apontou para um estranho
na multidão. _ É para aquele homem ali.

Todos nos viramos para um bonito cavalheiro na terceira fileira do centro.


Enquanto conhecia muitas das pessoas ali naquela noite, eu nunca o tinha visto
antes, toda a atenção estava nele e em sua filha maior, a qual tinha estado se
remexendo toda a noite e chamando a atenção para si. Ele educadamente sorriu.
Até este momento, nada tinha sido ameaçador.

Quase que imediatamente outro menino de doze anos levantou a mão e


disse: _ Eu sei qual é a interpretação. - Ele continuou muito sério: _ Você tem
ouvido o ditado: „a grama é mais verde do outro lado‟, somente desta vez isto é
verdade. É como ser salvo e não ser salvo. E o homem do outro lado é Deus
dizendo: “Venha para este lado, porque a grama é mais verde aqui.”

Imediatamente me senti envergonhada, pensando que dessa vez as


crianças tinham falhado totalmente. Certamente, não havia pecadores nessa
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multidão! Eu presumia que somente pessoas que sabiam a respeito desse


acampamento eram as pessoas da igreja e os pais das crianças. Me virei para o
homem tentando amenizar as coisas e disse: _ Bem, você é um irmão no Senhor,
não é cavalheiro?

O Único Pecador na Casa


O homem se tornou visivelmente desconfortável e começou a se
contorcer um pouco em seu assento enquanto o refletor de luz estava sobre ele.
Ele não tinha palavras, então, finalmente deixou escapar: _ Bem, estou no céu
neste exato momento!

Imediatamente percebi que estava errada, as crianças estavam certas, e


elas tinham acabado de crucificar o único pecador na casa! Não tinha idéia de
como lidar com a situação, então desviamos a atenção para coisa. Logo, pedimos
às crianças para orarem pelos enfermos. O nosso convidado palestrante, Leon
Kotze da África do Sul tinha algumas crianças e um grupo de adultos a um dos
meus lados. Eu também tinha um grupo de crianças comigo e estávamos orando
por alguém. De repente ouvi uma mulher gritando, e, quando olhei, com certeza
o suficiente – nós tínhamos uma libertação acontecendo ao lado de Leon – a filha
do homem!

O homem tinha ido embora. Ele deixou o auditório e foi encontrado por
um de nossos palestrantes passeando freneticamente na calçada do lado de fora
do prédio. Nunca descobri quem os convidou, mas alguém disse que ele era um
cristão do cristianismo científico. Sem dúvida ele tinha vindo para ver as crianças
curar o enfermo, foi o que imaginei, uma vez que eles acreditavam na cura pela
mente sobre a matéria. Mas ele se recusou a falar com quem quer que fosse e, tão
logo sua filha ficou liberta, eles partiram. Aprendi muitas lições naquela noite,
acreditem-me! A maior de todas foi que as crianças podem ouvir da
parte de Deus e é melhor que você seja cuidadoso, porque elas podem ser
muito precisas!! E por último, esteja preparado para qualquer coisa!

Aventura no Sul da África


Na minha primeira viagem ao Sul da África falei numa igreja num
domingo pela manhã em Pretoria. O recinto estava cheio, com mais ou menos
25-30 crianças e adolescentes misturados na multidão. As crianças estavam
gostando dessa recém-chegada com sotaque engraçado, mas era a unção que
As Crianças Ouvem a Voz de Deus

prendia a atenção delas à medida que eu compartilhava minha visão de como


Deus deseja usar as crianças com sinais e maravilhas.

Como freqüentemente é meu hábito, eu perguntei às crianças e


adolescentes quantos deles já tinham ouvido Deus falar com eles em suas vidas.
Esta era uma igreja carismática bem conhecida e respeitada na área. Quase
nenhuma mão se levantou. Então, comecei a rapidamente assegurá-los de que
Deus queria falar com eles. Depois de um ensinamento muito breve, eu chamei
qualquer um deles à frente, quem desejasse ouvi-Lo falar com eles, e a frente
ficou cheia com quase todas as crianças e adolescentes que estavam presentes.

Enquanto a música de adoração tocava, eu pedi-lhes para fechar os olhos


e olhar em seus corações. Nós adoramos por alguns minutos. Então, comecei a
perguntar se algum deles tinha ouvido ou visto qualquer coisa, se tivessem, que
falassem o que Ele disse. Muitos deles compartilharam e estavam extremamente
agitados porque eles estavam recebendo imagens e palavras pela primeira vez.
Havia uma garota de mais ou menos treze ou catorze anos sentada na parte do
fundo, a qual estava muito quieta e com seus olhos ainda fechados e as lágrimas
escorrendo em sua face.

Eu a perguntei se o Senhor tinha falado alguma coisa a ela e ela


confirmou, e mais lágrimas começaram a escorrer em suas bochechas.

_ Você pode compartilhar conosco o que Ele disse? - Perguntei


gentilmente.

Ela fez que sim com a cabeça, e em meio a suas lágrimas ela disse: _ Ele
me disse que eu devo perdoar aqueles que eu nunca perdoei antes.

Só isso já seria uma palavra de muita significância para qualquer um de


nós, principalmente se essa fosse a primeira vez ouvindo Sua voz. Após o culto,
quando todos tinham partido, me disseram que seu pai tinha sido o líder do
louvor e adoração daquela igreja. Há um ano ele tinha engravidado uma garota
de dezenove anos de idade na igreja e tinha deixado sua família e sua igreja.
Deus, aparentemente, tinha colocado Seu dedo numa parte muito delicada no
coração dessa criança.

A Exatidão das Crianças


Na semana seguinte eu falava em outra igreja onde o pastor das crianças e
meu amigo Leon Kotze, tiveram suas crianças grandemente treinadas no
profético. No final de um dos cultos, eu falei às crianças para permitirem que o
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

o Espírito Santo as direcionassem para as pessoas na congregação para


ministração e levá-las à frente.

As crianças trouxeram um casal bonito à frente, ficaram em volta deles e


começaram a orar. Logo elas começaram a ver imagens e palavras para eles. Mas
um menino de dez anos, Birand, caminhou rápido em minha direção e cochichou
em meu ouvido: _ Tia Becky, Deus me mostrou que este homem e esta mulher
estão brigando em casa!

_ Bem, não fale isso a eles! - Eu o instruí rapidamente. _ Deus está


mostrando isso a você para que ore exatamente o oposto disso para eles. Volte lá
e ore para que a paz entre em seu lar. Ore para que eles andem em unidade e que
o amor volte.

Então ele obedientemente e muito cuidadoso fez conforme eu o instruí.


Lágrimas começaram a gotejar no rosto da mulher. Mais tarde naquela semana o
casal visitou o pastor. Eles compartilharam: “Pastor, temos nos afastado de Deus,
mas estamos arrependidos e queremos voltar!” Ficamos sabendo que se tratava
do prefeito da cidade e sua esposa. Eles começaram a freqüentar aquela igreja
regularmente e do meu conhecimento ainda são membros firmes. Tudo por causa
de uma criança que foi treinada a ouvir a voz de Deus e falar o que tinha sentido
em seu coração.

Leon mais tarde levou aquele mesmo garoto numa viagem com ele, e,
quando estavam orando por uma senhora no final do culto, Birand ficou a repetir
para ela várias vezes: “Você está doente em sua cabeça! Você está doente em sua
cabeça! Você está doente em sua cabeça!” Então a mulher desatou a chorar e
compartilhou que tinha estado sofrendo de uma depressão severa há vários anos e
que nenhum de seus médicos foi capaz de ajudá-la. Então, Leon e Birand oraram
por ela e ela ficou liberta.

Os pais de Birand me disseram que quando ele tinha apenas quatro anos
eles foram num culto numa igreja e num determinado momento ele se inclinou
para seu pai e apontou para um homem na congregação que era um dos membros
da igreja. Ele disse: “ Papai, eu vi uma imagem daquele homem em sua casa com
uma senhora que não era sua esposa. E eu vi uma imagem daquela senhora em
sua casa com um homem que não era seu esposo”. Seus pais ficaram
compreensivelmente um pouco abalados e não tinham certeza sobre o que fazer
com aquela informação. Finalmente eles contaram ao pastor o que Birand tinha
As Crianças Ouvem a Voz de Deus

visto. O pastor confrontou o casal, e, certamente, descobriram um caso de


infidelidade na igreja. Você simplesmente nunca sabe o que Deus vai mostrar às
crianças, assim, tenha certeza de que você está vivendo de maneira correta!

Um Adolescente Rolando na Sujeira


Por alguma razão, parece que Deus se deleita em dar às crianças palavras
que podem revelar os segredos dos adultos, expondo nossas fraquezas e pecado.
Talvez seja por que quando vem de uma criança inocente é difícil de ignorar. Nós
sabemos que eles só poderiam ter dito o que disseram pelo poder de Deus.

No final de um culto de domingo pela manhã numa igreja na Virginia,


fiquei impressionada ao chamar um grupo pequeno de crianças para frente para
demonstrar como Deus usa crianças dando-lhes palavras proféticas. Eu tinha
pedido a uma das garotas para entrar na congregação e encontrar alguns adultos
que ela não conhecesse e os trouxessem para frente da igreja. Então, pedimos a
esse grupo de crianças para orar por eles e ver o que Deus estava mostrando a
elas.

As crianças tinham sido muito bem sucedidas na ministração para


algumas pessoas de forma precisa, embora não houvesse nada de muito profundo
que aconteceu. Então, trouxemos a última mulher à frente. As crianças
demonstraram que estavam ouvindo precisamente a respeito dela, pois estavam
falando sobre seu emprego, casa, e alguma coisa sobre sua família. Finalmente,
um dos garotos falou. Ele tinha um olhar sério em sua face. Ele nos disse: _ Eu
só vejo uma imagem de um adolescente rolando na sujeira. - Eu tentei perguntá-
lo por mais detalhes da informação, como por exemplo, se era uma menina ou
um menino, mas tudo o que ele continuou a dizer era: _ Eu não sei. Eu apenas
vejo uma imagem de um adolescente rolando ao redor na sujeira.

Não tinha nenhuma pista sobre o que poderia ser em vista a tudo o que já
tinha sido dito. Francamente, interpretar as imagens de crianças e visões pode ser
completamente desafiador às vezes, e não me considero naturalmente dotada
nesta área, pra começar. Mas esta é a posição em que me encontro
freqüentemente, então, geralmente tenho que complementar com algo inteligente.
Mas dessa vez, não conseguia chegar a nenhuma conclusão. Virei-me para a
senhora e perguntei a ela se aquilo tinha algum significado em sua vida. Ela
olhou para mim por um momento como se quisesse dizer alguma coisa, mas não
disse.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

De repente, entendi o que era óbvio, e disse a ela: _ Não fale nada em
público que você não queira dizer.

Ela simplesmente disse: _ Ok. - E terminamos o culto.

Por causa de todas as outras palavras que as crianças tinham dito, a


congregação tinha visto completamente que Deus podia e pode usar as crianças
para os Seus propósitos, e eu estava satisfeita porque alcançamos nosso objetivo.
Como voltei para o meu livro sobre o púlpito e cumprimentava as pessoas, a
senhora veio até mim com um sorriso e com sua voz num tom baixo.

“Eu só queria dizer que aquele garoto estava certo”. - Ela disse. “Tenho
uma filha adolescente e ela virou as costas para o Senhor e não tem vivido de
maneira correta. Ela tem estado rolando na sujeira em todos os sentidos. Ela
estava aqui esta manhã, e quando aquele menino falou aquelas palavras, ela
começou a chorar.”

Você Pode Fazer Isso Também!

Tenho compartilhado uma variedade de exemplos de crianças que têm


ouvido a voz de Deus por razões diferentes e que têm sido usadas por Ele para
abençoar, confortar, exortar, curar corpos e corações, e desviar-se do perigo.
Alguns podem chamar o que eles fizeram de “profético.” Outros diriam que elas
agiram nos dons do Espírito. Tudo isso foi uma forma de ouvir a voz de Deus e
agir de acordo com o que elas ouviram. A razão mais importante para saber como
ouvir a voz de Deus é para orientação pessoal e direcionamento da vida de
alguém. Se por nenhuma outra razão, é extremamente importante para crianças
saber como ser guiada pelo Seu Espírito. É o seu trabalho como ministro de
crianças treiná-las neste estilo de vida.

Seu trabalho será duplo -1) treiná-las, 2) então liberá-las para funcionar.
Você vai sempre querer protegê-las. Sempre forneça a elas um ambiente seguro
para o seu funcionamento. Nunca as exponha por motivos errôneos ou para
“exibi-las”. Cubra-as em oração porque o inimigo adoraria mais do que qualquer
coisa pervertê-las, distraí-las e destruir o trabalho embrionário que o Espírito
Santo começou em suas vidas a esse respeito. Dê a elas muita oportunidade para
exercitar seus dons. Se, em casos raros, acontecer de você vê-los se tornando
As Crianças Ouvem a Voz de Deus

orgulhosas ou um pouco arrogantes a respeito dessa nova habilidade, nunca


permita-lhes pensar que são melhores do que os outros só porque podem ouvir a
voz de Deus. A maioria das crianças não percebe que o que estão fazendo está
fora do que é normal e especial, então, isso não é necessariamente um problema a
não ser que adultos façam disso um grande problema . Como as crianças se
tornam excelentes e começam a receber atenção por causa disso, pais cuidadosos
se preocupam em protegê-las e cobrir-las em oração e não em explorá-las para
propósitos errados.

Concluindo

É muito benéfico para suas crianças tirarem um tempo regularmente em


seus cultos para se permitirem um momento a sós com o Senhor. Peça a elas para
que se sentem silenciosamente e ouçam Sua voz. Faça disso um hábito. Treine-as
sobre como interpretar as imagens (ou pequenas visões) que elas vêem e até
mesmo escrever suas experiências em um caderno. Elas podem até mesmo
receber profundas revelações sobre as outras.

Você precisa dar a elas a oportunidade para praticar freqüentemente, pois


é de seu interesse que elas se sintam confortáveis com o processo e se tornem
mais cientes de como Deus fala e como interpretar o que Ele está dizendo. É para
o benefício pessoal delas e para o de outras pessoas. Você pode ocasionalmente
convidar um adulto ou dois para o culto pelo propósito expresso de deixá-las
“praticarem” a ministração sobre eles de forma que a confiança delas seja
estabelecida. Essa é um tipo de atividade sobrenatural pela qual as crianças estão
absolutamente famintas. Elas estão interagindo com o Senhor do Universo, e
qualquer outra coisa empalidece em comparação.

Você pode imaginar o quão poderosas essas crianças podem ser no


Espírito quando chegarem aos anos de sua adolescência se você trabalhar com
elas regularmente? Como você assume seu lugar de liderança nesta área de suas
vidas e fielmente as discipula e treina, você pode se sentir inadequado no início.
Mas saiba que o Espírito Santo estará com você, e, à medida que você as ensina a
ouvir a Sua voz, você estará redefinindo o ministério infantil no século 21.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Demasiadas vezes temos ficado satisfeitos ao ouvir uma


criança orar, “Agora vou me deitar e dormir.” Mas o
potencial das crianças que oram vai muito além daquilo que
a maioria de nós já ousou imaginar.
Capítulo 12

Crianças de Oração

O Potencial das Crianças em Oração

Surpreendentemente, há uma quantidade significativa de informações em


livros, fitas, vídeos, e na Internet a respeito de crianças que oram, algumas das
quais estão listadas no final deste capítulo. Talvez seja porque isso é uma área do
sobrenatural que é basicamente uma atividade de fé que atravessa todas as linhas
denominacionais. Cristãos no geral acreditam no poder da oração, e a maioria
deles ensina suas crianças a orar pelo menos a certo nível.

Há uma série de modelos de grupos de oração de crianças ao redor do


mundo que pode ser usado como exemplos de como treinar crianças a orar mais
efetivamente. Um pioneiro nesta área é Jane Mackie da Austrália. Ela tem um
ministério incrível de oração de crianças, no qual ela leva crianças e agora
adolescentes que têm crescido sob sua tutoria, ao redor do mundo em caminhadas
de oração e viagens para treinar outras crianças a orar. A Network de Crianças de
Oração, como é chamado, realiza conferências de oração impressionantes quase
todos os anos, onde cerca de quinhentas crianças e seus acompanhantes voam até
a Austrália de quase todas as nações da terra para orar por seus países
coletivamente.

Há muitas maneiras de treinar as crianças em oração. Mas


freqüentemente temos ficado satisfeitos quando ouvimos uma criança orar,
“Agora vou me deitar e dormir,” ou “Deus é bom, Deus é grande, e nós O agra-
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

decemos por este alimento. Amém.” Mas o potencial das crianças que oram vai
muito além daquilo que a maioria de nós já ousou imaginar. Tudo que leva é
alguém em suas vidas – um pai ou mãe, avós, amigo (a), ou um ministério de
crianças – que não somente crê no potencial delas no espírito, mas também está
disposto a realmente investir tempo em suas vidas em treinamento. Elas verão
resultados incríveis.

Para aqueles adultos que têm se dedicado a treinar crianças em oração,


os galardões têm sido imensuráveis. Tal é o caso de uma amiga minha, Carol
Koch, a qual é co-pastora de sua igreja juntamente com seu esposo, Alan, na
Conferência de Lee, Missouri. Carol e Alan tinham me convidado como
pregadora para a igreja deles, e eu compartilhei muitos dos mesmos princípios
que incluí neste livro com os mesmos. Carol começou com sua equipe na semana
seguinte após nossas reuniões terem se concluído.

O que é emocionante para mim é que estou num relacionamento muito


próximo com esta igreja, porque eles são agora meus pastores, assim posso ver
de primeira mão o desenvolvimento espiritual de suas crianças. Eles são
verdadeiramente um excelente exemplo do que Deus pode fazer com um grupo
jovem de meninos e meninas. Eis aqui o testemunho de Carol em suas próprias
palavras:

Ensinar pelo Exemplo

A Bíblia diz em Provérbios 22:6 “Ensina a criança no


caminho que deve andar e quando for velha não se
desviará dele.” Meu pensamento foi: Bem, se você ensina
uma criança o caminho que deve andar, ela pode ter alguns
anos de rebelião, mas então, eventualmente, algum dia
quando for adulto, ela voltará, porque a Bíblia diz... E isto
é verdade. Mas se você entender a cultura da época em que
isso foi escrito, você perceberá que uma criança se tornava
um “homem” quando tinha a idade de doze ou treze anos de
idade. Eles tinham até uma preparação, ou cerimônia, para
isso.
Crianças de Oração

Se você estudar a palavra original do hebreu para “velho”,


você descobrirá que é uma palavra derivativa da palavra “barba.”
A implicação é se você ensinar a criança no caminho que ela
deve ir, quando ela começar a nascer pelos em sua face e entrar
na puberdade, então ela não se afastará do seu ensinamento. Isso
realmente significa que elas nunca abandonarão a fé.1

Treinar significa “ensinar pelo exemplo.” Então é isso o


que começamos a fazer com nosso grupo de oração de crianças.
Eu tive doze meninos e meninas que vieram com a idade
variando entre cinco a onze anos. Eu me perguntava como eu
poderia colocar dentro delas o que havia em mim a respeito da
área de intercessão. Perguntei a mim mesma: _ Como posso
ensiná-las pelo exemplo? Percebi que as crianças não íam sentar
por uma hora e meia com seus braços cruzados e dizer: “Sim,
Senhor, venha!” Eu sabia que precisava de algumas idéias
criativas da parte do Senhor.

Centros Criativos de Oração


Decidimos estabelecer centros de oração como centros de
aprendizagem criados por escolas públicas. Como orei sobre onde
começar, perguntei a mim mesma, O que há em nossos corações
como uma igreja? Senti que deveríamos ensinar nossas crianças
sobre a história da igreja local e as palavras proféticas ditas sobre
nossa habitação espiritual, o lugar onde elas freqüentam. Criei
uma “igreja local” centro de oração onde coloquei um diretório
de gravuras de nossa congregação. Comecei a contar a elas sobre
as profecias que tinham sido faladas a respeito da igreja delas
durante os últimos vinte anos, que é o que Deus disse que é o
nosso destino.

