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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA

DIVISÃO DE AGRICULTURA

CURSO DE LICENCIATURA EM BIOTECNOLOGIA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISICA-QUIMICA DE PRODUÇÃO DE


BIOGÁS COM ENFOQUE NA CARACTERIZAÇÃO DO BIOFERTILIZANTES
PROVENIENTE DA DIGESTÃO ANAERÓBICA DE DIFERENTES FONTES
DE DEJECTOS ANIMAIS

AutoraDiscente:

Winnett Rodane Leopoldo Titosse

Supervisor:

EngO. José Luis Pires, MSc


Matsinho, Junho de 2022

Winnett Rodane Leopoldo Titosse

PRODUÇÃO DE BIOGÁS COM ENFOQUE NA CARACTERIZAÇÃO


DO BIOFERTILIZANTE PROVENIENTE DA DIGESTÃO ANAERÓBICA DE
DIFERENTES FONTES DE DEJECTOS ANIMAIS

Orientador: José Luis Pires, MSc

Monografia submetida ao Instituto Superior

Politécnico de Manica, em cumprimento dos

requisitos para a obtenção do Grau de

Licenciatura em Biotecnologia

ISPM

Matsinho
2022

DECLARAÇÃO

Eu, Winnett Rodane Leopoldo Titosse, declaro que esta Monografia é resultado do meu
próprio trabalho e está a ser submetida para a obtenção do grau de Licenciatura em
biotecnologia no Instituto Superior Politécnico de Manica. Ela não foi submetida antes
para a obtenção de nenhum grau ou para avaliação em nenhuma outra Universidade.

________________________________________________________

(Winnett Rodane Leopoldo Titosse)

ChimoioMatsinho, ____ de________________ de 2022


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho: Aos meus Pais: Alex Leopoldo Arrone Titosse (em memória) e
Maria Mataria.

A minha filha: Shislley Hope.

Aos meus irmãos: Alex Júnior, Rolf Titosse e Leslie Nicole.


AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Jeová Deus pelo dom da vida, proteção e suas divinas bênçãos durante
o meu longo percurso, pois diante das diversas adversidades Ele foi o meu guia.

Agradecimentos especiais aos meus pais, irmãos, e filha pelo apoio, motivação diária,
educação, companheirismo durante a trajectória.

A minha prima e irmã Hercilia Marina pelo apoio nos momentos mais dificeis e por ter
sido o meu suporte para continuar com a minha carreira acadèmica.

Agradeço imensamente ao meu supervisor Eng. José Luis Pires pelo tempo que
disponibilizou, pelo incentivo, ensinamento que me proporcionou nas etapas deste
trabalho.

Agradeço a Unipúnguè pelo apoio na realização das analises laboratoriais das amostras
dodo trabalho, em especifico ao Eng. Agostinho Obra e ao Dr. Fèlix Francisco pela
incansável ajuda e confiança e extendo a dr Jaoaquina do laboratório de solos do
IAC….

Agradeço aos meus familiares e amigos, em especial a minha madrinha Elsa Lameira, e
aos meus amigos Mateus Foquiço, Chelcia Moiana, Maria Justina, Belton Guambe pelo
apoio incondicional, e por acreditarem em mim, mesmo quando eu duvidei.

Ao Instituto Superior Politécnico de Manica por me ter concedido uma bolsa de


estudos, e pela oportunidade de trabalhar no projecto de construção de biodigestores na
mesma instituição.

A todos que me apoiaram ao longo da minha formação académica.


“Não sou obrigado a vencer, mas tenho o dever de ser verdadeiro.
Não sou obrigado a ter sucesso, mas tenho o dever de
corresponder à luz que tenho”
(Abraham Lincoln)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Biodigestor modelo indiano.

Figura 2. Biodigestor modelo Chinês.


Figura 3. Representação tridimensional de um corte do biodigestor modelo Batelada.

Figura 4. Representaçao ilustrativa de aproveitamento energetico de dejectos de


animais.

Figura 5. Esquema da Utilização do Biogás.

Figura 6. Fases da Produção de biogás.

Figura 7. Localização do ISPM, Google Earth.

Figura 8. Modelo do biodigestor RAFA.

Figura 9. Imagem do Interior e Exterior do biodigestor.

Figura 10. Coleta e pesagem do dejecto.

Figura 11. Fechamento correcto e checagem do biodigestor

Figura 12. Secador de amostras e Cuba de apoio redonda.

Figura 13. Soilscanner.

Figura 14. Mufla e balança.

Figura 15. Cadinhos dentro da estufa.

Figura 16. Mufla e Cadinhos com a amostra para a pesagem.

Figura 17. Amostra no dissecador.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Caracteristicas do biogás..


Tabela 2. Teores de sólidos totais (SV), voláteis (SV), pH e condutividade elétrica (CE)
de dejetos sólidos gerados em suinocultura

Tabela 3. Produção média de biogás para Caprinos, Suinos, Bovinos e Galináceos.

Tabela 4. Materiais Usados na Construção de biodigestores modelo RAFA

Tabela 5. Resultados do Tratamento 1.

Tabela 6 . Caracterização dos dejectos bovinos.

Tabela 7. Caracterização nutricional dos dejectos bovinos.

Tabela 8 .Resultados doTratamento 3.

Tabela. 9 Resultados do tratamento 4.

Tabela 10. Resultado do Tratamento 2.


LISTA DE APÊNMDICES

Anexo A. Actividades Laboratoriais

Anexo B. Resultados das amostras de dejectos nao tratados

Anexo C. Resultados das amostras do digestato.

Anexo D. Análise de Variância.


LISTA DE ABREVIATURAS E ACRONIMOSSÍMBOLOS

Abreviaturas Termo Abreviatura Termo

CH4 – Metano STF –Solidos totais fixos

H2S – Acido Sulfurico Rst - Remoçao de solidos totais

N total – Nitrogenio Rsv – Remoçao de solidos volateis

P - Fosforo ºC – graus celsius

K – Potassio g/ kg – grama por quilograma

C org – Carbono Organico pH – potencial Hidrogenionico

ST – Solidos totais CE- condutividade eléctrica

SV – Solidos Volateis UASB -Upflow Anaerobic S Biodigester

RAFA- Reactor anaeróbico de Fluxo Ascendente

SFT

Rst

Rsv

UASB
0. RESUMO

Em todo o mundo existe uma preocupação crescente com um desenvolvimento


ambiental mais sustentável, e com o passar dos anos pauta-se pelo uso de energias
renováveis que não comprometam o ambiente actual tampouco as gerações futuras.Um
dos contribuintes dessa sustentabilidade è a produção de biogás por meio de
biodigestores anaeróbicos sendo considerada uma solução apropriada para o suprimento
sustentável de energia, uma alternativa perante o aumento das mudanças climáticas e
maiores emissões de gases com efeito estufa o que possibilita um manejo e tratamento
adequado dos residuos orgânicos e garantindo a diversificação da matriz energética. O
tratamento dos dejectos em Moçambique ainda è limitado, pois esses resíduos são
aplicados nos seus campos de produção de hortícolas sem o tratamento prévio. Os
biodigestores obter o biofertilizante nas machambas da comunidade possibilitanto
menores emissões de gases que afectam o meio ambiente e causam a eutrofização dos
rios e canais de irrigação, contaminando ainda o lençol freático.Com vista disso o
estudo teve 4 tratamentos, dos quais dejectos de bovino, suino, caprino e galináceo. As
reduções dos teores de SV (%ST) em consequência dos dias de acúmulo dos dejetos
contribuíram de maneira significativa para o desempenho dos biodigestores e para a
eficiência do sistema em reduzir os teores de sólidos, o tratamento 1 teve o teor de 48%,
e uma eficiencia de 14%, e para o teor de sólidos o mesmo teve 78% de teor de SV e
15.75% de eficiência de redução do mesmo, o tratamento 2 teve para ST 23% e
eficiência de redução de 10.87%, o tratamento 3 teve 30% de ST, uma eficiência de
redução 11.41% e para o SV 67% com uma eficiência de redução de 8.40% e por fim o
tratamento 4 teve para o ST 5.02%, com eficiência de redução de 13.4%, e para os SV
63%, com redução de 7.05%E 4 tiveram a redução mais baixa de 7.05% de SV. E para
os teores de N.P,K e C os tratamentos 1,2, e 3 foram os que apresentaram melhores
resultados ao longo dos 60 dias.

Palavras-Chave: Biodigestor, Biogás, Biofertilizante,

ABSTRACT
CAPÍTULO I -INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização
A Revolução energética e industrial trouxe para o mundo, um aumento na capacidade de
fornecer energia sem preocupar-se com a sua origem e os impactos ambientais causados
pelos mesmos. Consequentemente a crise de Petróleo de 1973 ocasionou um aumento
no preço do barril de petróleo determinada pela Organização dos Países Exportadores
do Petróleo fez com que alguns paises do mundo intensificassem a construçao de
hidroeléctricas a fim de se reduzir a dependência do petróleo na indústria (SEGURA,
2014).

Porém actualmente no mundo inteiro existe a preocupação com um desenvolvimento


Ambiental mais sustentável com o passar dos anos pautando pelo uso de energias
renováveis que não comprometam o ambiente actual tampouco as gerações futuras.

Diante do exposto a utilizaçao de biodigestores pra codigestão do dejecto animal é uma


solução apropriada para o suprimento sustentável de energia. É uma alternativa perante
o aumento das mudanças climáticas e maiores emissões de gases com efeito estufa
possibilitando um manejo e tratamento adequado dos residuos orgânicos e garantindo a
diversificação da matriz energética.A digestão anaeróbia possibilita o aproveitamento
dos dejectos para consequente produção do biogás e do biofertilizante que sã os
principais produtos do processo de biodigestão que garantem por fim o aumento da
produtividade e preservação do meio ambiente (Oliver et al., 2008).

Em Moçambique existe uma população rural relativamente grande sendo como


consequência uma produção de biomassa residual considerável resultante das criações
de animais, plantações e dejetos humanos. O tratamento de dejecto e utilização dos
resíduos orgânicos é um desafio dos pesquisadores para as regiões como altas
concentrações de produção pecuária como a província de Manica, com cerca de 300 mil
cabeças de gado, 72 mil suínos e cerca de 700 mil caprinos (INE, 2016) que apresenta
um dos maiores efectivos animais da região centro do país.

Contudo, tal como nas outras partes do país, o tratamento e reaproveitamento de


dejectos animais na Província ainda é limitado. Geralmente, esses resíduos são
aplicados nos seus campos de produção de hortícolas sem o tratamento prévio,
contaminando o lençol freático, causando a eutrofização de rios e canais de irrigação
dentre outros problemas ambientais. Este subaproveitamento de dejectos animais
representa uma perda considerável de biogás e biofertilizantes oriundos da produção de
bovinos, suínos e caprinos. Dentre as soluções, a FAO (Food and Agriculture
Organization) (1995)recomenda o uso do biodigestor como uma alternativa viável,
racional e prática de utilização desses resíduos orgânicos.

Com o intuito de buscar soluções que são ambientalmente corretas, reduzir


dependência, bem como os impactos provocados pela queima de combustíveis fósseis,
as fontes renováveis de energia tornam-se cada vez mais objeto de pesquisas, estudos e
discussões. Neste sentido, surgem os biodigestores, os quais além de promoverem a
disposição adequada aos resíduos orgânicos gerados no meio rural (manutenção da
qualidade ambiental) produzem o biogás, uma fonte renovável e sustentável de energia.
Nos ultimos anos o ISPM atraves do curso de Biotecnologia tem desenvolvido
protótipos de biodigestores de abastecimento continuo e descontínuo com vista a
aperfeiçoar o processo construtivo bem como a sua operacionalização. Com base nestes
esforços o curso de biotecnologia pretende atravês de programas de extensão levar esta
tecnologia as comunidades rurais com vista a apoiá-los e por outro lado reduzir os
custos com confecionamento dos seus alimentos, reduzir a desmatação e permitir com
que as mulheres possam se envolver activamente na realização de diferentes actividades
sócio-económicas.

