Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Orientador
Doutor Filipe Coutinho, Investigador no CIIMAR
Coorientador
Profª Doutora Helena Peres, Investigadora no CIIMAR e
Professora Convidada na Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto
Todas as correções determinadas
pelo júri, e só essas, foram efetuadas.
O Presidente do Júri,
Porto, ______/______/_________
FCUP III
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Agradecimentos
Em primeiro lugar, quero agradecer à Faculdade de Ciências por ter sido a minha casa
nestes 6 anos. Aprendi mais do que poderia imaginar, vivi momentos incríveis, conheci
pessoas que levo para a vida e, se pudesse voltar atrás, continuaria a ser a minha
escolha.
Em segundo lugar, quero agradecer ao pessoal da Foz, por terem sido a minha
companhia neste último ano, por estarem disponíveis a ajudar-me sempre que precisava
e por nunca me deixarem desesperar sozinha quando as coisas não corriam tão bem.
Em especial:
✓ À Professora Helena Peres, por me ter acolhido na sua equipa e me ter feito
sentir tão bem, sempre disposta a ajudar-me quando foi preciso e por ter sempre
uma palavra carinhosa quando era necessário;
✓ À Nicole Martins, por tudo e mais alguma coisa! Sem dúvida que és a melhor
pessoa a quem pedir ajuda em crises existenciais e a resolver os problemas que
parecem não ter solução. Obrigada por toda a ajuda que me deste, todos os
conselhos mais do que sábios e acima de tudo, obrigada pela tua paciência e
disponibilidade;
✓ Aos meus coleguinhas de mestrado e da team foz, Carla, Maria, Carlos e Iza,
por serem uma ótima companhia, foi um prazer partilhar esta experiência
convosco. Obrigada pelo apoio que me deram, por partilharem as minhas
frustrações e por serem sempre capazes de me fazer rir quando só me apetecia
chorar!
Em quarto lugar, uma vez que isto significa o fim do meu percurso académico, quero
agradecer aos que me acompanharam sempre nesta jornada:
✓ Às minhas migas, Neia, Lara, Maria, Bruna, Marisa e Palhetas. Por tudo e por
nada. Quero agradecer por estes 6 anos de amizade e cumplicidade, de drama
e de festividades, de loucuras e aventuras e, acima de tudo, 6 anos de muito
amor! Não podia ter melhores parceiras e sei que vos levo para a vida toda.
Obrigada por tudo e que continue a party animal! Um brinde!
✓ Aos bros, Matos, Toni e Bruna (again). Por estarem sempre prontos a animar-
me quando estou em baixo, pelo recorrente “bullying”, mas acima de tudo,
obrigada por esta amizade sem cobrança. Espero que venham mais guerras de
croissants e visitas surpresas à terrinha. Vocês são os maiores, obrigada!
✓ À Pipa. Obrigada por seres a melhor colega de casa do mundo, por estares
sempre disponível para tudo e por alinhares nas maiores loucuras comigo. Foi e
é um prazer dividir casa contigo, mas acima de tudo, dividir o resto também. Sem
ti, nada seria igual e, por isso, obrigada!
Em último, mas sem dúvida o meu maior agradecimento, à MINHA FAMÍLIA. Não tenho
sequer palavras para vos agradecer por tudo o que fizeram e fazem por mim. Obrigada
por acreditarem sempre em mim, mesmo quando eu não acreditava. Obrigada por todos
os sacrifícios, sei que não foram poucos, que fizeram por mim para eu estar aqui a
escrever estes agradecimentos e a acabar o curso. Aos meus pais, devo-vos tudo o que
sou, obrigada por me educarem tão bem e, acima de tudo, obrigada por me ensinarem
a ser humilde e a lutar por aquilo que quero. À minha irmã, obrigada por seres a melhor
partner in crime, por me aturares (não é fácil), por estares quase sempre disponível para
ver se as frases fazem sentido, mas acima de tudo, por seres tão parecida comigo e, ao
mesmo tempo, tão diferente. A ti, dedico a minha tese, para que te inspires a não desistir
e a acreditar em ti própria, acredito que vás longe na vida!
Resumo
Com o crescente desenvolvimento da aquacultura surgem problemas ambientais, como
a utilização desmedida de recursos aquáticos e um aumento das descargas de efluentes
que afetam o ambiente circundante. Neste contexto, é necessário adotar estratégias,
como são o caso da Aquacultura Multitrófica Integrada (IMTA) e da Tecnologia de
Biofloco (BFT), que permitam diminuir o volume de água utilizado e aumentar a retenção
dos nutrientes, de forma a alcançar a sustentabilidade ambiental. Os sistemas IMTA
caracterizam-se por produzirem organismos de diferentes níveis tróficos num mesmo
sistema, em que os nutrientes não retidos por uma espécie são utilizados por outra
espécie de um nível trófico inferior, formando-se uma cadeia trófica, e evitando perdas
de nutrientes. Neste género de produção, as espécies co-cultivadas, e com valor
económico, limitam, ou até eliminam, a necessidade do uso de biofiltros tradicionais,
uma vez que estes são substituídos por organismos filtradores que assimilam os sólidos
suspensos e a matéria orgânica particulada, e os compostos azotados e fosfatos são
utilizados por produtores primários, proporcionando sustentabilidade ambiental e
também económica. A BFT é outra técnica de produção em aquacultura focada na
diminuição, ou mesmo eliminação, das renovações de água, e no aumento da eficiência
de utilização dos nutrientes, o que é alcançado através da proliferação de bactérias
heterotróficas, que convertem a amónia em biomassa microbiana, que pode ser usada
como alimento pelas espécies produzidas. A proliferação das bactérias heterotróficas é
alcançada mantendo um rácio carbono: azoto (C: N) elevado na água, o que,
dependendo da composição da dieta, pode exigir a adição de um hidrato de C ao
sistema, como fonte de C. Tanto os sistemas IMTA como a BFT apresentam inúmeras
vantagens, sendo que isoladamente têm também algumas limitações. O objetivo deste
trabalho passou, por isso, por descrever os diferentes aspetos da produção em IMTA e
BFT e avaliar a complementaridade destes sistemas de produção, salientando as suas
potencialidades e sugerindo combinações de espécies de interesse para a aquacultura
Portuguesa e Europeia a serem produzidas em IMTA-BFT. Em primeiro lugar, foram
descritos os aspetos gerais da produção em IMTA, assim como os seus benefícios e
potencialidades e, em seguida, foram analisados os critérios para a seleção de vários
géneros e espécies possíveis de integrar um sistema IMTA em zonas temperadas. Em
segundo lugar, foram abordados os aspetos gerais da BFT, como o processo de
tratamento de água, os parâmetros que influenciam a formação de bioflocos, os
benefícios e pontos críticos da aplicação da BFT, e a composição microbiana e
nutricional dos bioflocos. Além disso, foram também analisados os critérios de seleção
FCUP VII
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
das espécies a integrar num sistema BFT, sendo enumerados vários géneros e espécies
adequados à produção em BFT. Por último, foram avaliadas as potencialidades e a
complementaridade de sistemas IMTA-BFT, sendo sugeridas diversas espécies
passiveis de integrar este sistema de produção, tendo por base a sua aplicação em
Portugal ou na Europa.
Abstract
With the increasing development of aquaculture, environmental problems arise, such as
the excessive use of aquatic resources and an increase in effluent discharges that affect
the surrounding environment. In this context, it is necessary to adopt strategies to reduce
water exchange and nutrients reuse, such as Integrated Multitrophic Aquaculture (IMTA)
and Biofloc Technology (BFT), to achieve environmental sustainability. In IMTA,
organisms of different trophic levels are produced in the same system, with the nutrients
wasted by one species being used by another species of a lower trophic level, forming a
trophic chain and preventing nutrient losses. In this production system, the co-cultivated
species, with commercial value, limit or even eliminate the need for the use of traditional
biofilters, since these are replaced by filter feeding organisms that assimilate suspended
solids and particulate organic matter, and nitrogen compounds and phosphates are used
by primary producers, providing environmental and economic sustainability. BFT is
another aquaculture production technique that focuses on a more efficient use of nutrient
input with limited or zero water exchange, and in the enhancement of nutrient retention.
This is achieved through the proliferation of heterotrophic bacteria, which convert
ammonia into microbial biomass that can be used as feed. The heterotrophic bacteria
proliferation is achieved by maintaining a high carbon: nitrogen (C:N) ratio in the water,
which depending on diets composition, may require the addition of a carbohydrate to the
system, as a C source. Both IMTA and BFT systems have several advantages, but also
some limitations. This work aimed to describe the different aspects of IMTA and BFT
production and to evaluate the complementarity of these production systems,
highlighting the potential of an IMTA-BFT production system, and suggesting
combinations of species of interest for the Portuguese and European aquaculture. First,
some aspects of IMTA production as well as its benefits and potential were described.
Then, the criteria used to select the species to be produced in an IMTA systems were
analysed, and some genera and species that may integrate a IMTA system in temperate
zones were identified. Secondly, the main aspects of BFT were addressed, highlighting
the water treatment processes, as well as the microbial and nutritional bioflocs
composition. In addition, main water quality and bioflocs formation parameters were
analysed, along with some benefits of BFT application. Then, the criteria used to select
the species to be produced in an BFT systems were analysed, some genera and species
that can adapt to BFT production were listed, and some critical points of BFT
implementation were also identified. Finally, the potential and complementarity of IMTA-
BFT systems were evaluated and suggestions were made regarding the species with
FCUP IX
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Índice
Agradecimentos ........................................................................................................... III
Resumo .......................................................................................................................VI
Abstract .....................................................................................................................VIII
Índice ............................................................................................................................X
1. Introdução.............................................................................................................. 1
Temperatura .......................................................................................... 38
pH e alcalinidade ................................................................................... 40
Salinidade .............................................................................................. 41
Fonte de C ............................................................................................. 42
SS e TSS............................................................................................... 43
Lista de Figuras
Figura 1 – Produção mundial (em milhões de toneladas) de peixes, moluscos e
crustáceos provenientes da pesca em águas interiores (a vermelho) ou marinhas
(laranja), ou de produção em aquacultura em águas interiores (azul escuro) ou marinhas
(azul claro) (FAO, 2020) …………………………………………………..………………….. 2
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Principais parâmetros de qualidade da água monitorizados em sistemas
BFT, com indicação dos valores adequados e principais precauções segundo
Emerenciano et al. (2017) …………………………………………………..……………… 45
Lista de Abreviaturas
AOB – Ammonia Oxidizing Bacteria
C – Carbono
HC – Hidratos de Carbono
N – Azoto
NO2 – Nitrito
NO3 – Nitrato
O2 – Oxigénio
OD – Oxigénio Dissolvido
P – Fósforo
PHA – Polyhydroxyalkanoate
PHB – Polyhydroxybutyrate
SS – Settleable Solids
1. Introdução
A população mundial continua a aumentar de forma exponencial, sendo necessário
suprir as suas necessidades alimentares, salvaguardando, no entanto, os recursos
naturais para as gerações futuras. O consumo de pescado tem vindo a aumentar desde
há algumas décadas, como resultado da tomada de consciência dos vários benefícios
comprovados que este traz para a saúde humana, por ser uma ótima fonte de proteínas
de digestão fácil (Granada et al., 2015), que contêm todos os aminoácidos essenciais,
vitaminas importantes para o bom funcionamento do organismo (entre as quais D, A e
B), gorduras essenciais (ácidos gordos de cadeia longa ómega-3) e minerais (por
exemplo cálcio, iodo, zinco, ferro e selénio) (Franca, 2019).
Entre 1961 e 2017, o crescimento médio anual do consumo aparente de pescado a nível
mundial foi de 3,1%, ultrapassando o crescimento populacional (1,6%) e excedendo o
consumo de carne de animais terrestres, combinados (2,7%) e individualmente
(bovinos, ovinos, suínos, outros), exceto aves (4,7%) (FAO, 2018; 2020). Em termos de
consumo de peixe per-capita, verificou-se um aumento de 9,0 kg em 1961 para 20,3 kg
em 2017 e espera-se que este valor continue a aumentar (FAO, 2020).
A expansão no consumo de pescado foi impulsionada não apenas pelo aumento de
produção, mas também por uma combinação de outros fatores. Estes incluem:
desenvolvimentos na tecnologia de processamento, conservação, expedição e
distribuição; aumento dos rendimentos a nível mundial, que se correlacionam
fortemente com o aumento da demanda por peixe e produtos pesqueiros; reduções de
perdas e desperdício; e aumento da consciencialização dos benefícios do consumo de
peixe para a saúde (FAO, 2020).
Para atender a este aumento do consumo de peixe, os recursos pesqueiros sofreram
repercussões, algumas delas irreversíveis. Segundo os dados publicados pela FAO, a
fração dos stocks de pescado que estão dentro dos níveis biologicamente sustentáveis,
ou seja, unidades populacionais com abundância igual ou superior ao nível associado
ao rendimento máximo sustentável, exibiu uma tendência decrescente de 90,0% em
1974 para 65,8% em 2017 (FAO, 2020). Por outro lado, a percentagem de unidades
populacionais pescadas a níveis biologicamente insustentáveis, ou seja, espécies
sobre-exploradas, aumentou de 10% em 1974 para 34,2% em 2017 (FAO, 2020). As
unidades populacionais sub-exploradas diminuíram continuamente de 1974 a 2017,
sendo apenas de 6,2% no ano de 2017 (FAO, 2020). Por estes motivos, as pescas
atingiram, ou em alguns casos excederam, os seus limites, pelo que a sua produção
encontra-se estagnada (Fig.1).
FCUP 2
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Fig.1 – Produção mundial (em milhões de toneladas) de peixes, moluscos e crustáceos provenientes da pesca em
águas interiores (a vermelho) ou marinhas (laranja), ou de produção em aquacultura em águas interiores (azul
escuro) ou marinhas (azul claro) (FAO, 2020).
Nos últimos anos, a aquacultura tornou-se o setor de produção alimentar com a maior
taxa de crescimento, com uma taxa média anual de 5,3% entre 2001-2018 (FAO, 2020)
e, apesar do ritmo deste crescimento ter abrandado, uma vez que o crescimento médio
anual tem vindo a decrescer, a aquacultura é já responsável por fornecer cerca de 50%
do pescado consumido pela população mundial (Fig.1), sendo cada vez mais frequente
recorrer ao uso da aquacultura para produção de peixes e outros organismos aquáticos,
especialmente daqueles que já se encontram sobre-explorados, ou com elevado
interesse comercial e económico (Martins, 2017). De acordo com as últimas estatísticas
mundiais, em 2018, esta produção traduziu-se em cerca de 114,5 milhões de toneladas,
no valor de 263,6 mil milhões de dólares (FAO, 2020). A produção total consistiu em
82,1 milhões de toneladas de pescado (inclui peixes, crustáceos, moluscos e outros
animais aquáticos) para alimentação (com um valor aproximado de 250,1 mil milhões
de dólares), 32,4 milhões de toneladas de plantas aquáticas (com um valor aproximado
de 13,3 mil milhões de dólares) (Fig.2), bem como 26 000 toneladas de produtos não
alimentares (com um valor aproximado de 179 000 dólares) (FAO, 2020).
Fig.2 – Produção a nível mundial, representada em milhões de toneladas (peso vivo) de animais para alimentação em
aquacultura (peixes em águas marinhas e costeiras (a vermelho) e em águas interiores (a azul claro), crustáceos em
águas marinhas e costeiras (a roxo) e em águas interiores (a verde), moluscos maioritariamente em águas marinhas (a
azul escuro) e outros animais aquáticos (a azul marinho)) e de plantas aquáticas em aquacultura, maioritariamente em
águas marinhas (a laranja). (FAO, 2020).
