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RESUMO
Este artigo irá apresentar um estudo para a readequação de uma subestação de 4,75
MVA, utilizando como base as normas atualmente vigentes. A subestação pertence a
uma empresa localizada na cidade de Joinville – SC e o projeto da mesma foi realizado
e aprovado no ano de 2014. Para a realização deste estudo será utilizada como base
além das normas atualmente vigentes, o conhecimento técnico adquirido durante o
curso e os dados do projeto realizado em 2014. No resultado do estudo irá conter as
modificações e readequações que deverão ser realizados no projeto para que o
mesmo atenda aos requisitos estabelecidos em normas, ou seja, este estudo irá
demonstrar passo a passo o desenvolvimento e análise necessária para a adequação
de uma subestação.
ABSTRACT
This article will present a study for the readjustment of a 4,75 MVA substation, based
on the standards currently in force. The substation belongs to a company located in
the city of Joinville - SC and its project was carried out and approved in 2014. For the
accomplishment of this study, will be used as a basis in addition, the standards
currently in force, the technical knowledge acquired during the course and the data of
the project carried out in 2014. The result of the study will contain the modifications
and readjustments that must be carried out in the project so that it meets the
requirements established in standards, that is, this study will demonstrate the
necessary development and analysis step by step for the adequacy of a substation.
1. INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.4.5 Disjuntor
2.4.5.1 Aterramento
Segundo Mamede Filho (2017) toda instalação elétrica de alta e baixa tensão,
para funcionar com desempenho satisfatório e ser suficientemente segura contra risco
de acidentes fatais, deve possuir um sistema de aterramento dimensionado
adequadamente para as condições de cada projeto.
2.4.5.3 Equipotencialização
2.5 SPDA
3 DESENVOLVIMENTO
Todos os projetos são conduzidos por padrões técnicos que visam executá-los
de maneira segura e confiável à todos os envolvidos. As normas técnicas existentes
apresentam os requisitos mínimos e diretrizes necessárias para que isso seja
empregado, no caso das subestações as normativas utilizadas são a N-321.0002 da
CELESC (concessionária de fornecimento de energia local) e a norma
regulamentadora NR-10.
Vários requisitos devem ser seguidos que estão descritos no tópico 5.5 desta
normativa, como por exemplo na citação abaixo e na Figura 1.
Fonte:N-321.0002 (2016)
12
Fonte:N-321.0002 (2016)
Para a entrada subterrânea do projeto foi utilizado 4 cabos de cobre com seção
transversal de 185mm² para a fase e 1 cabo de 95mm² para o neutro, como indicado
na Figura 2.
A norma classifica a obrigação da instalação de um cabo reserva com as
mesmas características do cabo da fase e preparado para instalação imediata, o qual
foi adotado no projeto existente.
13
3.2.1.8 Eletroduto
Fonte:N-321.0002 (2016)
Fonte:N-321.0002 (2016)
Porém no projeto aplicado não possuí essa janela para iluminação natural,
sendo necessário inclui-la no projeto civil seguindo todas as dimensões e
características descritas na normativa.
No projeto está sendo considerada uma espessura com 150 mm, o qual atende
o requisito mínimo da norma.
Para uma subestação abrigada, a espessura mínima de 20 cm deve ser
atendida na construção da parede externa.
Para esse projeto está sendo considerada a construção das paredes externas
com largura de 200 mm, satisfazendo o requisito da norma.
De acordo com as especificações para subestações com potência de
transformação superior a 225 kVA, a porta de acesso deve ser de materiais não
inflamáveis com tamanho mínimo de 200 x 210 cm, conforme citação a seguir.
Contudo, esse requisito não está de acordo devido a distância ser inferior a
1500 mm, sendo necessário afastar o circuito para atingir esta condição.
(𝟐𝟕𝟓)𝒌𝑽𝑨
𝑰=
(√𝟑)×𝟑𝟖𝟎
𝑰 = 𝟒𝟏𝟕, 𝟖𝟐 𝑨
Disjuntor utilizado: 450A
(225)𝑘𝑉𝐴
𝑰=
(√3)×380
𝐼 = 341, 85 𝐴
Disjuntor utilizado: 350A
𝐼 = 1519,343𝐴
Onde,
Pb= Potência base em kVA (quilovolt-ampere);
Vb = Tensão base em kV (quilovolt);
Ib= Corrente base em A (ampere).
𝑅𝑢𝑠 ≅ 0
𝑋𝑢𝑠 =
𝑃𝑏 (2)
𝑃𝑐𝑐
𝑃𝑐𝑐 = √3 × 𝑉𝑛𝑝 × 𝐼𝑐𝑝 (3)
Onde,
20
𝑍𝑢𝑠 = 𝑗0,015022 𝑝. 𝑢.
