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2012
Copyright © UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof.ª Margaret Luzia Froehlich
621
F925m Froehlich, Margaret Luzia
Mecânica / Margaret Luzia Froehlich. Indaial : Grupo
UNIASSELVI, 2012.
183 p. il.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-362-4
1. Engenharia
2. Mecânica
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
II. Núcleo de Ensino a Distância
Apresentação
Amigo(a) acadêmico(a)! Não pretendo me aprofundar muito
nesse Caderno de Estudos, mas, sim, dar uma indicação do que deve ser
analisado pelo aluno(a) nesta disciplina. Por isso é importante lembrar que
um entendimento maior pode ser alcançado através da leitura dos livros
indicados nas referências.
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - CINEMÁTICA.............................................................................................................. 1
TÓPICO 1 - VETORES........................................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 3
2 VETORES UNITÁRIOS..................................................................................................................... 4
3 COMPONENTES DE UM VETOR................................................................................................... 5
4 ADIÇÃO DE VETORES..................................................................................................................... 5
5 MULTIPLICAÇÃO DE VETORES................................................................................................... 6
5.1 PRODUTO ESCALAR.................................................................................................................... 6
5.2 PRODUTO VETORIAL.................................................................................................................. 7
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 8
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 9
VII
3 PERÍODO.............................................................................................................................................. 44
4 APLICAÇÕES....................................................................................................................................... 45
5 ROTAÇÃO DE UM CORPO EXTENSO EM TORNO DE UM EIXO FIXO............................. 49
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 53
RESUMO DO TÓPICO 4...................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 56
UNIDADE 2 - DINÂMICA................................................................................................................... 59
TÓPICO 1 - DINÂMICA....................................................................................................................... 61
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 61
2 MASSA.................................................................................................................................................. 61
3 MOMENTO LINEAR OU QUANTIDADE DE MOVIMENTO................................................ 62
4 MOMENTO ANGULAR.................................................................................................................... 64
5 FORÇA................................................................................................................................................... 67
6 FORÇAS ESPECIAIS.......................................................................................................................... 68
6.1 FORÇA GRAVITACIONAL.......................................................................................................... 68
6.2 FORÇA NORMAL......................................................................................................................... 69
6.3 FORÇA DE TRAÇÃO..................................................................................................................... 70
6.4 FORÇA DE ATRITO....................................................................................................................... 71
6.5 FORÇA ELÁSTICA........................................................................................................................ 74
RESUMO DO TÓPICO 1...................................................................................................................... 75
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 76
VIII
UNIDADE 3 - ESTÁTICA..................................................................................................................... 119
IX
X
UNIDADE 1
CINEMÁTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, o(a) acadêmico(a) estará apto a:
PLANO DE ESTUDOS
A primeira unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um
deles, você encontrará atividades que lhe auxiliarão a fixar os conceitos.
TÓPICO 1 – VETORES
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
VETORES
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos os vetores, seus componentes, sua multiplicação,
entre outros. Veremos, também, como representar uma grandeza vetorial. Veja o
exemplo a seguir.
Um vetor, portanto, tem alguns atributos bem visíveis como, por exemplo,
a extremidade que é a ponta (Indaial, ponto O) e a origem que é a cauda da seta
(Brusque, ponto E), veja figura a seguir. Além disso, um vetor possui um módulo
3
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
(tamanho da seta), uma direção (linha que une origem com extremidade) e um
→
sentido (no sentido da seta). O vetor u da figura a seguir ocupa um lugar no
espaço entre os pontos E e O do sistema de coordenadas x, y e z.
FONTE: Autora
2 VETORES UNITÁRIOS
Os versores i, j e k são vetores unitários, sem dimensões, das direções
coordenadas x, y e z e são representados na figura a seguir. Enquanto um ponto
tem as coordenadas
x, y, z, um vetor é a soma das suas componentes nas direções
dos versores i, j e k .
FONTE: Autora
Notação vetorial:
Módulo :
4
TÓPICO 1 | VETORES
3 COMPONENTES DE UM VETOR
Vamos olhar para o vetor v da figura a seguir no espaço plano formado
pelo eixo x e pelo eixo y.
FIGURA 4 – VETOR v , O TRIÂNGULO RETÂNGULO E SUAS RELAÇÕES
2
hip
=
hip
= 2
2
cat 222 +
cat cat 222
+ cat
hip
= 2 cat 2 + cat 2
hip
= cat catop
catop + cat
tan
tan xx =
= catop
tan x = catad
catop
catad
tan x = catad
catop
catad
catop
sen
sen xxx == catop
sen hip
= catop
sen x = hip hip
hip
catad
cos xx =
cos = catad
catad
hip
cos x = catad
cos x = hip hip
hip
FONTE: Autora
4 ADIÇÃO DE VETORES
5
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
5 MULTIPLICAÇÃO DE VETORES
A multiplicação de vetores é diferente da multiplicação algébrica
de escalares. Veremos aqui três tipos de multiplicação. O primeiro caso é o
mais simples em que multiplicamos um vetor por um escalar. Por exemplo,
estamos interessados na multiplicação do escalar t pelo vetor .
O resultado dessa multiplicação é igual a , resultando
num novo vetor com um fator igual a t.
Solução: .
6
TÓPICO 1 | VETORES
Solução:
8
AUTOATIVIDADE
9
10
UNIDADE 1
TÓPICO 2
CONCEITOS BÁSICOS
1 INTRODUÇÃO
A Mecânica é a parte da Física que estuda o movimento dos corpos.
Como os corpos apresentam diferentes aspectos quanto à sua agregação atômica,
comportam-se de maneiras diferentes ao serem solicitados por uma força.
