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Redes de Distribuição de

Energia Eléctrica em Baixa Tensão

Desenho de circuitos e
estrutura de distribuição

Joaquim Tavares da Silva - 2014


Desenhos de circuitos – Estrutura de
distribuição
Separação de funções/subdivisão de circuitos
Alimentação distinta para instalações residenciais e não
residenciais, de iluminação pública e outras instalações

Adequada avaliação de necessidades


Consideração de potências mínimas e de coeficientes de
simultaneidade

Vizinhança amigável com redes viárias e outras


instalações de distribuição (água, esgotos, gases
combustíveis, telecomunicações, televisão, etc.)
Respeito por distâncias de segurança (Artos 115º, 118º a
120º do RSRDEEBT)

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Desenhos de circuitos – Estrutura de
distribuição
Consideração de situações especiais (proximidade de pára-
raios de protecção de edifícios, de locais de risco de
incêndio e/ou explosão)
Regras especiais de estabelecimento (Artos 121º a 123º do
RSRDEEBT)

Garantia de utilização eficiente


Respeito por critérios:
Queda de tensão
Corrente máxima de serviço para o cabo ou condutor
Selectividade das protecções

Secções mínimas
Regra geral (Artos 18º e 19º do RSRDEEBT); Redes
subterrâneas (Arto 54º do RSRDEEBT); Terra pelo neutro (Arto
151º do RSRDEEBT)

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Desenhos de circuitos – Iluminação
Pública
Dimensionamento de canalizações com base nas características
técnicas das lâmpadas e acessórios
Circuitos de iluminação pública e de exteriores (Arto 71º do
RSRDEEBT)
Secção mínima para ligação dos candeeiros: 4 mm2 (Arto 71º-2 do
RSRDEEBT)
Electrificação de candeeiros: secção mínima de 1,5 mm2 sem emendas
(ex. H05VV-F) e entradas das lanternas protegidas (Arto 70º do
RSRDEEBT)
Garantia de utilização eficiente
Respeito por critérios de:
Queda de tensão
Secção
Factor de potência adequado
Vizinhança amigável com redes viárias e outras instalações de
distribuição (água, esgotos, gases combustíveis,
telecomunicações, televisão, etc.)

Consideração de situações especiais (proximidade de pára-raios


de protecção de edifícios, de locais de risco de incêndio e/ou
explosão)
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Características de Cabos

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Características de Cabos (cont.)

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Quedas de tensão lineares
Quedas de tensão lineares (V/Axkm)
Secções (mm2) Cabos tipo
Cabos tipo VV/VAV
LVV/LSVV/LVAV/LSVAV
4 7,74 -
6 5,19 -
10 3,12 -
16 1,99 3,28
25 1,28 2,09
35 0,946 1,53
50 0,718 1,15
70 0,520 0,821
95 0,393 0,614
120 0,326 0,502
150 0,279 0,424
185 0,238 0,354
240 0,198 0,288
300 0,172 0,245

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Regras gerais para estabelecimento de
Redes Subterrâneas de BT
Colocação directa no solo
Cabos estendidos no fundo de valas convenientemente preparadas
com camada de inertes, aberta preferencialmente nos passeios
existentes (Arto 56º do RSRDEEBT)

Colocação em condutas
Cabos em manilhas de betão, tubos de fibrocimento ou de material
plástico ou materiais equivalentes (ex. PEAD/PEBD); previsão de
câmara de visita devidamente localizadas e distanciadas, exclusivas
das instalações eléctricas (Arto 43º-3 e 60º do RSRDEEBT) (ex. caixas
de visita com fecho troco-cónico com Ø 1,25 m na maior secção e
colocadas a uma profundidade de 1,20 m)

Raio de curvatura dos cabos


Igual ou superior a 10 vezes o diâmetro exterior médio máximo

Profundidade de enterramento
Mínimo 0,7 metros (Arto 58º do RSRDEEBT)

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Regras gerais para estabelecimento de
Redes Subterrâneas de BT (cont.)
Sinalização
Obrigatória colocada a distâncias mínimas de 0,1 m (tijolo, placas de
betão, lousa ou materiais equivalentes) ou 0,2 m (redes metálicas
plastificadas ou de material plástico) (Arto 57º do RSRDEEBT)

Travessias, cruzamentos e vizinhanças


Regras específicas (Artos 13º e 134º do RSRDEEBT)

Ligação à terra
O neutro deve ser ligado à terra no PT alimentador, nos pontos
singulares da rede (derivação de canalizações principais, pontos de
concentração de ramais) e nas canalizações principais – distância
máxima entre pontos de ligação à terra: 300m (Artos 118º a 120º
RSRDEEBT)
São ligados à terra os armários de distribuição (terra de neutro) –
Barramento de neutro PEN, onde se ligam as massas do armário –
incluindo as armaduras dos cabos através de trança de cobre
estanhado de 16 mm2 (14x5,1 mm), com o eléctrodo de terra através
de cabo VV 1x35 mm2 com bainha exterior preto e isolação azul. Rglobal
de terra≤10Ω

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Terminações

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Perfil de Vala para Rede BT

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Perfil de Vala para Rede BT – Travessias
de vias públicas

Nota: Em solo rochoso a 1ª camada de areia deve ser de 0,10 m.