No que diz respeito ao tipo de produção, esta pode ser feita de modo extensivo, semi-
intensivo ou intensivo. Em sistemas de produção extensiva, a intervenção humana é
mínima e o impacto ambiental causado por este tipo de produção é relativamente baixo
FCUP 4
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
A aquacultura intensiva apresenta, desde 1970, um crescimento médio de 5,8% por ano
(FAO, 2018), sendo atualmente a grande responsável pelo crescimento global da
aquacultura mundial. No entanto, a aquacultura intensiva, para além de ter custos de
produção elevados, pode acarretar impactos ambientais negativos (Barrington et al.,
2009; Granada et al., 2015; Cunha et al., 2016; Hughes et al., 2016; FAO, 2018; Shpigel
et al., 2018, Da Costa Rainha, 2018), especialmente a nível ecológico e de
sustentabilidade que serão evidenciados de seguida. Como resultado, a indústria da
aquacultura tem vindo a sofrer um escrutínio por parte de entidades reguladoras por
potencialmente poder contribuir para a degradação e poluição ambiental (Emerenciano
et al., 2013).
Por um lado, o aumento da produção em aquacultura encontra-se limitada não só pela
disponibilidade de recursos aquáticos, uma vez que a intensificação da produção requer
caudais elevados (o que implica um maior consumo de água) (Da Costa Rainha, 2018),
mas também pela disponibilidade de alimento fornecido aos organismos produzidos
(Dauda et al., 2017) pois, em sistemas intensivos, a farinha e o óleo de peixe continuam
a ser as fontes preferenciais de proteína e lípidos, respetivamente, das dietas
formuladas, especialmente de espécies carnívoras, devido à sua qualidade nutricional,
garantindo alta eficiência de produção (Kokou et al., 2012; Moutinho et al., 2017). Das
179 milhões de toneladas de pescado produzidas em 2018, cerca de 10% das capturas
totais (18 milhões de toneladas) foram utilizadas para produzir farinha e óleo de peixe
(FAO, 2020), enquanto que o preço tem vindo a aumentar de forma drástica (~1300 €/t
no final de 2018, sendo que em 2000 era de ~385 €/t) (Jannathulla et al., 2019). Se a
farinha e o óleo de peixe permanecerem as principais fontes de proteína e ácidos gordos
essenciais das dietas formuladas, o crescimento da produção de aquacultura tornar-se-
á cada vez mais dispendioso e uma prática insustentável (Jannathulla et al., 2019; Hodar
et al., 2020).
Por outro lado, nos sistemas de produção intensivos, as densidades mais elevadas e o
alimento fornecido levam à acumulação de elevadas quantidades de resíduos sólidos
(Arvanitoyannis & Kassaveti, 2008) e a concentrações elevadas de azoto (N) e fósforo
(P) nos efluentes destas produções (Kibria & Haque, 2018). Tais metabólitos são tóxicos
para os animais e além disso, levam ao crescimento de microrganismos com elevadas
taxas de demanda bioquímica de oxigénio (BOD), podendo levar à degradação dos
ecossistemas adjacentes às aquaculturas (Emerenciano et al., 2017; Suneetha &
Padmavathi, 2019). Caso estas descargas, com excesso de nutrientes, sejam lançadas
no mar, em rios, lagos ou reservatórios, podem causar sérios danos no ambiente
circundante e nos ecossistemas, resultando, maioritariamente, na eutrofização das
zonas húmidas adjacentes, com o crescimento desmedido de algas ou outros tipos de
FCUP 6
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Fig.3 – Diagrama ilustrativo de um exemplo de um sistema IMTA em mar aberto com produção de peixes (à
esquerda), de mexilhões (no meio) e de algas (á direita), em que o fluxo de nutrientes é feito através da ação das
correntes de água, da esquerda para a direita. (Retirado de Holdt & Edwards, 2014).
Assim forma-se uma cadeia trófica que pode ter diversos níveis e incluir diversas
combinações de organismos (Lekand, 2013), sendo que habitualmente combinam a
FCUP 9
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
alimento fornecido ou a redução do teor de proteína das dietas (Phulia et al., 2012,
Avnimelech et al., 1994; Suneetha & Padmavathi, 2019).
Esta técnica tem sido aplicada maioritariamente na produção de camarão (Burford et
al., 2003; 2004; Emerenciano et al., 2011; 2012; 2013; Ray et al., 2011; Xu & Pan, 2012;
Da Silva et al., 2013; Schveitzer et al., 2013; De Souza et al., 2014; Kumar et al., 2014;
Khanjani et al., 2017; Shyne et al., 2017), e na produção de peixes, como a tilápia
(Avinmelech, 2007; Azim & Little, 2008; Crab et al., 2009; Luo et al., 2017; Day et al.,
2016), a carpa (Castro et al., 2016; Najdegerami et al., 2016) e o peixe-gato (Yusuf et
al., 2015; Green & McEntire, 2017), mas normalmente esta prática não é utilizada com
espécies de peixe carnívoras. Desta forma, é necessário analisar a sua aplicabilidade
na produção de peixes carnívoros, uma vez que estes apresentam requisitos proteicos
elevados e não estão adaptados a consumir alimentos de tão reduzidas dimensões
(<1000 µm) (Chu & Lee, 2004; Castro-Nieto et al., 2012).
Tanto os sistemas IMTA como a BFT são boas alternativas ao RAS, apresentando
inúmeras vantagens, e são passíveis de ser utilizados em conjunto (Poli et al., 2018).
Esta complementaridade tem sido alvo de estudo (Liu et al., 2014; La Macchia Pedra et
al., 2017; Mendoza-López et al., 2017; Poli et al., 2018; Campos et al., 2019), e
apresenta um elevado potencial de permitir o desenvolvimento de um sistema de
produção alternativo que garanta uma maior sustentabilidade das aquaculturas, tanto
em termos económicos, como ambientais.
1.1. Objetivos
Embora o IMTA possa parecer um conceito recente, nos países asiáticos, responsáveis
por mais de dois terços da produção mundial em aquacultura, há séculos que se pratica
esta técnica de produção em água doce, através de “tentativa e erro” e experimentação
(Chopin et al, 2008; Troell et al, 2009). Mais recentemente, o foco tornou-se a
aquacultura marinha (Li, 1987; Yang et al., 2000; 2004; Zhou et al., 2006; Mao et al.,
2009; Li et al., 2014; Zhang et al., 2016), tendo-se disseminado um pouco por todo o
mundo, com um potencial de crescimento elevado (Martins, 2017).
No que diz respeito aos países ocidentais, Europa incluída, o conceito de IMTA só
recentemente foi alvo de interesse (Barrington et al., 2009; Chopin et al., 2012; Kleitou
et al., 2018). Atualmente, existem vários projetos IMTA a decorrer em diversos países,
na maioria dos casos funcionando apenas à escala experimental ou piloto (Alexander et
al., 2015), como são o caso de França, Portugal e Espanha (Barrington et al., 2009). No
entanto, já é possível enumerar alguns países em que os sistemas IMTA funcionam a
uma escala comercial ou muito próximo desta (Barrington et al., 2009; Abreu et al., 2016;
Da Costa Rainha, 2018), como são o caso do Canadá, Chile, China, Irlanda, África do
Sul, Japão, Tailândia, Austrália, Estados Unidos da América e Israel. Os países da
Escandinávia, especialmente a Noruega, têm feito alguns esforços para o
desenvolvimento do IMTA (Barrington et al., 2009).
Todos os países acima mencionados apresentam elevado potencial para o
desenvolvimento e crescimento destes sistemas de produção, contudo na Europa,
apesar dos potenciais benefícios, ainda são poucas as empresas a implementar estes
sistemas de produção (Hughes et al., 2016; Martins, 2017). Os sistemas IMTA
existentes são relativamente simples e com baixas densidades de produção (Barrington
et al., 2009; Zhang et al., 2016; Da Costa Rainha, 2018). Barrington et al. (2009)
atribuíram esse progresso lento à falta de apoio político, social e económico e à falta de
motivação para a sustentabilidade, lucro a longo prazo e gestão responsável das águas
costeiras.
Com as indústrias a ter de suportar a maioria dos custos de implementação, estes
sistemas ainda não conferem grandes benefícios, o que atrasa o investimento neste tipo
de produção (Hughes et al., 2016; Kleitou et al., 2018; Da Costa Rainha, 2018). Devido
a estas limitações na produção e regulamentação, a aplicação da aquacultura integrada
na Europa a nível comercial permanece complexa.
No entanto, o IMTA tem potencial para ser produtivo e resiliente (Aubin & Hussenot,
2018), e atualmente, exige um esforço colaborativo entre a ciência e a indústria, de
forma a melhorar a sustentabilidade da aquacultura, sem prejudicar o lucro dos
produtores (Alexander & Hughes, 2017). A Comunidade Europeia tem investido em
projetos de investigação para o desenvolvimento de sistemas IMTA, como é o caso do
FCUP 15
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Para que este tipo de produção tenha sucesso, é necessário selecionar espécies
apropriadas e dimensionar as várias populações de modo a que ocupem os diversos
nichos, criando um ecossistema em que o equilíbrio dos processos biológicos e
químicos envolvidos seja mantido e acompanhe o crescimento das espécies produzidas
(Cunha et al. 2016).
Um dos pontos importantes é a escolha dos organismos baseada nas funções que
esses mesmos têm no ecossistema e no seu valor comercial (Chopin et al., 2008), assim
como, a necessidade de um conhecimento profundo das particularidades da produção
das diferentes espécies (Barrington et al., 2009; Soto, 2009). É de extrema importância
que a combinação entre espécies a produzir seja em proporções adequadas, de forma
a maximizar a produção, a qualidade e sustentabilidade do próprio sistema, já que a
qualidade da água deste tipo de sistemas depende do equilíbrio entre as espécies
produzidas (Neori et al., 2000; Klinger & Naylor, 2012; Alexander et al., 2015; Al-Hafedh
et al., 2015; Martins, 2017).
A seleção das espécies a produzir depende muito do tipo de sistemas em termos de
densidade de produção e características abióticas do local de produção, sendo
importante que os organismos que compõe o sistema partilhem as mesmas
necessidades em termos de fatores abióticos ao longo do ano, de forma a que o sistema
tenha um rendimento anual e que consiga ser o mais eficiente possível (Barrington et
al, 2009).
Em sistemas de produção em água doce, já existe uma técnica semelhante a um
sistema IMTA, que tem apresentado bons resultados, permitindo a integração de
vegetais comummente cultivados na agricultura, em aquacultura (Graber & Junge, 2009;
Somerville et al., 2014). Esta atividade é conhecida como aquaponia e consiste na
produção de peixes juntamente com um sistema de cultivo de plantas sem solo (Dos
Santos, 2016; Custódio et al., 2017). Na aquaponia, a água rica em nutrientes
proveniente da produção de peixes fornece o alimento necessário para o crescimento
das plantas. Estas, por sua vez, retiram os compostos azotados da água, permitindo,
desta forma, que a água seja reutilizada pelos peixes (Rakocy et al., 2016).
No entanto, uma grande parte (~ 5/6) da aquacultura Europeia é marinha (FAO, 2014),
logo as espécies a incorporar nos sistemas IMTA necessitam de ser marinhas para
remediar os efluentes (Custódio et al., 2017).
Os grupos de espécies em IMTA podem ser classificados de acordo com o seu tipo de
alimentação e, de um modo geral, os sistemas IMTA mais sofisticados incluem a
produção de peixes, invertebrados e algas (Barrington et al, 2009). Os peixes, como
FCUP 18
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
✓ Selecionar espécies com uma elevada taxa de crescimento. Este aspeto torna-
se importante para os organismos que devem atuar como biofiltro, de forma a
FCUP 19
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Fig.4 – Diagrama ilustrativo de um sistema IMTA e das respetivas relações tróficas. Os peixes são alimentados com
ração, e daí resultam excreções, matéria fecal e restos de alimento que se traduzem em matéria orgânica particulada
em suspensão que é ingerida por filtradores (mexilhões) ou sedimenta e é ingerida por animais detritívoros presentes
no substrato (pepinos-do-mar). Os peixes e os organismos filtradores excretam nutrientes inorgânicos (compostos
azotados e P) que são absorvidos pelas algas. As setas correspondem ao ciclo do C (a castanho) e ao ciclo dos
nutrientes inorgânicos (a rosa). (Retirado de Zhang et al., 2016).
Além destas considerações, é necessário ter em conta o local em que o sistema se irá
estabelecer, já que o IMTA pode ser utilizado tanto para produção em terra como em
sistemas offshore. Quanto aos sistemas offshore, a produção de espécies extrativas de
matéria orgânica (por exemplo, moluscos) e/ou inorgânica (por exemplo, macroalgas)
devem ocorrer nas proximidades das jangadas dos organismos de nível trófico superior,
e tendo em conta as correntes predominantes no local de forma a garantir a absorção
eficaz dos nutrientes (Neori et al., 2004; Sará et al., 2009; Gunning et al., 2016) (Fig.4).
No caso dos sistemas de produção em terra, com recirculação de água, a absorção de
nutrientes é mais eficaz, facilitando a utilização de nutrientes pelas espécies produzidas
(Ferreira, 2017). Dentro destes sistemas, existe ainda a distinção entre o IMTA em
sistema aberto (jangadas ao ar livre) e o IMTA em sistema semifechado ou fechado
(como é o caso do RAS).
Na maioria dos sistemas abertos, a produção dos organismos encontra-se dependente
das condições ambientais existentes (luz, temperatura, O2), influenciando o tipo de
organismos que se podem produzir, enquanto que no caso dos sistemas fechados, as
condições de produção podem ser controladas (maior luminosidade, maior temperatura)
havendo, assim, a possibilidade de produzir uma maior diversidade de organismos de
diferentes níveis tróficos (Sasikumar & Viji, 2015).
Em águas temperadas, como é o caso da Europa e, concretamente, Portugal, foram
selecionados os principais géneros com potencial para a produção em IMTA em terra e
offshore, tendo em conta a sua adequação ao habitat, práticas de produção bem
estabelecidas, capacidade de biomitigação e valor económico (Barrington et al., 2009).
Esses géneros são:
Ulva rotundata e U. intestinalis, como alternativa a biofiltros para uso em sistemas IMTA
tem sido alvo de extensa investigação, tanto em sistemas em terra, como em sistemas
offshore (Hernández et al, 2002; 2006; Martinez-Aragon et al, 2002; Martínez et al.,
2006; Mata et al., 2006; Matos et al., 2006; Pereira et al., 2006; Schuenhoff et al., 2006).
Segundo estes autores, qualquer uma destas espécies de macroalgas tem capacidade
de substituir os tradicionais biofiltros e mitigar a degradação dos efluentes das
pisciculturas ou permitir a reutilização da água, devido às elevadas taxas de
crescimento, fotossintéticas e remoção de nutrientes inorgânicos que apresentam (Lee,
2019).
Atualmente, na Noruega, Holanda, Dinamarca, Espanha e também em Portugal existem
projetos de investigação, a maioria ainda a nível experimental, com o intuito de produzir
algas, nomeadamente Kelps, juntamente com produção de peixes (Salmão, Dourada) e
mexilhões, em sistemas offshore (Handå et al., 2013; Buck et al., 2017).
Oreochromis (Avinmelech, 2007; Azim & Little, 2008; Crab et al., 2009; Luo et al., 2017;
Day et al., 2016), carpas dos géneros Carassius, Cyprinus, Prochilodus e
Pseudotropheus (Castro et al., 2016; Najdegerami et al., 2016) e peixe-gato dos géneros
Clarias e Ictalurus (Yusuf et al., 2015; Green & McEntire, 2017), uma vez que, tendo em
conta os seus hábitos alimentares, estas espécies estão bem adaptadas para o
consumo de bioflocos (Emerenciano et al., 2017).
Comparativamente às técnicas de aquacultura convencionais, a BFT fornece uma
alternativa mais económica e sustentável, pois ao recorrer a renovações mínimas ou
inexistentes, permite reduzir a utilização de água e as despesas de tratamento de água,
na ordem de 30% (Avnimelech, 1999; De Schryver et al., 2008; Crab et al., 2012). A
existência de uma fonte proteica in situ permite que as dietas fornecidas apresentem
um menor conteúdo de proteína, permitindo reduzir o uso de farinha de peixe como
ingrediente alimentar (Brú-Cordero et al., 2017) e uma redução do input de alimento, já
que a eficiência de utilização da proteína chega a ser duas vezes superior nos sistemas
de BFT em comparação com os sistemas convencionais, reduzindo, desta forma, os
custos com a alimentação (Avnimelech & Kochba, 2009; De Schryver et al., 2008;
Ahmad et al., 2017). Em comparação com os sistemas RAS, os sistemas BFT
apresentam menor custo de equipamento e de manutenção (Ray et al., 2017), sendo
uma tecnologia low-cost e contribuindo, num futuro próximo, para o desenvolvimento
sustentável da aquacultura (Avnimelech & Kochba, 2009; De Schryver et al., 2008;
Ahmad et al., 2017).