Levando em conta essa diferença, dividimos a Mecânica em três partes, a saber:
corpos rígidos, corpos deformáveis e fluidos.
O estudo dos corpos rígidos é, por sua vez, dividido em mais dois aspectos.
A Cinemática e Dinâmica, que estudam os corpos em movimento, e a Estática,
que estuda os corpos em repouso.
2 SISTEMA INTERNACIONAL
São grandezas fundamentais o comprimento, a massa, o tempo,
a temperatura, a corrente elétrica, a intensidade de luz e o mol. Com elas
expressamos nossas ideias e fazemos medidas que tornam possível publicá-las
para a verificação por outros estudiosos. Um sistema de unidades serve para
referenciar um conjunto de padrões únicos que são utilizados para comparar a
grandeza medida e assim quantificá-la. Por exemplo, no sistema MKS (metro–
kg (quilograma)–segundo), 1 kgf = 1kg.9,8m/s2. Em contrapartida, 1 kgf equivale
a 9,8 N no SI (Sistema Internacional). Da mesma forma, 1 UTM (Unidade Técnica
de Massa) no MKS equivale a 9,81 kg no SI. O MKS e o SI são sistemas de unidades
onde se relacionam as grandezas com as suas respectivas unidades.
11
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
UNI
Utiliza-se muito o fator 3,6 para converter m/s e km/h entre si, isso vem do fato de
que as unidades de comprimento e tempo foram convertidas separadamente, facilitando
assim a memorização da conversão.
13
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
Veja:
Assim, se você quiser converter km/h em m/s basta dividir por 3,6.
14
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS
FONTE: Autora
4 ESPAÇO
O espaço ou posição é o vetor localização de uma partícula a partir
de um referencial até o ponto em que se encontra durante um certo intervalo de
tempo, veja na figura a seguir. Dois espaços diferentes ocupados pela mesma
partícula em dois tempos diferentes. O vetor é formado pelas componentes nas
três direções perpendiculares e o representamos como .
5 TEMPO
Grandeza t utilizada para descrever as variações das posições e dizer
se a partícula se encontra em movimento ou repouso. Num certo intervalo de
tempo a simultaneidade e a precedência de um evento são independentes do
observador.
15
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
6 REFERENCIAL
É um sistema de coordenadas fixas de onde o evento é observado. A
figura a seguir mostra dois espaços diferentes para a partícula, a partir do mesmo
referencial, o ponto O, origem do sistema de coordenadas x, y e z.
FONTE: Autora
7 DESLOCAMENTO
O vetor deslocamento delta s, , observe a figura a seguir, é o vetor
com origem no ponto de posição inicial (coordenadas de ) e tem extremidade
no ponto de posição final (coordenadas ). Delta t, , é o intervalo de tempo
decorrido durante esse deslocamento.
FONTE: Autora
16
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS
8 TRAJETÓRIA
Note os vetores posição e em relação à origem de um eixo cartesiano
na figura a seguir, durante um intervalo de tempo . O ponto material se deslocou
do ponto dado pelas coordenadas de até o ponto dado pelas coordenadas de
. A linha tracejada indica todos os pontos pelos quais o móvel passou ou ainda
passará, ou seja, a sua trajetória, que é a linha formada pelas diversas posições que
o corpo ocupa no tempo. A trajetória da esquerda é circular e o móvel obedece às
equações que serão demonstradas no próximo tópico. No meio o móvel, é descrita
uma trajetória curva e à direita encontramos uma trajetória retilínea.
17
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
FIGURA 8 – TRAJETÓRIAS
FONTE: Autora
9 VELOCIDADE
A Grandeza Vetorial mede a rapidez com que o corpo se desloca.
Quando se trata da velocidade média, esta é a razão entre o deslocamento e o
intervalo de tempo.
, que é a reta tangente à curva naquele ponto e que entendemos como sendo
Assim,
18
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS
FONTE: Autora
19
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
Solução:
20
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS
21
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
10 ACELERAÇÃO
Observe, na figura a seguir, que o vetor velocidade muda, aumentando ou
diminuindo de intensidade, de para . Está presente uma grandeza vetorial
denominada aceleração, que é responsável por essa variação.
FIGURA 10 – TRAJETÓRIA
FONTE: Autora.
22
TÓPICO 2 | CONCEITOS BÁSICOS
FONTE: Autora
FONTE: Autora
23
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
FONTE: Autora
UNI
Você pode fazer esse exercício usando o MatLab ou outro similar. Tente fazer a
lista de exercícios utilizando mais esse recurso.
24
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, caro(a) acadêmico(a), você viu que:
25
AUTOATIVIDADE
1 A posição r de uma partícula que se move num plano xy é dada por r = (4t3
– 6t)i + (8 – 2t4)j com r em metros e t em segundos. Na notação de vetores
unitários, calcule:
a) r
b) v
c) a para t = 3s.
26
UNIDADE 1
TÓPICO 3
TIPOS DE MOVIMENTO
1 INTRODUÇÃO
É quase sempre possível descrever o comportamento de um corpo
móvel, observando algumas grandezas associadas ao seu movimento. Assim,
relacionamos essas grandezas em funções horárias para prever a sua velocidade
e a sua posição em qualquer tempo. Como essas funções variam, dependendo da
trajetória que o corpo descreve, resolvemos abordá-las separadamente em cada
tipo de movimento.