Assim, criei um centro de cura porque acreditamos em


sinais e maravilhas em nossa igreja. Acreditamos que Deus ainda
cura pessoas hoje. Então eu peguei um kit de primeiros socorros e
o enchi com band aids. Peguei um vidrinho de óleo de unção.
Toda vez que íamos ao centro de cura eu as treinava. Eu
perguntava, “Ok, o que a Bíblia diz a respeito de cura?” Elas
respondiam, “Por Suas feridas fomos sarados.” (Isaías 53:5) ou
“Somos um povo destinado a sinais e maravilhas.” (Isaías 8:18).
Então eu perguntava, “O que a Bíblia diz a respeito do óleo?”
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Isso era provavelmente a coisa favorita delas. Eu dizia, “Se


você souber de alguém que está enfermo e você quiser orar
por ela (ele), unja o band aid com óleo, ore sobre ele, e
então o leve àquela pessoa.”

Um Coração pelas Nações


Quando nosso novo prédio foi dedicado, um profeta
amigo nosso, Jim Goll, profeticamente viu duas bandeiras
sobre nós. Uma era para as nações. Outra era para a família.
Entendemos que iríamos ter um coração para as nações.
Então, perguntei a mim mesma, “Como desenvolvo um
coração pelas nações nestas crianças? Por meio de
exemplo. Então pegamos um globo e alguns adesivos
cortados na forma do mundo. Eu trouxe uma cesta e alguns
papéis. Eu disse a elas, “Cada um de nós vai escolher uma
nação para orar. Peça a Deus para colocar uma nação em
seu coração. Então, escreva o nome no papel e ponha na
cesta. Assim, toda semana que você vier aqui, ore por
aquela nação.

Perguntei a elas, “O que a Bíblia diz a respeito do


mundo?” Elas disseram, „O mundo vai ser cheio da Sua
glória, e Ele nos tem dado as nações por herança” (Salmos
2:8). Assim, eu as ensinava a Palavra na intercessão delas e
tenho visto crianças inclinadas sobre o globo chorando –
crianças pequeninas! Temos que treiná-las a respeito das
coisas que você quer que elas tenham seu coração voltado.

Orando pela Almas Perdidas


Nós também tínhamos um centro para as almas
perdidas. Encontrei uma árvore sem folhas. Eu perguntei,
“O que a Bíblia diz sobre orar pelas almas? O que ela diz
sobre evangelismo?” Muitas delas conheciam as passagens.
Então, juntei uma boa quantidade de tênis velhos que as
pessoas iam jogar fora. Disse a elas para pedir ao Senhor
Crianças de Oração

que colocasse em seus corações o nome de uma pessoa que não


fosse salva. Quando elas obtivessem o nome, elas tinham que
escrevê-lo na sola (para a “alma” perdida) do tênis. Nós
colocamos os tênis embaixo da árvore, então, quando aquela
pessoa fosse salva, nós colocávamos o nome da pessoa num
pedaço de papel e o pendurávamos na árvore sem folhas como se
fosse fruta.

Um de nossos principais focos aqui é que nós acreditamos


que Deus envia pessoas para cidades. Acreditamos que Deus nos
enviou para a Conferência de Lee e que nós estamos supostos a
permanecer na brecha e orar por nossa cidade. Esta tem sido
nossa visão desde o primeiro dia. Acreditamos que Deus nos
enviou aqui para orar por avivamento nesta cidade e nesta região.
Assim, eu peguei um mapa enorme de nossa cidade que mostrava
todas as ruas. Marquei onde nossa igreja estava e o pus no chão.
Então, peguei algumas lanternas e disse a elas, “Quando vocês
orarem pela cidade peguem suas lanternas e iluminem suas ruas e
orem, Oh Senhor, deixe a tua luz vir!” Orem de acordo com João
capítulo 1, “Senhor, deixe tua luz brilhar. Deixe-a brilhar mais
forte.” Também peguei algumas orelhas feitas de borracha para
palhaços e disse a elas para colocarem sobre suas orelhas
enquanto estivessem orando. Eu as instruí a orar pelas pessoas de
nossa cidade e por nossas escolas para que ouvissem a voz de
Deus.

Uma das palavras proféticas que nós recebemos sobre


nossa cidade foi que este era o lugar de “Maanaim”, isto é, “lugar
de habitação de anjos e homens” (Gênesis 32:1-2). Consegui
alguns anjos de uma árvore de Natal e os sentei sobre o mapa. Eu
disse às crianças para pedir a Deus para liberar atividade
angelical em nossa cidade.

Crescendo em Profundidade e Maturidade


Foi assim que começamos. Era um campo de
treinamento. Eu lhes dava tempo livre e lhes falava para
tirar dez minutos e ir ao centro onde Deus as estava
orientando a ir, e elas iam. Eu filmava tudo. Elas colocavam
as orelhas grandes e pegavam as lanternas e as acendiam
enquanto oravam.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Havia um garotinho de mais ou menos cinco anos.


Olhei para ele uma vez e ele estava segurando aquelas
orelhas de plástico em sua cabeça. Ele lançou sua cabeça
para trás com os olhos fechados, sentado no estilo indiano
no meio do mapa. Parecia tão engraçado, mas ele estava
muito sério!

Então as coisas começaram a expandir. Consegui um


monte de Bíblias e cadernos e disse, “Se o Senhor colocar
uma passagem Bíblica em seu coração, escreva-a. Se você
achar que Deus realmente mostrou alguma coisa a você,
coloque neste caderno.” E elas faziam. Aquele era o campo
de treinamento. Fazíamos aquilo semana após semana. Mas
agora isso mudou, mais ainda porque aquelas crianças
podem entrar no espírito imediatamente.

Ver no Reino do Espírito


Uma vez elas estavam sentadas em círculo. Eu tinha
estado ensinando-as sobre Apocalipse. Eu disse a elas,
“Quero que fiquem familiarizadas com as vistas e sons do
céu. Fechem seus olhos e ouçam ao que a Bíblia diz.” Eu li
para elas, “Venha até aqui e eu o mostrarei coisas que estão
para vir.” Um versículo que fala sobre a porta sendo aberta
e sobre a aparência das ruas do céu. Eu li as passagens
Bíblicas para torná-las famintas.

Então, peguei o livro “Visões do Céu” de H.A. Baker,


o qual é a respeito de um orfanato que teve um mover de
Deus há mais ou menos 60 anos. Os órfãos nele tinham
incríveis visitações do Espírito, nas quais eles eram levados
ao céu regularmente por mais ou menos seis semanas. Eu lia
para elas as partes a respeito das visitações no livro para
torná-los mais famintos pelo sobrenatural e pelo Espírito
Santo. Um dia, enquanto estávamos orando, estava indo por
todo esse processo e estava orando o Salmo 51 a respeito de
ter um coração limpo. Orei para que o Senhor os lavasse,
disse-lhes para colocarem seus pensamentos em Jesus.
Disse-lhes para pedi-Lo para mostrar a elas alguma coisa.
Crianças de Oração

Imediatamente um garotinho levantou sua mão, “Acho que vi


alguma coisa.”

Eu sempre lhes perguntava o que era, em caso de eu ter que


“moldar” para uma direção diferente. Ele disse, “Bem, eu vi um
grupo de intercessores e eles estavam prostrados com as mãos
sobre as faces num círculo, e à medida que eles oravam, era como
se houvesse fumaça subindo. Assim que a fumaça subiu, ela fez
uma forma de uma chave. E aqui estava esta porta imensa e havia
um cadeado nela. Quanto mais eles oravam, mais alto a chave ia.
Como eles oravam, a chave se dirigia até o cadeado e abria a
porta. Do outro lado da porta estava o rio de Deus!

As crianças são famintas pelo sobrenatural e pelo Espírito


Santo. Tenho visto essas crianças orarem desde os “erros” a
orações e labutas e terem esse incrível relacionamento com o
Espírito Santo. Mas você precisa dar espaço a elas no dia a dia de
sua igreja e estar disposto a tirar tempo para treiná-las.

Levando Essa Experiência para as Ruas

Temos um homem em nossa igreja o qual dirige


intercessão por toda a cidade. Estávamos tendo um evangelismo
num sábado no centro da cidade e ele perguntou se eu poderia
arrumar alguns dos pequeninos intercessores para orar. Somente
três puderam ir em tão curto prazo, mas nós nos juntamos a eles.
Seguimos todos os adultos, e nós, adultos, fizemos tudo que
aprendemos na intercessão. Foi muito bom e bem definido e as
crianças seguiam atrás de nós. Finalizamos no centro da cidade
numa viela de asfalto. Os adultos estavam se aprontando para
concluírem o trabalho, mas eu disse às crianças que tinha sentido
que o Espírito Santo não tinha acabado ainda. Eu disse,
“Meninas, venham aqui, vamos fazer um círculo e segurar as
mãos por um momento e apenas peçam ao Espírito Santo para
vir.” Assim fizemos. Eu simplesmente disse, “Espírito Santo,
venha!” – Imediatamente o Espírito de Deus caiu sobre elas. Elas
começaram chorando e clamando pela cidade. Elas se deitaram
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

ali no asfalto vestidas com suas roupas de verão (estava


fresquinho lá fora) e choraram pela cidade por quarenta e
cinco minutos. Nós, os adultos, fizemos os gestos, mas as
crianças de fato tocaram o coração de Deus. Foi incrível.

Quando elas terminaram uma das garotas disse, “Eu creio


que alguém acabou de ser salvo.” Eu perguntei, “Por que você diz
isso?” Ela disse, “Porque eu simplesmente me sinto como se
tivesse visto um anjo se alegrando. E você sabe que a Bíblia diz
que quando uma pessoa é salva os anjos fazem festa.” Achei
aquilo incrível – ela viu alguma coisa no espírito e a interpretou
pela Palavra de Deus. Essa garota tinha somente sete anos de
idade.

O que Carol fez qualquer um com um coração voltado para intercessão pode
fazer. Este é apenas um dos exemplos das maneiras pelas quais o ministério infantil está
sendo redefinido no século vinte e um. Mas, como dissemos antes, esse tipo de coisa
precisa se tornar como corrente principal no ministério infantil. Essas são as
atividades que irão prender os corações e imaginações de nossas crianças, criando
avenidas de aventuras incríveis na presença de Deus. Com esses tipos de experiências,
nós, dificilmente teremos que nos preocupar a respeito delas abandonarem sua fé!

As Crianças Oraram pelo 11 de Setembro

A tragédia de 11 de setembro, destruição dos prédios do World Trade Center –


Torres Gêmeas, permanecerá para sempre em nossas memórias como um dos piores
eventos na história americana. Durante os primeiros dias e semanas após o
acontecimento muitas pessoas diferentes, discutiram sobre o quão mais grave teria sido a
catástrofe se não fosse pelas orações do povo de Deus.

Houve muitos testemunhos de como, nos dias e semanas antes do ataque,


grupos de cristãos foram levados de várias maneiras a orar por nossa nação. Um homem
testemunhou que foi conduzido pelo Espírito às Montanhas Catskill de Nova York
sozinho para jejuar por 30 dias pelos Estados Unidos. Um grande número de
intercessores começou uma caminhada de oração por toda a costa leste para orar por
nosso país. Seus esforços terminaram a apenas alguns dias antes da invasão.
Crianças de Oração

Nenhum deles, certamente, tinha qualquer idéia do que estava por vir. Mas
acredito que suas orações, orquestradas pelo próprio céu, foram oportunas e
poderosas em nos proteger de mais mortes. Deus realmente tinha Sua mão nesta
nação.

Mas o Espírito Santo estava trabalhando nessa situação muitos dias e


semanas antes do ataque. Em pelo menos um caso, Ele começou a fazer a
cobertura antecipada três anos antes através das crianças que estavam a orar.

Uma amiga minha, Isabella Terry, a qual na época vivia em Tulsa, OK,
tinha estado ensinando um pequeno grupo de crianças a orar desde 1998.
Variando entre a idade de quatro a doze anos, essas crianças deram muita
importância em buscar a face de Deus de forma muito rápida. Treinadas a orar
em suas linguagens de oração (ou “línguas” como também é conhecido) era
muito comum a elas falar espontaneamente palavras em inglês e frases através da
unção do Espírito Santo. Por causa disso, Isabella tinha um “escriba” na sala com
elas. Esse escriba era outro adulto, o qual escrevia todas as palavras ditas em
inglês na oração, sem se importar com qual criança as tinha falado através da
oração.

Depois do 11 de Setembro tornar-se história, um desses escribas chamou


Isabella e disse-lhe que ela precisava dar uma olhada no diário das crianças. Essa
pessoa tinha certeza de que as crianças tinham orado a respeito dos eventos de 11
de setembro. Certa o bastante, como Isabella procurava através dos registros, ela
descobriu não apenas uma, mas muitas sessões onde as crianças oraram com
incrível detalhe.

Aqui estão algumas das coisas por que elas oraram:

1 de Setembro de 1998
Grupo islâmico, o cara principal do grupo de terroristas islâmicos, não
pacificadores, mas destruidores, revela a CIA, grupo islâmico, remove antolhos,
CIA, você vê, revela, fronteiras, patrulhas da fronteira, Canadá, invasão, procure
em todas as fronteiras dos E.U.A, patrulhe, procure, fiquem prontos, veja, revela,
757/767 americano, saia, volte para o muro, você está aterrado, ar, terroristas,
vôos domésticos, transatlântico, Índia, terroristas, ataques às cidades, E.U.A
desperte e ore, tentativas de assassinatos, proteja o presidente, Sadam,
subterrâneo em Babilônia, subterrâneo como uma cidade, esquema subterrâneo,
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

desenhos, planos, pragas, vírus, Deus detestado pelos terroristas, mas Suas Mãos
estão amarradas, depende de nós orarmos, desperte do seu sono, você será tido
por responsável, invasão estrangeira, Vitória, Canadá, patrulha fronteiriça,
crianças de Israel e crianças da Babilônia, Hebreu, passagem por meio do
telhado, entradas.

6 de Setembro de 1998

Jerusalém, paz, proteção, o sangue para cobrir, anjos vão proteger, pegue
o lugar, permaneça e proteja, não é tempo ainda, desviar, seu tempo ainda não
veio, Líbia, para trás, assumindo a autoridade, o cara principal do grupo islâmico,
não você volte, para trás, ele fala mentiras, permaneça atrás, Pai, tu o revelas, tu
o revela, Syria, nenhuma praga, nenhum vírus, assuma a autoridade, aprofunde, a
Deus, unção de cura, desperte, remova o véu.

20 de Setembro de 1998
Almas, mísseis, lançadeiras, bomba, espada, verdade, divisor, espírito,
luta com espada, mostrar, fluir, fora do corpo, costa leste, costa leste, os gemidos
dela, costa leste, o gemido das almas, fora do corpo, última vez, das pessoas, eles
vão para cima, costa leste, costa leste, última vez, costa leste, gemidos das almas,
como muito choro.

20 de Dezembro de 1998

Network subterrâneo de terroristas, cobra, exposição, sistema de água,


mar, diagrama, planos bloqueados, pare, no Nome e sangue de Jesus, pare,
códigos, conquista, arremessar murros, guerra, ir, ficar firme.
Isabella Terry compartilhou mais tarde que o grupo de oração de suas
crianças estava orando a respeito de “Sarça Ardente.” Quando a sessão tinha
finalizado, ela perguntou às crianças se sabiam o que sarça ardente significava.
Elas não tinham idéia de que aquele era o apelido que muitos cristãos tinham
dado ao Presidente Bush.

Modelando a Oração para uma Criança

Uma das primeiras crianças que já encontrei que era uma poderosa
guerreira de oração foi uma garotinha chamada Ivy, a qual tinha apenas três anos
de idade naquela época. Ela primeiro chamou minha atenção quando eu visitei
Crianças de Oração
uma das sessões de sua Escola Dominical. Particularmente naquele dia, sua
professora pediu às crianças para começarem a aula com uma oração. Ivy foi
uma das que se voluntariou para orar. Ela começou clamando ao céu, pedindo a
cobertura de todos com o sangue de Jesus, e declarando a satanás que ele estava
“sob nossos pés” e que não podia nos machucar. Ela invocou o poder no nome de
Jesus e diversas outras declarações parecidas. Tudo que pude fazer foi encarar
aquela pré-escolar de boca aberta. Me perguntava onde no mundo aquela
pequenina aprendeu a orar daquela forma. Nunca tinha ouvido ninguém orar com
tanta autoridade e usar a Palavra de Deus de forma tão efetiva naquela oração.
Mas isso não aconteceu por acidente. Ela teve uma mãe de oração que
deliberadamente e estrategicamente ensinou sua filhinha a orar.
Perguntei a sua mãe o que tornou Ivy daquele jeito. Eu queria saber se ela
já nasceu assim. Foi incrível ouvir a mãe contar como desde o tempo em que Ivy
era apenas um bebê, ela a levava para o quarto de oração consigo em sua rotina
diária de intercessão. Como o bebê cresceu e começou a falar, sua mãe a levava
para orar pedindo-a para unir-se a ela em oração, então, a orientava e perguntava
a ela o que Deus estava falando ao seu coração.

Reuniões de Oração do Ken e Barbie

Quando elas iam para a cidade saindo de seu lar na zona rural, esta mãe
a envolvia em oração no carro, orando por tudo, desde os problemas de família às
pessoas nas ambulâncias que passavam por elas ocasionalmente. Ivy rompia em
orações incrivelmente dramáticas e proféticas. Até mesmo quando a criança
brincava com suas bonecas Barbie, sua mãe brincava com ela e de repente dizia,
“ Ok, é hora para Barbie e Ken orarem agora.” Então, elas “oravam” com suas
bonecas, fazendo de conta que a parte inventada de suas brincadeiras fosse parte
da vida real delas. Diariamente demonstrando e modelando a oração e então
levando a criança à sua rotina de vida de oração têm pago incríveis dividendos na
vida desta garotinha que agora, com dez anos, é uma apaixonada amante de
Jesus.

Todos nós sabemos que crianças menores são pequenas esponjas que
absorvem o que acontece ao redor delas em palavra e feitos. E aquilo que elas
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

amarem e admirarem, elas imitarão. Elas amam seus pais acima de todas as
coisas. Assim, o quão perfeito é para os pais serem os responsáveis a modelarem
uma paixão por Jesus no Evangelho na frente delas. Mas isso é tão importante
não assumir que elas assimilarão nossa paixão por osmose. Crianças precisam ser
levadas pela mão e apresentadas ao que elas devem fazer nas rotinas diárias da
vida. Então, poderão fazer as tarefas de Jesus à medida que elas e seus pais
adoram o Mestre juntos.

Quando as Crianças Oram Intensamente


Provavelmente um dos incríveis exemplos de crianças sendo usadas em
oração foi durante o famoso avivamento em Brownsville Assembléia de Deus em
Pensacola, Flórida. Um evento que foi todo filmado em vídeo para o mundo
inteiro ver. O pastor das crianças na época era o pastor Vann Lane. No vídeo ele
explica o que a audiência e telespectadores estão ouvindo ao fundo – o som de
crianças num intenso clamor de oração. Ele começou explicando aquilo por
causa do avivamento em curso, muitos dos membros de sua igreja eram usados
regularmente à noite como ajudantes nos cultos. Havia milhares de pessoas vindo
diariamente de todas as partes do mundo para serem atingidas pelo avivamento e
todos eram requisitados. Mas suas crianças ainda tinham tarefa de casa, ainda
precisavam de seu descanso das longas noites acordadas, e assim por diante.
Assim, pastor Vann permitia-lhes permanecer com ele na sala das crianças
durante os cultos para esses propósitos. Havia um telão na sala com uma
transmissão ao vivo do auditório principal, então todas elas podiam ver o que
estava acontecendo no culto dos adultos.

Numa certa noite, enquanto as crianças brincavam normalmente, pastor


Vann observou que todas elas, uma após a outra, pararam o que estavam fazendo
e começaram a assistir a transmissão ao vivo. Logo após, elas começaram
espontaneamente a orar. Aquela oração transformou-se no mais intenso,
agonisante trabalho à medida que as crianças começaram a prantear, chorar, e
soluçar numa intercessão de entrega total.

