Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Este trabalho de pesquisa é dedicado, à minha querida mãe Cristina Tchivala, que deu tudo pela
minha formação aos meus queridos avós por terem sido pais para mim e a minha família que viveu
estas páginas comigo e a todos aqueles que contribuíram e me incentivaram directa ou
indirectamente para à concretização do mesmo.
1
Agradecimentos
Quero em primeiro lugar, agradecer à Deus, que foi e será sempre a candeia do meu sucesso.
Ao meu orientador Eng° Domingos Baptista, agradeço-lhe pela paciência e acompanhamento que
me brindou.
A todos os professores desta casa do saber que, humildemente souberam facilitar-nos seus
conhecimentos.
Ao Instituto Nacional de Petróleos que tão sabiamente implantou em tempo oportuno o curso de
Electromecânica.
Por último, aos amigos, companheiros e a todas as individualidades que de uma ou doutra forma,
tenham contribuído para a concretização deste trabalho.
2
Pensamento
Tudo aquilo que o homem ignora, não presta para ele, por isso o
universo de cada um se resume no tamanho do seu saber
Albert Einstein
3
Resumo
O sistema interligado conta actualmente com dez províncias, sendo o principal benefício o aumento
do escoamento da capacidade de produção existente no Médio Cuanza e no Soyo.
No ano passado, foi concluída a interligação entre os sistemas norte e centro, com a integração no
sistema eléctrico nacional das províncias de Benguela, Bié e Huambo.
Neste momento, está em fase de preparação a interligação entre as regiões centro e sul, que
culminará com a integração na rede eléctrica nacional das províncias da Huíla e Namibe.
4
Abstract
Electric Power Systems is the set consisting of power plants, transformer and interconnection
substations, lines and receivers, electrically linked together, are large systems of electric energy.
The generation of electrical energy is the transformation of any type of energy into electrical energy.
This process takes place in two stages.
The generation system is formed by the following components: Primary machine, generators,
transformer and control, command and protection system.
The National Interconnected System - Set of facilities and equipment that enable the supply of
electricity in the regions of the country that are electrically interconnected, in accordance with
applicable regulations.
The interconnected system currently has ten provinces, the main benefit of which is the increased
flow of existing production capacity in the Middle Cuanza and Soyo.
Last year, the interconnection between the north and center systems was completed, with the
integration in the national electrical system of the provinces of Benguela, Bié and Huambo.
At this moment, the interconnection between the central and southern regions is being prepared,
which will culminate with the integration in the national electricity network of the provinces of Huíla
and Namibe.
5
Índice
Dedicatória.........................................................................................................................................1
Agradecimentos.................................................................................................................................2
Pensamento.......................................................................................................................................3
Resumo..............................................................................................................................................4
Abstract..............................................................................................................................................5
Lista de Figuras..................................................................................................................................8
Lista de abreviaturas..........................................................................................................................9
Introdução.........................................................................................................................................10
Objectivos.........................................................................................................................................11
Objectivos Gerais........................................................................................................................11
Objectivos Específicos................................................................................................................11
Capitulo 1
1.1.1 Geração...................................................................................................................................13
1.1.2 Cogeração...............................................................................................................................14
Quanto à Função.....................................................................................................................14
SE de Manobra........................................................................................................................14
SE de Transformação..............................................................................................................14
SE Elevadora...........................................................................................................................14
SE Abaixadora.........................................................................................................................15
SE de Distribuição...................................................................................................................15
SE Conversoras ......................................................................................................................15
SE de Alta Tensão...................................................................................................................15
6
1.3 Sistema de Geração de Energia Eléctrica...............................................................................15
1.3.3 Transformadores........................................................................................................16
Transmissão.......................................................................................................................17
Interconexão.......................................................................................................................17
Subtransmissão..................................................................................................................17
Distribuição.........................................................................................................................17
1.6.1 Transformadores........................................................................................................21
1.6.2 Disjuntores..............................................................................................................21
ETAPA EMERGENCIAL.........................................................................................................30
IMPLANTAÇÃO DO CAG.......................................................................................................30
7
2.6 Vantagens do Sistema Eléctrico Interligado Angolano.........................................................31
Conclusão.........................................................................................................................................35
Recomendações...............................................................................................................................36
Referencias Bibliograficas................................................................................................................37
8
Lista de Figuras
Figura 1.6.3 - Arco elétrico durante abertura sem carga de Chave Seccionadora..........................22
Figura 2.3 - Reposição do sistema interligado nacional, causado por um curto circuito..................29
9
Lista de abreviaturas
SE-Subestação Eléctrica
V-Tensão
MW-Megawatt
10
Introdução
A energia elétrica é uma das formas de energia que a humanidade mais utiliza na atualidade. Diante
disso, existe uma relação quase linear entre crescimento econômico e aumento de consumo de
energia elétrica de um país. Um país que pretende manter seu crescimento econômico em épocas
de crise, deve priorizar medidas que garantam o fornecimento de energia a seus consumidores.