Apesar do desenvolvimento da BFT e da relativa simplicidade do funcionamento dos
sistemas, estes não foram aceites pelos aquacultores até aos anos 2000. Avnimelech
(2009) observou que essa hesitação se deveu em parte à alta turbidez, causada pelos
bioflocos, causando nos aquacultores o receio de terem um efeito prejudicial no
crescimento e sobrevivência dos animais produzidos. Atualmente, a BFT tem-se
desenvolvido com sucesso na cultura de camarão em larga escala na Ásia, América
Latina e Central, bem como em culturas em pequena escala nos EUA, Coreia do Sul,
Brasil, Itália, China e outros (Emerenciano et al., 2013). Além disso, muitos centros de
investigação e universidades têm intensificado a investigação em BFT, relativamente à
gestão de crescimento, nutrição, ecologia microbiana e biotecnologia (Emerenciano et
al., 2013). Em 2009, Avnimelech publicou um livro “Biofloc Technology - A practical
guide book” dirigido a aquacultores, agricultores, estudantes e cientistas, que fornece
informações gerais acerca desta tecnologia, permitindo um grande avanço no
conhecimento da BFT (Crab et al., 2012).
FCUP 27
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Fig.6 – Representação esquemática do princípio da BFT. Através de um rácio C:N adequado na água dos tanques
e com um constante arejamento, ocorre a formação dos bioflocos, que podem ser ingeridos como ingrediente
alimentar pelos animais produzidos. (Retirado de Lekang, 2013).
FCUP 28
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Fig.7 – Tipos de BFT, baseado nas espécies predominantes. À esquerda, um sistema dominado por bactérias (BFT
de “águas-castanhas”); no centro, um sistema dominado por microalgas (BFT de “águas-verdes”); à direita, um
sistema bactéria-alga. (Retirado de Pérez-Rostro et al., 2014).
FCUP 31
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Fig.8 – O Índice de Cores da Comunidade Microbiana (MCCI) indicando a transição de um sistema composto
maioritariamente por algas (a verde) para um sistema composto maioritariamente por bactérias (a castanho) à
medida que a carga de alimento aumenta. A transição entre os sistemas algal e bacteriano ocorre entre uma carga
de alimento de 300 a 500 kg/ha por dia, indicado por um MCCI entre 1 e 1,2 (Retirado de Hargreaves, 2013).
Fig.9 – Cálculo esquemático da quantidade diária de C necessária para remover o N presente no sistema de
produção (alimento não consumido e excreções produzidas pelos organismos). A quantidade da fonte de C a
adicionar dependerá da quantidade de C presente na fonte de C. (Adaptado de Crab et al., 2012).
FCUP 35
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
As bactérias presentes nos bioflocos e os compostos que estas sintetizam podem agir
de forma semelhante aos ácidos orgânicos e podem ser agentes de controlo biológico
eficazes (Sinha et al., 2008). A adição de C na água em BFT favorece o crescimento
de bactérias que acumulam polihidroxialcanoatos (PHA) e outros grupos de bactérias
que são capazes de sintetizar grânulos de PHA. Quando estas bactérias são ingeridas
pelos animais, ocorre a quebra de PHA no trato intestinal, que irá atuar como agente
protetor contra infeções de Vibrio sp., por exemplo (Yu et al., 2005; De Schryver et al.,
2012). Por outro lado, o poli-ß-hidroxibutirato (PHB) é produzido por uma ampla
variedade de microrganismos, tais como Bacillus sp., Alcaligenes sp., Pseudomonas
sp., e são sintetizados sob condições de stress fisiológico ou nutricional, como por
exemplo, quando um nutriente essencial como o N é limitativo, na presença de uma
fonte de C em excesso (Sinha et al., 2008). Por esse motivo, os bioflocos podem
também conter PHB, que ao serem degradados no intestino do animal, podem ter
atividade antibacteriana semelhantes à dos ácidos gordos de cadeia curta
(Emerenciano et al., 2013). Por outro lado, os HC adicionados ao BFT podem atuar
como uma fonte de prebióticos, melhorando a flora intestinal, o que é benéfico para o
estado de saúde dos organismos produzidos (Ahmad et al., 2017).
FCUP 38
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Temperatura
OD e intensidade de arejamento
pH e alcalinidade
Salinidade
Fonte de C
A quantidade de C orgânico adicionado aos sistemas induz uma diminuição dos níveis
de OD, devido ao aumento do metabolismo microbiano aeróbio (De Schryver et al.,
2008). Isto pode induzir efeitos (sub)letais em espécies mais sensíveis (Landman et al.,
2005). Nestes casos, o mais adequado pode ser a produção de bioflocos em tanques
distintos daqueles em que são produzidos os animais (Fig.10) (Crab et al., 2012). Os
bioflocos podem, numa fase seguinte, ser redirecionados para o tanque como alimento,
mas sem induzir stress por meio de variação dos níveis de OD (De Schryver et al.,
2008).
A fonte de C orgânico a utilizar num sistema BFT determina em grande medida a
composição dos flocos produzidos, não só em termos da matriz do biofloco (Hollender
et al., 2002; Oehmen et al., 2004), como também em termos da comunidade microbiana
presente nos mesmos (Wei et al., 2016). Existem evidências de que os bioflocos
cultivados com glicose ou glicerol são dominados por proteobactérias e bacteroidetes,
enquanto os cultivados com amido são maioritariamente constituídos por cianobactérias
(Wei et al., 2016). Vários investigadores também relataram variações na composição
nutricional dos bioflocos cultivados em diferentes fontes de C (Crab et al., 2010; Ekasari
et al., 2010; Sakkaravarthi & Sankar, 2015; Rajkumar et al., 2016; Dauda et al., 2017).
Por exemplo, bioflocos resultantes do uso de HC complexos (tapioca ou farinha de trigo)
apresentaram valores significativamente maiores de proteína bruta e lípidos do que
bioflocos resultantes do uso de melaço de cana-de-açúcar, que é um HC simples
(Rajkumar et al., 2016). Por outro lado, também os efeitos das fontes de C na qualidade
da água, crescimento e/ou taxa de sobrevivência dos organismos produzidos se
encontram bem documentados (Crab et al., 2010; Serra et al., 2015; Dauda et al., 2017;
Khanjani et al., 2017), sendo que há uma tendência de melhor desempenho dos
FCUP 43
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
açúcares simples e HC solúveis em água (Avnimelech, 2012; Vilani et al., 2016; Dauda
et al., 2017; Kumar et al., 2017). Isto pode estar associado à sua maior solubilidade em
água e, consequentemente, à utilização mais rápida pelas bactérias heterotróficas,
resultando numa remoção mais rápida da amónia, enquanto que, HC mais complexos
requerem mais tempo para decomposição em açúcares simples, resultando numa
remoção mais lenta da amónia (Wei et al., 2019). A maioria das fontes de C mais baratas
(farelo de arroz, trigo, tapioca, etc.) são HC complexos e, portanto, a remoção da amónia
é mais lenta. Uma possível solução pode incluir a fermentação da fonte de C (Ekasari
et al., 2014; Romano et al., 2018), o que pode aumentar a taxa de utilização pelas
bactérias ou pré-tratamento com outros métodos, como calor /ou digestão por
microrganismos (Dauda et al., 2017; Romano et al., 2018). Essa estratégia pode reduzir
o custo de produção, bem como fornecer maior flexibilidade aos aquacultores em termos
de escolha de fontes de C (Dauda, 2020).
Fig.10 – Representação esquemática de um sistema BFT, em que os bioflocos são produzidos num reator separado dos
animais, em que é fornecida uma fonte de C e o tanque apresenta constante arejamento. Os bioflocos, depois de
formados, podem regressar ao tanque onde os animais são produzidos ou ser colhidos e servir posteriormente de
suplemento alimentar. (Adaptado de Crab et al., 2012).
SS e TSS
oclusão das brânquias e provocar a morte dos animais (Hargreaves, 2013; Emerenciano
et al., 2017).
O volume de SS é geralmente medido com cones Imhoff ou cones de sedimentação
graduados (Fig.11), sendo o intervalo de tempo de sedimentação padronizado e,
geralmente, de 10 a 20 minutos (Hargreaves, 2013).
Fig.11 – Cones Imhoff para medição da concentração de SS num sistema BFT ao fim de 10 a 20 minutos.
(Retirado de Hargreaves, 2013).
Oxigénio Dissolvido (OD) Acima de 4,0 mg L-1 (ideal) e pelo Para uma correta respiração e
menos 60% de saturação crescimento dos peixes e camarões
Nos últimos anos, a BFT tem-se tornado uma tecnologia de produção alternativa que
permite manter a qualidade da água, mas também aumentar a eficiência de utilização
do alimento (Emerenciano et al., 2013). Os nutrientes desperdiçados resultantes da
ração não consumida ou da não retenção dos nutrientes ingeridos, são convertidos em
biomassa microbiana que pode, dependendo da espécie produzida, ser consumida in
situ como fonte de alimento (Avnimelech et al., 1994; Avnimelech, 1999; Burford et al.,
2004; Hari et al., 2004; Ju et al., 2008; Kuhn et al., 2009; Anand et al., 2014; Ogello et
al., 2014; Suneetha & Padmavathi, 2019). Da Silva et al. (2013) relataram que a
aplicação de BFT em L. vannamei em sistema intensivo melhorou consideravelmente a
eficiência de utilização de N e P em até 70% e 66%, respetivamente, em relação aos
sistemas convencionais de produção intensiva. (Avnimelech et al., 1994; Burford et al.,
2004). Megahed (2010) verificou também que Penaeus semisulcatus alimentado com
uma dieta contendo 42.95% de proteína bruta sem bioflocos apresentou uma menor
taxa de crescimento do que quando alimentado com uma dieta com 16.25% de proteína
bruta mais os bioflocos consumidos in situ, o que revela ser possível reduzir os níveis
de proteína da dieta pelo menos em 26% sem prejudicar o crescimento de P.
semisulcatus. Há, contudo, que ter em conta que, fatores como as dimensões das
espécies produzidas, os seus hábitos alimentares e as dimensões e densidade dos
flocos influenciam a ingestão (Avnimelech, 2009; Crab, 2010).
cerca de metade dos custos de produção num sistema RAS. A BFT é, essencialmente,
uma técnica de biofiltração da água, que, apesar de ter como requisitos a manutenção
de níveis elevados de O2, inexistência de locais de sedimentação dos sólidos suspensos
e a manutenção do rácio C:N em níveis apropriados, permite a produção intensiva de
peixes ou crustáceos sem a utilização dos equipamentos dispendiosos que compõem
os tradicionais biofiltros dos sistemas de produção em RAS (Dauda, 2020).
FCUP 49
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
A seleção de espécies é um dos principais critérios para o sucesso da BFT, pois nem
todas as espécies são candidatas a integrar este tipo de sistemas de produção
(Avnimelech, 2007; Emerenciano et al., 2013). A eficácia dos sistemas BFT depende da
capacidade do organismo produzido de ingerir e, posteriormente, digerir os bioflocos,
caso contrário, parte da mais valia desta tecnologia não é aproveitada (Avnimelech,
2012). Os critérios de seleção de uma espécie a ser produzida em BFT são a tolerância
a elevadas concentração de sólidos suspensos (10-15 mL/L), tolerância a níveis de OD
entre as 3-6 mg/L, tolerância a elevadas densidades de stock (> de 500 organismos/m3
no caso de crustáceos e 50-100 organismos/m3 no caso de peixes), e,
preferencialmente, terem hábitos alimentares omnívoros e adaptações fisiológicas que
facilitem o consumo dos bioflocos e a digestão das partículas microbianas (Milstein et
al., 2001; Widanarni & Maryam, 2012; Hargreaves, 2013; Emerenciano et al., 2013; Liu
et al., 2017; Suneetha & Padmavathi, 2019; Dauda, 2020).
O BFT foi adotado com sucesso na produção de fases larvares (Avnimelech, 2007;
Emerenciano et al., 2012), fases de crescimento ou engorda (Ekasari et al., 2015; De
Muylder et al., 2010) e até mesmo para aumentar a capacidade reprodutora (Mishra et
al., 2008) dos organismos produzidos. Até ao momento, o número de espécies
produzidas em BFT encontra-se bastante limitado, sendo principalmente usadas
algumas espécies de camarão tanto de água salgada, como é o caso de Litopenaeus
vannamei (Khanjani et al., 2017), Farfantepenaeus duorarum (Emerenciano et al.,
2014), F. pauliensis (Emerenciano et al., 2011) e Penaeus monodon (Shyne et al., 2017)
e de água doce, como Macrobrachium rosenbergii (Prajith & Madhusoodana, 2011).
No que diz respeito às espécies de peixe, as mais utilizadas são espécies de água doce
como a tilápia (Oreochromis sp.) (Day et al., 2016; Luo et al., 2017) e a carpa (Cyprinus
sp.) (Castro et al., 2016; Najdegerami et al., 2016). Vários investigadores demonstraram
que o BFT pode atuar como promotor de crescimento para estas espécies (Xu & Pan
2013; Long et al., 2015; Perez-Fuentes et al., 2016; Xu et al., 2016; Zhao et al., 2016;
Khanjani et al., 2017). A tilápia possui estruturas chamadas microbranchiospines, que
são pequenas ossificações dérmicas localizadas na epiderme próximas à base do arco
branquial (Fig.12), que permitem filtrar a água e capturar os bioflocos (Beveridge et al.,
1988; López-Pérez et al., 2013; Verster, 2017).
FCUP 50
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Fig.12 – Representação esquemática da cavidade orofaríngea de um peixe ciclídeo que se alimenta por filtração,
evidenciando os rastros branquiais (gill rakers) e os microbranchiospines presentes no segundo arco branquial. (Retirado
de Smith & Sanderson, 2013).
a adição de argila ao sistema de forma a estimular a formação dos flocos. Além disso,
pode também ser utilizado um inóculo de um outro sistema BFT maduro ou um inóculo
preparado (20g de solo, 10mg de sulfato de amónia NH4SO4 e 200 mg de uma fonte de
C para cada litro de água), de forma a acelerar o desenvolvimento dos bioflocos (Ahmad
et al., 2017).
Crab et al. (2012) e Vasava et al. (2020) reconhecem os seguintes tópicos como os
principais desafios para atingir todas as potencialidades que um sistema BFT
providencia e aconselham que os estudos futuros nesta área se centrem nos mesmos:
4. Sistemas IMTA-BFT
argus), L. vannamei e a planta aquática Ipomoea aquatica, Liu et al. (2014) concluíram
que a adição de amido e a formação de bioflocos resultantes dessa adição de C
orgânico, levou a um aumento da sobrevivência do camarão de 55% no sistema IMTA
sem BFT, para 95% no sistema IMTA-BFT. A combinação IMTA-BFT também teve
efeitos na qualidade da água, tendo-se observado uma redução significativa da
concentração de NO2 e de TAN quando comparados com o sistema IMTA sem BFT. Foi
possível melhorar a produtividade do sistema (0,4 Kg m-3 de biomassa total no sistema
IMTA sem BFT para 0,6 Kg m-3 no sistema IMTA-BFT) e uma diminuição do FCR de
2.37 para 0.88, tendo sido possível aumentar o lucro de produção. Estes dados estão
de acordo aos observados por Poli et al. (2019), em que a integração de S. ambigua na
produção de L. vannamei e O. niloticus num sistema BFT (Fig.13) resultou num aumento
da produção (de 3,99 Kg m-3 para 4,83 Kg m-3), além de permitir uma redução das
concentrações de NO3.