Espantado com o que Deus estava fazendo através das crianças, Vann
as conduziu pelo hall a uma área escondida da vista da audiência. Era exatamente
Crianças de Oração

próximo da plataforma onde o evangelista Steve Hill estava pregando


fervorosamente para os perdidos. Diversos introdutores trouxeram microfones
sem fio para onde estavam as crianças, e o gélido som de suas vozes penetrava
no auditório principal de forma que os adultos podiam ouvir o que elas estavam
fazendo. Periodicamente você podia ouvir uma criança gritar: _ Não! Não!Não!
com os cabelos levantados com intensidade. Era como se elas estivessem
gritando contra abusos de outros como se fossem elas aquelas pessoas. O clipe de
áudio era muito difícil para ouvir por causa de sua intensa força. Se você não
soubesse o que estava acontecendo, você seria tentado a pensar que aquelas
crianças estavam sendo abusadas e lá. Uma vez que você ouvia suas vozes, você
nunca mais podia ser o mesmo de novo. As crianças oraram dessa forma por
mais de uma hora, e está tudo gravado em vídeo. É desnecessário dizer que
houve uma corrida ao altar naquela noite enquanto as pessoas comprometiam
suas vidas ao Senhor.

As Crianças Assumem a Liderança


Esther Ilnisky em seu livro Deixe as Crianças Orarem escreveu:
“Durante um culto na igreja meu esposo convidou pessoas que estavam com suas
vidas destruídas para receberem a cura. Algumas daquelas que estavam
chorando, já tinham chorado muitas vezes antes, mas nunca se rendiam.
Incomodada, curvei minha cabeça e orei, “Senhor, quanto tempo isso vai durar?
Elas já deveriam estar orando pelos outros.”

Então ouvi um pequeno mover. Assim que eu olhei para cima, as


crianças tinham discretamente se direcionado para um mapa mundi numa parede
montada. Elas estavam completamente absortas em intercessão, chorando quase
que por completo pelas crianças da Janela 10/40.

Selah.2

Ela continuou:

“Adultos desconfiados algumas vezes dizem, “Você sabe, Esther, elas


são muito novinhas para fazerem isso. Com „isso‟ elas queriam dizer níveis
profundos de oração em que elas são expostas ao Espírito Santo até mesmo numa
medida mais cheia que de alguma forma faz com que os adultos se sintam
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

desconcertados. (Talvez esses adultos não estiveram lá.) Ao que eu respondo


repetidamente, “Me diga, quão cedo na vida elas são expostas a um espírito que
não é santo?”

Concluindo
O grande evangelista com o dom de cura do início do século 19, John G.
Lake, foi citado por sua filha Gertrude Reidt dizendo: “As crianças fazem um
barulho enquanto intercedem, sabem que Jesus tem um pé na porta!”

As crianças nunca são muito pequenas para começar a ser treinadas.


Porém, elas somente avançarão se acreditarmos que elas podem avançar, se
estivermos dispostos a investir tempo em seu treinamento. Deus precisa que
nossas crianças estejam ativamente envolvidas nos negócios de Seu Reino. Nós
precisamos delas, e o mundo precisa delas. Nós temos que capacitar os pequenos
santos em oração, e em colocar em ação, assim estaremos ajudando a redefinir o
ministério infantil no século 21 e além.
Tocai a trombeta em Jerusalém, anunciai um tempo
de jejum; proclamai uma reunião solene. Tragam
todos – os anciãos, as crianças, e até mesmo os
bebês. Joel 2:15-16 (RAB)
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Sonho ver o avivamento se espalhar e a grande


colheita que jamais vimos acontecer por causa das
crianças que operam curas e sinais e maravilhas em
cada nação da terra.
Capítulo 13

Crianças Curando o Enfermo

É muito Difícil Desacreditar das Crianças

Meu primeiro convite para a Índia acabou de acontecer, e o ministro que


me convidou esteve divulgando minha visão ousadamente antes de eu se quer ter
tido a chance de compartilhar com ele tudo que eu tinha visto no espírito para as
crianças.Victor Affonso apegou-se às possibilidades. “Becky, você pode
imaginar quão rápido o avivamento se espalhará na Índia se nós pudermos
ensinar as crianças a curar o enfermo?”
Este era exatamente meu sonho para as crianças do mundo! Sonho em ver
o avivamento se espalhar e a maior colheita que já temos visto acontecer por
causa das crianças operarem em curas e sinais e maravilhas em cada nação da
terra. Quando Benny Hinn se levanta na TV e cura pessoas, há muitos céticos, até
mesmo entre os cristãos, os quais fazem chacota dele como se ele fosse um
impostor e um ludibriador. Mas quando uma criança impõe as mãos sobre
alguém e essa pessoa é curada, é muito difícil desacreditar.
Tem sido dito que a cura é a campainha do jantar para o perdido. É um
dos grandes cartões de chamada de Deus para o descrente. Enquanto nós adultos
acreditamos nisso e sabemos que é possível e acontece, é a caminhada das
crianças em sua infância de fé que tem o mais incrível potencial para curar o
enfermo. Quanto mais positivas forem as experiências que elas tiverem, mais a
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

delas será aumentada. Nós, como ministros de crianças e pais, precisamos


providenciar tantas oportunidades quantas forem possíveis nesta área para termos
a certeza de que elas vejam curas regularmente. Queremos que elas caminhem
mais em fé do que o que fazemos com curas espetaculares e milagres que jamais
vimos. Isto pode acontecer à medida que elas exercitam sua fé na mesma forma
que aquelas estrelas olímpicas exercitam seus pequenos músculos como pré-
escolares se preparam para o dia de competição mundial. Quanto mais elas
fizerem enquanto forem crianças, melhores elas ficarão.

Naturalmente isto implica que nós devemos ensinar nossas crianças os


princípios bíblicos da fé e o que realmente significa crer. Até mesmo se você já
se sente confortável para orar pelo enfermo você mesmo, eu recomendo
grandemente que você leia os livros sobre cura de Charles e Frances Hunter.
Você também precisa ler um dos melhores livros com base Bíblica jamais escrito
antes sobre o assunto por F.F. Bosworth, Cristo, o Curador. Leia todos eles e
ensine tudo que você aprendeu para suas crianças. Faça disso um hábito regular
de oração pelos enfermos nos seus cultos semanais e até mesmo se você não
estiver muito seguro nesta área, haja como se estivesse! Creia em Deus e em
Suas promessas, não em suas próprias habilidades. Apenas certifique-se de que
fará sua parte, Ele fará sua parte.

Uma Manhã Normal de Domingo

Nathan tinha mais ou menos onze anos de idade e era um dos membros da
minha igreja de crianças. Ele veio mancando em muletas um domingo pela
manhã com seu pé firmemente enrolado em ataduras. Ele o estava balançando
cuidadosamente no ar de forma a não batê-lo em alguma coisa até chegar à fileira
onde ele se sentou com grande força.
_ O que aconteceu a você? - Perguntei curiosamente.
_ Oh, eu torci meu tornozelo e o médico diz que eu preciso usar muletas
por mais ou menos três semanas!”- Ele gemeu.
Nós conversamos por mais algum tempo, e então já estava na hora de
começar o culto. Isso aconteceu numa manhã normal de domingo. A presença do
Senhor era agradável e, assim que o sermão terminou, comecei a chamar as
crianças para frente do altar para passarmos algum tempo em oração, algo que
Crianças Curando o Enfermo
fazemos freqüentemente. Francamente, não me lembro se fizemos um convite
para orar pelo doente ou não. Do que eu realmente me lembro, no entanto, é de
um grupo de mais ou menos quatro ou cinco meninos indo até o Nathan, cercan-
do-o e sentando-se no chão. Como a música de adoração começou a tocar, e nós
sentamos na presença do Senhor, elas puseram as mãos sobre o calcanhar de
Nathan e oraram silenciosamente no espírito.

Depois de dez minutos ou mais, eu ouvi uma voz familiar sobre a música
e orações. Era o Nathan gritando para chamar minha atenção. _ Ei! Eu posso
fazer força com o meu pé! Eu não podia fazer isso quando eu vim aqui esta
manhã!
Minha atitude foi mais a de uma resposta “isso é bom” porque há certos
momentos em que, francamente, eu nem sempre sei se as crianças estão
exagerando ou não. Os meninos continuaram a orar até o final do culto quando os
pais vieram pegar as crianças, e não pensei mais a respeito. Mas nós tínhamos
um pregador convidado naquela noite, e eu tive que estar lá cedo para a noite.
Enquanto andava pelo interior do prédio, eu avistei o Nathan e seus pais indo
para cima, para o auditório bem à minha frente.
Nathan não usava suas muletas, nem estava com o seu pé enfaixado. Ele
estava usando meias e sapatos, e ele estava pulando os degraus como se nada
tivesse estado errado. Eu o chamei e perguntei onde estavam suas muletas. Ele
simplesmente se encolheu demonstrando nenhuma surpresa e disse, “Não preciso
delas. Estou curado!”

Correndo Riscos Enquanto na Dependência de Deus

Minha equipe e eu fomos a outra viagem missionária na reserva indígena


Ute com o pastor Fred Smith. Ministrei para suas crianças por uma semana.
Ficamos anunciando isso durante a última noite das reuniões, as crianças iam
impor as mãos sobre o enfermo, assim nós encorajamos a todos para convidar
seus amigos doentes. Naquela noite, uma mulher bem vestida compareceu e
escorregou de costas. Fui apresentada a ela e descobri que ela estava com o
Bureal de Asssuntos da Índia (BIA) naquela comunidade.
Demos seqüência ao culto e rapidamente informamos as crianças sobre o
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

que iríamos fazer em oração pelo enfermo. Então, fizemos a chamada para o
altar. Muitas pessoas vieram à frente, inclusive nossa amiga da BIA. Chamamos
as crianças uma de cada vez para o processo de impor as mãos sobre cada pessoa,
orando e falando às enfermidades ou problemas de saúde, ordenando-os a saírem
em o nome de Jesus. Muitas das pessoas ficaram libertas de dor
instantaneamente. A cada vitória, a fé das crianças aumentava.
Então foi a vez da nossa nova amiga. Ela nos disse que tinha um
problema sério com seu ombro há muito tempo, e os médicos não puderam
ajudá-la. Ela não podia levantar seu braço mais alto que a altura de seu ombro e
ela não podia colocá-lo de volta sem que sentisse muita dor. Eu orientei as
crianças sobre como impor as mãos sobre ela, e elas me acompanharam em
oração.
_ Rápido!- Eu disse a ela. _ Mexa seu braço e faça algo que você não
podia fazer antes.
Ela, cuidadosamente obedeceu, e nós observamos como ela lentamente
levantou seu braço acima de sua cabeça. Então, ela esticou seu braço por trás de
suas costas. Ela o testou novamente, colocando-o acima de sua cabeça, depois
nas costas. Então ela rompeu em lágrimas ao perceber que a dor já tinha ido
embora completamente, e seu braço voltou a ficar normal mais uma vez.
O que é interessante a respeito desse processo de treinar crianças para
curar o enfermo é que muitas vezes tenho visto grandes curas quando tudo que
elas estão fazendo é obedecer o que eu as falo para fazer e repetem após mim.
Elas são crianças em treinamento. Mas Deus honra Sua Palavra com sinais e
maravilhas acompanhando, e vemos resultados incríveis. As crianças amam ser
usadas no sobrenatural desta forma.

Nós Realmente Curamos Aquelas Senhoras?

Na minha segunda viagem à Índia, tive uma experiência parecida em


treinar crianças para curar o enfermo. Na verdade, eu apenas tive um culto com
este grupo em particular. Mas a sala estava cheia de adultos que estavam curiosos
para saber se o que eu tinha estado falando-lhes a respeito de Deus usar as
crianças era verdade. Eu ensinei sobre o enchimento com o Espírito Santo e um
bom número de crianças receberam a linguagem de oração naquela noite. Então,
ouvi estas palavras não planejadas saírem de minha boca, “Agora vou provar a
Crianças Curando o Enfermo
você que o poder de Deus está em você!”
Eu não disse isso apenas uma vez, eu disse duas vezes. Minha própria
mente estava a mil com, “O que você está dizendo? Você fez isso agora!”
Mas me peguei dando uma palavra de sabedoria para pessoas que
estavam com problemas nas costas, pescoço e ombros para virem à frente. Em
torno de dez mulheres vieram à frente, inclusive uma pequenina vovó hindu. A
última mulher a vir à frente estava notavelmente com muitas dores, ligeiramente
curvada para frente e caminhando lentamente. Ela foi ajudada por uma amiga
para chegar até à frente.
Da mesma forma que fizemos na reserva indígena, eu treinei essas
crianças a impor as mãos sobre os enfermos e começar a falar aos problemas nos
corpos das pessoas que precisavam de oração. Uma a uma, cada uma das
mulheres testemunhou que sentiu a libertação da dor imediatamente. Ficamos
maravilhados com a pequenina vovó hindu, a qual não podia falar nenhuma
palavra em inglês romper um grande sorriso ao testar seu braço e descobrir que a
dor tinha ido embora. Ela bateu palmas para mostrar sua satisfação enquanto
voltava para sua cadeira.
A última pessoa a receber oração foi a mulher com a intensa dor. As
crianças a cercaram e nós oramos. Não uma vez, não duas, mas pelo menos
quatro ou cinco vezes antes que ela sentisse qualquer alívio em seu corpo. De
repente, ela cobriu seu rosto com as mãos e as lágrimas começaram a fluir. A dor
tinha ido embora! Ela permaneceu em pé lá por alguns momentos chorando de
gratidão, e finalmente levantou suas mãos em louvor a Deus enquanto voltava
para sua cadeira sem qualquer ajuda.
Quando o culto tinha acabado, duas garotinhas de mais ou menos nove
anos, timidamente caminharam até mim com os olhos brilhantes. “Aquelas
senhoras realmente foram curadas? - Elas perguntaram.
_Sim, elas foram! -Eu respondi.
_ Nós realmente as curamos? -Foi quase impossível para aquelas
garotinhas acreditarem.
_ Sim, vocês fizeram isso! Por meio do sangue de Jesus!
Seus olhos se arregalaram e suas bocas se abriram maravilhadas
enquanto olhavam uma para a outra, riram e se afastaram.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

“Estou com uma Dor nas Costas”

Eu estava pregando para o meu grupo de crianças num domingo pela


manhã e pude sentir a unção enquanto eu ensinava, embora não houvesse nada
fora do comum acontecendo naquele dia. No meio de minha exortação, um dos
garotos que estava nos fundos levantou sua mão para me chamar a atenção.
Tentei olhar para o outro lado porque não queria que o fluir de meus
pensamentos fossem interrompidos. Mas ele se recusou deixar ser ignorado. Por
fim, ele estava quase pulando em seu assento para me chamar a atenção.
Relutantemente perguntei: _ Elijah, você precisa de algo?
_ Sim! – ele disse. _ Tenho uma dor em minhas costas.
_ Oh. Você quer que oremos?
_ Sim.
Quase perguntei a ele se ele não se importaria em esperar até o final do
culto e assim eu poderia concluir meu grande sermão. Mas alguma coisa me fez
parar, e minha rápida mente relâmpago começou a perguntar..._ Elijah, quando
suas costas começaram a doer? Já estava doendo antes de você vir aqui esta
manhã?
_ Não, - ele disse. _ Começou a doer enquanto você estava falando.
Tudo o que eu tinha era uma intuição, e decidi ir por ela. _ Elijah, eu acho
que talvez Deus queira usá-lo esta manhã para ajudar alguém. -Eu sabia que era
muito comum para ministros receberem “palavras de conhecimento” sobre
enfermidades ou doenças das pessoas em suas audiências. Elas apresentam uma
dor sintomática em alguma parte de seus próprios corpos no mesmo lugar que as
pessoas que precisam de oração têm dor. Até aquele momento eu não tinha
experimentado por mim mesma. Virei-me para as demais crianças perguntando:
_ Há mais alguém aqui hoje que tem alguma dor nas costas, ou talvez você não
sinta dor agora mesmo, mas você tem muitos problemas com suas costas.
Dentre trinta e cinco crianças, oito mãos se levantaram. Eu as chamei
para frente para ficarem em fila, então chamei o Elijah. Com ele tirando seu
chiclete de um jeito bem típico de criança, eu o dirigi a uma criança de cada vez
para impor as mãos sobre elas e orar pela cura delas. Todas as crianças, menos
uma, disseram que tinham dor nas costas quando elas vieram à frente, mas que
desapareceu quando Elijah orou por elas. A única criança que disse que não tinha
Crianças Curando o Enfermo
melhora da dor nas costas quando veio à frente, mas que tinha vindo porque
regularmente tinha problemas nas costas.
Voltando-me para Elias após a última criança ser curada, eu perguntei: _
Como está a dor em suas costas agora?
_ Foi embora! – ele afirmou espirituosamente e voltou para o seu lugar.
Porque Deus escolheu usar uma das crianças naquele dia e não a mim
como pregadora, o que geralmente é a forma como acontece, não tenho idéias.
Porém, isso abriu minha mente para o fato de que Ele usará crianças em qualquer
situação que Ele puder, e precisamos ser cautelosos para não limitá-Lo. Você
nunca sabe o que Deus vai fazer nos cultos e quem Ele pode escolher para usar.
Tenho aprendido que quando estou com crianças é preciso estar em estado de
alerta a todo o momento porque o Senhor parece se deleitar em fazer alguma
coisa diferente em todos os momentos só para manter-me com os pés no chão!
Sinceramente, Deus ama usar crianças de maneiras incomuns.

Palavras de Sabedoria e um Bando de Crianças

Nunca é bom presumir que o Senhor vai fazer a mesma coisa duas vezes
em qualquer de seus cultos. Eu tento fazer o melhor que posso para ser guiada
pelo Espírito enquanto planejo tudo, incluindo o momento do altar. Na história
de Elijah, Deus simplesmente “lançou aquela situação” sobre mim. Fui pega
completamente desprevenida pelos acontecimentos. Teria sido muito fácil deixar
passar o palpite sobre Elijah recebendo uma palavra de sabedoria a esse respeito,
porque francamente, nunca tinha ouvido a respeito de uma criança agir
ministerialmente daquela forma antes. Elijah foi a primeira.
Mas, meses depois, quando estava ministrando em outra igreja bem
longe, passei algum tempo orando antes do culto para saber que rumo o Senhor
queria tomar no final. Senti em meu espírito que enquanto estava pregando
naquela noite, duas ou três crianças começariam a sentir essas dores “fantasma”
em seus corpos. Tive a impressão que ia dizer a elas que essas dores seriam em
lugares que normalmente elas nunca sentem nenhum tipo de dor. Mais uma vez,
foi tanta a impressão sobre isso que me fez sentir um pouco nervosa. Isso foi
tudo o que tive, então me propus a dar um passo de fé. Eu sempre tive a idéia
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

de que é melhor errar na tentativa de obedecer a Deus, do que ignorar essas


impressões.
Quando chegou a hora da ministração no final, eu disse para a audiência
exatamente o que eu sabia. Perguntei às crianças: _ Alguma de vocês sentem
essas dores? – Instantaneamente mãos se levantaram de todos os lugares. Eu
pensei: uau! Eu estava esperando apenas duas ou três mãos, mas devia haver
umas doze que se levantaram. Então, decidi que iríamos passar por um processo
de eliminação para eliminar as crianças que talvez não tivessem me entendido ou
que simplesmente estavam erguendo suas mãos por causa das outras crianças.
As chamei para frente e as mantive numa fila. Perguntei uma a uma onde
sentiam a dor. Cada uma delas tinha a dor em lugares diferentes – pescoços,
cabeças, corações, etc. Todas pareciam ser verdadeiras durante meu
interrogatório, com exceção de uma. Um menino de mais ou menos dez anos
colocou seus dedos na parte inferior direita de seu abdome próximo à articulação
do quadril e disse: _ Quando eu empurro bem aqui, eu sinto dor.
_ Ah ha! - Eu pensei. _ Você não deve puxar aí para sentir dor. Então, eu
acho que você precisa voltar para o seu lugar. – Oh, eu e minha maravilhosa
sabedoria de adulto!
Depois que interroguei todas as crianças que estavam à frente, então,
disse à audiência que acreditava que cada criança representava alguém na
audiência que precisava de cura. As chamei para vir á frente e ficar de pé na
frente da criança que representava a área do problema delas, porque nós iríamos
pedir às crianças para orar pela cura delas. Ninguém se moveu. Era uma Igreja
Batista.
Tornei a explicar e pedi às pessoas que viessem à frente para oração
porque eu acreditava que Deus iria usar as crianças para curar o enfermo.
Ninguém se moveu.
Seria tentador acreditar que eu não havia entendido Deus, mas havia
muitas crianças em pé na frente do púlpito, as quais, confiantemente vieram à
frente em resposta ao meu apelo. Assim, me senti realmente ousada.
_ Olhem companheiros, - eu resmunguei, _ numa multidão deste
tamanho, apenas a lei das proporções diz que há alguém aqui que tem um
problema em pelo menos em uma destas áreas.
Por fim, uma a uma, as pessoas se levantaram e começaram a vir à frente.
Cada uma das crianças tinha pelo menos uma pessoa em pé à sua frente, e outras
tinham duas ou três – pessoas com problemas de enxaqueca, ferimentos de
acidentes de carro, sopros cardíacos, e muitos outros. Pegamos o óleo da unção e
Crianças Curando o Enfermo

fizemos com que todas as crianças mergulhassem seus dedos nele. Uma a uma
colocava as mãos sobre as pessoas, oravam por elas, e ordenavam à dor que
saísse e que seus corpos ficassem curados. Imediatamente pedíamos às pessoas
que testassem seus corpos para ver se a dor ou o problema tinha saído. Todas as
pessoas que tinham dor quando vieram à frente testificaram que a dor tinha
desaparecido imediatamente. Havia algumas crianças muito emocionadas no altar
naquela noite.
Quando o culto terminou e as pessoas estavam perambulando ao redor,
um adolescente veio até mim com um pedido. _ Você não mencionou o meu
problema, - ele disse segurando sua mão sobre seu lado direito. _ Eu estive
envolvido num acidente de carro e machuquei a articulação de meu quadril. Você
pode orar por mim, por favor?
Eu orei e então fui pedir desculpas para o garoto de dez anos de idade.