Entre a produção da energia elétrica até o seu consumo final existe um longo caminho pelo qual a
energia elétrica é transportada, o qual é composto pelas redes de transmissão e de distribuição.
Entre as redes de transmissão e de distribuição existe, em muitas situações, uma outra rede com a
função de repartir a energia. Esta rede intermediária é chamada de “rede de subtransmissão”.
Ao conjunto das instalações e equipamentos que se prestam para a geração (conversão de uma
dada forma de energia em energia elétrica) e transmissão de grandes blocos de energia dá-se o
nome de sistema elétrico de potência.
11
Objectivos
Objectivos Gerais
Objectivos Específicos
Os objectivos específicos do trabalho são:
- Apresentar os benefícios que o sistema interligado trará a sociedade Angolana.
- Mostrar quais são as vantagens que o sistema interligado proporcionará ao país.
- Mostrar os processos de geração, transmissão e distribuição de energia eléctrica.
12
Capitulo 1
Usinas térmicas podem ser localizadas em pontos mais convenientes para a transmissão e controle.
Geradores eólicos são localizados em pontos com maior volume de ventos.
O sistema elétrico de potência engloba todas as formas de geração de energia elétrica e sua
transmissão até chegar aos consumidores.
13
1.1 As Etapas do Sistema Elétrico de Potência
1.1.1 Geração
A geração da energia eléctrica é a transformação de qualquer tipo de energia em energia eléctrica.
Este processo ocorre em duas etapas:
Na 1° Etapa uma máquina primária transforma qualquer tipo de energia, normalmente hidráulica ou
térmica, em energia cinética de rotação.
Como por exemplo podemos tomar uma hidroelétrica onde uma turbina hidráulica transforma a
energia potencial da água em desnível, em energia cinética de rotação que é transferida a um eixo
acoplado a um gerador.
1.1.2 Cogeração
De acordo com a ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica), cogeração de energia é definida
como o processo de produção combinada de calor e energia elétrica (ou mecânica), a partir de um
combustível, capaz de produzir benefícios sociais, econômicos e ambientais.
A atividade de cogeração contribui efetivamente para a racionalização energética, uma vez que
possibilita maior produção de energia elétrica e térmica a partir da mesma quantidade de
combustível.
A cogeração é o reaproveitamento dos resíduos de energia dessas fontes para a geração de energia
elétrica diminuindo, assim, as perdas e, consequentemente, aumentando o rendimento e o
aproveitamento das fontes de energia.
14
1.2 Subestações Elétrica
Conjunto de instalações elétricas em média ou alta tensão que agrupa os equipamentos, condutores
e acessórios, destinados à proteção, medição, manobra e transformação de grandezas elétricas.”
As subestações (SE) são pontos de convergência, entrada e saída, de linhas de transmissão ou
distribuição. Com frequência, constituem uma interface entre dois subsistemas.
Classificação das SE:
A) Quanto à Função:
SE de Manobra
Permite manobrar partes do sistema, inserindo ou retirando-as de serviço, em um mesmo nível de
tensão.
