Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Doutoranda em Saúde Coletiva pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ). Escola Politécnica de
Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ). E-mail: paulacaetano2021@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0009-0000-9541-9151
2
Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Universidade Estadual do
Rio de Janeiro (UERJ). E-mail: flaviasouza.uerj@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0225-8358
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Escola Nacional de
Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/FIOCRUZ). E-mail: carolinabrandao95@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-2976-3867
4
Doutora em Ciências pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ). Escola Nacional de Saúde
Pública Sérgio Arouca (ENSP/FIOCRUZ). E-mail: joviana.avanci@fiocruz.br
Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7779-3991
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4351
This new format of work brought consequences and challenges for world education, and
left a legacy to be incorporated into educational practice. This study aimed to analyse
how national and international scientific literature addressed the teaching work in the
period of the COVID-19 pandemic, as well as the health of these professionals and the
lessons learned from this context. A national and international scoping review has been
carried out in the period from 2020 to 2021. 36 studies were analysed and three main
themes identified: (1) teaching performance and pedagogical strategies, (2) impacts on
the physical and mental health of teachers and (3) educational lessons learned. It was
found that the experience of remote emergency work, without specific policy guidelines
and planning for the development of this new form of teaching work development, was
complex and unpredictable in all the countries that were components of the study. In the
other researched countries, the data expresses a result similar to the Brazilian one, with
difficulties in access and permanence to the internet by the students and teachers, besides
the absence of appropriate equipment for teaching/attending the remote lessons.
PALAVRAS-CHAVE: Teaching Worker; Teaching Health; Pandemic Education;
COVID-19.
1 INTRODUÇÃO
O grave problema de saúde pública enfrentado mundialmente entre os anos de
2019-2021 com a disseminação desenfreada do vírus SARS-COV2 da Covid-19 teve
impacto expressivo na economia, na saúde e na educação devido principalmente à
necessidade de isolamento social e de restrição de contato físico (WERNECK;
CARVALHO, 2020). Essa situação privou o acesso de crianças e jovens ao espaço da
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4352
escola. As aulas tiveram que ser reinventadas para um novo formato de ensino remoto
emergencial, com distanciamento entre educadores e alunos. Essa situação impactou mais
de 90% dos estudantes de diferentes países (UNESCO, 2020). Segundo dados da
UNICEF, em 2020, mais de 154 milhões de crianças, cerca de 95% das matriculadas,
estavam temporariamente fora da escola na América Latina e no Caribe em decorrência
da pandemia de COVID-19 (DUVILLIER; RECA, 2020).
O estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em 2020, destacou que
o fechamento das unidades educacionais representou uma redução significativa do
amparo social e pedagógico diário e piora das condições físicas e psicológicas dos
estudantes (BITTENCOURT et al, 2021). Além disso, o afastamento das escolas acirrou
as desigualdades sociais, sobretudo nos países em desenvolvimento (DUVILLIER;
RECA, 2020). Ademais, a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) e a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimam que entre 100.000 e 300.000
crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe ingressaram no mercado de
trabalho como consequência da pandemia, deixando de lado sua formação educacional
(CEPAL, 2020).
Cada país adotou estratégias próprias para dar continuidade ao ensino no período
pandêmico, a partir das determinações governamentais. Contudo, a pandemia evidenciou
a desigualdade social e educacional e o frágil lugar da educação nas políticas de vários
países, muito reflexo da expansão capitalista e das políticas neoliberais como projeto de
Estado (PRONKO, 2020). Somente alguns países traçaram estratégias de monitoramento
do alcance efetivo do ensino à distância na pandemia, sendo altamente variável de acordo
com o desenvolvimento econômico de cada nação: “enquanto países de alta renda
atingiram 80 a 85% dos alunos, o alcance caiu para menos de 50% em países em
desenvolvimento, certamente afetando o desempenho dos alunos” (BITTENCOURT et
al, 2021, p. 22).
Na Bélgica, um dos países com melhores índices de igualdade mundial, o
fechamento das escolas no período da pandemia resultou no menor rendimento
educacional ao final do ano letivo. Na América Latina e Caribe, embora os países não
tivessem estratégias para gestão de crises, fizeram grandes esforços com base em
experiências e habilidades preliminares (ORTIZ et al, 2020). O Uruguai utilizou a
infraestrutura desenvolvida pelo Plano Ceibal de inclusão tecnológica e melhoria das
práticas pedagógicas e escolares (MARTINS, 2013). Esse país já tinha uma plataforma
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4353
integrada para os estudantes, o que permitiu a transição imediata para o ensino remoto.
As maiores dificuldades decorreram do acesso à conectividade pela internet nas
comunidades com índices altos de vulnerabilidade social. Países como El Salvador, Chile,
Peru e México utilizaram os portais virtuais de acesso aberto às produções bibliográficas
e conhecimentos a partir da integração com as bibliotecas digitais que disponibilizaram
livros didáticos e de referência. Também utilizaram jogos online correlacionados ao
currículo escolar (ORTIZ et al, 2020).
Segundo Borim et al (2023) os modelos de ensino adotados mundialmente para
atender ao isolamento social, inclusive no Brasil, tiveram uma característica em comum
de Ensino Remoto Emergencial - ERE, dado que no contexto excepcional da pandemia
“não foram considerados como educação a distância (EaD), uma vez que não há material
programado e características na abordagem para essa modalidade, e nem homeschooling,
quando os pais passam a assumir a tutoria do ensino” (pág. 2029).
No Brasil, o acesso à educação chegou de forma muito desigual. Por um lado, uma
parcela da população teve acesso a ferramentas tecnológicas modernas; recursos online
em ambientes virtuais de aprendizado (AVA); atividades síncronas, que permitiram
acompanhamento simultâneo das aulas pela internet e interação com colegas e
professores; e material didático adaptado para o ensino remoto emergencial. Por outro
lado, essa realidade ficou distante para grande parte dos estudantes, sobretudo os inseridos
em escolas públicas, que não tiveram acesso e permanência à internet e aos equipamentos
tecnológicos para assistir às aulas remotas, num país com cerca de 82% da população
matriculada na educação básica nesta rede de ensino (INEP, 2022a).
Nesse contexto, em meados 2020, a UNICEF propôs ao Governo Federal
Brasileiro e às empresas de telefonia que investissem no acesso livre à internet para
famílias e crianças vulneráveis como estratégia para garantir a continuidade da
aprendizagem e o vínculo com a escola, uma vez 4,8 milhões de crianças e adolescentes
brasileiras vivem em domicílios sem acesso à internet (UNICEF, 2020). Essa proposta
visava evitar o aumento da evasão escolar. No entanto, no Brasil não houve diretrizes
políticas que dessem suporte ao ensino público durante a pandemia, apenas a alteração
do calendário escolar e permissão tardia para implementação do ensino remoto
emergencial. Os critérios e processos pedagógicos para o ensino remoto ficaram a cargo
dos gestores educacionais dos estados e municípios brasileiros, sem normativas para
transição dos estudos fora do ambiente escolar e orientações pedagógicas. Os docentes,
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4354
por sua vez, precisaram desenvolver habilidades para um novo formato de trabalho, com
o uso das tecnologias e das mídias sociais como ferramentas para o ensino remoto,
processo que impactou a saúde e vida dos trabalhadores, além do processo pedagógico
(OLIVEIRA; JUNIOR, 2021). Segundo Reimers (2022), o trabalho remoto aumentou a
carga de trabalho e o estresse dos professores ao criar desafios de comunicação e
organização entre os funcionários, docentes e pais/responsáveis.