Pés Dormentes Totalmente Curados

No Kids in Ministry International (Crianças em Ministério Internacional),


levamos muito a sério preparar as crianças para o trabalho do ministério – ao
ponto de termos de três a quatro dias de acampamento e conferências para treiná-
las. Em nossa primeira Escola de Cura para Crianças, tivemos quatro workshops
a cada manhã com tópicos diferentes para a cura do enfermo. Juntamente com os
demais professores, Tim Carpenter e Lenny LaGuardia, nos entregamos de
coração aos cultos. Houve muitos testemunhos de cura naquela semana, mas em
um dos cultos da noite um dos garotinhos da idade entre oito ou nove anos trouxe
uma palavra de sabedoria. Ele disse que sentiu que havia alguém com uma perna
machucada que nós precisávamos orar por ela.
Um homem grande, que parecia mais com um trabalhador de construção,
veio à frente e nos contou sobre um acidente em que ele tinha estado envolvido
semanas antes. Ele caiu sobre sua perna machucando-a de alguma forma, e tinha
perdido a sensibilidade na planta de seu pé. O pé estava dormente e os médicos
não sabiam o que fazer por ele.
Tim instruiu o garotinho sobre como impor as mãos sobre o homem e ele
orou ousadamente e confiantemente pelo homem para que fosse curado. O
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21
homem imediatamente declarou que seu pé estava formigando onde não havia
nenhuma sensibilidade antes. Poucos dias depois ele veio dizer que seu pé estava
totalmente curado.

Dor Saia Agora no Nome de Jesus!

Depois de uma das reuniões da conferência, uma família com dois


garotos, treze e nove, tinha chegado em casa tarde uma certa noite. A família
deles tinha estado preparando as refeições para nossa equipe todas as noites,
assim, eles sempre tinham muito trabalho a fazer após os cultos. Cansado e
desatento, o garoto mais novo, Andrew, saiu do carro sem pensar e bateu a porta
do carro nos dedos de seu irmão. Alex, imediatamente começou a gritar e
Andrew e sua mãe rapidamente correu em seu auxílio. Quando eles abriram a
porta, Alex, em terrível dor, começou a rolar no chão segurando sua mão.
_ Vamos! Temos que orar por ele, Andrew! - sua mãe gritou, e tanto ela
quanto Andrew correram para o seu lado. Andrew imediatamente impôs suas
mãos sobre Alex e gritou, _ Dor, saia AGORA no nome de Jesus! - exatamente
como Tim os tinha ensinado em uma das sessões.
Instantaneamente Alex parou de rolar no chão e sentou-se. Ele olhou para
suas mãos e começou a flexionar seus dedos. Cada resquício de dor tinha
desaparecido totalmente, e quando ele testemunhou nas reuniões no próximo dia,
não havia absolutamente nenhum sinal do acidente – nenhuma marca preta ou
azul, nenhuma rigidez, nenhuma unha estava faltando – nada. Ele estava
completamente curado!

Concluindo: Não é mais sobre nós!

A única coisa que permanece entre as crianças e milagres é alguém que


tirará tempo para treiná-las. Quando eu estava em pauta como pastora das
crianças em duas igrejas diferentes, criei oportunidades freqüentes para as
crianças orarem pelos enfermos no final dos cultos. Nós as encorajamos a orar
pelas pessoas doentes sempre que elas as encontrassem – em casa, na escola, ou
nos lugares onde brincavam.
Algumas igrejas tinham ido bem mais além colocando suas crianças em
grupos infantis de cura, incorporando-as com os grupos de cura. Algumas têm
levado as crianças a hospitais e a lares do idoso ocasionalmente para orar pelos
pacientes. Se você tem o hábito de realizar trabalhos evangelísticos com suas
crianças, você precisa considerar seriamente permitir que as crianças exerçam o
ministério profético e cure o enfermo nessas reuniões. Talvez seu pastor
presidente permita que suas crianças tenham algumas oportunidades para orar
pelo enfermo depois de alguns cultos das manhãs normais de domingo. Você só
precisa certificar-se de que você fez a sua parte em prepará-las, assim elas levam
a sério e sabem exatamente o que é esperado delas quando elas se apresentarem
na frente dos adultos. Se elas não forem adequadamente preparadas para a
ocasião, você pode perder a credibilidade com seus líderes e nunca mais
conseguir outra chance.
Freqüentemente digo às pessoas que não importa quantas pessoas são
curadas porque eu impus as mãos sobre elas e orei. O que importa é quantas
pessoas foram curadas por causa das crianças que eu treinei. Como você vê, não
é sobre nós mais! Nós temos uma geração para criar para os negócios do reino.
Quanto mais freqüentemente as crianças forem encorajadas a engajar-se
nessas áreas do ministério, mais isso fará parte de suas vidas. Nós queremos que
elas adquiram o hábito de fazer essas coisas porque queremos que sejam melhor
preparadas do que nós quando atingirem a idade adulta – fluindo numa grande
unção que jamais sonhamos, com um histórico extraordinário de sinais,
maravilhas e milagres. Equipando-as dessa forma, estaremos fazendo grandes
avanços na redefinição do ministério infantil no século 21.

Narrai isto a vossos filhos, e vossos filhos o façam a


seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.
Joel 1:3
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Temos descoberto que o evangelismo de colegas entre as


crianças…é um dos mais produtivos e efetivos meios de
evangelismo na nação.
Capítulo 14

Crianças como Evangelistas e


Pregadores

As Criancinhas São Naturalmente Evangelistas

“A cada ano, dezenas de milhares de pais são levados à fé em Cristo


porque um de seus filhos foi transformado pelo seu próprio relacionamento com
o Senhor que o pai ou a mãe não podiam mais ignorar o poder de Cristo,” diz
George Barna. “Além disso, temos descoberto que o evangelismo de colegas
entre as crianças – uma criança conduzindo outra ao pé da cruz para uma vida
transformada após um encontro com Jesus – é um dos mais produtivos e efetivos
meios de evangelismo na nação.”1

Em seu livro A Colheita, Rick Joyner profetisa, “Uma das mais


extraordinárias características da colheita [nos últimos dias] será a juventude dos
trabalhadores. Os adolescentes serão o pilar do avivamento, e os pré-adolescentes
serão alguns de seus grandes evangelistas.”2

As criancinhas, particularmente as de cinco anos e abaixo disso, as quais


são criadas em lares cristãos parecem ser quase evangelistas por natureza. Existe
uma série de histórias de pequeninos que se aproximam de um avô ou outro
parente perguntando: _ Você tem Jesus em seu coração? - ou algo parecido. De
alguma forma, eles ouviram a mensagem alta e clara de que o inferno está
esperando aqueles que não conhecem Jesus, e eles se tornam muito preocupados
com aqueles que eles amam se eles estão no caminho para o céu. Quando entram
na escola e a influência dos colegas é mais do que um fator, elas começam a
pegar a mensagem sutil de que não é mais próprio perguntar tais questões, e a
agressão inocente desaparece lentamente. Como ministros de crianças, devemos
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

fazer tudo que pudermos para prender o interesse sincero de nossas crianças nas
almas perdidas e manter aquele fervor evangelístico por toda a sua vida.

O Evangelismo é um dos propósitos fundamentais da igreja de Jesus


Cristo, mesmo assim ainda há tantos adultos, os quais, por várias razões, evitam
compartilhar de sua fé. Jesus deixou bem claro nos Evangelhos que Ele não
deseja que ninguém pereça, mas que todos venham a arrepender-se (Mateus
18:14). A única maneira que as pessoas ouvirão das boas novas do Evangelho é
se alguém falar a elas. Grande parte da aversão que os cristãos sentem tem a ver
com fracassos de métodos evangelísticos no passado, como evangelismo porta a
porta, ou da impressão de que devemos ser agressivos e confrontar as pessoas no
sentido de ganhá-las para o Senhor. Mas a verdade é que o evangelismo mais
efetivo acontece através dos relacionamentos, quando cristãos procuram aquelas
oportunidades de ouro na vida de seus companheiros de trabalho, amigos, e
parentes quando eles são receptivos e famintos por um mover de Deus.

As Crianças São Desarmadoras

Muitos cristãos adultos evitam o tópico de “ganhando o perdido” não


porque eles não se importem com as pessoas, mas puramente porque se sentem
inadequados em responder as perguntas das pessoas e lidar com qualquer
resistência que freqüentemente surge. Mas se conseguirmos superar nossos
próprios medos e aversões e lembrar que quando as crianças testemunham para
seus colegas, elas não encontram os mesmos argumentos e oposição que nós
encontramos – nem mesmo da parte dos adultos. Os adultos que são abordados
por crianças são freqüentemente bem desarmados por sua franqueza e inocência,
eles não têm nenhuma resistência e seus amigos (outras crianças) são as mais
abertas para o Evangelho de qualquer grupo de pessoas no planeta! Assim, com
estas coisas em mente, nós não devemos ter medo de ensinar nossas crianças
como compartilhar sua fé. A grande esperança que podemos ter é que elas
mantenham essa chama evangelística viva por toda a sua infância e continuem
com esse hábito por toda sua adolescência e idade adulta. Em outras palavras, em
uma geração nós podemos reverter todo esse problema de evitar testemunhar se
nós pudermos ensinar nossas crianças a serem fiéis evangelistas ao longo da vida.
Crianças como Evangelistas e Pregadores

Há, na verdade, um grande número de organizações cristãs que ensinam


as crianças sobre como evangelizar. Uma em especial é a Associação de
Evangelismo Infantil (Child Evangelism Fellowship – CEF). Eles até mesmo
realizam acampamentos de verão com o propósito expresso de treinar as crianças
a compartilhar sua fé. Há também um grande número de programas de estudos
que têm sido produzidos, incluindo A Grande Comissão do Kids in Ministry
International, o qual ensina às crianças a mesma coisa.

Evangelismo de Fortaleza de Neve


Quando Ryan começou a vir regularmente para nossos cultos infantis
com a idade de nove ou dez anos, ele era tão quieto e reservado que eu fiquei
chocada quando descobri o quão convincente ele era como um pequeno
evangelista. Temos estado ensinando sobre ganhar almas, e ele levou isso muito
a sério. Sua mãe compartilhou comigo que nas semanas e meses que se seguiram
a isso, Ryan tinha conduzido cada uma das crianças de sua idade em sua
vizinhança ao Senhor. Durante o inverno ele ama construir fortalezas de neve em
seu quintal. Ele convida um amigo para brincar com ele e quando eles
engatinham para entrar na fortaleza, ele começa a fazer perguntas que nós temos
ensinado às crianças de nossa igreja: _ Você tem certeza de que quando morrer
vai para o céu? -Ele descobriu que alguns de seus amigos nunca tinham ouvido
falar do céu ou inferno antes, assim, ele os ensinou o que a Bíblia diz e os
conduziu a Jesus.

Nos meses de verão ele convida seus amigos para brincar de peteca em
seu quintal. Quando é hora do intervalo e sua mãe traz uma deliciosa limonada
para beber, ele mais uma vez começa a perguntar: _Você tem certeza que iria
para o céu se você morresse? - Uma a uma, cada criança pedia a Jesus para entrar
em seu coração.

Alguns anos depois, me senti levada a treinar um grupo de crianças


comprometidas a fazer algum trabalho evangelístico “oficial”. Nosso plano era ir
às igrejas em nossos grupos de comunhão em cidades vizinhas e realizar um
culto no qual as crianças fariam o trabalho auxiliar. Nós as treinamos por seis
semanas todos os sábados pela manhã em todas as coisas, desde fantoche e
oração intercessória à cura do enfermo. Ryan queria ser o responsável por trazer
a mensagem de salvação para o perdido.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Nós o fizemos escrever sua mensagem e pregar para nós a cada semana,
assim nós sabíamos que ele tinha sua mensagem pronta e a estava
compreendendo. Nós lhe demos dicas sobre como ajustá-la um pouco e ele
voltou e pregou para nós novamente na semana seguinte. Ele levou tudo muito a
sério. Havia outras duas ou três crianças que queriam pregar também, mas
quando Ryan pregou você podia sentir verdadeiramente a unção sobre ele ainda
que estivesse basicamente lendo suas notas.

Eu treinei Ryan sobre como fazer o apelo ao altar, inclusive a respeito


do que acontece se ninguém levantar suas mãos, o que acontece se alguém
levantar as mãos, o que ele deve fazer após, etc. (Lembre-se que quando
treinando crianças, deve ser ensinado um pouquinho de cada vez, um preceito
após o outro – você precisa conduzi-las por meio desse processo.) Numa pequena
igreja em Kenmere, Dakota do Norte, a pequena congregação tinha vasculhado
suas vizinhanças e trouxe treze crianças, adolescentes, e adultos que eles sabiam
que não eram nascidos de novo. Ryan fez um ótimo trabalho pregando e seguiu
em frente perguntando à congregação a grande pergunta sobre quem gostaria de
receber a Jesus. Todas as treze mãos se levantaram – cem por cento dos
pecadores na igreja foram salvos por meio do garoto de doze anos de idade que
pregou o Evangelho de paz a eles. O pastor da igreja nos disse mais tarde que
uma das famílias que foi salva naquela noite se tornou freqüentadora regular de
sua igreja. Ryan desde então se formou no Ensino Médio e está freqüentando um
treinamento na Escola Bíblica para o campo missionário.

O Testemunho de Michael
Há alguns anos, uma mulher me enviou um email após visitar nosso
website. Ela queria compartilhar sobre seu filho, o qual estava sendo usado por
Deus na área do Evangelismo. Parece que desde o dia em que Michael aceitou a
Jesus, ele se tornou muito sério, dedicado ganhador de almas. Pedi a Michael
para escrever o seu testemunho num papel e nos permitir usá-lo em nosso
website. Nós também o incluímos aqui:

“Meu nome é Michael. Tenho doze anos de idade e tenho um forte


desejo de servir a Cristo. Isso é devido a pouco tempo atrás quando alguém tirou
tempo para me explicar que Jesus Cristo foi crucificado por meus pecados.
Agora, por causa deste último sacrifício, eu posso ir para o céu quando eu
morrer.
Crianças como Evangelistas & Pregadores

Eu tinha onze anos de idade quando eu aceitei a Cristo como meu


Salvador. Naquela época eu estava tendo dificuldades para manter minhas notas
altas na escola. Minha auto-estima era muito baixa, e eu estava sempre me
machucando. Alguns dos ferimentos eram: Um guaxinim raivoso me atacou
quando eu tinha cinco anos. Feriu minha batata da perna e eu tive que tomar uma
série de 27 doses de vacina anti-rábica. Eu caí na borda da piscina quando eu
tinha oito anos e meu pulso foi atingido no clipe de metal. Isso me deixou com
onze pontos de agulha ao redor do meu pulso, freqüente dormência no meu
polegar, e uma cicatriz horrível. Eu caí sobre uma grande pedra quando eu tinha
nove e atravessou o meu joelho, deixando dor freqüente e uma cicatriz.

Eu aceitei Jesus em meu coração em nove de dezembro de 1999. Nessa


época minha família estava em um estado crítico. Meu pai tinha si machucado e
não podia trabalhar e minha mãe tinha problemas de saúde, os quais a impediam
de trabalhar. Não tínhamos comida, nenhum óleo para aquecimento da casa, e
nenhuma esperança de que as coisas melhorariam antes do Natal. Minha mãe já
tinha nos explicado que não poderíamos ter Natal naquele ano. E isso acabou
sendo o melhor Natal que já tivemos. Depois do culto na igreja na noite de Natal,
chegamos em casa para ver nossa entrada de garagem cheia de brinquedos que
minha mãe disse que Jesus tinha enviado para nós. Havia pessoas de nossa igreja
tirando bicicletas e presentes de seus carros. Eu li sobre o amor de Deus em que
Ele dá o Seu único filho para morrer pelos meus pecados. Agora eu estava vendo
o amor de Deus representado naquelas pessoas. Foi então que eu decidi pôr toda
a minha vida em Suas mãos.

Minha mãe conseguiu um emprego em uma exposição no campus da


faculdade durante o verão. Foi lá onde eu conduzi minha primeira alma ao
Senhor. Seu nome era Omar. Ele era um jogador de mais ou menos dois metros e
treze centímetros de altura da cidade Norte de Jersey. Em um momento nós
estávamos jogando e no próximo eu me vi olhando para cima e perguntando a
ele: _ Você vai à igreja? - Ele disse que costumava ir. _ Se você morresse hoje
você tem certeza de que iria para o céu? - Sua resposta foi: _ Não. - Então, eu o
levei até à van de minha mãe e expliquei a Estrada Romana, um método usado
para explicar a salvação. (Romanos 3:23, Romanos 6:23, Romanos 5:8, Romanos
10:13) Então, eu o perguntei se ele queria orar comigo e aceitar a Jesus em seu
coração. Então oramos:
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

_ Querido Deus, admito que sou um pecador e acredito que tu morreste


na cruz por meus pecados. Convido-te neste momento a entrar em meu coração e
salvar-me de meus pecados. Quero viver para Ti deste dia em diante. Em nome
de Jesus, Amém.

Omar aceitou Cristo naquela noite e mais tarde naquela mesma noite
dois de seus amigos fizeram o mesmo.

Em setembro minha família e eu perdemos nossa casa devido a


dificuldades financeiras. Um membro de nossa igreja nos ofereceu um lugar para
ficarmos num bairro de baixa renda ao redor da cidade. Embora minha mãe não
quisesse mudar para lá, não tínhamos outra opção. Tivemos que vender tudo que
possuíamos para levantar o dinheiro para o depósito de garantia, e mudamos no
dia primeiro de setembro. Havia pelo menos trinta crianças nos ajudando no dia
da mudança. As crianças que moravam lá não eram como as crianças que eu
estava acostumado a ver. Essas crianças eram famintas. Elas comeram toda nossa
comida no dia em que mudamos. Minha mãe ficou alimentando-as sabendo que
não tínhamos o dinheiro para comprar mais comida. Ela simplesmente ficou
dizendo que Deus proveria os meios. Eu não entendi até o dia seguinte, quando
pessoas de nossa igreja começaram a trazer comida.

Eu sabia que essas crianças não eram salvas e precisavam de Jesus,


então, comecei a compartilhar minha fé com elas. Uma semana depois mudamos
para a casa, minha mãe começou um estudo da Bíblia para crianças em nossa sala
de estar. Na primeira semana nós tivemos trinta e duas crianças. Na semana
seguinte tivemos cinqüenta e quatro. E o número continuou a aumentar. Eu
acordava na manhã de domingo antes de minha família e me arrumava. Quando
minha mãe levantava eu pegava minha Bíblia e começava a bater nas portas para
levar as crianças para o ônibus da igreja para a Escola Dominical. Meus irmãos
me diziam que eu era louco por sair sozinho muito cedo de manhã naquela
vizinhança. Mas eu não me preocupava com aquilo. Eu sabia que Jesus estava
comigo.