𝑃𝑐𝑢
𝑅𝑃𝑇 =
10×𝑃𝑛𝑡
𝑃𝑏 2
𝑅𝑢𝑡 = 𝑅𝑝𝑡 × × (𝑉𝑛𝑡 )
𝑃𝑛𝑡 𝑉𝑏
𝑃𝑏 2
𝑉𝑛𝑡
𝑍𝑢𝑡 = 𝑍𝑝𝑡 × ×( )
𝑃𝑛𝑡 𝑉𝑏
𝑋𝑢𝑡 = √𝑍𝑢𝑡 2 − 𝑅𝑢𝑡 2
Onde,
RPT – Resistência percentual do trafo;
Pcu – Perdas no cobre;
Pnt – Potência do trafo.
Zpt – Impedância percentual do trafo;
5800
𝑅𝑃𝑇 =
10×300
𝑅𝑃𝑇 = 1,93%
300 2
𝑅𝑢𝑡 = 0,0193 × × (380)
300 380
𝑅𝑢𝑡 = 0,0193 𝑝. 𝑢.
300 2
𝑍𝑢𝑡 = 0,055 × × (380)
300 380
𝑍𝑢𝑡 = 0,055 𝑝. 𝑢.
𝑋𝑢𝑡 = 0,05150 𝑝. 𝑢.
Sendo assim,
𝑃𝑏
𝑅𝑢𝑐1 = 𝑅𝑐1 ×
1000×(𝑉 𝑏 2 )
𝑅𝑢×𝐿𝑐1
𝑅𝑐1 =
1000×𝑁𝑐1
𝑃𝑏
𝑋𝑢𝑐1 = 𝑋𝑐1 ×
1000×(𝑉 𝑏 2 )
22
𝑋𝑢×𝐿𝑐1
𝑋𝑐1 =
1000×𝑁𝑐1
Onde,
𝑅𝑢 = 0,0958 mΩ/m
𝑋𝑢 = 0,1070 mΩ/m
𝐿𝑐1 = 8 m
𝑁𝑐1 = 2
0,0958×8
𝑅𝑐1 = = 0,3832 𝑚Ω
1000×2
300
𝑅𝑢𝑐1 = 0,3832 × = 0,0007961 𝑝𝑢
1000×(0,382 )
0,1070×8
𝑋𝑐1 = = 0,428 𝑚Ω
1000×2
300
𝑋𝑢𝑐1 = 0,428 𝑚 × = 0,0008892 𝑝𝑢
1000×(0,382 )
Logo,
𝑅𝑢×𝐿𝑏
𝑅𝑏1 =
1000×𝑁𝑏1
𝑃𝑏
𝑋𝑢𝑏1 = 𝑋𝑏1 ×
1000×(𝑉 𝑏 2 )
𝑋𝑢×𝐿𝑏
𝑋𝑏1 =
1000×𝑁𝑏1
Onde,
𝑅𝑢 – Resistência da barra em mΩ/m;
𝑋𝑢 – Reatância da barra em mΩ/m;
𝐿𝑏 – Comprimento da barra em metros;
𝑁𝑏1 – Número de barras por fase;
𝑅𝑢𝑏1 𝑒 𝑋𝑢𝑏1 – em pu.
𝑅𝑢 = 0,1098 mΩ/m
𝑋𝑢 = 0,2054 mΩ/m
𝐿𝑏 = 2 m
𝑁𝑏1 = 1
0,1098×2
𝑅𝑏1 = = 0,0002196 𝑝𝑢
1000×1
24
300
𝑅𝑢𝑏1 = 0,0002196 × = 0,0004562 𝑝𝑢
1000×(0,382 )
0,2054×2
𝑋𝑏1 = = 0,0004108 𝑝𝑢
1000×1
300
𝑋𝑢𝑏1 = 0,0004108 × = 0,0008534 𝑝𝑢
1000×(0,382 )
Logo,
𝑰𝒃
𝑰𝒄𝒔 =
𝟏𝟎𝟎𝟎×𝒁𝒖𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍
455,802
𝐼𝑐𝑠 = = 7,43𝑘𝐴
1000×(0,0205523 + 𝑗0,0577486 )
341,85
𝐼𝑐𝑠 = = 5,79𝑘𝐴
1000×(0,02274704 + 𝑗0,0543762 )
1519,343
𝐼𝑐𝑠 = = 19,66𝑘𝐴
1000×(0,015969 + 𝑗0,755783 )
𝑰𝒄𝒂 = 𝑭𝒂 × 𝑰𝒄𝒔
Onde,
𝑰𝒄𝒂 – Corrente de curto circuito assimétrica;
𝑭𝒂 – Fator de assimetria.