27
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
FONTE: Autora
28
TÓPICO 3 | TIPOS DE MOVIMENTO
FONTE: Autora
FONTE: Autora
29
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
3 MOVIMENTO DE PROJÉTIL
O movimento de projétil pode ser visto como uma composição de
dois movimentos diferentes: um movimento retilíneo uniforme na direção x e
uniformemente variado na direção y. Observe a figura a seguir:
FONTE: Autora
30
TÓPICO 3 | TIPOS DE MOVIMENTO
3.1 ACELERAÇÃO
Em relação ao eixo x, a aceleração é igual a zero, . Não existe força
resultante atuando nessa direção.
3.2 VELOCIDADE
Em relação ao eixo x, a velocidade é constante, , pois a aceleração
é nula nessa direção.
3.3 ESPAÇO
Em relação ao eixo x, a posição é uma função do tempo com velocidade
constante, . Observe que o movimento nessa direção é uniforme.
31
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
FONTE: Autora
Solução:
32
TÓPICO 3 | TIPOS DE MOVIMENTO
4 DETERMINAÇÃO DO MOVIMENTO
A PARTIR DA ACELERAÇÃO
Vimos que as condições de movimento são especificadas principalmente
pelo tipo de aceleração que o corpo possui. Porém, nem sempre a aceleração
depende do tempo, a aceleração de uma massa presa a uma mola, por exemplo,
depende do afastamento do corpo da posição de equilíbrio. Podemos considerar
três classes mais comuns de movimento, com a aceleração dependente do
tempo, com a aceleração dependente da posição e com a aceleração dependente
da velocidade. Vimos o primeiro caso exaustivamente na última seção, vamos
analisar os dois outros casos agora.
33
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
34
TÓPICO 3 | TIPOS DE MOVIMENTO
UNI
Solução:
35
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
36
TÓPICO 3 | TIPOS DE MOVIMENTO
5 MOVIMENTO RELATIVO
Para dar um exemplo de movimento relativo, imagine que você esteja
dentro de um carro a 100km/h e atire uma pedra para frente a 10 km/h em relação
a você. A pedra estará a 110 km/h em relação a um observador que esteja parado
do lado de fora. O mesmo movimento é observado a partir de dois referenciais
diferentes: um está em repouso (observador externo ao carro) e o outro se move
com velocidade constante (observador no interior do carro). Ambos obtêm
resultados diferentes para a medida da velocidade da pedra.
FONTE: Autora
37
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
Determine:
FONTE: Autora
Solução:
38
TÓPICO 3 | TIPOS DE MOVIMENTO
39
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
40
AUTOATIVIDADE
1 Uma pedra é lançada de uma catapulta em t =0, com uma velocidade inicial
de módulo 20,0 m/s em um ângulo de 400 acima da horizontal. Quais são os
módulos dos componentes:
(a) horizontal
(b) vertical do seu deslocamento em relação à catapulta em t = 1,10s?
1 INTRODUÇÃO
Movimento circular é aquele em que o móvel executa uma trajetória em
círculo, podemos colocar a origem do nosso sistema coincidindo com o centro do
círculo como na figura a seguir. A posição angular θ é dada pela relação entre o
FONTE: Autora
2 ACELERAÇÃO
A aceleração possui uma componente da direção radial e uma componente
na direção tangencial como ilustra a figura a seguir.
43
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
FONTE: Autora
3 PERÍODO
Podemos encontrar o tempo para executar uma volta completa,
denominado período T , utilizando a definição de velocidade e lembrando
que a distância percorrida numa volta completa é , em que r é o raio da
circunferência, temos,
44
TÓPICO 4 | MOVIMENTO CIRCULAR E ROTAÇÃO
4 APLICAÇÕES
Vamos ver algumas aplicações dos conceitos abordados até aqui na forma
de exemplos práticos.
Solução:
45
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
FONTE: Autora
FONTE: Autora
46
TÓPICO 4 | MOVIMENTO CIRCULAR E ROTAÇÃO
FONTE: Autora
47
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
FONTE: Autora
48
TÓPICO 4 | MOVIMENTO CIRCULAR E ROTAÇÃO
FONTE: Autora
49
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
FONTE: Autora
FONTE: Autora
50
TÓPICO 4 | MOVIMENTO CIRCULAR E ROTAÇÃO
Exemplo 4 – Um peso A está ligado a uma polia dupla pelo cabo inextensível
mostrado na figura a seguir. O movimento da polia é controlado pelo cabo B, que
possui aceleração constante de 0,316m / s2 e uma velocidade inicial de 0,332m / s,
ambas para a direita. Determinar: (a) o número de revoluções executadas pela
polia em 3s, (b) a velocidade e a variação da posição do peso A depois de 3s e (c)
a aceleração do ponto C na periferia da polia interna, no instante inicial.
FONTE: Autora
51
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
FONTE: Autora
52
TÓPICO 4 | MOVIMENTO CIRCULAR E ROTAÇÃO
FONTE: Autora
Encontramos, neste tópico, as relações entre as grandezas para os móveis
em movimento circular e o movimento de rotação de corpos extensos, encerrando
nossa discussão sobre cinemática.
LEITURA COMPLEMENTAR
53
UNIDADE 1 | CINEMÁTICA
mecanismo, uma vez que suas componentes podem ser obtidas derivando-se as
coordenadas x e y desses pontos.
FONTE: BEER, Ferdinand Pierre. Mecânica vetorial para engenheiros. 5 ed. São Paulo: Makron
Books, 1994, p. 447-448.
UNI
54
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você teve oportunidade de estudar importantes assuntos
de Física, cujo resumo apresentamos a seguir:
55
AUTOATIVIDADE
FONTE: Autora
FONTE: Autora
56
4 Calcule o valor mínimo do raio de uma curva, se a componente normal da
aceleração de um carro a 26,8 m/s não puder exceder 0,762m/s2?