Fig.13 – Diagrama de fluxo, evidenciando a produção integrada de camarão (Litopenaeus vannamei) com tilápia
(Oreochromis niloticus) e sarcocornia (Sarcocornia ambigua) em sistema BFT. Por ação da gravidade, a água flui do
tanque onde são produzidas as tilápias, para uma bancada hidropónica onde se produz S. ambigua. Os nutrientes
presentes na água, provenientes do sistema onde se produzem as tilápias, servem de alimento para as plantas
aquáticas. De seguida, a água passa para o tanque onde se encontram os camarões, que se alimentam dos
nutrientes resultantes da atividade de O. niloticus e dos bioflocos produzidos no sistema. O tanque dos camarões
possui um sistema de arejamento para manter os bioflocos em suspensão e a água, assim como os bioflocos,
regressam para o tanque onde se encontram as tilápias, através de uma bomba de circulação de água. (Retirado de
Poli et al., 2019).
Todos estes estudos comprovam que a complementaridade entre IMTA-BFT bem como
a sua potencialidade, apresenta-se como uma solução mais vantajosa do que a
FCUP 57
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Cunha et al. (2019) demonstraram que a Tainha (M. cephalus) teve melhor desempenho
em sistemas IMTA com a presença de ostras (Crassostrea gigas) e de macroalgas (Ulva
sp.) do que em monocultura. Ambas as espécies integradas na produção de M. cephalus
são espécies de interesse para a aquacultura Europeia (Barrington et al., 2009;
European Commission, 2016) pelo que a sua integração num sistema IMTA-BFT parece
promissora.
As ostras (Crassostrea sp.) são também boas candidatas a serem produzidas num
sistema IMTA-BFT devido à sua resistência à presença de sólidos suspensos na água,
e pelo facto de, ao se alimentarem dos bioflocos, poderem melhorar significativamente
a qualidade da água (Ward, 1996; Martínez-Cordova & Martínez-Porchas, 2006; De
FCUP 60
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Lima et al., 2020). Tanto a tainha como a ostra são espécies extrativas, pelo que existe
a possibilidade de poderem integrar a produção de uma espécie de nível trófico superior,
como, por exemplo, um peixe carnívoro.
Dada a importância do Robalo Europeu e da Dourada na aquacultura Portuguesa e
Europeia (Valente et al., 2011; European Commission, 2016; Gutiérrez et al., 2020), a
sua integração num sistema IMTA-BFT, como espécies de nível trófico superior, merece
ser avaliada, já que a produção em BFT poderá permitir uma diminuição dos custos de
produção, ao reduzir os custos com o tratamento de água. No melhor dos casos, poderá
também permitir uma diminuição do teor de proteína das dietas ou do número de
alimentações diárias, caso estas espécies tenham capacidade de se alimentar dos
bioflocos presentes no sistema. Ambas as espécies, sendo carnívoras, apresentam
necessidades proteicas elevadas (Peres & Oliva-Teles, 1999; Moreira et al., 2008), o
que representa um impacto negativo nos custos em dieta, uma vez que a proteína é o
ingrediente mais caro presente nas dietas utilizadas em aquacultura (Brú-Cordero et al.,
2017). Desta forma, é da máxima importância, tanto do ponto de vista económico, como
do ponto de vista ambiental, a redução dos níveis de proteína incluídos nas dietas, assim
como, maximizar a sua utilização pelos animais, limitando a quantidade de N excretado
(Brú-Cordero et al., 2017). Para tal, é necessário investigar se estes animais se
conseguem alimentar dos bioflocos, uma vez que a produção destas espécies em BFT
ainda não foi alvo de estudo. Mesmo que não tenham capacidade de se alimentarem
dos bioflocos, ambos são passiveis de ser produzidas em IMTA (MacDonald et al., 2013;
Shpigel et al., 2016; Neori et al. 2017), por isso há potencial para serem produzidos em
IMTA-BFT. Estas espécies poderiam ser integradas com a produção de M. cephalus e
C. gigas, que se alimentariam dos bioflocos, o que permitiria um aumento do rendimento
da produção. Em termos de fatores abióticos, M. cephalus, D. labrax e S. aurata são
espécies eurialinas e euritérmicas, pelo que podem ser produzidas dentro de uma larga
gama de valores de salinidade e temperatura. A Dourada ainda que mais sensível a
baixas temperaturas, sendo o seu limite mínimo de temperatura letal de 4°C (Colloca &
Cerasi, 2005), também apresenta potencial para ser incluída numa produção em IMTA-
BFT com M. cephalus e C. gigas. No caso de C. gigas apesar de tolerar diferentes
valores de temperatura (3-35ºC), necessita de valores de salinidade elevados (16-30
ppt), pelo que a integração destas espécies num sistema IMTA-BFT terá de ter em conta
estes valores (Mann et al., 1991; Vasconcelos-Filho et al., 2009; Whitfield et al., 2012;
FAO, 2018; Campos, 2019).
Em termos de moluscos, além das ostras, os mexilhões destacam-se atualmente como
os mais produzidos na Europa, sendo esta o segundo maior produtor de mexilhões do
mundo, com as espécies Mytilus edulis ou M. galloprovincialis a apresentarem um alto
FCUP 61
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
potencial para integrarem produções em IMTA (Sarà et al., 2009; Rosa et al., 2020).
Esse potencial resulta do facto de serem filtradores, alimentando-se naturalmente de
plâncton, pelo que estão adaptados, também, a alimentar-se de restos de alimento
desperdiçados pelos organismos de níveis tróficos superiores, como sejam a Dourada
e o Robalo Europeu (Ren et al., 2012). Desta forma, espécies do género Mytilus
poderão, em teoria, integrar um sistema IMTA-BFT e consumir os bioflocos presentes
no sistema.
Em termos de condições de produção, a temperatura ótima de crescimento de M. edulis
encontra-se entre 10 e 20ºC (Khan et al., 2006) e adapta-se a uma ampla gama de
salinidades (5-34ppt), mas em salinidades abaixo de 8ppt apresentam taxas de
crescimento reduzidas devido ao stress fisiológico (Kautsky, 1982; Remane & Schlieper,
1971; Vuorinen et al., 2002; Maar et al., 2015). No que diz respeito a M. galloprovincialis,
esta espécie prefere salinidades mais elevadas (>35ppt) do que M. edulis (His et al.,
1989; Riisgård et al., 2013; Zbawicka et al., 2014; Maar et al., 2015) e também
temperaturas mais elevadas, apresentando um crescimento ótimo entre 20 e 25ºC (His
et al., 1989; Peharda et al., 2007). Tendo em conta estes fatores abióticos, estas
espécies podem ser produzidas em IMTA-BFT em conjunto com a Dourada ou com o
Robalo Europeu.
Da mesma forma, a produção de ameijoa do género Ruditapes, especialmente a
Ameijoa Europeia (R. decussatus) muito vendida em Portugal e na Europa (European
Commission, 2016), terá também, em teoria, capacidade de se alimentar de bioflocos,
pelo que a sua integração em sistemas IMTA-BFT parece promissora. Esta espécie
tolera salinidades de 20 a 40ppt e a temperatura ideal para o crescimento é de 20-22°C,
sendo que a temperaturas abaixo de 12°C, a espécie não cresce (Vilela, 1950; Matias,
2013).
No que toca à inclusão de detritívoros em sistemas IMTA-BFT, Contreras‐Sillero et al.
(2020) demonstraram ser vantajoso produzir L. vannamei em IMTA-BFT com Holothuria
inornata, tendo-se verificado uma melhoria no crescimento de L. vannamei. Estas
evidências revelam que os pepinos-do-mar podem ser alimentados com bioflocos, pelo
que são passíveis de ser produzidos em IMTA-BFT. Apesar dos bons resultados de H.
inornata, esta é uma espécie tropical, não sendo endémica de Portugal nem da Europa.
No entanto, existem outras espécies de pepinos-do-mar endémicas com interesse para
a aquacultura Portuguesa e também Europeia, como é o caso de H. forskali e H.
arguinensis.
MacDonald et al. (2013) verificaram que o pepino-do-mar Holothuria forskali consumia
os resíduos das dietas de Robalo Europeu (D. labrax) de forma eficaz, sendo uma boa
escolha para integrar num sistema IMTA-BFT. Dado o seu elevado valor económico,
FCUP 62
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
estas espécies poderão ser bons candidatos à produção em IMTA-BFT juntamente com
o Robalo Europeu ou a Dourada. Ao alimentarem-se dos bioflocos, os pepinos-do-mar
permitirão, à partida, que a concentração dos sólidos suspensos não ultrapasse os
níveis suportados pelo Robalo Europeu ou a Dourada. Em termos abióticos, os pepinos-
do-mar são sensíveis a níveis baixos de temperatura (<15) e salinidade (<32pp)
(Domínguez-Godino & González-Wangüemert, 2019), pelo que a sua produção em
IMTA-BFT com M. edulis não será a melhor opção, visto que apresentam necessidades
abióticas diferentes, mas a sua integração com o Robalo Europeu ou a Dourada e com
a Ameijoa Europeia poderá ser uma opção. Neste caso, o Robalo Europeu ou a Dourada
seriam as espécies alimentadas com ração e a ameijoa alimentar-se-ia da matéria
orgânica em suspensão, incluindo os bioflocos, enquanto que o pepino-do-mar
alimentar-se-ia da matéria orgânica presente no sedimento, incluindo os bioflocos.
A integração de macroalgas em sistemas IMTA-BFT também aparenta ser vantajosa,
quer a nível ecológico, como económico. Brito et al. (2014a; 2014b) concluíram que a
produção conjunta de L. vannamei e de algas vermelhas do género Gracilaria ou de
algas verdes do género Ulva num sistema IMTA-BFT permitiu aumentar o crescimento
do camarão, a utilização da ração, e melhorar a qualidade da água, apresentando
menores níveis de TAN, NO2, NO3 e fosfatos, em comparação com os sistemas de
monocultura de camarão em BFT. Estas espécies de macroalgas são endémicas de
Portugal e da Europa e apresentam elevado interesse comercial, principalmente
espécies do género Gracilaria, sendo utilizadas na indústria de ficocolóides (Peng et al.,
2009). Outro género de alga candidato à produção em IMTA-BFT é o género Porphyra,
devido ao seu elevado valor comercial (Silva et al., 2015) e a sua elevada capacidade
de biorremediação (Pereira et al., 2006). Estas espécies podem ser integradas em
sistemas IMTA-BFT e diminuir os níveis de compostos azotados e fosfatados presentes
no sistema, além de, em caso de necessidade, poderem servir como fonte extra de
alimento para os organismos detritívoros, como a tainha ou o pepino-do-mar. Em termos
abióticos, as espécies de algas dos géneros mencionados têm, habitualmente, um
crescimento ótimo a 35ppt de salinidade e toleram diferentes valores de temperatura,
pelo que são ótimas candidatas para a integração em sistemas IMTA-BFT (Raikar et al.,
2001; Choi et al., 2006). Existem espécies que toleram temperaturas mais elevadas,
como G. verrucosa que cresce a 35ºC e G. chorda que tem um crescimento ótimo a 25-
30ºC, enquanto outras espécies toleram temperaturas muito baixas, como P. yessoensis
e U. linza, que crescem a 0ºC (Yamamoto et al., 1991; Choi et al., 2006; Kim et al.,
2010). De um modo geral, a maioria das espécies endémicas de Portugal e da Europa,
como são exemplo, a P. dioica e U. lactuca, têm um crescimento ótimo a temperaturas
FCUP 63
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
entre 10-20ºC (Steffensen, 1976; Raikar et al., 2001; Choi et al., 2006; Pereira et al.,
2006; Kim et al., 2007).
Mediante a informação recolhida, a combinação de espécies sugeridas a serem
produzidas num sistema IMTA-BFT, tendo por base espécies com particular interesse
para a aquacultura Portuguesa e Europeia e os fatores abióticos (temperatura e
salinidade) destas regiões, são as seguintes:
6. Referências bibliográficas
Abreu, M.H. & Domingues, M.R. (2015). Decoding bioactive polar lipid profile of
the macroalgae Codium tomentosum from a sustainable IMTA system using a lipidomic
approach. Algal Research, 12, 388-397.
Abreu, M.H., Pereira, R., Yarish, C., Buschmann, A.H. & Sousa-Pinto, I.
(2011). IMTA with Gracilaria vermiculophylla: Productivity and nutrient removal
performance of the seaweed in a land-based pilot scale system. Aquaculture, 312(1-4),
77–87.
Abreu, M.H.T., Sousa, P. & Pereira, R.P. (2016). Cultivo Integrado de Gracilaria
nas Aquaculturas da Ria de Aveiro. Relatório Técnico Final - Resumo. Ílhavo. 1 -13 pp.
Ahmad, I., Verma, A.K., Rani, A.M.B., Rathore, G., Saharan, N. & Gora, A.H.
(2016). Growth, non-specific immunity, and disease resistance of Labeo rohita against
Aeromonas hydrophila in biofloc systems using different carbon sources. Aquaculture,
457: 61–67.
Ahmad, I., Rani, A.B., Verma, A.K. & Maqsood, M. (2017). Biofloc technology: an
emerging avenue in aquatic animal healthcare and nutrition. Aquaculture International,
25(3), 1215-1226.
Ajadi, A., Sabri, M.Y., Dauda, A.B., Ina-Salwany, M.Y. & Haslisa, A.H. (2016).
Immunoprophylaxis: a better alternative protective measure against shrimp vibriosis – a
review. PJSRR, 2: 58–69.
Akiyama, D., Doming, W.G. & Lawrence, A.L. (1992) Penaeid shrimp nutrition.
In: Fast AW, Lester LJ (eds) Marine shrimp culture: principles and practices. Elsevier,
Amsterdam, pp 535–568.
Alexander, K.A. & Hughes, A.D. (2017). A problem shared: Technology transfer
and development in European integrated multi-trophic aquaculture (IMTA). Aquaculture,
473, 13-19.
FCUP 67
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Alexander, K., Potts, T., Freeman, S., Israel, D., Johansen, J., Kletou, D., Meland,
M., Pecorino, D., Rebours, C., Shoten, M. & Angel, D. (2015). The implications of
aquaculture policy and regulation for the development of integrated multi-trophic
aquaculture in Europe. Aquaculture, 443, 16-23.
Amberg, S.M. & Hall, T.E. (2008). Communicating Risks and Benefits of
Aquaculture: A Content Analysis of US Newsprint Representations of Farmed Salmon.
Journal of the World Aquaculture Society, 39(2), 143-157.
Anand, P.S., Kohli, M.P.S., Kumar, S., Sundaray, J.K., Roy, S.D.,
Venkateshwarlu, G., Sinha, A. & Pailan, G.H. (2014). Effect of dietary supplementation
of biofloc on growth performance and digestive enzyme activities in Penaeus monodon.
Aquaculture, 418, 108-115.
Anonymous, T.T. (2003). Blue revolution, the promise of fish farming: a new way
to feed the world. Economist, August 9, 2993.
Anonymous. (2019). The EU Fish Market 2019 edition is out: everything you
wanted to know about the EU market for fish and seafood [WWW Document]. Fish. -
Eur. Comm. URL https://ec.europa.eu/fisheries/press/eu-fish-market-2019-edition-out-
everythingyou-wanted-know-about-eu-market-fish-and-seafood_en (accessed 4.29.20).
Araújo, M., Rema, P., Sousa-Pinto, I., Cunha, L.M., Peixoto, M.J., Pires, M.A., ...
& Valente, L.M. (2016). Dietary inclusion of IMTA-cultivated Gracilaria vermiculophylla in
rainbow trout (Oncorhynchus mykiss) diets: effects on growth, intestinal morphology,
FCUP 68
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Asaduzzaman, M., Wahab, M., Verdegem, M., Mondal, M. & Azim, M. (2009).
Effects of stocking density of freshwater prawn Macrobrachium rosenbergii and addition
of different levels of tilapia Oreochromis niloticus on production in C/N controlled
periphyton based system. Aquaculture, 286: 72–79.
Avnimelech, Y. (2012). Biofloc Technology- A Practical Guide Book 2nd ed. The
World Aquaculture Society, Baton Rouge, Louisiana, EUA. 272p.