O acirramento da desigualdade durante e no pós-pandemia teve repercussões no
adoecimento na atividade de ensinar, colocando-se como desafio intersetorial
(ASSUNÇÃO; ABREU, 2019). No Brasil, a profissão docente está entre as categorias
profissionais mais vulneráveis, com muitos afastamentos relacionados a problemas nas
cordas vocais e transtornos mentais (ASSUNÇÃO; ABREU, 2019). Além disso, o acesso
às tecnologias da informação e comunicação (TICs) durante a pandemia não foi suficiente
para o êxito da aula virtual visto as limitações do ambiente residencial, uso multifuncional
do celular para fins de diversão ou distração e o acesso as redes sociais no momento das
aulas remotas (CATANANTE; SOUZA DANTAS; CAMPOS, 2020).
Esta revisão se coloca como relevante por identificar e problematizar as situações
que envolvem a precarização do trabalho dos profissionais da educação durante e após a
pandemia de COVID-19, bem como elucidar o diálogo sobre as condições de saúde
desencadeadas e que ainda reverberam no contexto de vida e de trabalho desses
profissionais e no ambiente da escola. Os achados desta revisão se colocam como
instrumento reflexivo para apoiar debates na interface saúde-trabalho-educação,
anunciando nós críticos de lições aprendidas desse período para orientar reflexões atuais
e futuras.
Diante do panorama apresentado, este estudo busca analisar como a literatura
científica nacional e internacional abordou o trabalho docente e a saúde dos professores
da Educação Básica a partir do contexto da pandemia de COVID-19, bem como quais
foram as lições aprendidas para a área da educação.
2 MÉTODOS
Trata-se de uma revisão de escopo que se caracteriza por um mapeamento da
literatura num determinado campo de interesse. É adequada a tópicos amplos, podendo
reunir vários desenhos de estudos e tem a finalidade de reconhecer as evidências
produzidas (CORDEIRO; SOARES, 2019). Um protocolo da revisão foi elaborado e
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4355
registrado no Open Science Framework (https://osf.io/). O referencial metodológico
baseou-se no manual do Joanna Briggs Institute (PETERS et al, 2017). A revisão partiu
da seguinte pergunta de pesquisa: “Como a literatura científica nacional e internacional
aborda as condições do trabalho docente na Educação Básica a partir do contexto da
pandemia de COVID-19?” As seguintes fases foram realizadas: identificação dos dados
(mapeamento nas bases bibliográficas), seleção e elegibilidade (aplicação dos critérios
para seleção dos estudos e definição do acervo final), e inclusão (Figura 1). O recorte
temporal aplicado para a seleção do acervo foi dos anos de 2020 a 2021, período que
compreende a pandemia de Covid-19. O levantamento das publicações de dados foi
realizado entre março e agosto de 2022. A Figura 1 apresenta o fluxograma de
identificação das principais etapas da revisão de escopo.
82 17 51 03 37 190
Fonte: Elaborado pelas autoras (2023).
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4357
e estratégias pedagógicas, (2) impactos na saúde física e mental de docentes e (3) lições
educacionais aprendidas.
Também foi feita uma análise dos temas mais comuns no eixo “impactos na saúde
física e mental de docentes”, sendo criado um gráfico digital (Figura 3) para análise
qualitativa dos dados que mostra o grau de frequência das palavras. Quanto mais a palavra
foi utilizada, mais chamativa é a representação dessa palavra no gráfico. O gráfico foi
elaborado utilizando-se o formato de nuvem de palavras para a visualização de dados.
Foram incluídos os vocábulos recorrentes dos títulos, totalizando 30 (trinta) palavras.
3 RESULTADOS
3.1 Caracterização do Acervo
Do total de 36 publicações analisadas, 10 são do ano de 2020 e 26 do ano de 2021. A
maior parte (30) é da língua inglesa, três do espanhol e três do português. Quanto aos
países de origem dos estudos, a maioria vem da Europa (13), seguido da América do Sul
(10), América do Norte (6), Ásia (6), América Central (3) e África (2). A distribuição dos
países foi baseada nos países de origem dos autores, perfazendo um total de 27 países.
Vale salientar que, em quatro estudos, houve autores de países e continentes diferentes
(Figura 2).
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4359
ROCA et al 2020 Europa Espanha Qualitativo Apresentar ações
(grupos focais e baseadas em evidências
entrevistas. realizadas em nove
Alunos, escolas das
professores e comunidades
outros autônomas de Valência
profissionais da e Múrcia, na Espanha,
escola) durante o confinamento
com o objetivo de
“abrir portas” para
promover
relacionamentos de
apoio e um ambiente
seguro para prevenir o
abuso infantil
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4360
como parte do teletra-
balho, conflito traba-
lho-família (WFC) e
afeto negativo
em professores italia-
nos
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4361
NEUFELD 2021 América do EUA Teórico Explorar como as cri-
Norte ses sociopolíticas que
envolvem professores e
alunos se manifestam
em sonhos sobre as re-
alidades psíquicas e
materiais da escolariza-
ção.
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4362
LIZANA et al 2021 América do Chile Quantitativo Avaliar o impacto na
Sul (professores) qualidade de vida dos
professores chilenos
antes e durante a pan-
demia de COVID-19
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4363
associados ao uso de
tecnologias de
informação e
comunicação (TIC)
devido ao fechamento
das escolas no contexto
da pandemia de
COVID-19
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4364
as publicações destacam o processo de precarização do trabalho; a intensificação da
jornada diária; a sobrecarga de tarefas e atividades; a desvalorização do professor
(econômica e socialmente); o excesso de controle institucional; a falta de apoio da gestão
quando os professores são desrespeitados, agredidos e assediados; e a responsabilização
individual dos docentes pelo fracasso dos alunos. O formato do trabalho docente no modo
remoto parece agravar muito o cenário já precário do contexto da educação em muitos
países (TOSSO; SÁINZ; CASADO, 2020; NEUFELD, 2021; GOMES et al, 2021).
Na Espanha, Tosso, Sáinz, Casado (2020) mencionam que o trabalho remoto,
longe das escolas, foi considerado pelos docentes como desconfortável, inadequado e
insalubre, com a sobreposição do pequeno espaço de casa e do trabalho, e a obrigação de
conciliar e compartilhar o mesmo ambiente com outros membros da família. O mobiliário
doméstico usado foi inadequado para longas horas de trabalho e os professores atuaram
com recursos tecnológicos próprios, sem auxílio institucional. Além disso, em Madri não
houve uma coordenação por parte das autoridades e a educação se manteve numa filosofia
institucional de atuar numa normalidade aparente (TOSSO; SÁINZ; CASADO et al,
2020). Em Portugal, Gomes et al (2021) mencionam a dificuldade de acesso à internet
pelos estudantes. Na Itália, Riva, Wiederhold e Mantovani (2021) indicam que as aulas
por meio de videoconferências durante a pandemia de COVID-19 também não foram uma
solução eficaz e, a longo prazo, corroeram as comunidades escolares devido ao uso
ineficaz das tecnologias sem levar em consideração o ensino lúdico, as novas formas de
aprendizados e a criatividade.