5 Um jogador de golfe lança uma bola a partir da origem com uma velocidade
inicial de 50 m/s e um ângulo de 25 graus com a horizontal. Determine o
raio de curvatura da trajetória descrita pela bola no ponto mais alto da
trajetória. R. 209,3 m.
57
58
UNIDADE 2
DINÂMICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta Unidade, você estará apto a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta Unidade está dividida em quatro tópicos, sendo que em cada um
deles, você encontrará atividades que lhe ajudarão a fixar os conheci-
mentos adquiridos.
TÓPICO 1 – DINÂMICA
59
60
UNIDADE 2
TÓPICO 1
DINÂMICA
1 INTRODUÇÃO
Na unidade anterior, começamos a estudar como os corpos se movimentam.
Preocupamo-nos apenas em descrever o movimento sem incluir a sua causa.
Podemos, no entanto, ir mais além. Sabemos que se liberarmos um corpo de certa
altura da superfície da Terra ele cai, e que essa queda é devida à força gravitacional,
por que, então, o satélite permanece na órbita sem cair sobre a Terra? Na verdade,
tudo depende da sua velocidade que deve levar a força centrípeta tal que equilibre a
força gravitacional e torne a aceleração na direção radial nula. O que é preciso fazer
para parar um trem? Por que as rodas dos pneus se desgastam? Como é possível
garantir segurança na construção de brinquedos de um parque de diversões? O
que significa ser capaz de compensar uma força ou suplantá-la?
2 MASSA
Grandeza escalar m associada à quantidade de matéria de um corpo
extenso ou ponto material de tal maneira que, quanto maior a massa de um corpo,
maior a sua inércia.
61
UNIDADE 2 | DINÂMICA
Imagine dois corpos vindo em sua direção, ambos com uma velocidade
de 3 m/s. Um dos corpos é uma bola de tênis e o outro é um caminhão. Se você
62
TÓPICO 1 | DINÂMICA
tivesse que escolher qual deles colidiria com você, certamente, a resposta seria
a bola de tênis. Você tem uma definição intuitiva sobre qual deles tem a maior
quantidade de movimento. A Grandeza Vetorial, que mede a quantidade de
movimento de cada um desses corpos, é denominada momento linear e é dada
pela expressão , em que m é a massa e a velocidade com a qual o corpo
está se movendo. A unidade do momento linear no SI é o kg.m/s.
3667 m/s
63
UNIDADE 2 | DINÂMICA
p = m.v
p = 183kg x 3667 m/s = 671061 = 6,71 x 10⁵ kg.m/s
4 MOMENTO ANGULAR
Vamos supor um corpo como, por exemplo, uma placa rígida em
movimento plano. Olhe para a figura a seguir. A placa é constituída por n pontos
materiais Pi de massas e o momento angular L da placa em relação ao seu
centro de massa G pode ser calculado tomando-se os momentos em relação a G
das quantidades de movimento dos pontos materiais em relação ao referencial
Gxy. Assim, , onde é o vetor posição e é a quantidade
FONTE: Autora
Quando uma partícula se move sobre a ação de uma única força dirigida
para um ponto fixo (ponto central), dizemos que a partícula está sob a ação de
uma força central e o seu momento angular L0 se conserva,
FONTE: Autora
65
UNIDADE 2 | DINÂMICA
FONTE: Autora
66
TÓPICO 1 | DINÂMICA
5 FORÇA
A Grandeza Vetorial , que associa a interação entre os corpos ou partículas
e se caracteriza pelo seu ponto de aplicação, intensidade, direção e sentido. A
força é dada pela taxa de variação do momento linear, assim escrevemos,
FONTE: Autora
67
UNIDADE 2 | DINÂMICA
6 FORÇAS ESPECIAIS
Em muitos dos nossos problemas encontramos envolvidas sempre as
mesmas forças que estão presentes na natureza e obrigatoriamente precisam ser
consideradas. Embora o acadêmico já tenha trabalhado com elas exaustivamente
na disciplina de Física Geral, vale a pena lembrar, aqui, suas definições, uma vez
que serão amplamente utilizadas na disciplina de Mecânica.
FONTE: Autora
68
TÓPICO 1 | DINÂMICA
Mas esta força continua atuando mesmo que o corpo esteja parado em algum
ponto próximo da superfície, de modo que deve haver uma força equilibrando a
força gravitacional para que a resultante seja nula. Assim, utilizando o princípio
de inércia ou primeira lei de Newton, temos:
FR = 0
P – Fg = 0
P = Fg
FONTE: Autora
69
UNIDADE 2 | DINÂMICA
FONTE: Autora
70
TÓPICO 1 | DINÂMICA
FONTE: Autora
71
UNIDADE 2 | DINÂMICA
relação ao outro. Nas máquinas, o atrito pode tanto ser uma vantagem quanto
uma desvantagem, ele é essencial para vários dispositivos em que há ligação ou
fixação, já quando provoca o desgaste ou perda de potência o atrito é indesejável.
A força de atrito pode ser de duas espécies: a força de atrito estática FAB ,
que ocorre quando empurramos um corpo sobre uma superfície sem que este se
mova e a força de atrito dinâmica FAD , que ocorre quando o corpo já se encontra
em movimento. Essas forças são diretamente proporcionais à compressão sofrida
pela superfície representada pela força normal N e ao seu grau de aspereza
representado pelo coeficiente de atrito estático e dinâmico, e . Assim,
podemos escrever as seguintes expressões para a força de atrito estática e a força
de atrito dinâmica, respectivamente:
72
TÓPICO 1 | DINÂMICA
FONTE: Autora
73
UNIDADE 2 | DINÂMICA
74
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você teve oportunidade de estudar importantes aspectos
da Física, conforme resumo que é apresentado a seguir:
75
AUTOATIVIDADE
2 Duas forças horizontais atuam sobre um corpo de 2,0kg que pode deslizar
sobre uma superfície sem atrito, que está posicionado no plano xy. Uma
força é . Encontre a aceleração do corpo na notação
vetor unitário quando a outra força for .
