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A desigualdade social é um problema que assola nossa sociedade há

tempos. Um problema cujo seus efeitos atingem grande parte da população


brasileira há décadas

No livro Quarto de Despejo de Maria Carolina de Jesus, a autora que vivencia


os efeitos da desigualdade social nos mostra através de seu livro em formato de
diário, a vida de uma catadora de lixo, semi-analfabeta, moradora de una favela de
São Paulo, mostra em trechos como:

“Saí indisposta, com vontade de deitar. Mas o pobre não repousa. Não tem o
privilégio de gosar descanso”. “…Elas vai na feira, cara cabeça de peixe, tudo que
pode aproveitar. Come qualquer coisa. Tem estômago de cimento armado (…)”;
“Durante o dia, os jovens de 15 e 18 anos sentam na grama e falam de roubo. E já
tentaram assaltar o empório do senhor Raymundo Guello. E um ficou carimbado
com uma bala.”

JESUS, Maria Carolina de. Quarto de Despejo. Diário de uma favelada. 1ª


ed. Editora Ática. São Paulo, SP, 2016

Apesar de ser um livro que se passa de 1955 a diante, não só esses problemas,
como outros se fazem presentes no nosso cotidiano. Segundo a pesquisa Data
Favela, o número de favelas dobrou na última década. São estimados 5,8 milhões
de domicílios em favelas com 17,9 milhões de moradores. Moradores que passam o
mesmo que passam o mesmo que Maria Carolina de Jesus retrata em seu livro.

Mediante a isso, faz-se necessário a criação de leis e políticas públicas afim


de proteger essas pessoas que são vítimas da desigualdade social presente no
nosso país, pessoas que diariamente correm risco de vida por conta de
deslizamento de terra, enchentes, falta de saneamento básico, falta de alimentos,
entre outros. E que não são atendidas pelo governo.

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