Diante do exposto surge a necessidade de se fazer um estudo relacionado ao efeito dos


diferentes tipos de dejectos na produção de biogás e biofertilizante dos animais mais
produzidos ao nível da província de Manica. Com a realização deste estudo irá permitir
rentabilizar os biodigestores que o curso de biotecnologia vem desenvolvendo de modo
a melhorar a sua produtividade e adoção da tecnologia no futuro no meio rural.
1.2 Problema e Justificativa tização
A província de Manica, possui altas concentrações de produção pecuária, com cerca de
300 mil cabeças de gado, 72 mil suínos e cerca de 700 mil de gado caprino (INE, 2016).
Como resultado desta elevada concentração, existe maior volume de dejectos animais
produzidos, que por sua vez são deixados ao ar livre o que periga ao ambiente e
contribue para o aumento na emissão dos gases com efeito estufa, e nas comunidades
por não haver o correcto manejo destes transmitem doenças tanto para os rebanhos, bem
como ao ser humano e não obstante os dejectos ao ar livre contaminam o lençol
freático,contribuem para a acumulação de elementos tóxicos, e o desequilibrio de
nutrientes no solo afectando as culturas de grande valor produzidas.

1.3 Justificativa

Nos últimos anos com vista em minimizar os problemas causados pelos dejectos
animais o ISPM, surge com uma abordagem relacionada a melhoria da vida na
comunidade atravês da construção de protótipos de biodigestores anaeróbicos de baixo
custo com vista a garantir que estes produtores possam produzir seu próprio biogas e o
biofertilizante. A introdução desta tecnologia pode permitir com que os produtores
possam obter o biofertilizante para adubar os seus campos e aumentar a produção e
produtividade das culturas a um mínimo custo possível. Pois nos últimos anos o preço
de fertilizantes aumentou na ordem 100% (1600,00Mt para 3600,00Mt para cada saco
de 50kg). Assim sendo o desenvolvimento deste estudo é urgente a medida em que
possa permitir a caracterização e avaliação da qualidade físico-quimica de
biofertilizantes resultantes da biodigestão de diferentes tipos de dejectos animais de
acordo com as condições climáticas locais e sistemas de exploração animal.para
garantir-lhes um melhor saneamento do meio e a redução no tempo gasto em busca de
lenha pois é um factor negativo que contribue para o desmatamento, e na redução da
dependência dos combustíveis fósseis, que consigo trazem benefícios como malefícios e
denota-se este problema ao redor do mundo pelo agravante da poluição ambiental
devido a geração de resíduos como o enxofre (S), o metano (CH 4), o monóxido de
carbono (CO), efluentes estes que aumentam a poluição ambiental, contudo por meio da
utilização desta tecnologia a comunidade irá se beneficiar por dispor de ambientes mais
limpos para os animais e para as mesmas, bem como a redução da poluição se tornando
um mobilizador do desenvolvimento da Província de Manica.

1.34 Objectivos
1.3.15 Geral
Avaliar a qualidade fisica e quimica de biofertilizante provenientes de diferentes fontes
de dejectos (cabrino, bovino, ave e …)o efeito da digestão anaeróbia de quatro fontes de
dejectos animais, focalizando as características nutricionais do biofertilizante produzido
em diferentes tempos de retenção hidráulica (30, 40, 50 e 60 dias).

1.3.26 Específicos
Caracterizar o biofertilizante, quanto a concentração de nutrientes como :N, P, K, e
C.
 Determinar o pH do dejecto bruto e do biofertilizante aos 30, 40, 50 e 60 dias.
 Determinar o teor de Sólidos, totais, voláteis do biofertilizante aos 30,40,50 e 60
dias.
 Analisar como as diferentes fontes de dejectos afectam na qualidade física-quimica
dos biofertilizantes em função do tempo (30, 40, 50 e 60)
 Identificar o período pós enchimento do biodigestor que proporciona melhor
qualidade de biofertilizante de modo a garantir uma produção eficaz..
 Comparar as quatro fontes de dejectos e identificar o melhor dejecto que possibilita
uma produção eficiente e acessivel a nivel da comunidade.

1.4 Limitações de estudo

Inicialmente

CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Definições e Conceitos fundamentais


2.1.1 Biodigestão

A biodigestão ou fermentação anaeróbia é bastante complexa e envolve um elevado


número de espécies de bactérias, produtoras ou não de metano, que por sua vez
contribuem de algum modo para sua degradação. O processo de digestão anaeróbica é
sobretudo a degradação de matéria orgânica através de sucessivas reacções bioquímicas
com baixas concentrações de oxigênio, tal degradação acaba por gerar uma mistura
gasosa composta em maior parte por metano (CH4) e dióxido de carbono(CO 2). As
reacções ocorrem em presença de microorganismos sensíveis a determinadas variações,
sendo assim, é necessário respeitar algumas condições para que as bactérias
participantes executem a digestão com êxito possibilitando-nos a produção do biogás.
(TIETZ et al. 2014).

2.2 Modelos de biodigestores

Existem vários modelos de biodigestores e todos eles visam basicamente criar condição
anaeróbia, isto é, total ausência de oxigênio na biomassa a ser digerida. No entanto,
qualquer digestor construído, se for corretamente instalado e operado, apresentará uma
boa produção de gás.

2.2.1 O modelo indiano

Este biodigestor que tem como característica principal o uso de uma câmpanula
flutuante como gasômetro, sendo que a mesma pode estar mergulhada sobre a biomassa
em fermentação. Do ponto de vista construtivo, apresenta-se de fácil execução, contudo
o gasômetro de metal pode encarecer o custo final, e também à distância da propriedade
pode dificultar o transporte inviabilizando a implantação deste modelo de biodigestor
(Pereira, 1999).

Figura 1. Biodigestor modelo indiano. Fonte:Adaptado de Junqueira (2014)

2.2.2 O modelo Chinês


É formado por câmara cilíndrica em alvenaria, com teto abobado, impermeável, para a
estocagem do biogás. Seu princípio se dá por prensa hidráulica, de tal forma que o
aumento da pressão em seu interior aumente a acumulo de biogás. Também
apresentando efluentes da câmara de fermentação, que são deslocados para caixa de
saída, o inverso ocorre quando se trata a descompressão (DEGANUTTI et al., 2002).

Figura.2 Biodigestor modelo Chinês. Fonte : Junqueira (2014)

2.2.3 Batelada

O modelo de Batelada, a instalação poderá ser apenas em um tanque anaeróbio(UASB),


ou também em tanques em série. Este biodigestor é abastecido apenas uma vez,
mantendo-se em processo de fermentação conforme a conveniência, tendo seu material
descartado após o período de fermentação (DEGANUTTI et al., 2002).
Figura 3. Representação tridimensional de um corte do biodigestor modelo Batelada.
Fonte: Adaptado por Deganutti et al (2002).

2.13 Produção animal em Moçambique

A pecuária em Moçambique é considerada bastante importante e contribui com cerca de


10% para o Produto Interno Bruto do País. (INE, 2007) . E por sua vez ela constitui a
mais importante reserva de capital das famílias no meio rural, dando um contributo
significativo no sustento e na segurança alimentar destas (FAO, 2006).

MARTINS et al., (2008) constataram que o efectivo animal nacional tem crescido nas
últimas décadas, isso é fruto de vários programas de repovoamento pecuário, aprovado e
implementado pelo governo em colaboração com as organizações não-governamentais e
iniciativas privadas. O efectivo bovino passou de cerca de 300.000 bovinos em 1994
para mais de 1.600.000 cabeças em 2008, sendo que destes, 53,6% se concentram na
Região Sul de Moçambique. Além dos bovinos, também existem cerca de 4.747.901
caprinos, 139.000 ovinos, 340.000 suínos e 30 milhões galináceos.

Contudo, este incremento na produção animal do país não veio por sua vez
acompanhada por melhores condições de higiene e saneamento nas diversas criações ao
longo do país, facto este que abriu caminho à muitos casos de doenças de origem
parasitária nos rebanhos, influenciando consequentemente a eficiência produtiva e
reprodutiva dos rebanhos (TEMBUE et al., 2011).

2.24 Maneio dos Dejectos


KUNZ(2006) constatou que o maneio pecuário é uma parte crucial de qualquer sistema
produtivo de criação de animais e deve estar incluído no planejamento da construção de
instalações amimais. Salientando ainda Dartora (1998) refere que o maneio
normalmente é feito por meio de controle de doenças ou parasitas nos animais, rotação
de pastagens e tratamento dos dejectos. O maneio dos dejectos animais pode ser feito
por meio de armazenagem ou tratamento. A armazenagem consiste em colocar os
dejectos em depósitos durante um determinado tempo, com o objetivo de fermentar a
biomassa e reduzir os patógenos.

2.5 Biogás
O biogás é um gás natural resultante da fermentação anaeróbia de resíduos orgânicos
como dejectos de animais, resíduos vegetais, lixo industrial ou residencial em condições
adequadas e o seu subproduto o biofertilizante, pode ser utilizado como fertilizante em
campos agrícolas, pois possuem um alto teor de nutrientes disponível para a
sobrevivência das plantas (COLDEBELLA, 2006) (Ward et al., 2008).

Figura 4. Representaçao ilustrativa de aproveitamento energetico de dejectos de


animais. Fonte: Adaptado de EPE (2020).
O biogas possui caracteristicas proprias, e estas sao destacadas a seguir:
Gás Concentração Densidade Poder Solubilidade Propriedades
gerais
CH4 45-60% 0.717 35.600 0.0645 Incolor, inodoro,
asfixiante
inflamável
CO2 35-50% 1.977 ---- 1.688 Incolor, inodoro,
asfixiante
N2 0-10% 1.250 ---- 0.019 Incolor, inodoro
O2 0 - 4% 1.429 ---- 0.043 Incolor, inodoro
CO <0.1% 1.250 12.640 0.028 Incolor, inodoro,
inflamável, tóxico
H2 < 0.1% 0.090 10.760 0.001 Incolor, inodoro,
inflamável
H2S 0-70ppm 1.539 ----- 3.846 Incolor, tóxico

Tabela 1. Caracteristicas do biogás. Fonte : Maciel (2003).

O biogás difere sobretudo do gás natural por este ser uma fonte de energia renovável
originadapela digestão anaeróbica dos dejectos animais, em vez de um combustível
fóssil produzido por processos geológicos. O biogás é composto principalmente de gás
metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e pequenas quantidades de nitrogênio (N),
hidrogênio (H) emonóxido de carbono(CO). (TEIXEIRA,2005).

O biogás é um gás natural inflamável, resultante da fermentação anaeróbica (na ausência de ar) de dejetos
animais, de resíduos vegetais e de lixo industrial ou residencial em condições adequadas de umidade. O
biogás é composto basicamente de dois gases: o metano que representa 60-80 % da mistura e o gás
carbônico que representa os 40-20 % restantes. Outros gases participam da composição em proporções
menores, destacando-se o gás sulfídrico que pode chegar a 1,5 %. A pureza do biogás é avaliada pela
presença de metano. Quanto maior o percentual de metano mais puro será o gás. (Massotti 2009).