76
d) a corda se romperá, pois a intensidade de tração será maior que 500N;
e) n. d. a.
FONTE: Autora
FONTE: Autora
77
78
UNIDADE 2 TÓPICO 2
SISTEMAS DE FORÇAS,
MOMENTOS E BINÁRIOS
1 INTRODUÇÃO
Até agora tratamos o corpo como uma partícula, tal aproximação nem
sempre é possível, muitas vezes precisamos ter em mente que o corpo, na
verdade, é uma combinação de um grande número de partículas. Muitas vezes é
importante considerar as dimensões do corpo e apontar as forças que atuam em
diferentes pontos de aplicação. Para o nosso estudo, vamos empregar apenas os
corpos que não se deformam, conhecidos como corpos rígidos.
79
UNIDADE 2 | DINÂMICA
FONTE: Autora
FONTE: Autora
sobre um dado ponto for substituída por uma força de mesmo módulo, direção
e sentido que atua em outro ponto do corpo, desde que esteja situada na mesma
linha de ação. Observe a figura a seguir. Tais forças são denominadas equivalentes,
pois produzem o mesmo efeito sobre o corpo.
FONTE: Autora
5 BINÁRIO
Quando um sistema é composto por duas forças paralelas de módulos
iguais, mas sentidos opostos, a resultante de forças é nula, mas existe um momento
polar resultante de módulo igual ao produto da força pela distância entre as duas
direções paralelas. Tal sistema é denominado binário. Veja figura a seguir.
FIGURA 50 – BINÁRIO
FONTE: Autora
FONTE: Autora
81
UNIDADE 2 | DINÂMICA
6 PRINCÍPIO DE D´ALEMBERT
O princípio de d´Alembert afirma que as ações e as reações internas de
um corpo rígido em movimento estão em equilíbrio. Isso significa que as forças
externas que atuam no corpo são equivalentes às forças efetivas sobre os vários
pontos materiais que formam o corpo rígido. Podemos representar esse resultado
através de um vetor resultante , com origem no centro de massa G, e um
momento binário M, como podemos visualizar na figura a seguir.
FONTE: Autora
7 REDUÇÃO DE UM SISTEMA DE
FORÇAS A UM PONTO
Sempre podemos reduzir um sistema de forças qualquer a um sistema
formado por uma resultante e um momento polar resultante em um ponto
escolhido arbitrariamente.
FIGURA 53 – SISTEMA DE FORÇAS
FONTE: Autora
82
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE FORÇAS, MOMENTOS E BINÁRIOS
FONTE: Autora
FONTE: A autora
Solução:
83
UNIDADE 2 | DINÂMICA
FONTE: A autora
84
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE FORÇAS, MOMENTOS E BINÁRIOS
Solução:
FONTE: A autora
Solução:
FONTE: A autora
Solução:
86
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou os seguintes itens:
• Definimos binários como sendo pares de forças paralelas com mesmo módulo,
mas em sentidos opostos e que tem por efeito um momento polar resultante.
87
AUTOATIVIDADE
FONTE : Autora
FONTE: Autora
88
3 Reduza o sistema de forças da figura a seguir ao ponto O.
FONTE: Autora
FONTE: A autora
89
5 Um binário atua nos dentes da engrenagem mostrada na figura. Substitua
esse binário por um equivalente, composto por um par de forças que atuam
nos pontos A e B.
FIGURA 63 – ENGRENAGEM
90
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Veremos agora as relações existentes entre as forças que atuam num corpo
rígido, levando em conta a forma e a localização exata do ponto de aplicação de
cada força. Para tanto, precisamos abordar o conceito de diagrama de corpo livre
que será apresentado na próxima seção.
FONTE: Autora
3 EQUAÇÕES DE MOVIMENTO
Suponhamos um corpo constituído de um grande número n de pontos
materiais, de massas com , sob a ação de forças externas
, movendo-se no espaço.
4 MOMENTO DE INÉRCIA
O momento de inércia de uma distribuição de massas pontuais é dado
pela expressão onde xi sé a distância da massa mi ao eixo de rotação.
92
TÓPICO 3 | DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO E EQUAÇÕES DE MOVIMENTO
Solução:
I = k2m
93
UNIDADE 2 | DINÂMICA
Solução:
M
dm = dx
L
L/2 M 1
∫=
2
=Ic x dx ML2
L
− L/2 12
2
L 1 2
I=
Ic + M = ML
2 3
94
TÓPICO 3 | DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO E EQUAÇÕES DE MOVIMENTO
Solução:
M 2M
=dm = 2π xdx xdx
πR 2
R2
95
UNIDADE 2 | DINÂMICA
FONTE: Autora
96
TÓPICO 3 | DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO E EQUAÇÕES DE MOVIMENTO
97
UNIDADE 2 | DINÂMICA
LEITURA COMPLEMENTAR
98
TÓPICO 3 | DINÂMICA DO CORPO RÍGIDO E EQUAÇÕES DE MOVIMENTO
Segurança máxima
Para isso, além do desafio técnico de construir o próprio freio, ele teve
que se preocupar com uma questão fundamental: a segurança. Usando sistemas
de controle eletrônico e replicando os circuitos, o pesquisador afirma ter atingido
um nível de segurança de 99,999999999997%.