No Marrocos, o ensino remoto não foi organizado desde o fechamento das escolas,
na perspectiva de planejar o retorno presencial e mitigar os prejuízos da pandemia.
Segundo Abioui et al, (2020) na África Subsaariana menos de 50% das pessoas têm
acesso à eletricidade, a situação chega a ser mais alarmante em Chade e Burundi, países
com apenas 10% de oferta de luz elétrica. Estes dados revelam que a educação remota só
poderia funcionar se todos os envolvidos, professores e alunos, tivessem acesso à
eletricidade, internet e equipamentos. “Em alguns países, principalmente na África,
muitas crianças voltaram ao trabalho ou foram mobilizadas para tarefas domésticas”.
(ABIOUI et al, 2020, p. 146).
No Brasil, onde docentes fizeram inclusive greve virtual em plena pandemia,
como forma de resistência e organização coletiva devido a perda de direitos, também não
foi oferecido aporte tecnológico e diretriz institucional para atuar no ensino remoto
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4365
emergencial (SOUZA et al, 2021). Coube às escolas e aos educadores, a organização da
transição para o ensino fora dos muros das escolas (TOSSO; SÁINZ; CASADO, 2020).
As ações governamentais foram desestruturadas e a educação teve uma constante
descontinuidade diretiva, com a mudança de três Ministros da Educação ao longo dos
dois anos de pandemia.
Para Cunha, Silva e Silva (2020), a pandemia de covid-19 evidenciou o despreparo
do Ministério da Educação brasileiro, das Secretarias Municipais e Estaduais na
reinvenção do formato/regime escolar para atender ao isolamento social com a
organização das aulas fora do ambiente escolar, tanto para escolas públicas como para as
privadas. Esse contexto propiciou a comercialização de soluções tecnológicas voltadas à
educação como a “atuação de grandes corporações transnacionais, como o Google e a
Microsoft, de startups como o Zoom, além de projetos experimentais de grupos nacionais
atuantes na educação privada” (DE FARIAS; DA SILVA, 2021, p. 4). Essa situação
agravou as desigualdades sociais pela população mais vulnerabilizada, onde pretos e
pobres, quilombolas, ribeirinhas e indígenas foram os mais afetados por terem dificuldade
de acesso à internet e à equipamentos, ou seja, a alternativa do homeschooling surge como
elitista, disponível para poucos e não substitui as funções da escola (TREZZI, 2021). Para
a população mais pobre, o fechamento das escolas significou atraso na escolarização, o
baixo rendimento, evasão escolar agravamento da fome, desemprego e precariedade do
trabalho (GOMES, 2021).
Publicações de países da América Latina e Caribe mostram que a transmissão de
tele aulas e programas educacionais na rádio foram estratégias adotadas para suprir a falta
de conectividade pela ausência de renda, de internet gratuita ou em locais desconectados
(SEUSAN; MARADIEGUE, 2020; CASTEL, 1998). Aliás, a desigualdade de acesso à
internet marcou o acesso ao ensino nesse período. Na Indonésia, por exemplo, menos da
metade dos estudantes tinham acesso à internet (GOMES et al, 2021). Nos Estados
Unidos (EUA) praticamente todas as escolas consideradas economicamente favorecidas
forneceram computadores aos educandos na pandemia, já aquelas localizadas em bairros
periféricos e com maior índice de pobreza e vulnerabilidade social não tiveram a mesma
oferta de ensino. Também nos EUA, o número de professores preparados para interagir
com dispositivos eletrônicos em suas aulas cobriu 65% dos alunos (GOMES et al, 2021);
No entanto, no Japão professores com disponibilidade para TICs envolveram apenas 10%
dos alunos, apontando desigualdades internacionais (GOMES et al, 2021). Na Polônia, a
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4366
comunidade docente trabalhou com projetos educacionais para aumentar a qualificação
docente para o uso das tecnologias a partir de novas competências profissionais. Antes da
pandemia, a Polônia era conduzida apenas por métodos tradicionais nas salas de aula,
com contato direto entre o professor e o estudante (KRUSZEWSKA; NAZARUK;
SZEWCZYK, 2020). Essas disparidades de renda traduzem em diferentes condições de
acesso ao ensino remoto, inclusive nos países mais ricos.
Segundo Chamak (2021), na França e na Bélgica, estudantes autistas e com outras
deficiências tiveram mais dificuldades de adaptação ao ensino remoto emergencial,
mesmo com o contato com professores através de aulas síncronas e visita domiciliar uma
vez por semana. Esse grupo exigiu um olhar ainda mais particular no retorno às atividades
presenciais no pós-pandemia. Em geral, ficaram muitas dúvidas sobre o real impacto do
ensino remoto na aprendizagem (KRUSZEWSKA; NAZARUK; SZEWCZYK, 2020) e
a saúde de alunos e professores.
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4367
LIZANA; VEGA-FERNADEZ, 2021; MEDINA-GUILLEN et al, 2021; MARI et al,
2021; PINHO et al, 2021; RAIŠIENĖ; LUČINSKAITĖ-SADOVSKIENĖ;
GARDZIULEVIČIENĖ, 2021; SOUZA et al, 2021; VILLA; SEPULVEDA; BURGOS,
2020; TAYLOR et al, 2021).
Com menos destaque aparece a dificuldade de concentração e de sentir-se útil, a
perda de confiança em si mesmo e da capacidade de tomar decisões (PALMA-
VASQUEZ; CARRASCO; HERNANDO-RODRIGUEZ, 2021). A Síndrome de
Burnout, a angústia, a irritabilidade, o nervosismo e a crise de pânico estão entre outros
problemas indicados (VILLA; SEPULVEDA; BURGOS, 2020; LIZANA et al, 2021;
LIZANA; VEGA-FERNADEZ, 2021; MARI et al, 2021; BIGRAS et al, 2021; SOUZA
et al, 2021; PINHO et al, 2021). Abuso de substâncias, ideação suicida, comportamentos
agressivos (TAYLOR, 2021), transtorno bipolar (DEARMOND et al, 2021) e estresse
pós-traumático aparecem de forma mais pontual nas publicações.
Quanto aos problemas físicos, dores nas pernas, nas costas e na coluna, lombar e
cervical, (KRUSZEWSKA, NAZARUK, SZEWCZYK, 2020; TOSSO, SÁINZ,
CASADO, 2020; PRIETO-GONZÁLEZ et al, 2021), dores nos olhos (KRUSZEWSKA,
NAZARUK, SZEWCZYK, 2020), distúrbios musculares e ósseos (RAIŠIENĖ et al,
2021) e desgaste físico (TOSSO, SÁINZ, CASADO, 2020; LIZANA et al, 2021;
MAHMOOD et al, 2021) são outros problemas constatados no acervo. Essas dificuldades
são inerentes às longas horas de trabalho, a má postura e ausência de mobiliário adequado
para desenvolver a atividade docente em casa, o que, em alguns casos, geraram redução
do desempenho laboral dos educadores. Estudos baseados na neurociência destacaram
oscilações neurais e problemas cognitivos (SILVA et al, 2021), além do funcionamento
dos neurônios, que impactaram a criatividade dos trabalhadores docentes pesquisados
(RIVA, WIEDERHOLD, MANTOVANI, 2021). Também são citados problemas
cardiovasculares, náuseas, vômitos e dor de cabeça (SOUZA et al, 2021), convulsão,
epilepsia e perda de peso (CHAMAK, 2021). Os docentes identificaram que acompanhar
alguns colegas estressados e com dificuldades significativas durante o confinamento e
desconfinamento também foi um desafio, pois desencadeou conflitos de trabalho, a
exemplo da Espanha (TOSSO, SÁINZ, CASADO, 2020).