➢ SE de Transformação
➢ SE Elevadora
Localizadas na saída das usinas geradoras.
Elevam a tensão para níveis de transmissão e sub-transmissão (transporte econômico da
energia).
➢ SE Abaixadora
Localizadas na periferia das cidades.
Diminuem os níveis de tensão evitando inconvenientes para a população como: rádio
interferência, campos magnéticos intensos, e faixas de passagem muito largas.
➢ SE de Distribuição:
Diminuem a tensão para o nível de distribuição primária (13,8kV – 34,5kV).
Podem pertencer à concessionária ou a grandes consumidores.
➢ SE de Regulação de Tensão
Através do emprego de equipamentos de compensação tais como reatores, capacitores,
compensadores estáticos, etc.
➢ SE Conversoras
Associadas a sistemas de transmissão em CC (SE Retificadora e SE Inversora).
B) Quanto ao Nível de Tensão:
➢ SE de Alta Tensão – tensão nominal abaixo de 230kV.
➢ SE de Extra Alta Tensão - tensão nominal acima de 230kV.
15
Figura 1.2 - Subestação Elétrica (SE)
As principais máquinas primárias utilizadas hoje são motores Diesel, turbinas hidráulicas, turbinas
a vapor, turbinas a gás e eólicas.
Normalmente as centrais elétricas onde as máquinas primárias são turbinas a vapor, as centrais
são classificadas em relação ao combustível utilizado para aquecer o vapor.
Onde ocorre o processo de combustão as centrais são chamadas de termelétricas e onde ocorre o
processo de fissão nuclear são chamadas de termonucleares.
1.3.2 Geradores
São os geradores que transformam a energia cinética de rotação das máquinas primárias em
energia elétrica.
Os geradores são dimensionados de acordo com a potência que a máquina primária pode fornecer.
Além da potência, o tipo de máquina primária (eólica, hídrica, térmica, etc.) define também a
velocidade de rotação que irá ser transmitida ao gerador e, em função dessa velocidade é definido
o número de polos do gerador.
16
1.3.3 Transformadores
Uma vez gerada a energia elétrica, existe a necessidade de se compatibilizar o nível da tensão de
saída com a tensão do sistema ao qual o grupo gerador será ligado.
Desta forma um grupo gerador que gera energia a uma tensão de 15 KV pode ser ligado a uma
linha de transmissão de 60 KV desde que um transformador de 10-60 KV faça o ajuste de tensão.
Para interligar um grupo gerador a uma rede de transmissão ou distribuição são necessários vários
requisitos. Em primeiro lugar, a tensão de saída do gerador não pode variar mais que 10% para
cima ou para baixo. O controle da tensão é feito através da excitatriz do próprio gerador.
No entanto, não basta apenas compatibilizar a tensão. É necessário que se faça o sincronismo com
a rede antes de comandar o fechamento da linha. Para que estas medidas sejam tomadas, são
necessários vários equipamentos de manobra e proteção, tais como TC´s, TP´s, Relés e
Disjuntores.
A frequência do sistema elétrico é a variável mais importante e a mais difícil de ser controlada. Para
que o sistema de geração funcione corretamente, é necessário que a frequência de tensão de saída
do gerador seja constante e de acordo com o sistema elétrico da região em que se encontra :Por
exemplo a frequência de operação dom sistema elétrico é de 50 Hz. Esta frequência é função da
rotação do gerador, portanto o gerador deve funcionar sempre em uma rotação fixa, que é aplicada
pela máquina primária. Portanto ela depende da velocidade de rotação da máquina primária.
Cabe ao sistema de controle atuar nos reguladores de velocidade das máquinas primárias e assim
garantir uma frequência fixa da tensão na saída do gerador.
P= k. C.n
Onde k é uma constante de proporcionalidade.
Portanto, se o gerador precisar entregar mais potência para o sistema devido a um aumento súbito
de carga, a máquina primária precisa aumentar o torque transferido ao gerador, uma vez que a
rotação deve-se manter constante.