𝑋
= 2,79
𝑅
Logo,
𝐹𝑎 = 1,28
26
Logo,
𝐹𝑎 = 1,24
Logo,
𝐹𝑎 = 1,42
𝐼𝑐𝑎 = 1,42 × 19,66 = 27,91 𝑘𝐴
3×𝐼𝑏
𝐼𝑐𝑓𝑡 = (25)
( 2×𝑍𝑢𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙)+𝑍𝑢𝑡+𝑍𝑢0𝑐
Onde,
𝑍𝑢0𝑐 – Impedância dos cabos considerando a resistência e a reatância de
sequencia zero;
1,8958×8
𝑅𝑢0𝑐 = = 0,0755832
2×1000
2,4312×8
𝑋𝑐0 = = 0,0097248
2×1000
300
𝑅𝑢0𝑐 = 0,0755832 × = 0,15702 𝑝𝑢
1000×(0,382 )
300
𝑋𝑢0𝑐 = 0,0097248 × = 0,020203 𝑝𝑢
1000×(0,382 )
3×455,802
𝐼𝑐𝑓𝑡 = = 4,76 𝑘𝐴
(2×(0,0205523 + 𝑗0,0577486))+(0,0193+𝑗0,05150)+(0,15702+𝑗0,020203)
3×341,85
𝐼𝑐𝑓𝑡 = = 4,56 𝑘𝐴
(2×(0,02274704 + 𝑗0,0543762))+(0,0222+𝑗0,0503)+(0,03038+𝑗0,04431 )
3 × 1519,343
𝐼𝑐𝑓𝑡 = = 17,97 𝑘𝐴
(2 × (0,015969 + 𝑗0,0755783)) + (0,0146 + 𝑗0,0581) + (0,02626 + 𝑗0,03367)
𝑆𝐶 = 𝑘 × 𝐼𝑐𝑓𝑡
k = Fator tempo de duração/tipo de junção dos condutores da malha
𝐼𝑐𝑓𝑡 = Corrente de curto-circuito fase-terra
𝐶𝑚 (32)
𝑁𝑐𝑝 = +1
𝐷𝑙
𝐿𝑚 (33)
𝑁𝑐𝑗 = +1
𝐷𝑐
Onde,
𝐷𝑙 – Distância entre os cabos correspondentes à largura da malha, em m;
𝐷𝑐 – Distância entre os cabos correspondentes ao comprimento da malha, em m;
𝐶𝑚 – Comprimento da malha de terra;
𝐿𝑚 – Largura da malha de terra.
Está sendo considerada neste projeto que a distância Dc tem 2,5 metros e a
distância Dl tem 3 metros, o comprimento da malha (Cm) tem 9 metros e a largura
(Lm) tem 5 metros.
9
𝑁𝑐𝑝 = +1=4
3
5
𝑁𝑐𝑗 = +1=3
2,5
𝜌𝑎 𝜌𝑎 (35)
𝑅𝑚𝑐 = +
4×𝑅 𝐿𝑐𝑚
ρa = Resistividade solo.
𝑅 = Raio do círculo equivalente à área destinada à malha de terra, em m
140 140
𝑅𝑚𝑐 = + = 8,33 Ω
4×5 76,5
Será utilizado o disjuntor de média tensão de 630 A com tensão de 13,8 kV.
b) Transformador de potencial
𝐼𝑐𝑐𝑚á𝑥
𝐼𝑛𝑇𝐶 =
𝐹𝑆
2785
𝐼𝑛𝑇𝐶 =
20
𝐼𝑛𝑇𝐶 = 139,25
4750
𝐼𝑛 = = 216,0061 𝐴
√3×13,8×0,92
1000
𝐼𝑛𝑡𝑟𝑎𝑓𝑜1000𝑘𝑉𝐴 = 13,8×√3 = 41,83 𝐴
300
𝐼𝑛𝑡𝑟𝑎𝑓𝑜300𝑘𝑉𝐴 = = 12,55 𝐴
13,8×√3
225
𝐼𝑛𝑡𝑟𝑎𝑓𝑜225𝑘𝑉𝐴 = 13,8×√3 = 9,41 𝐴
g) Corrente Inrush
𝐼𝑟𝑢𝑠ℎ𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (14 × 41,83) + 41,83 + 41,83 + 41,83 + 9,41 + 9,41 + 12,55 = 742,48 𝐴
31
𝐼𝐴𝑁𝑆𝐼 = 25 × 𝐼𝑛 (46)
i) Relé
O relé de proteção possui duas ações principais tanto para fase quanto para o
neutro, denominadas ação instantânea e a temporizada.
Sendo elas:
j) Atuação do relé
𝐼𝑓50
𝐼𝑛50 =
3
1039,472
𝐼𝑛50 =
3
𝐼𝑛50 = 346,49
Figura 7 - Coordenograma
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ter nos concedido sabedoria para que este
trabalho fosse concluído com louvor, a professora Solange Alves Costa Andrade que
nos orientou com excelência e aos demais professores que nos acompanharam
durante esses anos de graduação, aos nossos familiares, amigos e empresas que
contribuíram para que cada etapa desse projeto fosse realizada de forma plena.
36
REFERÊNCIAS
BARROS, B., F.; GEDRA, R. L. Cabine Primária. 1.Ed. São Paulo: Érica, 2010.
MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2017.
CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 16. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.