O destaque da violência doméstica entre as publicações parece revelar a íntima
relação com os problemas apresentados e o aumento desse fenômeno durante a pandemia
(ABDULRAHMAN et al, 2020; GOMES et al, 2021; HAWKES, 2021; TAYLOR et al,
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4368
2021). Além disso, toda a dinâmica doméstica e do cuidado com os filhos e os idosos,
concomitante às demandas de trabalho docente (GOMES et al, 2021; MAHMOOD et al,
2021) ocasionou muito estresse, sobretudo entre as profissionais do sexo feminino. Foram
elas que acumularam funções do trabalho-casa-cuidados. Abdulrahman et al (2020)
destacam o aumento do divórcio e da gravidez na Arábia Saudita entre os docentes.
Ademais, outras violências atingiram o universo da docência: a contra criança
(HACIMUSTAFAOĞLU, 2020; ROCA et al, 2020; SEUSAN et al, 2020), nas ruas
(HAWKES, 2021), a violência de gênero (SEUSAN et al, 2020) e as expressões das
violências física, sexual e psicológica (CABRERA-HERNÁNDEZ et al, 2020).
Figura 3. Impactos na saúde física e mental dos professores durante a pandemia de Covid-19
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4369
Espanha, como a abordagem individual dos estudantes da educação infantil por meio de
chamadas de vídeo individuais por WhatsApp, além do desenvolvimento de programas
específicos no pós-pandemia, como: escolas de verão, programas de reforço, planos
específicos contra evasão e fracasso escolar, e provisão de recursos e estabelecimento de
medidas preventivas e antecipatórias de saúde. No que tange ao trabalho docente, Mari et
al (2021) evidencia a necessidade de implantação de programas destinados aos
educadores com o objetivo de facilitar a gestão educacional em emergências e futuras
crises sanitárias.
Os estudos aplicados nos países da América do Sul enfatizam a importância da
manutenção do uso das TCIs no retorno das aulas no pós-pandemia como estratégias
pedagógicas e ferramentas lúdicas para atividades presenciais (PINHO et al, 2021). No
Chile, Estrada-Muñoz et al (2021) ressaltam a formação e capacitação docente para uso
das tecnologias de informação e comunicação como estratégia contínua, incluindo a
participação de professores multiplicadores da informação nas escolas (DE FARIAS; DA
SILVA, 2021). Já na América do Norte e Central, as lições aprendidas destacam a
importância da criação de novas condições para o trabalho nas escolas, envolvendo o
ensino e suporte emocional/psicológico dos discentes e docentes, além do suporte dos
últimos na organização do trabalho (DEARMOND; CHU; GUNDAPANENI, 2021;
NEUFELD, 2021). Na Ásia, Abioui et al (2020) salientam a importância de priorizar a
equidade na educação e colocá-la no centro dos planos de transição no pós-pandemia,
dando ênfase a relação direta e presencial entre estudantes e professores. Mahmood et al
(2021) mencionam a necessidade de organização de um plano de teletrabalho para definir
as responsabilidades nas escolas, horas de trabalho e custos envolvidos (reembolsáveis e
não reembolsáveis) (Quadro 2).
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4370
Monitoria da saúde dos profissionais da educação com foco na saúde coletiva e
na vigilância em saúde, em parceria com os sindicatos (SOUZA et al, 2021).
Formação e capacitação online dos docentes, a partir de reuniões virtuais de
trabalho, para a organização das aulas virtuais (GUARINO et al, 2020; BIGRAS
et al, 2021).
Organização de estratégias para apoiar a aprendizagem socioemocional dos
discentes e docentes. Suporte aos professores na organização do trabalho
(DEARMOND; CHU; GUNDAPANENI, 2021).
Criação de novas condições para o trabalho nas escolas, envolvendo o ensino e
América do Norte e
suporte emocional/psicológico (NEUFELD, 2021).
Central
Delineamento de estratégias para avaliar os níveis de aprendizagem das crianças,
assim como identificação de deficiências ou lacunas pré-existentes ocasionadas
pela ausência da escola e elaboração de programas de recuperação ou correção
(SEUSAN; MARADIEGUE, 2020).
Organização de programas formais de educação ou alternativos, além de tutoria
nas aulas, conteúdos extracurriculares e programas de educação não formais
(SEUSAN; MARADIEGUE, 2020).
Uso de desenhos animados como material didático para estimular os alunos a
pensar (KAYAALP; NAMLI; MERAL, 2021).
Priorizar a equidade na educação e colocá-la no centro dos planos de transição
no pós-pandemia (ABIOUI et al, 2020).
Importância da relação pedagógica direta e presencial entre professor e aluno
Ásia (ABIOUI et al, 2020).
Ter um plano de teletrabalho para definir as responsabilidades, horas de trabalho,
despesas (reembolsáveis e não reembolsáveis), procedimentos para o
acompanhamento da carga principal e recuperação de equipamentos, móveis e
outros ativos, requisitos de treinamento e cronograma, entre outros
(MAHMOOD et al, 2021).
Formação dos educadores da educação infantil e ensino médio, e que lecionam
para crianças com deficiências (LOSCALZO, 2021).
Êxito na abordagem individual com pequenos estudantes através de chamadas
de vídeos individuais pela ferramenta WhatsApp (TOSSO; SÁINZ; CASADO,
2020).
Indicação para que as esferas políticas tracem estratégias educacionais para o
desenvolvimento tecnológico escolar e de inovações (KRUSZEWSKA et al
2020; TOSSO; SÁINZ; CASADO, 2020).
Apoio aos educadores, alunos e famílias, com enfoque nos mais desfavorecidos,
contando com a participação das forças sociais da comunidade e da sociedade
(GOMES et al, 2021).
Recomendação de ajuste e reformulação curricular, avaliação global e final
diagnóstica dos estudantes e planejamento do acompanhamento dos alunos com
dificuldades (TOSSO; SÁINZ; CASADO, 2020).
Desenvolvimento de programas específicos como: escolas de verão, programas
Europa de reforço, planos específicos contra evasão e fracasso escolar, ajustes de
calendário, provisão de recursos e estabelecimento de medidas preventivas e
antecipatórias de saúde (TOSSO; SÁINZ; CASADO, 2020).
Integração e cooperação entre a sociedade e o Estado para atuação em rede no
apoio às escolas (GOMES et al, 2021).
Necessidade de traçar estratégias para garantir a igualdade com foco nos mais
vulneráveis, a fim de retificar os erros cometidos na pandemia (GOMES et al,
2021).
Utilizar nas escolas a ferramenta ''Modo Juntos'' nas aulas remotas, que é um
modo de inteligência artificial para fazer um recorte das diferentes imagens de
vídeo ao vivo dos participantes e colocá-lo em uma posição fixa dentro de um
cenário (ou seja, auditório virtual) (RIVA; WIEDERHOLD; MANTOVANI,
2021).
As atividades pedagógicas adaptadas individualmente para os estudantes de
inclusão e a não interrupção do tratamento com profissionais de saúde foi uma
experiência positiva (CHAMAK, 2021).