A proporção do gás da mistura vai depender dos diversos parâmetros existentes, desde o tipo de digestor
ao substrato a digerir. De todo a mistura resultante da biodigestão é constituída pelo metano (CH4) e por
dióxido de carbono (CO2), e por sua vez poder calorífico encontra-se relacionado com a quantidade de
metano existente na mesma mistura gasosa. (Zachow 2000).

2.6 Biofertilizante

O material digerido no biodigestor pode apresentar varias aplicações, bem como fonte
de nutriente em culturas hidropônicas, adubo orgânico para tanques de piscicultura e o
mais comum, como biofertilizante de solos (Craveiro et al., 1982).

O biofertilizante é rico em húmus e apresenta granulação mais fina, o que proporciona


uma melhor incorporação junto ao solo, além disso, contém uma forma de nitrogênio
mais prontamente utilizável pelas plantas, o nitrogênio amoniacal (NOGUEIRA, 1992).
2.7. Fases da Produção de biogás

Araújo (2017) constatou que o benefício do processo de biodigestão anaeróbia pode ser
multiplicado pela conversão do efluente do processo em um produto valioso. A fim de
melhorar o benefício econômico da produção de biogás, a tendência futura irá para
conceitos integrados de diferentes processos de conversão, onde a produção de biogás
ainda será uma parte significativa como ilustrado a seguir:

Figura 5. Esquema da Utilização do Biogás ( Fonte Araujo 2017)

Para além do biogás produzido, depois que a digestão anaeróbica está completa,
permanecem ainda grandes quantidades de lodo não digerido no biodigestor, embora
sejam relativamente sejamestáveis,e o biofertilizante produzido pode ser utilizado como
adubo orgânico na agricultura, ajudando na redução do gasto energético da produção de
fertilizantes minerais(Tortora; Funke; Case, 2012).

E compreende as seguintes fases:

2.7.1 Hidrólise
É a etapa inicial do processo da digestão anaeróbica, é limitante na reação, pois nela os
polímeros são convertidos em particulas de menor peso molecular para facilitar a ação
das bactérias fermentativas através de exoenzimas excretadas pelas mesmas. Existem
vários factores que tem influênciaperante esta fase como a temperatura de operação, a
composição do substrato, o tempo de residência, a quantidade de nutrientes,e o tamanho
das partículas. (Reis 2012).

2.7.2 Acidogênese

Dando continuidade ao processo temos a segunda fase onde os os componentes


provenientes da hidrólise são transportados para o interior da reacção onde serão
convertidos em CO2 e H2. A proporção de formação depende inteiramente da pressão
parcial de H2, na qual, quando se encontra em valores baixos, formam-se
preferencialmente acetatos e H2 sendo este o processo metabólico energético mais
rentável (Carneiro, 2009). Algumas das espécies microbiológicas de suma importância
para essa fase são os Bacilos, Clostridium, Pseudômonas, Micrococcus, Alcaligenes
(Silva, 2012).

2.7.3 Acetogênese

Trata-se basicamente da preparação dos substratos para a metanogênese. Os produtos da


acidogênese são oxidados obtendo assim o substrato adequado para as bactérias e
arqueas metanogênicas, gerando como principais produtos CO2, H2 e CH3COOH
(Reis, 2012). Uma grande quantidade de hidrogênio é formado durante a produção de
ácidos acéticos e propiônicos ocasionando queda do pH do meio. Apenas o hidrogênio e
o acetato podem ser usados diretamente pelas bactérias metanogênicas (Reis, 2012).

2.7,4 Metanogênese

É a etapa final da digestão anaeróbica, é nesta fase que ocorre a formação do biogás
através das bactérias metanogênicas utilizando os acetatos, CO2 e H2. Para tal, as
bactérias se dividem em acetoclásticas e hidrogenotróficas (Reis, 2012). As
hidrogenotróficas são as que fazem a redução de CO2 através H2 formando o metano,
sendo esta, responsável pela formação de 30% do mesmo. Por possuírem uma taxa de
crescimento maior que as acetoclásticas elas são a etapa limite da reação (Carneiro,
2009; Silva, 2012).
Figura 6. Fases da Produção de biogás. Fonte: adaptado de Gerardi (2003, pg 52)

2.8 Factores que influenciam na Digestão Anaeróbica


A digestão anaeróbia é um processo microbiano,que é bastante influenciada pelas
condições do meio onde se encontra os microorganismos envolvidos.Estes são :

2.8.1 Impermeabilidade do ar
Os microrganismos metanogênicos são essencialmente anaeróbias. A decomposição de
matéria orgânica na presença de ar (oxigênio) irá produzir apenas dióxido de carbono
(CO2 ).Deverá se garantir que os biodigestores estejam bem fechados para não resultar
em escapamento gasoso bem como em não produção do biogás.E os biodigestores
usados estarão bem fechados e com reforço de um fecho metálico.

2.8.2 Natureza do substrato


Os substratos nutritivos devem prover as fontes de alimento aos microrganismos,
elementos químicos constituindo o material celular e os necessários às atividades
enzimáticas, particularmente os oligo-elementos, como o cálcio, magnésio, potássio,
sódio, zinco, ferro, cobalto, cobre, molibdênio e manganês.
2.8.3 Composição dos residuos
A composição dos substratos tem quantidades diferentes de matéria orgânica e,
portanto, a energia contida no material difere, ou seja, a quantidade de biogás a ser
produzida e o teor de metano presente serão diferentes dependendo do substrato.

Onde quanto maior a porcentagem de material orgânico no resíduo, maior o potencial de


geração de metano e vazão de biogás. Uma relação específica de carbono para
nitrogênio deve ser mantida entre 20:1 e 30:1.

2.8.4 Temperatura
O crescimento bacteriano é afectado pela temperatura da mesma forma que outras
reações químicas. Com o aumento da temperatura, a taxa metabólica aumenta e de
maneira análoga a redução da temperatura pode causar o decréscimo das taxas
metabólicas (Mc Kinney, 2004). Cada espécie bacteriana cresce a uma temperatura
mínima, óptima e máxima específica.

A maior parte dos microrganismos metanogênicos pertence ao grupo dos mesófilos e


apenas alguns são termófilos (Deublein; Steinjauser, 2008). A estrutura da actividade
microbiana dessas duas comunidades é bastante diferente. Uma mudança de condições
mesófilas para condições termófilas ou o contrário pode resultar em uma queda drástica
na produção de biogás até que a população microbiana cresça em número e a produção
seja reestabelecida (Ward et al., 2008)

2.8.5 pH
No biodigestor é um factor importante, ele deve estar em torno da neutralidade,
entretanto, as variáveis que controlam o pH do biodigestor são a Acidez Volátil e a
Alcalinidade Total e quando o pH diminui, a produção de ácidos orgânicos leva a uma
futura redução do pH pelas bactérias hidrolíticas e pode causar a interrupção do
processo de fermentação (Deublein; Steinjauser, 2008).

2.8.6 Agitação
A agitação possibilia o melhor aproveitamento dos micro-organismos ao substrato, e
manter a estabilidade do processo, a eliminar os gases produzidos, misturar o substrato
aos micro-organismos. prevenir a formação de crosta e sedimento interno, evitar
gradientes pronunciados de temperatura dentro do biodigestor, prevenir a formação de
espaços inativos que possam reduzir o volume de fermentação agitação da biomassa em
um biodigestor anaeróbio tem um efeito significativo, pois promove a homogeneização
do substrato e aumenta a cinética da velocidade de digestão anaeróbia. (Deublein &
Steinhauser, 2008) (Tchobanoglous et al., 1993).

2.8.7 Necessidades nutricionais das bactérias

O material orgânico a ser digerido antes de tudo, é o alimento para a população


bacteriana, por possuir altas quantidades de carbono (Nogueira, 1992). Além do
carbono, o nitrogênio e os sais inorgânicos fazem parte da nutrição bacteriana, sendo
considerados essenciais (Ruiz, 1992).

2.9 Diferentes fontes de dejectos na produção biogás e biofertilizante

2.9.1 Dejectos de Aves

Marrocos (2011) constatou que o esterco de galináceo apresenta teores mais elevados da
relação C/N (Carbono/Nitrogênio) não será limitante na produção, porém podem
ocorrer, problemas de toxicidade devido a presença da amônia (NH3). e a composição
elevada de nutrientes que se encontram presentes nos dejectos dos galináeos, ocorre
devido à presença de menor teor de água, fezes e urina misturadas, e também pelo
emprego de rações ricas em nutrientes.

Contudo Steil e Oliveira (2001) demonstram que os dejectos de aves apresentam um


teor de sólidos totais (ST) de 37,02% e 66,0% de sólidos voláteis (SV), de acordo com
estes autores uma ave com peso de 2,5 kg produz entre 0,12 a 0,18 kg de esterco por
dia, o que equivale a 0,050m3 de biogás/ kg esterco e entre 0,31 a 0,62m 3 de biogás/ kg
de sólidos voláteis.

2.9.2 Dejecto de Caprinos

Quadros et al., (2010) Constatou que os dejectos de caprinos contribuem de forma


negativa na contaminação da água e do solo, bem como a ocorrência de doenças.
Perante este facto,a utilização de biodigestores contribui para integração e
sustentabilidade no meio rural permitindo que se tire proveito do dejeto o qual,
normalmente, é dado pouco ou mesmo nenhum valor, convertendo-o em duas grandes
fontes de desenvolvimento rural o biogás, que pode ser convertido em energia, e o
biofertilizante (Serafim; Andrade Filho; Spirlandelli, 2007).

Segundo Orrico, Lucas Jr e Orrico Jr (2007), os dejectos de caprinos apresentam grande


variedade em sua composição, devido a factores relacionados a idade e o tipo de dieta, e
trabalhando com diferentes dietas e idades encontraram teores entre 28,7 e 46,0% de
sólidos totais (ST). Os mesmo autores também encontraram valores de 1,39N, 0,62P,
0,29K, 0,94 C (% da matéria seca).

2.9.3 Dejectos de Bovinos

Santos e Nogueira (2012) constataram que a pecuária bovina é a atividade agropecuária


que mais prejudica o meio ambiente, devido ao crescente número de animais que geram
resíduos poluentes, e eles produzem cerca de 10kg a 20 kg por animal/dia ou 0,086 kg
por kg de peso vivo por animal (pv/a). Sendo assim, vai emitir maior concentração de
metano (CH4) por meio da fermentação das fezes, e óxido nitroso (N2O), das fezes e
urina.

Esse resíduo, mostra-se de grande valor e potencial energético para a produção de


biogás, pois graças a esta produção de metano (CH4) é possivel gerar energia e calor, e
o biofertilizante por meio da biodigestão da biomassa.

Lucas Jr et al. (2010) constatou que a composição do dejecto de bovinos de corte ou


leite é variável, pois é influenciada por diversos factores, desde a alimentação dos
animais,sua dieta,das condições em que os animais (vacas leiteiras, vacas de reprodução
e bezerros) são mantidos, do tipo de limpeza que é realizado, resultando num dejecto
mais, ou menos diluído dependendo da quantidade de água utilizada. Os mesmos
autores, citam valores de sólidos totais (ST) entre 18,25 a 18,60%, sólidos voláteis (SV)
entre 15,78 a 16,32%.

E possuem, segundo Xavier (2009), teores de N de 2,59 %, de P de 1,74% e de K de


1,27%, para bovinos alimentadoss com silagem de milho e concentrado. De acordo
com Amaral et al. (2004) os resíduos provenientes da bovinocultura, os teores de
sólidos voláteis (SV) representam aproximadamente 80% dos teores de sólidos totais
(ST).