Com tantos noves, é muitíssimo mais fácil ser atingido por um meteorito
do que sofrer um acidente com a magrela por uma falha nos freios - em cada 1
trilhão de brecadas, haverá três falhas.
No freio wireless (sem fio) não há nem mesmo uma alavanca de freio:
tudo o que ciclista precisa fazer é apertar a manopla de borracha que recobre
o guidão. Sensores de pressão embutidos no plástico detectam a pressão e
enviam o sinal - quanto maior é a pressão, mais forte será a brecada (figura 2).
Para não haver falhas, os transmissores da rede sem fios são replicados,
garantindo que o sinal chegue ao sistema de frenagem propriamente dito mesmo
se houver erros de transmissão na rede.
99
UNIDADE 2 | DINÂMICA
As redes sem fio nunca são um método à prova de falhas. Mas é necessário
reduzir ao máximo as ocorrências para que esses sistemas possam equipar
equipamentos maiores, como carros e trens, como se espera que ocorra em um
futuro próximo.
Por isto o Dr. Hermanns decidiu começar com a bicicleta, que pode ser
testada com riscos reduzidos. Segundo ele, o mais importante do trabalho são os
modelos matemáticos e os algoritmos que ele e sua equipe desenvolveram, que
monitoram continuamente o funcionamento de cada componente individual do
freio, assim como sua interação. Esses algoritmos poderão ser usados em sistemas
maiores e mais complexos.
100
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, caro(a) acadêmico(a), você teve oportunidade de estudar
os seguintes itens:
101
AUTOATIVIDADE
FIGURA 71 – EMPILHADEIRA
102
FIGURA 72 – CAMINHÃO
FIGURA 73 – POLIA
FONTE: Autora
Exercício encontrado nos livros das referências bibliográficas.
103
104
UNIDADE 2
TÓPICO 4
VIBRAÇÕES MECÂNICAS
1 INTRODUÇÃO
As oscilações são movimentos harmônicos em torno de um ponto de
equilíbrio e que no mundo real normalmente são amortecidas. Isto é, elas
desaparecem gradualmente, transformando a energia mecânica em energia
térmica, devido ao atrito. Vibrações são pequenas oscilações que causam aumento
de tensões e perda de energia nas máquinas e estruturas, por isso devem ser
eliminadas através de um bom projeto.
105
UNIDADE 2 | DINÂMICA
FONTE: Autora
106
TÓPICO 4 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
FONTE: Autora
Encontramos que:
107
UNIDADE 2 | DINÂMICA
3 PÊNDULO SIMPLES
Suponha uma partícula de massa m suspensa por um fio inextensível de
massa desprezível e de comprimento L, como o que aparece na figura a seguir,
caracterizando mais um exemplo de oscilador harmônico simples.
FONTE: Autora
108
TÓPICO 4 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
FONTE: Autora
109
UNIDADE 2 | DINÂMICA
LEITURA COMPLEMENTAR
VIBRAÇÕES FORÇADAS
Ferdinand Pierre Beer
(1)
110
TÓPICO 4 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
(2)
Notamos que as equações (1) e (2) são do mesmo tipo e que a solução da
primeira equação satisfará à segunda se colocarmos .
(3)
111
UNIDADE 2 | DINÂMICA
(4)
(5)
(6)
(7)
Fator de ampliação
112
TÓPICO 4 | VIBRAÇÕES MECÂNICAS
Problema Resolvido
Um motor pesando 1750N está apoiado em quatro molas, cada uma tendo
constante de 150kN/m. O desbalanceamento do rotor é equivalente a um peso de 0,3N
localizado a 0,15m do eixo de rotação. Sabendo que o motor é obrigado a mover-se
verticalmente, determinar (a) a frequência em rpm em que ocorrerá a ressonância (b)
a amplitude da vibração do motor na frequência de 1200rpm.
113
UNIDADE 2 | DINÂMICA
A deflexão estática que poderia ser causada por uma carga Fm constante é
FONTE: BEER, Ferdinand Pierre. Mecânica vetorial para engenheiros. São Paulo: Makron Books,
1994. p. 844-848.
114
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você teve oportunidade de estudar importantes aspectos
de Física, cujos itens resumidos são apresentados a seguir:
115
AUTOATIVIDADE
FONTE: Autora
FONTE: Autora
117
118
UNIDADE 3
ESTÁTICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, o(a) acadêmico(a) estará apto a:
PLANO DE ESTUDOS
A terceira unidade está dividida em cinco tópicos. No final de cada um deles,
você encontrará atividades que lhe ajudarão a fixar os conceitos.
TÓPICO 2 – VÍNCULOS
TÓPICO 3 – TRELIÇAS
119
120
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
As pontes, os prédios, as torres são alguns exemplos de corpos que
são construídos para permanecerem em repouso mesmo que solicitados por
muitas forças.
2 GRAUS DE LIBERDADE
Um corpo pode se mover em diversas direções e sentidos. Os graus
de liberdade determinam a flexibilidade que um corpo possui ao executar um
movimento no espaço.
FONTE: Autora
3 CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO
Podemos aplicar as condições de equilíbrio para determinar as reações,
quando conhecemos as restrições sobre os seus graus de liberdade, impondo-as
nas equações que regem o movimento desses corpos.
As forças externas que atuam num corpo rígido podem ser reduzidas a um
sistema de forças equivalentes a uma força resultante, e a um binário num ponto
qualquer. Quando a resultante e o binário são nulos, as forças externas constituem
um sistema equivalente a zero e o corpo rígido se encontra em equilíbrio.