Moramos lá por apenas oito semanas quando Deus nos abençoou com
uma nova casa. Na época em que mudamos de lá, havia quarenta e uma crianças
no ônibus da igreja no domingo, e agora temos um ministério de cento e quarenta
crianças que minha mãe ainda ensina nas noites de quarta-feira. Devido à quan-
Crianças como Evangelistas & Pregadores

dade de crianças freqüentando o estudo Bíblico, agora nós o realizamos na


própria igreja. Minha mãe ainda alimenta as crianças por meio de doações que
ela recebe. Agora nós evangelizamos a vizinhança juntos, e eu a ajudo quando
posso.

Desde então, meu desejo para conduzir outros a Cristo tem se tornado
mais forte. Agora eu uso o livro sem palavras da Associação Evangelismo
Infantil (Child Evangelism Fellowship - CEF®) para conduzir outras crianças a
Cristo. Estou ativamente envolvido nos programas de minha igreja para ganhar
almas. Fui aceito pela CEF® para freqüentar o acampamento missionário de
jovens no verão. Tenho dado meu testemunho duas vezes na igreja. Durante o
avivamento em minha igreja em Abril, eu re-entreguei minha vida a Cristo na
hora do apelo e fiz uma confissão pública do chamado que Deus tinha posto em
meu coração para servi-Lo.

Deus usará aqueles que desejam ser usados por Ele, sendo eles um
adulto ou uma criança. Muitas crianças me vêem como diferente ou esquisito.
Para eles, eu sou, porque eu não sou do mundo, mas estou no mundo agora, que é
onde Deus me quer para servi-Lo. Passo meu tempo lendo a Palavra de Deus, na
igreja, em oração, e procurando oportunidades para conduzir outros à Cruz.

Crianças Pregadoras
Existe um grupo interessante de crianças que parecem que nasceram
com a predisposição para pregar a Palavra de Deus. Durante o avivamento
evangelístico do início dos anos de 1900 havia um grande número incomum de
crianças que se tornaram oradores públicos em idade precoce, algumas bem
novinhas com a idade de três a cinco anos de idade.

Um grande número de crianças foi inspirado para pregar sob o


ministério da amada Evangelista Aimee Semple McPherson, fundadora da
denominação quadrangular. Uma amiga minha compartilhou comigo como sua
mãe começou a pregar com a idade de cinco anos após ter sido inspirada por
McPherson. Os avós de minha amiga tinham sido atores de Vaudeville quando se
tornaram cristãos sob o ministério de Aimee. Eles se apaixonaram pela
evangelista colorida e começaram a viajar com ela durante um longo período de
campanhas evangelísticas. Eles ajudavam a arrumar as tendas e equipamentos
para as reuniões de avimento.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Um dia eles notaram sua filhinha pregando para suas bonecas e imitando
o estilo da pregação de Aimee. Eles a colocaram para pregar na frente da Aimee,
e o ministro ancião ficou impressionado. Minha amiga McPherson disse que sua
mãe pregou no palco com ela durante vários dos cultos de avivamento. Muitas
pessoas eram salvas e curadas como resultado do ministério de uma criança, o
qual acabou devido a circunstâncias infelizes com a idade de mais ou menos dez
anos.

Tenho encontrado outros em minhas viagens que contam histórias de


seus pais ou avós que tinham sido crianças que pregavam, embora, na grande
maioria, alheios ao público em geral. Há um website que escreve muitas delas no
WWW.childandteenpreachers.com, dirigida por um historiador de igreja Led
Lavigne. Ele tem documentado mais de 400 histórias de crianças durante esse
período de tempo em que houve ministérios de pregação. Muito pouco se sabe
sobre muitas delas, mas um número significante delas foi ordenado ao ministério
por denominações dignas de confiança como Assembléias de Deus, Igreja de
Deus, e Igreja Quadrangular.

Parece que há um número interessante de crianças no mundo inteiro que


está se levantando nesta geração, as quais também têm essa unção de pregar
sobre elas. Embora eu, pessoalmente, tenha sérias reservas sobre empurrar as
crianças para o centro das atenções no ministério de tempo integral porque a
história também mostra que muitas de suas vidas foram naufragadas em idade
precoce por causa da má gestão das crianças pelos pais e das finanças que vieram
por meio de seus ministérios.

Pregação no Almoço da Escola

Não muito tempo atrás me deparei com um website missionário


metodista na Internet, o qual mostrava fotos de um garoto de nove anos de idade
de nome Malachi em Por-au-Prince, no Haiti, o qual amava pregar. Ele e
algumas das crianças em sua vizinhança foram bem além e construíram uma
Igreja Metodista Livre, embora ela fosse de um estilo “galho de árvore” com
bancos de barro. Mas ela era, no entanto, uma igreja. Malachi se dirigia a ela e
pregava durante o horário de almoço de sua escola e também dirigia cultos no
domingo. Quando a “igreja” foi derrubada por um furacão alguns anos depois,
Crianças como Evangelistas & Pregadores

Malachi, o qual estava com a idade de catorze anos, a reconstruiu bem melhor do
que era antes e continuou a pregar. Eu, pessoalmente, sei a respeito de três
crianças que se enquadram nesta categoria de pregadores de berço. Duas delas
têm sido associadas no meu próprio ministério de crianças, enquanto que a
terceira freqüenta o ministério infantil de um amigo meu. Todas elas parecem ter
um desejo para pregar sem nenhuma pressão, sem encorajamento, ou
manipulação da parte de qualquer um ao seu redor. Elas simplesmente amam
pregar e são incrivelmente boas nisso.

Um dos garotos é o filho de um amigo meu africano que conheci na


minha primeira viagem a Tanzânia. Tão logo fiquei sabendo que ele gostava de
pregar, abrimos espaço em nossos cultos enquanto estivemos lá. As duas
primeiras vezes que Princely pregou para nós foi sobre o que você espera de uma
criança de nove anos de idade – bom, mas não marcante. Mas a terceira vez que
ele pregou para nós, ele foi incrível. Fomos felizardos em gravar em fita de áudio
e ainda ter uma parte da gravação em nosso website. Ele estava incrivelmente
ungido e muito evangelístico, e alguém foi salvo naquele culto.

Conhecendo que Ele é Chamado


Tayson foi apresentado a mim quando ele tinha mais ou menos nove
anos de idade, e me disseram que ele gostava de pregar, tendo pregado o seu
primeiro sermão quando ele tinha cinco anos de idade. Tyson morava há algumas
horas de distância e somente visitava nossa igreja ocasionalmente. Mas eu tinha
firmado um acordo com ele de que sempre que ele viesse à cidade ele teria a
oportunidade para pregar para nós. Tyson era muito mais um professor do que
um pregador. Não foi de admirar quando nós descobrimos que ele pedia à sua
mãe se ele podia ouvir as fitas de ensinamento do Irmão Kenneth E. Hagin desde
a idade de três anos de idade. Tyson também era um escritor, e eu pedi a ele uma
vez para escrever um artigo para ensinar as outras crianças a organizarem
sermões se elas queriam pregar. Nós o incluímos aqui. Ele tinha dez anos na
época em que escreveu isso:

“Você tem um chamado em sua vida, e alguns de vocês são


chamados para pregar. Alguns de vocês podem ser chamados para
fazer outras coisas ao invés de pregar. Eu não sei qual é o teu
chamado, mas você sabe. Se você sabe foi chamado para pregar, então
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

você precisa começar a se preparar para quando for pregar. Você


pergunta, como eu me preparo? Como eu sei o que vou pregar? Se
você não sabe o que você vai pregar, ore ao Espírito Santo para
orientá-lo. É muito importante se preparar, e alguns de meus piores
sermões foram devido à não preparação. Você se prepara através da
leitura da Bíblia, orando, lendo alguns livros de ensino, e ouvindo fitas
de ensino.

Agora, quando eu digo ler a Bíblia e orar, eu não estou falando


sobre estudar palavra por palavra do livro de Apocalipse ou passar
dois dias em intensa oração de intercessão. Embora essas coisas
possam ser usadas, elas não são necessárias para um bom sermão. Ore
pela unção e orientação de Deus. Quando você recebe a unção de
Deus, você não necessariamente sente o poder de Deus arrepiar você
ou ouve uma voz falar com você. Na maioria das vezes você não sente
nada até que você comece a pregar.

No que diz respeito a livros didáticos, você provavelmente nem


sempre terá tempo para ler livros grossos. Bons livros para ler, se você
precisar de ajuda e não tiver muito tempo para ler um livro grosso, é o
livro Biblioteca Fé, de Kenneth Hagin. Eles são bons livros e têm me
ajudado bastante. Enquanto você lê a Bíblia e livros de ensino, faça
anotações num papel. Use suas notas para criar um esboço do sermão.

Uma vez estava indo pregar e tinha o meu sermão todo escrito num
papel. Quando subi ao púlpito a unção de Deus veio sobre mim e eu
preguei. Quando terminei e olhei para minhas anotações, não havia
nenhuma palavra que eu disse quando estava pregando que estava em
minhas notas. Meu sermão foi quase que completamente diferente.
Não se prenda às suas anotações. Deixe Deus trabalhar através de
você como um vaso.

O que você faz quando se põe de pé em frente das pessoas é uma


pergunta difícil. Ninguém fica totalmente calmo na primeira vez que
prega para outras pessoas. A coisa que provavelmente mais ajudará
Crianças como Evangelistas & Pregadores

você quando estiver falando em frente às pessoas é a unção de Deus e


a preparação.

Não pense que você não está causando nenhum impacto sobre as
pessoas para quem você está pregando. Embora elas possam não
mostrar isso, elas estão ouvindo o que você está dizendo. Lembro-me
de uma vez quando estava pregando num lar de idosos em minha
cidade. Não demorei muito pregando, mas quando eu estava pregando
senti como se eu estivesse pregando para uma parede. A metade deles
estava dormindo e a única senhora que parecia estar prestando
atenção, descobri mais tarde que ela não podia ouvir muito bem.

Não se preocupe em cometer erros. É muito difícil se livrar deles.


Outra coisa que te ajudará a pregar é memorizar as Escrituras. Tenho
memorizado um monte de versículos e me têm ajudado bastante.
Quando você se levanta e prega, você sabe quando é Deus trabalhando
através de você e não sua imaginação. Quando eu realmente estou sob
a unção, falo coisas que ao contrário, nunca falaria.

Visualize em sua mente uma escada e o primeiro degrau da escada


representa o chamado que está sobre a sua vida. O segundo degrau da
escada representa a unção de Deus. O terceiro degrau representa a
preparação do sermão. O quarto degrau representa a grande parte
assustadora, na verdade, a pregação. Você já tentou pular alguns
degraus da escada? Quanto mais degraus você pula, mais difícil fica.
É da mesma forma com esta escada espiritual que você pode
encontrar-se caindo dela. É muito fácil cair de uma escada, não é?
Toda vez que você pular alguns degraus nesta escada espiritual, mais
provável será você cair da escada. Mas a boa notícia é que, embora
você possa cair desta escada, Deus vai gentilmente perdoá-lo e deixá-
lo começar de novo.

A coisa mais importante a fazer quando você estiver pregando é


estar ungido e deixar Deus trabalhar através de você. Assim, pregue a
Palavra!”
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Concluindo

É muito importante reconhecer e honrar todos os dons espirituais nas


crianças, como essa habilidade para pregar. Precisamos fazer o nosso melhor
para encorajá-las a usarem seus dons, e reinforçar nosso encorajamento por fazer
um lugar para elas em nossos ministérios infantis. Pregar não é para todo mundo
da forma como curar o enfermo é, por exemplo. Eu apenas quero que você esteja
ciente de que isso existe e que é um ministério válido embora elas sejam
crianças.

Se você descobrir que você tem uma criança assim em seu ministério,
encoraje-a e dê oportunidade para que ela exercite seu dom. Mas não dê mais
atenção a essa criança de forma que as demais pensem que ela é mais especial
que elas. Certifique-se de que todas as crianças saibam que têm a mesma
oportunidade para pregar nos cultos se desejarem, assim elas não vão achar que
você tem algum favoritismo. Do mesmo modo, você não quer que seu pequeno
pregador tenha a idéia de que ele/ela é melhor do que qualquer uma das outras
crianças.

Pregar e evangelizar freqüentemente andam juntos, e muitas vezes as


crianças que são inclinadas a gostarem de pregar têm chamados evangelísticos
em suas vidas. Direcione-as a perceber que o evangelismo deve ser parte do
nosso quotidiano, e não caia na armadilha de achar que você tem que estar no
palco antes da audiência a fim de compartilhar a mensagem de salvação.
Certifique-se de que você ensine um bom equilíbrio da moral elevada, bom
caráter, humildade, e integridade a todas as crianças, mas principalmente àquelas
que parecem estar se dirigindo a algum tipo de ministério público. À medida que
ajudamos e protegemos nossas crianças em todas as formas do ministério, nós
estamos ajudando a redefinir o ministério infantil no século 21.
Crianças como Evangelistas & Pregadores

Três dias depois, o acharam no templo, assentado


no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-
os. E todos os que o ouviam muito se admiravam da
sua inteligência e das suas respostas.

Lucas 2:46-47
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Jesus disse que “aqueles que crêem” expulsarão


demônios, falarão novas línguas, ressuscitarão o
morto e muito mais. Se as crianças acreditam, elas
se qualificam para os sinais e maravilhas como
qualquer outra pessoa.
Capítulo 15

Crianças e Sinais E

Maravilhas
Poderoso em Oração

De todas as criaturas de nosso Deus e Rei, as crianças são as mais


naturalmente preparadas e dotadas para caminhar na área de sinais e maravilhas
por causa de sua simplicidade e fé infantil. Elas meramente precisam ser
informadas de que Deus pode fazer qualquer coisa. Lembrando-as dos milagres
de Jesus e dos outros na Bíblia serve como um ponto de partida, mas eu
muitíssimo recomendo que contem a elas histórias e testemunhos atuais à medida
que vocês ouçam a respeito deles. Com a ajuda de livros, fitas e TV, existem
muitas fontes para esta informação, como o Clube 700. Tenha o hábito de
escrever os testemunhos que realmente chamaram sua atenção, principalmente
aqueles que envolvem crianças. Então, compartilhe com suas crianças.

Você pode até querer ler livros para elas com histórias fascinantes da
força de Deus e poder. Revistas missionárias também seriam uma boa fonte. Até
mesmo alguma coisa tão simples como pegar este próprio livro em suas mãos e
ler as histórias que incluímos aqui sobre as crianças. Existem também outros
livros que você pode ler para elas como Visões do Céu, por H.A.Baker que foi
mencionado no capítulo 12, no qual um mover de Deus incomum é derramado
num orfanato na China. Houve sinais sobrenaturais e maravilhas que
aconteceram por seis semanas por meio das crianças.

Você pode até ir mais além tirando cinco minutos a cada semana em seu
culto, onde você fala sobre um milagre atual no sentido de manter continua-
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

mente na presença das crianças o poder do Deus que elas servem. Lembre-as de
que nos momentos de grande necessidade, Deus estará lá para ajudá-las, protegê-
las e resgatá-las. Como uma história que passa no programa de televisão
chamado Clube 700, a qual era a respeito de um pastor em Colorado, cuja casa
estava prestes a ser destruída por um incêndio florestal fora de controle. Era uma
manhã de domingo, ele foi avisado na igreja porque o fogo tinha ultrapassado a
colina de sua propriedade. Sua casa estava destinada a ser tragada pelas chamas
dentro de minutos. Ele imediatamente entrou em contato com a igreja e falou
com o ministro das crianças que estava com as crianças naquele momento. As
crianças começaram a orar imediatamente.

Cada criança naquela manhã orou por proteção a respeito da casa do


pastor. Quando o fogo havia se extinguido e era seguro retornar, o pastor e sua
esposa dirigiram ao redor para ver o estrago. Quando chegaram à sua
propriedade, eles dificilmente puderam acreditar no que viram. Cada árvore
cerca, e toda grama estavam totalmente destruídos até proximidades da casa, mas
sua casa de cor amarelo vivo permaneceu no meio da destruição completamente
intocável pelo fogo. Não havia se quer o mínimo sinal de queimado na parte de
fora. À medida que as câmeras mostravam a propriedade que foi destruída a
apenas alguns centímetros da casa deles, você podia facilmente ver que aquilo
tinha sido um milagre. Ela foi completamente preservada em todos os sentidos,
tudo por causa das orações das crianças.

Meninas Ressuscitam a Mãe Dentre os Mortos


Dois anos atrás tive o privilégio de conhecer um homem na África, o
qual era empregado da Visão Mundial. Ele era responsável pelo programa de
alívio sobre as crianças naquela época, mas ele compartilhou que muitos anos
antes ele tinha sido pastor de crianças. Ele disse que na época não sabia como
ministrar para as crianças ou o que ele era suposto a ensiná-las. Assim, ele
simplesmente as ensinou tudo que ele sabia como um adulto sobre o poder de
Deus.

Ele compartilhou sobre duas menininhas que vinham regularmente para


suas reuniões, as quais estavam em casa sozinhas com sua mãe certo dia. Ela
tinha estado doente já por bastante tempo, mas nesse dia ela ficou gravemente
doente. De fato, ela morreu na presença das meninas. O pai não estava por perto,
Crianças e Sinais & Maravilhas

e as meninas compreensivelmente, ficaram desesperadas. Elas choraram e


gritaram por horas, quando de repente a menina mais velha parou e sentou-se.
_Pare! - Ela ordenou à sua irmã mais nova. _Não vamos chorar mais.

_ Por quê? - A irmã mais nova perguntou.

_ Porque nosso pastor nos disse que Deus pode fazer todas as coisas!
Devemos orar para que ela volte à vida!

Elas começaram a orar quando, instantaneamente, a irmã mais velha


encontrou a si própria nos portões do céu. Se isto foi uma visão ou se ela
realmente sentiu como se estivesse lá, não estava muito claro. Mas como ela se
encontrava de pé em frente aos portões fechados, havia um enorme anjo de pé ao
seu lado. Ele a perguntou: _ O que você está fazendo aqui?

Ela respondeu ousadamente: _ Minha mãe morreu, e eu vim buscá-la


para levá-la para casa.

O anjo, então, esticou sua mão e colocou algum tipo de bola branca
brilhante na palma da mão da criança. Instantaneamente, a criança estava de
volta à terra e de pé ao lado de sua mãe. Instintivamente ela impôs suas mãos
sobre sua mãe e orou mais uma vez. Foi relatado que a mãe teria voltado à vida.

Prática em Ressuscitar o Morto

Esta é a única história em que eu pessoalmente já ouvi, na qual crianças


ressuscitam alguém dos mortos e, claro, não havia nem de uma forma ou de outra
alguma prova clínica precisa dessa história. Isso foi cerca de vinte anos antes da
escrita deste livro. Mas o sobrenatural é muito mais comum em lugares como a
África, e não é incomum ouvir esses tipos de coisas. Também, pelo fato de que o
homem que me contou ser alguém bem respeitado em sua área entre os cristãos,
confiei o bastante em sua palavra para incluí-la aqui.

Eu costumava dizer que eu necessariamente não sugeria que


realizássemos aulas para ensinar crianças a ressuscitar o morto. Porém, não muito
tempo atrás me deparei com um artigo na Revista Charisma, a qual ousadamente
contava sobre um ministro infantil que fez a mesma coisa. Como a maior parte da
cultura do avivamento na Igreja Betel em Redding, as crianças californianas são
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

treinadas a serem usadas por Deus. A Igreja Betel é pastoreada por Bill e Brenda
“Beni” Johnson.

As crianças na igreja e nas escolas cristãs em Betel são ensinadas a


andar no sobrenatural. A pastora de crianças Deborah Reed também tem
ensinado suas crianças a ressuscitar o morto. Ela diz que elas enrolam uma
criança em papel higiênico para representar que está morto. Ela, então, pergunta
aos alunos o que eles devem fazer quando alguém morre. Eles respondem: _
Orar!