2.9.4 Dejectos de Suinos


Os dejetos suínos são constituídos por fezes, urina, água desperdiçada pelos bebedouros
e de higienização, resíduos de ração, pêlos, poeiras e outros materiais decorrentes do
processo criatório. O esterco por sua vez é constituído pelas fezes dos animais, que
contém matéria orgânica, nitrogênio(N), fósforo(P), potássio(K), cálcio(Ca), sódio(Na),
magnésio(Mg), manganês(Mn), ferro(Fe), zinco(Zn), cobre(Cu), que estão incluídos nas
dietas dos animais. (Diesel et al., 2002).Os dejetos de suínos são grandes produtores de
gás metano (CH4), que é considerado vinte vezes mais agressor a atmosfera que o gás
carbônico (CO2) (Konzen, 2005).

Diesel et al. (2002) afirmam que os dejetos de suínos possuem um bom potencial
energético em termos de produção de biogás, tendo em vista, que mais de 70% dos
sólidos totais são constituídos pelos sólidos voláteis, que são o substrato dos
microrganismos produtores de biogás, e apresentam elevado teor de sólidos totais,
28,51% de ST, dos quais 22,09% são voláteis,e Silva (1983) relata que o pH dos
dejectos deve ser entre 7 e 8,5, pois satisfaz melhor à fermentação no processo de
biodigestão anaeróbia, para produção eficiente de biogás.

Tabela.2 Teores de sólidos totais (SV), voláteis (SV), pH e condutividade elétrica (CE)
de dejetos sólidos gerados em suinocultura.

Fonte: Echeverria, J.R et al ()

A Produção média de biogás para as espécies com enfoque nessa pesquisa são ilustradas
a seguir dando destaque aos Caprinos, Suinos, Bovinos e aves.

Tabela.3 Produção média de biogás para Caprinos, Suinos, Bovinos e Galináceos.

Espécie m3 de biogás/kg esterco m3 de biogás/ 100kg


esterco
Caprino/ovino 0.40-0.061 4.0-6.1
Bovinos de leite 0.040-0.049 4.0-4.9
Bovinos de corte 0.40 4.0
Suinos 0.075-0.89 7.5-8.9
Frangos de corte 0.90 9.0
Poedeiras 0.100 10.0
Codornas 0.049 4.9
Fonte : Perecin (2017).

CAPÍTULO III-METODOLOGIA.
3.1. Local de Realização do Estudo
O estudo foi desenvolvido no campus do Instituto Superior Politécnico de Manica-
ISPM (2190 11’ 07483” S, 330 46,4’ 07483” W), localizada no Posto Administrativo de
Matsinho no distrito de Vandúzi e no laboratório da mesma instituição.

Figura.7 Localização do ISPM, Google Earth (2018)

3.2 Condução do experimento

Para efeitos de condução do estudo este decorreu em quatro fases: onde primeiro as
amostras de dejectos não tratado foram analisadas em laboratório, de seguida as
amostras depois da biodigestão também foram analisadas no 30º dia, 40º dia, 50º dia e
por fim no 60º dia do experimento.

Os dados da temperatura média, e outros factores climatológicos foram obtidos por


meio de uma aplicação AccuWeather, versão 8.1.2-2-google.

3.2.1 Aquisição da Biomassa

Os dejectos animais foram colectados na unidade de produção doo Instituto Agrário de


Chimoio (IAC). Portanto foram recolhidos dejectos frescos de Cabritos, Bovinos e …e
para as aves foram colhidos no……… e conta com as actividades de Agro-pecuária.
Contando com uma pequena produção animal e

De um modo geral os caprinos e bovinos que são ruminantes estes se alimentam


basicamente de massa verde, facto que se torna similiar aos sistemas produtivos ao nível
do pais. Portanto para as aves constatou-se que ….sao alimentadas a base de ração A1 e
A2 que são ricas em …..

3.2.2 Materiais Utilizados

A pesquisa foi realizada no campus do ISPM, sendo que foi desenvolvido um modelo
de biodigestor tipo RAFA.

Neste modelo foram utilizados os materiais descritos na Tabela :

Componente Quantidade
Tambor PVC 60litros 4
Câmara de ar 4
Cola ferro 6
Silicone 1
Fita de veda 3
Cotovelos 4
Tubo de água (50mm) 1
Mangueira de gás 3m

Anel de mangueira 14
Torneiras 8
Soda Cáustica 1kg
Palha de aço 1kg
Frascos 8

Tabela. 4 Materiais Usados na Construção de biodigestores. Fonte: Autor.


Figura.8 Modelo do biodigestor RAFA: A- Dejectos de bovino, B- Dejectos de
caprinos, C- Dejecto de suino e D- Dejecto de Galináceo

Figura.9 Imagem do Interior e Exterior do biodigestor. Fonte: O autor

3.2.3 Construção de Biodigestores

Onde primeiro de modo a garantir que fossem obtidos dados fiáveis, foram construídos
4 protótipos de biodigestores modelo RAFA, que foram alimentados com dejectos e,
tampados logo em seguida para garantir que não haja escapamento gasoso. Os
protótipos foram constituídos por dois filtros (Seco e húmido) adaptados com material
reciclado, e uma câmara de ar de moto, os 4 tambores foram de 60l e formados de PVC.
O biodigestor era formado por dois filtros, onde o filtro húmido foi colocado soda
cáustica para a remoção do CO2, Ácido sulfídrico H2S, quanto ao filtro seco foi uma
adaptação com ajuda de um frasco em que no seu interior continha 150g de palha de aço
para remoção da humidade do biogás resultante.

A câmara de biodigestão (Tambor) teve somente a tampa fixa para garantir um meio
hermético durante o processo,com uma canalização que permitia o abastecimento e a
saída do biofertilizante e por fim terá o gasómetro que será montado apartir de uma
câmara de ar de moto.

3.2.3 Enchimento e Operacionalização

Foram utilizados dejectos de 4 espécies de animais domésticos (bovinos,


caprinos,suínos e galináceos), obtidos no Instituto Superior Politénico de Manica.Os
protótipos de biodigestores, usados são os do modelo RAFA ( Reactor Anaeróbico de
Fluxo Ascendente) de abastecimento continuo.O experimento foi conduzido no câmpus
do ISPM e o processo foi uma adaptação da proposta de Venzon (2017).

3.3 Produção do Biogás e do Biofertilizante

3.3.1 Preparo dos substratos

Quanto aos dejectos foi feito o abastecimento onde foram dispostos os biodigestores sob
condições de temperatura ambiente, expostos ao sol, para garantir maior exposição a
este, contribuindo para uma produção mais eficiente.Primeiro pesou-se cerca de 11kg de
dejecto, e foi adicionado ao biodigestor pelo tubo de abastecimento com cerca de 22l de
água, numa proporção de 1:2. E realizados três repetições para cada dejecto animal.
Figura 10. Coleta e pesagem do dejecto. A: colecta do dejecto, B: Pesagem do esterco.

3.3.2 Fechamento do tubo de saida

Após o abastecimento fez-se uma checagem aos biodigestores, para que não ocorressem
fugas, bem como o correcto fechamento do biodigestor para garantir um meio
hermético. Todas as condições foram criadas para que ocorresse o processo de
biodigestão e consequentemente a produção de biogás.

Figura. 11 Fechamento correcto e checagem do biodigestor

3.4 Parâmetros e Procedimentos de Avaliação

3.4.1 Avaliação dos Dejectos

De inicio foram colhidas amostras dos quatro tipos de dejectos não tratados, e durante o
processo de biodigestão estabelecidos 60 dias ,sendo feita análises, para determinação
do pH , Carbono (Ca), Potássio (K), Nitrogénio (N), Fósforo (P), no Laboratório de
Solos Kvuno do Instituto Agrário de Chimoio. E tambèm foram colhidas amostras no
período de 30 a 60 dias para determinação dos teores de sólidos totais e voláteis no
Laboratório da Universidade Púnguè em Chimoio.

As amostras foram submetidas, primeiro do dejecto antes da biodigestão, e no dia 25 de


Abril foram submetidas as amostras dos 30 dias de biodigestão, e passados 10 dias
foram submetidas amostras dos 40 dias , e depois de 10 dias as amostras de 50 dias e
por fim seguido de 10 dias novamente as amostras de 60 dias.

3.4.2 Procedimento de avaliação no Laboratório de Solos

Após catalogar as quatro amostras foram colocadas as amostras numa cuba de apoio da
secadora e foi feita a secagem do dejecto por meio da secadora de marca Stolkit, a 40º c,
durante 1h e 30 min .

Figura.12 Secador de amostras, Cuba de apoio redonda. Fonte: Autor.

De seguida, a cuba que continha o esterco foi colocado sob o Soilscan que é um
dispositivo que vem conectado com um software denominado Agrocare, onde submete-
se a amostra pelo Soilscan com o devido código de barra da amostra já categorizado e
reconhecido pelo sistema, quando refletido no sistema, conecta-se o Soilscan a internet
e bluetooth para que a informação possa ser descarregada do sistema para o
computador, analisando-se quatro parâmetros, o pH, C, N, P, K do esterco.
Figura.13 Soilscanner. Fonte: Autor

3.5 Parte II

Fez-se a colecta do biofertilizante aos 30º ,40º ,50º e 60º dias de biodigestão, sendo
assim estas amostras foram levadas ao Laboratório da Universidade Púngue, onde
inicialmente foi realizada a análise de determinação de sólidos totais (ST), sólidos
voláteis (SV), adaptada por meio da metodologia descrita por Apha (2005), e Venzon
(2017).

3.5.1 Sólidos Totais (ST)

Uma cápsula de porcelana bem lavada foi aquecida na mufla a 550ºC por, no máximo,
1 hora. Após esta etapa, transferiu-se a cápsula para um dissecador, com o auxílio de
uma pinça metalica, onde permaneceu por 1 hora. A cápsula foi pesada em uma balança
analítica e o peso em gramas foi chamado de P1. Com o auxilio de uma balança, 10
gramas da amostra foram transferidas para as cápsulas anteriormente preparadas. A
amostra foi transferida para a estufa a 105ºC por 24 horas. Com o auxílio de uma pinça,
a amostra foi colocada novamente no dissecador para esfriar por 1 hora.
A B

Figura.14 Mufla e balança. Fonte: autor

Figura.15 Cadinhos dentro da estufa. Fonte: autor.

Após o período de estabelecido (24h), a massa (P2) da cápsula mais os sólidos retidos
foram determinados, através do cálculo expresso pela Equação 01:

(01)

Onde:

Mst- é a massa de sólidos totais, em gramas;

P2- é o peso da cápsula mais os sólidos totais da amostra, em gramas;


P1- é o peso da cápsula vazia, em gramas;

M0- é o peso inicial da amostra, em gramas

E para determinar a eficiência de remoção de sólidos totais para cada biodigestor, foi
utilizada a equação 02:

Rst = (Stf˗Sti)/Stf * 100 (02)

Onde:

Rst -é a eficiência de remoção de sólidos totais (%);

Stf- é o sólido total final em gramas;

Sti- é o sólido total inicial em gramas.

3.5.2 Sólidos totais fixos (STF)

A amostra foi submetida à ignição a 550ºC por no máximo 60 minutos em uma mufla.

Figura.16 Mufla (A) e Cadinhos (B)com a amostra para a pesagem. Fonte: autor.

A amostra foi resfriada no dissecador por 60 minutos e então pesada, o peso em gramas
determinado foi anotado como P3.
Figura.17 Amostra no dissecador. Fonte: autor

A fração orgânica foi oxidada a essa temperatura e foi eliminada em forma de gás. A
fração inorgânica permaneceu em forma de cinzas, conhecido como Sólidos Totais
Fixos. Os STF foram calculados de acordo com a Equação 03.