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4371
Fatores de sucesso para o teletrabalho na educação: assistência (apoio),
comunicação e confiança (RAIŠIENĖ; LUČINSKAITĖ-SADOVSKIENĖ;
GARDZIULEVIČIENĖ, 2021).
Importância do trabalho em equipe, o aumento da segurança profissional, a
reflexão sobre a prática docente, o exercício da horizontalidade, a reconversão
como profissional da educação à distância, o aprendizado tecnológico e a perda
de medos (TOSSO; SÁINZ; CASADO, 2020).
Necessidade de implantação de programas destinados aos educadores com o
objetivo de facilitar a gestão educacional em emergências e crises sanitárias
(MARI et al, 2021).
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4373
adoecimentos e afastamentos laborais. É muito evidente o esgotamento desses
profissionais e a exposição de situações estressoras, que incluem más condições de
trabalho, dificuldades com alunos e familiares e fatores organizacionais (LIZANA et al,
2021). Não distante, há necessidade de criar estratégias para a promoção da saúde dos
trabalhadores docentes, enfatizando o estímulo ao autocuidado (DEARMOND; CHU;
GUNDAPANENI, 2021), por exemplo, com o planejamento de interrupções das
atividades laborais ao longo do dia para descanso. Também investir em tratamento e
acompanhamento terapêutico por equipe multiprofissional no apoio aos docentes,
discentes e demais trabalhadores da educação, gerenciando as necessidades essenciais e
promovendo qualidade de vida através de educação em saúde, a fim de prevenir o
agravamento de doenças crônicas e o desenvolvimento de outras enfermidades,
associadas aos problemas decorrentes da docência e do ensino remoto.
Os resultados dessa revisão de escopo destacam a necessidade de ações públicas
e sociais para lidar com situações de calamidade pública não só com problemas
identificados nos países pobres, mas também em grandes potências mundiais. Em
especial, no retorno as atividades escolares presenciais, se coloca urgente recuperar o
vínculo dos estudantes com a escola, desenvolver estratégias de busca ativa para
identificar o motivo das ausências em aulas e uma ação de resgate de sentido da educação.
Também se faz necessário valorizar a educação junto as famílias e as comunidades, com
uma ação de combate ao trabalho infantil, especialmente, na América Latina e Caribe
(CENPEC, 2021).
As análises evidenciam a necessidade do investimento na promoção da saúde do
trabalhador docente, tendo em vista os diversos quadros de dificuldades acerca da saúde
física e mental que foram gerados e/ou agravados através do trabalho remoto,
evidenciando a necessidade do fortalecimento do trabalho em rede entre a saúde e a
educação, como a designação de equipes multiprofissionais de atenção básica à saúde
como proposta para prover às demandas escolares, com base nos atendimentos
psicossociais, nutricionais, clínicos, dentre outros.
É preciso incrementar o acesso à educação como forma de difundir conhecimento
produzido pela humanidade entre as crianças e adolescentes excluídos digitalmente,
sobretudo aqueles que vivem em áreas isoladas (UNICEF, 2020). Para os trabalhadores
da educação, essa revisão alerta para a importância de delinear estratégias e regulação do
trabalho remoto, a fim de evitar a perda de direitos e danos ao trabalho e à saúde física e
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4374
mental. Contudo, cabe reafirmar que os processos de exclusão escolar e a precariedade
do trabalho docente vão além da pandemia e das dificuldades geradas pelas atividades
remotas. Trata-se de um abandono de uma categoria profissional excluída há décadas,
sobretudo nos países como África, alguns da América do Sul e Central, que permeiam a
desigualdade social e de renda, com poucos recursos e investimentos voltados para a
Educação.
A principal limitação desta revisão decorre dos desenhos dos estudos que fizeram
parte da revisão, com restrições metodológicas características do isolamento colocado
pela pandemia, o que decorreu conclusões pouco analíticas e reflexivas dos achados
apresentados, como a falta de dados encontrados na revisão em relação ao eixo temático
de situações de violência vividas pelo trabalhador docente. Em contrapartida, o ineditismo
do trabalho recai no mapeamento das evidências sobre o tema no período da pandemia e
em diferentes países, com uma tentativa de apresentar uma variedade de abordagens
teórico-metodológicas e sobretudo as lições aprendidas no período pandêmico. A reflexão
trazida neste artigo pode subsidiar novos debates de propostas pedagógicas e
recomendações para organização do trabalho e promoção da saúde docente. Considera-
se fundamental o desenvolvimento de estudos baseados em revisões sistemáticas, tanto
locais ou nacionais, sobre a avaliação de ações educativas neste novo marco pós
pandemia, bem como a avaliar a saúde docente e o contexto político e econômico em que
a educação se insere.
AGRADECIMENTO
FINANCIAMENTO
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4375
REFERÊNCIAS
ABDULRAHMAN Essa A. L. et al. Distance education as a response to pandemics:
Coronavirus and Arab culture. Technology in Society. Arábia Saudita, v. 63, 2020,
101317, ISSN 0160-791X. https://doi.org/10.1016/j.techsoc.2020.101317. Disponível
em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0160791X20303006. Acesso
em: 12 ago. 2022.
ABIOUI, Mohammed. et al. Covid-19 and education in Morocco as a potential model of
concern for North Africa: a short commentary. International Journal of Ethics
Education. Marrocos, v. 5, p. 145–150, 2020. DOI: https://doi.org/10.1007/s40889-020-
00100-4. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s40889-020-00100-
4#citeas. Acesso em: 12 ago. 2022.
BARDIN, Laurence. Organização da análise. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições,
2011, 70: 229.
BIGRAS, Nathalie. et al. Early Childhood Educators’ Perceptions of Their Emotional
State, Relationships with Parents, Challenges, and Opportunities During the Early Stage
of the Pandemic. Early Childhood Education Journal. Canadá, v.49, p. 775–787, 2021.
DOI: https://doi.org/10.1007/s10643-021-01224-y. Disponível em:
https://link.springer.com/article/10.1007/s10643-021-01224-y#citeas. Acesso em: 12
ago. 2022.
BITTENCOURT, Marcio S. et al. COVID-19 e a reabertura das escolas: uma revisão
sistemática dos riscos de saúde e uma análise dos custos educacionais e econômicos. BID,
Banco Interamericano de Desenvolvimento, 2021. Disponível em:
https://publications.iadb.org/publications/portuguese/document/COVID-19-e-a-
reabertura-das-escolas-uma-revisao-sistematica-dos-riscos-de-saude-e-uma-analise-dos-
custos-educacionais-e-economicos..pdf Acesso em: 05 jul. 2022.
BORIM, Maria Luiza Costa, et al. Percepção dos docentes sobre as dificuldades de
ensinar e formar um profissional em meio a pandemia. Arquivos de Ciências da Saúde
da UNIPAR, 2023, 27.4: 2027-2044. Disponível em:
https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/saude/article/view/9738/4669. Acesso em: 10
jul. 2023.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 31 out.
2022.
CABRERA-HERNÁNDEZ, Francisco; PADILLA-ROMO, María. Hidden violence:
How COVID-19 school closures reduced the reporting of child maltreatment. Latin
American Economic Review. México, v. 29, n. 1, p. 1-17, 2020, ISSN 21983526. DOI:
https://doi.org/10.47872/laer-2020-29-4s. Disponível em:
https://ojs.latinaer.org/laer/article/view/6. Acesso em: 12 ago. 2022.
