Você está na página 1de 1

MACHADO DE ASSIS

Negro, pobre e epuilético, Machado de Assis tinha tudo para dar errado, mas o autor,é
considerado um dos maiores nomes da literatura brasileira. O autor de obras como Dom
Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubras precisa ser relembrado como um
personagem de grande importância dentro da comunidade negra.

Nascido no Morro do Livramento no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1939, de uma família


pobre, Machado de Assis mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou a
universidade.

Machado de Assis pôde assistir, durante sua vida, que abarca o final da primeira metade do
século XIX até os anos iniciais do século XX, a enormes mudanças históricas na política, na
economia e na sociedade brasileira e também mundial. Em sua maturidade, reunido a
intelectuais e colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia
Brasileira de Letras.

Hoje em dia, por sua inovação literária e por sua audácia em temas sociais e precoces, é
frequentemente visto como o escritor brasileiro de produção sem precedentes, de modo
que, recentemente, seu nome e sua obra têm alcançado diversos críticos, influenciados,
estudiosos e admiradores do mundo inteiro.

Machado foi incluído na lista oficial dos Heróis Nacionais do Brasil e é homenageado pelo
principal prêmio literário brasileiro, o Prêmio Machado de Assis.

POEMA DE MACHADO DE ASSIS SOBRE A ESCRAVIDÃO

Pai contra mãe


A ESCRAVIDÃO levou consigo ofícios e aparelhos, como terá sucedido a outras instituições
sociais. Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro
ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha-de-flandres. A máscara
fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três
buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado.
Com o vício de beber, perdiam a tentação de furtar, porque geralmente era dos vinténs do
senhor que eles tiravam com que matar a sede, e aí ficavam dois pecados extintos, e a
sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana
nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham
penduradas, à venda, na porta das lojas. Mas não cuidemos de máscaras.

Você também pode gostar