𝑀𝑠𝑡𝑓 = (𝑃3 − 𝑃1) / M0 (03)

Onde:

Mstf- é a massa de sólidos totais fixos, em gramas;

P3- é o peso da cápsula mais os sólidos totais fixos da amostra, em gramas;

P1- é o peso da cápsula vazia, em gramas;

M0- é o peso inicial da amostra, em gramas.

3.5.3 Sólidos totais voláteis (STV)

Esta determinação refere-se ao material orgânico dos sólidos em suspensão. É obtido


pela diferença entre os resultados dos ST e os STF. Os STV foram calculados de
acordo com a Equação 04.

𝑀𝑠𝑡𝑣 = (𝑃2 − 𝑃3) / M0 (04)

Onde:

Mstv- é a massa de sólidos totais voláteis, em gramas;

P3- é o peso da cápsula mais os sólidos totais fixos da amostra, em gramas;


P2- é o peso da cápsula mais os sólidos totais da amostra, em gramas;

M0- é o peso inicial da amostra, em gramas.

Para determinação da eficiência de remoção de sólidos voláteis de cada biodigestor, foi


utilizada a equação 05:

𝑅𝑠𝑣 = (𝑆𝑣𝑖−𝑆𝑣𝑓) Sv𝑖 . 100 (05)

Onde:

Rsv- é a eficiência de remoção de sólidos voláteis (%);

Svf -é o sólido volátil final em gramas;

Svi- é o sólido volátil inicial em gramas.

3.6 Tempo de Retenção Hidráulica.

Para o substrato composto de resíduos de matéria orgânica o tempo de detenção situou-


se 60 dias, sendo que com 30 dias e com temperatura superior a 25º c a carga orgânica
já sofreu grande redução e devido a isso, a produção de biogás já atingiu seu máximo e
a partir desse ponto passa a decair este porèm sofre influência directa da temperatura
(Beux, 2005).

3.7 Delineamento e Analise de Dados

O Delineamento usado foi o Delineamento de Delinemneto Completamente


Casualizados (DCC). Para cada parâmetro foi medido ou avaliado três vezes de modo a
se obter uma repetição e representatividade dos dados. Depois da colheita dos dados,
estes foram lançados na folha de excel e a posterior foram submetidos a Analise de
Variancia ANOVA a 5% de probabilidade. E a posterior o teste de comparacão múltipla
usando teste de Tukey 5%.
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo são apresentados os resultados do estudo, com maior destaque para a
caracterização nutricional do dejecto não tratado e do biofertilizante (Nitrogénio total,
Fósforo, Potássio, carbono orgânico e pH), foi analisado também o teor de sólidos totais e
voláteis.

4.1 Generalidades

4.1 Temperatura

Os factores climatéricos afectam na qualidade e quantidade de biofertilizantes


produzidos pelos biodigestores. Portanto A temperatura ao longo do
experimentodurante a condução do experimento a temperatura oscilou entre 21ºc a 30º
c, e ela tem uma muito primordial visto que os microrganismos não possuem meios de
controlar sua temperatura interna, isto é, a temperatura no interior de suas células esta
vai ser determinada pela temperatura do meio ambiente externo, e no biodigestor
modelo UASB ela sofrer mediante este factor visto que ao longo do experimentos estes
biodigestores estiveram expostos a temperatura não controlada do meio ambiente na
qual estava inserido.

E vários autores relatam que as melhores faixas de temperatura para ocorrência da DA é


mesofílica (temperaturas moderadas) e a termofílica (altas temperaturas), apontando a
faixa termofílica como a melhor opção pela sua capacidade de promover altas taxas
metabólicas e, por consequência, e por consequência garantir elevada produção de
biogás como por sua capacidade de reduzir, significativamente, os sólidos voláteis (SV)
do digerido. (Algapani et al., 2017; Nguyen et al., 2017a; Nguyen et al., 2016),

4.2 Produção de biogás.

A produção de biogás em todos os tratamentos foi baixa devido a temperatura instável


ao longo do experimento que a dificultou, porém houve factores que demonstraram a
ocorrência da mesma como o enchimento da camâra nos biodigestores dos parâmetros
1, 2, 3, testadas pela queima do biogás (vide o apêndice A).

4.3 Avaliação dos Dejectos brutos

4.3.1 Quanto ao pH

Parametro de qualidade
Dejecto Ph ST NPK
Bovino
Suino
Caprino
5

Os tratamentos 1,2,3,4, do dejecto não tratado apresentaram um pH de 5.6, o que é


relatado em artigos como o de Wang et al. (2016), que obteve os mesmos valores de pH
com os do presente estudo para dejectos não tratados e reafirma que o baixo teor de pH
registrado nos tratamentos inibe a metanogênese, uma vez que as arqueas
metanogênicas desenvolvem-se em pH próximo à neutralidade (6.5 a 7.0), porém no
decorrer do processo podemo-nos aproximar do pH óptimo para a digestão anaeróbia,
visto que no dejecto bruto ainda não ocorreu a fermentação.

E para sustentar Chernicharo (2007) constatou que a faixa ótima de pH para o


crescimento dos organismos produtores de metano é de 6,6 a 7,4, podendo operar com
estabilidade na faixa de 6,0 a 8,0, não afetando assim a actividade enzimática dos
microrganismos.Os resultados do estudo quando tomados como base os autores acima
citados mostram-se promissores para o processo da digestão anaeróbica.

4.2 Avaliação da qualidade Quimica (Macro nutrientes) dos diferentes tipos de


dejectos Quanto ao N, P, K, C

Macro Nutriente
Dejecto Nitrogenio (g/kg) Fosforo (mg/kg) Potassio (mmol/kg) Carbono (g/kg)
T1 2 20 1.5-3 17 a 50g/kg
T2 2 20 3 50
T3 20 17
T4
:

A avaliação dos dejectos consistiu na medição dos parâmetros nutricionais dos dejectos
antes da biodigestão, em que foram analisadas a concentração de N, P, K, C orgânico e
o pH. Entretanto para o tratamento 1,o C orgânico apresentou-se num intervalo de 17 a
50g/ kg,o K esteve também num intervalo de 1.5 a 3 mmol/ kg, o P apresentou 20 mg/
kg, o Nitrogénio 2 g/ kg.

O tratamento 3 apresentou os seguintes resultados, para o N esteve num intervalo de 1 a


2 g/kg, o K também apresentou valores adequados entre 1.5 a 3 mmol/ kg, C 17g/ kg e P
20 mg/ kg.

No tratamento 2, para o P apresentou 20 mg/ kg, C 50 g/ kg, N 2 g/ kg, K 3 mmol/ kg.

E o tratamento 4 apresentou os seguintes valores para os parâmetros, P 20 mg/ kg, C 50


g/ kg, N total 2 g/ kg, K 3 mmol/ kg (vide os resultados no Apêndice B).

4.4.1 Dejectos de Suínos

Como bem explanado acima o tratamento 2 para P 20 mg/ kg, C 50 g/ kg, N 2 g/ kg, K
3 mmol/ kg, Ramires,M et al (2020) relatou o potencial de residuos suínos e obteve os
seguintes valores de nutrientes para 48 g/kg, 14 g /kg, 7.80 mg /kg, 1.30 mmol /kg e
5.20,correspondente a C ,N, P ,K e pH respectivamente.

Enquanto que Orrico Jr (2007), constatou que os dejetos de suínos apresentaram no seu
trabalho valores de N 2,05 g/kg , de P 25mg/ kg, e por fim de K 2,32 mmol/ kg, valores
estes aproximados aos obtidos no presente estudo para o tratamento 2.
ZHANG et al. (1990), em seu trabalho com dejectos brutos de suínos, obteve os
seguintes resultados para o teor de N,P,K e C 2.9 g/kg, 10 mg/kg, 1.593 g/kg e 47g/
kg ,respectivamente. E GOSMANN (1997), analisando os dejectos não tratados em
uma unidade de produção de suínos, obteve 3.2 g/kg , 22 mg/kg , 2 mmol/kg e 40 g/ kg
para os mesmos parâmetros, respectivamente.

Por fim Nogueira (1992), reafirma que o essencial num processo de digestão anaeróbia
é o teor de carbono, e sua concentração deve se apresentar por volta de 50 g/kg só assim
teremos um processo a decorrer em condições satisfatórias.

4.4.2 Dejectos de Galináceos

Para o tratamento 4 o resultado se aproxima ao encontrado por Augusto 2007 que


obteve 3g/kg de N, P 18g/ kg, K 2.5 mmol/ kg, e C 32g/ kg em galináceos criados em
sistema covencional. Para sustentar Collins et al 1999 obteve um teor de Carbono igual
a 42.2g/kg, N igual 13.5 g/kg P igual a 4.62mg/ kg, K igual a 4.98mmol /kg valores
aproximados aos encontrados para este tratamento onde obtivemos para 2 g/kg, 20
mg/kg , 3 mmol/kg e 50g /kg, N,P,K,C respectivamente. Orrico Jr, et al (2010)
relataram a caracterizaço dos nutrientes de galináceo sendo 2.08 g/ kg, 3,62 mg/ kg,
29mmol/kg , 94g/kg N,P,K, e C respectivamente.

4.4.3 Dejectos de Bovinos

Para o tratamento 1, autores como Bernal et al 2009 relataram os valores de N,P, K e C


2.81g/kg, 7.89mg /kg e 3.45 mmol/kg, 40 g/ kg respectivamente,valores superiores
nalguns casos e próximos aos encontrados no trabalho visto que o dejecto de bovino sao
uma excelente fonte desses nutrientes. E ainda SOUSA et al., (2012) demonstraram que
para o tratamento 1 , o teor de carbono varia muito, com valor médio de 14,7 a 25g/kg
valor que se encontra dentro do intervalo estabelecido como resultado na análise para
este parâmetro. Nam, H et al 2016, descreveu a composição dos elementos dos
dejectos de bovinos nao tratados e obteve os valores 1,39N, 0,62P, 0,29K, 0,94C.

4.4.4. Dejectos de Caprinos

Para o tratamento 2, autores como Orrico Junior (2007), analisando os dejectos de


suínos, observou concentrações maiores que as do presente estudo, com médias de N
2,05 g/ kg de P e 2,32 mg/ kg de K 2 mmol/ kg . ASAE (1993) apresentou as
características dos dejectos para o tratamento 2, sem considerar a diluição que possa
ocorrer pelo excesso de água desperdiçada na limpeza e pelos bebedouros.

Siti Batubara et al (2021), trabalharam com dejectos de caprinos e descreveram que


estes, contêm C 46.58g/kg, N 1.34 g/ kg, P 0.54mg/ kg , e K 1.56 mmol/ kg, valores
estes bem próximos ao do presente estudo. E ainda Khulekani M et al 2021 descreveram
as caracteristicas de dois tipos de dejectos o caprino e galináceo, onde para o caprino
obteve para o teor de C 60g/kg, N 6 g/kg, P 3.5 mg/kg, K 2.2 mmol/kg.

Estes cenários apresentados pelos autores na caracterização dos dejectos brutos possui
algumas discrepâncias com o presente estudo por factores como a dieta diferenciada dos
animais e as condições de temperaturas que estes se encontram, o armazenamento dos
dejectos, ao sistema de criação que estas se encontravam, e a limpeza das instalações,
armazenamento do dejecto, factores estes que afectam na qualidade do dejecto e a
produção do biogás e metodologias diferentes para análise destes teores.