CASTEL, Roberto. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Tradução
de Iraci D. Poleti. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
CATANANTE, Flávia; DE SOUZA DANTAS, Iranéia Loiola; DE CAMPOS, Rogério
Cláudio. Aulas on-line durante a pandemia: condições de acesso asseguram a participação
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4376
do aluno?. Revista Científica Educação, 2020, 4.8: 977-988. Disponível em:
https://scholar.google.com/scholar_url?url=https://periodicosrefoc.com.br/jornal/index.p
hp/2/article/download/36/37&hl=pt-PT&sa=T&oi=gsb-
ggp&ct=res&cd=0&d=12736070474314581440&ei=G_eIZO_eFMPFmAGMo47oDQ
&scisig=AGlGAw-xPhcgkrwRox0C3x4YW9Un Acesso em: 01 mai. 2023.
CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO, CULTURA E AÇÃO
COMUNITÁRIA (CENPEC); FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA
(UNICEF). São Paulo, 2021. Disponível em:
https://www.cenpec.org.br/noticias/pesquisa-cenario-da-exclusao-escolar-no-brasil.
Acesso em: 29 ago. 2022.
CHAMAK, Brigitte. Experiences of families of autistic children during a period of
lockdown: Exploratory study. Neuropsychiatrie de L'enfance et de L'adolescence.
França, v. 69(5), p. 235-240, 2021. DOI: https://doi.org/10.1016/j.neurenf.2021.05.003.
PMID: 34092836; PMCID: PMC8170682. Disponível em:
https://europepmc.org/article/med/34092836. Acesso em: 12 ago. 2022.
COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O CARIBE (CEPAL);
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT). La pandemia por la
COVID-19 podría incrementar el trabajo infantil en América Latina y el Caribe. Nota
Técnica N° 1. 2020. Disponível em: https://repositorio.cepal.org/handle/11362/45679
Acesso em: 13 jul. 2022.
CORDEIRO, Luciana; SOARES, Cassia B. Revisão de escopo: potencialidades para a
síntese de metodologias utilizadas em pesquisa primária qualitativa. Boletim do Instituto
de Saúde - BIS, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 37-43, 2019. Disponível em:
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2019/10/1021863/bis-v20n2-sintese-de-evidencias-
qualitativas-37-43.pdf. Acesso em: 03 jun. 2022.
CUNHA, Leonardo Ferreira Farias da; SILVA, Alcineia de Souza; SILVA, Aurênio
Pereira da. O ensino remoto no Brasil em tempos de pandemia: diálogos acerca da
qualidade e do direito e acesso à educação. Revista Com Censo: Estudos Educacionais
do Distrito Federal, v. 7, n. 3, p. 27-37, ago. 2020. Disponível em: <
https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/40014/1/ARTIGO_EnsinoRemotoBrasil.pdf>
. Acesso em: 09 jul. 2022
DANTAS, Jéferson Silveira. A ofensiva das frações de classe bolsonaristas no desmonte
da educação básica pública. Além dos Muros da Universidade, 2022, 7.2: 31-39.
Disponível em: https://periodicos.ufop.br/alemur/article/view/5345. Acesso em: 12 mai.
2023.
DE FARIAS, Ricardo C.; DA SILVA, Denise. M. P. Ensino remoto de emergência:
virtualização da vida e precário trabalho de ensino. Geografares. Brasil, v. 1, n. 32, p.
240-262, 2021. DOI: https://doi.org/10.47456/geo.v1i32.35529. Disponível em:
https://journals.openedition.org/geografares/1838?lang=en. Acesso em: 12 ago. 2022.
DEARMOND, Michael; CHU, Lisa; GUNDAPANENI, Padma. How Are School
Districts Addressing Student Social-Emotional Needs during the Pandemic?. Center on
Reinventing Public Education. EUA, 2021. Disponível em:
https://eric.ed.gov/?q=How+Are+School+Districts+Addressing+Student+Social-
Emotional+Needs+during+the+Pandemic%3f&id=ED610612. Acesso em: 12 ago. 2022.
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4377
DIAS, Sofia B. et al. DeepLMS: a deep learning predictive model for supporting online
learning in the Covid-19 era. Scientific reports. Portugal, v. 10, n. 1, p. 1-17, 2020. DOI:
https://doi.org/10.1038/s41598-020-76740-9. Disponível em:
https://www.nature.com/articles/s41598-020-76740-9 Acesso em: 12 ago. 2022.
DUVILLIER, Laurent; RECA, Alfonso F. COVID-19: More than 95 per cent of children
are out of school in Latin America and the Caribbean. UNICEF, Panamá, 2020.
Disponível em: https://www.unicef.org/press-releases/covid-19-more-95-cent-children-
are-out-school-latin-america-and-caribbean. Acesso em 06 jun. 2022.
ESTRADA-MUÑOZ, Carla. et al. Technostress of Chilean Teachers in the Context of
the COVID-19 Pandemic and Teleworking. International journal of environmental
research and public health. Chile, v.18, n.10, p.5458, 2021. DOI:
https://doi.org/10.3390/ijerph18105458. Disponível em: https://www.mdpi.com/1660-
4601/18/10/5458. Acesso em: 12 ago. 2022.
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF). ENCOVID19
Infancia - Encuesta de seguimiento de los efectos de la COVID-19 en hogares con niñas,
niños y adolescentes. México, 2020. Disponível em: https://www.
unicef.org/mexico/informes/encuesta-encovid19infancia. Acesso em: 08 ago. 2022.
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF). UNICEF alerta:
garantir acesso livre à internet para famílias e crianças vulneráveis é essencial na resposta
à Covid-19. Brasil, 2020. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-
imprensa/unicef-alerta-essencial-garantir-acesso-livre-a-internet-para-familias-e-
criancas-vulneraveis. Acesso em: 08 ago. 2022.
GOMES, Candido A. et al. Education during and after the pandemics. Ensaio: Avaliação
e Políticas Públicas em Educação. Portugal, v. 29, n. 112, pp. 574-594, 2021. DOI:
https://doi.org/10.1590/S0104-40362021002903296. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ensaio/a/qKJf3GyW4GFf7dVBRvBhXys/?lang=en. ISSN 1809-
4465. Acesso em: 12 ago. 2022.
GUARINO, Jody. et al. Learning Together When You're Apart: Partnership Explores
New Ways to Collaborate on Instruction. The Learning Professional. EUA, v. 41, n. 3,
p. 42-45, 2020. Disponível em: https://learningforward.org/wp-
content/uploads/2020/06/learning-together-when-youre-apart-1.pdf. ISSN 0276-928X.
Acesso em: 12 ago. 2022.
HACIMUSTAFAOĞLU, Mustafa. COVID-19 and re-opening of schools: Opinions with
scientific evidence. Turkish Archives of Pediatrics/Türk Pediatri Arşivi. Turquia, v.
55, n. 4, p. 337, 2020. DOI: https://doi.org/10.14744/TurkPediatriArs.2020.90018.
PMCID: PMC7750348; PMID: 33414650. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7750348/. Acesso em: 12 ago. 2022.
HAWKES, Elijah. School safety starts in the classroom. International journal of
applied psychoanalytic studies. EUA, v. 18, n. 3, p. 285-293, 2021. DOI:
https://doi.org/10.1002/aps.1721. Disponível em:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/aps.1721. Acesso em: 12 ago. 2022.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO
TEIXEIRA (INEP). Ministério da Educação. Censo escolar 2021, Brasília, 2022a.