17
1.4 Transporte de Energia Eléctrica
Junto às usinas, subestações elevadoras transformam a energia para um nível de tensão adequado,
o qual é função da potência a transportar e às distâncias envolvidas.
O transporte de energia é realizado por diferentes segmentos da rede elétrica que são definidos
com base na função que exercem:
Distribuição: rede que interliga a transmissão (ou subtransmissão) aos pontos de consumo sendo
subdividida em distribuição primária (nível de média tensão - MT) ou distribuição secundária (nível
de uso residencial).
As tensões usuais de transmissão adotadas, em corrente alternada, podem variar de 138 kV até
765 kV incluindo neste intervalo as tensões de 230 kV, 345 kV, 440 kV e 500 kV.
Os sistemas ditos de subtransmissão contam com níveis mais baixos de tensão, tais como 34,5 kV,
69 kV ou 88 kV e 138 kV e alimentam subestações de distribuição, cujos alimentadores primários
de saída operam usualmente em níveis de 15KV. Junto aos pequenos consumidores existe uma
outra redução do nível de tensão para valores entre 220 V e 380 V, na qual operam os alimentadores
secundários.
As redes com tensões nominais iguais ou superiores a 230 kV são denominadas de Redes em EHV
- Extra Alta Tensão.
As redes com tensões nominais iguais e entre 69 kV e 138 kV são denominadas Redes em AT –
Alta Tensão.
As redes com tensão nominal entre 1 kV e 69 kV são denominadas Redes em MT – Média Tensão
(ou em Tensão Primária) e os sistemas com tensões abaixo de 1 kV formam as Redes em Baixa
Tensão (ou em Tensão Secundária).
Para se escolher transmissão entre sistemas de corrente alternada ou corrente contínua são feitos
estudos técnicos e econômicos. Sistemas de corrente contínua começam a se mostrar viáveis para
distâncias acima de 600 ~ 800 km.
18
As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de linhas em corrente
alternada enquanto que as estações conversoras ainda apresentam custo relativamente alto
portanto a transmissão em corrente contínua somente se mostra vantajosa em aplicações
específicas como na interligação de sistemas com frequências diferentes ou para transmissão de
energia a grandes distâncias.
Esse problema é tanto mais grave quanto maior for a distância de transmissão e quanto maior for a
potência a ser transmitida.
Com a elevação da tensão, a potência gerada nas usinas (que é função do produto da tensão pela
corrente) pode ser transmitida com correntes inferiores às de geração, o que viabiliza a transmissão.
19
Figura 1.4 - Torres de Transmissão de Energia Electrica
20
1.6 Eficiência Energética
Para atingir um ponto de eficiência, onde se consiga economizar nos investimentos, cada vez mais
se tem buscado operar e expandir o sistema utilizando critérios de custos.
Para a operação, o menor custo no presente é gerar toda a energia através de fontes hidráulicas,
largamente mais baratas. Entretanto, essa operação para o longo prazo é complicada, pois depende
do ciclo das águas e do regime de chuvas na região dos reservatórios das usinas. Períodos de seca
podem levar a racionamentos na produção de eletricidade, pois as turbinas precisam de uma vazão
mínima de água para gerar energia dentro da tensão e frequência padronizadas. Assim, para a
operação, o menor custo é um meio-termo onde gera-se parte nas hidroelétricas e parte em usinas
térmicas, de forma a deixar sempre uma certa reserva de energia hidráulica para o futuro.
Para o planejamento da transmissão, o menor custo ocorre quando é mínima a totalização dos
custos dos investimentos necessários para atender o critério de custos das perdas térmicas e outras
perdas de transporte da rede elétrica.
Para transmitir todo este montante de energia com a menor perda possível, faz-se o uso de
elevadas tensões elétricas, até 765 000 volts.
O uso de tensões elevadas pode ser explicado pelo efeito da transformação de potência elétrica
(uso de transformadores), onde temos que ao elevar a tensão elétrica V, para uma mesma potência
elétrica P, teremos uma menor corrente elétrica I.