A criança designada a orar pelo morto ordena ao espírito que volte para
o corpo da criança morta. Se ele não se mexer, Reed pergunta de novo às
crianças o que fazer, e elas dizem para orar novamente. A criança, então, ora até
que a criança morta se mova. Então, as crianças gritam e a criança “volta a
viver”.

Crianças Expulsando Demônios


Tavez você precise ser cuidadoso a respeito de como mencionar diabos
e demônios para as crianças pelo fato de algumas se assustarem facilmente. Mas
isso é a realidade e elas precisam estar cientes disso. Infelizmente, nós cristãos,
temos nos assustado de muitas maneiras sobre este assunto. Houve tantos livros
escritos sobre poderes de demônios e experiências de pesadelos de pessoas, até
mesmo da perspectiva cristã, muitos cristãos morrem de medo deste assunto. Não
deveria ser assim, além do que eles esquecem que os pequeninos santos entre nós
tem poder e autoridade sobre todo demônio no inferno. Você certamente não
quer debruçar-se sobre este assunto com ninguém, principalmente com as
crianças. Mas estou incluindo essas histórias incomuns para que você veja por si
só que as crianças podem operar naquilo que Jesus nos disse para fazer na
Grande Comissão em Marcos 16:15-18 – Expulsar demônios.

Um amigo de nossa família, Paul Olson, faz bastante trabalho


missionário tanto na África como na Índia. Ele escreveu um livro excelente
intitulado Como Tocar um Leproso, o qual eu recomendo que você leia.1 Ele
compartilha muitas experiências maravilhosas que ele teve no campo
missionário, incluindo uma que também aconteceu na África com crianças.
Parece que ele foi de avião até uma vila remota com a esperança de levar o
Evangelho para uma tribo não alcançada. Naquelas culturas é protocolo ir ao
Crianças e Sinais & Maravilhas

chefe, o qual é, em muitos casos, o médico bruxo da vila, para pedir permissão
para compartilhar a mensagem. Assim, Paul fez isso, mas o bruxo médico não
queria nenhuma pessoa de sua tribo se convertendo a nenhuma outra religião que
tirassem seus poderes, assim, ele se recusou que Paul pregasse.

Porém, por algum motivo, ele decidiu deixar Paul ministrar para oitenta
ou mais crianças e jovens da vila. Paul não era um ministro de crianças, mas uma
vez que isso era tudo que estava disponível a ele, ele aproveitou a oportunidade.
Ele ensinou as crianças sobre Jesus, sobre ser nascido de novo, e sobre ser cheio
do Espírito Santo. Ele passou muitos dias com elas, ensinando-lhes tudo que ele
podia. Todas as crianças receberam o batismo no Espírito Santo. Quando chegou
o tempo de ele deixar a vila, ele sabia em seu coração que o bruxo médico e seus
dois colegas bruxos médicos iriam ficar extremamente zangados pelo fato de as
crianças terem si convertido.

Ele também sabia que seria uma situação de perigo para as crianças,
então, ele, cuidadosamente as instruiu deixando-as saber que o poder do Espírito
Santo era um poder interior muito maior do que qualquer poder que atuava nos
médicos bruxos. Ele sabiamente disse-lhes que se os bruxos médicos ou qualquer
pessoa viessem atrás deles para os machucarem, tudo o que tinham que fazer era
segurar as mãos e dizer: “Eu te repreendo em nome de Jesus!” Ele disse a eles
que seus inimigos não seriam capazes de machucá-los.

Paul partiu, e com certeza, quando os médicos bruxos ficaram sabendo


do que tinha acontecido, eles começaram a perseguir as crianças empunhando
grandes e brilhantes facões com a intenção de picá-las em pequenos pedaços. As
crianças correram para salvar suas vidas, gritando enquanto corriam, quando uma
delas de repente lembrou-se do que Paul tinha dito a elas. As crianças pararam
onde estavam, viraram-se e levantaram suas mãos em direção aos bruxos
médicos e gritaram: “Nós repreendemos vocês em nome de Jesus!”

Instantaneamente os médicos bruxos ficaram congelados e caíram no


chão, paralisados. Eles não foram capazes de se mexer de forma alguma até que
finalmente declararam Jesus como Senhor. A última notícia que Paul recebeu foi
a de que um dos bruxos médicos se tornou um pastor naquela mesma vila.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Embora este seja um assunto que nós devemos lidar com muito cuidado
com as crianças, considere o quão importante poderia ser para nossas crianças
perceberem que se alguém tentasse machucá-las, molestá-las, ou seqüestrá-las,
elas poderiam usar de autoridade sobre essa influência demoníaca no nome de
Jesus. Pode valer a pena considerar. À medida que ensinamos nossas crianças
como proteger a si mesmas e tomar precauções como ligar para o 911 e nunca
entrar num carro com um estranho, vamos acrescentar mais uma poderosa
instrução às outras mencionadas anteriormente – ensine-as a orar, “Deixe-me em
nome de Jesus!” É apenas uma idéia... Esther Ilnisky faz as perguntas: “Nossas
crianças reverentes a Deus têm o direito e a liberdade para confrontar os espíritos
desta presente escuridão que está lá para destruí-las? Na tentativa de proteger
nossas crianças do mundo, pode ser que, na realidade, estamos deixando-as
vulneráveis a ele?”2

Garoto Indisciplinado Entregue por Outras Crianças

Crianças e Sinais & Maravilhas


Bateristas Angelicais
Era o encerramento do meu sermão e tínhamos acabado de ouvir a
gravação de crianças em gemidos e intensa intercessão que tínhamos gravado no
avivamento de Brownsville. Profunda intercessão pelas crianças do mundo caiu
sobre toda a audiência por toda uma temporada. Então, como a intercessão
encerrou-se e nos sentamos em silêncio esperando no Espírito Santo, uma
garotinha silenciosamente ficou de pé ao lado da plataforma e começou a dançar
no Espírito. Ela não estava atrapalhando ninguém. De fato, sutilmente ela
chamou minha atenção e eu simplesmente sentei-me observando-a. Os passos da
dança pareciam estranhamente familiares a mim.

_ Claire, você sabe o que você está fazendo? - Eu perguntei.

_ Não. - Ele disse sem parar.

Meu avô, o qual era parte americano nativo, tinha me levado a muitos
índios Powwows quando eu era uma criança, e o trabalho com os pés que ela
estava demonstrando era distintivamente o mesmo do que alguém veria nas
danças dos Powwows. Quando eu disse à Claire e ao grupo de pessoas, todos nós
espontaneamente voltamos à intercessão, desta vez, especificamente pelas
crianças americanas nativas que Deus também quer usar nestes últimos dias de
avivamento. Claire continuou a dançar profeticamente pela sala enquanto as
vozes subiam aos céus.

À medida que as orações aumentavam, senti em meu espírito como se


alguém precisasse ir até à bateria na plataforma e tocasse o tambor. Olhei ao
redor mas não encontrei o baterista da equipe de louvor. Como a impressão em
meu coração aumentou, eu mesma, finalmente, fui até à plataforma e comecei a
chutar o tambor num ritmo constante o máximo que minha capacidade limitada
permitia, imitando o que eu lembrava ouvir nos Powwows. Nossas vozes e
tambores aumentaram a intensidade. Com um som de tambores significante,
terminei o meu batuque e as vozes silenciaram. Mais uma vez, nos sentamos em
silêncio sob a poderosa presença de Deus. Ninguém queria se mover.

Após vários minutos, uma das pessoas na parte de trás do auditório


perguntou: _ Alguém mais ouviu aqueles outros tambores? - Pelo menos de oito
a dez pessoas na sala imediatamente responderam que também tinham ouvido,
tinham ouvido a sala ficar cheia de um som alto de muitos tambores ao mesmo

Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21


tempo em que eu estava tocando. Eu não os ouvia com meus ouvidos naturais e
me senti um pouco desapontada porque tinha perdido algo sobrenatural. Tinha
que ser os Bateristas Celestiais porque não havia ninguém mais na sala além de
nós.

O culto inteiro, inclusive meu batuque ao final, foi gravado em vídeo e


um mês ou mais depois, eu estava editando o sermão para venda em nosso
inventário de recursos materiais e assisti todo o período de oração. Enquanto me
sentei revivendo o momento, de repente, na fita, bem ao fundo e bem fraco eu
ouvi o som daqueles bateristas celestiais acima dos meus batuques! Eu não tinha
certeza de que estava ouvindo coisas, então, chamei uns amigos para ouvirem.
Todos eles ouviram também. O som dos bateristas angelicais tinha sido gravado
em video!

Essa poderosa intercessão e intrigante manifestação da presença de Deus


aconteceram por causa de uma garotinha ouvir Deus falar a ela para dançar e ela
obedeceu.

Concluindo

Eu compartilho estas histórias puramente para abrir sua mente para o


potencial das crianças operarem em variedades de sinais e maravilhas. Existem
áreas onde eu normalmente nunca sonharia em levar as crianças. A maioria dos
adultos nunca fez o que as crianças nessas histórias fizeram. E embora você
possa pessoalmente hesitar em ter aulas sobre como expulsar demônios ou
ressuscitar o morto para crianças, simplesmente por saber que os adultos são
capazes de fazer, as crianças também são. Deus não tem posto nenhum limite
sobre elas de forma alguma, assim, nós também não devemos. Abra sua mente
para as possibilidades de levantar uma geração de crianças para caminhar no
sobrenatural, então, seja corajoso o suficiente para prepará-las. Em fazendo
assim, você estará ajudando grandemente a redefinir o ministério infantil no
século 21.
“Eis me aqui, e os filhos que o Senhor me
deu, para sinais e para maravilhas...”

Isaías 8:18

Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21


Em minha opinião, as crianças naturalmente são mais
sensíveis ao sobrenatural e à voz de Deus durante os
anos da pré-escola do que em qualquer outra época de
suas vidas porque elas não têm sido

educadas fora disso.

Capítulo 16
Pré-Escolares e Deus

Pré-Escolares Andam Naturalmente no Sobrenatural


Um dos pedidos mais freqüentes que nós recebemos em nossos
escritórios é por material para o ensino de pré-escolares (crianças da idade de
dois a cinco anos) sobre os mesmos assuntos que temos traçado neste livro para
crianças mais velhas. Isso me emociona porque mostra que as pessoas não estão
colocando limites nem mesmo sobre os menores de nossas crianças. De fato, em
minha opinião, as crianças naturalmente são mais sensíveis ao sobrenatural e à
voz de Deus durante os anos da pré-escola do que em qualquer outra época de
suas vidas porque elas não têm sido educadas fora disso. Talvez você tenha
notado quantas das histórias neste livro de fato envolvem crianças de três a cinco
anos de idade. Eu verdadeiramente acredito que nossos pequeninos entram e
saem do mundo espiritual muito facilmente. Mas a maioria do que eles nos
contam nós relegamos a uma imaginação hiperativa. Se nós ouvíssemos apenas
um pouco mais de perto ao que eles nos contam com um espírito de
discernimento, poderemos ficar surpresos com o que descobriremos.

Recentemente publicamos um programa de estudos especificamente


para pré-escolares chamado Pré-Escolares em Sua Presença. Pegamos muitas
das idéias e conceitos que publicamos para as crianças mais velhas e os
transformamos em lições menores, ensinando apenas um conceito de cada vez.
Incluímos algumas dessas idéias nas páginas a seguir. Se você não tiver o
programa de estudos, essas idéias podem ser utilizadas com um pouco de
criatividade e fácil preparação. As idéias são simples, mas podem produzir
resultados poderosos na vida dos pequeninos.

Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21


Centros de Aprendizagem do Espírito Santo

Centro de Adoração: Nós encorajamos os professores de pré-


escolares para organizar centros de aprendizagem do Espírito Santo em suas salas
de aula nas várias áreas do ministério para começar a adaptá-los para o
sobrenatural em linguagem e conceito. Um deles seria um centro de adoração
onde as crianças ouviriam pelo menos uma pequena canção de adoração a cada
semana. Isto não seria a mesma coisa que seus pequenos gestos no coro, mas
verdadeira adoração. Aqui, eles aprenderiam a fechar seus olhos e imaginar Jesus
em Seu trono, ou segurando-os, etc. Eles aprenderiam a levantar suas mãos a Ele
em entrega e acompanhar o (a) professor (a) dizendo coisas como: “Eu te amo
Jesus.”

Centro de Cura: Outro centro de aprendizagem seria sobre a cura do


enfermo. Você pode ter uma boneca numa cama de boneca e uma caixa de band
aids. Esta foi uma grande idéia que eu peguei do ministério de Mark Harpe anos
atrás. Toda semana, coloque um band aid na boneca em um lugar diferente. Peça
as crianças para imporem as mãos sobre a boneca, fale à dor ou enfermidade e
ordene que saia em nome de Jesus. Enquanto elas tiram suas mãos, remova o
band aid dizendo: “Olhe!A boneca está curada!”Ensine-as a agradecer o Senhor,
e então, você pode ir para o próximo centro de aprendizagem.

Centro Ouvindo a Voz de Deus: O próximo deve ser sobre ouvir


a voz de Deus. Dê a cada criança algumas orelhas de palhaço de borracha e peça
a elas para segurarem as orelhas sobre suas barrigas ensinando-as que é lá onde
seus espíritos estão, e elas ouvem Deus com as orelhas de seu espírito, não com
as orelhas de suas cabeças. Peça às crianças que fechem seus olhos e sentem
silenciosamente o máximo que puderem (15 a 30 segundos para esta faixa etária).
Diga a elas que Deus vai falar com elas e também mostrar a elas uma imagem ou
fale a elas alguma coisa com palavras. Após seu minuto de silêncio, peça às
crianças para compartilharem o que elas viram ou ouviram. Ajude-as a
“interpretarem” o que a imagem delas pode significar.

Um garoto de cinco anos de idade em uma de nossas reuniões nos disse


que fechou os olhos e viu a imagem dele sentando no colo de Jesus e que Jesus
tinha tirado uma foto dele. Todas as outras crianças começaram a rir quando ele
disse aquilo, mas eu rapidamente disse: _ Esperem um minuto. Por que as
pessoas tiram foto? É porque eles sempre querem lembrar um momento muito
especial. Jesus tirou uma foto do Bobby sentado em seu colo porque era um
momento especial para Jesus que Ele queria lembrar sempre.
Pré-Escolares e Deus

Centro do Espírito Santo: O centro de aprendizagem do Espírito


Santo onde você pode contar histórias sobre o poder que vem do fato de ser cheio
do Espírito Santo. Para recursos visuais você pode usar uma jarra decorativa de
óleo, uma chama de fogo de papel de seda na cor vermelha, amarela e laranja. E
talvez alguns halteres do tamanho de uma mão representando o poder e a força.
Usando um recurso visual diferente a cada semana, discuta com elas as coisas
diferentes que o Espírito Santo faz em nossas vidas. Quando você se sentir
guiada, explique às crianças que elas podem ser cheias do Espírito Santo e falar
em línguas se elas quiserem. Demonstre a elas fechando os seus olhos,
levantando suas mãos, e falando em línguas por mais ou menos 10 a 15
segundos. Você pode perguntar a elas se alguém gostaria de ser cheio do Espírito
Santo, e (se a resposta for sim) conduza-as numa oração curta e veja o que
acontece. Não force nada, principalmente o falar em línguas. Isso acontecerá
quando elas estiverem prontas.

Centro de Salvação: Não vamos nos esquecer de falar regularmente


aos nossos pequeninos santos sobre o sacrifício de Jesus e como nós podemos
pedi-lo para entrar em nossos corações e lavar os nossos pecados. Neste centro
você pode ter uma cruz de verdade de mais ou menos 18 a 24 centímetros. A
cada semana ensine sobre a salvação de um ângulo diferente. Uma semana pode
ser sobre o Seu sacrifício de tomar o nosso lugar. Na semana seguinte podia ser
sobre a salvação como um presente de graça, e entregue um pequeno presente
embrulhado numa caixa para cada uma delas com seus nomes nelas.

A seguir, fale com elas sobre como nós recebemos um coração limpo
quando Jesus tira nossos pecados e então, dê a cada criança um coração branco
para usar ao redor de seus pescoços nesse dia. Pergunte a elas se gostariam de
pedir a Jesus para tirar seus pecados, então, ore por elas. Você pode conversar
sobre ir ao céu porque Jesus perdoa nossos pecados. Para representar o céu você
podia pegar uma caixa de papelão, pintar por dentro de azul claro, colar bolas de
algodão ao redor para servir de nuvens, e até mesmo colar glitter dourado no
fundo, e converse sobre as ruas de ouro.

Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21


Em outra semana você pode falar sobre evitar o inferno. Pinte o interior
de outra caixa todo de preto e com papel de construção vermelho e laranja,
recorte chamas de fogo, colando-as ao fundo e nas laterais. Discuta com elas
sobre como se parece o inferno, que é muito escuro, um lugar solitário sem Deus.
Uma semana você pode discutir sobre como Jesus ressuscitou dos mortos e que é
por isso que Ele pode nos salvar. Você pode usar o boneco Ken, vesti-lo como se
parecesse com Jesus, então, deitá-lo numa caixa de sapato como um caixão.
Levante-o do caixão à medida que você fala como Jesus foi ressuscitado de entre
os mortos. Você pode notar aqui que os professores não deverão apagar as luzes
da sala enquanto descrevem o pecado das trevas ou inferno. Isso tem sido feito e
as crianças saem com medo do escuro ao invés do temor ao Senhor. A lista pode
continuar, mas não hesite em repetir suas lições, uma vez que elas aprendem por
repetição.

Centro de Missão Mundial: Tenha um globo do mundo exposto, e


então, talvez, uma pequena bola de borracha com um mapa do mundo estampado
nelas para cada criança segurar. Cada semana quando falar sobre um país
diferente para orar, traga uma figura de crianças desse país retiradas de um livro
ou da internet. Ensine as crianças a terem compaixão pelas crianças do mundo, e
ensine-as como orar por suas necessidades naturais, como também pela salvação
delas. Fale a elas sobre o quão importante é que nós anunciemos o Evangelho de
esperança, o qual é Jesus.

Centro de Evangelismo: Neste centro você pode expor uma bonita


coroa com muitas jóias nela e explique que é uma “coroa de ganhadores de alma”
ou o que a Bíblia chama de Coroa de Alegria. Isso representa pessoas que foram
salvas por nosso intermédio. Crie também um par de sapatos que sejam cobertos
com glitter dourado e outros itens para deixá-los bem bonitos. Diga às crianças
que isso representa os lindos pés de cada pessoa que fala a alguém sobre Jesus. A
cada semana discuta sobre como falar a outras pessoas sobre Jesus e por quê. Dê
a cada criança uma oportunidade para “testemunhar” aos outros. Para aqueles
corajosos o suficiente para “pregar” ou compartilhar sua fé com os outros, você
pode permitir que eles usem os belos sapatos enquanto eles estiverem falando.

Pré-Escolares e Deus
Ensine também a elas a darem testemunhos pessoais de como Deus tem
respondido as orações em suas vidas. Testemunhos são os melhores ditames para
testemunhar aos outros. Aqui, você também pode tirar tempo para orar pelas
“almas perdidas.” Você pode pegar emprestada a idéia de Carol Koch de escrever
os nomes das pessoas que precisam ser salvas na sola dos sapatos das crianças.
Então, peça as crianças para imporem suas mãos sobre as “almas” de seus
sapatos e orar pela salvação das pessoas cujos nomes estão lá.

A Exceção à Regra

Sabendo o quão ocupados estes pequeninos podem ser, quatro ou cinco


minutos em cada centro será mais do que o suficiente. Mas você deve repetir
tudo de novo no próximo domingo, ou se você tiver espaço limitado e tempo,
faça um centro diferente a cada semana. Peça ao Senhor idéias criativas para
recurso visual, porque são os recursos visuais que causarão o grande impacto.
Essas atividades não devem substituir o lugar do material normal da Escola
Dominical, mas seria adicionado a ele. Com os pré-escolares, uma regra geral e
amplamente aceita no que diz respeito à atenção das crianças deve ser muito
precisa. Isto é, para cada ano de vida que a criança tem, isso revela quanto tempo
ela podem focar em uma coisa de cada vez. Assim, se você tiver uma hora de
aula, e você só pode manter suas crianças ocupadas por quatro ou cinco minutos
no máximo, você precisa de pelo menos 12 a 15 atividades diferentes para
mantê-los ocupados por uma hora. Os centros de aprendizagens podem ser muito
úteis neste caso.
Voltando ao que já dissemos nos primeiros capítulos sobre não repetir as
histórias Bíblicas básicas continuamente, esta faixa etária seria a exceção. Essas
crianças definitivamente precisam ouvir várias vezes. Esta é a faixa etária (de
dois a cinco ou seis) que vive a maioria das histórias. Encontre uma excelente
fonte de programa de estudo de qualquer um dos editores famosos, e use tudo
que eles proverem a você. Mas em acréscimo ao material deles, use esses centros
de aprendizagem do Espírito Santo para as aclimatarem aos trabalhos
sobrenaturais de Deus. Se você tiver turmas de pré-escolares para as manhãs de
domingo e meio de semana, talvez um pudesse ser reservado para as histórias
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Bíblicas tradicionais e a outra para os centros de aprendizagem do Espírito Santo.