4.5 Avaliação dos Dejectos e do produto da biodigestão (Biofertilizante)

Foram avaliados as amostras do biofertilizante proveniente da produção de biogás de


quatro tipos de dejectos quanto ao teor relacionado ao N, P, K, C orgânico, e pH ao 30º,
40º, 50º e 60º dia, e estes comportaram-se da seguinte forma:

4.5.1 Avaliação doQuanto ao pH dos biofertilizantes em funcao da fonte de dejecto


:

Ex. A figura (x), apresenta a variação dos valores de Ph dos diferentes tipos de
dejectos em função do numero de dias após o abastecimento dos biodigestores. Do
gráfico verifica-se que os valores médios de Ph para todos os tipos de dejectos são
de Ph Acido, sendo maior nível de Ph obtido aos 30 dias usando o dejecto de
bovino e o menor valor (4.5) foi obtido aos 30 dias no dejecto de Galinaceo.
Portanto a curva de Ph de suíno e caprino se mantiveram mais ou menos estáveis
contrariando a curva de dejectos de bovino que decresceu dos 30 aos 50 dias e
enquanto a do galanacio cresceu dos 30 aos 60 dias, tendo um crescimento
exponencial nos primeiros 40 dias.

4.5.1.1 Dejectos de Bovinos

Os resultados do Ph de dejectos de gado bovino são contrariados pelo Matos, C.F et al


(2019), em que obteve resultados de Ph moderados e com um comportamento
decrescente dos 30 a 60 dias (7.8 a 6.1). Portanto esta disparidade provavelmente esteja
relacionado com o regime alimentar ou as condições climatéricas do período em que se
desenvolveu o estudo uma vez que o tipo de alimentação e os níveis de temperatura
afectam na qualidade do biofertilizante. Sub ponto de vista de aplicação dos dejectos na
agricultura, estes podem ser usados para efeito de correção de solos alcalinos….no seu
trabalho com dejecto de bovino bruto apresentou um pH de 7.8, aos 30 dias 6.8, após 45
dias 6.26, e após 60 dias 6.01.Contudo no presente estudo para o dejecto bruto do
tratamento 1 obteve-se um pH de oscilando de 5.8 a 6.0 valor baixo em relação ao
encontrado pelo autor. Após 30 dias do processo de digestão, obteve-se um pH
oscilando de 5.7 a 6.0, e depois de 40 dias o pH reduziu estando entre 5.3 a 6.0, e aos 50
dias declinou ainda mais estando entre 5.0 a 6.0 e por fim aos 60 dias de digestão o pH
oscilando entre 5.1 a 6.0.

E ainda em um estudo realizado por Araújo et al. (2007b), utilizando dejecto de bovino,
em experimento com variação no TRH, o pH observado foi de 6,4. Já Campos et al.
(2008), utilizando biofertilizante de bovino em fermentação anaeróbica, observaram pH
com valor de 6,8. E contudo Moura (2012), em seu trabalho com biodigestores operados
com dejecto de bovino, os valores óptimos de operação oscilaram entre 6,6 e 7,6 com
limites de 6,5 a 8,0, valores estes que não corroboram com os observados no presente
estudo, por factores como a temperatura presente no TRH determinado, o tipo de
biodigestor, a dieta do animal, condições das suas instalações e a limpeza no mesmo.

4.5.1.2 Dejectos de Suíno

Dejecto de 30 dias 40 dias 50 dias 60 dias


Caprino
pH 5.1 - 6.0 5.4 - 6.0 6.4 - 6.0 5.5-6.0
Carbono 50g/ kg 50g/ kg 50g/ kg 50g/ kg
Orgânico
Nitrogênio Total 2g/ kg 2g/kg 2g/ kg 2g/ kg
Fósforo 20 mg/kg 20 mg/kg 40 mg/kg 20mg/ kg
Potássio 1.5 -3 mmol/kg 1.5 -3 mmol/kg 1.5 -3mmol/ kg 3mmol/ kg
Dejecto de 30 dias 40 dias 50 dias 60 dias
Galináceo
pH 4.5 - 6.0 4.8 - 6.0 4.5 - 6.0 4.9-6.0
Carbono 50g/ kg 50g/ kg 50g/ kg 17g/ kg
Orgânico
Nitrogênio Total 2g/ kg 2g/kg 2g/ kg 1g/ kg
Fósforo 20 -40 mg/kg 20 mg/kg 20 mg/kg 20mg/ kg
Potássio 3 mmol/kg 3 mmol/kg 3 mmol/ kg 1.5mmol/ kg
Dejecto de 30 dias 40 dias 50 dias 60 dias
Suino
pH 5 5.4 5.9 4.9
Carbono 50g/ kg 50g/ kg 50g/ kg 17g/ kg
Orgânico
Nitrogênio Total 2g/ kg 2g/kg 2g/ kg 1g/ kg
Fósforo 20 mg/kg 20 mg/kg 20 mg/kg 20mg/ kg
Potássio 1.5 -3 mmol/kg 3 mmol/kg 1.5-3 mmol/ kg 1.5mmol/ kg
Dejecto de 30 dias 40 dias 50 dias 60 dias
Bovino
pH 5.7 5.3 5 5.1
Carbono 50g/ kg 50g/ kg 17g/ kg 17g/ kg
Orgânico
Nitrogênio Total 2g/ kg 2g/kg 1g/ kg 1g/ kg
Fósforo 20 mg/kg 20 mg/kg 20 mg/kg 20mg/ kg
Potássio 1.5-3 mmol/kg 1.5-3 mmol/kg 1.5 mmol/ kg 1.5 mmol/ kg

Para o tratamento 2 o dejecto bruto apresentou o pH 5.6, e após 30 dias apresentou o pH


de 5.0, de seguida aos 40 dias o pH foi de 5.4, aos 50 dias um pH de 5.9 e aos 60 dias
ele decresceu bastante sendo 4.9.

4.5.1.3 Dejectos de Galináceos

O tratamento 4 bruto apresentou um pH de 5.6 a 6.0, e após 30 dias apresentou-se um


pH de 4.5, aos 40 dias um pH de 4.8, aos 50 dias um pH de 4.5, aos 60 dias um pH de
4.9.

4.5.1.4 Dejectos de Caprinos

O tratamento 3 bruto apresentou um pH de 5.6, aos 30 dias um pH de 5.1, aos 40 dias


esteve em 5.4, aos 50 dias o pH apresentou um acrescimo estando entre 6.4, e por fim
aos 60 dias o pH foi de 5.5.

Para sustentar estes valores apresentados pelas quatro fontes de dejectos Gelegenis et al
(2007) em seu trabalho com dejectos animais determinou um intervalo de pH ideal de
desenvolvimento das bactérias metanogênicas sendo este de 6,0–7,5 e este intervalo foi
notado ao longo processo de biodigestão e apresentou maior valor que o obtido pelo
autor, o que pode ser explicado pelo tempo de retenção hidráulica, que no estudo foi de
60 dias, mais do que o utilizado pelo autor.

4.6 Quanto ao N, P, K, C:

4.6.1. Dejectos de Bovinos

Aos 30 dias, o tratamento 1 apresentou o P com 20 mg/kg, quanto o C orgânico


apresentou 50g/ kg, o N total esteve em torno de 2g/ kg, e por fim o K apresentou-se
dentro de um intervalo sendo 1.5 a 3 mmol/kg . Aos 40 dias o P apresentou-se com 20
mg/kg, outrora o C orgânico teve 50g/ kg, o N total estive em torno de 2g/ kg , e K
apresentou-se num intervalo adequado entre 1.5 a 3 mmol/kg . Notou-se aos 50 e 60
dias que o C orgânico decresceu estando em 17g/ kg, o N total estando em 1g/ kg, o P
em 20mg/ kg e por fim o K em 1.5 mmol/kg os dois últimos parâmetros encontraram-se
em níveis baixos.Como representado na Tabela a seguir:

Dejecto de 30 dias 40 dias 50 dias 60 dias


Bovino
pH 5.7 5.3 5.0 5.1
Carbono 50g/ kg 50g/ kg 17g/ kg 17g/ kg
Orgânico
Nitrogênio 2g/ kg 2g/kg 1g/ kg 1g/ kg
Total
Fósforo 20 mg/kg 20 mg/kg 20 mg/kg 20mg/ kg
Potássio 1.5-3 mmol/kg 1.5-3 mmol/kg 1.5 mmol/ kg 1.5 mmol/ kg
Tabela 5. Resultados para o Tratamento 1. Fonte: Autor

Os resultados previamente expostos são relativamente aproximados aos de Vilela Junior


et al. (2007),no seu trabalho dejectos de bovinos avaliaram a composição química média
do biofertilizante proveniente da digestão anaeróbia com 30 dias de TRH e verificaram
que a concentração de Nitrogênio foi de 1,5 g/kg, a de Fósforo foi de 7.6 g/kg e a de
Potássio 7.9 g/kg.

E para sustentar Matos, C.F et al (2019) avaliou o efeito da digestão anaeróbia de


dejectos de bovinos, provenientes do sistema orgânico de produção, em diferentes
tempos de retenção hidráulica, a saber: T0 - 0 dias, T15 – 15 dias, T30 – 30 dias, T45 –
45 dias, T60 – 60 dias, T75 – 75 dias e T90 – 90 dias. Obtendo os seguintes resultados:
Tabela 6 . Caracterização dos dejectos bovinos. Fonte: Matos, C.F et al (2019)

Tabela 7. Caracterização nutricional dos dejectos bovinos.Fonte:Matos, C.F et al (2019)

Estes resultados estão relativamente aproximados ao estudo pois em alguns casos


apresentaram-se superiores e nalguns inferiores, essa diferença deve-se a aspectos
relacionados a temperatura e condições na quais os dejectos estavam expostos, erros de
laboratório, a diferença na diluição do tratamento.

4.4.2 Dejecto de Suinos

Quanto ao tratamento , aos 30 dias obteve-se os seguintes resultados: o P apresentou-se


com 20mg/ kg, outrora o C orgânico esteve em 50g/ kg,o N total esteve em 2g/kg e o K
apresentou-se num intervalo adequado entre 1.5 a 3 mmol/ kg. Aos 40 dias os resultados
foram quanto ao P apresentou 20mg/kg, e por outro lado o C orgânico teve 50g/ kg , N
total 2g/kg e o K este se apresentou em 3 mmol/kg. Aos 50 dias o P esteve em 20mg/
kg, K esteve no intervalo de 1.5 a 3 mmol/ kg, já o C orgânico apresentou 50g/ kg ,o N
total teve 2g/ kg. E por fim aos 60 dias,o C orgânico decresceu apresentando-se em 17g/
kg,o N total também o mesmo comportamento tendo decrescido para 1g/kg, o P esteve
em 20mg/kg, e por fim o K apresentou um valor de 1.5 mmol/ kg.Como representado
na tabela seguinte:
Dejecto de 30 dias 40 dias 50 dias 60 dias
Suino
pH 5.0 5.4 5.9 4.9
Carbono 50g/ kg 50g/ kg 50g/ kg 17g/ kg
Orgânico
Nitrogênio 2g/ kg 2g/kg 2g/ kg 1g/ kg
Total
Fósforo 20 mg/kg 20 mg/kg 20 mg/kg 20mg/ kg
Potássio 1.5 -3 mmol/kg 3 mmol/kg 1.5-3 mmol/ kg 1.5mmol/ kg
Tabela 8 .Resultados do para Tratamento 3. Fonte: Autor

Segundo Moreira,A (2019) após ter realizado um trabalho com biofertilizante produzido
a partir dos dejectos de suinos em 30 dias de TRH, e obteve os seguintes resultados para
o pH 5.33, N 9.2 g/ kg, P 16mg/kg , K 0.8mmol/ kg ,C orgânico 30 g/kg. E ainda
Nicoloso et al., (2019) relataram um estudo com biofertilizante provenientes da DA de
dejectos de suínos e obtiveram os seguintes resultados quanto ao N 4.08 g/kg , P
16mg/kg , K 1.2 g/ kg e C orgânico 50g/ kg. E Diesel et al. (2002) obteve para o N
1.6g /kg, P 32 mg/kg, K 2.6 g/kg e C orgânico 40g/ kg.