Como as perdas térmicas são dadas pela Lei de Joule, que afirma que a perda é proporcional ao
quadrado da corrente, conclui-se que reduzindo a corrente elétrica e aumentando a tensão obtemos
uma significante redução nas perdas.
Assim, se fará necessário toda uma cadeia de geração, elevação de tensão, subestações,
transmissão, redução de tensão e distribuição da energia elétrica. O que envolve uma enorme
quantidade de equipamentos, como:
➢ Transformadores
➢ Disjuntores
➢ Para-raios
➢ Chaves Seccionadoras
➢ Relés
➢ Isoladores
21
Logo, os sistemas elétricos de potência são essenciais para garantir o melhor índice de eficiência
na geração e consumo da energia elétrica, assim como garantir os padrões
de qualidade, confiabilidade e continuidade.
1.6.1 Transformadores
Uma vez gerada a energia elétrica, existe a necessidade de se compatibilizar o nível da tensão de
saída com a tensão do sistema ao qual o grupo gerador será ligado. O equipamento utilizado para
elevar ou rebaixar o nível de tensão é o transformador. Desta forma um grupo gerador que gera
energia a uma tensão de 15 KV pode ser ligado a uma linha de transmissão de 60 KV desde que
um transformador de 10-60 KV faça o ajuste de tensão.
1.6.2 Disjuntores
curto-circuito nominais.
22
1.6.3 Chaves Seccionadoras
Figura 1.6.3 - Arco elétrico durante abertura sem carga de Chave Seccionadora
São em geral localizados nas entradas de linha, saídas de linhas e na extremidade de algumas
barras de média tensão de subestações para proteção contra sobretensões promovidas por
chaveamentos e descargas atmosféricas no sistema.
sobretensões transitórias.
23
1.6.5 Relés
Os relés de proteção são dispositivos responsáveis pelo gerenciamento e monitoramento das
grandezas elétricas em um determinado circuito. Os relés são projetados para sentir perturbações
no sistema elétrico e automaticamente executar ações de controle sobre dispositivos de disjunção
a fim de proteger pessoas e equipamentos.
O sistema de proteção não é composto apenas pelo relé, mas por um conjunto de subsistemas
integrados que interagem entre si com o objetivo de produzir a melhor atuação sobre o sistema, ou
seja, isolar a área defeituosa sem que esta comprometa o restante do SEP. Estes subsistemas são
formados basicamente por relés, disjuntores, transformadores de instrumentação e pelo sistema de
suprimento de energia.
2.6.6 Isoladores
Os isoladores utilizados em redes de transporte e distribuição, figura 2.3, têm não só a função de
isolar as linhas de transmissão, como também a de fixar estas mesmas linhas aos seus apoios.
Desta forma, devem apresentar boas características dielétricas, assim como boas características
mecânicas. Existem diversos tipos de matérias utilizados, desde cerâmicas, vidro, e mais
recentemente (últimas quatro décadas) os de materiais compósitos. Conforme o tipo de material
utilizado, os isoladores apresentam diferentes características mecânicas e dielétricas. Os dois
primeiros têm a vantagem de apresentar uma grande fiabilidade, demonstrada com a experiência
da sua utilização ao longo dos anos.
Contudo, apresentam também uma desvantagem comum que é o peso, podendo levar à seleção
de apoios mais resistentes aumentando o custo de implementação. Os compósitos têm-se
apresentado como uma excelente alternativa, apresentando um custo baixo e peso reduzido, bem
como um desempenho avançado face à poluição relativamente aos demais materiais. No entanto,
24
considera-se que ainda não é possível avaliar o seu tempo de vida útil comparativamente aos de
porcelana e vidro.
As estruturas de suporte são feitas de betão ou ferro, cuja a função é de servir de suporte para
fixação dos equipamentos elétricos.
25
Capitulo 2
O Sistema Interligado Nacional - SIN é um sistema hidrotérmico de grande porte para produção e
transmissão de energia elétrica, cuja operação envolve modelos complexos de simulações que
estão sob coordenação e controle do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, que, por sua
vez, é fiscalizado e regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.