Condições de equilíbrio:
Forças: Momentos:
FONTE: Autora
123
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
FONTE: Autora
FONTE: Autora
FONTE: Autora
Solução:
125
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
FONTE: Autora
FIGURA 88 – VIGA AB
FONTE: Autora
Forças: Momentos:
126
TÓPICO 1 | EQUILÍBRIO DOS CORPOS
FONTE: Autora
Da segunda equação: .
Da primeira equação: .
127
RESUMO DO TÓPICO 1
128
AUTOATIVIDADE
FONTE: Autora
A c B
b a
C
Lei dos senos:
A B C
= =
sen a sen b sen c
Lei dos cossenos:
C= A2 + B 2 − 2 AB cos c
129
5 A mola ABC da figura tem rigidez de 500 N/m e comprimento sem
deformação de 6 m. Determine a força horizontal F aplicada à corda que
está presa no pequeno anel B, de modo que o deslocamento do anel em
relação à parede seja d = 1,5 m.
130
UNIDADE 3
TÓPICO 2
VÍNCULOS
1 INTRODUÇÃO
Em sistemas estruturais, desejamos manter certas partes do corpo
em equilíbrio e, para tanto, empregamos uma força de reação. Num anel,
por exemplo, podemos restringir o movimento dele a um grau de liberdade
translacional apenas e momentos nesta direção. A estas forças de reação
produzidas pelos apoios nas duas direções em que restringimos o movimento
do anel chamamos de vínculos.
131
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
2 TIPOS DE VÍNCULOS
Os vínculos podem ligar elementos de uma estrutura entre si ou ligar a
estrutura ao meio externo e, portanto, se classificam em vínculos internos (unem
partes componentes de uma estrutura) e externos (unem os elementos de uma
estrutura ao meio externo). Os vínculos externos se classificam segundo o número
de graus de liberdade que restringem. (SOFISICA, 2010)
FONTE: Autora
132
TÓPICO 2 | VÍNCULOS
FONTE: Autora
2.3 ENGASTE
No engaste, a restrição é sobre todas as translações e rotações, ou seja, o corpo
não pode fazer nenhum movimento. Agora, além de duas forças desconhecidas,
Fx e Fy, temos também um momento desconhecido Mz. Observe essas grandezas
representadas na figura a seguir.
FIGURA 96 – ENGASTE
FONTE: Autora
3 CARREGAMENTO PLANO
Os vínculos no carregamento plano são, portanto, de três espécies, que
podem ser simbolizadas do seguinte modo. (SOFISICA, 2010)
133
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
FONTE: Autora
134
TÓPICO 2 | VÍNCULOS
FONTE: Autora
135
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
FONTE: Autora
136
TÓPICO 2 | VÍNCULOS
Da primeira, encontramos:
Da segunda equação:
FONTE : Autora
25°
4,00m
45°
A
FONTE: Disponível em: <http://www.pucrs.br/feng/civil/professores/glaucia/
cap2(2005-2).pdf>. Acesso em: 26 jan. 2011.
137
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
Solução:
FONTE: A autora
138
TÓPICO 2 | VÍNCULOS
FONTE: A autora
139
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
141
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
FONTE: Extraído e adaptado de: BEER, Ferdinand Pierre. Estática. In: Mecânica vetorial para
engenheiros. São Paulo: Makron Books, 1994. p. 191-193.
142
RESUMO DO TÓPICO 2
143
AUTOATIVIDADE
FONTE: Autora
FONTE: Autora
144
3 A barra homogênea AB de peso P = 120 N está articulada em A e é mantida
em equilíbrio pelo fio ideal BC. Determine a intensidade da força de tração
no fio e as componentes vertical e horizontal da força da articulação na
barra. Sabe-se que o comprimento da barra é 1 m e o ângulo é de 300.
FONTE: Autora
145
146
UNIDADE 3
TÓPICO 3
TRELIÇAS
1 INTRODUÇÃO
Uma das principais estruturas utilizadas pela engenharia é a treliça,
mostrada na figura a seguir, constituída principalmente por elementos retos e
unidos por um nó.
147
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
148
TÓPICO 3 | TRELIÇAS
FONTE: A autora
FONTE: Autora
FONTE: Autora
FONTE: Autora
150
TÓPICO 3 | TRELIÇAS
FONTE: Autora
FONTE: Autora
151
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
FONTE: Autora
FONTE: Autora
FONTE: Autora
152
FIGURA 123 – FORÇAS NO PONTO E
TÓPICO 3 | TRELIÇAS
FONTE: Autora
153
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
cada nó por duas equações escalares de força, existem ao todo 2j equações desse
tipo para uma treliça com j nós. Para a treliça completa composta de m elementos
de duas forças e tendo no máximo 3 reações de apoio desconhecidas, existem ao
todo m + 3 incógnitas (m forças de tração ou compressão e três reações). Assim,
para qualquer treliça plana, a equação m + 3 = 2j será satisfeita se a treliça é
internamente estaticamente determinada.
155
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
156
TÓPICO 3 | TRELIÇAS
FONTE: Autora
157
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
FONTE: Autora
As forças de reação interna que não se cancelam aos pares são as forças
NGI , NHI e NHJ . Impondo a condição de momentos nulos, nessa porção da treliça,
e considerando o ponto I como um polo, encontramos:
158
RESUMO DO TÓPICO 3
159
AUTOATIVIDADE
FONTE: Autora
160
5 Determine a força em cada elemento da treliça e indique se os elementos
estão mesmo sob tração ou compressão. Considere que P1 = P2 = 4kN.