Os autores acima descritos apresentaram resultados relativamente similares e


aproximados ao do presente estudo, as diferenças destes deve-se a questões primordiais
como o TRH estabelecido pelos autores, e o qual foi estabelecido nesse estudo, este
tempo difere pois ao invés de estabelecer o TRH padrão de muitos processos de
digestão anaeróbica, de acordo com Komilis et al. (2017), para o bioreacto UASB e
processos em batelada é de 20 a 40 dias.

4.4.3 Dejecto de galináceos

No presente estudo do tratamento 4 aos 30 dias obtiveram os seguintes resultados:


quanto C orgânico teve 50g/kg , o N total 2g/kg, o K teve 3mmol/ kg, e o P esteve em
torno de 20 a 40mg/kg. Aos 40 dias o P esteve em 20mg/kg, o C orgânico teve 50g/ kg,
N total 2 g/ kg e o K esteve no auge com 3mmol/ kg. Aos 50 dias o P teve 20 mg/ kg, K
teve 3 mmol/ kg, N total teve 2 g/ kg e o C orgânico teve 50 g/ kg. E por fim aos 60 dias
os parâmetros estiveram em niveis baixos como o C orgânico que decreceu
apresentando 17 g/ kg, o N total para 1g/ kg, K teve 1.5 mmol/ kg, e o P manteve-se em
20mg/ kg. Como representado na tabela a seguir:
Dejecto de 30 dias 40 dias 50 dias 60 dias
Galináceo
pH 4.5 - 6.0 4.8 - 6.0 4.5 - 6.0 4.9-6.0
Carbono 50g/ kg 50g/ kg 50g/ kg 17g/ kg
Orgânico
Nitrogênio 2g/ kg 2g/kg 2g/ kg 1g/ kg
Total
Fósforo 20 -40 mg/kg 20 mg/kg 20 mg/kg 20mg/ kg
Potássio 3 mmol/kg 3 mmol/kg 3 mmol/ kg 1.5mmol/ kg
Tabela. 9 Resultados do digestato para o tratamento 4. Fonte: Autor.

Marchiori 1990 , num trabalho feito com dejectos de galináceos com variação no TRH
sendo 30 dias obteve num dos tempos estabelecidos resultados,aproximados ao do
presente estudo, onde para N teve 1.4 g/ kg, P 9.5 g/ kg, K 3.5 g/ kg e C orgânico 47
g/kg. Alguns autores como Abouelenien et al., 2009; Niu et al., 2013; Rajagopal et al.,
2013) demonstraram em seus estudos que o dejecto de galináceo possui elevadas
quantidades de ácido úrico, e amônia, e estes dois juntos causam a inibição do processo
de digestão anaeróbia, desequilibrando a relação carbono/nitrogênio e comprometendo a
produção de biogás e biofertilizante, facto este que foi notável neste tratamento visto
que houveram teores primordiais para DA que estiveram em baixo teor mostrando a
dificuldade que houve em ocorrer a DA.

E alguns autores como Abouelenien et al., 2014; Zhang et al., 2014; Glanpracha e
Annachhatre, 2016; Damaceno et al., 2019; Montoro et al., 2019a defendem que a
inibição do processo anaeróbio com ocorrência frequente nos dejectos de galináceos,
pode ser ultrapassada pela codigestão de materiais orgânicos com características
complementares, equilibrando de maneira eficiente a relação carbono/nitrogênio.

4.4.4. Dejecto de caprinos

No presente estudo o tratamento 2 aos 30 dias obteve os seguintes resultados: quanto ao


P teve 20mg/kg, o C orgânico 50 g/kg, o N total 2 g/ kg, e o K esteve no intervalo
adequado de 1.5 a 3 mmol/ kg. Aos 40 dias o P teve 20 mg/ kg, C orgânico teve 50 g/
kg,o N total teve 2 g/ kg, o K esteve no intervalo de 1.5 a 3 mmol / kg. Aos 50 dias o P
teve uma subida apresentando 40mg/ kg e o K encontrou-se no intervalo de 1.5 a 3
mmol/kg, e quanto ao C orgânico teve 50 g/ kg, N total teve 2 g/ kg, e o P teve 40 mg/
kg. Aos 60 dias o P teve 20 mg/ kg, quanto ao C orgânico teve 50 g/ kg, N total teve 2
g/ kg e o K apresentou-se com 3 mmol/ kg. Como representado na tabela a seguir:
Dejecto de 30 dias 40 dias 50 dias 60 dias
Caprino
pH 5.1 - 6.0 5.4 - 6.0 6.4 - 6.0 5.5-6.0
Carbono 50g/ kg 50g/ kg 50g/ kg 50g/ kg
Orgânico
Nitrogênio 2g/ kg 2g/kg 2g/ kg 2g/ kg
Total
Fósforo 20 mg/kg 20 mg/kg 40 mg/kg 20mg/ kg
Potássio 1.5 -3 mmol/kg 1.5 -3 mmol/kg 1.5 -3mmol/ kg 3mmol/ kg
Tabela 10. Resultado do Tratamento 2. Fonte: Autor

AL-MASRI (2001), num trabalho feito com biofertilizantes provenientes de dejectos de


caprino,com TRH igual a 30 dias relatou os seguintes resultados no que refere a
caracterização nutricional do dejecto de caprino, N 1.4 g/ kg, P 5.0 g/ kg ,K 1.2 mmol/
kg e C orgânico 30 g/ kg. E ainda Oliver et al., 2008 também num trabalho com os
dejectos de caprinos relatou os seguintes valores, N 2.7g/ kg, P 85mg/ kg, K 0.53
mmol/ kg , C orgânico 20 g/ kg, o mesmo autor reafirma que os teores de N, P e K e C
orgânico podem ser considerados adequados em relação aos resíduos orgânicos, de uma
forma geral, como os de dejetos bovino e suíno

4.6 Teor de Sólidos Totais (ST)

Foram avaliados o teor de sólidos totais, em que os resultados foram submetidos a


análise de variância a um nível de significância de 5% usando o teste de Tukey, em que
os resultados dos sólidos totais nas quatro amostras aos 30º, 40º, 50º e 60º dias,
comportaram-se da seguinte forma: os tratamentos 1 e 4 não apresentaram diferenças
estatísticas significativas entre si, e os tratamentos 2 e 3 são diferentes dos demais
tratamentos e são diferentes entres eles. Em termos de médias de sólidos totais, o
tratamento 3 apresentou a maior média de todos os tratamentos seguido do tratamento 2,
o tratamento 4 foi o que apresentou a menor média de todos os tratamentos.

Como os biodigestores não se encontravam aterrados, variações de temperatura local


podem ter influenciado diretamente a temperatura dentro dos biodigestores, e,
consequentemente, a redução de sólidos (ST e SV) e a produção de biogás. E pelo
experimento ter sido realizado em um ambiente externo sofria quaquer influência da
temperatura. Tal facto pode ter colaborado para diminuição da produção de biogás do
sistema dos biodigestores, visto que o mesmo não se encontrava próximo da faixa ótima
de temperatura da metanogênese, que é de 35ºC devido a variações constantes da
temperatura ao longo do experimento.(Oliveira, 2005)

4.6. 1 Eficiência de remoção de sólidos totais

No que diz respeito a eficiência de remoção dos sólidos totais os valores da remoção
foram submetidos a análise de variância a nível de significância de 5% e as médias dos
tratamentos foram calculadas em percentagem em que obteve-se os seguintes
resultados: O Tratamento 1 em termos percentuais teve uma redução de ST de 14.3%,
por sua vez o tratamento 2 teve uma redução de 10.8%, o tratamento 3 teve uma
redução de 11.4% e por fim o tratamento 4 teve uma redução de 13.4%. Em termos de
comparações de médias os tratamentos 3 e 2 não apresentaram diferenças estatísticas
significativas entre eles, e quanto aos tratamentos 1 e 4 apresentaram diferenças
estatísticas entre eles e são diferentes do tratamento 3 e 2.

4.7. Resultados do teor de sólidos voláteis

Feita a avaliação do teor de sólidos voláteis, os resultados obtidos forma submetidos a


teste de variação de médias através do teste de Tukey a nível de significância de 5%, em
que os resultados do teor de sólidos voláteis das quatro amostras aos 30, 40, 50 e 60 dias
foram os seguintes: o tratamento 1 apresentou diferença significativa dos demais
tratamentos, por sua vez os tratamentos 3 e 4 não apresentaram diferenças significativas
entres eles, entretanto as médias não apresentam diferenças estatisticas com a média do
tratamento 1, e por fim o tratamento 2 apresentou médias diferentes dos demais
tratamentos.

4.7.1 Eficiência de remoção de teor de sólidos voláteis

Quanto a eficiência de remoção do teor de sólidos voláteis, foram submetidos a análise


de variância através do teste de Tukey, a nível significância de 5%, e as médias foram
calculadas em percentagem e obteve-se os seguintes resultados: o tratamento 1
apresentou uma redução de 15.7% , e o tratamento 2 teve uma redução de 7.05% , o
tratamento 3 apresentou uma redução de 8.4% e por fim no tratamento 4 houve uma
redução de 7.5%.

Em relação a comparação de médias o tratamento 1 foi o único que apresentou diferença


estatística significativa ao longo das quatro amostragens.
4.7.2 Dejectos de galinaceos

Quanto ao tratamento 4 no periodo de 30,40,50 e 60 dias obteve uma média de 69.7%


de ST, com uma redução do teor de sólidos totais de 13.4% e obteve uma média de
63.7% de SV, e uma redução do teor de sólidos voláteis de 7.5%.

Steil, (2001) em seu trabalhou relatou que os dejetos de galináceos apresentaram teor de
sólidos totais de 37,02% e 66,0% de sólidos voláteis . Contudo Orrico, Lucas Jr (2007)
trabalhando com diferentes dietas e idades encontraram teores de ST 28,7% e uma
redução de 46,0% de ST.

Orrico Jr, Orrico e Lucas Jr (2010) citam valores de sólidos totais entre 18,25 e 18,60%,
sólidos voláteis entre 15,78 e 16,32%, e Santos et al. (1999) verificaram redução de ST
média de 47,83% e redução de SV média de 46,91%, quando trabalharam com
biodigestão anaeróbia de dejectos de galinhas poedeiras criadas sob diferentes
temperaturas, superiores às obtidas no presente trabalho.

Quanto teor de SV, Augusto (2007) que trabalhou com biodigestores batelada operados
com dejectos de galinhas criadas em sistema automatizado foi de 82% de SV esta
discrepância com os resultados obtidos nesse estudo deve-se a factores como o tipo de
biodigestor, o sistema de criação convencional na qual estas galinhas estavam inseridas,
a alimentação dos animais, e a temperatura não controlada.

E ainda Steil et al. (2001) obteve reduções de SV de 61,40% na biodigestão anaeróbia


de dejetos de galinaceos, sendo esses valores superiores aos encontrados no presente
trabalho. Contudo Lucas Jr. e Santos (1998) avaliaram o desempenho de biodigestores
contínuos abastecidos com dejectos de galinhas, sob quatro tempos de retenção
hidráulica (TRH) e verificaram uma média de redução de sólidos voláteis de 82,4% .

Amaral et al. (2019b), Kawai et al. (2014) e Wang et al. (2016),eles relatam que a
elevada disponibilidade de substrato aos microrganismos gera acúmulo de ácidos
orgânicos voláteis no biodigestor, e estes causam a inibição da metanogênese, e este
facto não foi notório em todo o experimento visto que ocorreu a metanogênese
subentendida pela produção de biogás.