A operação hidráulica dos sistemas de reservatórios integrantes do SIN é uma atividade de tempo
real que consiste na operacionalização das diretrizes hidráulicas que, utilizando a capacidade de
regulação dos reservatórios, permite o gerenciamento do armazenamento de água nos
reservatórios, considerando a otimização energética, o controle de cheias e o atendimento aos usos
múltiplos da água.
A interconexão dos sistemas elétricos, por meio da malha de transmissão, propicia a transferência
de energia entre subsistemas, permite a obtenção de ganhos sinérgicos e explora a diversidade
entre os regimes hidrológicos das bacias, a integração dos recursos de geração e transmissão
permite o atendimento ao mercado com segurança e economicidade.
As usinas térmicas, em geral localizadas nas proximidades dos principais centros de carga,
desempenham papel estratégico relevante, pois contribuem para a segurança do SIN.
Essas usinas são despachadas em função das condições hidrológicas vigentes, permitindo a gestão
dos estoques de água armazenada nos reservatórios das usinas hidrelétricas, para assegurar o
atendimento futuro. Os sistemas de transmissão integram as diferentes fontes de produção de
energia e possibilitam o suprimento do mercado consumidor.
26
2.2 Sistema interligado em Angola
A capacidade de produção energética no país teve um aumento de 1.562 megawatts nos últimos
três anos. Em 2017, a capacidade de produção energética era de 4.068 megawatts e actualmente
é de 5.630, sendo 3.342 megawatts de produção hídrica, 2223 de produção térmica e 35 megawatts
de produção híbrida.
Com o aumento da produção hídrica, verificou-se uma redução drástica no consumo de diesel para
a produção de energia eléctrica, causando uma queda no consumo de 1.364. 256 metros cúbicos
em 2015 para 539.496 metros cúbicos no final de 2019, representando uma redução de 60 por
cento. Esta redução resultou numa poupança estimada de 111.34 mil milhões de kwanzas aos
cofres do Estado.
No ano assado, foi concluída a interligação entre os sistemas norte e centro, com a integração no
sistema eléctrico nacional das províncias de Benguela, Bié e Huambo.
O sistema interligado conta actualmente com dez províncias, sendo o principal benefício o aumento
do escoamento da capacidade de produção existente no Médio Cuanza e no Soyo.
Neste momento, está em fase de preparação a interligação entre as regiões centro e sul, que
culminará com a integração na rede eléctrica nacional das províncias da Huíla e Namibe.
Em 2019, foram realizados investimentos para a ampliação das ligações domiciliares em várias
cidades e vilas do país, como no Zaire, Luanda, Benguela, Cabinda e Huambo, que permitiu fazer
crescer o número de beneficiários em mais de 337.955 famílias, com um total de 1.689. 775
pessoas.
27
Figura 2.2.1 – Ilustração do Mapa com as Províncias interligadas
O sistema centro voltou a normalidade às 17h13, depois de uma perturbação que deixou dez
províncias do país privadas do fornecimento de energia eléctrica.
(RNT), a tensão já está reposta na totalidade nas províncias de Luanda, Bengo, Cuanza Norte,
Malanje, Uíge, Cuanza Sul, Benguela, Huambo, Bié e Zaire.
De acordo com a RNT, esteve em curso acções para clarificar as causas do corte geral de energia,
por quase seis horas, numa altura em que o país entrava em estado de Emergência face a Pandemia
da Covid-19.
O Sistema Interligado Norte Centro, maior do país, tem disponibilidade hidroelétrica de três mil e
900 MW (sem contar com as centrais térmicas).
28
De acordo com uma nota do ministério, a energia elétrica começou a ser reposta, de forma faseada,
nas dez províncias interligadas pelo sistema norte, centro e sul do país.
A província de Luanda, capital de Angola, foi a primeira a ver reposta a situação, na ordem dos 80%,
depois da anomalia registada por volta da 11h15min.