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Perfil de Vala para Rede MT

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Sinalização de cabos subterrâneos
Rede Fita 210×0,08mm

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Passadeiras
para acesso

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Guardas
longitudinais

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Caixas de visita

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Caixas de visita
para redes de Teleserviços

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Caixas de visita para redes
de Teleserviços

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Caixas de visita

Tampa e aro em
ferro fundido

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Lajeta de Betão para cabos MT

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Colunas de
iluminação

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Colunas de iluminação

Fixação por Fixação por


flange enterramento

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Colunas de iluminação

Fixação por Fixação por


flange enterramento

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Maciços de fundação para colunas

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Redes em galerias e túneis
Regra geral Arto 62º do RSRDEEBT)
Colocação dos cabos em prateleiras, caminhos de cabos
ou outros suportes adequados

Galeria e túneis acessíveis ao público


Colocação dos cabos a uma distância mínima ao solo de
2,5 m, protegidos por invólucro adequado para
protecção do público (IP3X)

Ligação à terra
Os caminhos de cabos, condutas, massas e elementos
condutores existentes devem ser ligados à mesma terra
de protecção

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Redes na proximidade de pára-raios de
protecção de edifícios
Regra geral (Arto 121º do RSRDEEBT)
Independência entre os elementos da rede e a zona de
influência dos pára-raios

Distância mínima entre condutores da rede e o pára-raios


(mastro ou outros elementos)
1 metro

Ligação à terra
Terras independentes da rede e do pára-raios ou, em
alternativa, terras interligadas – R≤10 Ω

Vizinhança de cabos de baínhas metálicas ou armaduras


com o sistema de terra de pára-raios
Ligação destes elementos à terra do pára-raios ou manutenção
de distância de segurança de 0,5 m entre os elementos das
redes e o condutor de terra do pára-raios.

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Redes na proximidade de locais com
risco de incêndio e/ou explosão
Regra geral (Artos 122º e 123 do RSRDEEBT, Lista dos produtos
explosivos – secção 322.5, 522.18 e Anexo I das RTIEBT)
Respeito por distância de segurança

Distância mínima a locais de armazenamento e


manipulação de produtos explosivos
40 metros

Distância mínima a locais Distâncias de segurança (m)


Capacidade útil Reservatórios
de armazenamento e V (m3) Reservatórios
enterrados e
superficiais
manipulação de produtos recobertos

de petróleo V≤0,5 1 0
0,5<V≤5 3 1,5
5<V≤12 5 3
12<V≤25 7,5 5
25<V≤50 15 7,5
50<V≤200 15 10

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Inspecção e medições em redes
subterrâneas
Artº 161 e 162 do RSRDEEBT

Componentes das Acções a desenvolver


redes Conservação Medições
Verificação visual do invólucro
Verificação dos aparelhos de
Armários de Distribuição protecção contra sobreintensidades
Verificação das ligações à terra
Verificação das ligações à terra das Medição das resistências
Terras redes de terra
Verificação das condições iniciais de
Travessias, cruzamentos estabelecimento
e vizinhanças

Verificação do estado dos focos de IE


Verificação dos acessórios
Verificação da alimentação de
Iluminação de exteriores candeeiros
Verificação dos aparelhos de
protecção contra sobreintensidades
Verificação das ligações à terra

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Boas práticas
1. O dimensionamento das redes deve ter por base uma adequada
avaliação de necessidades, definidas em função das características das
cargas e a garantia de utilização eficiente

2. A concepção das instalações de distribuição deve prever a separação de


funções e uma adequada subdivisão de circuitos

3. Os materiais a utilizar devem ser de características adequadas e seguir


de perto as especificações do distribuidor de energia

4. Deve ser previsto um número adequado de ligações à terra do neutro (1


ligação no mínimo cada 300 metros de canalização principal)

5. Na definição dos traçados devem considerar-se regras de vizinhança


amigável com redes viárias, outras instalações de distribuição e a
consideração de situações especiais

6. Os projectos das redes de distribuição devem ser conhecidos, estar


acessíveis às entidades interessadas e manter uma adequada
actualização

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Boas práticas (cont.)
7. No dimensionamento dos circuitos de iluminação pública e exteriores
devem ter-se em atenção as características técnicas das lâmpadas e
acessórios e ainda a garantia de utilização eficiente

8. As redes devem respeitar as disposições legais aplicáveis, em particular


no que se refere aos materiais, às condições de estabelecimento e à
protecção de pessoas e ligações à terra

9. Nas canalizações não directamente enterradas no solo devem prever-se


câmaras de visita convenientemente localizadas e distanciadas,
exclusivas das instalações eléctricas

10. Nas canalizações directamente enterradas no solo as ligações devem


efectuar-se em caixas de características adequadas; em qualquer caso
deverá ser sempre garantida a continuidade das bainhas metálicas e das
armaduras dos cabos (se existirem)

11. As redes subterrâneas devem ser inspeccionadas cada 10 anos – Art.º


162º do RSRDEEBT

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Protecção contra sobreintensidades
A protecção contra sobreintensidades destina-se a evitar que as
canalizações eléctricas sejam percorridas por correntes que lhe
sejam prejudiciais em termos de aquecimento dos condutores

As sobreintensidades podem revestir a forma de sobrecarga e de


curto-circuitos
A protecção contra sobrecargas visa garantir o funcionamento das
canalizações dentro da gama de valores admissíveis ou estipulados
A protecção contra curto-circuitos destina-se a prevenir a deterioração
das características mecânicas e de isolamento ou até a destruição das
próprias canalizações em caso de incidente

Os condutores de fase das redes de distribuição devem ser


protegidos por fusíveis ou por disjuntores sensíveis à sobrecarga
(térmicos) e sensíveis a máximos de corrente (magnéticos)

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Simbologia

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Simbologia (cont.)

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Simbologia (cont.)

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Simbologia (cont.)

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Simbologia (cont.)

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Simbologia (cont.)

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Simbologia (cont.)

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