4.7.3 Dejectos de Bovinos


Para o tratamento 1 obteve-se uma media de reduçao de SV de 15.7% , ST de 14.3%,
contudo um estudo mais recente desenvolvido por Tampio et al. (2019) apresentou
concentraçoes baixas relativas ao presente estudo para o tratamento 1, sendo colectado
em um biodigestor com o lodo liquido sendo que foi igual a 5,9% ST e 4,7 % SV .

E ainda de acordo com Khayum, A et al (2018),que realizaram um estudo relataram que


o esterco bovino apresentou valores iguais a ST 19,6% e SV 15,23%, ( Khayum;
Anbarasu; Murugan, 2018).

Relatos de Barros et al. (2009), em avaliação da produção de biogás em um biodigestor


modelo indiano utilizando dejetos bovinos, demonstraram uma redução de 80% no
percentual de sólidos voláteis. E para Salminen e Rintala (2002) reduções foram de SV
de 63.70% . E em controversia Mendonça (2009), estudou o tratamento anaeróbio de
efluentes de bovinocultura, obteve uma media de remoçao de sólidos voláteis de 30,2
%, conforme variação do tempo de detenção hidráulica. E por fim Amaral et al (2004)
estudou a biodigestão anaeróbia de dejectos de bovinos submetidos a diferentes tempos
de detenção hidráulica e reatores, obteve cerca de 30,40% de media de reduçao de
solidos volateis.

Orrico, Lucas Jr e Orrico Jr (2007) trabalhando com diferentes dietas e idades de


bovinos encontraram teores entre 28,7 e 46,0% de sólidos totais e volateis, onde
menores teores foram observados de um modo geral no esterco de animais mais jovens.

Estas discrepancias nos resultados pode ter ocorrido pela diferença nos tratamentos,
niveis de diluiçao, dieta dos animais, a temperatura, tipos de biodigestores e por razoes
de erros de laboratorio Sendo assim, pode-se afirmar que os dejetos de bovinos do
estudo apresentaram remoção de sólidos voláteis superiores ao de Tampio et al 2019 e
inferiores aos outro autores como Mendonça 2009 e Amaral et 2004 e Khayum, A et al
2018. As maiores reduções de SV e ST observadas por varios autores sao atribuídas à
manutenção dos biodigestores em temperatura de 31ºC que contribue para o bom
funcionamento das bacterias metanogenicas (Orrico Júnior et al., 2010).

E Arelli et al 2018 considera uma biomassa ideal para a digestao anaerobica quando
possui o teor de ST baixos, porem actualmente vem sendo difundida a digestao
anaerobica com teores de ST altos ou seja uma biodigestao anaerobica seca que vem por
sua vez sendo interessante para estudos relevantes em comparação com a húmida, pois
exige menor carga hidráulica do digestor devido à baixa energia de entrada necessária
para aquecer e misturar pois o controle da temperatura garante maior eficiência do
processo e consequentemente ação das arqueias metanogênicas responsáveis pela
produção de biogás

4.7.3 Dejectos Caprinos

Al-Masri (2001) avaliou o desempenho de biodigestores anaeróbios abastecidos com


dejetos de caprinos e ovinos. Para tanto, utilizou-se de biodigestores modelo batelada,
com 40 dias de retenção e mantidos em banho-maria a 30ºC. As reduções de sólidos
totais e voláteis (ST e SV) foram de 72,6 e 58,2% respectivamente, quando utilizou
como substrato dejetos de ovinos e 71,3 e 58,1% em biodigestores abastecidos com
dejetos de caprinos. O autor avaliou também o consumo de energia durante o processo e
verificou que quando utilizou os dejetos de ovinos como substrato ao processo de
biodigestão anaeróbia ocorreu maior redução de energia, 31,2%, se comparado com o
consumo quando os biodigestores foram abastecidos com dejetos de caprinos, 29,2%.
Em experimento realizado por Misi e Forster (2001) os autores avaliaram o processo de
biodigestão anaeróbia em biodigestores abastecidos com misturas a base de dejetos de
caprinos, 35 dias 34,1% de redução de SV.

De acordo com Orrico et al. (2016) as reduções de ST estão relacionadas com a


utilização dos compostos orgânicos pelos microrganismos que decompõem a matéria
orgânica, atuando como parâmetro de avaliação do desempenho do processo de
biodigestão

4.7.4 Dejectos Suinos

Para o tratamento 2 teve uma redução de 10.8% ST e 7.05% SV, estes resultados
aproximam-se ao encontrado por Pereira Ramirez et al. (2004) que trabalhou com
dejectos de suinos com variaçao no TRH, e obteve uma média de redução para ST de
7.4% e para SV de 4.81% e ainda Oliveira; Higarashi (2006) relataram em seu trabalho
com variaçao no TRH 30 dias uma média de ST 75.12% e para SV 56.31% , e estes
pressupõe que ocorre maior redução de ST e SV na biodigestão da fração liquida dos
dejetos. Podendo no presente estudo ter decorrido estas discrepâncias devido ao facto de
que o material não sofreu separação da fração sólida e possui uma quantidade maior de
material sedimentável, com isso a redução de sólido do biodigestor apresenta valor
superior ao que realmente ocorreu em decorrência da ação microbiológica.

V. Considerações Finais

As quatro fontes de dejectos, ao longo do TRH estiveram estáveis ate ao 30º , e apartir
do 40º dia o teor de Ph, C,N,P,K decresceram bastante tendo limitado o processo de
biodigestão anaeróbia, causando inibição nos microrganismos, prejudicando as reações
(PAINI, 2017).o pH dos dejectos brutos, esteve numa faixa optima quando comparada
com outros autores,e os teores nutricionais dos dejectos, foram satisfatórios nos
tratamentos 1,2,3, e a redução desses teores foi causada pelo acúmulo de ácidos
orgânicos voláteis produzidos pelas bactérias, os quais não foram consumidos na mesma
velocidade de produção com consequente inibição da atividade bacteriana (AMARAL
et al., 2019b; KAWAI et al., 2014; WANG et al., 2016).

A biodigestão anaeróbia foi eficiente na redução dos teores de sólidos totais, voláteis e
fixos, o que indica que quaisquer dejetos estudados têm potenciais próximos para
redução de sólidos. A remoção dos sólidos voláteis foi satisfatória, mesmo em alguns
casos sendo menor do que a remoção encontrada em outros dejetos. Detectou-se ainda
erro sistemático no desenvolvimento das actividades laboratoriais. Destaca-se que a via
extra seca alto teor de ST (maior que 15%) vem sendo amplamente estudada, pois
requer menor quantidade de energia para mistura devido à menor carga hidráulica no
digestor e por gerar um material digerido com baixa umidade (ARELLI et al., 2018),
estudos como estes difundem a digestão com baixo teor de água pois podem alcançar
resultados satisfatórios CHIUMENTI et al., 2018). Os resultados demonstram que ao
longo de todo o processo de biodigestão o tratamento 1 foi o único que apresentou
diferenças significativas e pode ser considerado o dejecto mais eficiente na remoção
bem como nos parâmetros nutricionais explanados.

Diante disso, pode-se afirmar que a produção de biogás para a agricultura familiar é
melhor e apresenta um bom custo-benefício quando em cooperativas, pois o
investimento é dividido e o tempo de retorno fica menor. Todos os estudos supracitados
relataram que o aumento do teor de sólidos não afetou negativamente o desempenho do
reactor UASB (ARELLI et al., 2018).

VI.Limitações do Estudo

 A temperatura ambiente afectou significativamente a produção dio biogás.

 A falta de equipamentos para medição de parâmetros relacionados ao biogás.

 Erros laboratoriais.

Recomendações a comunidade académica

 Que continuem os esforços incessantes para divulgação da tecnologia da


produção de biogás ao nivel das comunidades ,para garantir a sustentabilidade
ambiental que tanto anseiamos.

 Que ocorram mais palestras, minicursos e aulas teórico-práticas relacionadas ao


biogás bem como o seu subproduto, o biofertilizante.

 Que o ISPM, possa dispor de docentes formados em energias renováveis para


melhor a vida na comunidade.

Recomendações a comunidade

 Que a comunidade adira a esta tecnologia visionária, só assim terão uma vida
auto-suficiente e sustentável.

 Procurem sempre inovar nessa área de energias renováveis.

 E estejam sempre disponiveis para colaborar na implementação de novas


tecnologias sustentáveis.
VII. Estudos futuros

 Aprofundar um parâmetro muito importante que é recomendado na Legislação


do CONAMA 375/06 é a condutividade elétrica, pois a aplicação de material
orgânico no solo com elevada CE acarreta problemas relacionados a salinização
do solo, sendo que conteúdo de sais dissolvidos no biofertilizante tem efeitos
benéficos para a cultura quando aplicado em doses adequadas. (SANCHES,
2000).

 Realizar uma análise econômica dos custos de produção e a viabilidade do


projeto, considerando a energia produzida, pois esta é uma das grandes
vantagens da implantação de biodigestores.
VIII. REFERÊNCIAS

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Apêndice
Anexo A

Actividades

Construção de biodigestores

Recolha de dejectos

Actividades Laboratoriais
Testes de Queima
Anexo B

Dejectos de Bovinos

Dejectos de Caprinos
Dejectos de Suinos

Dejectos de Galináceo
Anexo D

Statistix 10.0 (30-day Trial) 5/29/2022,


9:38:12 PM

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of Peso 1 for Tratament

Tratament Mean Homogeneous Groups


1 84.988 A
3 83.624 B
2 83.398 B
4 81.308 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 1.4994


Critical Q Value 3.787 Critical Value for Comparison 4.0155
There are no significant pairwise differences among the means.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of Peso 2 for Tratament

Tratament Mean Homogeneous Groups


2 75.486 A
3 73.463 B
1 73.365 B
4 72.188 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 1.7373


Critical Q Value 3.787 Critical Value for Comparison 4.6527
There are no significant pairwise differences among the means.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of Massa de solidos Totais for


Tratament

Tratament Mean Homogeneous Groups


3 0.9518 A
2 0.8142 B
1 0.7331 C
4 0.6976 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.1147


Critical Q Value 3.787 Critical Value for Comparison 0.3071
There are no significant pairwise differences among the means.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of Massa de solidos totais


fixos for Tratament

Tratament Mean Homogeneous Groups


4 5.0296 A
1 0.4894 B
3 0.3037 C
2 0.2348 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 3.3322


Critical Q Value 3.787 Critical Value for Comparison 8.9240
There are no significant pairwise differences among the means.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of Massa de solidos voláteis


totais for Tratament

Tratament Mean Homogeneous Groups


1 0.7805 A
3 0.6792 AB
4 0.6372 AB
2 0.5874 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 0.0604


Critical Q Value 3.787 Critical Value for Comparison 0.1619
There are 2 groups (A and B) in which the means
are not significantly different from one another.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of Remoção de sólidos Totais


for Tratament

Tratament Mean Homogeneous Groups


1 14.302 A
4 13.424 B
3 11.419 C
2 10.824 C

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 1.6172


Critical Q Value 3.787 Critical Value for Comparison 4.3310
There are no significant pairwise differences among the means.

Tukey HSD All-Pairwise Comparisons Test of Remoção de sólidos Voláteis


for Tratament

Tratament Mean Homogeneous Groups


1 15.758 A
3 8.405 B
4 7.507 B
2 7.059 B

Alpha 0.05 Standard Error for Comparison 4.3041


Critical Q Value 3.787 Critical Value for Comparison 11.527
There are no significant pairwise differences among the means.

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