Figura 2.3 - Reposição do sistema interligado nacional, causado por um curto circuito.
O nosso sistema não está ainda completamente fiável, pode ter havido uma tempestade que
arrastou os grupos, disse Neusa Cumbe, explicando ainda que o grupo de Laúca é um sistema
moderno e quando existem problemas acusa, desligando-se.
E quando desliga arraste todas as centrais de produção, linhas e sistemas de transporte, para
proteger os equipamentos, referiu.
O sistema interligado norte, centro e sul abrange as províncias de Luanda, Bengo, Cuanza Norte,
Cuanza Sul, Uíge, Zaire, Malanje, Benguela, Bié.
29
2.4 Implantação do Controle Automático de Geração (CAG) no Sistema
Elétrico Interligado.
O sistema elétrico Angolano teve grandes investimentos nos sistemas de Geração, Transmissão e
distribuição nos últimos anos.
Atualmente o sistema interligado já atinge 10 das 18 províncias de Angola, porém ainda apresenta
falhas de estabilidade, principalmente durante a ocorrências de curtos-circuitos, motivo que gerou
alguns blecautes no país.
Serão realizados diversos estudos: transitórios eletromecânicos, ajustes nos sistemas de regulação,
coordenação e seletividade e também os ajustes devidos nos sistemas de proteção e regulação.
O CAG fara a leitura das grandezas elétricas e enviara ajustes de potência otimizado para as
maquinas. Os medidores possuirão PMU (sincro-fasores) que poderão ser utilizados para análise
de estabilidade e futuras melhorias nos algoritmos.
- ETAPA EMERGENCIAL – Onde foram feitos estudos e ajustes provisórios para os estatismos de
Laúca e redução dos tempos das proteções de retaguarda. Encontra-se em desenvolvimento a
verificação da coordenação geral do sistema
- ETAPA REGULAÇÃO PRIMARIA – Serão realizados levantamentos das maquinas das principais
centrais, construção das curvas de transferência e estudos para determinação dos ajustes
otimizados dos reguladores de velocidade e tensão.
30
2.6 Vantagens do Sistema Eléctrico Interligado Angolano
A operação do sistema elétrico Angolano de forma interligada, proporciona uma série de vantagens,
tais como:
1- Ganho em energia firme (energia mínima que permite uma operação continua das plantas
hidrelétricas num período de tempo);
Deforma geral, os grandes usuários de energia elétrica, principalmente aqueles com uma alta
demanda contratada, localizados em grandes áreas industriais e cada vez em maior número,
também demandam melhores condições operacionais das companhias geradoras ou distribuidoras
de energia elétrica.
Como consequência deste crescimento, os sistemas de energia podem ser operados próximos a
seus limites, demandando assim um planejamento de geração e transmissão mais cuidadoso para
que sejam evitados maiores problemas.
As medidas inicialmente tomadas para permitir o desenvolvimento dos sistemas de geração estava
a realização do inventário dos recursos elétricos. Desde então, acrescente complexidade dos
sistemas de transmissão e geração de energia elétrica tem sido acompanhada por um notável
desenvolvimento tecnológico.
31
Procura-se, até hoje, aliar experiências e avanços tecnológicos internacionais com a real
necessidade de solução dos problemas mais particularmente, na área de planejamento da expansão
e operação de sistemas geradores e de transmissão, as características físicas e sócio econômicas
do país impõem a formulação de soluções específicas para a nossa realidade e não disponíveis em
outros países.
A energia elétrica deve chegar aos consumidores dentro de determinados padrões de continuidade
e qualidade de suprimento, obtidas às custas de um certo investimento no sistema. Se, por um lado,
investimentos insuficientes s implicarão na perda de qualidade do produto, por outro lado, o excesso
de investimentos resultará em um produto final com custo muito elevado, o que irá desestimular o
consumo. Assim, planejar e operar adequadamente um sistema de energia elétrica significa chegar
a uma solução de compromisso entre a minimização dos custos de investimentos e operação e ao
atendimento de padrões preestabelecidos de qualidade do produto final.