O Homem na Escuridão
O testemunho a seguir foi entregue a nós por uma pastora de crianças na
Pensilvânia, a qual estava usando nosso programa de estudo chamado Ouvindo a
Voz de Deus. É um relatório de uma aula de pré-escolares (3 anos a 5 anos de
idade) em sua igreja. Esta visão incrível é relatada aqui pela professora, Tina, e
sua ajudante de sala, Darrel. A pastora das crianças termina com alguns
comentários da mãe da criança:

No que diz respeito à visão de Matthew, nossa aula estava


indo bem, mas até aquele momento não havia nada diferente dos
acontecimentos regulares. Nossas canções foram melhores do que o
de sempre enquanto eu e Darrel encorajávamos cada criança a fluir
no Espírito à medida que elas se sentiam levadas àquilo. Todas
participaram com grande paixão. Logo elas pareceram atraídas pela
adoração e pediram para cantar outra canção.

Eu as encorajo a fluírem livremente por meio de


movimentarem seus corpos de acordo com o ritmo e permitir o
Espírito Santo dançar através delas. Foi selvagem, para não dizer de
menos! Cada uma delas fluiu desinibidamente no poder de Deus e
não estava nem sequer olhando uma para a outra. Darrel e eu
estávamos admiradas com o que Deus estava fazendo. Mais ou
menos na metade da canção, Matthew olhou para baixo, próximo de
seus pés e gritou: _ Ele está lá! O homem – ele está lá nas trevas e
não pode sair de lá.

Todos olharam para ele e imediatamente me aproximei e


sentei ao seu lado. Sua voz estava tensa enquanto falava, e sua
pequena face estava começando a ficar vermelha. Ele disse: _
Professora, precisamos ajudá-lo! Ele está lá embaixo nas trevas!

Eu me inclinei e desliguei a música porque até aquele


momento ele estava tão voltado para esse homem que a turma inteira
estava olhando para ele preocupada. Tão logo eu desliguei a música,
eu pedi às crianças para se sentarem e elas obedeceram como nunca
Pré-Escolares e Deus

eu tinha visto antes. Todas elas se sentaram exatamente onde tinham


estado dançando. As crianças estavam em silêncio e eu disse a elas
para orar em espírito. De maneira tranqüila expliquei que Matthew
estava bem, mas que ele estava tendo uma visão e que nós
precisávamos deixar o Espírito Santo nos guiar. Cada criança
levantou sua mão na direção de Matthew e com os olhos fechados
oraram em espírito. Matthew se virou para o Josh, segurou-o por
ambos os braços e disse com uma certa urgência em sua voz: _
Precisamos fazer alguma coisa Josh! O homem está nas trevas! –
Matthew estava ficando louco de emoção por este homem.

Darrel orientou as crianças a continuarem a orar em espírito


enquanto eu dizia a Matthew: _ Nós oraremos e acreditamos que o
homem vai receber um milagre! Jesus ama muito este homem e Ele
quer que ele saia das trevas. - Tentei encorajar Matthew que o
homem estava bem, dizendo que ouviríamos o Espírito de Deus para
nos dizer como orar.

Matthew ouviu cada uma das palavras, até mesmo nos


conduziu em oração. Mas ele simplesmente não conseguiu ficar em
paz. Eu perguntei: _ Você conhece o homem? - Ele disse que não. _
Você vê sua face? - Eu perguntei. Ele disse que não. – Eu disse: -
Tudo bem, porque Deus sabe exatamente quem é e onde ele está.
Perguntei a ele: _ O que é a treva? - Ele respondeu: _ É o pecado do
homem. Ele não quer estar lá, mas ele não sabe como sair de lá.

Então nós oramos para que o homem se arrependesse de seu


pecado e dissemos a satanás que ele tinha que deixá-lo ir. Nós
oramos, oramos e oramos, mas Matthew ainda não se sentia em paz.
Todas as crianças obtiveram coisas diferentes à medida que o
Espírito Santo as guiava a orar. Foi totalmente algo INCRÍVEL, mas
o peso ainda estava lá.

Foi um grande mover de Deus e até mesmo a menor das


crianças sentou-se e orou mostrando muita compaixão, emoção e
preocupação pelo homem. Nós até mesmo usamos a oração pelo
lanche para orar pelo homem porque enquanto eu estava pegando
nossa comida juntos Matthew disse: _ Professora, o homem está
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

com fome! - Eu perguntei: _ Fome de quê? - Ele olhou para mim e


disse: _ De Deus! - Darrel e eu olhamos um para o outro e dissemos:
_ Uau!

Desnecessário será dizer que nós oramos para que Deus


colocasse anjos divinos ao redor do homem, para protegê-lo e
alimentá-lo com a Palavra de Deus, como também com o alimento
natural e que as ataduras que o prendiam fossem quebradas em nome
de Jesus! Matthew disse a satanás: _ Deixe o homem ir em nome de
Jesus! Você não pode tê-lo! - Finalmente ele pareceu se acalmar
após a oração, mas ainda lembrou-se dele algumas outras vezes.
Darrel e eu dissemos a ele para continuar orando da forma como o
Espírito Santo falou a ele até que sentisse que Deus falasse que não
precisava orar mais. Nós dissemos a ele para ter fé que Deus estava
fazendo o que era preciso pelo homem. Matthew olhou muito sério e
disse: _ Eu irei!

Ele me deu um abraço quando ele saiu da aula e disse: _


Vou falar à minha mãe a respeito do homem! - Eu disse: _
Maravilhoso! - Fui muito abençoada em estar naquele dia! Toda a
experiência de ensinar isso e ver tudo o que Deus está fazendo é
mudança de vida e muito emocionante!

Comentários finais da pastora das crianças:

Matthew foi encorajado a ir para casa e falar com sua mãe


sobre o que aconteceu na aula, mas ele nunca disse, assim ela não
soube sobre a visão. Mas mais tarde naquele dia ele contou à sua
mãe que ele tinha uma “mensagem” de Deus. Sua mãe perguntou: _
Qual é a “mensagem”? Ele lhe disse: _ O homem vai ficar bem. -
Sua mãe não sabia do que ele estava falando e perguntou sobre o
homem. Ele somente respondeu com grande paixão que o homem
estava BEM! Quando eu falei a ela mais tarde, disse-lhe o que seu
filho tinha vivenciado em sala. Então ela entendeu a que a
“mensagem” se referia.

Beatrice
A primeira vez que Beatrice me chamou a atenção foi durante uma
Pré-Escolares e Deus

conferência de adoração na Carolina do Norte. Ela tinha apenas quatro anos de


idade na época. Tinha sido uma conferência poderosa, e nesta noite em
particular, a líder do louvor estava convidando pessoas da congregação para
virem à frente cantar espontaneamente uma canção ao Senhor no microfone
enquanto a banda de adoração tocava. Uma grande e longa fila de pessoas foi à
frente e no final da fila estava Beatrice, tão pequena que quase não era vista.
Levou um tempinho para que todas as pessoas à sua frente tivessem sua vez, mas
ela esperou pacientemente, nunca deixando a fila como a maioria dos outros pré-
escolares teria feito.

Beatrice foi a última na fila a ter a sua vez quando o líder do louvor
sorriu e entregou o microfone a ela. Ela logo começou a cantar melodias e líricas
suavemente e espontaneamente pelo Espírito Santo. Ela estava no tom e no ritmo
perfeito com os músicos. Ela cantou canções muito além do conhecimento e
experiência de crianças de sua idade quando começou a declarar o futuro das
crianças no reino. Fiquei espantada.

Em outro acontecimento, Beatrice estava com sua mãe e pai e avô numa
tarde brincando num grande balanço no parque. Seu pai a estava balançando
muito alto para uma criança de sua idade, e seu avô perguntou: _ Beatrice, você
não está com medo de balançar tão alto?

_ Não! – Ela disse confiantemente.

_ Por que não?

_ Porque tem um grande anjo bem ali cuidando de mim!

Você Viverá e Não Morrerá!


Um de meus hobbies, se você quiser saber, é colecionar vídeo e fitas de
áudio de crianças fazendo coisas profundas para Deus – se curando o enfermo,
orando, dançando, pregando ou adorando. Uma fita que me foi enviada envolvia
um precioso menino de quatro anos de idade chamado Joshua. Joshua e sua
família tinham feito parte de uma igreja na Califórnia antes de irem à Irlanda
como missionários.

Enquanto na Irlanda, eles receberam uma palavra de que a pastora de


crianças do Joshua nos Estados Unidos tinha ficado gravemente doente devido à
sua gravidez e não esperavam que ela vivesse. Na verdade, no momento em que

Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21


eles receberam a mensagem, já tinham considerado clinicamente a sua morte
cerebral. Mas assim que Joshua ouviu a notícia, ele imediatamente quis jejuar e
orar por ela.

Seus pais prepararam um pequeno gravador de fita para ele e ele gravou
uma oração para sua professora, a qual eles enviaram para ela. Na mensagem
gravada, ele disse a ela que queria agradecê-la por tê-lo ajudado a ser cheio do
Espírito Santo, porque “eu realmente uso o Espírito Santo para ajudar meu pai no
altar.” Ele compartilhou algumas outras coisas sobre sua irmãzinha bebê, então
ele orou. A oração foi muito curta, mas poderosa. Nela ele disse: _ Eu falo àquele
coágulo de sangue na cabeça de Chia e ordeno a ele que saia em nome de Jesus.
– Ele orou pela sua proteção com o sangue de Jesus e orou para que ela vivesse e
não morresse, e que fosse capaz de criar seu bebê. Foi uma oração muito madura
para uma criança tão pequenina, e Chia de fato viveu para criar sua garotinha.
Até mesmo os relatórios médicos declararam que foi um milagre.

As Aventuras de Ivy e Deus


Eu falei a você sobre Ivy anteriormente, no capítulo sobre as crianças e
a oração. Eu era a pastora das crianças na igreja da Ivy. Embora, Ivy fosse muito
pequenina para estar nos meus cultos de crianças enquanto eu estava lá, sua mãe
me mantinha informada a seu respeito. Essas histórias e outras têm sido uma
grande fonte de inspiração para mim e por anos têm estimulado a minha fé de
que os pré-escolares podem ser poderosos ministros.

Os Olhos do Vovô

Quando Ivy tinha dois anos de idade, seu avô tinha desenvolvido alguns
problemas sérios nos olhos – deslocamento de retinas, o médico disse. A cirurgia
oferecia apenas uma chance de 50/50 de melhoria, mas seu avô decidiu que era a
única esperança que ele tinha de ver normal novamente, então, ele decidiu se
submeter a ela. Quanto ao que o médico podia dizer, o procedimento foi um
sucesso, mas por alguma razão os olhos de seu avô simplesmente não estavam
sarando. Uma forte luz se tornou ofuscante e ele tinha que usar óculos de sol
especiais que enquadravam todos os lados de seus olhos para impedir a entrada
dos raios desagradáveis. Dois meses tinham se passado sem nenhuma melhora.

Pré-Escolares e Deus
Ele foi visitar Ivy certa tarde, notadamente desmotivado. Não havia
muito que fosse dito para encorajá-lo e por fim se levantou para ir embora. Uma
vez que ele tinha ido embora, Ivy veio correndo de seu quarto para sua mãe e
perguntou: _ Onde está o vovô? _ Ele acabou de partir. - Sua mãe disse, quando
Ivy quase gritou: _ Não! - E correu para fora para encontrá-lo.

_ Vovô! Vovô! Espere! Eu tenho que fazer uma coisa! - Ela gritou
correndo pela calçada. O vovô pacientemente se curvou, a pegou no colo e disse:
_ O que você tem que fazer?

_ Eu tenho que beijar seus olhos! - E com aquilo ela removeu seus
óculos e beijou cada um de seus olhos e disse: _ Jesus! - Ela então colocou os
óculos de volta em sua face. Uma vez que ela tinha acabado, pulou de seus
braços e voltou para casa para brincar. Dentro de uma semana os olhos do vovô
estavam totalmente curados e ele pôde voltar a trabalhar.

Colocando-se na Brecha aos Dois Anos de Idade

A mãe de Ivy quase não sabia o que pensar quando sua filha de dois
anos de idade se curvou e começou a chorar clamando em alto tom no que
pareceu ser um tipo de intercessão. Pareceu tão engraçado que o que toda mãe
podia fazer é prevenir-se para não rir. Ela perguntou Ivy o que estava errado e
tudo o que Ivy pôde dizer foi “Rachel”, - o qual era o nome de outra garotinha de
dois anos de idade em nossa igreja. Assim, finalmente a mãe disse a Ivy: _ Você
ore o melhor que puder, e eu vou orar em minha linguagem de oração, - o que ela
fez.

Alguns minutos mais tarde, Ivy de repente parou e disse: _ Tudo feito. –
e levantou-se de onde tinha estado sentada e correu para brincar. A mãe de Ivy
não pensou mais a respeito disso até o próximo dia quando ela foi visitar com a
mãe da Rachel, Julie.

Julie relatou como ela achou que teria que levar Rachel para o setor de
emergência no dia anterior porque ela tinha uma miçanga presa em seu nariz e
não conseguia tirá-la. A garotinha não sabia como soprar para tirá-la, e ao invés,
ficou inalando-a mais para o interior. Finalmente, após muito trabalho ela saiu.
As mães compararam o período de tempo entre o incidente e a hora em que Ivy
tinha ido orar, e era mais ou menos de uma hora uma da outra.

Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21


Ciclismo Profético
Aprender a andar de bicicleta sem as rodinhas tinha se tornado uma
paixão para Ivy, de quatro anos de idade, e, para aqueles de nós que a
conhecíamos, podíamos garantir o fato de que ela não desistia facilmente. Mas
mesmo assim, depois de insistir o dia todo e à noite, até mesmo com a ajuda de
seu pai ela quase não conseguia se firmar. Finalmente ela foi para casa para o
jantar, vencida pelo dia.

Ivy ficou muito cansada de tentar tanto. Enquanto se sentava para comer
uma tigela de Cheerios (um tipo de cereal para o café da manhã) para o jantar
naquela noite, ela ocasionalmente cochilava, o tempo suficiente para um Cheerio
ou dois caírem de sua boca.

Então, com um salto de energia, Ivy atirou-se da cadeira gritando: _


Mãe! Mãe! Jesus acabou de me mostrar como andar em minha bicicleta! Você
acha que o papai vai me ajudar a tentar mais uma vez esta noite? - ela perguntou.
E com o consentimento de sua mãe, Ivy correu para fora. Alguns minutos mais
tarde sua mãe saiu para ver como ela estava, e lá estava ela andando em sua
bicicleta de duas rodas por toda a calçada.

_ O que aconteceu? - sua mãe perguntou. O pai de Ivy respondeu: _ Eu


não sei. Ela simplesmente veio para fora e começou a andar sem nenhum
problema!

Tesouros Terrestres
Dirigindo para casa uma noite voltando da igreja, uma ambulância
passou pelo carro da família. A mãe de Ivy disse: _ Vamos orar por quem quer
que seja que esteja naquela ambulância. – Foi uma oração tranqüila seguida por
um silêncio, quando de repente Ivy começou a orar de novo. Ela começou a orar
pelo homem na ambulância para que ele fosse curado e “Que ele venha a Te
conhecer Senhor e que a doença não o leve.”

A mãe de Ivy, não querendo atrapalhar aquele momento, começou a orar


em Espírito com sua filha quando Ivy explodiu.

_ Sim, e aquela família chinesa, que ela venha a Te conhecer Senhor,

Pré-Escolares e Deus
a família inteira, e que eles sejam livres! – a garotinha de quatro anos de idade
começou a repreender o diabo e foi tudo o que sua mãe pôde fazer para evitar de
rir enquanto sua filha começou a citar os nomes dos demônios.

_ Você grande coisa fedorenta! - ela gritou. _ Sim, você é um deus, mas
não é o meu deus! Você é o deus deste mundo, mas eu não o sirvo como as
pessoas fazem!

Sua mãe não estava rindo mais. Ela estava pensando, “Quem ensinou
isso à ela? Eu não a ensinei aquelas coisas.” Enquanto entravam na garage, Ivy
começou a acalmar-se. A paz de Deus visivelmente estava sobre ela. Ela estava
segurando uma caixa cheia de seus brinquedos favoritos, os quais ela gostava
muitíssimo. Ela olhou para eles e disse à sua mãe: _ Não preciso mais disso. Eu
tenho Jesus! Vamos dá-los. - Sua mãe sabiamente a orientou dizendo: _ Você
sabe o que acontece quando você chega mais perto de Deus. As posses não
significam muito para nós. Você percebe que seu coração já não está mais nestas
coisas como antes. Mas não vamos dá-los ainda, vamos pensar mais um
pouquinho sobre isso. - Ivy ouviu sua mãe e logo estavam dentro de casa.

Intercessão Hambúrguer
Burguer King parecia um lugar improvável para acontecer qualquer
coisa espiritual, mas enquanto a família de Ivy estava na fila para pedir sua
refeição, sua mãe puxou conversa com as pessoas atrás deles. A mulher estava
grávida, assim a mãe de Ivy fez as perguntas típicas que você faz a uma futura
mãe, pegaram sua comida e sentaram à mesa para comer.

Eles se sentaram e a mulher e sua família sentou atrás deles, comeram


sua refeição sem nenhum problema, e eventualmente se levantaram para ir
embora. A mãe de Ivy a observou olhando-os com o canto do olho.
Silencioamente a garotinha de quatro anos de idade colocou seu hambúrguer
sobre a mesa e simplesmente fixou o olhar em sua comida. Sua mãe a conhecia
muito bem e perguntou: _ O que está acontecendo Ivy? – enquanto colocava sua
mão sobre seu estômago. _ Você sente que precisa orar? - Ivy acenou com a
cabeça e arrancou com seu gesto típico de poder de oração começou clamando o
sangue de Jesus sobre aquela família. Ela orou algumas coisas como: “e aquele
carro não vai bater neles e eles vão embora seguros até chegar em casa em nome
de Jesus!”

Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21


Com aquilo, a criança pegou seu hambúrguer e terminou sua refeição.
Mais tarde, sua mãe indiferente a perguntou: _ Então você sentiu que um carro ia
bater naquelas pessoas?

_ Sim! - Ivy respondeu, _ mas não vai mais!

“As crianças freqüentemente não sabem por que sentem uma urgência
para orar,” diz Esther Ilnisky da Network Crianças de Oração Global. “Elas
simplesmente oram; então, dê espaço a elas, deixe-as orar. Permitir que elas
orem, expressando a si mesmas a Deus, pode impedir uma tragédia que não
vemos vindo em nosso caminho.”1

Concluindo

Há tantas outras histórias sobre pré-escolares que poderiam ser incluídas,


mas esperamos que essas abram nossas mentes e corações para saber que Deus
pode poderosamente usar pré-escolares para Seus propósitos. Que batalhão nós
poderíamos ter para Deus se nós pudéssemos obter a visão de criar nossas
crianças desde o ventre para servirem seu Mestre todos os dias de suas vidas.
Esta é uma mensagem que deve ser espalhada por toda parte e não apenas aos
ministros de crianças, mas a pais e avós também. Se iniciarmos nossas crianças
no sobrenatural enquanto ainda são novinhas e mantermo-nos treinando-as todos
os dias de suas vidas para fazer os trabalhos de Jesus, nós definitivamente iremos
redefinir o ministério infantil para o século 21.
“Quando for o menino desmamado, leva-
lo-ei para ser apresentado perante o
Senhor e para lá ficar para sempre.”