Azim, M.E. & Little, D.C. (2008). The biofloc technology (BFT) in indoor tanks:
water quality, biofloc composition, and growth and welfare of Nile tilapia (Oreochromis
niloticus). Aquaculture, 283(1-4), 29-35.
Bakar, N.S.A., Nasir, N.M., Lananan, F., Hamid, S.H.A., Lam, S.S. & Jusoh, A.
(2015). Optimization of C/N ratios for nutrient removal in aquaculture system culturing
African catfish, (Clarias gariepinus) utilizing Bioflocs Technology. International
Biodeterioration & Biodegradation, 102, 100-106.
Barrett, L.T., Pert, C.G., Bui, S., Oppedal, F. & Dempster, T. (2019). Sterilization
of sea lice eggs with ultraviolet C light: towards a new preventative technique for
aquaculture. Pest Management Science, 76(3), 901-906.
Barrington, K., Ridler, N., Chopin, T., Robinson, S. & Robinson, B. (2010). Social
aspects of the sustainability of integrated multi-trophic aquaculture. Aquaculture
International, 18, 201 -211.
Beveridge, M., Briggs, M., Mowat, A., Northcott, M. & Ross, L. (1988) The
function of microbranchiospines in tilapias, in Pullin, R. et al. (eds) The Second
International Symposium on Tilapia in Aquaculture. Manila, Philippines: Department of
Fisheries & International Center for Living Aquatic Resources Management, pp. 311–
317.
Bordbar, S., Anwar, F. & Saari, N. (2011). High-value components and bioactives
from sea cucumbers for functional foods—A review. Marine Drugs, 9, 1761–1805.
Borges, B.A., Rocha, J.L., Pinto, P.H.O., Zacheu, T., Chede, A.C., Magnotti,
C.C.F., Cerqueira, V.R. & Arana, L.A.V. (2020). Integrated culture of white shrimp
FCUP 70
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Bostock, J., McAndrew, B., Richards, R., Jauncey, K., Telfer, T., Lorenzen, K., ...
& Corner, R. (2010). Aquaculture: global status and trends. Philosophical Transactions
of the Royal Society B: Biological Sciences, 365(1554), 2897-2912.
Boyd, C.E., Torrans, E.L. & Tucker, C.S. (2018). Dissolved oxygen and aeration
in ictalurid catfish aquaculture. Journal of the World Aquaculture Society, 49(1), 7-70.
Bratvold, D. & Browdy, C.L. (2001). Effects of sand sediment and vertical
surfaces (AquaMatsTM) on production, water quality, and microbial ecology in an
intensive Litopenaeus vannamei culture system. Aquaculture, 195(1-2):81-94.
Brito, L.O., Arantes, R., Magnotti, C., Derner, R., Pchara, F., Olivera, A. &
Vinatea, L. (2014a). Water quality and growth of Pacific white shrimp Litopenaeus
vannamei (Boone) in co-culture with green seaweed Ulva lactuca (Linaeus) in intensive
system. Aquaculture International, 22(2), 497-508.
Brito, L.O., Arana, L.A.V., Soares, R.B., Severi, W., Miranda, R.H., da Silva,
S.M.B.C., ... & Gálvez, A.O. (2014b). Water quality, phytoplankton composition and
growth of Litopenaeus vannamei (Boone) in an integrated biofloc system with Gracilaria
birdiae (Greville) and Gracilaria domingensis (Kützing). Aquaculture International, 22(5),
1649-1664.
Brito, L.O., Junior, L.C., Abreu, J.L., Severi, W., Moraes, L.B. & Gálvez, A.O.
(2018). Effects of two commercial feeds with high and low crude protein content on the
performance of white shrimp Litopenaeus vannamei raised in an integrated biofloc
FCUP 71
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
system with the seaweed Gracilaria birdiae. Spanish Journal of Agricultural Research,
16(1): 13.
Brown, N., Eddy, S. & Plaud, S. (2011). Utilization of waste from a marine
recirculating fish culture system as a feed source for the polychaete worm, Nereis virens.
Aquaculture, 322-323(C), 177–183.
Bruckner, C.G., Bahulikar, R., Rahalkar, M., Schink, B. & Kroth, P.G. (2008).
Bacteria associated with benthic diatoms from Lake Constance: phylogeny and
influences on diatom growth and secretion of extracellular polymeric substances. Applied
and Environmental Microbiology, 74(24):7740–7749.
Buck, B.H., Nevejan, N., Wille, M., Chambers, M.D. & Chopin, T. (2017). Offshore
and multi-use aquaculture with extractive species: seaweeds and bivalves.
In Aquaculture perspective of multi-use sites in the open ocean (pp. 23-69). Springer,
Cham.
Burford, M.A., Thompson, P.J., McIntosh, R.P., Bauman, R.H. & Pearson, D.C.
(2003). Nutrient and microbial dynamics in high-intensity, zero-exchange shrimp ponds
in Belize. Aquaculture, 219:393–411.
Burford, M.A., Thompson, P.J., McIntosh, R.P., Bauman, R.H. & Pearson, D.C.
(2004). The contribution of flocculated material to shrimp (Litopenaeus vannamei)
nutrition in a high-intensity, zero exchange system. Aquaculture, 232:525–537.
FCUP 72
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Campos, C.V.F. da S., Moraes, L.B.S. de, Farias, R. da S., Severi, W., Brito, L.O.
& Gálvez, A.O. (2019). Phytoplankton communities in aquaculture system (integration of
shrimp and seaweed). Chemistry and Ecology, 1–19.
Castelar, B., Pontes, M.D., Costa, W.M., Moura, L.C., Dias, G.E., Lundaci, F.S.
& Reis, R.P. (2015). Biofiltering efficiency and productive performance of macroalgae
with potencial for integrated multi-trophic aquaculture (IMTA). Boletim do Instituto da
Pesca, 41, 763-770.
Castro, M.G., Castro, M.J., De Lara, A., Monroy, D.M.C., Ocampo, C.J.A. &
Davila, F.S. (2016). Length, weight, and condition factor comparison of Carassius
auratus (Linnaeus, 1758) juveniles cultured in biofloc system. International Journal of
Fisheries and Aquatic Studies, 4(6):345-350.
Chaudhary, D.S., Vigneswaran, S., Ngo, H.H., Shim, W.G. & Moon, H. (2003).
Biofilter in water and wastewater treatment. Korean Journal of Chemical Engineering,
20(6), 1054.
Chen, S., Ling, J. & Blancheton, J.P. (2006). Nitrification kinetics of biofilm as
affected by water quality factors. Aquacultural Engineering, 34: 179–197.
FCUP 73
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Choi, H.G., Kim, Y.S., Kim, J.H., Lee, S.J., Park, E.J., Ryu, J. & Nam, K.W.
(2006). Effects of temperature and salinity on the growth of Gracilaria verrucosa and G.
chorda, with the potential for mariculture in Korea. In Eighteenth International Seaweed
Symposium (pp. 43-51). Springer, Dordrecht.
Chopin, T., Buschmann, A.H., Halling, C., Troell, M., Kautsky, N., Neori, A. &
Neefus, C. (2001). Integrating seaweeds into marine aquaculture systems: A key toward
sustainability. Journal of Phycology, 37(6), 975-986.
Chopin, T., Robinson, S.M.C., Troell, M., Neori, A., Buschmann, A. & Fang, J.G.
(2008). Ecological engineering: multi-trophic integration for sustainable marine
aquaculture.
Chopin, T., Robinson, S.M.C., Troell, M., Neori, A., Buschmann, A.H. & Fang, J.
(2008). Multitrophic integration for sustainable marine aquaculture. In: Jørgensen, S.E.,
Fath, B.D. (Eds.), The Encyclopedia of Ecology, Ecological Engineering, vol. 3. Elsevier,
Oxford, pp. 24.
Chopin, T., Cooper, J., Reid, G., Cross, S. & Moore, S. (2012). Open water
integrated multi-trophic aquaculture: environmental biomitigation and economic
diversification of fed aquaculture by extractive aquaculture. Reviews in Aquaculture, 4,
209–220.
Cook, E.J. & Kelly, M.S. (2007). Enhanced production of the sea urchin
Paracentrotus lividus in integrated open-water cultivation with Atlantic salmon Salmo
salar. Aquaculture, 273(4), 573-585.
Crab, R., Avnimelech, Y., Defoirdt, T., Bossier, P. & Verstraete, W. (2007).
Nitrogen removal techniques in aquaculture for a sustainable production. Aquaculture,
270: 1–14.
Crab, R., Lambert, A. & Defoirdt, T. (2010). The application of bioflocs technology
to protect brine shrimp, Artemia franciscana from pathogenic Vibrio harveyi. Journal of
Applied Microbiology, 5:1643–1649.
Crab, R., Defoirdt, T., Bossier, P. & Verstraete, W. (2012). Biofloc technology in
aquaculture: beneficial effects and future challenges. Aquaculture, 356, 351-356.
Craig, S. & Helfrich, L.A. (2002). Understanding Fish Nutrition, Feeds and
Feeding (Publication 420–256). Virginia Cooperative Extension, Yorktown (Virginia). 4
pp.
Craig, S., Helfrich, L.A., Kuhn, D. & Schwarz, M.H. (2017). Understanding fish
nutrition, feeds, and feeding. Virginia Cooperative Extension, Yorktown (Virginia). 6 pp.
FCUP 75
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Cubillo, A.M., Ferreira, J.G., Robinson, S.M.C., Pearce, C.M., Corner, R.A. &
Johansen, J. (2016). Role of deposit feeders in integrated multi-trophic aquaculture — A
model analysis. Aquaculture, 453, 54–66.
Cunha, M.E., Quental-Ferreira, H., Ribeiro, L., Moreira, M., Soares, F., Caetano,
M. & Ferreira, P.P. (2016). Aquacultura multi-trófica integrada em tanques de terra.
Relatório Científico Técnico do IPMA (http://ipma. pt) nº, 13.
Cunha, M.E., Quental-Ferreira, H., Parejo, A., Gamito, S., Ribeiro, L., Moreira,
M., Monteiro, I., Soares, F. & Pousão-Ferreira, P. (2019). Understanding the individual
role of fish, oyster, phytoplankton and macroalgae in the ecology of integrated production
in earthen ponds. Aquaculture, 512, 734297.
Custódio, M., Villasante, S., Cremades, J., Calado, R. & Lillebø, A.I. (2017).
Unravelling the potential of halophytes for marine integrated multi-trophic aquaculture
(IMTA) a perspective on performance, opportunities, and challenges. Aquaculture
Environment Interactions, 9, 445-460.
Da Silva, K.R., Wasielesky, W. & Abreu, P.C. (2013). Nitrogen and phosphorus
dynamics in the biofloc production of the Pacific white shrimp Litopenaeus vannamei.
The World Aquaculture Society, 44:30–41.
Dauda, A.B., Romano, N., Ebrahimi, M., Karim, M., Natrah, I., Kamarudin, M.S.
& Ekasari, J. (2017). Different carbon sources affect biofloc volume, water quality and
the survival and physiology of African catfish Clarias gariepinus fingerlings reared in an
intensive biofloc technology system. Fisheries science, 83(6), 1037-1048.
Dauda, A.B., Romano, N., Ebrahimi, M., Teh, J.C., Ajadi, A., Chong, C. et al.
(2018). Influence of carbon/nitrogen ratios on biofloc production and biochemical
composition and subsequent effects on the growth, physiological status and disease
resistance of African catfish (Clarias gariepinus) cultured in glycerol-based biofloc
system. Aquaculture, 483: 120–130.
FCUP 76
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Day, S.B., Salie, K. & Stander, H.B. (2016). A growth comparison among three
commercial tilapia species in a biofloc system. Aquaculture International, 24(5):1309-
1322.
De Paula Nascente, E., Chagas, S.R., Pessoa, A.V.C., Matos, M.P.C., Andrade,
M.A. & Pascoal, L.M. (2019). Potencial antimicrobiano do ozônio: aplicações e
perspectivas em medicina veterinária. PUBVET, 13, 130.
De Schryver, P., Crab, R., Defoirdt, T., Boon, N. & Verstraete, W. (2008). The
basics of bioflocs technology: the added value for aquaculture. Aquaculture, 277, 125–
137.
De Schryver, P., Boon, N., Verstraete, W. & Bossier, P. (2012). The biology and
biotechnology behind bioflocs. In: Avnimelech Y, editor. Biofloc Technology - a practical
guidebook, 2nd ed., The World Aquaculture Society, Baton Rouge, Louisiana, USA. pp.
217-230.
De Lima, P.C.M., da Silva, A.E.M., da Silva, D.A., da Silva, S.M.B.C., Brito, L.O.
& Gálvez, A.O. (2020). Effect of stocking density of Crassostrea sp. in a multitrophic
biofloc system with Litopenaeus vannamei in nursery. Aquaculture, 735913.
De Souza, D.M., Suita, S.M., Romano, L.A., Wasielesky, W. & Ballester, E.L.C.
(2014). Use of molasses as a carbon source during the nursery rearing of
Farfantepenaeus brasiliensis (Latreille, 1817) in a Biofloc technology system.
Aquaculture Resources, 45:270–277.
Decamp, O., Cody, J., Conquest, L., Delanoy, G. & Tacon, A.G.J. (2003). Effect
of salinity on natural community and production of Litopenaeus vannamei (Boone) within
experimental zero-water exchange culture systems. Aquaculture Research, 34:345-355.
Defoirdt, T., Halet, D., Vervaeren, H., Boon, N., Van de Wiele, T., Sorgeloos, P.,
... & Verstraete, W. (2007). The bacterial storage compound poly‐β‐hydroxybutyrate
protects Artemia franciscana from pathogenic Vibrio campbellii. Environmental
microbiology, 9(2), 445-452.
FCUP 77
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Doncato, K.B. & Costa, C.S.B. (2020). Micronutrient supplementation needs for
halophytes in saline aquaponics with BFT system water. Aquaculture, 735815.
Dos Santos, M.J.P.L. (2016). Smart cities and urban areas — aquaponics as
innovative urban agriculture. Urban For Urban Green, 20:402−406.
Eagle, J., Naylor, R. & Smith, W. (2004). Why farm salmon outcompete fishery
salmon. Marine Policy, 28(3), 259–270.
Ebeling, J.M., Timmons, M.B. & Bisogni, J.J. (2006). Engineering analysis of the
stoichiometry of photoautotrophic, autotrophic, and heterotrophic removal of ammonia-
nitrogen in aquaculture systems. Aquaculture, 257, 346–358.
Ekasari, J., Azhar, M.H., Surawidjaja, E.H., Nuryati, S., De Schryver, P. &
Bossier, P. (2014). Immune response and disease resistance of shrimp fed biofloc grown
on different carbon sources. Fish & Shellfish Immunology, 41: 332–339.
Ekasari, J., Rivandi, D.R., Firdausi, A.P., Surawidjaja, E.H., Zairin Jr, M., Bossier,
P. & De Schryver, P. (2015). Biofloc technology positively affects Nile tilapia
(Oreochromis niloticus) larvae performance. Aquaculture, 441, 72-77.
Ekasari, J., Suprayudi, M.A., Wiyoto, W., Hazanah, R.F., Lenggara, G.S.,
Sulistiani, R., Alkahfia, M. & Zairin Jr, M. (2016). Biofloc technology application in African
catfish fingerling production: the effects on the reproductive performance of broodstock
and the quality of eggs and larvae. Aquaculture, 464, 349-356.
FCUP 78
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Emerenciano, M., Avnimelech, Y., Gonzalez, R., Leon, A.T.D., Cuzon, G. &
Gaxiola, G. (2009). Effect of biofloc technology (BFT) in ectoparasite control in Nile tilapia
Oreochromis niloticus culture. CD of Abstracts of World Aquaculture Society Meeting,
Veracruz, Veracruz, Mexico.
Emerenciano, M., Ballester, E.L.C., Cavalli, R.O. & Wasielesky, W. (2011). Effect
of biofloc technology (BFT) on the early post larval stage of pink shrimp Farfantepenaeus
paulensis: growth performance, floc composition and salinity stress tolerance.
Aquaculture International, 19:891–901.