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4378
Disponível em:
https://download.inep.gov.br/censo_escolar/resultados/2021/apresentacao_coletiva.pdf .
Acesso em 02 ago. 2022.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO
TEIXEIRA (INEP). Sinopse Estatística da Educação Básica 2021. Brasília, 2022b.
Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-
abertos/sinopses-estatisticas/educacao-basica. Acesso em: 07 out. 2022.
KAYAALP, Fatih; NAMLI, Zeynep B.; MERAL, Elif. Current global issues from the
perspective of preservice teachers: How are they illustrated in cartoons?. Pegem Journal
of Education and Instruction. Turquia, v.11, n.3, p.1-16, 2021. DOI:
https://doi.org/10.14527/pegegog.11.4.001. Disponível em:
https://mail.pegegog.net/index.php/pegegog/article/view/1281. Acesso em: 12 ago. 2022.
KHLAIF, Zuheir N. et al. The Covid-19 epidemic: teachers’ responses to school closure
in developing countries. Technology, Pedagogy and Education, Afeganistão, Líbia e
Palestina, v. 30, n. 1, p. 95-109, 2021. DOI:
https://doi.org/10.1080/1475939X.2020.1851752. Disponível em:
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/1475939X.2020.1851752. Acesso em: 12
ago. 2022.
KRUSZEWSKA, Aleksandra; NAZARUK, Stanislawa; SZEWCZYK, Karolina. Polish
teachers of early education in the face of distance learning during the COVID-19
pandemic–the difficulties experienced and suggestions for the future. Education 3-13,
Polônia, v. 50, n. 3, p. 304-315, 2020. DOI:
https://doi.org/10.1080/03004279.2020.1849346. Disponível em:
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/03004279.2020.1849346. Acesso em: 12
ago. 2022.
LIZANA, Pablo A. et al. Impact of the COVID-19 Pandemic on Teacher Quality of Life:
A Longitudinal Study from before and during the Health Crisis. International Journal
of Environmental Research and Public Health, Chile, v. 18, n. 7, p. 3764, 2021. DOI:
https://doi.org/10.3390/ijerph18073764. Disponível em: https://www.mdpi.com/1660-
4601/18/7/3764. Acesso em: 12 ago. 2022.
LIZANA, Pablo A.; VEGA-FERNADEZ, Gustavo V. Teacher teleworking during the
covid-19 pandemic: Association between work hours, work–family balance and quality
of life. International journal of environmental research and public health, Chile, v.
18, n. 14, p. 7566, 2021. DOI: https://doi.org/10.3390/ijerph18147566. Disponível em:
https://www.mdpi.com/1660-4601/18/14/7566. Acesso em: 12 ago. 2022.
LOSCALZO, Yura. The Impact of Workaholism and Work Engagement on Distant
Learning and Work-Family Conflict During the COVID-19 Lockdown. Amfiteatru
Economic, Itália, v. 23, n. 58, p. 752-769, 2021. DOI:
https://doi.org/10.24818/EA/2021/58/752. Disponível em:
https://www.amfiteatrueconomic.ro/temp/Article_3033.pdf. Acesso em: 12 ago. 2022.
MAHMOOD, Faisal. et al. Teachers’ teleworking job satisfaction during the COVID-19
pandemic in Europe. Current Psychology, União Europeia, p. 1-14, 2021. DOI:
https://doi.org/10.1007/s12144-021-02355-6. Disponível em:
https://link.springer.com/article/10.1007/s12144-021-02355-6. Acesso em: 12 ago. 2022.
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4379
MANZANO-SANCHEZ, David M.; VALENZUELA, Alfonso. V.; HORTIGUËLA-
ALCALÁ, David Educational System and action in the face of the COVID-19 pandemic:
Opinion and prospects for improvement according to teachers. Revista Española de
Educación Comparada, Espanha, n. 38, p. 112-128, 2021. DOI:
https://doi.org/10.5944/reec.38.2021.28771. Disponível em:
https://revistas.uned.es/index.php/REEC/article/view/28771. Acesso em: 12 ago. 2022.
MARI, Emanuela. et al. Teaching during the pandemic: A comparison in psychological
wellbeing among smart working professions. Sustainability, Itália, v. 13, n. 9, p. 4850,
2021. DOI: https://doi.org/10.3390/su13094850. Disponível em:
https://www.mdpi.com/2071-1050/13/9/4850. Acesso em: 12 ago. 2022.
MARTINS, Maria D. C. C. Práticas pedagógicas com o plano ceibal para a inclusão
escolar: estudo de caso em escolas do Uruguai. 2013. Dissertação (Mestrado em
Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio
Grande do Sul, 2013.
MEDINA-GUILLEN, Leonardo F. et al. Workload in a group of Latin American teachers
during the COVID-19 pandemic. Uniciencia, América Latina, v. 35, n. 2, p. 223-236,
2021. DOI: https://doi.org/10.15359/ru.35-2.15. Disponível em:
https://www.revistas.una.ac.cr/index.php/uniciencia/article/view/14790. Acesso em: 12
ago. 2022.
NEUFELD, Maddie. Dreaming in crisis. Prospects, EUA, v. 51, p. 175–184, 2021. DOI:
https://doi.org/10.1007/s11125-020-09522-w. Disponível em:
https://link.springer.com/article/10.1007/s11125-020-09522-w. Acesso em: 12 ago.
2022.
OLIVEIRA, Dalila A.; JUNIOR, Edmilson A. P. Trabalho docente em tempos de
pandemia: mais um retrato da desigualdade educacional brasileira. Retratos da Escola,
v. 14, n. 30, p. 719–734, 2021. DOI: https://doi.org/10.22420/rde.v14i30.1212.
Disponível em: https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/1212. Acesso
em: 07 out. 2022.
OLIVEIRA, Dalila Andrade; VIEIRA, Lívia Maria Fraga; DUARTE, Adriana Maria
Cancella. Trabalho docente em tempos de pandemia. Relatório Técnico. Belo Horizonte,
2021, 01-24. Disponível em: https://gestrado.net.br/wp-
content/uploads/2021/09/TRABALHO-DOCENTE-EM-TEMPOS-DE-PANDEMIA-
3108-compactado.pdf Acesso em: 02 mai. 2023.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (OMS). O impacto da pandemia na saúde
mental das pessoas já é extremamente preocupante. Brasil, 2020. Disponível em:
https://brasil.un.org/pt-br/85787-oms-o-impacto-da-pandemia-na-saude-mental-das-
pessoas-ja-e-extremamente-preocupante. Acesso em: 16 ago. 2022.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A
CULTURA (UNESCO). A Comissão Futuros da Educação da Unesco apela ao
planejamento antecipado contra o aumento das desigualdades após a COVID-19. Paris,
2020. Disponível em: https://pt.unesco.org/news/comissao– futuros– da– educacao– da–
unesco– apela–ao– planejamento– antecipado– o– aumento– das. Acesso em: 13 jun.
2022.
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4380
ORTIZ, Elena A. et al. Education in times of coronavirus: Latin America and the
Caribbeans's education systems in the face of COVID-19. Inter-American Development
Bank, 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.18235/0002337. Disponível em:
https://publications.iadb.org/en/education-times-coronavirus-latin-america-and-
caribbeans-education-systems-face-covid-19. Acesso em: 07 out. 2022.