I Samuel 1:22

Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21


Estes são conceitos que devem ser incorporados
na corrente do ministério infantil se vamos deter a
maré de evacuação dos nossos jovens da igreja
quando entram na fase adulta.
Considerações Finais

As idéias apresentadas neste livro podem ser completamente novas para


você no que se relaciona ao ministério infantil. Se assim for, pode ser muita coisa
para digerir de uma vez. Fizemos uma lista abaixo para ajudar a resumir os
pontos principais que destacamos como áreas que precisam mudar. Se nós vamos
capturar os corações e imaginações de nossas crianças com grande esperança de
mantê-las membros ativos da igreja de Jesus Cristo, estas são as áreas que
precisam de nossa maior consideração em oração. Estes são conceitos baseados
em experiências pessoais minhas e ponto de vista como ministra de crianças que
devem ser incorporados na corrente do ministério infantil se nós vamos deter a
maré de evacuação de nossos jovens da igreja quando entram na idade adulta. Eu
os tenho visto trabalhar no decorrer de meus anos de ministério. Há muitas outras
vozes no ministério infantil que podem ter várias outras perspectivas. Todas elas
devem ser dignas de consideração. Mas para mim, estas são as verdadeiras
questões fundamentais que podem ser usadas em qualquer tipo de ministério ou
na criação dos filhos pelos pais.

1. Devemos lembrar que as crianças precisam ter suas próprias


experiências e encontros com o Deus vivo. Devemos também embraçar o fato de
que elas são capazes de experimentar qualquer coisa e tudo que Deus torna
disponível a nós como seres vivos espirituais. Por esse motivo devemos fazer
todo esforço para que Deus possa estar presente em cada culto infantil. Fazemos
isso por meio de: separando momentos de adoração genuína, levando-as ao trono
celeste, permitindo que se sentem em silêncio em Sua presença, ouvindo Sua
voz, assim, compartilhar com o outro o que vemos e ouvimos. Isso também
acontece quando nós damos oportunidade durante as chamadas ao altar ou
gastando tempo em oração no altar, onde as crianças são encorajadas a procurar a
face de Deus regularmente.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

2. Precisamos seriamente reconsiderar o cardápio espiritual e dieta


com que alimentamos nossas crianças. Precisamos entender que elas são muito
capazes de lidar com a “carne” da palavra, isto é, os assuntos normalmente
considerados apropriados somente para os adultos. Precisamos entender que até
mesmo o que a Bíblia identifica como “leite” é muito mais carne do que aquilo
com que nós tipicamente alimentamos nossas crianças. Devemos sair do círculo
vicioso de alimentar nossas crianças com uma mesma dieta de histórias Bíblicas
básicas com pouco ou nada na mistura e ter a certeza de que elas estejam
firmadas em todas as doutrinas Bíblicas básicas e conceitos que nos levam ao
sobrenatural, vidas vitoriosas.

3. Sendo tanto ministro de crianças como pais, devemos ajustar nossos


estilos de ensino para incluir participação ativa, deliberada, proposital,
orientação para participação em todas as áreas onde os cristãos precisam ser
discipulados. Precisamos reconhecer que nosso trabalho é treinar e preparar os
pequenos santos, o que significa não apenas falar a elas como fazer os trabalhos
de Jesus, mas mostrá-las de fato, então dar a elas oportunidades para praticar e
fazer o que temos mostrado a elas. Nossos ministros de crianças devem tornar-se
clínicas de funcionamento do cristianismo em todas as áreas do ministério do
crente. Isto inclui curar o enfermo, ouvir Sua voz, ser guiado pelo Espírito,
oração e intercessão, adoração, ganhador de almas, pregador, sinais e maravilhas,
operar nos dons do Espírito, ministério profético, e qualquer outra coisa que
Jesus considerou ser normal para o cristianismo.

4. Precisamos obter uma visão nova do que fomos chamados para


fazer. Devemos perguntar a nós mesmos com o que uma criança que é uma
seguidora comprometida de Jesus se parece e o que será preciso para que ela
chegue lá. Isso vai ter uma abordagem completamente diferente para ensinar as
crianças do que aquilo que estamos usando no momento. É preciso incluir de
forma ativa o fazer os trabalhos de Jesus. Deveria ser bem comum ouvir que a
igreja tem um grupo de oração de crianças, um grupo de cura de crianças, um
ministério profético de crianças e um grupo de evangelismo de crianças quanto é
ouvir que eles têm uma Escola Dominical. Nossa nova visão para o que fomos
chamados deve incluir equipar as crianças para funcionarem no ministério do
crente.
Resumo

5. Líderes de igreja, principalmente apóstolos, profetas, evangelistas,


pastores e professores, precisam considerar seriamente o papel que
desempenham na saúde espiritual e vitalidade das crianças em seus
ministérios. É importante que eles não deleguem completamente a alimentação
e nutrição espiritual das crianças aos pastores de crianças e aos ajudantes sob
sua supervisão. Os líderes precisam reconhecer como verdadeiros ministros dons
do corpo que eles podem liberar e despertar coisas nas crianças e adolescentes de
sua igreja que ninguém mais pode. Pastores presidentes, anciãos, e membros do
conselho precisam reconhecer que isso é de vital importância para colocar
ministros como os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e professores no
comando de seus ministérios infantis como o é colocá-los no comando dos
adultos. Aqueles que acreditam que são chamados para o ministério integral
como verdadeiros apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e professores,
precisam seriamente buscar Deus para determinar se são de fato chamados para o
ministério infantil ao invés do ministério adulto. A razão é porque existe uma
séria desproporção de trabalhadores no vasto campo de crianças em comparação
com o número de crianças e jovens que precisam ser alcançados. Alguns pastores
e outros ministros precisam de uma atitude séria de harmonização em relação ao
ministério a respeito das crianças, vendo-a como fundamental para a
sobrevivência saudável da igreja em geral.

6. Deve existir uma parceria entre pais e a igreja, onde a igreja deve
ajudar a educar e preparar os pais sobre como discipular e treinar seus filhos
em casa. Nós, como líderes de igreja, devemos dar aos pais os instrumentos,
confiança e entendimento para continuarem o processo na vida diária de seus
filhos, algo que a igreja não pode fazer. Começamos por ensinar aos pais a verem
o potencial de seus filhos. Devemos mostrá-los como podem ajudar seus filhos a
caminharem no sobrenatural em casa, escola, nas brincadeiras, e não apenas na
igreja. Devemos ajudá-los a começar a pensar em termos do verdadeiro
discipulado e orientação em casa, o que, mais que provavelmente incluirá o
treinamento dos pais também.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

7. Precisamos ver músicos dotados, ungidos e treinados que sejam


sérios no desempenho de seus papéis no ministério infantil. Precisamos destes
músicos para levar nossas crianças aos mais elevados níveis do louvor e
adoração, o que é vital para nossa caminhada cristã. Ao invés de vermos o
louvor e a adoração para crianças como um nível inferior de adoração,
precisamos ajudar os músicos perceberem o quão intensamente as crianças
podem adorar quando treinadas e quando têm a oportunidade. Precisamos orar a
Deus para enviar trabalhadores músicos aos campos de crianças para lançá-las a
maiores níveis de experiências na sala do trono celestial.

8. Precisamos uma vez mais levar a sério conduzir nossas crianças à


plenitude do Espírito Santo, incluindo o falar em línguas, para lançar as bases
para uma vida sobrenatural em Cristo. Precisamos apresentar a elas com
freqüência e regularidade, ensinando-as claramente por que é valioso e o que esta
experiência fará por elas na caminhada cristã. Precisamos ajudar a treiná-las e
discípula-las para usar seu novo dom durante nossos cultos freqüentemente para
que elas adquiram o hábito de incorporar isso em suas vidas. Se não arriscarmos
a chance, elas terão a experiência de falar em línguas uma vez e possivelmente
nunca mais usá-la novamente.

9. É extremamente importante que nós ensinemos nossas crianças


como ouvir e reconhecer a voz de Deus e como obedecer e seguir sua
liderança. Este treinamento deveria começar tão cedo quanto a pré-escola e
continuar por toda a vida delas. Acreditamos que depois da salvação e o batismo
no Espírito Santo, treinar as crianças a ouvir a voz de Deus é a coisa mais
importante que podemos ensiná-las.

10. Redefinir verdadeiramente o ministério infantil em nossa vida pelo


mundo afora, é crucial que esta mensagem seja apresentada não apenas para
ministros de crianças, mas também para líderes de igreja, pais, editores de
programas de estudos de crianças, autores de livros de crianças, produtores de
músicas infantis, vídeos, DVSs, e todos outros recursos materiais e produtos
criados para nossas crianças crentes. Isso inclui educar proprietários de
livrarias cristãs, produtores de programas de televisão, escolas Bíblicas e
Resumo

faculdades, centros de treinamento e preparação, missionários, plantadores de


igrejas, e qualquer outra pessoa ligada ao ensino de líderes de igreja. Todos nós
precisamos de mudanças radicais em nosso jeito de pensar e ações no sentido de
mudar a cara do ministério para crianças e inverter a tendência da saída maciça
de nossos jovens pela porta de trás da igreja.

Isso Realmente Funciona?

O primeiro grupo de crianças que eu já pastoreei ficou comigo por oito


anos. Embora eu ainda fosse jovem e inexperiente no ministério infantil no
início, eu ainda me esforcei para ensiná-las quase tudo que esbocei neste livro o
máximo que eu sabia fazer. Muitas das histórias incluídas aqui são daqueles
primeiros dias.

Como os anos se passaram, o jovem pastor da igreja sempre me dizia


com freqüência que a cada ano as crianças passavam do nosso ministério infantil
para o seu grupo de jovens, ele notou que cada turma sucessora era mais forte
espiritualmente do que aquelas que as precederam. Muitos anos depois de eu ter
ido embora, pessoas que ainda freqüentavam a igreja me disseram que meu
último grupo de crianças estava se formando no ensino médio. O líder dos jovens
tinha lhes dito que, desde que minhas crianças estivessem em seu grupo, elas
experimentariam o avivamento, crescimento, e seriam crianças que estariam em
chamas por Deus. Então, ele acrescentou um comentário interessante. Ele disse
que o grupo de crianças que viria após eles, os quais não tinham aprendido em
meu ministério, era simplesmente o oposto.

Então a pergunta é: isso funciona? Posso simplesmente falar por


experiência própria e dizer inequivocamente e de forma retumbante, “Sim!”

Com segurança eu posso profetizar que se nós fizermos todas essas


coisas, nós, definitivamente, redefiniremos o ministério infantil no século 21 e
além e faremos mudanças radicais no corpo de Cristo de muitas maneiras. Nós
ajudaremos Jesus em Seu desejo ainda não realizado de reunir as crianças do
mundo junto a Ele e a Igreja será infinitamente mais forte e mais poderosa do que
já temos visto em nossa história.
Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21

Becky Fischer
Fundadora/Diretora do Kids in Ministry International, Inc.
Sobre a Autora
Becky Fischer, pastora de crianças desde 1991, recebeu Jesus como
Salvador e foi cheia do Espírito Santo ainda muito criança. De primeira mão ela
sabe que as crianças podem tanto ser tocadas e usadas por Deus. Becky passou
23 anos nos negócios da família antes de responder ao chamado para o ministério
de tempo integral. Administrou duas empresas da família – um hotel de 107
unidades e uma estação de rádio FM 100,000 – em Sidney, Montana pelo período
de dez anos. Então, por treze anos, foi proprietária e administrou uma loja de
confecção de placas/ faixas, Sinais & Maravilhas, Inc., em Bismarck, Dakota do
Norte.

Becky foi pastora de crianças na Igreja Palavra de Fé e no Centro de


Evangelização em Bismarck, na Dakota do Norte por oito anos antes de mudar
para Carolina do Norte e juntar-se aos Ministérios Tasch Internacional, um
ministério que tinha levado mais de 700 meninos e meninas em viagens
missionárias. Mais tarde foi empregada pelas Publicações Estrela da Manhã e
Ministérios, Inc. (agora chamado de Igreja da Comunhão Estrela da Manhã) em
Wilkesboro, na Carolina do Norte como pastora de crianças. Ela também
trabalhou meio período no departamento de publicações da MorningStar como
artista gráfica e era uma autora que contribuía regularmente com o Jornal
MorningStar.

Como fundadora e diretora do Kids in Ministry International (KIMI),


Becky tem treinado milhares de professores de crianças por meio de
conferências, escolas Bíblicas, viagens missionárias, igrejas, e materiais de
recursos. Ela é autora de seis programas de estudos dinâmicos para crianças e do
livro Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21.

Ela é fundadora e diretora do Conduzindo os Cordeiros ao Instituto de


Treinamento Leão, um programa para pessoas que querem ser bem mais
instruídas na forma singular do ministério infantil pelo qual KIMI (Kids in
Ministry International) é conhecido.

Becky aparece freqüentemente na TV nacional e no rádio pelo seu papel


no filme indicado ao Oscar – Acampamento de Jesus e foi uma das únicas de sete
ministros de crianças a ser convidada para falar nos workshops na Celebração do
Centenário da Rua Azusa em 2006, Los Angeles, Califórnia.
Levanta-te, clama de noite no princípio das vigílias;
derrama como água, o coração perante o Senhor; levanta
a ele as mãos pela vida de teus filhinhos que desfalecem de
fome [espiritual] * à entrada de todas as ruas.

Lamentações 2:19 (Trad.Rev. e Atualizada)

*Inserção minha
Referências Bibliográficas
Capítulo Um
1. Verdadeiros Adolescentes, George Barna, Livros Regal, Ventura, CA,
copyright © 2001 pg. 136.
2. Enciclopédia da Religião e Sociedade, Dr. William H. Swatos,
Educação Religiosa, Instituto Hartford para a Pesquisa da Religião,
Seminário Hartford, 77 Rua Sherman, Hartford, CT 06105.
3. Transformando Crianças em Campeões Espirituais, George Barna,
copyright © 2003, Recursos Issachar, Ventura, CA, pg. 41.
4. Reimpresso com permissão dos Ministries Today, maio/junho 2004.
Copyright Strang Communications Co., EUA. Todos os direitos
reservados. www.ministriestoday.com.
5. Transformando Crianças em Campeões Espirituais, George Barna,
copyright © 2003, Recursos Issachar, Ventura, CA, pg. 65.
6. Deixe as Crianças Orarem, Esther Ilnisky, copyright © 2000, Livros
Regal, Ventura, CA, pg. 41.

Capítulo Dois
1. Transformando Crianças em Campeões Espirituais, George Barna,
copyright © 2003, Grupo do Barna, Ventura, CA.
2. Crianças que Fazem Diferença, Pete Hohmann, copyright © 2004,
Este livro é uma coleção de histórias incríveis do que as crianças de
hoje estão fazendo ao redor do mundo. Encomendado da Casa
Publicadora Gospel, Item # 03TW6353. Via online no WWW.gph.org
ou ligue 1 – 800-641-4310 ou 417-862-2781, 4009 (fora do EUA).
3. Definição para “Tweener”: um termo moderno para crianças entre 8 e
12 anos de idade.
4. Crianças em Chamas, David Walters, copyright © 1995, Companhia
de Impressão Fé, pg. 40.
5. Verdadeiros Adolescentes, George Barna, copyright © 2001, Livros
Regal, pg. 115-116.

Capítulo Quatro
1. Ensinar a Cruz Culturalmente, Judith E. Lingenfelter, Sherwood G.
Lingenfelter, Acadêmico Baker, Grand Rapids, MI, © 2003, pg. 27.

Redefinindo o Ministério Infantil no Século 21


Capítulo Cinco

1. Eli! Eli! Estou te Chamando para o Ministério Infantil! Pâmela Ayres,


Ministérios Hansel & Gretel, copyright © 2003, Moravian Falls, Carolina do
Norte.

Capítulo Seis

1. Transformando Crianças em Campeões Espirituais, George Barna,


copyright © 2003, Recursos Issachar, Ventura, CA, pg. 111.

2. Idem., pg. 111.

3. Idem., pg. 111.

4. Idem., pg. 109.

5. Idem., pg. 110.

Recursos para os Pais:

Levantando uma Geração Precursora, Lelonie Hibberd, Publicações Kingsgate,


1000 Rua Pannell, Suite G, Columbia, MO 65201.
Desenvolvendo Espiritualmente o Papel de Pais de Seus Pré-Escolares, C. Hope,
Charisma House, 600 Rinehart Road, Lake Mary, FL 32746.
Uma Introdução para Noites em Família, Jim Weidmann & Kurt Bruner,
Ministérios de Comunicações Cook, 4050 Lee Vance View, Colorado Springs,
CO 80918.
Guia dos Pais para o Crescimento Espiritual de Crianças, voltado para a
Família, Colorado Springs, CO 80995.

Capítulo Nove
Leituras Sugeridas:
Dez Razões Por que Todo Crente Deve Falar em Línguas, por Kenneth E. Hagin,
Ministérios Kenneth E. Hagin, PO Box 50126, Tulsa, Ok 74150-0126

Capítulo Doze

1. (Raíz da Palavra “zaqen” [ 2204 Strong‟s Concordance] é a palavra para


Velho.
Um derivado dela “Zaqan” [2206 Strong‟s Concordance] é a palavra para
“barba.”
2. Deixe as Crianças Orarem, Esther Ilnisky, copyright © 2000, Livros
Regal, Ventura, CA, pg. 135.
3. Ibid., pg. 37.
Websites para envolver as crianças em oração:
PrayKids: HTTP://www.navpress.com/Magazines/Praykids!
Oração Presidencial para Crianças, ou
http://www.pptkids.org/index.php
Network Oração para Crianças: http://www.kidsprayer.com

Contato com o Kids in Ministry International para as seguintes recomendações


de recursos por meio de visitas de nossa livraria online
WWW.kidsinministry.com ou pelo telefone 701-258-6786:

Livros: Reconectando as Gerações, Daphne Kirk


Deixe as Crianças Orarem, Esther Ilnisky
Criando Seus Filhos para Cristo, Andrew Murray
Visões do Céu, H.A. Baker
Manual Preparando uma Geração para Orar, Carol Koch
DVDs: Criado e Separado, Becky Fischer
Conferência Escola de Cura para Crianças, Becky Fischer
CDs: Mudando o Mundo Através da Oração, séries de CD, Becky Fischer
Conferência Extrema de Renovação, Becky Fischer
Crianças e Ouvindo a Deus na oração, Kathleen Trock

Capítulo Catorze
1. Transformando as Crianças em Campeões Espirituais, George Barna,
copyright © 2003, Recursos Issachar, Ventura, CA, pg. 68.
2. A Colheita, Rick Joyner, copyright © 1993, Whitaker House, New
Kensington, PA, página 34, trechos usados com permissão.
Para informações: WWW.morningstarministries.org.

Capítulo Quinze

1. Como Tocar um Leprozo, Paul R. Olson, copyright © 1986, Companhia


Publicadora New Day, Mound, MN, capítulo 6, pg. 85.
2. Deixe as Crianças Orarem, Esther Ilnisky, copyright © 2000, Livros Regal,
Ventura, CA, pg. 36.

Capítulo Dezesseis

1. Deixe as Crianças Orarem, Esther Ilnisky, copyright © 2000, Livros


2000, Ventura, CA, pg. 45.

Finalmente! Algo profundo para as crianças!


Programa de Estudo para Igreja de Crianças
Por Becky Fischer
Para sua igreja de crianças, Escola Dominical, ou escola doméstica.
(para idades de 6-12)

Dê às suas Crianças a Carne da Palavra de


Deus!
Desafie suas crianças com as verdades profundas de Deus que
construirão sobre a base sólida que você tem formado com os anos de histórias
Bíblicas. Observe seus alunos crescerem espiritualmente entre trancos e
barrancos enquanto eles caminham rumo ao estilo de vida sobrenatural de
Cristo à medida que você os prepara para serem participantes ativos no exército
de Deus!
Para ver mais detalhes e preços de cada programa de estudo,
como também exemplares de capítulos gratuitos, visite nosso website no
WWW.kidsinministry.org.

Para mais informação, entre em contato com:

Kids in Ministry International


P.O. Box 549, Mandan, ND 58554
Ligue 701-258-6786 ou email:
kidsinministry@yahoo.com
Nos visite online no www.kidsinministry.org

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