FAO. (1995). Code of Conduct for Responsible Fisheries. FAO, Rome, Italy. 41
pp.
FCUP 79
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
FAO. (2014). Food and Agriculture Organization of the United Nations Rome,
Italy: Food and Agriculture Organization of the United Nations 201. 161pp.
FAO. (2018). The State of World Fisheries and Aquaculture 2018 - Meeting the
sustainable development goals. Rome. 227pp.
FAO. (2020). The State of World Fisheries and Aquaculture 2020. Sustainability
in action. Rome. 224pp.
Furtado, P.S., Poersch, L.H. & Wasielesky, W.Jr. (2011). Effect of calcium
hydroxide, carbonate and sodium bicarbonate on water quality and zootechnical
performance of shrimp Litopenaeus vannamei reared in bio-flocs technology (BFT)
systems. Aquaculture, 321: 130–135.
Gao, L., Shan, H.W., Zhang, T.W., Bao, W.Y. & Ma, S. (2012). Effects of
carbohydrate addition on Litopenaeus vannamei intensive culture in a zero-water
exchange system. Aquaculture, 342–343, 89–96.
FCUP 80
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Gentry, R.R., Lester, S.E., Kappel, C.V., White, C., Bell, T.W., Stevens, J. &
Gaines, S.D. (2017). Offshore aquaculture: spatial planning principles for sustainable
development. Ecology and evolution, 7(2), 733-743.
Graber, A. & Junge, R. (2009). Aquaponic systems: nutrient recycling from fish
wastewater by vegetable production. Desalination, 246:147−156.
Granada, L., Sousa, N., Lopes, S. & Lemos, M.F. (2015). Is integrated
multitrophic aquaculture the solution to the sectors’ major challenges? – a review.
Reviews in Aquaculture, 8(3), 283-300.
Granada, L., Lopes, S., Novais, S.C. & Lemos, M.F. (2018). Modelling integrated
multi-trophic aquaculture: Optimizing a three trophic level system. Aquaculture, 495, 90-
97.
Green, B.W. & Mc Entire, M.E. (2017). Comparative water quality and channel
catfish production in earthen ponds and a biofloc technology production system. Journal
of Applied Aquaculture, 29(1):1-15.
Guilherme, S., Crespo, R., Azevedo, D., Marques, A., Santos, M.A., Serradeiro,
R. & Pacheco, M. (2019). DNA and chromosomal damage in Senegalese sole (Solea
senegalensis) as side effects of ozone-based water treatment-Contribution to
optimization of fish-farming practices. Comparative Biochemistry and Physiology Part C:
Toxicology & Pharmacology, 219, 68-76.
Hagopian, D.S. & Riley, J.G. (1998). A closer look at the bacteriology of
nitrification. Aquacultural Engineering, 18, 223–244.
FCUP 81
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Handå, A., Min, H., Wang, X., Broch, O.J. & Reitan, K.I. (2012). Incorporation of
fish feed and growth of blue mussels (Mytilus edulis) in close proximity to salmon (Salmo
salar) aquaculture: Implications of integrated multi-trophic aquaculture in Norwegian
coastal waters. Aquaculture, 356-357, 328-341.
Handå, A., Forbord, S., Wang, X., Broch, O.J., Dahle, S.W., Størseth, T.R., ... &
Skjermo, J. (2013). Seasonal-and depth-dependent growth of cultivated kelp
(Saccharina latissima) in close proximity to salmon (Salmo salar) aquaculture in Norway.
Aquaculture, 414, 191-201.
Hari, B., Kurup, B.M., Varghese, J.T., Schrama, J.H. & Verdegem, M.C.J. (2004).
Effects of carbohydrate addition on production in extensive shrimp culture system.
Aquaculture, 241:179-194.
Hernández, I., Martínez-Aragon, J.F., Tovar, A., Pérez-Lloréns, J.L. & Vergara,
J.J. (2002). Biofiltering efficiency in removal of dissolved nutrients by three species of
estuarine macroalgae cultivated with sea bass (Dicentrarchus labrax) waste waters 2.
Ammonium. Journal of Applied Phycology, 14, 375-384.
His, E., Robert, R. & Dinet, A. (1989). Combined effects of temperature and
salinity on fed and starved larvae of the Mediterranean mussel Mytilus galloprovincialis
and the Japanese oyster Crassostrea gigas. Marine biology, 100(4), 455-463.
Hisano, H., Barbosa, P.T., Hayd, L.A. & Mattioli, C.C. (2019). Evaluation of Nile
tilapia in monoculture and polyculture with giant freshwater prawn in biofloc technology
system and in recirculation aquaculture system. International Aquatic Research, 11(4),
335-346.
Hodar, A.R., Vasava, R.J., Mahavadiya, D.R. & Joshi, N.H. (2020). Fish meal
and fish oil replacement for aqua feed formulation by using alternative sources: a review.
Journal of Experimental Zoology, India, 23(1), 13-21.
Holdt, S.L. & Edwards, M.D. (2014). Cost-effective IMTA: a comparison of the
production efficiencies of mussels and seaweed. Journal of applied phycology, 26(2),
933-945.
Hollender, J., van der Krol, D., Kornberger, L., Gierden, E. & Dott, W. (2002).
Effect of different carbon sources on the enhanced biological phosphorus removal in a
sequencing batch reactor. World Journal of Microbiology and Biotechnology, 18 (4), 355–
360.
Hostins, B., Braga, A., Lopes, D.L.A., Wasielesky, W. & Poersch, L.H. (2015).
Effect of temperature on nursery and compensatory growth of pink shrimp
Farfantepenaeus brasiliensis reared in a super-intensive biofloc system. Aquacultural
Engineering, 66:62–67.
Hughes, A.D., Corner, R.A., Cocchi, M., Alexander, K.A., Freeman, S., Angel, D.,
Chiantore, M., et al. (2016). Beyond Fish Monoculture - Developing Integrated Multi-
trophic Aquaculture in Europe: 43pp.
Huntingford, F.A., Adams, C., Braithwaite, V.A., Kadri, S., Pottinger, T.G.,
Sandøe, P. & Turnbull, J.F. (2006). Current issues in fish welfare. Journal of fish
biology, 68(2), 332-372.
Izquierdo, M., Forster, I., Divakaran, S., Conquest, L., Decamp, O. & Tacon, A.
(2006). Effect of green and clear water and lipid source on survival, growth, and
biochemical composition of Pacific white shrimp Litopenaeus vannamei. Aquaculture
Nutrition, 12:192–202.
FCUP 83
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Jannathulla, R., Rajaram, V., Kalanjiam, R., Ambasankar, K., Muralidhar, M. &
Dayal, J.S. (2019). Fishmeal availability in the scenarios of climate change: Inevitability
of fishmeal replacement in aquafeeds and approaches for the utilization of plant protein
sources. Aquaculture Research, 50(12), 3493-3506.
Ju, Z.Y., Forster, I., Conquest, L. & Dominy, W. (2008). Enhanced growth effects
on shrimp, Litopenaeus vannamei from inclusion of whole shrimp floc or floc fractions to
a formulated diet. Aquaculture Nutrition, 14:533-543.
Kasan, N.A., Said, S.M., Ghazali, N.A., Hashim, N.F.C., Ibrahim, Z. & Amin, N.M.
(2015). Application of biofloc in aquaculture: An evaluation of flocculating activity of
selected bacteria from biofloc. In Beneficial Microorganisms in Agriculture, Aquaculture
and Other Areas (pp. 165-182). Springer, Cham.
Kim, J.K., Kraemer, G.P., Neefus, C.D., Chung, I.K. & Yarish, C. (2007). Effects
of temperature and ammonium on growth, pigment production and nitrogen uptake by
four species of Porphyra (Bangiales, Rhodophyta) native to the New England
coast. Journal of Applied Phycology, 19(5), 431.
FCUP 84
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Kim, J.H., Kang, E.J., Park, M.G., Lee, B.G. & Kim, K.Y. (2011). Effects of
temperature and irradiance on photosynthesis and growth of a green-tide-forming
species (Ulva linza) in the Yellow Sea. Journal of Applied Phycology, 23(3), 421-432.
Kim, S.K., Pang, Z., Seo, H.C., Cho, Y.R., Samocha, T. & Jan, I.K. (2014). Effect
of bioflocs on growth and immune activity of Pacific white shrimp, Litopenaeus vannamei
post larvae. Aquaculture Research, 45: 362–371.
Kleitou, P., Kletou, D. & David, J. (2018). Is Europe ready for integrated multi
trophic aquaculture? A survey on the perspectives of European farmers and scientists
with IMTA experience. Aquaculture, 490, 136–148.
Knowler, D., Chopin, T., Martínez‐Espiñeira, R., Neori, A., Nobre, A., Noce, A. &
Reid, G. (2020). The economics of Integrated Multi‐Trophic Aquaculture: where are we
now and where do we need to go?. Reviews in Aquaculture, 1-16.
Kokou, F., Rigos, G., Henry, M., Kentouri, M. & Alexis, M. (2012). Growth
performance, feed utilization and non-specific immune response of gilthead sea bream
(Sparus aurata L.) fed graded levels of a bioprocessed soybean meal. Aquaculture, 364-
365, 74-81.
Krummenauer, D., Peixoto, S., Cavalli, R.O., Poersch, L.H. & Wasielesky Jr, W.
(2011). Super intensive culture of white shrimp, Litopenaeus vannamei, in a biofloc
technology system in southern Brazil at different stocking densities. Journal of the World
Aquaculture Society, 42(5), 726-733.
Krummenauer, D., Samocha, T., Poersch, L., Lara, G. & Wasielesky Jr, W.
(2014). The reuse of water on the culture of Pacific white shrimp, Litopenaeus vannamei,
in BFT system. Journal of the World Aquaculture Society, 45(1), 3-14.
Kuhn, D.D., Boardman, G.D., Craig, S.R., Flick Jr, G.J. & McLean, E. (2008). Use
of microbial flocs generated from tilapia effluent as a nutritional supplement for shrimp,
Litopenaeus vannamei, in recirculating aquaculture systems. Journal of the World
Aquaculture Society, 39(1), 72-82.
FCUP 85
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Kuhn, D.D., Boardman, G.D., Lawrence, A.L., Marshm, L. & Flick, G.J. (2009).
Microbial floc meals as a replacement ingredient for fish meal and soybean protein in
shrimp feed. Aquaculture, 296: 51-57.
Kuhn, D.D., Lawrence, A.L., Boardman, G.D., Patnaik, S., Marsh, L. & Flick, G.J.
(2010). Evaluation of two types of bioflocs derived from biological treatment of fish
effluent as feed ingredients for Pacific white shrimp, Litopenaeus vannamei.
Aquaculture, 303: 28-33.
Kumar, S., Anand, P.S.S., De, D., Sundaray, J.K., Raja, R.A., Biswas, G.,
Ponniah, A.G., Ghoshal, T.K., Deo, A.D., Panigrahi, A. & Muralidhar, M. (2014). Effects
of carbohydrate supplementation on water quality, microbial dynamics, and growth
performance of giant tiger prawn (Penaeus monodon). Aquaculture International, 22:
901–912.
Kumar, S., Anand, P.S.S., De D., Deo, A.D., Ghoshal, T.K. & Sundaray, J.K.
(2017). Effects of biofloc under different carbon sources and protein levels on water
quality, growth performance and immune responses in black tiger shrimp Penaeus
monodon (Fabricius, 1978). Aquaculture Research, 48: 1168–1182.
Lafferty, K.D., Harvell, C.D., Conrad, J.M., Friedman, C.S., Kent, M.L., Kuris,
A.M., …, & Saksida, S.M. (2015). Infectious diseases affect marine fisheries and
aquaculture economics. Annual Review of Marine Science, 7, 471–496.
Lander, T.R., Robinson, S.M.C., MacDonald, B.A. & Martin, J.D. (2012).
Enhanced Growth Rates and Condition Index of Blue Mussels (Mytilus edulis) Held at
Integrated Multitrophic Aquaculture Sites in the Bay of Fundy. Journal of Shellfish
Research, 31(4), 997–1007.
Landman, M.J., Van Den Heuvel, M.R. & Ling, N. (2005). Relative sensitivities of
common freshwater fish and invertebrates to acute hypoxia. New Zealand Journal of
Marine and Freshwater Research, 39 (5), 1061–1067.
Lee, C.S. (2019). Challenges and opportunities of IMTA in Hawaii and beyond.
Bull. Jap. Fish. Res. Edu. Agen. No, 49, 134.
FCUP 86
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Lee, M.K. & Yoo, S.H. (2014). The role of the capture fisheries and aquaculture
sectors in the Korean national economy: An input-output analysis. Marine Policy, 44,
448–456.
Legarda, E.C., Poli, M.A., Martins, M.A., Pereira, S.A., Martins, M.L., Machado,
C., de Lorenzo, M.A. & do Nascimento Vieira, F. (2019). Integrated recirculating
aquaculture system for mullet and shrimp using biofloc technology. Aquaculture, 512,
734308.
Lekang, O.I. (2013). Aquaculture engineering, second edition. John Wiley &
Sons.
Leston, S., Nunes, M., Viegas, I., Lemos, M.F.L., Freitas, A., Barbosa, J., et al.
(2011). The effects of the nitrofuran furaltadone on Ulva lactuca. Chemosphere, 82(7),
1010–1016.
Li, S. (1987). Energy structure and efficiency of a typical chinese integrated fish
farm. Aquaculture, 65:105–118.
Li, J.W., Dong, S.L., Gao, Q.F., Wang, F. & Tian, X.L. (2014). Total organic
carbon budget of integrated aquaculture system of sea cucumber Apostichopus
japonicus, jellyfish Rhopilema esculenta and shrimp Fenneropenaeus chinensis.
Aquaculture Research, 45:1825–1831.
Li, M., Callier, M.D., Blancheton, J.P., Galès, A., Nahon, S., Triplet, S., Geoffoy,
T., Menniti, C., Fouilland, E. & Roque D'Orbcastel, E. (2019). Bioremediation of fishpond
effluent and production of microalgae for an oyster farm in an innovative recirculating
integrated multi-trophic aquaculture system. Aquaculture, 504, 314-325.
Liu, L., Hu, Z., Dai, X. & Avnimelech, Y. (2014). Effects of addition of maize starch
on the yield, water quality and formation of bioflocs in an integrated shrimp culture
system. Aquaculture, 418, 79-86.
Liu, G., Zhu, S., Liu, D., Guo, X. & Ye, Z. (2017). Effects of stocking density of
the white shrimp Litopenaeus vannamei (Boone) on immunities, antioxidant status, and
FCUP 87
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
resistance against Vibrio harveyi in a biofloc system. Fish & Shellfish Immunology, 67,
19-26.
Liu, G., Zhu, S., Liu, D. & Ye, Z. (2018). Effect of the C/N ratio on inorganic
nitrogen control and the growth and physiological parameters of tilapias fingerlings,
Oreochromis niloticus reared in biofloc systems. Aquaculture Research, 49(7), 2429-
2439.
Liu, H., Li, H., Wei, H., Zhu, X., Han, D., Jin, J., ... & Xie, S. (2019). Biofloc
formation improves water quality and fish yield in a freshwater pond aquaculture system.
Aquaculture, 506, 256-269.
Long, L., Yang, J., Li, Y., Guan, C. & Wu, F. (2015). Effect of biofloc technology
on growth, digestive enzyme activity, hematology, and immune response of genetically
improved farmed tilapia (Oreochromis niloticus). Aquaculture, 448: 135–141.
López-Pérez, D., Jiménez, A., Rodriguez, A., Morales, D., Vivas, V., Martínez, J.
et al. (2013). Morfología interna y externa del pez Oreochromis niloticus, Universidad
Juárez Autónoma de Tabasco, División Académica de Ciencias Biológicas, Villa-
hermosa Tabasco. pp. 1–9.
Luo, G., Wang, C., Liu, W., Sun, D., Li, L. & Tan, H. (2014). Growth, digestive
activity, welfare, and partial cost-effectiveness of genetically improved farmed tilapia
(Oreochromis niloticus) cultured in a recirculating aquaculture system and an indoor
biofloc system. Aquaculture, 422–423:1–7.