Vários problemas relacionados com os sistemas de energia elétrica devem ser enfrentados pelos
profissionais da área, que vão desde a programação da operação diária da rede (pré- despacho).
32
2.7 Barragem de Laúca com Maior Capacidade de Produção
A quinta turbina de produção de energia eléctrica, das seis previstas na barragem de Laúca
(Malanje), entrou sexta-feira em operação comercial elevando a capacidade do empreendimento
para 1670 megawatts, informou o Gabinete de Aproveitamento do Médio Kwanza.
Aquele Gabinete informou ainda em comunicado que a entrada em funcionamento da quinta turbina
permitiu elevar de 1336 para 1670 megawatts a capacidade de produção de energia eléctrica, que
aumentará para 2070 Megawatts com a operação comercial da sexta turbina, bem como da Central
Ecológica, até ao final do primeiro semestre de 2020.
A produção deste aproveitamento, acrescida das restantes centrais hidroelétricas do Médio Cuanza
(Cambambe e Capanda), dos aproveitamentos hidroelétricos das Mabubas e do Lomaum, da central
do ciclo combinado do Soyo e de algumas poucas centrais térmicas, permitiu a interligação de um
total de 10 províncias.
Trata-se das províncias do Zaire, Uíge, Malanje, Bengo, Luanda, Cuanza Norte, Cuanza Sul,
Huambo, Bié e Benguela, que estão interligadas na Rede Nacional de Transporte, segundo o
Gabinete de Aproveitamento do Médio Cuanza.
O comunicado, assinado pelo director Fernando Barros Gonga, afirma que o aumento da
capacidade de produção de energia hídrica facilitará a expansão do sistema eléctrico nacional para
o sul de Angola. (Macauhub).
33
2.8 Barragem de Laúca coloca Angola no top 10 Mundial
Angola figura do top 10, do ranking mundial dos países que mais contribuíram na geração de energia
a partir de barragens, resultado dos investimentos feitos em Laúca nos últimos oito anos.
Angola contribuiu com cerca de 344 MW ocupando o 7º lugar, segundo o Relatório de Status das
Hidroeléctricas em 2020 da associação mundial de barragens. De acordo com o documento, que
apresenta dados mais recentes sobre capacidade instalada e geração em todo o mundo, principais
tendências e perspectivas do setor hidroeléctrico, o ranking é liderado pelo Brasil, com um débito
no sistema elétrico de 4919MW.
O relatório, que já vai na na sua sétima edição, mostra que a geração de eletricidade atingiu um
recorde de 4.306 Tera Watt-hora (TWh) em 2019, a maior contribuição de uma fonte de energia
renovável da história.
O relatório coloca a China no segundo lugar do ranking com 4170 MW, Laos 1982 MW, Butão 702
MW, Tijkistao 600 MW, Rússia 402 MW, Angola 344 MW, Uganda 260 MW, Etiópia 254 MW e
Turquia 219 MW.
34
Conclusão
Com elaboração deste trabalho de fim de curso podemos chegar as seguintes conclusões:
35
Recomendações
Após termos feito a elaboração deste trabalho que visa mostrar as vantagens e os benefícios da
implementação do Sistema Interligado Nacional trará para a sociedade Angolana.
Para os estudantes que se interessarem pelo tema em questão, e pretenderem ir mais a fundo das
coisas, deverão fazer trabalhos de visitas no campo, ou mesmo fazer um estágio no sector
eléctrico, como o projecto ainda está em curso, para poderem ver o andamento das coisas, para
se ter um relatório mais completo.
36
Referências Bibliográficas
[2] Sistema Elétrico Brasileiro Referente ao Ano de 1994”, Relatório SCEL-GTP-12/95, 1995.
[3] LIMA, R. C. de,“O Impacto das Novas Tecnologias em Proteção nas Companhias de Energia”, I
Colóquio Sobre os Rumos da Proteção Digital de Sistemas Elétricos, 14 e 15 de setembro de
2006.
[9] www.internet.com.
37