161
162
UNIDADE 3
TÓPICO 4
VIGAS E CABOS
1 INTRODUÇÃO
Denominamos viga um elemento estrutural que pode sustentar cargas
aplicadas em vários pontos de sua extensão. Geralmente, as cargas aplicadas
são perpendiculares ao eixo da viga, causando somente cisalhamento e flexão. A
figura a seguir mostra a colocação de vigas num viaduto.
163
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
FONTE: Autora
164
TÓPICO 4 | VIGAS E CABOS
FONTE: A autora
Solução: Apenas uma força normal AY atua no apoio fixo, uma vez que as
cargas são aplicadas simetricamente ao longo do eixo da barra (AX = 0, MA = 0).
FONTE: A autora
Segmento AB
165
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
Segmento DC
3 CABOS
Os cabos são muito utilizados, na Engenharia, em pontes, linhas de
transmissão, teleféricos etc. Existem duas categorias para os cabos, dependendo
das cargas que sustentam. Observe os cabos na figura a seguir.
166
TÓPICO 4 | VIGAS E CABOS
FONTE: Autora
FONTE: Autora
167
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
FONTE: Autora
168
RESUMO DO TÓPICO 4
169
AUTOATIVIDADE
FONTE: Autora.
FONTE: Autora
170
UNIDADE 3
TÓPICO 5
TENSÃO E DEFORMAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Se o corpo é submetido a uma carga externa, ocorre uma distribuição de
força que mantém cada segmento do corpo em equilíbrio. Tensão é a intensidade
dessa força interna que age em cada ponto do corpo.
FONTE: Autora
2 TENSÃO NORMAL
A maior parte dos elementos estruturais ou mecânicos são finos e
compridos, com cargas frequentemente aplicadas nas suas extremidades, podendo
se tratar de uma tração ou uma compressão. Vamos considerar que A é a área da
seção transversal de uma barra, como o da figura a seguir, e N a intensidade da
força interna, sendo ambas constantes ao longo do eixo longitudinal da barra.
Então, a tensão normal também é constante ao longo da barra e é dada pela
expressão: .
171
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
FONTE: Autora
FONTE: Autora
FONTE: Autora
172
TÓPICO 5 | TENSÃO E DEFORMAÇÃO
173
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
3 TENSÃO DE CISALHAMENTO
A tensão de cisalhamento é paralela ao plano da seção transversal e se
caracteriza por uma tendência de corte. Ao cortar um tecido, fatiar um pedaço de
queijo ou aparar um pedaço de papel com uma guilhotina, você está praticando
um cisalhamento. Durante o corte, as partes se movimentam paralelamente, por
escorregamento, uma sobre a outra, separando-se. Todo material possui certa
resistência a esse cisalhamento. É possível determinar a tensão de cisalhamento
dos corpos sujeitos aos esforços cortantes de duas maneiras diferentes, fazendo um
ensaio de cisalhamento ou utilizando o valor de resistência à tração do material.
região de
cisalhamento
corpo de prova
parafusos
de fixação
174
TÓPICO 5 | TENSÃO E DEFORMAÇÃO
F
punção cilíndrico
ferramenta
∅ 20
175
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
4 TENSÃO ADMISSÍVEL
Quando o engenheiro executa um projeto com elementos estruturais ou
mecânicos, precisa restringir a tensão do material a um nível seguro. A tensão
admissível é uma característica do material utilizado e indica até quanto o material
suporta a tensão antes de se romper. É necessário escolher uma tensão admissível
para a carga aplicada menor do que a carga que o elemento pode suportar para
garantir a segurança, pois podem ocorrer cargas acidentais, impactos ou vibrações
desconhecidas, além dos possíveis desgastes provocados pela corrosão.
177
UNIDADE 3 | ESTÁTICA
5 DEFORMAÇÃO
Quando um corpo é submetido a uma força, tende a mudar de tamanho
e forma. Isso origina o que chamamos de deformação. Esta deformação pode
se apresentar visível aos nossos olhos ou ser imperceptível. Podemos medir as
deformações através de experiências e aplicar os valores às cargas e tensões que
vão atuar no interior do corpo.
FONTE: Autora
178
TÓPICO 5 | TENSÃO E DEFORMAÇÃO
FONTE: Autora
Solução: (a) Como a deformação normal é dada para cada ponto ao longo
da haste, um segmento diferencial dy, localizado na posição y, tem comprimento
deformado determinado por
O deslocamento é, portanto .
179
RESUMO DO TÓPICO 5
• Vimos que a tensão é uma força interna que se distribui no corpo para mantê-lo
em equilíbrio quando submetido a uma carga.
• Estudamos a deformação e vimos que ela tem por efeito causar uma mudança
no tamanho do corpo.
180
AUTOATIVIDADE
FONTE: Autora
2 O tirante está apoiado em sua extremidade por um disco circular fixo como
mostrado na figura a seguir. Se a haste passa por um furo de 40mm de
diâmetro, determinar o diâmetro mínimo requerido da haste e a espessura
mínima do disco, necessários para suportar uma carga de 20kN. A tensão
normal admissível da haste é , e a tensão de cisalhamento
admissível do disco é .
181
182
REFERÊNCIAS
BEER, Ferdinand P.; JOHNSTON JR, E. Russell; CLAUSEN, William E.
Mecânica Vetorial para Engenheiros: Estática. São Paulo: McGraw Hill. 2006.
HIBBELER, R. C. Estática: Mecânica para engenheiros. 10º ed. São Paulo: Person
Education do Brasil, 2005.
183