Luo, G., Zhang, N., Cai, S., Tan, H. & Liu, Z. (2017). Nitrogen dynamics, bacterial
community composition and biofloc quality in biofloc-based systems cultured
Oreochromis niloticus with poly-β-hydroxybutyric and polycaprolactone as external
carbohydrates. Aquaculture, 479:732-741.
Maar, M., Saurel, C., Landes, A., Dolmer, P. & Petersen, J.K. (2015). Growth
potential of blue mussels (M. edulis) exposed to different salinities evaluated by a
Dynamic Energy Budget model. Journal of Marine Systems, 148, 48-55.
MacDonald, C.L., Stead, S.M. & Slater, M.J. (2013). Consumption and
remediation of European Seabass (Dicentrarchus labrax) waste by the sea cucumber
Holothuria forskali. Aquaculture International, 21(6), 1279-1290.
Maicá, P.F., de Borba, M.R. & Wasielesky Jr, W. (2012). Effect of low salinity on
microbial floc composition and performance of Litopenaeus vannamei (Boone) juveniles
reared in a zero‐water‐exchange super‐intensive system. Aquaculture Research, 43(3),
361-370.
Maicá, P.F., de Borba, M.R., Martins, T.G. & Wasielesky, W.Jr. (2014). Effect of
salinity on performance and body composition of Pacific white shrimp juveniles reared in
a super-intensive system. Revista Brasileira de Zootecnia, 43: 343–350.
Mann, R., Burreson, E.M. & Baker, P.K. (1991). The decline of the Virginia oyster
fishery in Chesapeake Bay considerations for introduction of a non-endemic species,
Crassostrea gigas (Thunberg, 1793). Journal of Shellfish Research, 10(2), 379.
Mao, Y., Yang, H., Zhou, Y., Ye, N. & Fang, J. (2009). Potential of the seaweed
Gracilaria lemaneiformis for integrated multi-trophic aquaculture with scallop Chlamys
farreri in north China. Journal of applied phycology, 21:649–656.
Marinho, G., Nunes, C., Sousa-Pinto, I., Pereira, R., Rema, P. & Valente, L.M.
(2013). The IMTA-cultivated Chlorophyta Ulva spp. as a sustainable ingredient in Nile
tilapia (Oreochromis niloticus) diets. Journal of applied phycology, 25(5), 1359-1367.
Marques, H.L.A., New, M.B., Boock, M.V., Barros, H.P., Mallasen, M. & Valenti,
W.C. (2016). Integrated freshwater prawn farming: State-of-the-art and future potential.
Reviews in Fisheries Science and Aquaculture, 24 (3), 264–293.
Martinez, B., Viejo, R.M., Rico, J.M., Rodde, R.H., Faes, V.A., Oliveros, J. &
Álvarez, D. (2006). Open sea cultivation of Palmaria palmata (Rhodophyta) on the
northern Spanish coast. Aquaculture, 254: 376-387.
Martínez-Espiñeira, R., Chopin, T., Robinson, T., Noce, A., Knowler, D. & Yip, W.
(2015). Estimating the biomitigation benefits of Integrated Multi-Trophic Aquaculture: A
contingent behavior analysis. Aquaculture, 437, 182–194.
Martins, A.M.P., Heijnen, J.J. & Van Loosdrecht, M.C.M. (2003). Effect of
dissolved oxygen concentration on sludge settleability. Applied Microbiology and
Biotechnology, 62(5–6): 586–593.
Martins, G.B., Tarouco, F., Rosa, C.E. & Robaldo, R.B. (2017). The utilization of
sodium bicarbonate, calcium carbonate or hydroxide in biofloc system: water quality,
growth performance and oxidative stress of Nile tilapia (Oreochromis niloticus).
Aquaculture, 468:10–17.
Mata, L., Silva, J., Schuenoff, A. & Santos, R. (2006). The effects of light and
temperature on the photosynthesis of the Asparagopsis armata tetrasporophyte
(Falkenbergia rufolanosa), cultivated in tanks. Aquaculture, 252: 12-19.
FCUP 90
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Matos, J., Costa, S., Rodrigues, A., Pereira, R. & Sousa-Pinto, I. (2006).
Experimental integrated aquaculture of fish and red seaweeds in Northern Portugal.
Aquaculture, 252: 31-42.
McKindsey, C.W., Archambault, P., Callier, M.D. & Olivier, F. (2011). Influence of
suspended and off-bottom mussel culture on the sea bottom and benthic habitats: a
review. Canadian Journal of Zoology, 89(7), 622-646.
Megahed, M.E. (2010). The effect of microbial biofloc on water quality, survival,
and growth of the green tiger shrimp (Penaeus semisulcatus) fed with different crude
protein levels. Journal of the Arabian Aquaculture Society, 5(2), 119-142.
Mikkelsen, L.H., Gotfredsen, A.K., Agerbaek, M.L., Nielsen, P.H. & Keiding, K.
(1996). Effects of colloidal stability on clarification and dewatering of activated sludge.
Water Scientific Technology, 34 (3–4), 449–457.
Milstein, A., Anvimelech, Y., Zoran, M. & Joseph, D. (2001). Growth performance
of hybrid bass and hybrid tilapia in conventional and active suspension intensive ponds.
Bamidgeh, 53:147–157.
Mishra, J.K., Samocha, T.M., Patnaik, S., Speed, M., Gandy, R.L. & Ali, A.M.
(2008). Performance of an intensive nursery system for the Pacific white shrimp,
Litopenaeus vannamei, under limited discharge condition. Aquacultural engineering,
38(1), 2-15.
Molloy, S.D., Pietrak, M.R., Bricknell, I. & Bouchard, D.A. (2013). Experimental
transmission of infectious pancreatic necrosis virus from the blue mussel, Mytilus edulis,
FCUP 91
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Mondal, A., Chakravortty, D., Mandal, S., Bhattacharyya, S.B. & Mitra, A. (2015).
Feeding ecology and prey preference of grey mullet, Mugil cephalus (Linneaus, 1758) in
extensive brackish water farming system. Journal of Marine Science Research &
Development, 6(1), 1-5.
Moreira, I.S., Peres, H., Couto, A., Enes, P. & Oliva-Teles, A. (2008).
Temperature and dietary carbohydrate level effects on performance and metabolic
utilization of diets in European sea bass (Dicentrarchus labrax) juveniles. Aquaculture,
274(1), 153-160.
Murray, A.G. & Munro, L.A. (2018). The growth of Scottish salmon (Salmo salar)
aquaculture 1979–2016 fits a simple two-phase logistic population model. Aquaculture,
496, 146-152.
Najdegerami, E.H., Bakhshi, F. & Lakani, F.B. (2016). Effects of biofloc on growth
performance, digestive enzyme activities and liver histology of common carp Cyprinus
carpio L. fingerlings in zero-water exchange system. Fish Physiology Biochemistry,
42(2):457-465.
Naylor, R. & Burke, M. (2005). Aquaculture and ocean resources: raising tigers
of the sea. Annual Review of Environment and Resources, 30, 185-218.
FCUP 92
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Naylor, R., Williams, S.L. & Strong, D.R. (2001). Aquaculture – A gateway for
exotic species. Science, 294, 1655–1666.
Neori, A., Shpigel, M. & Ben-Ezar, D. (2000). A sustainable integrated system for
culture of fish, seaweed, and abalone. Aquaculture, 186, 279-291.
Neori, A., Chopin, T., Troell, M., Buschmann, A.H., Kraemer, G.P., Halling, C.,
Shpigel, M. & Yarish, C. (2004). Integrated aquaculture: rationale, evolution and state of
the art emphasizing seaweed biofiltration in modern mariculture. Aquaculture, 231(1-4),
361-391.
Neori, A., Troell, M., Chopin, T., Yarish, C., Critchley, A. & Buschmann, A. (2007).
The Need for a Balanced Ecosystem Approach to Blue Revolution. Environment:
Science and Policy for Sustainable Development, 49(3), 36-43.
Neori, A., Shpige, M., Guttman, L. & Israel, A. (2017). Development of polyculture
and integrated multi-trophic aquaculture (IMTA) in Israel: a review. The Israeli Journal of
Aquaculture - Bamidgeh,19pp.
Neupane, P., Adhikari, M., Thapa, M.K. & Pandeya, A.K. (2020). Bio-Floc
Technology: Prospects & Challenges in Fish Farming of Nepal. International Journal of
Applied Sciences and Biotechnology, 8(2), 140-145.
Nunes, A.J.P., Sa, M.V.C., Andriola-Neto, F.F. & Lemos, D. (2006). Behavioural
response to selected feed attractants and stimulants in Pacific white shrimp, Litopenaeus
vannamei. Aquaculture, 260: 244–254.
Oehmen, A., Yuan, Z., Blackall, L.L. & Keller, J. (2004). Short-term effects of
carbon source on the competition of polyphosphate accumulating organisms and
glycogen accumulating organisms. Water Science and Technology, 50 (10), 139–144.
FCUP 93
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Ogello, E.O., Musa, S.M., Aura, C.H., Abwao, J.O. & Muuguti, J.M. (2014). An
appraisal of the feasibility of tilapia production in pond using biofloc technology.
International Journal of Aquatic Science, 5(1):21-39.
Otoshi, C.A., Naguwa, S.S., Falesch, F.C. & Moss, S.M. (2007). Shrimp behavior
may affect culture performance at super-intensive stocking densities. Global Aquaculture
Advocate, 2, 67-69.
Otoshi, C.A., Tang, L.R., Moss, D.R., Arce, S.M., Holl, C.M. & Moss, S. (2009).
Performance of Pacific white shrimp, Litopenaeus vannamei, cultured in biosecure,
super intensive, recirculating aquaculture systems. BROWDY, CL; JORY, DE. The rising
tide-proceedings of the special session on sustainable shrimp farming. Baton Rouge:
World Aquaculture Society.
Park, M., Shin, S.K., Do, Y.H., Yarish, C. & Kim, J.K. (2018). Application of open
water integrated multi-trophic aquaculture to intensive monoculture: a review of the
current status, and challenges in Korea. Aquaculture, 497, 174-183.
Peharda, M., Župan, I., Bavčević, L., Frankić, A. & Klanjs̆ček, T. (2007). Growth
and condition index of mussel Mytilus galloprovincialis in experimental integrated
aquaculture. Aquaculture Research, 38(16), 1714-1720.
Peng, C., Hong-BO, S., Di, X. & Song, Q. (2009). Progress in Gracilaria biology
and developmental utilization: main issues and prospective. Reviews in Fisheries
Science, 17:494–504.
FCUP 94
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Pereira, R., Yarish, C. & Sousa-Pinto, I. (2006). The influence of stocking density,
light and temperature on the growth, production, and nutrient removal capacity of
Porphyra dioica (Bangiales, Rhodophyta). Aquaculture, 252: 66-78.
Phulia, V., Mandal, B., Bera, A., Singh, S., Das, R. & Jamwal, A. (2012). Factors
controlling biofloc characteristics. World aquaculture, 43, 57-59.
Pinheiro, I., Arantes, R., Espírito Santo, C.M., Nascimento Vieira, F., Lapa, K.R.,
Gonzaga, L.V., Fett, R., Barcelos-Oliveira, J.L. & Seiffert, W.Q. (2017). Production of the
halophyte Sarcocornia ambigua and Pacific white shrimp in an aquaponic system with
biofloc technology. Ecological Engineering, 100, 261 –267.
Pinho, S.M., Molinari, D., de Mello, G.L., Fitzsimmons, K.M. & Emerenciano,
M.G.C. (2017). Effluent from a biofloc technology (BFT) tilapia culture on the aquaponics
production of different lettuce varieties. Ecological Engineering, 103, 146-153.
Poli, M.A., Legarda, E.C., de Lorenzo, M.A., Martins, M.A. & do Nascimento
Vieira, F. (2018). Pacific white shrimp and Nile tilapia integrated in a biofloc system under
different fish-stocking densities. Aquaculture, 498, 83-89.
Poli, M.A., Legarda, E.C., de Lorenzo, M.A., Pinheiro, I., Martins, M.A., Seiffert,
W.Q. & do Nascimento Vieira, F. (2019). Integrated multitrophic aquaculture applied to
shrimp rearing in a biofloc system. Aquaculture, 511, 734274.
Prabu, D.L., Ebeneezar, S., Chandrasekar, S. & Hussain, A. (2020). Nutrition and
Feeding of Farmed Marine Finfishes. Fish Nutrition And Its Relevance To Human Health,
46-78.
Rahman, M.M., Nagelkerke, L.A.J., Verdegem, M.C.J., Wahab, M.A. & Verreth,
J.A.J. (2008). Relationships among water quality, food resources, fish diet and fish
growth in polyculture ponds: a multivariate approach. Aquaculture, 275, 108–115.
Raikar, S.V., Lima, M. & Fujita, Y. (2001). Effect of temperature, salinity and light
intensity on the growth of Gracilaria spp. (Gracilariales, Rhodophyta) from Japan,
Malaysia and India. Indian Journal of Marine Sciences, Vol.30, 98-104.
Rajkumar, M., Pandey, P.K., Aravind, R., Vennila, A., Bharti, V. &
Purushothaman, C.S. (2016). Effect of different biofloc system on water quality, biofloc
composition and growth performance in Litopenaeus vannamei (Boone, 1931).
Aquaculture Research, 47: 3432–3444.
FCUP 96
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Rakocy, J., Masser, M.P. & Losordo, T. (2016). Recirculating aquaculture tank
production systems: aquaponics-integrating fish and plant culture. Division of Agricultural
Sciences and Natural Resources - Oklahoma State University. 16pp.
Ray, A.J., Lewis, B.L., Browdy, C.L. & Leffler, J.W. (2010). Suspended solids
removal to improve shrimp (Litopenaeus vannamei) production and an evaluation of a
plant-based feed in minimal-exchange, super intensive culture systems. Aquaculture,
299(1-4), 89-98.
Ray, A.J., Dillon, K.S. & Lotz, J.M. (2011). Water quality dynamics and shrimp
(Litopenaeus vannamei) production in intensive, mesohaline culture systems with two
levels of biofloc management. Aquaculture Engineering, 45:127–136.
Ray, A.J., Drury, T. & Cecil, A. (2017). Comparing clearwater RAS and Biofloc
systems: shrimp (Litopenaeus vannamei) production, water quality, and biofloc
nutritional contributions estimated using stable isotopes. Aquaculture engineering, 77: 9-
14.
Reid, G.K., Liutkus, M., Bennett, A., Robinson, S.M.C., MacDonald, B. & Page,
F. (2010). Absorption efficiency of blue mussels (Mytilus edulis and M. trossulus) feeding
on Atlantic salmon (Salmo salar) feed and fecal particulates: Implications for integrated
multi-trophic aquaculture. Aquaculture, 299(1-4), 165–169.
Reid, G.K., Cranford, P.J., Robinson, S.M.C., Filgueira, R. & Guyondet, T. (2011).
Open-water integrated multi-trophic aquaculture (IMTA): modelling the shellfish
component. Bull Aquacult Assoc Canada, 109, 3-12.
Remane, A. & Schlieper, C. (1971). Biology of Brackish Water. John Wiley and
sons, New York, pp. 1–972.
FCUP 97
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Ren, J.S., Stenton-Dozey, J., Plew, D.R., Fang, J. & Gall, M. (2012). An
ecosystem model for optimising production in integrated multitrophic aquaculture
systems. Ecological Modelling, 246, 34-46.
Richard, M., Archambault, P., Thouzeau, G., & Desrosiers, G. (2007). Summer
influence of 1 and 2 yr old mussel cultures on benthic fluxes in Grande-Entrée lagoon,
Îles-de-la-Madeleine (Québec, Canada). Marine ecology progress series, 338, 131-143.
Ridler, N., Wowchuk, M., Robinson, B., Barrington, K., Chopin, T., Robinson, S.,
… Boyne-Travis, S. (2007). Integrated Multi-Trophic Aquaculture (IMTA): A potential
strategic choice for farmers. Aquaculture Economics & Management, 11, 99–110.