PALMA-VASQUEZ, Claudia; CARRASCO, Diego; HERNANDO-RODRIGUEZ,
Julio. C. Mental health of teachers who have teleworked due to COVID-19. European
Journal of Investigation in Health, Psychology and Education, Chile, v. 11, n. 2, p.
515-528, 2021. DOI: https://doi.org/10.3390/ejihpe11020037. Disponível em:
https://www.mdpi.com/2254-9625/11/2/37. Acesso em: 12 ago. 2022.
PETERS, M.D.J. GODFREY, C. MCINERNEY, P. SOARES, B. C. KHALIL, H.,
PARKER, D. Chapter 11: Scoping Reviews. In: Aromataris E, Munn Z (Editors). Joanna
Briggs Institute Reviewer's Manual. The Joanna Briggs Institute, 2017. Disponível em:
https://reviewersmanual.joannabriggs.org/ Acesso em 22 de out. de 2022.
PINHO, Paloma de S. et al. Trabalho remoto docente e saúde: repercussões das novas
exigências em razão da pandemia da Covid-19. Trabalho, Educação e Saúde, Brasil, v.
19, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00325. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/tes/a/fWjNP9QqhbGQ3GH3L6rjswv/?lang=pt. Acesso em: 12
ago. 2022.
PRIETO-GONZÁLES, Pablo. et al. Back Pain Prevalence, Intensity, and Associated Risk
Factors among Female Teachers in Slovakia during the COVID-19 Pandemic: A Cross-
Sectional Study. Healthcare, Eslováquia, v. 9, n. 7, p. 860, 2021. DOI:
https://doi.org/10.3390/healthcare9070860. Disponível em:
https://www.mdpi.com/2227-9032/9/7/860. Acesso em: 12 ago. 2022.
PRONKO, Marcela; SILVA, Letícia B.; DANTAS, André V. (org). Educação pública em
tempos de pandemia. Crise e pandemia: quando a exceção é regra geral. Rio de
Janeiro: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz, p. 113-
29, 2020. Disponível em:
http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/crise_e_pandemia.pdf#page=114. Acesso
em: 01 mai. 2022.
RAIŠIENĖ, Agota G.; LUČINSKAITĖ-SADOVSKIENĖ, Rita;
GARDZIULEVIČIENĖ, Laura. Telework Experience of Pedagogues during the COVID-
19 Pandemic: Strong Learning Seniors and Relaxed Leaders?. Education Sciences,
Lituânia, v. 11, n. 10, p. 631, 2021. DOI: https://doi.org/10.3390/educsci11100631.
Disponível em: https://www.mdpi.com/2227-7102/11/10/631. Acesso em: 12 ago. 2022.
REIMERS, Fernando M. Learning from a pandemic. The impact of COVID-19 on
education around the world. In: Primary and secondary education during COVID-19.
Springer, Cham, p. 1-37, 2021. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-030-81500-4_1.
Disponível em: https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-030-81500-4_1. Acesso
em: 01 mai. 2022.
RIVA, Giuseppe; WIEDERHOLD, Brenda K.; MANTOVANI, Fabrizia. Surviving
COVID-19: The neuroscience of smart working and distance learning.
Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, Itália, v. 24, n. 2, p. 79-85, 2021.
DOI: https://doi.org/10.1089/cyber.2021.0009. Disponível em:
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4381
https://www.liebertpub.com/doi/full/10.1089/cyber.2021.0009. Acesso em: 12 ago.
2022.
ROCA, Esther. et al. Schools that ‘open doors’ to prevent child abuse in confinement by
COVID-19. Sustainability, Espanha, v. 12, n. 11, p. 4685, 2020. DOI:
https://doi.org/10.3390/su12114685. Disponível em: https://www.mdpi.com/2071-
1050/12/11/4685. Acesso em: 12 ago. 2022.
SEUSAN, Laura A.; MARADIEGUE R. Education on Hold: A Generation of Children
in Latin America and the Caribbean Are Missing out on Schooling Because of COVID-
19. América Latina e Caribe: UNICEF. 2020. Disponível em:
https://www.unicef.org/lac/media/18256/file/Education-on-Hold-web-0711.pdf. Acesso
em: 12 ago. 2022.
SILVA, Adriane das N., & GOMES, Romeu. Acesso de mulheres lésbicas aos serviços
de saúde à luz da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 26, 5351-5360. 2021. DOI:
https://doi.org/10.1590/1413-812320212611.3.34542019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/CT4qkJ8Ccczf6PtLHyw4w7n/. Acesso em: 12 ago. 2022.
SILVA, Antonio. J. F. da et al. Desafios da educação física escolar em tempos de
pandemia: notas sobre estratégias e dilemas de professores (as) no combate à Covid-19
(Sars-Cov-2). Cenas Educacionais, Caetité, v. 4, n. 10618, p.1-27, 2021. Disponível em:
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/62502. Acesso em: 12 ago. 2022.
SOUZA, Katia R. de et al. Trabalho remoto, saúde docente e greve virtual em cenário de
pandemia. Trabalho, Educação e Saúde, v. 19, 2021. DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-7746-sol00309. ISSN: 1981-7746. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/tes/a/RrndqvwL8b6YSrx6rT5PyFw/?lang=pt. Acesso em: 12
ago. 2022.
TAYLOR, Shanon S. Trauma-Informed Care in Schools: A Necessity in the Time of
COVID-19. Beyond Behavior, v. 30, n. 3, p. 124-134, 2021. DOI:
https://doi.org/10.1177/10742956211020841. Disponível em:
https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/10742956211020841. Acesso em: 12 ago.
2022.
TOSSO, Melani P.; SÁINZ, Mercedes S.; CASADO, Cristina M. Educational inequalities
derived from COVID-19 from a feminist perspective. Analysis of the discourse of Madrid
education professionals. Revista Internacional De Educacion Para La Justicia Social,
v. 9, n. 3, p. 157-180, 2020. DOI: https://doi.org/10.15366/riejs2020.9.3.009. Disponível
em: https://revistas.uam.es/riejs/article/view/riejs2020_9_3_009. Acesso em: 12 ago.
2022.
TREZZI, Clóvis. A educação pós-pandemia: uma análise a partir da desigualdade
educacional. Dialogia, 2021, 37: 18268. Disponível em:
https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/18268/8843. Acesso em: 01 mai.
2023.
VILLA, Ninosca B.; SEPULVEDA, Juan G. M.; BURGOS, Alex V. Teleworking and
work stress for teachers in times of COVID-19. Medisur-Revista De Ciencias Medicas
De Cienfuegos, v. 18, n. 5, p. 998-1008, 2020. Disponível em:
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4382
http://www.medisur.sld.cu/index.php/medisur/article/view/4732. ISSN 1727-897X.
Acesso em: 12 ago. 2022.
WERNECK, Guilherme L.; CARVALHO, Marília S. A pandemia de COVID-19 no
Brasil: crônica de uma crise sanitária anunciada. Cadernos de Saúde Pública, Rio de
Janeiro, v. 36, n. 5, 2020. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00068820.
Disponível em: http://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/artigo/1036/a-pandemia-de-covid-19-
no-brasil-cronica-de-uma-crise-sanitaria-anunciada. ISSN 1678-4464. Acesso em: 24 jul.
2020.
Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.8, p. 4351-4383, 2023. ISSN 1982-114X 4383