Riisgård, H.U., Lüskow, F., Pleissner, D., Lundgreen, K. & López, M.Á.P. (2013).
Effect of salinity on filtration rates of mussels Mytilus edulis with special emphasis on
dwarfed mussels from the low-saline Central Baltic Sea. Helgoland Marine Research,
67(3), 591-598.
Robinson, G., Caldwell, G.S., Jones, C.L. & Stead, S.M. (2019). The effect of
resource quality on the growth of Holothuria scabra during aquaculture waste
bioremediation. Aquaculture, 499, 101-108.
Rodrigues, C.G., Engle, C., Garcia Neto, B.F., Amorim, R.V. & Valenti, W.C.
(2019). The effect of choice of targeted market, production scale, and land tenure on the
economics of integrated tilapia-prawn production. Aquaculture Economics &
Management, 23(2), 204-217.
Rodríguez, E., González, M., Caride, B., Lamas, M.A. & Taboada, M.C. (2000).
Nutritional value of Holothuria forskali protein and effects on serum lipid profile in rats.
Journal of physiology and biochemistry, 56, 39–44.
Romano, N., Dauda, A.B., Ikhsan, N., Karim, M. & Kamarudin, M.S. (2018).
Fermenting rice bran as a carbon source for biofloc technology improved the water
FCUP 98
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Rosa, J., Lemos, M.F., Crespo, D., Nunes, M., Freitas, A., Ramos, F., Pardal,
M.Â. & Leston, S. (2020). Integrated multitrophic aquaculture systems–Potential risks for
food safety. Trends in Food Science & Technology, 96, 79-90.
Samocha, T.M., Patnaik, S., Speed, M., Ali, A.M., Burger, J.M., Almeida, R.V. et
al. (2007). Use of molasses as carbon source in limited discharge nursery and grow-out
systems for Litopenaeus vannamei. Aquacultural Engineering, 36:184-191.
Sanderson, J.C., Dring, M.J., Davidson, K. & Kelly, M.S. (2012). Culture, yield
and bioremediation potential of Palmaria palmata (Linnaeus) Weber & Mohr and
Saccharina latissima (Linnaeus) C.E. Lane, C. Mayes, Druehl & G.W. Saunders adjacent
to fish farm cages in northwest Scotland. Aquaculture, 354–355, 128–135.
Schveitzer, R., Arantes, R., Costodio, P.F.S., Santo, C.M.D., Arana, L.V., Seiffert,
W.Q. & Andreatta, E.R. (2013). Effect of different biofloc levels on microbial activity,
water quality and performance of Litopenaeus vannamei in a tank system operated with
no water exchange. Aquaculture Engineering, 56:59–70.
FCUP 99
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Serra, F.P., Gaona, C.A.P., Furtado, P.S., Poersch, L.H. & Wasielesky, W.
(2015). Use of different carbon sources for the biofloc system adopted during the nursery
and grow out culture of Litopenaeus vannamei. Aquaculture International, 23: 1325–
1339.
Shainee, M., Haskins, C., Ellingsen, H. & Leira, B.J. (2012). Designing offshore
fish cages using systems engineering principles. Systems Engineering, 15, 396–406.
Shi, H., Zheng, W., Zhang, X., Zhu, M. & Ding, D. (2013). Ecological-economic
assessment of monoculture and integrated multi-trophic aquaculture in Sanggou Bay of
China. Aquaculture, 410-411, 172–178.
Shpigel, M., Ari, T.B., Shauli, L., Odintsov, V. & Ben-Ezra, D. (2016). Nutrient
recovery and sludge management in seabream and grey mullet co-culture in Integrated
Multi-Trophic Aquaculture (IMTA). Aquaculture, 464, 316–322.
Shpigel, M., Shauli, L., Odintsov, V., Ashkenazi, N. & Ben-Ezra, D. (2018). Ulva
lactuca biofilter from a land-based integrated multi trophic aquaculture (IMTA) system as
a sole food source for the tropical sea urchin Tripneustes gratilla elatensis. Aquaculture,
496: 221–231.
Shuve, H., Caines, E., Ridler, N., Chopin, T., Reid, G.K., Sawhney, M.,
Lamontagne, J., Szemerda, M., Marvin, R., Powell, F. & Robinson, S. (2009). Survey
finds consumers support integrated multitrophic aquaculture. Effective Marketing
Concept Key. Global Aquaculture Advocate, 12(2), 22-23.
Shyne, A.P.S., Kumar, S., Kohli, M.P., Sundaray, J.K., Sinha, A., Pailan, G.H. &
Dam, R.S. (2017). Dietary biofloc supplementation in black tiger shrimp, Penaeus
monodon: effects on immunity, antioxidant, and metabolic enzyme activities.
Aquaculture Research, 48(8): 4512-23.
Silva, D.M., Valente, L.M.P., Sousa-Pinto, I., Pereira, R., Pires, M.A., Seixas, F.
& Rema, P. (2015). Evaluation of IMTA-produced seaweeds (Gracilaria, Porphyra, and
Ulva) as dietary ingredients in Nile tilapia, Oreochromis niloticus L., juveniles. Effects on
growth performance and gut histology. Journal of Applied Phycology, 27(4), 1671-1680.
Sinha, A.K., Baruah, K. & Bossier, P. (2008). Horizon Scanning: the potential use
of biofloc as an anti-infective strategy in aquaculture – an overview. Aquaculture Health
International, 13:8-10.
FCUP 100
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Somerville, C., Cohen, M., Pantanella, E., Stankus, A. & Lovatelli, A. (2014).
Small-scale aquaponic food production. Integrated fish and plant farming. Fisheries and
Aquaculture Technical Paper 589. FAO, Rome. 288pp.
Sontakke, R. & Haridas, H. (2018). Economic viability of biofloc based system for
the nursery rearing of milkfish (Chanos chanos). International Journal of Current
Microbiology and Applied Sciences, 7, 2960-2970.
Soto, D. (2009). Integrated mariculture: a global review (No. 529). Food and
Agriculture Organization of the United Nations (FAO). 194pp.
Sterling, A.M., Cross, S.F. & Pearce, C.M. (2016). Co-culturing green sea urchins
(Strongylocentrotus droebachiensis) with mussels (Mytilus spp.) to control biofouling at
an integrated multi-trophic aquaculture site. Aquaculture, 464, 253-261.
Tacon, A.G.J., Cody, J.J., Conquest, L.D., Divakaran, S., Forster, I.P. & Decamp,
O.E. (2002). Effects of culture system on the nutrition and growth performance of Pacific
FCUP 101
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
white shrimp Litopenaeus vannamei (Boone) fed different diets. Aquaculture Nutrition,
8:121- 137.
Timmons, M.B., Ebeling, J.M., Wheaton, F.W., Summerfelt, S.T. & Vinci, B.J.
(2002). Recirculating Aquaculture Systems, 2nd edn, p. 769. Cayuga Aqua Ventures,
New York, NY.
Torres, M.A., Barros, M.P., Campos, S.C.G., Pinto, E., Rajamani, S., Sayre, R.T.
& Colepicolo, P. (2008). Biochemical biomarkers in algae and marine pollution: a review.
Ecotoxicology and Environmental Safety, 71(1), 1–15.
Troell, M., Joyce, A., Chopin, T., Neori, A., Buschmann, A.H. & Fang, J.G. (2009).
Ecological engineering in aquaculture - Potential for integrated multi-trophic aquaculture
(IMTA) in marine offshore systems. Aquaculture, 297, 1–9.
Troell, M., Naylor, R.L., Metian, M., Beveridge, M., Tyedmers, P.H., Folke, C., ...
& Gren, Å. (2014). Does aquaculture add resilience to the global food system?.
Proceedings of the National Academy of Sciences, 111(37), 13257-13263.
Ulloa Walker, D.A., Morales Suazo, M.C. & Emerenciano, M.G.C. (2020). Biofloc
technology: principles focused on potential species and the case study of Chilean river
shrimp Cryphiops caementarius. Reviews in Aquaculture, 1–24.
Valente, L., Cornet, J., Donnay-Moreno, C., Gouygou, J.P., Berge, J.P., Bacelar,
M., et al. (2011). Quality differences of gilthead sea bream from distinct production
systems in Southern Europe: Intensive, integrated, semi-intensive or extensive systems.
Food Control, 22(5), 708–717.
Van Osch, S., Hynes, S., O’Higgins, T., Hanley, N., Campbell, D. & Freeman, S.
(2017). Estimating the Irish public's willingness to pay for more sustainable salmon
produced by integrated multi-trophic aquaculture. Marine Policy, 84, 220-227.
Vasava, R.J., Hodar, A.R., Elchelwar, V.R., Deepak, A.P., Patel, K.M.,
Shrivastava, V., Yusufzai, S.I., Acharya, P. & Prabhakar, P. (2020). Biofloc technology:
An innovative approach to zero-water exchange and tentative zero-feed system: A
review. Journal of Entomology and Zoology Studies, 8(2): 1036-1040.
Ventola, C.L. (2015). The antibiotic resistance crisis, Part 1: causes and threats.
Pharmacy and Therapeutics, 40: 277–283.
Vilani, F.G., Schveitzer, R., Arnates, R.F., Vieira, F.N., Santo, C.M.E. & Seiffert,
W.Q. (2016). Strategies for water preparation in a biofloc system. Effects of carbon
source and fertilization dose on water quality and shrimp performance. Aquacultural
Engineering, 74: 70–75.
Vuorinen, I., Antsulevich, A.E. & Maximovich, N.V. (2002). Spatial distribution and
growth of the common mussel Mytilus edulis L. in the archipelago of SW-Finland,
northern Baltic Sea. Boreal Environment Research, 7(1), 41-52.
Wang, G., Yu, E., Xie, J., Yu, D., Li, Z., Luo, Qiu, L. & Zheng, Z. (2015). Effect of
C/N ratio on water quality in zero-water exchange tanks and the biofloc supplementation
FCUP 103
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
in feed on the growth performance of crucian carp, Carassius auratus. Aquaculture, 443:
98–104.
Wartenberg, R., Feng, L., Wu, J., Mak, Y., Chan, L., Telfer, T. & Lam, P. (2017).
The impacts of suspended mariculture on coastal zones in China and the scope for
Integrated Multi-trophic Aquaculture. Ecosystem Health and Sustainability.
Wasielesky, W.Jr, Atwood, H., Stokes, A. & Browdy, C.L. (2006). Effect of natural
production in a zero-exchange suspended microbial floc based super-intensive culture
system for white shrimp Litopenaeus vannamei. Aquaculture, 258:396–403.
Wei, Y.F., Liao, S.A. & Wang, A.L. (2016). The effect of different carbon sources
on the nutritional composition, microbial community and structure of bioflocs.
Aquaculture, 465: 88–93.
Whitfield, A.K., Panfili, J. & Durand, J.D. (2012). A global review of the
cosmopolitan flathead mullet Mugil cephalus Linnaeus 1758 (Teleostei: Mugilidae), with
emphasis on the biology, genetics, ecology and fisheries aspects of this apparent
species complex. Reviews in Fish Biology and Fisheries, 22(3), 641-681.
Whitmarsh, D.J., Cook, E.J. & Black, K.D. (2006). Searching for sustainability in
aquaculture: An investigation into the economic prospects for an integrated salmon-
mussel production system. Marine Policy, 30 (3), 293–298.
Wik, T.E.I., Linden, B.T. & Wramner, P.I. (2009). Integrated dynamic aquaculture
and wastewater treatment modelling for recirculating aquaculture systems. Aquaculture,
287, 361–370.
Wilen, B.M. & Balmer, P. (1999). The effect of dissolved oxygen concentration on
the structure, size, and size distribution of activated sludge flocs. Water Research, 33:
391–400.
Wilen, B.M., Jin, B. & Lant, P. (2003). The influence of key chemical constituents
in activated sludge on surface and flocculating properties. Water Research, 37: 2127–
2139.
Xu, W.J. & Pan, L.Q. (2012). Effects of bioflocs on growth performance, digestive
enzyme activity and body composition of juvenile Litopenaeus vannamei in zero-water
exchange tanks manipulating C/N ratio in feed. Aquaculture, 356-357:147–152.
Xu, W.J. & Pan, L.Q. (2013). Enhancement of immune response and antioxidant
status of Litopenaeus vannamei juvenile in biofloc-based culture tanks manipulating high
C/N ratio of feed input. Aquaculture, 412–413: 117–124.
Xu, W.J., Pan, L.Q., Zhao, D.H. & Huang, J. (2012). Preliminary investigation into
the contribution of bioflocs on protein nutrition of Litopenaeus vannamei fed with different
dietary protein levels in zero-water exchange culture tanks. Aquaculture, 350–353, 147–
153.
Xu, W.J., Morris, T.C. & Samocha, T.M. (2016). Effects of C/N ratio on biofloc
development, water quality, and performance of Litopenaeus vannamei juveniles in a
biofloc-based, high-density, zero exchange, outdoor tank system. Aquaculture, 453:
169 175.
Yang, H.S., Wang, J., Zhou, Y., Zhang, T., Wang, P., He, Y.C. & Zhang, F.S.D.
(2000). Comparison of efficiencies of different culture systems in the shallow sea along
Yantai. Journal of Fisheries of China, 24:140–145. [in Chinese with English abstract].
Yang, X.E., Wu, X., Hao, H.L. & He, Z.L. (2008). Mechanisms and assessment
of water eutrophication. Journal of Zhejiang University Science B, 9(3), 197-209.
FCUP 105
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Yang, Y.F., Li, C.H., Nie, X.P., Tang, D.L. & Chung, I.K. (2004). Development of
mariculture and its impacts in Chinese coastal waters. Reviews in Fish Biology and
Fisheries, 14:1–10.
Yu, J., Plackett, D. & Chen, L.X.L. (2005). Kinetics and mechanism of the
monomeric products from abiotic hydrolysis of poly [(R) -3-hydroxybutyrate] under acidic
and alkaline conditions. Polymer Degradation and Stability, 89:289-299.
Zamora, L.N., Yuan, X., Carton, A.G. & Slater, M.J. (2018). Role of deposit
feeding sea cucumbers in integrated multitrophic aquaculture: progress, problems,
potential and future challenges. Reviews in Aquaculture, 10(1), 57-74.
Zbawicka, M., Sańko, T., Strand, J. & Wenne, R. (2014). New SNP markers
reveal largely concordant clinal variation across the hybrid zone between Mytilus spp. in
the Baltic Sea. Aquatic Biology, 21(1), 25-36.
Zhang, K., Pan, L., Chen, W. & Wang, C. (2017). Effect of using sodium
bicarbonate to adjust the pH to different levels on water quality, the growth, and the
immune response of shrimp Litopenaeus vannamei reared in zero-water exchange
biofloc-based culture tanks. Aquaculture Research, 48: 1194–1208.
Zhao, P., Huang, J., Wang, X.H., Song, X.L., Yang, C., Zhang, X.G. et al. (2012).
The application of bioflocs technology in high intensive, zero exchange farming systems
of Marsupenaeus japonicus. Aquaculture, 354-355:97-106.
Zhao, Z., Xu, Q., Luo, L., Wang, C., Li, J. & Wang, L. (2014). Effect of feed C/N
ratio promoted bioflocs on water quality and production performance of bottom and filter
feeder carp in minimum-water exchanged pond polyculture system. Aquaculture, 434:
442–448.
FCUP 106
666 Aplicação da tecnologia de biofloco num sistema IMTA: O futuro da aquacultura sustentável
Zhao, D., Pan, L., Huang, F., Wang, C. & Xu, W. (2016). Effects of different
carbon sources on bioactive compound production of biofloc, immune response,
antioxidant level, and growth performance of Litopenaeus vannamei in zero-water
exchange culture tanks. Journal of the World Aquaculture Society, 47:566–576.
Zhou, Y., Yang, H.S., Liu, S.L., Yuan, X.T., Mao, Y.Z., Liu, Y., Xu, X.L. & Zhang,
F.S. (2006). Feeding and growth on bivalve biodeposits by the deposit feeder Stichopus
japonicus Selenka (Echinodermata: Holothuroidea) co-cultured in lantern nets.
Aquaculture, 256:510–520.